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Nome do aluno
TUCURUÍ
2021
LUCAS TOMAZ LEITE
Tucuruí
2021
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LEITE, L, T. Patologia em estruturas de concreto armado em edificações. 2021. 29 f.
Trabalho de Graduação (Graduação em Engenharia Civil) – UNIVERSIDADE
ANHANGUERA ENDUCACIONAL, Tucuruí 2021.
RESUMO.
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LEITE, L, T. Pathology in reinforced concrete structures in buildings. 2021. 29 f. Trabalho
de Graduação (Graduação em Engenharia Civil) – UNIVERSIDADE ANHANGUERA
ENDUCACIONAL, Tucuruí, 2021.
ABSTRACT
The present work deals with the main pathological manifestations found in reinforced concrete
structures in buildings aiming to analyze them, diagnosing the causes, providing solutions and
from the acquired knowledge, among which the cracks, stains, weathering, corrosion of the steel
and deterioration of reinforced concrete structures, and aims to analyze the possible causes and
propose possible preventive measures. Reinforced concrete structures are in direct contact with
the environment in which they are inserted and may suffer from property and performance,
which results in a reduction in their useful life for which they were designed. However Measures
that can prevent or reduce pathological manifestations. These pathological manifestations may
occur earlier than expected in the work, resulting in a decrease in the durability of the structure
and affecting the building's safety parameters. residential and propose solutions for the detected
manifestations s. The work brings the need to have an efficient program of previous and constant
inspection and maintenance, where the durability of the buildings is verified, allowing to
determine priorities for the actions necessary to fulfill the expected useful life..
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - viga de concreto simples (a) e armado (b). fonte: pfeil (1989) durabilidade. ......... 15
Figura 2 - Zonas de tração e compressão. ................................................................................ 18
Figura 3 - Zonas de tração, compressão e linha neutra da estrutura. ........................................ 18
Figura 4 - Causas intrínsecas das manifestações patológicas. .................................................. 23
Figura 5 - Vazios de concretagem em pé de pilar. ................................................................... 25
Figura 6 - Junta de concretagem ............................................................................................... 26
Figura 7 - Acidente com laje devido ao escoramento insuficiente. .......................................... 28
Figura 8 - Desenvolvimento da reação álcalis-agregado no concreto. ..................................... 32
Figura 9 - Causas extrínsecas das manifestações patológicas. ................................................. 35
Figura 10 - Estrutura inadequada ao ambiente. ........................................................................ 37
Figura 11 - Bulbo de tensões. ................................................................................................... 38
Figura 12 - Falha em junta de dilatação. .................................................................................. 39
Figura 13 - Bulbos sobrepostos. ............................................................................................... 40
Figura 14 - Recalques gerados pelo rebaixamento do lençol freático. ..................................... 41
Figura 15 - Pilar sujeito á choques de veículos. ....................................................................... 42
Figura 16 - Guarda-rodas sujeito á choques de veículos. ......................................................... 42
Figura 17 - Variação da resistência do aço com a elevação da temperatura. ........................... 44
Figura 18 - Fases do calor em incêndios. ................................................................................. 45
Figura 19- Lascamento do concreto por ataque de sulfatos. .................................................... 46
Figura 20 - Reação da carbonatação. ........................................................................................ 48
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LISTA DE GRÁFICOS
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
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SUMÁRIO
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evitar processos patológicos, que acabam por diminuir a vida útil e desempenho da estrutura,
além de gerar um acréscimo de custos para recuperar e reforçar uma estrutura afetada em sua
totalidade.
2. JUSTIFICATIVA
Este tema foi escolhido devido à necessidade de evitar manifestações patológicas no concreto
armado, o que acabará por reduzir a vida útil e o desempenho da edificação, além de incorrer em
custos adicionais para restauração e reforço da estrutura afetada.
3. OBJETIVOS
Após pesquisa bibliográfica a respeito, este estudo, para mostrar as principais causas da
patologia nas estruturas de concreto armado, e apresentar algumas de suas causas
principais e remediações possíveis.
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4. PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
O concreto (uma mistura feita de agregados miúdos e graúdos, cimento, areia e água) por si
só, é um material que resiste às tensões de compressão de uma estrutura. Possui uma baixa
resistência à tração. Para solucionar este problema, são adicionadas ao sistema as barras de aço,
que compõem a armadura da estrutura, fazendo com que o conjunto concreto mais armadura
suportem as duas tensões: compressão e tração. O termo “concreto armado” é, portanto, o
somatório destes dois materiais (concreto e barras de aço) que, trabalhando juntos, conseguem
dar estabilidade às estruturas.
