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PETROLINA
NOVEMBRO / 2020
MARIANA LIMA SOBREIRA
PETROLINA
NOVEMBRO / 2020
BANCA
EXAMINADORA
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RESUMO
Com essa pesquisa buscamos explanar o conceito de ensino a distância, seu histórico, o percurso
dessa modalidade no ensino de inglês e os métodos usados para o domínio dessa língua ao longo
dos anos. Como metodologia foram usadas a pesquisa bibliográfica de autores como Souza (2017),
Miyamoto (2017) e Silveira (2015). Para alcançar dados mais específicos e atuais do ensino de inglês
a distância, foi realizada uma entrevista com professores que trabalham nessa modalidade, feita com
o auxílio de um questionário, que mostrou a realidade do EAD na pandemia do COVID-19 e
proporcionou uma discussão sobre os seus efeitos em alunos e professores.
ABSTRACT
With this research we looked foward to explaining the concept of distance teaching, its history, the
path of this field in English teaching and the methods used to master this language over the years. As
of the methodology, for the bibligraphic research, we used authors such as Souza (2017), Miyamoto
(2017) e Silveira (2015) In order to reach more specific and recent data on distance English teaching,
an interview was applied by means of a questionaire, which showed the reality of distance education
on the COVID-19 pandemic which made possible a discussion about the effects upon both students
and teachers.
INTRODUÇÃO
O campo das aulas online tem se expandido amplamente nos últimos tempos. As aulas de
inglês que antes eram limitadas às salas de aula presenciais, podem ser transmitidas de um
lado do mundo para o outro. Apesar de o crescimento desse ramo ser relativamente recente,
a história da educação à distância remete a um passado distante. Neste artigo abordaremos
o percurso histórico dessa modalidade de ensino, com o foco na disciplina de Língua Inglesa,
a língua global. Além de ter como objetivo delinear a trajetória da educação a distância do
inglês no Brasil, o trabalho mostra os avanços da área até os dias de hoje, no contexto da
pandemia de coronavírus no ano de 2020.
precisam saber e aplicar quando se trata dessa abordagem? Que vantagens e desvantagens
são encontradas se compararmos a educação a distância com a presencial?
Ao estudar o histórico da EAD, poderemos entender o percurso, os impactos, as facilidades e
dificuldades que essa modalidade enfrentou, bem como seus avanços.
Por analisar as experiências de professores experientes da área, recebidas por meio de um
questionário, teremos uma visão do que vem sendo feito nesse âmbito, as mudanças que a
modalidade tem causado na vida de professores e como eles pensam esse momento.
Com a expansão do ensino remoto, surgem também novos caminhos, novas formas de
ensinar e aprender. O professor da atualidade precisa estar a par dessa evolução do ensino
para que possa propiciar aos seus estudantes um conhecimento globalizado, completo e
conectado com a sua realidade.
METODOLOGIA
As fontes usadas para a construção do artigo foram tanto primárias, também conhecidas
como diretas ou bibliográficas, como secundária, por meio de uma entrevista. A entrevista foi
conduzida com o objetivo de trazer dados atuais sobre o ensino a distância da língua inglesa,
a saber, como tem afetado os professores em sua rotina e em seu ensino e como os alunos
são percebidos por eles, em questão de evolução na aprendizagem, como estão as suas
interações e o seu desempenho geral.
Para a obtenção desses dados, os entrevistados foram professores, tanto do ensino público
como do privado, tanto do nível médio como do fundamental, que encontram-se lecionando
durante o período da pandemia do coronavírus, em outubro de 2020. As suas respostas
trarão uma visão geral da situação escolar, migrada para o ensino a distância, desde março
desse ano.
