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Caderno de Resumos

e Programação
DEPARTAMENTO DE LETRAS ESTRANGEIRAS MODERNAS

CADERNO DE PROGRAMAÇÃO E RESUMOS

29 e 30 de Setembro de 2023.

1
REITORA
Profa. Dra. Marta Regina Gimenez Favaro

VICE-REITOR
Prof. Dr. Airton José Petris

CENTRO DE LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS

DIRETORA
Profa. Dra. Laura Taddei Brandini

VICE-DIRETORA
Profa. Dra. Renata Schlumberger Schevisbiski

DEPARTAMENTO DE LETRAS ESTRANGEIRAS MODERNAS

CHEFE DE DEPARTAMENTO
Profa. Dra. Denise Ismênia Bossa Grassano Ortenzi

2
COMISSÕES DO
VI ENCONTRO DE PROFESSORES DE INGLÊS PARA
CRIANÇAS
&
V SEMINÁRIO DE AVALIAÇÃO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
PARA CRIANÇAS

COORDENAÇÃO GERAL

Profa. Dra. Juliana Reichert Assunção Tonelli (UEL)


Profa. Dra. Claudia Jotto Kawachi Furlan (UFES)

COMISSÃO ORGANIZADORA

Profa. Dra. Claudia Jotto Kawachi Furlan (UFES)


Profa. Ma. Gabrielli Martins Magiolo (UEL/ST. JAMES')
Profa. Dra. Helena Vitalina Selbach (UFSM)
Profa. Esp. Izabella Ribeiro Bill (UEL)
Profa. Dra. Mariana Guedes Seccato (UEL)
Prof. Esp. Otto Henrique Silva Ferreira (UEL)
Prof. Ms. Juliano Brambilla Neri (UEL)
Prof. Ms. Lucas Mateus Giacometti de Freitas (UEL)

COMISSÃO CIENTÍFICA

Profa Dra. Claudia Jotto Kawachi Furlan (UFES)


Profa. Ma. Gabrielli Martins Magiolo (UEL/ST. JAMES')
Profa. Dra. Helena Vitalina Selbach (UFPel)
Profa. Esp. Izabella Ribeiro Bill (UEL)
Profa. Dra. Juliana Reichert Assunção Tonelli (UEL)
Profa. Dra. Mariana Guedes Seccato (UEL/Colégio Celtas)
Prof. Esp. Otto Henrique Silva Ferreira (UEL)

3
NOSSOS PARCEIROS

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APRESENTAÇÃO

O Encontro de Professores de Inglês para Crianças nasceu em 2013 do compromisso


do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas da Universidade Estadual de
Londrina com o ensino da escola pública no que se refere à garantia dos direitos das
crianças à educação linguística em língua inglesa.

Em 2015, o II Encontro de Professores de Inglês para Crianças cresceu dando início ao I


Seminário de Avaliação de Línguas Estrangeiras para Crianças que representou um
avanço ao reconhecer a necessidade de um espaço para registrar a importância de
discutir a avaliação da aprendizagem de línguas nos anos iniciais.

Em 2017, o III EPIC e o II Seminário de Avaliação foi marcado por uma importante
iniciativa: a proposição do ‘Manifesto Educação Linguística na Infância: em defesa do
direito à formação cidadã e à aprendizagem de línguas nos anos iniciais da Educação
Básica Brasileira’. O documento foi assinado pelos presentes e, posteriormente,
circulou digitalmente em âmbito nacional e foi encaminhado para a diretoria da ALAB:
Associação de Linguística Aplicada Brasileira. O Manifesto foi discutido em outros
âmbitos, incluindo falas online no canal do Youtube da Associação de Linguística
Aplicada Brasileira.

Estas ações indicam a dimensão do Encontro como campo político de professores e


professoras que atuam na educação linguística com crianças. Além disso, o EPIC é um
encontro que proporciona a formação de professores e professoras de maneira
colaborativa por meio de trocas de experiências e encontros afetivos.

Em 2019, o IV EPIC e o III Seminário de Avaliação de Línguas Estrangeiras para Crianças


deu sequência às discussões sobre o ensino, a aprendizagem, a avaliação e a formação
docente para o campo das línguas na infância. Nesta edição, registramos, até aquele
momento, o que seria o recorde de inscrições.

Em 2021, veio a Pandemia da COVID-19 e o V EPIC e o IV Seminário de Avaliação de


Línguas Estrangeiras para Crianças ganhou proporções internacionais. Os limites
geográficos foram, forçosamente, interrompidos e estabeleceram-se importantes
relações com pesquisadoras da área em universidades no exterior, com professores e
professoras da educação básica que atuam na área e com professores e professoras
em formação inicial que desejam atuar no campo da educação linguística em línguas
adicionais com crianças. Apesar de desafiador, realizar o V EPIC e o IV Seminário de
Avaliação remotamente aproximou pessoas, possibilitou trocas de experiências de sala
de aula e fortaleceu o compromisso com a educação.

5
Em 2023, quando o EPIC completa 10 anos, temos a satisfação de congregar
pessoas de Norte a Sul do Brasil em um encontro marcado por ciência,
colaborações, afetividades e o compromisso com os direitos da criança ao
acesso à saberes culturais, humanos e sociais por meio da educação linguística.
Este Caderno de Resumos apresenta não apenas a programação do Encontro,
mas registra alguns nomes de quem tem feito a educação linguística em línguas
adicionais em nosso país.