Com o surgimento do concreto armado e com as vantagens que o mesmo trazia sobre as
demais técnicas e materiais empregados na época, logo foi vista uma brusca “aceleração” no
uso deste material. Com este panorama ,vieram também as manifestações patológicas que o
mesmo pode causar devido ao desleixo, má utilização, mão de obra desqualificada ou até
mesmo falta de conhecimento de como empregá-lo corretamente.
Países com economia crescente causaram uma aceleração em diversas áreas da engenharia,
em especial da construção civil no qual habitações são construídas cada vez como dimensões
maiores e de maneira mais rápida.
Tal conjectura na construção civil gera uma alta demanda de funcionários da área, levando
a muitas contratações de mão de obra desqualificada devido a necessidade e falta em
determinado setor. Isso pode trazer um grande prejuízo quando se trata da questão de qualidade
em uma obra, podendo ser fator que leve ao surgimento de manifestações patológicas.
(THOMAZ, 1989).
Bastos (2006) define concreto armado como sendo “a união do concreto simples e de um
material resistente à tração (envolvido pelo concreto) de tal modo que ambos resistam
solidariamente aos esforços solicitantes”, ou seja:
No caso (a) tem-se uma viga de concreto simples, que rompe assim que a primeira fissura
surge, em decorrência de carregamentos externos. Isso se dá ao fato de a tensão de tração
atuante seja maior que a tensão suportada pelo concreto.
No caso (b), com a adição de armação ao concreto simples, na região onde se concentram
as tensões de tração, constata- se que a resistência à tração do conjunto aumenta
significativamente, fazendo com que a viga suporte esse carregamento e não rompa.
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Figura 1 - viga de concreto simples (a) e armado (b). fonte: pfeil (1989) durabilidade
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A durabilidade não é simplesmente uma característica dos materiais, mas um resultado
da interação de um material ou componente com o meio ambiente. Esta interação provoca
alterações na capacidade de atendimento das demais necessidades dos usuários, ou seja, pode
provocar uma degradação.
Entende-se por patologia do concreto armado a ciência que estuda os sintomas,
mecanismos, causas e origens dos problemas patológicos encontrados nas estruturas de
concreto armado. Lembrando que para um dano qualquer, existe a possiblidade de vários
fatores serem responsáveis. Estes danos podem vir apenas a causar incômodos para aqueles
que irão utilizar a obra segundo o fim para que foi feita, tais como pequenas infiltrações até
grandes problemas que podem levar a estrutura ao colapso (HELENE, 1988).
Geralmente em casos de acidentes catastróficos, como por exemplo, prédios que vão a
ruina, não obedecem apenas uma origem agindo sozinha, mas sim várias que juntamente
acabam levando a estrutura ao colapso. Não é difícil encontrar estruturas nas quais foi
cometido um grande erro em qualquer uma das etapas e mesmo assim não apresentam grandes
danos. Do contrário, pode-se encontrar estruturas que apresentem grandes danos que reduzem a
durabilidade e resistência mecânica, mas que sua causa vem de erros ou falhas menores, mas
quando atuam de maneira conjunta, superpõem seus efeitos e trazem graves consequências
(CÁNOVAS, 1988).
De acordo com Sokolovicz (2013), a durabilidade do concreto é a capacidade que esse
material/componente da construção possui frente à desagregação e deterioração,
desempenhando as funções ao qual o mesmo foi projetado. Dizer que um concreto é durável,
não significa dizer somente que o mesmo possui elevada resistência, mas sim que o concreto
deve possuir uma microestrutura compacta, de tal maneira que a entrada de agentes agressivos
externos através do mesmo seja impedida ou retardada até o cumprimento da sua vida útil.
Para Medeiros, Andrade e Helene (2011), alguns trabalhos apresentam o impacto econômico da
consideração da durabilidade. Em função destes trabalhos, algumas pesquisas apresentam os
significativos gastos com manutenção e reparo de estruturas em países desenvolvidos (UEDA;
TAKEWAKA, 2007), conforme ilustrado no Quadro 1.
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135,4 Bilhões de
Itália 58,6 Bilhões de Euros(43%) 76,8 Bilhões de Euros(57%)
Euros(100%)
121,9 Bilhões de
Reino Unido 60,7 Bilhões de Euros(50%) 61,2 Bilhões de Euros(50%)
Euros(100%)
Nota: todos os dados se referem ao ano de 2004, exceto no caso da Itália que se refere ao ano de 2002.
Fonte: Adaptado de Medeiros, Andrade e Helene (2011).
De acordo com Helene (1997), pode-se classificar a vida útil de uma estrutura conforme os
tópicos abaixo:
c) Vida útil última ou total: Período de tempo em que a estrutura entra em colapso
parcial ou total.
d) Vida útil residual: Período em que, a partir de uma vistoria, a estrutura ainda será
capaz de desempenhar as funções para a qual foi projetada.
