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Pesquisa de Cimento e Concreto 115 (2019) 545-558

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Pesquisa de Cimento e Concreto

página inicial da revista: www.elsevier.com/locate/cemconres

Durabilidade para estruturas de concreto em ambientes marinhos do projeto HZM: T

Design, avaliação e muito mais
Kefei Lia,ÿ , Dongdong Zhanga , Quanwang Lia , Zhihong Fanb
uma
Departamento de Engenharia Civil, Universidade de Tsinghua, Pequim 100084, China
b
CCCC 4th Research Institute of Harbors and Ports, Guangzhou 510230, China

INFORMAÇÕES DO ARTIGO ABSTRATO

Palavras-chave: Este artigo revisa os fundamentos da durabilidade do concreto estrutural e, em seguida, aplica os conceitos ao projeto de
Concreto (E) durabilidade, controle de qualidade, avaliação de desempenho e planejamento de manutenção de estruturas de concreto no
Durabilidade (C) projeto de ligação marítima Hong Kong-Zhuhai-Macau (HZM) com vida útil de projeto de 120 anos. O projeto de durabilidade
Desempenho a longo prazo (C)
adota uma filosofia multinível para diferentes riscos de durabilidade e usa uma abordagem baseada em modelo para determinar
Corrosão (C)
os parâmetros do projeto. Os dados de exposição de longo prazo de 30 anos foram usados para calibrar o modelo de ingresso
Modelagem (E)
de cloreto e quantificar a incerteza de modelagem. O controle de qualidade da durabilidade foi realizado através da conversão
dos valores de projeto para valores de caracterização laboratorial, especialmente para a difusividade do cloreto. Com os dados
coletados na fase de construção, é realizada uma avaliação totalmente probabilística do desempenho alcançado frente ao
ingresso de cloretos, servindo de base para o planejamento da manutenção. No final são elaboradas as questões em aberto
relacionadas com a durabilidade das infraestruturas de betão com longa vida útil.

1. Durabilidade para estruturas de concreto: estado da arte
A durabilidade dos concretos estruturais tem sido foco de pesquisas nas
últimas décadas [1,2]. Tornou-se uma tarefa central manter o desempenho
de durabilidade dos concretos estruturais em obras de projeto para alcançar
a vida útil esperada. Conceitualmente, o desempenho estrutural pode ser
reduzido pela deterioração a longo prazo dos concretos por processos
relacionados à durabilidade, e os três fundamentos para o projeto incluem a
lei de deterioração do desempenho, o nível de desempenho aceitável
(“estado limite de durabilidade” ou “DLS” no projeto termos), e a vida de
projeto esperada [3,4] (Ver Fig. 1). Os padrões de deterioração podem ser
materiais ou estruturais: o padrão material refere-se ao processo que induz
apenas danos materiais sem afetar o desempenho estrutural, por exemplo,
o desprendimento por ações de congelamento-degelo na superfície do
concreto; caso contrário, o padrão é estrutural e o desempenho dos
elementos estruturais é afetado, por exemplo, corrosão do reforço de aço.
Assim, o DLS pode se referir à deterioração do material (padrão do material)
ou ao desempenho estrutural reduzido (padrão estrutural). Com base nesses
três fundamentos, o processo de projeto pode ser realizado para o DLS
especificado, ou a probabilidade de falha correspondente em relação ao
DLS nos termos da teoria da confiabilidade [5]. A escolha do DLS e/ou as
probabilidades de falha associadas refletem os níveis de qualidade esperados
do projeto de durabilidade; esses níveis podem ser prescritos ou determinados inerente refere-se à aleatoriedade natural dos processos de durabilidade,
no contexto da engenharia do ciclo de vida por meio de ferramentas quantitativas enquanto a incerteza artificial representa o erro de modelagem devido ao conhecimento
como análise de custo do ciclo de vida (LCCA) [6]. Mais recentemente, o
conceito de consciência ecológica foi introduzido no projeto do ciclo de vida,
e o eco-impacto, expresso em termos do desempenho obtido por pegada de
carbono, foi preferido à análise de custo convencional [7,8].
Até que ponto os conceitos acima podem ajudar os trabalhos de projeto
na prática depende do nosso conhecimento acumulado sobre os
comportamentos de deterioração de materiais e estruturas de concreto.
Independentemente dos consideráveis esforços dedicados a este tópico, o
conhecimento obtido está longe de ser completo para diferentes processos
de deterioração: para carbonatação e ingresso de cloreto, o conhecimento
acumulado permite a modelagem para trabalhos de projeto enquanto o
conhecimento para outros processos, como cristalização de sais e aço
propagação da corrosão, ainda não está maduro o suficiente para uso em
engenharia; a situação é ainda menos otimista para ações combinadas,
como concretos estruturais afetados por sais compostos em solos salinos
[9]. Esta situação deve-se, em parte, aos materiais cimentícios
multicomponentes utilizados no betão como ligante e aos seus
comportamentos complexos na sua interação com os agentes agressivos
externos [10,11]. A Tabela 1 tenta uma visão geral da aplicabilidade de
diferentes modelos (não exaustiva certamente) em trabalhos de projeto de
durabilidade, considerando sua natureza (científica ou empírica), as
incertezas inerentes e artificiais e a confiabilidade para previsão. A incerteza

ÿ Autor correspondente.
Endereço de e-mail: likefei@tsinghua.edu.cn (K. Li).

https://doi.org/10.1016/j.cemconres.2018.08.006 Recebido
em 30 de novembro de 2017; Recebido em formulário revisado em 22 de abril de 2018; Aceito em 24 de agosto de
2018 Disponível online em 05 de setembro de 2018 0008-8846/ © 2018 Elsevier Ltd. Todos os direitos reservados.
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K. Li et ai.
Desempenho afetado (material/estrutural)
f0
Deteriorar lei f(t)
Prescrito ou
Estado limite de
fDLS determinado
durabilidade (material/estrutural)
com base no custo/eco
Vida de serviço
0 tSL Tempo
Fig. 1. Ilustração conceitual para fundamentos de projeto de durabilidade.
No contexto deste estado-da-arte, as seguintes partes deste artigo revisam as
questões de durabilidade para as estruturas de concreto no projeto de ligação marítima
Hong Kong-Zhuhai-Macau (HZM) em andamento, que tem uma vida útil de projeto de 120
anos. Primeiro, o processo de projeto de durabilidade para essas estruturas de concreto
expostas ao ambiente marinho agressivo é apresentado com foco na filosofia de projeto,
no uso de modelos de durabilidade e no papel dos dados de exposição a longo prazo; em
seguida, o processo de controle de qualidade para concretos estruturais é elaborado
através da conversão do valor de projeto de durabilidade para valor de controle, a
conformidade de aceitação do laboratório e os ensaios não destrutivos (END) aplicados
em obra; com base nos dados recolhidos das propriedades do betão na fase de construção,
é realizada uma avaliação abrangente da durabilidade dos elementos de betão
relativamente ao seu desempenho de durabilidade alcançado; especialmente a parede do
túnel é investigada quanto aos padrões de durabilidade, o transporte de umidade e cloreto
e o risco de corrosão correspondente do aço de reforço; finalmente é formulado um
planejamento de manutenção para as obras de concreto no projeto HZM. Através deste
estudo de caso abrangente, a aplicação dos conceitos e ferramentas mais recentes é
demonstrada, e alguns problemas de durabilidade (não resolvidos) relacionados a
estruturas de longa vida útil são discutidos posteriormente. Espera-se que tanto a
durabilidade do concreto quanto as comunidades de aplicação de engenharia possam se
beneficiar deste estudo de caso.
2. Projeto de ligação marítima Hong Kong-Zhuhai-Macau
2.1. Introdução do projeto
O projeto HZM liga as cidades de Zhuhai e Macau na costa sudeste da China
continental e a cidade de Hong Kong (HK) através da região de água do Oceano Ling'ding.
A extensão total do projeto é de cerca de 55 km, consistindo em pontes marítimas de 28,8
km, duas terras artificiais offshore e um túnel de tubo imerso de 6,8 km, cf. Fig. 2. A
capacidade de tráfego é de 6 pistas em sentido duplo com velocidade de projeto de 100
km/h.
A vida útil de projeto de todo o projeto é de 120 anos [20]. A fase de estudo preliminar do
projeto começou em 2008, e agora as obras de construção se aproximam de sua fase
final.
As pontes marítimas são constituídas por quatro vãos navegáveis (três pontes
estaiadas e uma ponte de viga contínua), ligadas por vãos não navegáveis de pontes de
viga contínua com viga caixão de aço. O túnel tubular imerso é feito de concreto marinho
de alto desempenho, com sua parte principal situada no fundo do mar com lâmina d'água
média de 40 m. A seção transversal do túnel tem 38 m de largura e 11,4 m de altura, a
espessura da parede do túnel é de 1,5 m e a parede de concreto exposta diretamente à
água do mar. Para construir este túnel tubular imerso, seu comprimento total é dividido
em quatro segmentos moldados (112,5 m cada) e 27 segmentos pré-fabricados (180 m
cada). Os segmentos pré-fabricados foram feitos em uma fábrica próxima ao local do
projeto com um cais flutuante construído no interior. Cada segmento pré-fabricado é
montado a partir de suas oito unidades de 22,5 m no cais (estado seco), flutuado no cais
(estado cheio), arrastado até o local do projeto e afundado no fundo do mar. Uma vez
posicionados, os segmentos pré-fabricados são conectados por juntas flexíveis. este
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procedimento de construção é denominado como “método de afundamento flutuante” [21].
Duas ilhas artificiais offshore são construídas para conectar o mar
pontes e o túnel imerso de ambas as extremidades. A área total de ilhas artificiais é de
cerca de 200.000 m2 , acomodando também instalações auxiliares,
abrigo de emergênciaincluindo estações
e pontos de
turísticos.
A ilha é construída com a ajuda da ensecadeira feita de estacas de aço cheias de areia.
Também da ilha são construídos os quatro segmentos moldados no local do túnel de
tubo imerso. A Tabela 2 resume os elementos concretos usados nas diferentes partes do
projeto.
O local do projeto HZM tem o clima subtropical de monções marinhas: a temperatura
média anual é de cerca de 22 °C, e a umidade média anual está entre 77% e 80% com
grande variação sazonal (precipitação anual entre 2061 e 2200 mm) . A salinidade da
água do mar é de 32,9 para a parte leste e 25,4 para a parte ocidental (fundo no fundo do
mar), e a salinidade mais baixa é registrada como 8,1 e 10,4 para as regiões leste e oeste.
A concentração de Clÿ da água do mar está entre 10.700 e 17.020 mg/L, os íons sulfato
(SO4 2ÿ) entre 1140 e 2260 mg/L, e os íons magnésio (Mg2+) entre 620 e 1070 mg/L. Os
valores de pH da água do mar estão entre 6,65 e 8,63.
Essas condições hidrológicas geram fortes ondas locais, tornando a zona de respingo
(-0,40 m–6,26 m) muito maior do que a zona de maré (-2,10 m a -0,40 m) [22]. Esse
resultado realmente condiciona a durabilidade do projeto nos elementos de concreto
expostos diretamente ao mar
agua.
2.2. Risco de durabilidade e metas de design
Considerando os elementos de concreto e suas condições ambientais, os riscos de
durabilidade têm origem tanto nos agentes agressivos do meio marinho, cf. Tabela 2, e
algumas reações internas de concretos estruturais. Com base no conhecimento do estado
da arte, os possíveis processos de deterioração incluem o seguinte:
(1) A entrada de cloreto e a corrosão induzida do aço de reforço. Este processo envolve
todos os elementos de concreto, mas sua intensidade de exposição é bastante
diferente: a ação do cloreto dentro da zona de respingo é geralmente considerada a
mais severa e a exposição na zona imersa/abaixo do fundo do mar é a menos severa
de acordo com os mecanismos de entrada de cloreto e a subsequente despassivação
e corrosão do aço [23]. Os elementos com maior intensidade de exposição incluem
os pilares das pontes marítimas (não navegáveis), os pilões e plataformas portantes
das pontes marítimas (navegáveis), as partes de aproximação das pontes marítimas
às ilhas artificiais e os primeiros segmentos de túnel tubular do ilhas. Um caso
especial é a parte imersa do túnel tubular: a parede é exposta de um lado ao tráfego
(atmosférico) e de um lado à água do mar, e tanto cloretos marinhos quanto oxigênio
estão disponíveis. Uma análise aprofundada é necessária para este caso enquanto
a parede é considerada, conservadoramente na fase de projeto, como tendo a maior
intensidade de ação [24].
(2) A carbonatação e a corrosão do aço induzida. Este processo também se aplica a todos
os elementos de concreto expostos ao CO2 atmosférico.
De acordo com o conhecimento adquirido, a exposição mais intensa refere-se
também à exposição secagem-umectação, e a intensidade da ação diminui com a
saturação dos poros [25]. Levando isso em conta, a ação mais intensa do CO2 ocorre
para os pilares (parte superior) e torres expostas às precipitações naturais; e as
ações menos intensivas ocorrem para os elementos imersos. Atenção especial deve
ser dada ao lado interno (intrados) da parede do túnel: maior CO2 pode se acumular
no túnel rodoviário devido à exaustão do tráfego [26].
Além disso, este processo ocorre simultaneamente com o cloreto em ingresso. A
possível interação entre os dois processos requer atenção especial, como mostram
alguns resultados de laboratório [27].
(3) Deterioração do concreto por ataque de sais. Múltiplas espécies de íons estão
presentes na água do mar, das quais tanto os íons sulfato (SO4 2ÿ) quanto os íons
magnésio (Mg2+) são considerados agressivos: os íons sulfato podem reagir com os
hidratos de alumínio do cimento para formar
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tabela 1
Análise de força e fraqueza de modelos disponíveis (não exaustiva) para deterioração da durabilidade (“+++” significa muito confiável, “++” para razoavelmente confiável,
“+” para pouco confiável; “na” para “não disponível”).