Os resultados foram tratados sob a ótica do trabalho da pesquisa qualitativa, o que significa
que usaremos as respostas para trabalhar conceitos e ideias, mas também nos atentaremos
para os percentuais dos dados catalogados, de acordo com as alternativas mais ou menos
escolhidas pelos professores quando entrevistados. As escolhas de respostas serão exibidas
em forma de gráfico, para melhor visualização e entendimento. As perguntas e suas
respectivas alternativas estão em anexo nas últimas páginas do trabalho. Os entrevistados
foram previamente selecionados, e após aceitarem participar da pesquisa, receberam as
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perguntas online. A entrevista não pôde ser feita ou entregue pessoalmente devido às
circunstâncias às quais a pandemia nos acometeu.
Diante dessa perspectiva, observa-se que o começo do ensino a distância é bem mais
remoto do que se imagina. Passaram-se os anos e os registros da modalidade até 1728
eram pontuais. Abaixo, segue a tabela de registros históricos no ensino a distância com seus
respectivos anos e precursores.
Langenscheidt
1858 Autorização para certificados da EAD Rainha Victoria do Reino Unido
1873 Correspondência com o público feminino Anna Tickner (Boston - EUA)
1874 Graduação, mestrado e doutorado EAD Universidade de Wesleyan
1882 Seminário Teológico Batista por William Rainey Harper – Universidade de
correspondência Chicago
1891 Criada a Universidade por Ithaca – Nova Iorque
Correspondência
1892 Departamento de Estudo por William Rainey Harper – Universidade de
Correspondência Chicago
1904 Curso de datilografia com envio de (Informação não encontrada)
materiais pelo correio
1920 Curso para aprender português, francês (Informação não encontrada)
e radiodifusão
1960 Projetos de ampliação do acesso à (Informação não encontrada)
educação no Brasil
A história do ensino a distância no Brasil teve início uns 200 anos depois do primeiro registro
de um curso de taquigrafia na cidade de Boston, Estados Unidos. Tanto a modalidade remota
como o ensino do inglês no Brasil passaram por mudanças ao longo dos anos. Veremos
agora o contexto atual do ensino da língua inglesa no Brasil, em que a pandemia de
coronavírus forçou a migração do ensino presencial para o ensino a distância.
Adotou-se então “o método direto intuitivo, cujo principal atributo era ensinar o aluno a
pensar na língua estrangeira, sem compará-la com a língua materna.” (MIYAMOTO, 2017, p.
2). Esse abandono da “muleta” da língua materna para entender a língua alvo, tornava os
aprendizes mas independentes e hábeis no seu uso. Apesar de no início da aquisição de
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uma língua parecer impossível compreender significados sem recorrer à língua mãe, quanto
mais cedo o aluno usa a própria língua que ele quer aprender para dar significado ao seu
aprendizado, mais cedo irá sentir-se em condições de expressar-se livremente.
A teoria das estratégias de aprendizagem é, para Dantas (2012, p. 113), “uma ferramenta
que auxilia o professor no planejamento e na criação de diversas atividades que podem se
adaptar ao ensino online abrangendo os mais diferentes estilos de aprendizagem.” A
aplicação dessa teoria, seja na sala de aula presencial, seja na remota, traz bons resultados.
O docente pode orientar seu trabalho com base no conhecimento que tem sobre os estilos
de aprendizagem dos seus alunos.
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A autora, citada no parágrafo anterior, trabalha em seu artigo as dicotomias dos estilos
apresentadas por Felder e Silverman (1987), sendo essas: “[...] aprendizes Sensoriais x
Intuitivos, aprendizes Visuais x Verbais, aprendizes Ativos x Reflexivos, aprendizes
Sequenciais x Globais”. Diante dessa perspectiva, faz-se necessário questionar quais as
características dos estilos, segundo os autores.
O aluno que tem as características de um aprendiz Sensorial, usa seus sentidos para prestar
atenção aos detalhes. Para ele, tudo tem que ser vivido e sentido na prática. Eles usam a
sua boa memória para guardar experiências.
Já o aluno Intuitivo, não se apega à necessidade de uma atividade prática, concentra-se nas
teorias e no que elas significam. Usam a sua intuição para cumprir com as atividades
propostas com rapidez.