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De acordo com a NBR 15575:2013, a durabilidade do edifício e de seus sistemas é
uma exigência econômica do usuário, pois está diretamente associada ao custo global do bem
imóvel. A durabilidade de um produto se extingue quando ele deixa de cumprir as funções
que lhe forem atribuídas, quer seja pela degradação que o conduz a um estado insatisfatório
de desempenho, quer seja por obsolescência funcional. O período de tempo compreendido
entre o início de operação ou uso de um produto e o momento em que o seu desempenho
deixa de atender às exigências do usuário pré-estabelecidas é denominado vida útil.
A mesma norma ressalta que normalmente a vida útil da estrutura pode ser prolongada através
de ações de manutenção, como mostra a Figura 3.
Gráfico 1: Origem dos problemas patológicos com relação às etapas de produção e uso das
obras civis.
Nessa fase são realizadas todas as definições, toda a base para as fases subsequentes..
Logo, todo processo mal realizado durante essa fase pode comprometer a qualidade de
todo o restante.
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Durante a fase de concepção são definidos todas as funções da construção, desempenho,
materiais, métodos, projetos, e gerenciamento.
Erros cometidos durante a fase de concepção costumam ser mais graves do que os
cometido em outras fases. Desta forma, é mais seguro e preferível que se invista mais
tempo e recursos nessa fase (que consome de 3% a 10% de todo o orçamento previsto),
como forma de evitar a ocorrência decisões e ações equivocadas (HELENE, 1992).
Durante a execução (construção)
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agressivos; alterações estruturais em reformas; sobrecargas não previstas durante a fase de
concepção; impactos; não realização de manutenções periódicas (PINA, 2013).
O manual deve ser estruturado de tal forma que seja de fácil entendimento (pelos
projetistas, e pelo usuário final), e que abranja as exigências relativas à segurança
(desempenho mecânico, segurança contra incêndio, segurança no uso e operação),
habitabilidade (estanqueidade, desempenho térmico e acústico, desempenho lumínico,
saúde, higiene e qualidade do ar, funcionalidade e acessibilidade, conforto tátil) e
sustentabilidade (durabilidade, manutenibilidade e adequação ambiental) (CIBIC, 2013).
Diagnóstico e Prognóstico
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estrutura, ultrassonografia e a prova de carga (SANTUCCI, 2015).
O diagnóstico da manifestação patológica nos permite estabelecer parâmetros quanto ao
estado de conservação da edificação, auxiliando na tomada de decisão quanto ao tipo de
intervenção adequada. Quando não for possível estabelecer a causa do problema de maneira
exata, as decisões do responsável técnico deverão ser explícitas, levando em consideração o
dever ético do profissional para com a engenharia (Zuchetti apud HELENE, 2003).
Tutikian e Pacheco (2013) conceituam prognósticos como um levantamento das
hipóteses de evolução do problema, indicando o que pode vir a acontecer, necessário para a
definição da conduta que deve ser seguida após o estabelecimento do diagnóstico em questão.
A definição da terapêutica a ser adotada é precedida pela coleta de dados e adequação do
diagnóstico. As definições de conduta, à exemplo da escolha do tipo de material a ser usado,
mão de obra e equipamentos, abrangem decisões especificadas pelo responsável técnico. As
alternativas de intervenção são ponderadas com o objetivo de identificar o melhor
custo/benefício, levando a consideração da hipótese de reincidência do problema, dessa forma, o
prognóstico da situação é feito a fim de julgar a mais adequada e menos onerosa solução (DO
CARMO, 2003).
Segundo Oliveira (2013), são levantadas hipóteses de evolução do problema a partir do
diagnóstico para decidir sobre a intervenção diante da manifestação patológica, baseando-se em
dados fornecidos pela tipologia do problema, seu estágio de desenvolvimento, as características
gerais da edificação e as condições de exposição a que está submetida.
Cabe ao responsável técnico apresentar um prognóstico que venha a elucidar as
consequências que podem surgir, caso não sejam efetuadas as medidas corretivas propostas para
a eliminação do problema. Desta forma, é fundamental a indicação de quais são estas medidas,
contemplando a terapia adequada a ser implantada (TUTIKIAN; PACHECO, 2013). Segundo
Helene (2002), é importante salientar que uma análise correta dos problemas, é aquela que nos
permite definir claramente a origem, causas, consequências, a intervenção mais adequada e o
método de intervir. Mais adiante, alguns problemas serão apresentados e tratados
individualmente.