Deterioração Modelos Fonte Natureza Inerente Artificial Confiabilidade do modelo

incerteza incerteza

Aço induzido por carbonatação Profundidade de carbonatação Paradakis et ai. 1991 [12] fib Científico na Baixo ++
corrosão 2006 [4]; DuraCreta 2000 [13] Empirical Masterizado Moderado +++
Iniciação de corrosão Li 2016 [3]; Dong et ai. 2006 [14] Empirical na Moderado ++
Corrente de corrosão DuraCreta 1998 [5] Empírico e Alto +
Corrosão de aço induzida por cloreto Ingresso de cloreto Li 2016 [3] Científico na Baixo ++
fib 2006 [4]; DuraCreta 2000 [13] Empirical Masterizado Moderado +++
Iniciação de corrosão Li, 2016 [3]; Angst et ai. 2009 [15]; Empirical na Moderado ++
DuraCreta 1998 [5]
Corrente de corrosão DuraCrete 1998 [5] Empírico e Alto +
Danos por congelamento Saturação crítica dos poros DuraCrete 1998 [5] Empírico e Alto +
Estresse de poros Li 2016 [3]; Coussy 2005 [16] Científico na Alto +
Lixiviação Profundidade de lixiviação Mainguy e Coussy 2000 [17] Científico na Alto +
Li 2016 [3]; Yokozeki et ai. [18] Científico na Moderado ++
Danos de cristalização de sal Supersaturação crítica Coussy 2006 [19]; Li 2016 [3] Científico na Baixo ++
Estresse de poros Coussy 2006 [19]; Li 2016 [3] Científico na Alto +

expansiva etringita [28] enquanto os íons de magnésio podem se deteriorar
o cimento hidrata através do processo de troca iônica Ca2+-Mg2+ ,
enfraquecimento da matriz sólida de pasta de cimento endurecida em concreto
[29]. A intensidade dessas ações salinas depende da concentração de íons, e
de outras espécies de íons presentes também [30]. Na prática, muito raramente
o ataque de sulfato foi observado em estruturas marinhas de concreto, pois a
concentração de cloreto é geralmente bastante alta
na água do mar, limitando as possíveis reações de sulfato. Este inibidor
2ÿ
efeito foi atribuído à taxa de difusão mais rápida de Cl- do que SO4
em concreto, uma magnitude maior em concentração de acordo com
[31], e assim o consumo de hidratos de alumínio primeiro por Clÿ
2ÿ
antes de SO4 [32]. Mas esta afirmação precisa da razão de concentração
2ÿ
entre SO4 e Clÿ ser alto. A exposição prolongada de
concretos marinhos, ao longo das costas escandinavas, mostra também a
a deposição de sulfato não induziu a deterioração dos concretos [33].
Observe que o ataque dos sais também pode ocorrer na forma de cristalização
física sem envolver reação química com os hidratos de cimento, que ocorre em
ambiente seco com secagem-molhagem ou
flutuações térmicas [34]. A ação de cristalização é assumida como
ser insignificante devido à alta umidade no ambiente e
consequentemente a alta saturação porosa do concreto.
(4) Reações internas concretas. Essas reações incluem as reações de agregados
alcalinos (AAR) que ocorrem entre agregados contendo
sílica reativa e a solução de poros altamente alcalinos, e o atraso
formação de etringita (DEF) envolvendo a formação de etringita expansiva
devido a temperatura mais alta (vapor) de cura em idade precoce [35].
Ambas as reações produzem expansão interna no concreto endurecido,
induzindo rachaduras extensas e danos à matriz sólida de
concreto. De acordo com o conhecimento adquirido, o risco de RAA pode
ser controlada através da reatividade dos agregados, teor alcalino
(tipo) de ligante de concreto e a umidade ambiental [36].
O controle do teor alcalino abaixo de 3 kg/m3 no concreto é uma
prática para reduzir o risco de RAA [37]. Tanto os hidratos de alumínio quanto o
sulfato são necessários para o DEF, portanto, o controle do DEF
risco pode ser alcançado através da limitação do conteúdo de C3A e SO3
no concreto se a cura a vapor precoce for aplicada.
Além das preocupações de durabilidade acima, atenção especial deve ser
pagos aos elementos de concreto moldados no local, por exemplo, a parte de aproximação do mar
pontes para as ilhas artificiais e os primeiros segmentos do túnel
das ilhas artificiais. Em comparação com a fábrica de pré-fabricação,
cura suficiente é mais difícil em condições marinhas abertas e, portanto,
o risco de rachaduras precoces é maior. Assim, mais rígidos e
controle de qualidade especificado é necessário durante a construção para fornecer o
elementos de concreto construídos com desempenho de durabilidade suficiente.

Fig. 2. Ilustração dos projetos de ligação marítima HZM.

Fonte: Cortesia de HZMBA (Sr. Rui Chai).

