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Tipo de Trabalho (Artigo) 1

Uma abordagem baseada em Monte Carlo para avaliar a probabilidade 2

de despassivação do reforço de estruturas RC: simulação e análise 3

Emerson Felipe Félix1,*, Isabela da Silva Falcão1, Larissa Gabriela dos Santos1, Rogério Carrazedo2e Edna 4
Possan3 5

1 Departamento de Engenharia Civil, Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Engenharia e Ciências, 6


Guaratinguetá. 7
2 Departamento de Engenharia de Estruturas da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo. Instituto 8
3 Latino-Americano de Tecnologia, Infraestrutura e Território, Universidade Federal da Integração Latino-Americana. 9
10
* Correspondência: emerson.felix@unesp.br 11

Abstrato:Neste trabalho apresentamos uma abordagem simples para avaliar a durabilidade do concreto usando a 12
técnica de simulação de Monte Carlo (MCS). Propõe-se um procedimento simples para prever a probabilidade de 13
despassivação de armaduras de estruturas de concreto submetidas à corrosão por CO2ou cloreto (Cl-) difusão. A 14
aplicabilidade é testada por meio de um estudo de caso de estruturas de concreto armado submetidas a diferentes 15
condições ambientais brasileiras. Eventos aleatórios foram gerados usando o MCS para criar vários cenários de vida do 16
projeto. Verifica-se que a probabilidade de início de corrosão por carbonatação é mais significativa em centros urbanos, 17
sendo que a resistência à compressão do concreto tem influência significativa na taxa de despassivação das armaduras. 18
Os resultados também mostraram que a probabilidade de despassivação devido à entrada de cloreto é influenciada 19
pelo teor de cloreto na superfície, cobertura de concreto, resistência à compressão, umidade relativa e temperatura, em 20
ordem de importância. Além disso, observou-se que abordagens puramente determinísticas não são capazes de avaliar 21
adequadamente os estados limites de durabilidade de estruturas de concreto na presença de CO2ou Cl-. Incorporando 22
abordagens probabilísticas, pode ser uma ferramenta valiosa na indústria da construção civil, para melhorar a 23
durabilidade, confiabilidade e segurança das estruturas de concreto. 24
25

Palavras-chave:Estados limite de durabilidade; carbonatação do concreto; difusão de cloreto; Simulação de Monte Carlo 26
27

1. Introdução 28
Gerenciar a durabilidade da infraestrutura civil envolve altos custos e, com recursos públicos 29
Citação:A ser adicionado pela equipe

editorial durante a produção.


limitados, requer o estabelecimento de prioridades de manutenção, reabilitação e substituição. 30
Assim, é necessária uma abordagem de design holística baseada na vida útil [1]. 31
Editor Acadêmico: Nome
Uma das principais causas da redução da vida útil das estruturas de concreto armado é 32
Sobrenome
a corrosão das armaduras [2]. Segundo a Organização Mundial de Corrosão, os custos 33
Recebido: data envolvidos com a corrosão do concreto de armadura (RC) são superiores a 3% do Produto 34
Revisado: data Interno Bruto (PIB) em diversos países. A corrosão em estruturas de concreto armado se 35
Aceito: data destaca entre outros mecanismos de deterioração, com taxas de ocorrência de até 48% na 36
Publicado: data África do Sul, 25% no Reino Unido, 36% na Índia e 31% nos Estados Unidos [3]. Por exemplo, 37
no Brasil, a corrosão tem uma taxa de ocorrência que varia de 14 a 64%, dependendo da 38
região analisada [4-6]. 39
Direito autoral:© 2023 pelos A corrosão de vergalhões de RC é um processo eletroquímico devido a diferenças nas 40
autores. Enviado para possível concentrações de íons dissolvidos, em que uma região torna-se catódica e outra anódica, 41
publicação em acesso aberto sob os resultando na perda do material, gerando ferrugem corrosiva, e consequentemente, 42
termos e condições da licença redução de sua capacidade mecânica [7 ]. A formação de ferrugem gera tensões internas na 43
Creative Commons Attribution (CC BY) interface entre o aço e o concreto, levando a fissuras na superfície do concreto [2-8]. 44
(https://creativecommons.org/license
s/by/4.0/).

Edifícios2023,13, x. https://doi.org/10.3390/xxxxx www.mdpi.com/journal/buildings


Edifícios2023,13, x PARA AVALIAÇÃO POR PARES 2 de 21

Segundo Helene [9] e Tuutti [10], a corrosão geralmente está associada à carbonatação 45
do concreto (difusão de CO2) ou difusão de cloretos presentes na atmosfera. Independente 46
do processo corrosivo, o mecanismo pode ser dividido em duas etapas, iniciação e 47
propagação, sendo a transição caracterizada pela despassivação do aço, na qual a 48
profundidade de difusão do agente agressivo (yd) é igual ao cobrimento de concreto (Cnome). A 49
Figura 1 exemplifica as etapas de iniciação, despassivação e propagação, no caso da 50
corrosão por carbonatação. A corrosão por cloreto pode ser descrita de forma análoga, mas 51
pelo agente de corrosão e como ele se propaga. 52

53
Figura 1.Corrosão de armaduras em estruturas de RC devido ao CO2difusão. 54

O período de propagação é geralmente caracterizado pela taxa de corrosão e pela qualidade 55