Helene e Pereira (2007) destacam que os problemas comuns, de maior efeito no
concreto, são as eflorescências, as fissuras, as flechas excessivas, a corrosão da armadura, as
manchas no concreto aparente, os defeitos de aterro e compactação e problemas devido à
segregação dos componentes do concreto. Geralmente, as manifestações patológicas
aparecem de forma bastante característica e com ocorrência bem estabelecida
estatisticamente.
Quando se tem a analise das patologias, é possível identificar a origem e natureza dos
problemas, bem como suas consequências. Na Tabela 1 a seguir, (MACHADO, 2002)
relaciona as principais manifestações patológicas, em ordem crescente de ocorrência
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estatística:
De acordo com Miotto (2010), as formas patológicas encontradas com maior frequência são:
infiltração, manchas, bolor ou mofo e eflorescência.
Bolor ou mofo O termo bolor ou mofo é entendido como a colonização por diversas
populações de fungos filamentosos sobre vários tipos de substrato, citando-
se inclusive as argamassas inorgânicas. O termo emboloramento, de
acordo com Allucci (1988) constitui-se numa “alteração observável
macroscopicamente na superfície de diferentes materiais, sendo uma
conseqüência do desenvolvimento de microorganismos pertencentes ao
grupo dos fungos”. O desenvolvimento de fungos em revestimentos
internos ou de fachadas causa alteração estética de tetos e paredes,
formando manchas escuras indesejáveis em tonalidades preta, marrom e
verde, ou ocasionalmente,
manchas claras esbranquiçadas ou amareladas.
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Quadro 2: Continuação
Eflorescência Formações salinas nas superfícies das paredes, trazidas de seu interior
pela umidade. Apresenta-se com aspecto esbranquiçado à superfície da
pintura ou reboco; Criptoflorescência: Formação de cristais no interior da
parede ou estrutura pela ação de sais. Causam rachaduras e até a queda
da parede; Gelividade: Ação da água depositada nos poros e canais
capilares dos materiais que ao se congelar podem causar a
desagregação dos mesmos devido ao seu aumento de volume.
Fonte: Shirakawa, 1995
Concreto segregado
Como o concreto é um elemento composto por areia, pedras (brita), água e cimento,
quando preparado e lançado corretamente, transforma-se em uma mistura homogênea, onde
todas as pedras estão completamente envoltas pela pasta de cimento, areia e agua. Se ocorrer
um erro de lançamento ou de vibração, as pedras se separam do resto da pasta, formando um
concreto cheio de vazios, permeável, que permite a passagem de agua facilmente.
Piancastelli (1997) traz que esse processo de separação pode ser provocado, entre outras
causas, por:
De acordo com Ambrosio (2004), o concreto segregado pode ser avaliado através do
estado que se encontra a superfície:
Ainda pela mesma autora, as anomalias do concreto segregado são geralmente constatadas
com mais frequência nas seguintes regiões dos elementos estruturais:
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Junto à base (de pilares, paredes e elementos estruturais verticais);
Junto à face inferior (de vigas, lajes e elementos estruturais horizontais);
Em junta de concretagem (elementos estruturais em geral);
Em junta de dilatação (elementos estruturais em geral);
Em junção de elementos;
Concreto segregado geral.
Concreto desagregado
A desagregação do concreto é um fato no qual o cimento vai sendo retirado pela ação
externa da agua ficando, consequentemente, os agregados livres da união que lhes
proporciona a pasta (AMBROSIO, 2004).
Segundo Piancastelli (1997) a desagregação inicia-se, geralmente, com a alteração da
coloração do concreto. A seguir surgem fissuras cruzadas em todas as direções, que
aumentam rapidamente de abertura, devido à expansão da pasta de cimento. Um abaulamento
da superfície do concreto pode também ser observado.
A desagregação do concreto pode ser provocada por:
Fissuras
Fissuras, trincas e rachaduras se diferem através de suas aberturas, que são referentes à
ordem de gravidade de cada uma. São classificadas formalmente em função de fenômenos
físicos entre diferentes elementos da construção. Para cada uma delas existem soluções
diferentes e tratamentos diferentes.
Segundo Oliveira (2012), fissuras, trincas e rachaduras são manifestações patológicas
das edificações observadas em alvenarias, vigas, pilares, lajes, pisos entre outros elementos,
geralmente causadas por tensões dos materiais. Se os materiais forem solicitados com um
esforço maior que sua resistência acontece a falha provocando uma abertura, e conforme sua
espessura será classificada como fissura, trinca, rachadura, fenda ou brecha.
As fissuras apresentam-se geralmente como estreitas e alongadas aberturas na
superfície de um material. Usualmente são de gravidade menor e superficial, como, por
exemplo, fissuras na pintura, na massa corrida ou no cimento queimado, não implicando
problemas estruturais. Porém, toda rachadura começa como uma fissura.