Londrina, setembro de 2023.

Comissão Organizadora

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SUMÁRIO
PROGRAMAÇÃO...........................................................................................................08

SESSÕES DE COMUNICAÇÕES.....................................................................................11

RESUMOS
Painel de Teses e Dissertações..................................................................................21
Comunicações Individuais ........................................................................................26
Socialização de Práticas Docentes............................................................................45
Workshops ..................................................................................................................69
Mesas – redondas .......................................................................................................75
Palestras ......................................................................................................................77

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Programação

Sexta-feira - 29/09//2023

8
Sábado - 30/09//2023

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SESSÕES DE
COMUNICAÇÕES

10
Sessões de Comunicações I

11
Sessões de Comunicações II

12
Sessões de Comunicações III

13
Sessões de Comunicações IV

14
Sessões de Comunicações V

15
Sessões de Comunicações VI

16
Sessões de Comunicações VII

17
Sessões de Comunicações VIII

18
Sessões de Comunicações IX

19
PAINEL DE TESES
E DISSERTAÇÕES

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A FORMAÇÃO DO PROFESSOR ALFABETIZADOR BILÍNGUE: ESTRATÉGIAS DE
ALFABETIZAÇÃO DENTRO DE UMA ESCOLA DO DF.

Ana Luiza de Paula Andrade. (PGLA-UnB)


e-mail: analu.alpha@gmail.com
Orientador: Prof. Dr. Fidel Armando Cañas Chávez (PGLA-UnB)

RESUMO: O presente trabalho, cujo tema é: “A formação do professor alfabetizador


bilíngue", tem como objetivo contribuir para o entendimento do perfil do professor
alfabetizador bilíngue, considerando conceitos de alfabetização, letramento e
biletramento. (BAKER, 2021; CHEDIAK, 2019; SOARES, 2002). A Educação Bilíngue tem
ganhado espaço no Brasil, com o crescimento de escolas bilíngues e internacionais que
adotam o inglês e o português como línguas de instrução. (MEGALE 2019). No entanto, há
uma escassez de pesquisas que ofereçam informações relevantes sobre esses
educadores, especialmente, na área de alfabetização. Utilizando uma abordagem
qualitativa-interpretativista, foram coletadas narrativas de seis professores que atuam
em uma mesma escola no Distrito Federal, todos com mais de cinco anos de experiência
no ensino bilíngue. Além disso, a professora-pesquisadora também contribuiu com sua
própria narrativa. A análise das narrativas e das entrevistas subsequentes foi conduzida
por meio da análise temática (BRAUN; CLARKE, 2006). Os resultados destacam a
importância de identificar o perfil do professor alfabetizador bilíngue, que atua como
professor de crianças e professor de inglês ao mesmo tempo. Evidencia-se a necessidade
de clareza de conceitos não apenas em relação ao professor bilíngue, mas também em
relação ao bilinguismo e à própria educação bilíngue. Um aspecto específico ressaltado é
a falta de formação detalhada em alfabetização em inglês, independentemente do curso
de graduação realizado. Essa é uma área muito específica e os participantes não
apresentam consenso na nomenclatura das metodologias de alfabetização, o que indica
a necessidade urgente de reestruturação dos cursos envolvidos, incluindo a adequação
às novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a oferta de Educação Plurilingue (BRASIL,
2020). A conclusão destaca a necessidade de aprimoramento da formação desses
professores, bem como a unificação dos conceitos relacionados ao bilinguismo e à
educação bilíngue, que fornecem orientações importantes para os futuros professores
alfabetizadores, bem como ajuda para aprimorar a prática atual dos profissionais que
atuam nessa área.

PALAVRAS-CHAVE: Bilinguismo; Educação Bilíngue; Formação de professores;


Alfabetização.

21
GOING THE EXTRA MILE: UM GUIA DE AUTOAVALIAÇÃO PARA A APRENDIZAGEM DE
LÍNGUA INGLESA POR CRIANÇAS

Thais Rossafa Tavares Balbino (C.E.M. Prof. Ivanildes G. Nalim)