do concreto que suporta tensões internas devido à formação de ferrugem, também conhecida 56
como óxido férrico [10,11]. 57
Devido à magnitude das tensões de tração geradas pela ferrugem corrosiva, desenvolvem-se 58
macrofissuras, potencializando ainda mais a entrada de agentes agressivos, aumentando o nível de 59
degradação do concreto e, conseqüentemente, reduzindo sua vida útil [11,12]. 60
No que diz respeito à modelagem da corrosão, a maioria dos pesquisadores está focada na fase de 61
iniciação da corrosão, associada à vida útil do projeto, desenvolvendo modelos para estimar a 62
profundidade de difusão ou o tempo para a despassivação da armadura considerando a difusão do 63
dióxido de carbono [6,13–18] ou cloretos [19-28]. 64
Uma desvantagem natural para avaliar a frente de corrosão é a influência das propriedades 65
do material e do ambiente de exposição no processo de difusão. Existem várias incertezas nesses 66
parâmetros, bem como nos parâmetros de qualquer modelo matemático que simule o mecanismo 67
de deterioração, impedindo uma análise determinística do problema [5,16]. 68
69
Ramezanianpour et ai. [29] notaram que abordagens puramente determinísticas não são 70
capazes de avaliar de forma adequada a vida útil de estruturas de concreto sujeitas à corrosão, 71
sendo necessário analisar o problema considerando a aleatoriedade dos diferentes parâmetros 72
envolvidos. 73
Com os avanços da computação e o advento da teoria da confiabilidade aplicada à 74
análise de estruturas, a modelagem de fenômenos estruturais considerando as incertezas 75
dos parâmetros tornou-se atraente, pois permite o tratamento dessas incertezas de forma 76
teórica mais consistente por meio de associações estatísticas. 30]. A análise probabilística via 77
teoria da confiabilidade oferece uma metodologia alternativa e eficiente para avaliar o 78
desempenho e a segurança de estruturas [31,32]. 79
Atualmente, existem diferentes métodos para avaliar o desempenho e a confiabilidade de 80
estruturas de concreto [21,22,32–35]. A técnica de simulação de Monte Carlo é um método 81
poderoso para este tipo de análise, pois considera simultaneamente as incertezas e os parâmetros 82
aleatórios envolvidos no problema [36,37]. É um método numérico estatístico não determinístico 83
para simulação de variáveis aleatórias. 84
A simulação de Monte Carlo usa uma técnica de amostragem para variáveis aleatórias para construir um 85
conjunto de valores que descreve o domínio de falha e segurança, classificado como uma estatística robusta 86
Edifícios2023,13, x PARA AVALIAÇÃO POR PARES 3 de 21

procedimento de análise por amostragem [36,38]. Assim, o acoplamento das leis de difusão com 87
algoritmos de confiabilidade, como o método de Monte Carlo, resulta em uma abordagem mais 88
consistente, abrangente e confiável do que os processos determinísticos, como mostram os trabalhos 89
recentes que tratam da vida útil de estruturas de concreto armado submetidas a corrosão 90
[21,30,34,36,39,40]. 91
Por exemplo, Liberati et al. [30] utilizaram uma abordagem probabilística para analisar a 92
durabilidade de uma viga projetada de acordo com as normas brasileiras de projeto estrutural NBR 6118 93
[41]. O início da corrosão foi determinado usando a lei de difusão de Fick, enquanto as leis de corrosão 94
de Faraday são adotadas para modelar a perda de metal. A probabilidade de falha estrutural foi 95
determinada usando a simulação de Monte Carlo. Os resultados indicaram que os procedimentos de 96
dimensionamento apresentados em [41] levam a probabilidades de falha estrutural com os valores de 97
segurança recomendados por [42], que variam de 10-3para 10-4. 98
Aslani e Dehstani [34] realizaram uma análise de confiabilidade no desempenho de 99
estruturas de concreto sob corrosão. A simulação de Monte Carlo foi usada para prever o 100
início da corrosão e a vida útil residual associada à propagação da trinca até a falha. 101
Concluíram que o processo estocástico gama é adequado para avaliar a probabilidade de 102
falha associada ao estado limite de capacidade de carga e a técnica de simulação de Monte 103
Carlo é adequada para avaliar a probabilidade de falha associada ao estado limite de 104
utilização. 105
Lizarazo-Marriaga et al. [39] propuseram um método probabilístico baseado em Monte Carlo para 106
estimar o início da corrosão em concreto de cinza volante. O coeficiente de difusão de cloretos, a 107
porosidade do concreto e as concentrações externas de cloretos foram usados como parâmetros 108
estocásticos. Os resultados demonstraram que uma abordagem probabilística para avaliar a 109
probabilidade do início da corrosão é viável. 110
Diferentes cenários considerando o tempo de início da corrosão e a influência do coeficiente 111
de difusão de cloreto para diferentes carregamentos foram propostos e analisados por [21]. Os 112
autores realizaram análises estocásticas para determinar a probabilidade de falha das barras de 113
aço e avaliar as influências dos fatores internos e externos. Os resultados mostram que 114
abordagens estocásticas aliadas a soluções avançadas permitem, de forma mais completa, a 115
tomada de decisões de sustentabilidade durante a fase de projeto, manutenção, inspeções e 116
reparos. 117
Embora tenha havido avanços no estudo da corrosão do concreto armado, os métodos 118
probabilísticos apresentam certo nível de complexidade que impede sua disseminação entre 119
os projetistas e no setor da construção civil. 120
Ao fornecer um método de cálculo simplificado, projetistas e engenheiros podem incorporar mais 121
facilmente considerações de durabilidade em seus projetos, levando a estruturas mais capazes de 122
resistir à corrosão e manter sua integridade estrutural ao longo do tempo. Isso pode resultar em 123
economia de custos, reduzindo a necessidade de manutenção e reparos dispendiosos durante a vida útil 124
da estrutura. 125
Nesse sentido, neste trabalho acoplamos modelos analíticos para difusão de Cl-e companhia2 126
em concreto e a técnica de simulação de Monte Carlo para gerar uma abordagem simples, porém 127
eficiente, para estimar a probabilidade de despassivação da armadura de estruturas de concreto em 128
ambientes urbanos. Para mostrar a aplicabilidade da abordagem, é apresentado um estudo de caso com 129
cinco condições ambientais brasileiras e concretos produzidos com misturas distintas. 130

2. Modelagem 131
A abordagem proposta para estimar a probabilidade de despassivação do reforço 132
devido ao CO2ou difusão de íons cloretos é mostrada na Figura 2. A primeira etapa consiste 133
em coletar dados e definir as condições de contorno da estrutura, como a geometria do 134
elemento estrutural, a taxa de armadura e sua cobertura, as condições de exposição do 135
ambiente circundante e as características dos materiais constituintes. 136
Na segunda etapa, é definido o agente agressivo ao qual o concreto está exposto. 137
Entrada de CO2é indicada para ambientes urbanos distantes do litoral, e ingresso de Cl-para 138
estruturas localizadas em regiões costeiras e próximas ao mar. O efeito combinado de 139
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os dois agentes agressores não é abordado neste trabalho e pode ser visto em Felix et al. [18] e 140
Zhu et al. [43]. 141