De acordo com a NBR 9575:2003, fissura é a abertura ocasionada por ruptura de um material
ou componente, com abertura inferior ou igual a 0,5mm.
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A NBR 15.575:2013 apresenta a fissura de componente estrutural como:
seccionamento na superfície ou em toda seção transversal de um componente, com abertura
capilar, provocado por tensões normais ou tangenciais.
Segundo Piancastelli (1997) a sua posição em relação à peça estrutural, a abertura, a
direção, e sua forma de evolução (com relação à direção e à abertura), dão indicações das
causas prováveis. Há que se destacar que fissuras são também ocorrências inerentes ao
concreto armado, visto que as seções são dimensionadas nos Estádios II (seção fissurada) ou
Estádios III (ruptura), não sendo, portanto, sempre, manifestação patológica.
As fissuras podem ser classificadas como ativas (variação da abertura em função de
movimentações hidrotérmicas ou outras) ou passivas (abertura constante), ou seja, para a
especificação de um correto tratamento, é de vital importância que se verifique se a fissura
analisada é ativa (viva ou instável) ou inativa (morta ou estável). São chamadas de ativas, as
fissuras que apresentam variação de abertura, e de inativas aquelas em que tal variação não
ocorre. Tal verificação é feita, geralmente, através da utilização de “selos” rígidos, que são
gesso ou plaquetas de vidro coladas, que se rompem caso a fissura apresente variação de
abertura, ou através da medição direta (fissurômetro) dessa variação (PIANCASTELLI,
1997).
→ Inclinada, se afastamento
Recalque
da região que menos
Diferencial da Paredes / Vigas
recalcou;
fundação
→ Abertura variável.
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Lajes, junto aos → Abertura variável,
cantos. desaparecendo ao atingirem
a região comprimida;
→ Diagonal, formando um
triângulo aproximadamente
isósceles com os cantos.
Peças lineares, com
cargas não
→ Em forma de hélice ao
Torção coincidentes com
longo do eixo longitudinal
seu eixo
longitudinal.
→ Perpendiculares à direção
da carga de tração,
Qualquer elemento
seccionando a seção
Tração tracionado
transversal;
longitudinalmente
→ Mais fechadas junto as
armaduras.
→ Perpendiculares à direção
da reação de apoio das
Tração Peças de suporte
peças apoiadas
indiretamente.
Continua...
Lajes / Sapatas /
→ Tronco-crônicas,
Paredes, com
contornando a carga
Punção cargas
concentrada, em forma de
perpendiculares a
"teia de aranha", em planta
seu plano
Qualquer peça
→ Paralelas à direção de
protendida junto as
aplicação da carga;
ancoragens /
→ Abertura variável, mais
Pilares / Paredes
Fendilhamento abertas aproximadamente à
com cargas
metade da maior dimensão
concentradas
da seção transversal da peça,
aplicadas segundo
a partir da face carregada.
seu plano
Fonte: Ambrosio, 2004
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Figura 5: Fissuras
Trincas
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Figura 6: Trincas
Rachaduras
27
Figura 7: Rachaduras
Corrosão da armadura
Corrosão no concreto
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Fonte: Gentil, 2003
Consistem nas técnicas que visam o preparo do substrato para uma futura recuperação
da patologia, ou ainda um desgaste superficial para que o concreto recupere seu aspecto
anterior. Neste item serão abordados os seguintes procedimentos: polimento, apicoamento,
lavagem com soluções ácidas, lavagem com soluções alcalinas e lavagem com jato de areia e
de água.
Polimento
Esta técnica consiste em remover as camadas superficiais que apresentem uma maior
deterioração, a partir de jatos de areia ou de água, ou ainda uma mistura dos dois. O
equipamento utilizado consiste em máquinas de jato ligada á um compressor. Quando a areia é
usada, esta não deve apresentar matéria orgânica ou qualquer outro tipo de material. Deve
também apresentar uma granulometria adequada para que não ocorra o entupimento na
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mangueira. Quando a água é utilizada, encontra-se normalmente em temperatura ambiente e
com objetivo de remoção de camadas deterioradas para que futuramente sejam aplicados os
materiais para a recuperação do elemento estrutural. Em caso de superfícies muito gordurosas,
a água pode ser aquecida com adição de materiais removedores que sejam biodegradáveis.
Tanto jatos de areia como de água podem ser usados simultaneamente ou um após o outro para
garantir uma maior eficiência do processo (SOUZA E RIPPER, 1998).
Reparo de fissuras
Este item aborda as técnicas usadas para tratar as fissuras. É importante o prévio
conhecimento de cada fissura, para que seja adotada a técnica correta.
A seguir serão abordadas, a injeção e costura de fissuras.