tha.rossafa@gmail.com
Juliana Reichert Assunção Tonelli (UEL)
jtonelli@uel.br

RESUMO: Nos últimos anos, com o aumento nas pesquisas em avaliação para a
aprendizagem de línguas por crianças (NIKOLOV, 2016; PÁDUA, 2016; BUENO; TONELLI,
2019; BUENO, 2020), constatou-se a urgência em aprofundamento de estudos
relacionados ao letramento nesta área (TONELLI; QUEVEDO-CAMARGO, 2019; MORAES;
BATISTA, 2020). Do mesmo modo, entendendo a avaliação formativa como maneira
eficaz de desenvolver a aprendizagem nos alunos, buscamos estudar sobre as
contribuições da autoavaliação, uma vez que ela se mostra parte essencial do processo
de ensino-aprendizagem (CORREIA; SOUZA; FRANCO, 2014; BORUCHOVITCH; GOMES,
2019; TONELLI; BUENO, 2020). Assim, utilizando de abordagens quantitativa e
qualitativa, esta pesquisa tem por meta entender as necessidades reais de professores
de várias partes do Brasil quanto ao seu conhecimento prévio e sua prática avaliativa,
com foco na promoção de instrumentos autoavaliativos, e criar, a partir dessas
informações, um guia de orientação. Este guia tem como objetivo auxiliar professores
que desenvolvem o letramento em autoavaliação para a aprendizagem de inglês por
crianças, trazendo conceitos e princípios básicos, passo a passo da criação de rubricas e
exemplos de atividades que estimulam a reflexão e o monitoramento da
aprendizagem. Utilizando uma perspectiva bottom-up, a metodologia lançou mão da
aplicação de questionários e implementação de um curso de extensão, de onde foram
retirados os dados para a construção do guia. Estes dados foram de extrema relevância
para criar um produto condizente com as dificuldades vivenciadas pelos professores
participantes que demonstraram em suas falas a falta de tempo, experiências limitadas
de letramento em ensino de línguas para crianças, falta de acesso a certos materiais,
entre outros. Por fim, acreditamos que o produto educacional, no formato de ebook
interativo, seja um material complementar aos cursos de formação inicial e continuada
de professores, assim como estudo autodidata.

PALAVRAS-CHAVE: Autoavaliação; Avaliação para a aprendizagem de língua inglesa


com crianças; Guia; Autorregulação da aprendizagem; Letramento em avaliação de
professores.

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MOVIMENTOS DIALÓGICOS DE REALIZAÇÃO DE POLÍTICA LOCAIS EM AÇÃO NO
ENSINO DE INGLÊS COM CRIANÇAS NA ESCOLA PÚBLICA

Giuliana Castro Brossi (UEG Inhumas/UEL)


giulianabrossi70@gmail.com

RESUMO: As leis brasileiras e os documentos oficiais das políticas (BRASIL, 1996;


BRASIL, 2017) estabelecem que a educação linguística em inglês nas escolas no Brasil é
um direito garantido do sexto ano em diante, configurando-se como uma decisão
situada e local. Esta investigação tem como foco a implementação do EIC nas escolas
públicas, que reflete também a jornada vivencial (REZENDE, 2017) que engloba ser
pesquisadora e ser humana. Em relação aos aspectos metodológicos, é uma pesquisa
qualitativa crítica enraizada na agenda de direitos humanos (DENZIN, 2018)
entendendo que a não democratização da educação linguística em inglês na infância
relega crianças (de 6 a 12 anos) e professoras desta esfera a um não-lugar, do outro
lado da linha abissal (SANTOS, 2006; 2007). Seu objetivo é (re)conhecer os sentidos
coconstruídos a partir do processo de realização das políticas locais em ação que
emergem na ação extensionista English For Kids da Universidade Estadual de Goiás, em
Inhumas, acerca da implementação do EIC. Ancorada nos conceitos do Círculo de
Bakhtin parte de enunciados das agentes nas relações dialógicas no decorrer dos
encontros em 2018 e 2019, e das entrevistas com a/o secretária/o da educação em
2006 e em 2018. As análises indicam que os movimentos de cocriação das políticas
curriculares e linguísticas locais insurgentes para o EIC se dão por intermédio das
relações entrelaçadas na extensão universitária, que por sua vez reverberam no
contexto local e translocal. Os resultados revelam que a cocriação das políticas locais
insurgentes se materializa nos enunciados, os quais por sua vez são igualmente
materializados nas políticas locais. Além disso, estas se materializam nas praxiologias
das agentes, que mediadas pela figura da coordenadora do inglês, buscam se
aproximar, ressignificar seus papéis, e a constituição de rede que nutre e ampara a
parceria nas decisões situadas e locais.

PALAVRAS-CHAVE: Políticas linguísticas e curriculares; Praxiologias; Formação de


professoras de inglês com crianças; Análise dialógica do discurso.

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TELL ME WHAT IT TAKES: UM ESTUDO SOBRE ENSINAR
INGLÊS COM CRIANÇAS

Thaís Blasio Martins (FE/USP)


tablasio@gmail.com
Orientadora: Ana Paula Martinez Duboc (FE/USP)