Os Visuais, como indica a sua nomenclatura, recorrem ao seu sentido da visão como sentido
predominante. Um conteúdo atrativo para os Visuais é, portanto, apresentado com recursos
visuais, como imagens e vídeos.
O Reflexivo, ao contrário do Ativo, não olha ao redor buscando no meio uma forma de
internalizar o saber. Ele olha para dentro de si, conversa consigo mesmo a fim de encontrar
as respostas às suas perguntas e indagações.
Para aprendizes como os Sensoriais e os Ativos, que prezam a prática, pode parecer difícil
abranger atividades que tenham essas características numa sala de aula on-line, em que
existem menos estímulos para se sentir e limitações do interagir. É verdade que não estar
em um ambiente presencial priva alunos e professores de algumas experiências, mas o
mundo virtual também é um lugar amplo.
Para os Sensoriais, por exemplo, é bom que se trabalhe sempre com experiências, com
conteúdos que possam ser aplicados na vida real. Iniciar um diálogo entre nativos pode
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beneficiá-lo, pois mostra uma situação real de fala e consequentemente um contexto e uma
história. Ele poderá ouvir a língua em seu uso cotidiano e absorverá vocabulário e entonação
naturalmente.
Se o aluno identifica-se com o estilo Ativo, é provável que beneficie-se de momentos em que
são abertas discussões, momentos de fala, de tirar dúvidas, de dialogar com colegas.
Quanto mais for proposta a interação, mais ele aprenderá daquela aula. A ferramenta on-line
do chat é de grande ajuda. Nesse sentido, Tortoreli (2012, p. 17) dá uma palavra de cautela:
“As ferramentas apenas medeiam os processos de interação entre professor e aluno, mas o
sentido e o significado dessas para o processo de ensino e aprendizagem dar-se-á pelo uso
intencional dos seus participantes.”
Em outras palavras, a ferramenta de nada adianta se não for bem usada. Ela não pode ser
descartada durante as aulas online, nem tampouco usada para outros fins, como conversas
paralelas entre alunos, com assuntos que não são pertinentes ao tema então discutido.
Para alunos Intuitivos, o ideal é que sejam propostas tarefas que desafiem a sua intuição,
que o façam trabalhar em sua mente as teorias que ele absorveu. Afinal, mesmo que um
aprendiz tenha facilidade em absorção de teorias, é na prática que ele comprova se
realmente aprendeu o que foi exposto a ele.
Por outro lado, os Visuais e Verbais são alcançados, respectivamente, pelo aparato
imagético e pelo linguístico. O ensino geralmente é, sem muito esforço, uma mistura dos
dois. A maioria das aulas concentra-se em textos escritos e explanações, ou seja, uso da
ferramenta verbal. Mas principalmente no âmbito da modalidade a distância, é necessário
explorar as ferramentas visuais, a transmissão de vídeos, as imagens que ilustram ideias,
que provocam reflexões.
Ao tratar de alunos Reflexivos, o professor têm de levar em conta que eles preferem
trabalhar de forma individual. Isso não quer dizer que ele não possa interagir nos momentos
propícios. Mas ele precisa dessa individualidade para refletir sobre seu aprendizado.
Os Sequenciais e Globais, que são polos opostos, podem ser contemplados em momentos
distintos. Talvez o aluno do estilo Global capte melhor o assunto quando ele é iniciado,
quando é mostrado de um modo geral, sem especificar-se. Já o Sequencial vai acompanhar
o desenvolvimento de ideias ao longo dos dias, quando receber uma explicação detalhada
sobre cada ponto.
estudantes de uma língua estrangeira também sofrem alterações. Silveira (2015, p.29)
comenta que o conceito das quatro habilidades é usado para fazer referência ao
“desenvolvimento das quatro modalidades de aptidões linguísticas essenciais, ler, ouvir, falar
e escrever. A prática dessas destrezas deve ser contínua durante a aprendizagem, seja
presencial ou virtual.”