Injeção de fissuras
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continuidade à técnica deve se transcorrer no mínimo doze horas até que o selante esteja seco.
Antes da injeção ocorrer deve ser feito um teste com ar comprimido entre os tubos de modo a
averiguar a qualidade da selagem e se está havendo ligação entre ambos. Não havendo, devem
ser abertos novos furos e o teste se repetir até que a passagem do ar esteja desobstruída, ou até
mesmo selar novamente caso este seja o problema.
O sistema estando pronto e apto a ser injetado, deve receber a resina no ponto de cota
mais baixa aplicando-se uma pressão até que a mesma saia no segundo ponto de cota mais
baixa. Assim deve ser repetido em todos os demais tubos. A Figura 10 ilustra toda a sequência
de execução relatada.
Costura de fissuras
Neste item serão abordados, os reforços em estruturas de concreto armado, que objetivam
aumentar a capacidade portante de determinada estrutura, ou regenerar a mesma em caso de
diminuição devido à incidência de alguma manifestação patológica. A seguir serão
apresentados os seguintes métodos: reforço mediante chapas de aço coladas, reforço mediante
fibras de carbono, reforço mediante aumento da seção transversal, reforço mediante uso de
perfis metálicos e reforço mediante protensão externa.
Reforço mediante chapas de aço coladas
Segundo Reis (2001), esse é um método que consiste na colagem de chapas de aço
coladas através de resinas epóxi e uso de parafusos auto fixantes que conferem solidariedade
ao elemento estrutural reforçado, além disso, não traz grandes mudanças nas dimensões e
aspecto arquitetônico do mesmo. A colagem não pode ser feita em superfícies que estejam
úmidas.
Pode-se citar como vantagem deste método, a praticidade que acaba por tornar a
execução rápida e também a leveza do material. Como desvantagem, estas chapas apresentam
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baixa resistência em caso de altas temperaturas e acabam por esconder fissuras na seção em
que estão fixadas.
Para Cánovas (1988), a simplicidade da execução do método, muitas vezes acaba por
causar uma negligência em alguns detalhes simples, que podem comprometer a eficiência do
reforço. A união da chapa com o concreto deve ser realizada de tal modo que ao fim do
processo, o conjunto trabalhe com as tensões previstas sem descolar em nenhuma região. Outro
detalhe importante consiste na formulação epóxi a ser utilizada. Uma formulação que possua
rigidez muito elevada poderá encontrar problemas diante dos esforços cortantes nas
extremidades das chapas, fazendo com que as mesmas não mais trabalhem da forma desejada.
Beber (2003) cita como desvantagem das chapas de aço coladas como reforço estrutural à
suscetibilidade à corrosão que as mesmas apresentam após um longo período de exposição,
principalmente na região da interface adesivo/chapa, comprometendo a aderência do conjunto.
Souza e Ripper (1998) destacam a importância de uma resina que possua alta
capacidade de aderência e resistência mecânica, assim como a placa de aço que deverá passar
por um processo de decapagem a jato abrasivo para potencializar a sua capacidade aderente.
Outro ponto fundamental para obter o resultado esperado, é dar atenção ao cobrimento da
estrutura. Se este possuir espessura muito pequena ou mesmo se estiver lascando, irá
praticamente inutilizar a placa de aço que estará colada sobre si. Esta técnica é mais
comumente usada para reforço de pilares e vigas.
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Figura 13 - Estruturas reforçadas com lâminas de concreto.
A Figura 36 mostra a sequência completa que deve ser executada ao usar este tipo de
método de recuperação de estruturas de concreto armado.
Primeiramente, a superfície deve ser deixada de forma rugosa, sendo usado para isto o
equipamento esmeril, após isso, a Figura 36 mostra a aplicação de dois produtos com intervalo
de uma hora aproximadamente entre um e outro. O primeiro consiste no primer, que terá como
função preparar a superfície e garantir uma maior adesão do próximo produto. O segundo
consiste na resina de colagem, responsável pela colagem da folha de carbono que é aplicada na
sequência. Após coladas as folhas sobre ao estrutura tratada e na forma especificada em
projeto, é aplicada uma última camada que consiste na resina de revestimento.
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Figura 14 - Sistema de aplicação das folhas de carbono.
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Figura 15 - Pilar confinado por lâminas de fibra de carbono.
c) Reforço ao cortante
O reforço ao cortante consiste na colagem de laminas de carbono na região transversal
do elemento estrutural. A Figura 38 mostra duas vigas reforçadas com laminas de carbono ao
esforço cortante cada uma com uma disposição.
d) Reforço de muros
O reforço de muros com materiais de fibra de carbono é o mais difícil de ser
encontrado, porém são estruturas que são submetidos a esforços longitudinais como a do vento
e também a esforços verticais como a gravitacional. Para este caso o indicado é o sistema com
tecido de fibra de carbono.