RESUMO: O ensino de inglês para crianças foi implantado na Rede Municipal de São
Paulo (RMSP) em 2012. A inserção do ensino de inglês nos anos iniciais do ensino
fundamental foi marcada por certa ausência inicial de marcos reguladores e por
inúmeros desafios para os docentes, que como eu, passaram repentinamente a atuar
junto a este grupo de estudantes. Sendo assim, diante dos novos cenários instaurados
para a prática dos professores de inglês da RMSP após a implantação de 2012, este
estudo pretende investigar que conhecimentos e práticas foram por mim mobilizados
e/ou (des)(re)construídos durante minha trajetória como professora de inglês de
crianças de maneira a me permitir uma atuação comprometida. Para fazê-lo, ancoro-
me em referenciais teóricos sobre os saberes docentes com ênfase nas noções: de
língua e linguagem (KUMARAVADIVELU, 2006; PENNYCOOK, 2016; CANAGARAJAH,
2018a; 2018b, para citar alguns); das infâncias, seus sujeitos e suas culturas
(ABRAMOWICZ; MORUZZI, 2010; OLIVEIRA; TEBET, 2010); do ensino- aprendizagem de
línguas, com destaque para o ensino de línguas para crianças (ROCHA, 2006; 2007;
MOON, 2001, CAMERON 2001; 2003) e da formação de professores (BRITZMAN, 1996;
FREEMAN; JOHNSON, 1998; GOODWIN, 2010, WHITE et al, 2021; para citar alguns). No
que se refere a metodologia, optei pela autoetnografia (ELLIS; ADAMS; BOCHNER,
2011), tendo-se em vista o desejo de estabelecer relações entre a experiência e a
literatura científica pertinente por meio do resgate de episódios pessoais advindos das
experiências como professora e pesquisadora, observações de campo, produções dos
estudantes e conversas informais com professoras parceiras. Concluo que o processo
de se tornar professora de inglês para crianças possui um caráter processual e
contingente, devendo-se levar em conta as biografias dos sujeitos, seus contextos e
suas relações. Neste sentido, defendo a ideia de pensar uma formação de professores
de inglês com crianças, cujos repertórios linguísticos e culturais, necessidades e desejos
dos sujeitos da infância sejam considerados em uma relação pedagógica pautada pela
escuta atenta.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de inglês; Crianças; Formação de Professores;


Autoetnografia.

24
COMUNICAÇÕES
INDIVIDUAIS

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EDUCAÇÃO LINGUÍSTICA COM CRIANÇAS ENQUANTO UM DIREITO HUMANO

Alex Alves Egido (Universidade Federal do Maranhão)


alex.egido@ufma.br

RESUMO: Por um lado, há a inquestionável oferta de educação linguística para com


crianças no país. Por outro lado, tal expansão acontece em um cenário que ainda são
demanda atenção. Na literatura da área, são identificadas barreiras de diversas ordens
no que diz respeito a essa educação, dentre elas: falta de regulamentação sobre sua
oferta às crianças (AVILA, TONELLI, 2018), carência de materiais didáticos (AQUINO;
TONELLI, 2017; SOUZA et al., 2019), de cursos de formação de professores/as (SANTOS;
TONELLI, 2021; SANTOS, 2011; SIMÕES; BARUKI-FONSECA, 2017), para mencionar
algumas. Nesta comunicação oral, contudo, busca-se argumentar pela educação
linguística com crianças enquanto um direito humano, apesar das atraentes motivações
neoliberais que se têm vendido à sociedade e à comunidade escolar (EGIDO; TONELLI,
DE COSTA, prelo) para justificar tal educação. Assim, entende-se as crianças como seres
humanos constituídos de direitos, sendo um deles a educação linguística. Esse direito
decorre da compreensão de que as línguas são intrinsecamente parte de seus falantes,
de suas identidades e dos modos como leem o mundo. Em suma, esta comunicação
oral é um convite a retornar para a questão primeira: Por que garantir educação
linguística a crianças? A resposta que se argumentará: por ser um direito
inerentemente humano, de todos, de cada, independente da idade.

PALAVRAS-CHAVE: Palavras-chave: Língua enquanto direito. Crítica à proposta


neoliberal. Crianças.

26
CARTOGRAFIAS DO COTIDIANO ESCOLAR: NOSSOS FAZERESSABERESSENTIRES

Palmyra Baroni Nunes (SME-RJ/PUC-RJ)


palmyra.baroni@yahoo.com.br
Orientadora: Inés Kayon de Miller (PUC-RJ)

RESUMO: A pesquisa intitulada “Cartografias do cotidiano escolar: nossos


fazeressaberessentires” busca investigar os processos tecidos pelo que meus alunos,
minhas alunas (do primeiro ao sexto ano do Ensino Fundamental da escola pública que
trabalho) e eu fazemos, sabemos e sentimos em nosso cotidiano escolar, para
evidenciar o que coconstruímos em nossas aulas, com base na agentividade de cada
membro do grupo, no espaço destinado à Sala de Inglês. Para tal, alinho-me a Giroux
(1997), pois acredito que professores e alunos são intelectuais transformadores, e com
Miller, Cunha e Allwright (2020), que defendem a ideia de que, para a Prática
Exploratória, professores e alunos são aprendizes. A pesquisa está ancorada no viés
teórico-metodológico da Prática Exploratória (MILLER, 2012) dentro do paradigma da
Pesquisa do Praticante. Opto por uma pesquisa qualitativa/interpretativista (GUBA;
LINCOLN, 2006) e autoetnográfica (ELLIS; BOCHNER, 2000). A geração de dados tem
sido resultado da minha prática cotidiana de registrar em diários de campo (HANKS,
2017) as produções realizadas por meus alunos, de Atividades Pedagógicas com
Potencial Exploratório, Atividades Reflexivas com Potencial Exploratório, Atividades de
Colaboração Criativa com Potencial Exploratório e Conversas Exploratórias, já que todas
aprofundam os entendimentos sobre os fazeressaberessentires tecidos em nosso
cotidiano. Considero o caráter cartográfico da pesquisa, pois os processos de nossas
coconstruções diárias transformam nossas experiências em conhecimento (BARROS;
KASTRUP, 2020). Os resultados parciais da pesquisa apontam para três proposições
sobre as características dos aprendizes, resumidas por Allwright (ALLWRIGHT; HANKS,
2009), em que os aprendizes são capazes de: a) levar o processo de aprendizagem a
sério; b) tomar decisões de forma independente; c) se desenvolverem como praticantes
da aprendizagem, além de fortalecerem o pensamento de que professores e alunos
são agentes e praticantes do processo de ensino-aprendizagem (NUNES, 2015).