142
Figura 2.Fluxograma da abordagem probabilística. 143

Na terceira etapa do processo é criado o banco de dados de amostras para análises 144
probabilísticas. As amostras são criadas usando a técnica de amostragem de importância [44]. 145
Essas amostras são criadas para os principais parâmetros envolvidos no fenômeno da corrosão: 146
resistência à compressão do concreto, cobertura da armadura, temperatura, umidade relativa do 147
ar, condição de exposição à chuva e níveis de CO2e Cl-presente na atmosfera. 148
Por fim, a quarta e última etapa é o processo de determinação da probabilidade de despassivação, 149
que é a probabilidade de iniciação da corrosão, onde são utilizadas formulações analíticas para 150
representar a difusão de agentes agressivos. As simulações foram realizadas usando a técnica de 151
simulação de Monte Carlo. As formulações usadas para mapear a difusão de CO2 152
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e cloretos e o acoplamento destes modelos com a simulação de Monte Carlo são definidos a 153
seguir. 154

2.1. Modelos para mapear o CO2ou Cl-difusão em concreto 155


Quando as estruturas de concreto estão em regiões litorâneas, a corrosão das armaduras é 156
predominantemente em função do Cl-concentração. Em estruturas localizadas em regiões urbanas 157
e distantes do litoral, a corrosão ocorre principalmente devido ao CO2difusão [45]. No entanto, 158
Taffese e Sistonen [46] relataram que uma estrutura localizada em uma região urbana pode não 159
desencadear corrosão por carbonatação. Os autores relatam que é necessário avaliar quais 160
agentes agressores (CO2ou Cl-) está em maior proporção no ambiente ao redor da estrutura assim 161
considerado responsável pelo início da corrosão. 162
Sabendo disso, vários modelos foram desenvolvidos ao longo do tempo. Até meados da 163
década de 1980, o CO2ou Cl-modelos de difusão foram obtidos utilizando técnicas de regressão, 164
considerando diversos fatores, como a relação água/cimento (a/c), o tipo de cimento e a 165
resistência à compressão do concreto [47]. 166
Posteriormente, alguns pesquisadores inseriram alguns aspectos relacionados ao ambiente 167
de exposição, e a resistência do material à difusão de agentes agressores [15,26,28,48,49]. Foi 168
possível determinar a frente de difusão com maior precisão, como nos modelos desenvolvidos por 169
Andrade et al. [50] para Cl-, e por Possan et al. [16] para carbonatação. 170
Para determinar a profundidade de carbonatação do concreto, é utilizada neste trabalho a 171
formulação proposta por Possan et al. [16] apresentado na Equação (1). Alguns parâmetros são 172
obtidos de acordo com as características do concreto e as condições ambientais. Outros 173
parâmetros relativos ao Modelo de Possan são indicados nas Tabelas 1 e 2. 174
1 3
20      2   .   2   .   2   −0 . 68)2
=   . ( ) .() . exp [( ) + (  2 ) − (  ( ) ] .     (1)
   20 40 +    60 +    100 +   

ondeyé a profundidade média de carbonatação do concreto (em mm),fcé a resistência à 175


compressão do concreto (em MPa),kcestá relacionado com o tipo de cimento utilizado (Tabela 1),k 176
FC está relacionada com a resistência à compressão axial do concreto, dependendo do tipo de 177
cimento utilizado (Tabela 1),té a idade do concreto (em anos),de Anúnciosé o teor de adição (em % 178
à massa de cimento),kde Anúnciosestá relacionado com adições em função do tipo de cimento utilizado 179
(Tabela 1),RHé a umidade relativa média (em %*0,01),kRHestá relacionado com a humidade relativa, 180
dependendo do tipo de cimento utilizado (Tabela 1),CO2refere-se ao CO2conteúdo na atmosfera 181
(em %),kco2está relacionado com o CO2conteúdo do ambiente, dependendo do tipo de cimento 182
utilizado (Tabela 1),kceestá relacionada à exposição à chuva, dependendo das condições de 183
exposição da estrutura (Tabela 2). 184

Tabela 1.Coeficientes do modelo em função das características do concreto [16]. 185

Características concretas Condições ambientais


tipo de cimento Cimento fc Aditivo mineral CO2 RH
kc kFC kde Anúncios kCO2 kRH
CEM I1 19,80 1,70 0,24 18h00 1300
CEMII/AL2
21,68 1,50 0,24 18h00 1100
CEM II/AS3
CEMII/BS3 22,48 1,50 0,32 15,50 1300
CEMII/AV4 23,66 1,50 0,32 15,50 1300
CEM III/A5 30,50 1,70 0,32 15,50 1300
1 Cimento Portland Comum - Equivalente ao Cimento Brasileiro CP I e CP V/ASTM C 150.
186
2 Cimento Portland com carga de calcário - Equivalente ao Cimento Brasileiro CP II F/ASTM C 150.
187
3 Cimento Portland com Escória - Equivalente ao Cimento Brasileiro CP II E/ASTM C 595/IP.
188
4 Cimento Portland com Pozolana - Equivalente ao Cimento Brasileiro CP II Z/ASTM C 595/IS.
189
5 Cimento Portland com Escória - Equivalente ao Cimento Brasileiro CP III/ASTM C 595.
190
6 Cimento Portland com Pozolana - Equivalente ao Cimento Brasileiro CP IV/ASTM C 595.
191
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192

Mesa 2.Coeficientes do modelo em função das condições de exposição [16]. 193

Condições de exposição CoeficientekCE


Interior, protegido da chuva 13h30

Exterior, protegido da chuva 1,00


Ao ar livre, exposto à chuva 0,65
194
Para determinar a profundidade de penetração do cloreto, utiliza-se a formulação 195
analítica desenvolvida por Andrade et al. [50], apresentado na Equação (2). O autor relata que 196
a formulação foi obtida considerando que a difusão de cloretos é proporcional à 197
temperatura, à umidade relativa e à concentração externa de cloretos e inversamente 198
proporcional à resistência à compressão do concreto, ao tipo de cimento, ao tipo e às adições 199
minerais contente. 200