Quando tratamos da habilidade oral, percebemos que ela geralmente é a última a ser
conquistada pelo aprendiz. A sua difícil aquisição vale tanto para a sala de aula presencial,
com contato direto com o professor, assim como para a sala de aula online, em que esse
contato torna-se mais distante. A autora cita ainda Wildgrube et al, para explicar a que se
deve tamanha complexidade atribuída ao campo oral:
Nesse contexto, Wildgrube et al. (2008) aponta a fala como a mais complexa
das habilidades para alguns aprendizes, pois o aluno deve estar preparado
para processar a língua e fazer com que o cérebro de cada um interprete e
também identifique o significado de cada palavra. (SILVEIRA 2015, p. 29)
Estivalet (2010, p. 8) discorre que “as teorias de aquisição de linguagem defendem a própria
prática oral ou mesmo a tentativa desta prática como o principal instrumento para o
desenvolvimento da fluência oral em língua estrangeira.” Portanto, não há alcance de
excelência na oralidade de um idioma sem ter presente a sua prática constante. O que
funciona como propulsor desse desenvolvimento é a exposição à língua, dos modos mais
distintos possíveis.
A escrita, apesar de ser uma das habilidades em que os aprendizes aparentam ter menos
dificuldade de execução e mais rapidez na aquisição, é também complexa. Sobre essa
habilidade e o seu ensino na educação a distância, Costa (2011) apud Silveira ressalta que:
Escrever vai além de aplicar regras gramaticais e conhecer estruturas, é também uma forma
de interação e pertence à esfera social, assim como a oralidade. Seu uso compreende um
âmbito maior do que uma simples tarefa requisitada numa aula. Escreve-se para o professor
mas também para um amigo, um colega de trabalho, um chefe, um parente ou até a um
desconhecido. A escrita é uma comunicação de ideias e para que ela cumpra bem a sua
função, tem de ser bem pensada e treinada, assim como a fala.
Uma ferramenta online que facilita a prática de escrita são os sites chamados Wikis, com o
seu mais famoso representante, o Wikipedia. Esse tipo de site constitui-se em um
armazenamento de informações sobre os mais diversos assuntos, construída em conjunto.
Silveira (2015, p.30) compartilha novamente uma afirmação de Costa (2011) que diz que os
Wikis “potencializam a comunicação e difusão de informação via escrita e a produção textual
colaborativa entre seus usuários.” Além de treinar a escrita, o estudante contribui para o
enriquecimento de conteúdos de uma plataforma, que beneficiarão outros estudantes como
ele.
Wildgrube et al (2008) aparece como fonte de pesquisa para Silveira (2015, p. 30), ao
comentar sobre a habilidade da leitura. Para os autores, ler é
Ferramentas citadas no mesmo artigo, incluem blogs, e-books, material literário em geral e
revistas. Quanto mais abrangentes e diversificados forem os conteúdos lidos, mais chance o
aprendiz têm de dominar um tópico que surgir numa conversa cotidiana ou numa aula, por
exemplo.
Uma criança em seus primeiros anos, desenvolve a fala da sua língua mãe pela escuta. Se a
criança for deficiente auditiva, consequentemente possuirá deficiências na fala. Oralizar é
uma réplica. Se não houve um modelo anterior em que se pôde basear o que será oralizado,
essa prática será muito difícil e comumente repleta de erros.
Ouvir uma quantidade considerável de modelos de fala, que envolvam falantes de diferentes
classes sociais, regiões, culturas e países, assim como ouvi-los repetidamente, é o que
possibilitará ao falante a habilidade da compreensão e por fim o domínio oral.
Em face ao contexto atual, o ensino a distância, apesar de não ser uma modalidade que
surgiu tão recentemente, encontra dificuldades, principalmente por ter sido aplicada
obrigatoriamente e para lidar com uma emergência. A falta de tempo para a adaptação de
professores e alunos afetou e continua afetando a educação. No Brasil, as escolas foram
fechadas em 23 de março de 2020, e até outubro desse mesmo ano, a maioria delas
continuam fechadas.