PALAVRAS-CHAVE: Prática Exploratória; Pesquisa do Praticante; Cartografias.

27
A APLICAÇÃO DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA TRANSDISCIPLINAR EM CENÁRIO
PANDÊMICO

Otto Henrique Silva Ferreira (UEL)


ottoferreira.letras@uel.br
Juliana Reichert Assunção Tonelli (UEL)
jtonelli@uel.br

RESUMO: Em um cenário em que é constatado o aumento na demanda de professores


e materiais didáticos para a atuação na educação linguística com crianças no Brasil,
esta pesquisa tem por objetivo apresentar uma sequência didática (SD) transdisciplinar
que, inicialmente, foi planejada para ser aplicada presencialmente a fim de trabalhar a
educação linguística em inglês com crianças do 4° ano do ensino fundamental por meio
do gênero canção contemporânea pop. Por conta da pandemia da COVID-19, houve a
necessidade de adaptações no dispositivo e nas atividades, com o objetivo de superar
as dificuldades e limitações expostas pelo distanciamento social, adotado como
estratégia para a diminuição dos casos da doença. Por meio de revisão bibliográfica,
apresentamos embasamento teórico para a análise qualitativa-interpretativista de
propostas de atividades e adaptações que incluímos na SD, trazendo à tona desafios
enfrentados e possibilidades para o trabalho visando o desenvolvimento das
capacidades de alunos por meio de aulas na modalidade híbrida, remota ou presencial.
Os resultados apontam que a utilização de um dispositivo como a SD oportuniza
espaços para relações entre elementos transdisciplinares e as capacidades de
linguagem, potencializando adaptações necessárias para o cumprimento das
demandas em função do contexto pandêmico, o engajamento textual e o
desenvolvimento linguístico das crianças.

PALAVRAS-CHAVE: Inglês com crianças; Gêneros textuais; Educação Linguística;


Transdisciplinaridade; Linguagem musical.

28
O ENSINO DE INGLÊS PARA CRIANÇAS EM VILHENA, RONDÔNIA SOB PERSPECTIVA
DE DIREITO SOCIAL DA E PARA INFÂNCIA

Maria Helena Ferrari – Instituto Federal de Rondônia


mh_ferrari@hotmail.com
Laura Borges Nogueira – Instituto Federal de Rondônia
laura.nogueira@ifro.edu.br

RESUMO: Este projeto de pesquisa tem como objetivo investigar como o ensino de
inglês pode potencializar o desenvolvimento humano de crianças. Os procedimentos
metodológicos propostos caracterizam-se pela pesquisa bibliográfica motivada pelo
seguinte problema: oferta tímida de cursos de inglês crianças gratuitos. Propõe-se as
seguintes ações: revisar literatura sobre a oferta ensino de inglês, diretrizes e
legislações da esfera federal à municipal, conhecer metodologias de ensino de inglês
para crianças na idade pré-escolar e elaborar uma proposta de ensino de inglês para
crianças. O corpus da pesquisa será composto por análise de documentos
regulamentadores do Ensino de Inglês para crianças no Brasil, artigos e dissertações de
mestrado e doutorado que abordem a temática. A pesquisa fundamenta-se nas teorias
de Bakhtin (2011), Volochinov (2017), Girotto e Souza (2010), Kondo (2022), Tonelli
(2005),) e Cameron (2005) como autores que tratam da filosofia da linguagem, teoria
histórico-cultural, leitura e ensino e aprendizagem de língua inglesa para crianças.
Parte-se da seguinte questão de pesquisa: qual é o cenário do ensino de inglês para
crianças em Vilhena, RO? A resposta a essa questão, envolve, pois, ações dirigidas à
sistematização do ensino para o público-alvo. Coloca-se como possibilidade para
ampliação dos conhecimentos produzidos na área da Educação Infantil em Vilhena, a
promoção do desenvolvimento da inteligência e da personalidade das crianças por
meio da língua inglesa.

PALAVRAS-CHAVE: Literatura infantil; Ensino e Aprendizagem; Língua Inglesa.