0,7.  0,1.   0,7


= 7,35 [ (2)
1.    .  2(1 +   )0,2] . √ 

ondeyé a profundidade da concentração crítica de cloreto (em mm),fcké a resistência à 201


compressão do concreto (em MPa),Té a temperatura ambiente (ºC),k1é uma variável 202
relacionada ao tipo de cimento (Tabela 3),té a idade do concreto (anos),de Anúnciosé o teor 203
de adição (em % à massa de cimento),k2é a variável relacionada às adições (Tabela 4),URé a 204
umidade relativa média (%),Cl-refere-se à concentração superficial de cloretos (%). 205
Alguns parâmetros dependem do tipo de cimento e do tipo de adição usado no projeto da mistura 206
de concreto, conforme mostrado nas Tabelas 3 e 4. 207

Tabela 3.Coeficientes do modelo em função do tipo de cimento [50]. 208

tipo de cimento Coeficientek1


CEM I 0,95
CEMII/AL 1,00
CEM II/AS
0,98
CEMII/BS
CEMII/AV 1.05
CEM III/A 1.21
CEM IV/A
1.17
CEM IV/B
CEM I 0,95
CEMII/AL 1,00
209

Tabela 4.Coeficientes do modelo em função das adições de concreto [50]. 210

Tipo de adição Coeficientek2


Sílica ativa ou sem adição 1,00
metacaulim 0,97
Cinzas volantes 0,76
211
Estas formulações (1) e (2) foram selecionadas devido à adoção de hipóteses simplificadas 212
sobre o processo de difusão e devido aos parâmetros de entrada facilmente obtidos. Outras 213
formulações, em geral, requerem dados experimentais previamente ajustados, tornando o 214
método inviável ou de difícil aplicação. 215
Edifícios2023,13, x PARA AVALIAÇÃO POR PARES 7 de 21

2.2. Simulação de Monte Carlo 216


A técnica de simulação de Monte Carlo é um procedimento numérico para realizar experimentos 217
aleatórios em problemas de confiabilidade [30,36,37]. Neste método, amostras de variáveis aleatórias 218
são utilizadas para descrever a probabilidade de falha [38], conforme a Equação (3). 219

 = ∫   ( 1,  2, … ,   )   1,   2, … ,     (3)


 ≤0

ondePfé a probabilidade de falha,fx(X)é a função de densidade de probabilidade conjunta (PDF conjunta) 220
das variáveisx. 221
As amostras utilizadas para calcular a probabilidade de falha são construídas com base 222
na distribuição estatística atribuída à variável aleatória do problema. Como o método é 223
baseado na simulação da função de estado limite, quanto maior a amostra gerada, mais 224
precisa é a descrição da probabilidade de falha ou confiabilidade determinada [51]. 225
A avaliação da integral definida na Equação (3) é quase impossível, exigindo métodos e 226
procedimentos alternativos baseados no conceito de índice de confiabilidade β[51]. O índice 227
de confiabilidade é definido como a distância entre o ponto médio e o ponto de falha alocado 228
na função de estado limite,G(X) = 0, e está relacionado com a probabilidade de falha através 229
da função de distribuição normal padrão cumulativaϕ, conforme a Equação (4). 230
231

 =  (− ) (4)

O método de simulação de Monte Carlo consiste em construir amostras para as variáveis 232
aleatórias envolvidas no problema. Assim, a probabilidade de falha é calculada por meio de um 233
estimador baseado na avaliação da função de estado limite, conforme a Equação (5). Estimador 234
eu(xeu)é calculado usando a Equação (6), assumindo valores de 1 ou 0, falha ou não, 235
respectivamente 236

 = ∫  (  )    = ∫  (  )   (  )   =  [ (  )] (5)


 ≤0  ≤0

1, ( ) ≤ 0
(  ) = { (6)
0, ( ) > 0
O valor médioeu(xeu)será uma estimativa para a probabilidade de falha, então, de acordo com a 237
Equação (7), a probabilidade de falha pode ser estimada para todo o banco de dados da amostra. 238
 
1
 =  [ (  )] = ∑ ( )   (7)
 
 =1

ondeNé o número de simulações, ou seja, o número de avaliações da equação de estado limite. 239
Neste trabalho, as amostras foram definidas pela técnica de Amostra de Importância. Para 240
Jacquemart et al. [44], a Amostra de Importância é uma abordagem teórica interessante para 241
estimar probabilidades de eventos raros em um processo de Markov contínuo. 242
Uma vez definido o método para estimar a probabilidade de falha, resta apenas definir a 243
equação do estado limite. Dois são usados neste trabalho,G1eG2, referindo-se à probabilidade de 244
iniciação de corrosão devido à carbonatação do concreto ou difusão de cloreto, respectivamente. 245
As equações (8) e (9) mostram os dois estados limites. 246
1 2. 4   . (0,01. 2−0.68)2
20     2 [( ) − (    )]
1( ) =  3− {  .( ) .() .  60+ 1 100+ 1
  } (8)
 1 20

0,72.  0,1. 6
 0,7 5
2( ) =  3− {7,35 [ ] √ } (9)
1.  1.  2(1 +   )0,2
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onde vetorxé o vetor de variáveis aleatórias, comx1é a resistência à compressão do 247


concreto (MPa),x2a umidade relativa (%),x3o cobrimento de concreto (mm),x4o conteúdo 248
de CO2(%),X5a concentração de cloretos (%) ex6a temperatura (°C). 249
De acordo com as Equações (8) e (9), a falha ocorre quando Gi(X)≤0, e não falha quandoGeu 250
(X)>0. Assim, a ruptura ocorre quando a profundidade de difusão dos agentes agressores é igual 251
ou maior que o cobrimento de concreto. As demais caixas representam condições seguras – sem 252
corrosão. 253