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mesa 2
Resumo dos elementos e estruturas de concreto no projeto HZM e seus riscos de durabilidade (RC para concreto armado, PC para concreto protendido).
Estrutura Elemento Material Função Construção Riscos de durabilidade

Pontes estaiadas (navegáveis Pilão Integral RC (base)/aço (parte superior) Principal Fundido no local (RC)/pré-fabricado (aço) Cloretos transportados pelo ar/água do mar;
vãos) CO2; sais
Agentes corrosivos marinhos
Cabo Aço de alta resistência Diretor Pré-fabricado Agentes corrosivos marinhos
Viga de caixa RC (convés)/aço (viga de caixa) Principal Cast-in-place (RC)/pré-fabricados (aço) Cloretos transportados pelo ar; CO2
Agentes corrosivos marinhos
Cais (auxiliar) RC Elenco principal no lugar Cloretos transportados pelo ar; CO2

Plataforma de rolamento RC Diretor Fundido no lugar Água do mar; sais

Pilha RC (estaca perfurada) Fundido principal no local (concreto)/estaca cravada Água do mar; sais
Tubo de aço preenchido com (tubo de aço) Agentes corrosivos marítimos (aço)
concreto
Pontes em vigas de aço (não Viga de caixa Aço (no mar) Diretor Pré-fabricado Agentes corrosivos marinhos
navegáveis) PC (abordagem de Diretor Cast-in-place (PC) Cloretos transportados pelo ar/água do mar;
ilhas) CO2; sais
Cais RC Diretor Cast-in-place (superior)/pré-fabricação Cloretos transportados pelo ar; CO2
(base) Água do mar; CO2; sais (salpicos/
zonas de maré)
Plataforma de rolamento RC Diretor Pré-fabricação (com parte de base do cais) Água do mar; sais (zona imersa)
Pilha RC (estaca perfurada) Diretor Estaca moldada no local (concreto)/estaca cravada Água do mar; sais (concreto)
Tubo de aço/concreto (tubo de aço) Agentes corrosivos marítimos (aço)
Túnel de tubo imerso Segmento de tubo RC (no mar) Diretor Pré-fabricado Água do mar; sais
RC (abordagem de Diretor Fundido no lugar Água do mar; CO2; sais (zona de maré)
ilhas)
Cais anti-choque RC Pré-fabricado secundário Água do mar; sais
Junta do segmento Borracha Diretor Pré-fabricado Agentes corrosivos marinhos
Pilha Areia compactada Furo principal, moldado no local –
Ilhas artificiais Muro de contenção Concreto Diretor Fundido no lugar Água do mar; sais
Quebra água Concreto Diretor Pré-fabricação Água do mar; sais
Instalações RC/aço Fundição secundária no local (RC)/pré-fabricação Cloretos transportados pelo ar; CO2; sais
(aço) Agentes corrosivos marítimos (aço)

3. Parte de design de durabilidade especificações e os processos que necessitam de design adicional.

3.1. Filosofia de design
As metas do projeto de durabilidade estão descritas na Tabela 3, e as
garantia de vida útil de projeto de 120 anos contra todos esses fatores constitui
uma tarefa multi-objetivo. Requisitos de material e estrutural
níveis são necessários para atingir as metas de design. O projeto mundial
filosofia começa com o controle de matérias-primas e sua composição, para reduzir o
risco dos processos relacionados a matérias-primas e
sua composição. Nesta fase, os requisitos baseados em especificações foram
utilizado, e o risco controlado foi avaliado. Em seguida, os processos restantes, cujo risco
não pode ser eliminado ou reduzido a níveis satisfatórios
níveis por controle de matérias-primas, estão sujeitos a design adicional, abordagem
baseada em modelo, se necessário, para formular os requisitos quantitativos
tanto a nível material como estrutural [38]. A Tabela 3 resume isso
filosofia juntamente com os processos resolvidos por composição
Da mesa, os sais atacam de íons sulfato e magnésio,
e reação DEF são considerados como processos de baixo risco através do controle
de teor de C3A (< 5%) e teor de SO3 (< 4%); o AAR é controlado
através dos requisitos sobre o uso de agregados não reativos e a
teor alcalino equivalente (Na2O + 0,658K2O) dentro de 3,0 kg/
concreto m3 . Além disso, essas especificações contra o ataque de sulfato
assumem um caráter conservador, uma vez que os cloretos na água do mar têm em
efeitos inibitórios na reação do sulfato no concreto [32,39]. De
especificações de durabilidade em uso [40,41], os requisitos no w/b
proporção, teor de ligante e tipo de ligante também são adotados para corrosão de aço
induzida por carbonatação e induzida por cloreto. Mesmo com o especificado
espessura de cobertura de concreto e resistência de concreto de códigos de projeto, estes
os requisitos empíricos são considerados insuficientes para assegurar o desempenho de
durabilidade correspondente [42]. Assim, baseado em modelos
abordagem é usada no projeto de durabilidade para esses dois processos.

Tabela 3
Filosofia de projeto de durabilidade para elementos de concreto em projeto HZM.

Requisitos Corrosão induzida por carbonatação Corrosão induzida por cloreto Ataque de sal (Mg2+, SO4 2ÿ, Clÿ) Reação de expansão interna

ANO DEF

Nível de material relação a/b ÿ ÿ ÿ ÿÿ

Tipo de fichário ÿ ÿ ÿÿ
Conteúdo do fichário ÿ ÿ ÿ ÿÿ
teor de Cl- ÿ
conteúdo C3A ÿ ÿ
conteúdo de SO3 ÿ ÿ
Conteúdo alcalino ÿ
Reatividade alcalina ÿ
Nível estrutural Qualidade da cobertura ÿ ÿÿ
Espessura da capa ÿ ÿÿ
Controle de rachaduras ÿ ÿÿ
Estratégia de design Risco restante Alto Alto Baixo Baixo Baixo

Projeto quantitativo necessário Necessário Não é necessário Não é necessário Não é necessário