29
CONSTRUINDO SENTIDOS EM LÍNGUA INGLESA NA INFÂNCIA: A EXTENSÃO COMO
ESPAÇO DE DESENVOLVIMENTO

Karen Khrislley Oliveira Ferraz (Universidade Estadual de Goiás)


karenkhrislley@email.com
Guiliana Castro Brossi (Orientadora)

RESUMO: A infância é o período de maior desenvolvimento cognitivo de um indivíduo,


pois é nela que se tem os primeiros contatos com o mundo e isso possibilitará novas
experiências, as quais irão reverberar diretamente em sua vida adulta. Tendo isso em
mente, é possível afirmar que a construção de sentidos por meio da educação
linguística em línguas adicionais com crianças pequenas promove o desenvolvimento
cognitivo, além de emocional, social, intercultural e das funções psicológicas superiores
(VYGOTSKY, 1993; PICANÇO, 2016; BROSSI, 2022). Tonelli e Cordeiro (2012) ratificam a
importância do gênero Histórias Infantis para o desenvolvimento da sensibilização
linguística, e para a construção de conceitos e formação de conhecimentos, logo,
percebe-se que esse período do desenvolvimento é o melhor para a construção de uma
consciência linguística. Dessa forma, salienta-se que, o projeto de extensão Rede
Educação Linguística na Infância (ELI) – English for Kids (EFK) proporciona para a
comunidade de Inhumas, Goiás, um espaço genuíno para crianças de 3 a 12 anos
construírem repertórios para além dos aspectos linguísticos. Por meio de metodologias
diversas, que provocam a criatividade e o protagonismo das crianças, o corpo docente
utiliza recursos multimodais para o desenvolvimento das crianças envolvidas no
projeto. O conhecimento psicológico das capacidades das crianças de acordo com sua
faixa etária (VYGOTSKY, 1993; PIAGET, 1923) tem se mostrado um diferencial relevante
no processo de planejamento realizado em colaboração entre professores advindos
dos cursos de Psicologia, Letras e Pedagogia, evidenciando o caráter interdisciplinar da
educação linguística com crianças. Sendo assim, conclui-se a importância da construção
de ambientes plurilinguísticos dentro da sociedade, como o exposto pelo EFK, que
proporciona o contato direto de crianças locais com línguas adicionais e uma nova
cultura.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros textuais; Desenvolvimento infantil; Educação linguística na


infância.

30
USO E ELABORAÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS EM UM PROJETO DE
IDIOMAS DA PREFEITURA DE GUARULHOS

Ms. Daniel Fagundes Martins – Orientando (UFSCAR)


teacherdanielfm@gmail.com
Dra. Rita de Cássia Barbirato Thomaz de Morais – Orientadora (UFSCAR)
ritabarbi@ufscar.br

RESUMO: Este recorte advém de uma pesquisa de doutorado que tem como objetivo
investigar a percepção e prática em sala de aula de professores em um projeto de
idiomas oferecido por uma prefeitura na região metropolitana de São Paulo, com foco
na relação do uso e elaboração de materiais didáticos. Parte do projeto é direcionado a
munícipes da rede pública de ensino de Guarulhos nos anos iniciais do ensino
fundamental, com idades entre 6 e 12 anos. Os materiais didáticos são desenvolvidos
pelos próprios professores, através de materiais "fonte". A pesquisa é fundamentada
nos pressupostos teóricos do planejamento analítico e sintético (WILKINS, 1976), no
conceito de material "fonte" (PRABHU, 1988), no construto de atividade, exercício e
tarefa (Barbirato, 1999 e 2005) e no modelo da Operação Global de Ensino de Línguas
(Almeida Filho, 2002). O estudo está sendo realizado com três professores concursados
da rede pública municipal de Guarulhos, com formação em Letras e habilitação em
língua inglesa. A metodologia adotada é de natureza qualitativa, baseada em
abordagem etnográfica e documental. Para coleta de dados, estão sendo utilizados
questionários, entrevistas e coleta de materiais didáticos utilizados pelos professores,
bem como gravações e observações das aulas ministradas. A relevância da pesquisa
reside na compreensão de como os professores percebem a importância dos materiais
didáticos elaborados por eles e a análise se essa percepção condiz com o que ocorre
em sala de aula, buscando contribuir para o aprimoramento do ensino de idiomas e
práticas pedagógicas mais adequadas às necessidades dos alunos.

PALAVRAS-CHAVE: Operação Global de Ensino de Línguas; Material didático; Material


Fonte; Planejamento analítico; Planejamento sintético.

31
AVENTURAS LINGÜÍSTICAS EN ESPAÑOL PARA PEQUEÑOS EXPLORADORES: DE LA
TEORÍA A LA PRÁCTICA

Jessica Carolina P. Cerqueira (Universidade Estadual de Londrina)


jessccerqueira@gmail.com
Arelis Felipe Ortigoza Guidotti
arelita@uel.br

RESUMEN: Este trabajo se centra en la creación de un enfoque innovador y lúdico para


enseñar la lengua española a niños en edad preescolar, con el objetivo de fomentar un
amor temprano por el idioma y una base sólida para el aprendizaje. La investigación se
llevó a cabo con dos grupos diferentes, con niños de cuatro años y cinco años. Las
clases ocurrieron dos veces a la semana, con encuentros de una hora de duración cada
uno, en un Centro de Educação Infantil (CEI), a lo largo de veinte horas, como parte de
las prácticas obligatorias de la carrera de Letras Español de la Universidade Estadual de
Londrina (UEL), en Paraná, Brasil. Después de las lecturas de teóricos del área, se
diseñó un currículo interactivo basado en el juego, que aprovecha el entusiasmo
natural de los niños por aprender a través de actividades divertidas y desafiantes, con
base en Tonelli y Cordeiro (2015), a partir de Perregaux et al (2003), quienes sugieren
una secuencia didáctica (DOLZ; NOVERRAZ, SCHNEUWLY, 2004), en la cual se utilicen
canciones, cuentos (TONELLI, 2005) y juegos tradicionales en español para proporcionar
el contacto con la lengua, pronunciación, vocabulario y comprensión auditiva de los
niños, más allá de un aprendizaje superficial. La integración de la lengua española en el
entorno cotidiano fue otro aspecto clave del trabajo (DOLZ, PASQUIER, BRONCKART,
1993). Se fomentó el uso del español durante las actividades diarias, como cantar
canciones en español, nombrar objetos y colores en las clases. Esta inmersión permitió
a los niños asociar el idioma con situaciones reales y desarrollar habilidades
comunicativas práctica, según lo que recomiendan estudiosos como Seccato, Tonelli e
Selbach (2022). En conclusión, este estudio demuestra la efectividad de un enfoque
lúdico e interactivo para enseñar español en la educación infantil, fomentando un amor
temprano por el idioma.