40
Reforço mediante aumento da seção transversal
41
Segundo Araldi (2013), uma maneira de aumentar a aderência entre a camada antiga e a
camada á ser adicionada de concreto, seria usar adesivos epóxis. Além disso, o uso de pinos
que interliguem as duas camadas confere uma maior união por resistirem aos esforços
cisalhantes.
A Figura 17 (a) mostra um pilar e a Figura 39 (b) uma viga, em processo de execução
de aumento da seção resistente, já com os estribos adicionais fixados nas estruturas.
O aumento da seção transversal de uma viga ocorre da mesma maneira que foi explicado para
o pilar. O concreto antigo deve ser apicoado para garantir uma maior aderência do concreto á
ser adicionado.
Almeida (2001) lista duas maneiras de aumentar a seção quando o reforço ocorre devido ao
momento fletor:
• Apicoar o concreto na face inferior até encontrar os estribos e soldar as novas barras
a ele, posteriormente as formas são montadas e o novo concreto adicionado.
• Abrir sulcos na viga na região tracionada e inseri-los ao lado dos originais. Os
espaços devem ser preenchidos com argamassa epóxi.
Para aumentar a resistência ao esforço cortante, sulcos devem ser abertos e estribos
adicionados, sendo posteriormente preenchidos por argamassa epóxi.
Souza e Ripper (1998) apresentam outra maneira de aumentar a seção de uma viga para
reforça-la. Se dá pelo aumento da altura da viga na sua face superior Figura 18, o que causa um
aumento no braço de alavanca do momento resistente, assim como a capacidade portante.
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Figura 18 - Aumento da viga na face superior.
Segundo Souza e Ripper (1998), o método de reforço com perfis metálicos consiste em
um sistema de encamisamento, onde a capacidade resistente é transferida do elemento
estrutural de concreto armado para o aço. Tendo seu uso principalmente em pilares e vigas.
Conforme Takeuti (1999), este método deve ser usado apenas caso todos os outros já
tenham sido esgotados, devido à dificuldade e detalhes que o mesmo exige no momento da
execução.
A técnica de reforço de pilares de concreto armado mediante o emprego de perfis
metálicos se dá pela fixação de cantoneiras nos quatro cantos do mesmo e sendo estas unidas
por barras metálicas que serão soldadas e dispostas na horizontal. As partes superiores e
inferiores tem seu limite em um capitel e base metálica respectivamente, sendo fixadas por
epóxi sob a superfície previamente lixada Figura 19. Na execução, deve-se tomar cuidado para
que todas as peças tenham uma perfeita união, evitando ou minimizando ao máximo que haja
folga entre as mesmas. Caso contrário, as cargas do pilar apenas serão transferidas para os
perfis metálicos quando o mesmo já estiver em ruptura.
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Figura 19 - Reforço com perfil metálico em pilar.
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No caso de vigas, usa-se perfis metálicos para reforçá-las tanto à flexão como ao
cortante a partir do uso de cantoneiras que são unidas por presilhas. A execução ocorre de
forma análoga ao processo explicado no uso desta técnica em pilares.
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Figura 20 - protensão para costura (a); protensão para alivio de carga (b); protensão para
aumento da capacidade de carga (c)
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um método que traz alguns problemas devido ao alto custo e por não conseguir a remoção dos
cloretos com 100 % de eficiência.
Outro método de reparo é o controle do processo catódico, cujo objetivo consiste no
impedimento do acesso de elementos nocivos e desencadeadores da corrosão, às armaduras,
por meio da vedação com o uso de revestimentos especiais com ação seladora. Como
principais elementos nocivos, pode-se citar o oxigênio, cloretos e gás carbônico.
Andrade (1992) aponta como uma desvantagem deste método, no caso em que a
remoção dos agentes nocivos, não tenha sido realizada de maneira satisfatória, pode acabar
apenas retardando o processo de corrosão , que continuará ocorrendo.
A eliminação do eletrólito consiste na tentativa de minimizar ao máximo a presença da
água presente nos poros do concreto, sendo um método extremamente difícil de atingir o
sucesso.
Por fim o último método de reparo, a proteção catódica, objetiva a diminuição dos
potenciais das armaduras para valores negativos, a partir de um processo eletroquímico, em
que a armadura é o cátodo e assim permanece protegida da ação da corrosão. O método pode
ser realizado de duas maneiras, método galvânico e método por corrente impressa.
Independente do método escolhido, deve-se retirar pelo menos a região afetada pela corrosão,
realizar uma limpeza nas armaduras com jato de areia e preparar a superfície do concreto que
irá receber a nova camada, umedecendo a mesma e procurando criar uma aderência por meio
do apicoamento e uso de resinas, ou até mesmo utilizar chumbadores ancorados, servindo de
união entre o concreto velho e novo (ANDRADE, 1992).