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3.2. Design baseado em modelo
A vida útil do projeto de todo o projeto é de 120 anos, mas não
necessariamente significa que todos os elementos devem atingir esta vida útil.
Os elementos podem adotar vidas de projeto menores ou iguais a 120 anos
de acordo com sua importância estrutural e viabilidade técnica:
elementos principais e elementos com custo de manutenção muito alto adotam
120 anos enquanto os outros elementos podem adotar vidas mais curtas e podem
passar por várias substituições/manutenções durante todo o serviço
vida. Dois DLS são especificados para esses elementos de concreto contra aço
corrosão: (a) iniciação da corrosão do aço de reforço; e (b) corrosão do aço de reforço em
extensão aceitável. No projeto, PC
elementos, elementos RC principais e elementos RC com alta dificuldade/custo de
manutenção devem adotar DLS (a), enquanto os elementos RC secundários podem adotar
DLS (b).
3.2.1. Entrada de cloreto
O projeto baseado em modelo de ingresso de cloreto é realizado com o
vidas de projeto especificadas e DLS de iniciação de corrosão aqui. O design
modelo é adaptado do modelo analítico amplamente utilizado do segundo modelo de Fick
lei [4,13],
ÿ calibrado para um índice de confiabilidade ÿ = 1,3. Este modelo de design pode realmente
ÿ xd
G 1( = ÿ ÿÿ CCCC
cr 0) ( s 0 )1
ÿ
ÿ
erf ÿ
2 0
ÿ
ÿ ÿ ÿDtCl ÿ
SL
n laterais e exteriores de caixões de concreto e pilares (vazios), e o
ÿ t0 ÿ
ÿt t0, com ( , ÿ 0 SL ) = ÿ ÿ
ÿ t SL ÿ
Aqui Ccr,Cs,C0 representam a concentração limite de cloreto para
corrosão do aço (% aglutinante), a concentração de cloreto na superfície do concreto
(%ligante) e a concentração inicial de cloreto no concreto (%ligante)
respectivamente; xd é a espessura do recobrimento do concreto (m); DCl0 é o cloreto
difusividade do concreto em determinada idade (m2 /s); ÿ é o fator de envelhecimento de
difusividade do cloreto do concreto (–); tSL é a vida útil de projeto dos elementos estruturais;
erf é a função de erro matemática; n é o expoente
coeficiente para o fator de envelhecimento (–). Este modelo tem características semi-empíricas
natureza, portanto, os parâmetros do modelo, Ccr, Cs, DCl0 e n, resultam realmente
da interação entre o concreto e o ambiente marinho
[43]. Assim, essa natureza semi-empírica do modelo exige a
determinação desses parâmetros em relação ao local do projeto HZM
e os materiais concretos alvo a serem usados. Outro aspecto relacionado
projeto de durabilidade é quantificar corretamente a incerteza deste modelo,
ou seja, as propriedades estatísticas dos parâmetros devem ser determinadas.
Felizmente, testes de longo prazo em um local de exposição com
condições hidrológicas para o local do projeto HZM (Zhanjiang Exposição
Estação) juntamente com as inspeções estruturais em portos marítimos durante
últimos 30 anos estão disponíveis para determinar os parâmetros, calibrando
as propriedades estatísticas para os parâmetros Cs, DCl0 , n, Ccr e xd.
Além disso, as misturas de concreto em ensaios de exposição e concretos estruturais no
projeto HZM possuem ligantes semelhantes, incorporando
Cimento Portland, cinzas volantes e escórias. A análise estatística detalhada pode
pode ser encontrado em [44]. Em seguida, a teoria da confiabilidade foi usada para calibrar o
formato de fator parcial para o modelo de projeto na Eq. (1) em relação a um
probabilidade de falha especificada no final de tSL, com cada parâmetro indicado por seu
valor característico e seu fator parcial, por exemplo, Ccr = Ccr,c /
ÿc, Cs = Cs,cÿs, DCl0 = D0 Cl,cÿD, ÿ = ÿcÿ, xd = xd
ÿc,s,D,ÿ > 1,0. Aqui, a probabilidade de falha em tSL é expressa em termos de
o índice de confiabilidade, ÿ = 1,3-1,8 com a probabilidade correspondente como
fSL = 9,68%–3,59%. Para fins de projeto, o valor característico de
nome
espessura da cobertura de concreto xd e difusividade de cloreto em determinada idade D0
são tomadas como variáveis de projeto; e a qualidade do concreto exigida é expressa em
termos de espessura de cobertura e vida útil, cf. Fig. 3.
3.2.2. Carbonatação
O processo de carbonatação está sujeito a um projeto baseado em modelo usando o
modelo de profundidade de carbonatação do código do modelo fib [3,4] calibrado com o
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formato de fator parcial. A equação de projeto é,
2 ÿ h ÿ -1
0
G2 d xxt x W k ()
=ÿ =ÿ ÿ c dSL t e ) c( k tkRACC,0
ÿ ÿ CR t ÿ +t CO
ÿ ÿSLÿ2
ÿ cRH ÿ
(2)
Aqui, Wt é a função meteorológica que expressa a influência da precipitação atmosférica
no processo de carbonatação do concreto (ÿ); ke é o
fator ambiental de umidade com expressão detalhada em [4] (ÿ);
kc é o fator de cura que define a influência do tempo de cura durante
endurecimento do concreto (ÿ); (ktRACC,0ÿ1 + ÿt) é a resistência à carbonatação
de concreto em ambiente natural; RACC,0ÿ1 é a resistência à carbonatação do concreto em
condições de teste acelerado (20 °C, RH = 65%), em
(mm2 /ano)/(kg/m3 ); kt é o parâmetro de regressão entre os dois
resistências; ÿt é o termo de erro; CCO2 é a concentração de CO2 na atmosfera (kg/m3 ) e
tSL é a vida útil do projeto (ano). Os termos ÿRH e ÿR
são fatores parciais de umidade relativa e resistência à carbonatação do concreto. O modelo
na Eq. (2) toma a iniciação da corrosão como DLS,
assumindo que a corrosão é iniciada como a profundidade de carbonatação que passa pelo
cobertura de concreto.
Sem dados locais para calibrar este modelo, os fatores parciais ÿRH, ÿR
de [4] são usados diretamente, e observe que esses fatores parciais foram
ÿÿ
ÿ dê a resistência à carbonatação acelerada RACC,0ÿ1 em termos de xd, ou seja
ÿ
nome
ÿÿ ÿ
xd ÿ ÿxd na Eq. (1). Vários casos foram estudados para interiores típicos
os resultados do projeto são ilustrados na Fig. 4.
(1)
O dimensionamento alvo de concretos estruturais no projeto HZM tem
a proporção de água para aglutinante inferior a 0,42 e contém aglutinante ternário
(cimento Portland comum, cinzas volantes e escórias). Sob esse contexto, o
resistência RACC,0ÿ1 pode ser assumida inferior a 1 × 10ÿ11 m2 /s/(kg/
m3 ), ou 315,4 mm2 /a/(kg/m3 ), cf. Tabela B1-2 em [4]. Usando esta magnitude, a espessura
de cobertura necessária é respectivamente 16 mm (interior)
e 13 mm (exterior) para 50 anos e 24 mm (interior) e 16 mm
(exterior) por 120 anos. Sabendo que a difusividade do cloreto dos concretos convencionais
não pode ser inferior a 2 × 10ÿ12m2 /s em 28 d, o
espessura de cobertura necessária na zona atmosférica não pode ser menor que
28 mm (50 anos) e 37 mm (120 anos) de acordo com a Fig. 3. Assim, um
conclusão qualitativa pode ser alcançada aqui: o processo de carbonatação
não controla a escolha da espessura do cobrimento do concreto, e a espessura é determinada
pelo ingresso de cloretos através da Fig. 3.
Esta escolha deixa, na verdade, uma questão sem solução: até que ponto o
carbonatação é alterar a entrada de cloreto, sabendo que ambos os processos
ocorrem simultaneamente para elementos expostos ao ar marinho. Literatura
[27,45] mostraram que a carbonatação pode acelerar o ingresso de cloreto
através de vários mecanismos: a sorção de cloreto diminui e a
cloretos combinados podem ser liberados na solução dos poros; a saturação dos poros
aumenta pela água livre liberada da carbonatação [45]. o
o impacto da carbonatação dependeria da razão entre a taxa de carbonatação e a taxa de
ingresso de cloreto. O lado externo do concreto
elementos está exposto a cloretos transportados pelo ar e CO2, a profundidade líquida de
nome
carbonatação xd, igual ao valor nominal xd na Fig. 4 menos o
a tolerância de cobertura de concreto ÿxd (considerada como 10 mm), é de 3 mm (50 anos) e
6 milímetros (120 anos). Comparado com a espessura escolhida, cf. Tabela 4, este
profundidade representa apenas 10% da espessura total. Da engenharia
nome
ÿ ÿxd com ponto de vista, isso pode ser negligenciado. No entanto, este impacto continua a ser
quantificados por meio de modelagem mais aprofundada.
3.3. Do design ao controle de qualidade
Cl,c
Até agora, o processo de design determina os valores de design de cloreto
difusividade e espessura do recobrimento do concreto contra a entrada de cloretos e
a carbonatação atmosférica. Os parâmetros de projeto para durabilidade incluem também a
resistência do concreto e a abertura de fissura permitida para RC
elementos. A escolha da resistência do concreto leva em consideração a resistência
mecânica dos elementos, as propriedades de idade precoce durante
549
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K. Li et ai.
Fig. 3. Difusividade de cloreto em termos de espessura de recobrimento do concreto para dimensionamento com índice de confiabilidade alvo ÿ = 1,3: (a) valores de 28 d, tSL = 50
anos; (b) valores de 56 d, tSL = 50 anos; (c) valores de 28 d, tSL = 120 anos; (d) valores de 56 d para tSL = 120 anos. Os fatores parciais calibrados são: ÿc = 1,07; ÿs = 1,08; ÿÿ =
1,32; ÿD = 1,07 para zona atmosférica; ÿc = 1,66; ÿs = 1,04; ÿÿ = 1,04; ÿD = 1,07 para zona de respingos; ÿc = 1,66; ÿs = 1,05; ÿÿ = 1,03; ÿD = 1,07 para zona de maré; ÿc = 2,0; ÿs
= 1,04; ÿÿ = 1,03; ÿD = 1,01 para zona imersa.
Fig. 4. Resistência à carbonatação acelerada em termos de espessura de recobrimento
do concreto para diferentes casos (a notação “a” na legenda significa “ano”). Os
parâmetros são mantidos como: ÿRH = 1,3, ÿR = 1,5; h = 77% (interior), 85% (exterior);
fator ambiental ke = 1,10 (interior), 0,99 (exterior); fator de cura kc = 1,0; fator de
regressão kt = 1,25; termo de erro ÿt = 315,5 (mm2 /ano)/(kg/m3 ); concentração de
CO2 CCO2 = 8,2 · 10ÿ4 kg/m3 ; função meteorológica Wt = 1,0 (interior), 0,523
(exterior, 50 anos), 0,479 (exterior, 120 anos).
550
Pesquisa de Cimento e Concreto 115 (2019) 545-558
endurecimento e durabilidade. O impacto da abertura da fissura na durabilidade
a longo prazo tem sido objeto de extensa investigação [46,47], confirmando
que a fissuração altera a corrosão de barras de aço embutidas através da
abertura da fissura, da espessura do recobrimento e da compacidade do
concreto [48]. Algumas normas recomendam que a largura de fissura permitida
para elementos RC seja expressa em termos da relação largura-espessura,
0,35%–0,5% para ambientes corrosivos [49]. A Tabela 4 mostra os principais
parâmetros de dimensionamento dos concretos estruturais no projeto.
No entanto, outra questão deve ser abordada antes da fase de construção:
a conversão dos parâmetros de projeto em parâmetros de controle de
qualidade. Essa conversão é direta para parâmetros como largura de fissura
admissível, mas menos para resistência do concreto e difusividade de cloreto,
uma vez que estes dois estão relacionados ao desempenho alcançado dos
concretos após o endurecimento in situ. Os ensaios de laboratório para estes
dois parâmetros recorrem a procedimentos/amostras padrão, mas podem
distorcer o desempenho real dos concretos estruturais. Esta questão foi
suficientemente abordada para a resistência do concreto na literatura [50], mas
ainda não o suficiente para a difusividade do cloreto. Os valores de desenho
DCl0 na Tabela 4, derivados do modelo semi-empírico na Eq. (1), referem-se,
na verdade, à difusividade aparente (coeficiente de difusão em estado não
estacionário, NSSD), envolvendo os efeitos in-situ da interação ambiente/
superfície de concreto, carbonatação da superfície, distribuição de umidade na
cobertura de concreto e o ajuste médio de tempo de difusão coeficiente [51].
Todos esses aspectos tornam os valores de projeto de DCl0 diferentes do
coeficiente de migração em estado não estacionário (NSSM) medido a partir
de um procedimento laboratorial como o método de migração rápida de cloreto (RCM) [52],
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Tabela 4
Parâmetros de projeto para durabilidade dos principais elementos de concreto em projeto HZM (ÿ = 1,3).
nome
Elemento Vida útil do projeto de exposição Capa DLS xd Valor do design DNSSD Valor de controle DNSSM Classe de força Largura de fenda permitida
(10-12 m2 /s) (10-12 m2 /s) (MPa)
(ano) (milímetros) (milímetros)

28 dias 56 dias 28 dias 56 dias

Convés da ponte Vai sal 120 (a) 45 (a) 3,0 2,0 6,0 4,0 C60 0,20
Viga de caixa (exterior) Vai sal 120 45 (a) 80 3,0 2,0 6,0 4,0 C55 0,20
Salpicos 120 (a) 35 ––– 3,0 2,0 6,0 4,0 0,15
CO2 120 – (a) 45 (a) 50 (a) 85 (a) 35 ––– – (a) 50 4,5 (a) 85 ( a) 65 (a) 65 (a) 60 (a) 25 ––– C55 –
Viga de caixa (interior)
Vai sal 120 – (a) 80 4,5 (a) 50 (a) 40 ––– – 3,0 2,0 6,0 4,0 0,20
Cais, pilão (exterior) Vai sal 120 3,5 2.2 7,0 4,5 C50 0,15
Salpicos 120 3,5 2.2 7,0 4,5 0,20
Cais (interior) CO2 120 C50 –