3. Estudo de caso 254


Para mostrar e testar a aplicabilidade da abordagem, foi realizado um estudo de caso, 255
onde avaliamos a probabilidade de despassivação da armadura de vigas de concreto com 256
geometria genérica, conforme Figura 3. As estruturas foram simuladas considerando o 257
concreto produzido com diferentes tipos de cimento Portland ( Tabela 1.a) e localizados em 258
cinco diferentes cidades brasileiras: Manaus (AM); Fortaleza (CE); Brasília (DF); São Paulo (SP); 259
Florianópolis (SC). Essas cidades representam aspectos climáticos de cada uma das regiões 260
do país (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul) e consideram os íons cloreto ou CO2 261
difusão concreta. É importante mencionar que, para simplificar a simulação, a viga foi 262
modelada considerando a mesma exposição nos quatro lados. 263

264
Figura 3.Dimensões das vigas de seção transversal (em mm) e condições de exposição da superfície. 265

Para a abordagem probabilística proposta, é necessário descrever as variáveis aleatórias do 266


problema e suas funções de distribuição. Foram coletados dados de umidade relativa e 267
temperatura referentes aos últimos anos, CO2conteúdo na atmosfera, teor de cloreto na 268
superfície, resistência à compressão do concreto e espessura do cobrimento do concreto. 269

Tabela 5.Parâmetros estatísticos de temperatura média mensal e umidade. 270

Variável Cidade Significar Desvio Função de distribuição


Brasília 21.71 1.44 Normal
Florianópolis 21.08 3.33 Normal com transformação de Johnson
T(° C) Fortaleza 27.23 0,52 Normal
Manaus 27,99 1.14 Log-normal
São Paulo 20.38 2.41 Normal
Brasília 63,54 13.24 Normal com transformação de Johnson
Florianópolis 79,29 2.81 Normal
RH(%) Fortaleza 77,46 4.71 Normal com transformação de Johnson
Manaus 77,96 6.42 Normal com transformação de Johnson
São Paulo 73,39 4,80 logística
271
Os dados climáticos relacionados à temperatura e umidade foram coletados para as 272
cinco cidades na última década. Eles foram extraídos do banco de dados meteorológicos do 273
Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil [52]. As Figuras 4 e 5 mostram as distribuições 274
de frequência da umidade média mensal e da temperatura média mensal, respectivamente. 275
A Tabela 5 apresenta os resultados obtidos para média, desvio padrão e 276
Edifícios2023,13, x PARA AVALIAÇÃO POR PARES 9 de 21

função de distribuição que melhor ajustou a amostra. Para a análise, as funções de distribuição 277
Normal, Lognormal, Logística, Gama, Weibull e Normal com transformação de Johnson foram 278
testadas para definir a melhor função de distribuição. 279

280
Figura 4.Frequência de distribuição da umidade média mensal para as cidades. 281

Conforme observado na Figura 4 e na Tabela 5, a frequência da distribuição de temperatura 282


de Florianópolis apresenta um perfil não representado por nenhuma das funções básicas de 283
distribuição analisadas; assim, foi necessário realizar uma transformação de Johnson na variável, 284
conforme mostra a Equação (10). Após a transformação, a variável pode ser representada usando 285
a distribuição Normal. O mesmo processo foi feito para as distribuições relativas à umidade 286
relativa nas cidades de Brasília (Equação 11), Fortaleza (Equação 12) e Manaus (Equação 13). 287
288

− 14.2510
     = −0,206242 + 0,649269 ∙    ( ) (10)
26,8126 −  

− 23.0873
     = −0,760113 + 0,865030 ∙    ( ) (11)
84.0951 −   

− 67,5460
     = 0,409589 + 1,01403 ∙    ( ) (12)
91.4887 −   

− 59,7484
     = −0,543247 + 0,876466 ∙    ( ) (13)
88.8229 −   
ondeTtransrefere-se à variável de temperatura transformada,Té a temperatura média 289
(°C),URé a umidade relativa média (%) eURtransé a umidade após a transformação de 290
Johnson. 291
Edifícios2023,13, x PARA AVALIAÇÃO POR PARES 10 de 21

292
Figura 5.Frequência de distribuição das temperaturas médias mensais para as cidades. 293

Devido à falta de dados sobre o CO2concentração e teor de cloreto para as cidades 294
analisadas, foram utilizados os dados do país, apresentados pelo CO2Bureau de níveis[53] e 295
Liberati et al. [30], respectivamente. Os dados representam a distribuição para o ambiente 296
urbano brasileiro. A média, o desvio e as funções usadas para esses dados podem ser vistas 297
na Tabela 6. 298

Tabela 6.Parâmetros estatísticos de CO2e Cl-, resistência à compressão e cobrimento do concreto. 299

Variável Significar Desvio Distribuição Fonte de dados

CO2concentração (%) Cl- 0,041 0,0043 Normal [53]


concentração (%) Resistência à 1.15 0,575 Log-normal [30]
compressão do concreto (MPa) 27h40 3.14 Normal [54]
Cobertura de concreto (mm) 30 ou 40 3.6 ou 4.8 Normal [30,31,41]
300
Ao todo, 423 dados experimentais coletados por Helene e Terzian [54] para resistência à 301
compressão foram usados para caracterizar a variabilidade dos concretos produzidos no Brasil (ver 302
Tabela 6). 303
Para cobrimento de concreto, foi adotado o valor mínimo recomendado para um 304
ambiente com agressividade classe II para estruturas de concreto sujeitas a CO2(30 mm), e 305
classe de agressividade III para estruturas sujeitas a cloretos (40 mm), segundo a norma 306
brasileira de projeto de concreto NBR 6118 [41]. A definição da função de distribuição e 307
desvio padrão, apresentada na Tabela 6, foi feita considerando os dados apresentados por 308
Liberati et al. [30] e Enright e Frangopol [31]. 309
Edifícios2023,13, x PARA AVALIAÇÃO POR PARES 11 de 21