Uma nota fornecida pela instituição financeira internacional World Bank Group (Grupo Banco
Mundial), que efetua empréstimos a países em desenvolvimento, publicou em abril desse
ano que “em pouco mais de três semanas, cerca de 1.4 bilhão de estudantes ficaram fora da
escola em mais de 156 países” (WBG, 2020, p.1).
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As escolas que optaram pelo retorno das aulas presenciais, fizeram isso com uma
quantidade reduzida de estudantes e profissionais. Por enquanto não há a obrigatoriedade
desse retorno presencial, já que algumas famílias podem optar que seus membros em idade
escolar permaneçam em casa para manter uma segurança maior em relação à
contaminação pelo coronavírus.
Uma nota técnica elaborada pela instituição não-lucrativa “Todos Pela Educação” (a qual no
artigo chamaremos de TPE) também em abril desse ano, traz detalhes e números que dão
uma visão geral dos efeitos causados na educação pela pandemia até então, quando o
índice de contaminação e mortes já estava elevado em muitos países. A nota diz que:
Mesmo com um aparato tecnológico que nos permitiu a manutenção das aulas e do ano
letivo, as chances são de que mesmo os alunos e professores mais dedicados sofreram
algum tipo de queda do rendimento: o professor com o seu desempenho e com os resultados
que ele espera das turmas, assim como o aluno com o rendimento que ele mesmo ou a
família espera dele.
Diante dessa perspectiva, de acordo com o TPE (2020, p.8), “é fundamental que as redes de
ensino não demorem a planejar estratégias eficazes para lidar com a volta às aulas.”
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As experiências que existem até então sobre o ensino migrado totalmente para o online,
segundo a nota já mencionada, mostram que “ele tende a ser mais efetivo para aqueles
estudantes que já possuem um desempenho mais alto,...” (TPE, 2020, p.10).
Não é fácil a adaptação de um docente que passou toda a vida lecionando presencialmente,
mudar completamente a sua rotina, o seu estilo de aulas e a sua abordagem. Adaptar-se aos
novos métodos também é tarefa difícil para o aluno, que pode sentir-se isolado e
desmotivado a participar. O planejamento das aulas é afetado e por conseguinte é afetada
também a sua execução.
Figura 1: Gráfico 1
É digno de nota que mesmo que o ensino remoto fosse implantado em maior número de
instituições públicas, muitos alunos não conseguiriam acompanhar essas aulas por limitação
de recursos fundamentais como internet e aparelhos eletrônicos adequados para o
acompanhamento das aulas. Esse é um reflexo do poder aquisitivo desses alunos de baixa
renda.
Figura 2: Gráfico 2
Os níveis de ensino abrangidos por esses professores são: Educação Infantil, Ensino
Fundamental, Ensino Médio, cursos de idiomas e preparatórios para exames. A opção do
Ensino Médio foi assinalada por 1 docente, enquanto que a do Ensino Fundamental foi
marcada por 3. Os que dão aulas particulares ou em cursos de idiomas somaram 5. Uma
professora leciona na Educação Infantil.
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Figura 3: Gráfico 3
Um total de 5 professores responderam que suas aulas são ministradas de forma síncrona,
ou seja, a aula é dada e ao mesmo tempo os alunos acompanham e podem interagir com o
professor. Apenas um professor respondeu que dá aulas de maneira assíncrona, em que as
aulas são gravadas e disponibilizadas para os alunos em seguida. Muitas vezes esse
processo envolve a edição do vídeo e passa por alguns cortes para se adequar a um limite
de tempo.