Vai sal 120 3,5 2.2 7,0 0,20

Plataformas de rolamento Salpicos 120 3,5 2.2 7,0 4,5 C45 0,15
Imerso 120 3,5 2.2 7,0 4,5 0,20
3,5 2.2 7,0 4,5 C30 –
Pilha de buraco furado Imerso 120
Instalações de RC (artificial Salpicos 50 3,5 2.2 7,0 4,5 C40 0,20
ilhas) CO2 50 –

Tubo de túnel (exterior) Salpicos 120 3,5 2.2 7,0 C45 0,20
Tubo do túnel (interior) dente de sal 120 3,5 2.2 7,0 4,5 C45 0,20
CO2 120 –

estudos teóricos mostram que, mesmo anulando os efeitos in-situ, a
relação entre DNSSD e DNSSM depende também do íon aquoso
espécies presentes na água do mar/solução de poros que não sejam os cloretos
[53].
Para o projeto HZM, os espécimes na estação de exposição Zhan-Jiang,
de 5 a 20 anos, foram reconstituídos em laboratório usando o mesmo
mistura proporcional embora o cimento e os agregados não podem ser
estritamente o mesmo. A Fig. 5 ilustra a correlação entre o DCl0 , 28 d
e valores de 56 d, derivados da exposição a longo prazo e da migração
coeficientes de testes de laboratório RCM realizados no reconstituído
misturas. Uma observação geral é que o coeficiente de migração é mais
duas vezes maior do que os valores de difusão de longo prazo para ambos 28 d
e 56 d casos. Na mesma figura, a correlação entre a exposição
valores e os valores NT Build 443 [54] também são ilustrados. Na base
Dessa observação, os valores DNSSM para controle de qualidade são adotados
conservadoramente como duas vezes os valores DNSSD de exposição de longo prazo.
4. Controle de qualidade para durabilidade
Após a fase de projeto, todo um esquema de controle de qualidade de durabilidade
foi implementado na fase de construção, incorporando as medições das propriedades
do concreto tanto por caracterização laboratorial
e métodos de END in situ. Observe que as técnicas de construção in situ,
como controle de craqueamento térmico, esquemas de cura e impermeabilização
cofragem também são importantes para melhorar a qualidade do concreto, portanto,
importantes para a durabilidade do concreto, mas esses aspectos não estão incluídos
aqui. A seguir, o esquema de controle de qualidade será introduzido para
o laboratório e as peças de END e, em seguida, esses dados apoiarão o
avaliação quantitativa do desempenho de durabilidade alcançado por meio de
fase de construção.
4.1. Critérios de controle de qualidade para laboratório

Além disso, a Tabela 5 compara os valores de projeto de concretos estruturais
no projeto HZM com outras infraestruturas marinhas de concreto de grande escala
com longa vida útil do projeto. Os métodos do NT Build 443 e do NT Build 492
são mais usados em laboratório para medir a difusividade do cloreto, e a
os valores de controle são, para uma vida útil comparável de 100 a 120 anos,
globalmente consistentes com a idade de medição dos corpos de prova de concreto.
Conforme indicado pela Tabela 4, a resistência do concreto e o cloreto
difusividade (através do método RCM) são usados como os principais indicadores para
o controle de qualidade no processo de construção. Os critérios de aceitação, ou
critérios de conformidade, para essas duas quantidades devem ser estabelecidos. o
base teórica para os critérios de conformidade decorre da amostragem
teoria [58], julgando o nível de qualidade dos produtos de um grupo de
espécimes com números limitados, levando em consideração a estatística

uma b

Fig. 5. Correlação entre os coeficientes de difusão de longa duração e os valores caracterizados laboratorialmente: (a) valores de exposição e valores de RCM; (b) valores de exposição e NT
Construa 443 valores.

551
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Tabela 5
Comparação de requisitos concretos em infraestruturas marítimas de grande escala.

Projeto (ano completo) Vida de design Difusividade de cloreto Método de controle Fonte

(ano) (10-12 m2 /s)

Túnel de ligação de Oresund, Dinamarca (2000) 100 < 0,5 (90 dias) Teste de difusão [55]
Vasco de Gama Bridge in Lisbon, Portugal (1998) 120 < 1,0 Teste de migração [56]
Grande Cinturão, Suécia (1997) 100 0,6 (84 d) NT Compilação 443 [57]
Ponte Donghai, China (2005) 100 1,5–20 (90 d) NT Compilação 443 [57]
Ponte da Baía de Hangzhou, China (2007) 100 1,5–3,5 (84 d) RCMa [57]
Ligação marítima de Hong Kong Zhuhai Macau, China (2018) 120 6,0–7,0 (28 d) Construção RCM/NT 492 [57]
4,0–4,5 (56 d)

uma

A fase intermediária do método RCM foi utilizada com tensão fixa em 30 V.

características das variáveis. O risco de julgar o nível de qualidade concretos in loco, cerca de 15%.
de um número limitado de amostras consiste no risco do fornecedor, ou seja, o A Tabela 7 apresenta os resultados da análise estatística de diferentes projetos
a qualidade real é aceitável, mas influenciada pelas estatísticas em um número limitado grande quantidade. A difusividade de cloreto para concreto C45 para tubo de túnel atinge
número de amostras, e o risco do usuário, ou seja, a qualidade não é aceitável 4,71 × 10ÿ12m2 /s (média/28 d) e 2,96 × 10ÿ12m2 /s (média/
mas parece aceitável pelo número limite de amostras [59]. Para a resistência do concreto, 56 d) com CoV de 10% (28 d) e 8,8% (56 d). Esses valores satisfazem
são considerados os níveis de risco convencionais para fornecedores e usuários facilmente os critérios de conformidade na Eq. (4) e indicam uma boa qualidade
respectivamente na ordem de 5% e 10%. Para o projeto HZM e os riscos nível para concreto. A dispersão é inferior ao CoV assumido (20%)
são controlados por critérios duplos em valores médios e valores vinculados para o valor DNSSD na fase de design. Para concretos pré-fabricados de pontes,
para amostras de n conjuntos (3 espécimes cada conjunto), os valores médios continuam bons mas o CoV aumenta para 20%, o mesmo
nível como a dispersão assumida no projeto. O critério de valor médio é
ÿ mffcuÿf f ÿ + cu, k 0 ,cu, min ÿ ÿ =ÿ 0,5 ÿn 24
cu, k 0 também bem respeitado para os concretos de ponte moldados no local, enquanto o CoV
ÿ msfff
fcu cu,ÿÿ ÿ min- , Cÿ n ÿ 5 é bastante disperso devido ao número limitado de grupos amostrais. o
ÿ k cu,fcu cu, k 0 (3)
verificação de dados desses valores de difusividade mostra que esses grandes números
Aqui, mfcu e sfcu são respectivamente o valor médio e padrão
grupos satisfaçam o critério de valor vinculado enquanto a amostragem adicional é
desvio da resistência à compressão das amostras, fcu,k e fcu,min são necessários para os grupos de pequeno número. Observe também que esses dados devem ser
respectivamente o valor característico para a resistência à compressão necessária
usado para atualizar as propriedades estatísticas da difusividade do cloreto para
(grau de resistência) e a resistência mínima dos corpos de prova, ÿ0 é o desvio padrão da
a avaliação do desempenho de durabilidade.
resistência à compressão (3,0–3,5 MPa por
predefinição). O coeficiente C depende do número de conjuntos de amostras:
4.3. Medições de END
C = 0,7 (5–9), 0,9 (10–19), 1,0 (> 19). Os mesmos critérios duplos se aplicam a
difusividade de cloreto,
As medições de END no projeto incluem principalmente a verificação obrigatória da

ÿ m Cl
D ÿD
ÿ D nssm,k
0,5 2 4Cl,maxClnssm,k
, ÿ

ÿ + =ÿ s Cl
n espessura do recobrimento de concreto dos elementos estruturais e a
ÿ DDClÿ + ÿ ms
Cl nssm,k Cl,max,nssm,k D+ Cÿ n
Cl ÿ 5 avaliação auxiliar da qualidade do concreto por dispositivos NDT de superfície. o
ÿ (4)
espessura de cobertura de concreto foi medida através do ponto médio comum
Aqui, mCl e sCl são respectivamente o valor médio e padrão (CMP), detectando a profundidade das barras de reforço através
desvio da difusividade do cloreto, Dnssm,k e DCl,max são respectivamente os transmitir um pulso de onda eletromagnética e receber o
característica exigida e os valores máximos de difusividade de cloreto RCM, ÿCl é o desvio ondas por duas antenas adjacentes [60]. O erro de medição do CMP
padrão da difusividade de cloreto regredido O dispositivo usado em HZM foi calibrado como 3 mm comparando as leituras de CMP com
de amostras de laboratório com número suficiente (1,0 × 10ÿ12m2 /s por as medições em testemunhos perfurados. A Tabela 8 resume o
predefinição). O coeficiente C tem o mesmo valor que a resistência em termos de resultados estatísticos de medições de espessura de cobertura em diferentes concretos
número do conjunto de amostras. elementos. A partir dos resultados pode-se observar que os valores médios são sempre
superiores aos valores de controle e o limite inferior de 90%
4.2. Análise de dados laboratoriais intervalo nem sempre está acima dos valores de controle. Esses dados descrevem a
características estatísticas reais da espessura de cobertura do concreto e devem ser
A resistência do concreto é coletada de diferentes lotes de projeto, e ser usado na avaliação do desempenho de durabilidade alcançado.
as características estatísticas estão resumidas na Tabela 6. Pode-se observar A avaliação auxiliar da qualidade do concreto foi sistematicamente
que a resistência do concreto satisfaça a classe de resistência esperada com um realizado nos segmentos pré-fabricados de segmentos de sintonia de túnel,
margem bastante grande, e os critérios de conformidade na Eq. (3) são respeitados. O medindo a permeabilidade ao gás (dispositivo Torrent) [61], o
coeficiente de variação (CoV) da resistência à compressão para resistividade (dispositivo Wenner) [62] e o teor de água (dispositivo de impedância elétrica)
concretos pré-fabricados está dentro de 10%, enquanto o CoV é maior para concretos moldados [63]. A permeabilidade ao gás foi medida em 28 dias e

Tabela 6
Análise estatística da resistência do concreto para diferentes usos estruturais (28 d/56 d).