4. Resultados 310
Os resultados das simulações, realizadas com o estudo de caso, são descritos e discutidos a 311
seguir. A análise do estado limite de durabilidade (DSL), referente à despassivação da armadura e 312
ao início da degradação da armadura, foi realizada considerando uma aplicação determinística das 313
equações (1) e (2) e uma abordagem probabilística. 314

4.1. análise determinística 315


A Figura 6 mostra as profundidades de difusão de CO2e Cl-no concreto. O processo de carbonatação do 316
concreto foi considerado para todas as cidades, enquanto a difusão de cloretos foi considerada apenas para as 317
cidades localizadas na região litorânea, Florianópolis e Fortaleza. 318
Para a análise da carbonatação, foram empregados os ambientes de exposição que geram as 319
máximas e mínimas profundidades de carbonatação na Equação (1) - ambientes internos 320
protegidos da chuva e ambientes externos não protegidos da chuva. As simulações foram 321
realizadas para vigas com seção transversal 22x40 cm (Figura 3), e concreto produzido com 322
cimento Portland tipo CEM III/A, e sem adição de conteúdo. 323

324
Figura 6.CO2e profundidade de difusão de cloretos para os cenários simulados. 325
Edifícios2023,13, x PARA AVALIAÇÃO POR PARES 12 de 21

Com base na Figura 6, não há ocorrência de despassivação das armaduras por carbonatação para 326
estruturas de concreto localizadas em ambientes externos expostos à chuva. Para estruturas localizadas 327
em ambientes internos e abrigados da chuva, a despassivação ocorre em todos os casos. 328
329
Considerando uma estrutura localizada próxima ao mar, a despassivação ocorre devido 330
à difusão de cloretos. Em Florianópolis e Fortaleza, conforme mostra a Figura 6, a 331
profundidade de difusão dos cloretos ao final da análise é de duas a quatro vezes maior que 332
a profundidade da carbonatação, mostrando que a ação dos cloretos é mais significativa e 333
agressiva, conforme relatado por Taffese e Sistonen [46]. No entanto, para Zhu et al. [40], nos 334
casos em que há ação combinada de cloretos e CO2, o início da corrosão deve ser analisado 335
considerando a ação simultânea dos dois mecanismos. Também deve ser considerado um 336
efeito sinérgico entre os agentes agressores, podendo reduzir a vida útil da estrutura em até 337
40% [43]. 338
A Figura 6 também indica que, para os requisitos de durabilidade da norma brasileira (NBR 339
15575 [55]), o cobrimento especificado e a resistência à compressão são atendidos dependendo 340
das condições de exposição. Assim, a agressividade do ambiente deve ser cuidadosamente 341
definida na fase de projeto para que o elemento estrutural atenda a sua vida útil. 342

4.2. Análise probabilística 343


O primeiro passo da análise probabilística é estabelecer o número de amostras e simulações 344
para fornecer resultados confiáveis. Segundo Liberati et al. [30], a probabilidade de falha de 345
estruturas civis está entre 10-3e 10-6, por isso são necessários cerca de 103para 105simulações de 346
estado limite. Como opção para reduzir esforços computacionais, decidimos realizar um estudo de 347
convergência. 348
Na Figura 7 são apresentadas duas análises de convergência, referentes à variabilidade do 349
índice de confiabilidade com o número de amostras utilizadas nas simulações. As análises foram 350
realizadas considerando o processo de carbonatação na cidade de São Paulo (Figura 7.a) e difusão 351
de cloretos na cidade de Florianópolis (Figura 7.b). As amostras foram geradas com a técnica de 352
Amostragem de Importância [44]. 353

354
Figura 7.Índice de confiabilidade vs. amostra numérica na despassivação por (a) CO2e (b) Cl-difusão. 355

As Figuras 7.a e 7.b mostram que o número de amostras entre 30.000 e 50.000 é 356
suficiente para convergir o índice de confiabilidade e a probabilidade de falha da estrutura. 357
Uma vez definido o número de amostras, é possível estimar a probabilidade de 358
despassivação considerando os cenários simulados. 359
Os resultados apresentados na Figura 8 mostram que a probabilidade de despassivação do 360
reforço devido ao CO2a difusão é aproximadamente zero nos primeiros dez anos, para qualquer 361
condição de exposição à chuva. Ao analisar o processo de carbonatação em ambiente externo e 362
exposto à chuva, a probabilidade de despassivação após 50 anos é inferior a 10%, o que atende ao 363
estado limite de durabilidade, sendo uma probabilidade aceitável para a despassivação de 364
armaduras de estruturas de concreto [56] . O estado limite de durabilidade marca o 365
Edifícios2023,13, x PARA AVALIAÇÃO POR PARES 13 de 21

início da falha de durabilidade como a despassivação do reforço em uma estrutura de RC [57]. De acordo 366
com a ISO 13823:2008 [58], o estado limite de durabilidade é atingido quando o índice de confiabilidade 367
excede o valor de 1,6, o que equivale a uma probabilidade de falha de 0,2. 368

369
Figura 8.Probabilidade de despassivação devido ao CO2e Cl-difusão. 370

Para as estruturas internas de concreto, considerando o processo de carbonatação e 371


elemento protegido da chuva, a probabilidade de despassivação da armadura chega a 20% na 372
idade de 16 a 23 anos, dependendo da cidade. São Paulo foi a cidade com a probabilidade mais 373
precoce de despassivação chegando a 20%, aos 16 anos. É uma cidade onde a umidade relativa 374
tem grande variação, portanto as estruturas podem estar sempre sob ciclos de secagem/ 375
umedecimento. Possan et ai. [57] observaram que a difusão de CO2é altamente afetado pela 376
umidade interna, e a reação química da carbonatação seria melhor representada pela umidade 377
interna do que pela umidade relativa do ar. Assim, para chegar a uma análise mais confiável, seria 378
interessante utilizar um modelo de difusão que considerasse a umidade interna do concreto. 379
Entretanto, a utilização desse parâmetro como entrada do modelo o tornaria inviável, pois não é 380
fácil coletar a umidade interna do material. 381
Nas análises de despassivação induzida por cloretos, verificou-se que a agressividade do 382
ambiente gera curvas de probabilidade de despassivação com declives mais acentuados nos 383
primeiros anos, com a difusão desacelerando ao longo do tempo. Al-Alaily et al. [36] observaram 384
por meio de análises probabilísticas, usando a técnica de simulação de Monte Carlo, que o nível de 385
Edifícios2023,13, x PARA AVALIAÇÃO POR PARES 14 de 21