PALABRAS-CLAVE: educación infantil; español; actividades lúdicas.

32
FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA A EDUCAÇÃO BILÍNGUE ELETIVA NA INFÂNCIA:
REPERCUSSÕES DA LEGISLAÇÃO EM ADVENTO

Graça Juliana Mello Monaris Costa (UFPR)


gracaju@yahoo.com.br
Orientadora Prof. Dr. Paula Garcia de Freitas

RESUMO: A sociedade contemporânea é cada vez mais interconectada e integrada,


ainda que continue promovendo marginalização e exclusão. As novas tecnologias, os
fluxos de pessoas e a super diversidade trazem a necessidade do multilinguismo, que é
absorvida pelas escolas, especialmente escolas privadas, como um promissor modelo
de negócio. Assim, o ensino bilíngue eletivo encontra-se em expansão no Brasil,
especialmente na educação para crianças. Isto gera a demanda por profissionais aptos
a trabalharem de forma específica com a língua adicional, que possuam formação
linguística e pedagógica compatíveis com esta metodologia. Considerando o objetivo de
investigar a formação de professores no contexto da educação bilíngue eletiva para
crianças no Brasil, será traçado inicialmente um percurso, por meio de pesquisa
bibliográfica, estudado sob a perspectiva da Linguística Aplicada Crítica (MOITA LOPES,
2006, 2013), de apresentação dos conceitos basilares de língua e linguagem,
globalização, cultura e interculturalidade e educação linguística. Na sequência, a
pesquisa apresentará conceitos mais específicos sobre sujeito bilíngue, bi/multi e
plurilinguismo e educação bilíngue. A partir disso, será feita uma pesquisa documental
em torno dos documentos oficiais, especialmente sobre as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a oferta de Educação Plurilíngue para analisar possíveis motivações e
consequências de tais requisitos legais para a formação de professores para educação
bilíngue. Por fim, será feita uma pesquisa quantitativa – interpretativa através de
perguntas via questionário online com professores atuantes nesse contexto nas escolas
bilíngues eletivas de educação infantil e ensino fundamental-anos iniciais que
interagem em grupos específicos de redes sociais. Assim, por meio de uma análise
crítica, será feita uma triangulação de dados entre os documentos oficiais; as
referências bibliográficas e as respostas coletadas pelo questionário.

PALAVRAS-CHAVE: Formação de professores, Educação Bilíngue, Educação na Infância.

33
DIÁLOGO INTERDISCIPLINARES NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

Vitória Caroline da Silva Fabino (Universidade Estadual de Goiás)


vcfabino@gmail.com
Giuliana Castro Brossi (Universidade Estadual de Goiás)
giuliana.brossi@ueg.br

RESUMO: A presente apresentação tem como objetivo estabelecer uma ligação entre
os estudos da psicologia, focados no desenvolvimento infantil, e da Linguística Aplicada,
com ênfase na educação linguística durante a infância. A partir das experiências
vivenciadas no Projeto de Extensão Rede Educação Linguística na Infância (ELI) - English
for Kids nota-se a necessidade de que professores de inglês estejam preparados para
lidar com diversas especificidades. O ensino da língua inglesa para crianças é um tema
pertinente, uma vez que a habilidade de se comunicar em inglês tornou-se cada vez
mais essencial em um mundo globalizado. Alguns argumentos que defendem políticas
públicas voltadas para a democratização do ensino de inglês com crianças é de que as
crianças que aprendem inglês desde cedo têm uma vantagem expressiva no mercado
de trabalho e acesso a oportunidades de estudo e carreira em todo o mundo, porém o
desenvolvimento de funções psíquicas, a sensibilização à existência do Outro, a
ampliação dos conhecimentos interculturais e a busca pela cidadania crítica da criança
como cidadão são aspectos que devem ser abordados no decorrer da formação
docente (BROSSI, 2022). O ensino do inglês com crianças pode ser enriquecido por
meio do princípio pedagógico de trazer a criança para o centro da aprendizagem
(FREIRE, 1996) promovendo a participação ativa do estudante no processo de
aprendizagem. Por outro lado, a aprendizagem de uma língua estrangeira pode ocorrer
de maneira mais eficiente quando há uma conexão emocional positiva entre os alunos
e o processo de aprendizagem (WALLON, 1945). Fundamentadas nos diálogos entre
Psicologia e Linguística Aplicada este estudo apresenta resultados acerca do ambiente
em sala de aula e das interações entre professores/as de inglês com crianças pequenas,
assim como sugestões de estratégias eficazes para envolver as crianças no processo de
aprendizagem e tornar a experiência mais agradável e prazerosa.