Parâmetro Tubo de túnel Ponte (pré-fabricada)/28 d Ponte (cast-in-place)/28 d

28 dias 56 dias Plataforma de rolamento Cais Laje do convés Plataforma de rolamento Cais Viga de caixa de PC

Avaliar C45 C45 C45 C50 C60 C45 C50 C55

Definir número 1258 1258 58,5 65,0 65,0 52.2 65,5 69,5

Valor médio (MPa) 60,6 68,1 69 72 384 21 36 48

Desvio padrão (MPa) 2,49 2,32 3,61 4,38 4,35 5,76 9,67 7.04
Coeficiente de variação (–) 4,1% 3,4% 6,1% 6,7% 6,7% 11,0% 14,8% 10,1%
intervalo de 90% (MPa) [56.5,64.7] [64.3,71.9] [52.6,64.5] [57.8,72.3] [57.9,72.2] [42.7,61.7] [49.6,81.4] [57.9,81.1]

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Tabela 7
Análise estatística da difusividade de cloretos de concreto para diferentes usos estruturais (28 d/56 d).
Parâmetro Tubo de túnel Ponte (pré-fabricada)/28 d Ponte (fundida no local)/56 d

28 dias 56 dias Plataforma de rolamento Cais Laje do convés Plataforma de rolamento Cais Viga de caixa de PC

Valor de projeto Dnssm,k (10ÿ12 m2 /s) 6,5 4,5 6,5 6,5 7,5 4,5 4,5 4,0
Definir número 148 148 39 30 48 9 8 5
Valor médio (10-12 m2 /s) 4,71 2,96 4,37 4,27 4,48 2,43 3,25 2,80
Desvio padrão (10-12 m2 /s) 0,47 0,26 0,88 0,76 0,92 1,08 0,82 0,10
Coeficiente de variação (–) 10,0% 8,8% 20,1% 17,8% 20,5% 44,3% 25,1% 3,57%
intervalo de 90% (10ÿ12 m2 /s) [3.97,5.52] [2,54,3,43] [3.1,5.93] [3,21,5,53] [3.13,6.14] [1.11,4.46] [2.10,4.73] [2.64,2.97]

56 d nos extrados de segmentos de tubos com meios geométricos de
0,116 × 10ÿ16m2 (28 d) e 0,069 × 10ÿ16 m2 (56 d), e padrão
desvio sLOG(kT) de 0,491 (28 d) e 0,179 (56 d). Comparado com o
valores medidos do projeto do túnel de Miami [64], ou seja
0,057 × 10ÿ16 m2 (120 d) com aglutinante ternário, razão w/b de 0,32 e
vida útil do projeto de 150 anos, a qualidade alcançada do tubo de túnel pode ser
considerada satisfatória. A resistividade elétrica foi medida no
extrados juntamente com a medição da permeabilidade ao gás no mesmo
pontos, para a idade de 3 d-56 d. Com a idade, a resistividade elétrica aumenta
de 4,9 kÿ·cm (3 d) a 65,3 kÿ·cm (56 d) com CoV de 37,4% (3 d) a
16,8% (56 dias). Esses valores também podem ser usados para julgar a
qualidade do concreto endurecido. No entanto, a natureza complementar da
permeabilidade do gás e resistividade elétrica é mais interessante: o gás
permeabilidade caracteriza o espaço poroso ocupado por gás do concreto
enquanto a resistividade elétrica representa a parte ocupada por água (solução de
poros). Assim, a qualidade do concreto pode ser julgada conjuntamente
dois parâmetros, anulando o impacto da saturação dos poros em cada
medição. Esta ideia foi ilustrada através de laboratórios
medida [65], mas para os elementos de concreto em HZM este critério de parâmetro
duplo ainda não foi estabelecido. Uma primeira ideia é ilustrada
na Fig. 6: use as propriedades estatísticas medidas desses dois parâmetros
em diferentes idades, e estabelecer as zonas aceitáveis para parâmetros duais
usando os intervalos de confiança de 90%.
considerado: supõe-se que a impregnação de silano atrasa a superfície
acúmulo de cloreto em 10 anos [67], as barras revestidas com epóxi não têm
impacto na iniciação da corrosão, e o Ccr das barras inoxidáveis é tomado
conservadoramente como 5 vezes o valor das barras de aço convencionais na Tabela 9.
A evolução da probabilidade de falha, pf, dos elementos de concreto é
ilustrado na Fig. 7. O índice de confiabilidade em 120 anos de todos os concretos
elementos é superior à meta de projeto ÿ = 1,3 devido à qualidade
controle de durabilidade do concreto e as medidas de proteção na Tabela 10.
Para elementos em zona atmosférica, os pilões e pilares têm
probabilidade de falha (pf < 10ÿ6 , ÿ > 5,0) aos 120 anos devido ao silano
impregnação (e barras inoxidáveis para postes), e os tabuleiros das pontes (NV,
NNV) e as vigas caixão têm pf da ordem de 10ÿ4 com o correspondente ÿ > 3,4. Para
salpicos e zonas de maré, os elementos
adotando barras de inox têm pf < 10ÿ6 aos 120 anos, e os pilares
(NNV) adotando barras revestidas com epóxi têm pf = 0,6% (ÿ = 3,2) em
120 anos. Para a zona imersa, as plataformas de rolamento com (NV) e
sem barras inoxidáveis (NNV) têm pf < 10ÿ6 e pf = 0,2%, e o
as estacas perfuradas têm pf = 0,3% por 120 anos. O interior do túnel
tubo, exposto ao ar marinho, tem pf = 0,2% por 120 anos e os extras do tubo túnel,
impostos pela intensidade de cloreto mais severa
(equivalente à zona de respingo), tem pf = 1,7% (ÿ = 2,1) aos 120 anos.
Assim, o julgamento geral sobre o desempenho de durabilidade alcançado
contra a iniciação da corrosão do aço pelo ingresso de cloreto é positivo,
e essa avaliação quantitativa serve também como base para a manutenção

5. Avaliação e planejamento de manutenção planejamento na vida útil.

5.1. Avaliação de durabilidade de elementos de concreto 5.2. Análise adicional na parede do túnel do tubo

Com base nos dados recolhidos durante a fase de construção, o
propriedades estatísticas assumidas dos parâmetros de durabilidade na fase de projeto
pode ser atualizado, incluindo o teor inicial de cloreto C0, o teor de cloreto
difusividade DCl0 e a espessura do recobrimento do concreto. As características
estatísticas estão detalhadas na Tabela 9. Além disso, medidas de proteção adicionais
são usadas durante a construção para aumentar a margem de segurança para
durabilidade: a impregnação de silano na superfície do concreto, as barras de
revestimento epóxi e as barras de inox utilizadas na zona de respingos. Tabela 10
apresenta os elementos de concreto de um lance de ponte e túnel tubular (peças pré-
fabricadas) com as medidas de proteção adotadas [66]. o
modelo de ingresso de cloreto na Eq. (1) é usado para a avaliação de durabilidade
através de uma abordagem totalmente probabilística, usando simulações de Monte-Carlo e a
características estatísticas na Tabela 9. As medidas de proteção são
Até agora, a parede do túnel é projetada impondo as mais severas
ação do cloreto, e o raciocínio subjacente é que tanto a água do mar
(cloreto) e ar (oxigênio) estão disponíveis para o reforço no
parede, o que pode ser tomado como equivalente à ação de respingo.
No entanto, diferentemente dos elementos realmente expostos a salpicos, o
parede é exposta de um lado para a água do mar (externo) e um lado para o mar
ar (interno), assim a disponibilidade de Clÿ e O2 existe no oposto
lados da parede. O risco de corrosão do aço na parede está intimamente relacionado
dois processos de transporte: a penetração da água do mar, assim os cloretos
do lado externo, e o transporte de ar (oxigênio) do lado interno
lado. Certamente, o risco real pode ser melhor avaliado a partir de uma modelagem de
transporte mais avançada. Uma discussão aprofundada é dada aqui para ganhar
insights sobre os padrões de durabilidade da parede do túnel e alguns resultados de

Tabela 8
Análise estatística da espessura de cobertura medida pelo CMP para diferentes elementos estruturais (SD para desvio padrão, CoV para coeficiente de variação).
Parâmetro Tubo de túnel Plataformas de ponte Cais Plataforma de rolamento

Introdução Extras Salpicos Imerso

Valor de controle (mm) 73 93 48 73 82 65

Número da amostra 6386 6571 220 501 70 200
Média (mm) 73,5 93,4 50,5 80,0 95,5 71,0
SD (mm) 3.4 3.9 1.1 6.7 4.2 6,8
CoV (–) 4,7% 4,1% 2,2% 8,4% 4,4% 9,6%
intervalo de 90% (mm) [67.8,79.2] [87,0,99,9] [48.7,52.3] [68.9,91.1] [88.6102.4] [59.7,82.3]