a agressividade é definida principalmente pela resistência do concreto, ou seja, sua qualidade, e 386
que no concreto sem adições a curva de probabilidade apresenta altas taxas de crescimento nos 387
primeiros anos. Os autores [36] mostraram que se metacaulim é adicionado para produzir o 388
concreto, a probabilidade de despassivação diminui e o início da corrosão é adiado. 389
Para avaliar a influência dos parâmetros de entrada, uma análise de sensibilidade das variáveis 390
aleatórias consideradas na abordagem probabilística é mostrada na Figura 9. Enquanto a figura 9.a está 391
relacionada aos parâmetros de entrada na análise com CO2difusão em estruturas de concreto em 392
Manaus, Brasília e São Paulo, a Figura 9.b está relacionada aos parâmetros de entrada na simulação 393
considerando Cl-difusão em Fortaleza e Florianópolis. 394

395
Figura 9.Análise de sensibilidade considerando a despassivação devido a (a) CO2e (b) Cl-difusão. 396

A Figura 9 mostra que a resistência à compressão, na probabilidade de despassivação devido 397


à carbonatação, teve o mesmo nível de importância do teor de cloreto na superfície, quando a 398
despassivação devido ao Cl-a difusão é analisada. Assim, estruturas de concreto localizadas em 399
ambientes urbanos são mais sensíveis à qualidade do concreto quando submetidas à 400
carbonatação. Quando o teor de cloreto é predominante em relação ao teor de CO2na atmosfera, 401
o teor de cloreto na superfície indica o nível de agressividade ambiental, e parâmetros de 402
qualidade do concreto, como cobrimento e resistência à compressão, devem ser verificados para 403
garantir o estado limite de durabilidade. 404
As Figuras 10a e 10b apresentam as curvas de probabilidade de despassivação para vigas 405
produzidas com diferentes tipos de cimento Portland. A Figura 10a mostra os resultados das simulações 406
realizadas com um ambiente interno protegido da chuva, na cidade de São Paulo. A Figura 10b mostra 407
os resultados das simulações realizadas com estruturas localizadas em Florianópolis para despassivação 408
por difusão de cloretos. 409

410
Figura 10.Probabilidade de despassivação em função tipo de cimento e para (a) CO2ou (b) Cl-difusão. 411
Edifícios2023,13, x PARA AVALIAÇÃO POR PARES 15 de 21

A Figura 10.a mostra que as vigas produzidas com os cimentos CEM III/A ou CEM 412
IV/A e CEM IV/B têm maior probabilidade de despassivação por carbonatação e menor 413
durabilidade, o inverso da despassivação por difusão de cloretos (Figura 10.b). Jiang et 414
ai. [59] e Possan et al. [16] relatam a existência de influência negativa do uso de adições 415
no processo de carbonatação devido à redução da reserva alcalina do concreto quando 416
produzido com CEM III/A ou CEM IV/A e CEM IV/B, que possuem altos teores de escória 417
(de 35 a 70%) e pozolana (de 15 a 50%) em suas composições, respectivamente. 418
Entretanto, Andrade [28] relata que os concretos CEM III/A e CEM IV/A e CEM IV/B são 419
mais resistentes ao ingresso de cloretos. Rasheduzzafar e cols. [60] e Helene [9] relatam 420
que os íons de cloreto se combinam com o aluminato tricálcico (C3A) para produzir Sal 421
de Friedel, 422
423
Além disso, embora os cimentos CEM II/AS e CEMII/BS E e CEM II/AV possuam adições em sua 424
composição (escória e pozolana, respectivamente), as profundidades de carbonatação foram inferiores 425
às obtidas em vigas produzidas com CEM III/A ou CEM IV /A e CEM IV/B, pois os cimentos possuem 426
teores de adição significativamente menores, portanto com baixa reserva de íons alcalinos, mas 427
suficientes para melhorar a qualidade geral do concreto. A mesma análise se aplica às maiores 428
profundidades de difusão de cloretos observadas nos cimentos CEM II/BS e CP CEM II/AV, e menores 429
profundidades nos cimentos CEM III/A, CEM IV/A e CEM IV/B. 430
Assim, os tipos de cimento que apresentam maior durabilidade à carbonatação e ao 431
ingresso de cloretos foram o CEM III/A e o CEM IV/A e o CEM IV/B, respectivamente. A Figura 432
11 mostra a probabilidade de despassivação da armadura em relação às simulações da viga 433
produzida com cimento CEM III/A e CEM I, com diferentes resistências à compressão do 434
concreto (30, 40 e 50 MPa), em dois cenários ambientais, as cidades de São Paulo e 435
Florianópolis . 436

437
Figura 11.Probabilidade de despassivação em função do cobrimento de concreto na estrutura de 50 anos para 438
(a) São Paulo e (b) Florianópolis. 439

A probabilidade de despassivação devido à entrada de CO2em estruturas localizadas em São 440


Paulo (Figura 11.a) com 30 MPa, e cobrimento de concreto de 30 mm, é de cerca de 98% para CEM 441
III/A. Obviamente, não garante segurança de durabilidade neste cenário. Mesmo com CEM I, a 442
probabilidade de despassivação é de cerca de 44%. Para estender o estado limite de durabilidade 443
de uma estrutura com cobrimento de 30 mm, seriam recomendados concretos produzidos com 444
CEM I com no mínimo 40 MPa, reduzindo a probabilidade de despassivação para menos de 20%. 445
446
A probabilidade de despassivação por difusão de cloretos em estruturas de concreto 447
localizadas em Florianópolis (Figura 11.b) com 30 MPa e cobrimento de 40 mm é da ordem de 86% 448
para o cimento CEM I e 75% para o CEM III/A. Apenas melhorar a qualidade do concreto 449
melhorando sua resistência para 50MPa reduziria a probabilidade de despassivação para menos 450
de 25%. 451
Edifícios2023,13, x PARA AVALIAÇÃO POR PARES 16 de 21