As aulas gravadas dão ao aluno a liberdade de programar-se de acordo com seu horário e
assistir quando for mais conveniente a ele. A disciplina é fator chave para ser bem-sucedido
quando se trata de acompanhar aulas gravadas, pois com a liberdade de definir o horário em
que se assistirá as aulas, vem também a responsabilidade de não deixá-las para depois e
acumular as videoaulas e os assuntos que precisam ser estudados.
Figura 4: Gráfico 4
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Figura 5: Gráfico 5
Dos 10 professores, 7 afirmaram que tiveram que fazer ajustes em sua rotina depois de
migrar para o ensino remoto. Um professor afirmou ter de organizar melhor o espaço de
trabalho e preparar os materiais digitais. Outra comentou: “por estar sempre em casa é fácil
perder a noção de dia e hora então todo o tempo que eu destinava espaçadamente à
produção de materiais que dinamizassem as aulas em classe, foi sintetizado em produzir
material online. E muitas vezes, pela perda da noção do dia e hora, acaba sendo
engessado.”
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6 dos professores responderam que a dinâmica da aula mudou. 2 professores disseram que
não houve mudanças na dinâmica e outros 2 afirmaram que essa mudança aconteceu em
partes. Uma professora entrevistada comentou sobre a dinâmica das aulas remotas
comparadas às presencias: “Todos os passos da aula presencial são respeitados mas
aumentamos o tempo para interação, debate, dinâmica e atividades mais motivadoras.”
Figura 8: Gráfico 8
afirmaram ter percebido uma aproximação, ou seja, a outra metade dos entrevistados,
podem ter sentido que o contato foi aumentado e os alunos passaram a interagir mais com o
auxílio das ferramentas online.
6 professores relataram que os alunos têm participado menos nessa modalidade. A falta de
participação foi atribuída em parte à acomodação dos alunos, que estão no conforto de suas
residências e podem relutar em ser mais ativos durante as aulas, tomando uma posição
passiva diante delas. 3 docentes afirmaram que o desenvolvimento das quatro habilidades foi
facilitado no EAD. Um dos entrevistados disse que o listening e o writing foi facilitado, o
reading permanece o mesmo, já o speaking foi dificultado.
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O professor agora não precisa se preocupar em levar todo o material para a escola, o
computador e o sistema sonoro usados para o listening estão ao seu alcance a qualquer
momento. O writing pode ser treinado e o feedback pode ser mais rápido do que no ensino
presencial, conferindo texto por texto. O material para leitura, o reading também ficou de
mais fácil acesso online. Mas quando se trata do speaking, alunos e professores podem
sentir a dificuldade na falta de interação presencial.
5 professores responderam que os resultados com o ensino remoto de inglês têm sido
satisfatórios. 5 também foram os que perceberam mais vantagens do que desvantagens na
modalidade. 3 afirmaram que continuarão a dar aulas a distância mesmo após a situação da
pandemia. Os outros 7 mostraram dúvidas em relação a isso. Uma comentou que voltará
caso surja a vacina para a COVID-19.
A porcentagem dos que responderam que não continuariam a utilizar o ensino remoto após a
pandemia foi nula, enquanto que 60% consideram a possibilidade de continuar e 40%
afirmaram que darão continuidade. Isso reflete um pensamento dos professores que mesmo
que esse tipo de ensino seja uma medida provisória e às vezes traga algumas dificuldades, a
probabilidade de que a modalidade continue a ser vigente por um longo período de tempo é
maior do que a chance de que ela seja descontinuada.
CONCLUSÃO
Com base nos dados coletados, concluímos que a ensino remoto em estado de emergência,
trouxe efeitos diversos. A maioria dos professores teve de mudar completamente a sua rotina
para adaptar-se ao novo estilo. Os que não estavam familiarizados com as ferramentas
online também tiveram que passar por esse processo de aprendizagem.
Pelo perfil dos entrevistados, percebe-se que as aulas a distância durante a pandemia foram
implantadas nas escolas particulares em maioria, enquanto as escolas públicas, não
ofertaram essa modalidade de aulas. Os alunos de baixa renda e os alunos de baixo
rendimento são afetados, pois a maioria não tem acesso ao aparato tecnológico fundamental
que comporte a conexão para o EAD.