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5. METODOLOGIA DA PESQUISA
Esse trabalho foi realizado por meio de pesquisa qualitativa, buscando livros e artigos que
tratam do assunto de patologias em estruturas de concreto armado, a fim de apresentar à
importância de destrinchar os tipos existentes, analisar como as manifestações patológicas de
uma edificação funcionam e depois identificar e esclarecer os fatores que contribuíram com a
ocorrência desses fenômenos.
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6. CONCLUSÃO
O presente trabalho apresentou um estudo sobre patologia do concreto armado, ou
seja, realizou um levantamento das principais manifestações patológicas que agem
prejudicando estruturas, bem como apontou os sintomas, origens, causas e danos que as
mesmas irão sofrer no futuro.
Como foi visto, são inúmeras as causas e origens que levam uma estrutura a problemas
patológicos. Podendo estas se originar nas fases de projeto, execução e utilização de um
elemento qualquer. As causas foram divididas em três grandes grupos: causas intrínsecas,
extrínsecas e processos físicos de deterioração, para que assim possa haver um melhor
entendimento de que uma manifestação patológica pode se originar devido a fatores externos,
internos ou ainda da combinação de ambos. Ficou claro que as causas são inúmeras, passando
por problemas na constituição química dos materiais, fenômenos da natureza como a
sazonalidade, erros humanos tanto no projeto como execução devido à negligência ou falta de
qualidade, até ataques biológicos e de agentes agressivos às armaduras e ao concreto.
Foram apresentadas diversas manifestações patológicas com configurações próprias de
cada uma, atentando para a importância do conhecimento técnico, para um correto
diagnóstico.
Outro ponto importante levantado foi uma série de terapias para reparar e reforçar as
estruturas de concreto armado afetadas por algum problema patológico. Ficou nítido que
apesar de novas tecnologias surgirem para facilitar a recuperação, todas sem exceção
apresentam desvantagens e alguns problemas que a ciência ainda terá que solucionar para
chegar a um resultado satisfatório.
O estudo de caso neste trabalho foi realizado em uma obra localizada dentro da
UFSM, com o objetivo de diagnosticar manifestações patológicas, a partir dos conhecimentos
adquiridos em toda pesquisa feita. Sem dúvidas foi um dos momentos da graduação em que
mais adquiri conhecimento prático, devido à procura que realizei em diversas edificações já
construídas e algumas que estão em andamento.
Conclui-se que há uma grande necessidade pela busca de qualidade na construção
civil, assim como em qualquer outra área da engenharia civil. É preciso entender que para
uma estrutura de concreto armado alcançar um bom nível, com a ausência de manifestações
patológicas, todas as áreas envolvidas, desde a mão de obra de execução e os projetistas, os
materiais utilizados, o conhecimento sobre o solo e o ambiente no qual se deseja construir,
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devem estar em harmonia de excelência. Pois de nada adianta haver um bom quadro
humano na área da execução, se os materiais utilizados são de baixa qualidade e
procedência desconhecida. Para evitar a ocorrência de problemas patológicos, todos os
aspectos devem andar juntos e possuírem um padrão mínimo de aceitação.
O estudo das terapias juntamente com o estudo de caso, corroborou ainda mais a
necessidade de se evitar as manifestações patológicas, pois demonstrou a dificuldade que
se tem em executar alguns reforços e recuperações, que dependem de uma mão de obra
especializada, dos materiais empregados, e muitas vezes das condições climáticas, como
por exemplo a umidade.
Esse quadro acaba também, por obrigar os técnicos da área a estar em constante
pesquisa, estudo e aprendizado, sempre atento às evoluções e tendo em mente que é
“sempre melhor prevenir do que remediar”, o que abre um promissor mercado de trabalho,
com grande crescimento da demanda.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSTA, Arede A. Construction and Building Materials, V. 20. Portland: Issue, 2006.
HELENE, P.; CORRREIA, J.; ANDRADE, T.; CRUZ NETO, J.; ARAÚJO, J.;
PEREIRA,
F.; LACERDA, C.; MARTORELLIS, S.; OLIVEIRA, M. Relatório Técnico – Inspeção e
Diagnóstico dos Apoios e dos Blocos de Fundação da Ponte Governador Paulo Guerra –
TECOMAT, Tecnologia da Construção e Materiais Ltda. Recife, 2002.
LAUFER, A.; TUCKER, R. L. Is Construction Planning Really Doing Its Job? A Critical
Examination of Focus, Role and Process. Construction Management and Economics,
London,1987.
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