A Figura 12 ilustra o efeito da espessura do cobrimento na despassivação da armadura, 452


utilizando mapas de contorno referentes à variação da probabilidade de despassivação para 453
estruturas com diferentes idades (10, 30 e 50 anos), considerando vigas produzidas com 454
cimento CEM III/A e resistência à compressão de 30 MPa. 455

456
Figura 12.Probabilidade de despassivação em função do cobrimento e idade da estrutura para uma viga de concreto 457
localizada em (a) São Paulo - considerando o processo de carbonatação e (b) Florianópolis - considerando a difusão de 458
cloretos. 459

Como antes, a primeira subfigura 12.a refere-se a uma viga de concreto submetida à penetração 460
de dióxido de carbono em São Paulo em ambiente interno protegido da chuva. A segunda subfigura 12.b 461
refere-se a um feixe sujeito à difusão de cloretos em Florianópolis. Os parâmetros ambientais 462
empregados na simulação foram definidos nas Tabelas 5 e 6. A probabilidade de despassivação é maior 463
para a entrada de cloretos, mesmo com um recobrimento de 40 mm. Para garantir a proteção, o 464
cobrimento de concreto deve ser aumentado. De acordo com Palm e cols. [61], a associação de 465
cobrimento de concreto e boas práticas de construção deve ser pensada em todos os projetos para 466
aumentar a vida útil e a durabilidade. 467

5. Conclusões 468
Neste trabalho, uma abordagem baseada na simulação de Monte Carlo foi estabelecida para determinar 469
a probabilidade de despassivação da armadura de estruturas de concreto. Para mostrar a aplicabilidade da 470
abordagem, um estudo de caso foi apresentado, onde cinco condições de exposição de ambientes brasileiros 471
foram simuladas considerando diferentes combinações de concreto. 472
Com base nos resultados, foi possível tirar as seguintes conclusões: 473
Edifícios2023,13, x PARA AVALIAÇÃO POR PARES 17 de 21

• A abordagem proposta é capaz de ajudar os projetistas de estruturas de RC a analisar o 474


estado limite de durabilidade levando em consideração a influência de parâmetros 475
representativos de CO2e Cl-difusão. 476
• Para gerar uma análise confiável com a abordagem proposta, os resultados apontaram que cerca 477
de 30.000 amostras são suficientes para estabelecer uma convergência para o índice de 478
confiabilidade e a probabilidade de despassivação. 479
• Os resultados mostram que a despassivação devido ao processo de carbonatação é 480
influenciada, em ordem de importância, pelo CO2teor de concentração, umidade relativa do 481
ar, camada de concreto e resistência à compressão do concreto. Para a despassivação por 482
cloretos, os parâmetros de influência são, em ordem de importância, temperatura, umidade 483
relativa do ar, resistência à compressão do concreto, cobrimento do concreto e concentração 484
de cloretos na superfície. 485
• Em ambientes onde a ação dos cloretos é predominante, seu conteúdo na superfície da 486
estrutura é um indicador da agressividade. Nestes casos, um cobrimento de concreto 487
adequado e boas práticas de execução reduzem em cerca de 25% a probabilidade de 488
despassivação. 489
• As simulações mostraram que é recomendado o uso de cimento Portland tipo CEM 490
III/A, CEM IV/A ou CEM IV/B para a produção de concreto localizado em ambientes 491
com alto teor de cloreto na superfície, e os cimentos CEM I, CEM II/AL , CEM II/AS 492
ou CEM II/BS são recomendados para ambientes onde o CO2 493
taxa na atmosfera é mais predominante do que o teor de cloreto. Os resultados encontrados 494
neste trabalho apontam que abordagens puramente determinísticas não são capazes de avaliar 495
adequadamente a despassivação de estruturas de concreto, pois é necessário considerar a 496
aleatoriedade dos diferentes parâmetros. Além disso, mostra-se que a abordagem proposta é vantajosa 497
na avaliação do estado limite de durabilidade em estruturas de RC existentes, onde os engenheiros 498
podem tomar decisões mais informadas sobre o projeto, construção e manutenção de estruturas de 499
concreto, aumentando assim sua vida útil e reduzindo o risco de falha. No geral, a incorporação de 500
modelos que consideram os parâmetros corretos pode ser uma ferramenta valiosa na indústria de 501
engenharia, ajudando a melhorar a confiabilidade e a segurança das estruturas de concreto. 502
503
Como trabalho futuro, vamos nos concentrar em explorar o acoplamento da simulação de 504
Monte Carlo com técnicas de Machine Learning, como regressão de três e redes neurais artificiais, 505
para gerar CO2e modelo de difusão de cloretos que mapeia seu efeito combinado, e considerar a 506
umidade interna do material ao invés da umidade relativa do ar para melhor representar a reação 507
química da carbonatação. 508
509
Contribuições do autor:Conceituação, Emerson Felipe Félix, Rogério Carrazedo e Edna Possan; 510
Curadoria de dados, Emerson Felipe Félix, Isabela Falcão e Larissa dos Santos; Análise formal, Rogério 511
Carrazedo; Captação de recursos, Emerson Felipe Félix, Rogério Carrazedo e Edna Possan; Metodologia, 512
Emerson Felipe Félix; Administração de projetos, Rogério Carrazedo; Software, Emerson Felipe Félix; 513
Supervisão, Edna Possan; Redação – rascunho original, Emerson Felipe Félix e Larissa dos Santos; 514
Redação – revisão e edição, Isabela Falcão, Rogério Carrazedo e Edna Possan. 515

Financiamento:Esta pesquisa foi aprovada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e 516
Tecnológico (CNPq 141078/2018 e CNPq 310564/2018-2), pela Coordenação de Aperfeiçoamento de 517
Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código Financeiro 001 e pelo EDITAL 01/2023- PROPe/PROPEG 518
da Universidade Estadual Paulista. 519

Universidade (UNESP), Brasil. 520

Conflitos de interesse:Os autores declaram não haver conflito de interesses. 521

Referências 522

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