Já o segundo grupo, porque existe a tendência de queda ainda maior do rendimento do
aluno, como foi comprovado pelas respostas dos professores, que afirmaram que há menor
participação dos alunos e maior dificuldade na aquisição das 4 habilidades.
Não foi possível constatar com firmeza se alunos e professores experimentaram uma
aproximação ou um distanciamento maior, tendo em vista que as respostas dividiram-se
meio a meio. O que se pode abstrair dessa questão é que aproximação e distanciamento vão
depender mais de características pessoais, tanto da parte dos professores como dos alunos.
A distância física pode ser um fator que corrobore para o distanciamento em outros aspectos.
Por outro lado, a facilidade com que se mantêm o contato virtualmente, pode favorecer uma
maior interação de ambas as partes.
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Uma informação obtida pelo questionário, é que os professores que percebem pontos
positivos no ensino remoto, são os que já vinham fazendo uso dessa modalidade, antes da
pandemia. Esses professores geralmente são os de curso de idiomas ou que já davam aulas
particulares para pequenos grupos ou individualmente.
Apesar das diferentes respostas e resultados que dividem-se ao meio, nenhum professor
entrevistado respondeu com certeza que descontinuaria o trabalho na modalidade caso ou
quando as aulas presenciais retornassem. Esses dados mostram que mesmo que a
adaptação de toda a esfera educacional tenha sido difícil, os professores estão dispostos a
continuar aprendendo e se aperfeiçoando na modalidade.
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REFERÊNCIAS
EDUCAÇÃO, Todos pela. Ensino a distância na Educação Básica frente a pandemia da COVID-
19. Nota técnica, abr. 2020.
MIYAMOTO, Margareth Ramos Teixeira. O Impacto do uso das Novas Tecnologias em Aulas de
Inglês para cursos Tecnológicos. v.1, n.1 (2017): Revista CBTecLE, Fatec São Caetano do Sul -
Antonio Russo, Brasil.
SOUZA, Carlos Fabiano de. Do ensino por correspondência ao My English Online: retratos do
ensino de inglês a distância no Brasil. Entremeios [Revista de Estudos do Discurso, on-line,
www.entremeios.inf.br], Seção Temática [Linguagem e Tecnologia], Programa de Pós-Graduação em
Ciências da Linguagem (PPGCL), Universidade do Vale do Sapucaí (UNIVÁS), Pouso Alegre (MG),
vol. 15, p. 369-397, jul. - dez. 2017.
ANEXOS
Questionário
( ) Privada
( ) Pública
( ) Dou aulas particulares
( ) Fundamental
( ) Médio
( ) Outro: __________________________________________
( ) Síncrona
( ) Assíncrona
( ) Mista
4. Sua experiência com aulas a distância começou durante a pandemia ou antes dela?
( ) Antes
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( ) Durante
( ) Sim
( ) Não
( ) Em parte. Justifique:__________________________________
( ) Sim
( ) Não
( ) Em parte. Justifique:__________________________________
( ) Sim
( ) Não
( ) Em parte. Justifique:___________________________________
( ) Aproximação
( ) Distanciamento
( ) Mais frequência
( ) Menos frequência
( ) Mesma frequência do ensino presencial
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10. O ensino das 4 habilidades essenciais para a aprendizagem de uma língua estrangeira
(writing, reading, listening e speaking) foi facilitado ou dificultado no EAD?
( ) Facilitado
( ) Dificultado
( ) Permanece o mesmo que no ensino presencial
( ) Sim
( ) Não
( ) Em parte. Justifique: _____________________________________________
( ) Vantagens
( ) Desvantagens
13. Pretende continuar na modalidade mesmo após o retorno das aulas presenciais?
( ) Sim
( ) Não
( ) Talvez