553
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uma b

Fig. 6. Critérios de conformidade por meio de medição de dois parâmetros: (a) permeabilidade ao gás e resistividade elétrica; (b) permeabilidade ao gás e condutividade elétrica.

modelagem de transporte multifásico são usados [24]. equilíbrio entre as fases sólidas (portlandita e silicato de cálcio
Para a parede do túnel, existem dois processos simultaneamente: o mar hidratos) e a fase aquosa em solução porosa [24], e os resultados
penetração de água pelo lado externo e a secagem pelo lado interno, cf. Fig. 8(a). estão resumidos na Fig. 9 para os perfis de umidade e cloreto. Assim, o
Dependendo da permeabilidade intrínseca do o transporte de umidade envolve toda a espessura da parede enquanto os cloretos
concreto e a intensidade de secagem do lado interno, a água do mar penetram em uma profundidade de 40 cm aos 120 anos. Análise adicional foi
profundidade de infiltração e profundidade de secagem podem ser dimensionadas por duas características realizado sobre o risco de corrosão para o reforço dentro do
comprimentos [24], profundidade de penetração do cloreto, considerando a concentração de oxigênio, OHÿ
concentração iônica e resistividade elétrica do concreto, usando Ghods
0
k ppwl psÿ

() modelo de et al. [68]. A corrente de corrosão foi inferior a

=t
L dDs ( )0le SL eu = eu

t
dentro
0 SL
meu (1 f ÿ

sl ) (5)
0 0
Aqui o sl é a saturação inicial dos poros do concreto da parede, D(sl
0 cenários de serviço.
pl(sl ) são respectivamente a difusividade da umidade no concreto (m2 /s) e
pressão do líquido nos poros do concreto (Pa), k é a permeabilidade à água do
concreto (m2 ), ÿl é a viscosidade da água do mar (Pa s), pw é a viscosidade externa
pressão da água do mar na parede do túnel e tSL a vida útil do túnel.
Durante a vida útil, se a permeabilidade do concreto e a difusividade de umidade forem
baixas o suficiente para que Ld + Lw < L, nenhuma zona é exposta alternativamente à água
do mar e ao ar e o padrão de durabilidade é no máximo
caso favorável; caso contrário Ld + Lw > L a zona sobreposta, por secagem interna e
penetração externa de água, tem maior risco de durabilidade.
No caso extremo, se a profundidade de infiltração por si só mantiver Lw > L, a
parede é ter risco de vazamento de água do mar no lado interno. Durante o
fase de projeto, três misturas de concreto, C1-C3, foram escolhidas para o túnel
tubo e suas propriedades físicas e mecânicas básicas foram medidas.
Usando a Eq. (5) os dois comprimentos foram avaliados na Fig. 8(b). Pode ser visto
que a sobreposição de secagem e infiltração não pode ser evitada para
espessura de 1,5 m, mas o vazamento de água do mar não é provável de ocorrer. Dentro
outras palavras, a espessura de 1,5 m não é suficiente para separar os dois
zonas.
A partir da consideração do projeto estrutural, a espessura da parede é escolhida como
1,5 m, e o risco de corrosão do aço é avaliado através da modelagem multifase e
multicampo do transporte através da parede do túnel.
O modelo considera as espécies de íons na água do mar, poros de concreto
solução, a adsorção de cloreto pela matriz sólida, e a solução
0,1 ÿA/cm2 , o que significa que o aço ainda pode ser assumido na passivação [5].
Através desta análise aprofundada, o risco de corrosão das barras de aço por
), a penetração de água do mar e a entrada de cloreto é baixa o suficiente sob condições normais
5.3. Planejamento de manutenção e considerações sobre o ciclo de vida
O planejamento de manutenção deve ser realizado por dois objetivos: primeiro, através
de modelagem elaborada em projeto e controle de qualidade
foram realizados, ainda há incerteza na durabilidade a longo prazo
desempenho dos elementos de concreto e a manutenção durante o
serviço fornece a correção dos erros iniciais de projeto; segundo o
o planejamento da manutenção é uma importante conexão técnica entre os trabalhos de
projeto/construção e o gerenciamento da vida útil [69]. Para
esses propósitos, foi feito um primeiro planejamento de manutenção com base em
o desempenho de durabilidade alcançado de elementos de concreto, cf. Fig. 7.
Os princípios deste planejamento de manutenção são apresentados a seguir.
É adotada uma estratégia de manutenção preventiva, intervindo na
deterioração de elementos de concreto em estágio inicial. O planejamento básico de
manutenção considera principalmente dois aspectos: o nível de desempenho de
durabilidade dos elementos denotado pela probabilidade de falha pf ou confiabilidade
índice ÿ aos 120 anos, e a importância estrutural dos elementos. o
As técnicas de manutenção consistem em realizar a extração de cloreto superficial por
método eletroquímico e aplicação de impregnação de silano
na superfície dos elementos periodicamente. O período de manutenção é

Tabela 9
Características estatísticas para parâmetros de durabilidade atualizados por medições in situ (SD para desvio padrão, CoV para coeficiente de variância/variação).

Parâmetro (distribuição) Propriedades estatísticas Zona imersa Zona de maré Área de respingo Zona atmosférica

Cs (Lognormal) Média, SD (%) 4,78, 0,71 4,05, 0,62 5,76, 0,86 2,10, 0,32
C0 (retângulo) Limites L, U (%) 0,02, 0,04
Ccr (beta) Ligado L, U (%) 1,0, 3,5 0,45, 1,25 0,45, 1,25 –

Coeficiente a, b (ÿ) 0,30, 0,45 – 0,22, 0,36 0,22, 0,36 –

Ccr (Lognormal) Média, SD (%) –– 0,85, 0,13

DCl0 (Lognormal) n Média (10-12 m2 /s), CoV Tabela 7a, 0,2
(normal) xd Média, SD (ÿ) 0,44, 0,028 0,46,0,029 0,47,0,029 0,53,0,079
(Lognormal) Média, SD (mm) Tabela 8a , 5,3 (fundido no local) ou 3,5 (pré-fabricado)

uma

Valores de difusividade de cloreto e espessura de cobertura, se não cobertos pelos dados coletados na Tabela 7 e na Tabela 8, são fornecidos pela Tabela 4.

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Tabela 10
Medidas de proteção adicionais para avaliação de durabilidade (NV para vão navegável, NNV para vão não navegável).
Exposição Elemento (estrutura) Construção Concreto Medidas de proteção

Zona atmosférica (névoa salgada) Plataforma da ponte (NV, NVV) Pré-fabricado C60 Barras revestidas com epóxi

Plataforma da ponte (NV, NVV) Fundido no lugar C60 Barras revestidas com epóxi

Viga caixa/exterior (ilhas artificiais) Fundido no lugar C50 Barras revestidas com epóxi + impregnação de silano
C50 –
Viga caixa/interior (ilhas artificiais)
Pilão (NV) Fundido no lugar C60 Barras de inox + impregnação de silano
Cais/exterior (NV) Fundido no lugar C50 Impregnação de silano
Cais/interior (NV) C50 –

Cais/exterior (NNV) Pré-fabricado C50 Impregnação de silano

Cais / interior (NNV) C50 Impregnação de silano (< +8,00 m)
Pré-fabricado C45 –
Segmento/interior do túnel (túnel)
Zonas de respingos/marés Cais/exterior (NV) Fundido no lugar C50 Barras de inox + impregnação de silano
Cais/exterior (NNV) Pré-fabricado C50 Barras revestidas com epóxi + impregnação de silano
Plataforma de rolamento (NV) Fundido no lugar C45 Barras de inox + impregnação de silano
Segmento/interior do túnel (túnel) Pré-fabricado C45 Proteção catódica
Zona imersa Plataforma de rolamento (NV) Fundido no lugar C45 Barras de inox + impregnação de silano
Plataforma de rolamento (extensão NNV) Pré-fabricado C45 Impregnação de silano
C35 –
Estaca de furo perfurado (NNV) Fundido no lugar

uma
b

c d

Fig. 7. Probabilidade de falha em termos de vida útil para elementos de concreto em (a) zona atmosférica, (b) zonas de respingos e marés, (c) zona imersa e (d) imersa
túnel tubular.

recomendado para ser de 20-40 anos: o período de intervenção de 20 anos é
recomendado para os elementos sem barras de aço inoxidável e os
período de 40 anos é atribuído aos elementos usando barras de inox devido
à sua probabilidade de falha muito menor (< 10ÿ6 ). Para segmentos de túnel,
um sistema de proteção catódica foi instalado para proteger as barras de aço
contra a falha inesperada de durabilidade. O tempo de ativação é pre liminarmente
definido como 100 anos, correspondendo à probabilidade de falha
pf = 1%. Durante a vida útil, este esquema básico de manutenção deve interagir
com os dados de inspeção/monitoramento de durabilidade e os dados em tempo real
avaliação de durabilidade.
6. Retorno de experiências e questões em aberto
As principais experiências adquiridas com o estudo de durabilidade da HZM
projeto consistem nos seguintes aspectos: (1) o projeto de durabilidade para
infra-estrutura de grande escala é, por natureza, uma tarefa multi-objetivo, e a
a filosofia global é de extrema importância; (2) a durabilidade deve ser
abordada tanto a nível material como estrutural, e assegurada através de
controle de qualidade orientado à durabilidade na fase de construção; e (3) o
a avaliação de durabilidade é necessária para quantificar o desempenho de
durabilidade alcançado após a construção e, portanto, o planejamento de
manutenção em serviço. Enquanto isso, o estudo também destaca várias

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uma
Tráfego (aéreo)
Extensão
de secagem Lw
Intacto
papel
Ld Umedecimento
extensão
eu
espessura da parede
Fig. 8. Padrões de durabilidade da parede do túnel: (a) profundidades de secagem e infiltração; (b) resultados de profundidades para concretos candidatos C1, C2 e C3 para parede do
túnel. As propriedades desses concretos: permeabilidade intrínseca kint = 3,6 · 10ÿ22 (C1), 7,2 · 10ÿ22 (C2), 12,0 · 10ÿ22 (C3) m2 ; porosidade capilar ÿ = 0,10 (C1), 0,11 (C2), 0,13 = 0,8;
0
(C3); saturação inicial dos poros umidade de secagem no lado interno h = 70%; pressão da água pw = 40 m de altura manométrica; a pressão do líquido pl avaliada a partir do
sl mediu as curvas de características de umidade.
Fig. 9. Perfis previstos de umidade (a) e cloreto (b) na parede do túnel para o concreto candidato C2. A difusividade do cloreto é tomada como 3,0 · 10ÿ12 m2 /s e a
sorção do cloreto é 6,0 · 10ÿ4 m3 /kg.
aspectos a serem melhorados para infraestrutura de concreto com longa vida útil.
O primeiro aspecto diz respeito ao conhecimento da durabilidade dos concretos
estruturais propriamente ditos. Embora o ingresso de cloretos e a corrosão induzida
do aço tenham sido os mais investigados entre todos os processos de durabilidade,
ainda existe uma séria carência de conhecimento. A parede do túnel está exposta à
água do mar e ao ar do tráfego, e a disponibilidade de cloretos e oxigênio (dos lados
opostos) constitui uma condição bastante desfavorável para durabilidade. No trabalho
de projeto, a ação mais severa do cloreto é atribuída à parede do túnel e os
parâmetros nas zonas de respingos são usados para realizar o projeto de durabilidade.
A avaliação na Seção 5.2 confirma a natureza conservadora dos resultados de
projeto, mas está longe de ser uma abordagem racional. Modelos de durabilidade
mais específicos são necessários para dar suporte ao projeto de durabilidade,
incorporando os fatores acima. Então, a preocupação de durabilidade para concretos
estruturais e Mg2+ expostos simultaneamente a vários sais, como Clÿ, SO4 para
marinha típica, só pode ser abordada por raciocínio conceitual, e ainda são
exposição
necessárias modelagens mais especificadas e verificações experimentais confiáveis,
o que é ainda mais complicado pela diversificação da composição aglutinante.
O segundo aspecto diz respeito à quantificação da incerteza para modelos de
durabilidade. A incerteza do modelo deve ser quantificada antes da aplicação aos
trabalhos de projeto e a teoria da confiabilidade pode ajudar a vincular a incerteza do
modelo à margem de segurança alvo. Os processos de durabilidade, como a entrada
de cloretos, envolvem incerteza inerente devido à natureza aleatória das variáveis
envolvidas. Mais sutilmente, a durabilidade
Pesquisa de Cimento e Concreto 115 (2019) 545-558
b
Água do mar
pw
os modelos, para serem facilmente utilizados, sempre simplificam os mecanismos
envolvidos, portanto, contêm incertezas inerentes e erros artificiais. Para quantificar
a incerteza ou os erros, os testes e observações de exposição a longo prazo tornam-
se indispensáveis. Esses testes fornecem o desempenho real dos concretos em
ambiente real, podendo servir para referenciar e calibrar os modelos de durabilidade
e as propriedades estatísticas dos parâmetros. É de importância crucial, para o
projeto HZM, ter dados de exposição de Zhan-Jiang sem os quais a incerteza do
modelo de ingresso de cloreto não pode ser quantificada. Assim, é uma tarefa de
longa duração para a comunidade de durabilidade do concreto acumular dados de
exposição de longo prazo e interpretar esses dados de forma mais sistemática para
entender os processos de durabilidade de longo prazo, calibrar modelos e quantificar
a incerteza do modelo. No projeto HZM, uma nova estação de exposição, cf. A Fig.
10, foi construída em uma das ilhas artificiais, servindo para validar o projeto inicial
de durabilidade, corrigir os erros inerentes e artificiais dos modelos de durabilidade e
auxiliar no planejamento da durabilidade do ciclo de vida do concreto
2ÿ
estruturas.
O terceiro aspecto diz respeito à ligação entre o objetivo do projeto e o esquema
de controle de qualidade. O projeto de durabilidade fornece parâmetros para
desempenho de durabilidade, normalmente não em termos de valores de teste especificados.
Para garantir o desempenho projetado a ser realizado na fase de construção, os
parâmetros de projeto devem ser convertidos para os valores de caracterização do
laboratório e implementados em um esquema sistemático de controle de qualidade.
O parâmetro de difusividade do cloreto pertence a esta situação no projeto HZM.
Para realizar o controle de qualidade, é necessário um conhecimento aprofundado
sobre a relação entre a difusividade projetada
556
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Fig. 10. Estação de exposição para espécimes de concreto no projeto HZM em uma ilha artificial off-shore.
Fonte: Cortesia de HZMBA (Sr. Rui Chai).
e difusividade medida em laboratório, ou seja, o DNSSD aparente e o DNSSM
dos testes RCM. Esta correlação foi resolvida experimentalmente através dos
ensaios de reconstituição dos corpos de prova de concreto aparente, mas
definitivamente é necessário um estudo mais específico. Mais desafiador e
possivelmente também mais recompensador é a conversão dos valores de projeto
para os valores de END, uma vez que os métodos de END são conduzidos na
superfície de concreto endurecido in situ e se relacionam mais de perto com a
qualidade alcançada da cobertura de concreto. No entanto, o controle de qualidade
por meio de testes de END ainda está em fase de incubação e muitas pesquisas
precisam ser realizadas pelo menos sobre os princípios e dispositivos do END, a
interpretação dos resultados, a quantificação do erro de medição e a dispersão.
O último aspecto é a implementação do esquema de manutenção baseado no
ciclo de vida. Atualmente, a engenharia de ciclo de vida não é mais um mero
conceito, mas uma técnica implementada no planejamento de durabilidade durante
a vida útil, referente à pegada de carbono e impacto ecológico da infraestrutura.
Mais importante, esse planejamento de durabilidade ajuda também a diminuir a
incerteza deixada na fase de projeto, servindo como extensão do projeto de
durabilidade na fase de serviço. Um planejamento sistemático deve incorporar
pelo menos a inspeção e monitoramento de durabilidade de longo prazo, por meio
de sensores e testes de exposição, a avaliação do desempenho de durabilidade
baseada em dados e o esquema de manutenção correspondente. Esses elementos
constituem a estrutura do planejamento do ciclo de vida para durabilidade das
estruturas de concreto. Além disso, essa estrutura de planejamento do ciclo de
vida deve ser flexível o suficiente para acomodar a possível evolução dos materiais
e técnicas de manutenção. No projeto HZM, um primeiro planejamento básico de
manutenção é formulado com base na avaliação de durabilidade, e todo o
planejamento do ciclo de vida baseado em dados ainda deve ser implementado.
Um problema específico é a vida útil dos sensores, que dificilmente pode superar
a vida útil do projeto de seus elementos de concreto alvo. Até agora, o planejamento
da durabilidade da vida útil ainda é orientado à pesquisa e ainda não se torna
parte regular do projeto.
As comunidades de durabilidade do concreto e engenharia estrutural devem
trabalhar juntas para que isso aconteça.
7. Resumo
Este artigo revisa o conhecimento de ponta sobre o planejamento de
durabilidade para infraestrutura de concreto com longa vida útil. Em seguida,
esses conceitos e métodos são aplicados às estruturas de concreto no projeto de
[7] HS Muller, M. Haist, M. Voge, Avaliação do potencial de sustentabilidade de
ligação marítima HZM, abrangendo o projeto de durabilidade, controle de qualidade, durabilidade
557
Pesquisa de Cimento e Concreto 115 (2019) 545-558
avaliação na construção e o planejamento de manutenção para a vida útil. O
projeto de durabilidade estabelece primeiramente uma filosofia geral e divide os
requisitos em níveis de materiais e estruturais, e então emprega métodos baseados
em modelos para determinar os parâmetros quantitativos de projeto para
durabilidade. A difusividade do cloreto é o principal parâmetro de projeto e seus
valores de projeto são convertidos em valores de controle de qualidade.
Durante a construção, o controle de qualidade é realizado tendo como parâmetros
de controle a resistência à compressão do concreto e a difusividade de cloretos.
Os dados no local foram coletados para a difusividade de cloreto e espessura de
cobertura de concreto de testes de laboratório e resultados de END. Com esses
dados, as propriedades estatísticas das variáveis no modelo de ingresso de cloreto
são atualizadas e uma avaliação probabilística completa é realizada para o
desempenho de durabilidade alcançado frente à corrosão do aço por ingresso de
cloreto. A avaliação mostra que a margem de segurança de durabilidade é
satisfatória, com probabilidade de falha inferior a 2% em 120 anos. A parede do
túnel é investigada por seus padrões de durabilidade e o risco de corrosão do aço
sob infiltração de água do mar e transporte de oxigênio de lados opostos da
parede. Com base nisso, é proposto um planejamento de manutenção preventiva
para os elementos RC. Finalmente, algumas questões em aberto são levantadas
pelo estudo de durabilidade do projeto HZM.
Reconhecimento
A pesquisa é apoiada pelo Projeto do Programa Nacional de P&D da China
(nº 2017YFB0309904), NSFC Grant No. 51778332 e o Projeto Nacional de
Planejamento de Apoio à Ciência e Tecnologia da China (nº 2011BAG07B04). A
colaboração da HZM Bridge Authority (Zhuhai, China) também é reconhecida.
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