PALAVRAS-CHAVE: Inglês Com Crianças; Desenvolvimento Das Funções Superiores;


Formação Docente; Psicologia de Ensino.

34
ESCUTA PEDAGÓGICA – ESCUTA AFETIVA: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE ENSINO DE
INGLÊS, NO LIVRE BRINCAR

Igor Diniz Pereira (UEL)


igor.diniz.pereira@uel.br

RESUMO: Recentemente, no estado do Paraná, temos observado uma crescente


discussão acerca das implementações tecnológicas na rede pública de ensino, assim
como a plataformização na educação básica. No ensino de língua inglesa, formas
sintéticas de interação, mediadas por tecnologias, são preferidas, enquanto práticas
orgânicas são cada vez menos presentes na rede pública do estado, preteridas pelo
modelo vigente. Observamos, no entanto, que, alguns empreendimentos educacionais,
normalmente vinculados à iniciativa privada, organizam suas estruturas pedagógicas de
maneira diferente. No Bairro Quebec, da cidade de Londrina, Paraná, a escola “Baobá-
Vivências pelo brincar”, aposta em uma abordagem baseada na iniciativa de Reggio
Emília, na Itália, assim como na escola Argentina, “Fabulinus”. Voltadas ao livre brincar,
curiosidade, autonomia do ser educando, artes, biointeração, e na importância dos
sentimentos da criança na construção de subjetividade, essas abordagens incentivam
interações pedagógicas orgânicas (KRENAK 2022). Neste contexto, o conceito de escuta
pedagógica (FRIEDMANN, 2020) se mostra imprescindível, uma vez que, enquanto
educador destas iniciativas, o professor atua como mediador, que observa, escuta e, de
maneira compartilhada, propõe. Desta forma, analisamos criticamente, a partir de
observação do contexto, vivências enquanto educador na escola Baobá, e da gramática
da fantasia (RODARI, 1982), as possibilidades de interações, e ensino de língua inglesa,
dentro de uma escola com pedagogia de currículo emergente, onde a língua inglesa
não é, necessariamente, parte do “currículo”. A partir das vivências experienciadas na
escola, e dos autores supracitados, argumentamos que é possível estabelecer laços
afetivos, educacionais e práticas de ensino de língua inglesa, a partir da escuta
pedagógica- escuta afetiva, de maneira simbiótica, orgânica, respeitando a autonomia,
e a liberdade das crianças.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de inglês; Escuta pedagógica; Escuta afetiva; Livre brincar;


Pedagogia orgânica.

35
ENSINO DE INGLÊS PARA CRIANÇAS: CONSTRUÇÃO DE CONSIGNAS À LUZ DA
TEORIA SOCIOCULTURAL

Flávia Nepomuceno de Oliveira


(Universidade Federal do Paraná)
flavia.nepomuceno@ufpr.br

Fernanda Silva Veloso


(Universidade Federal do Paraná)
fervel1981@gmail.com

RESUMO: O presente estudo apresenta uma proposta de pesquisa para o ensino do


inglês para crianças do 5° ano do ensino fundamental da escola pública de Curitiba,
no programa de extensão de carga horária Curitibinhas Poliglotas. Filia-se aos estudos
de Linguística Aplicada por refletir sobre qual inglês pretende-se ensinar na escola,
podendo assumir um caráter de alienação ou de libertação (ROCHA, 2008).
Considerando a necessidade do professor orientar de forma clara e objetiva o que o
estudante irá executar, vê-se nos construtos sobre consignar uma estratégia
metodológica para esse fim e para o desenvolvimento cognitivo na aprendizagem da
língua adicional. O termo consigna é utilizado com frequência no contexto educacional
como um enunciado que, por pertencer ao discurso pedagógico, tem força ilocutória
para fazer com que o aprendiz realize uma atividade (FERREIRA, 2007), além de ser um
elemento mediador das ações mentais que envolvem a linguagem e as capacidades
discursivas (RIESTRA, 2004), a consigna é também uma instrução ampliada que
possibilita o desenvolvimento da criatividade e tomada de decisões de quem a
executa. (CARLBERG; BARBOSA, 2014). Dessa forma, o objetivo deste trabalho é
delinear parâmetros que possam servir de referenciais para a construção de
consignas apoiando-se na visão de linguagem como intercâmbio social (VYGOTSKY,
1989), cuja participação ativa do aprendiz e a interação com a língua pode ampliar o
seu uso (FIGUEIREDO, 2019). A pesquisa tem enfoque qualitativo interpretativista com
base etnográfica com coleta de dados por meio de observação da turma, realização de
entrevista semiestruturada com a professora regente e autoavaliação dos alunos
sobre as consignas aplicadas nas aulas. Com esta pesquisa espera-se evidenciar a
aprendizagem do inglês por meio da interação, considerando as consignas como um
elemento organizador da aprendizagem da língua adicional.

PALAVRAS-CHAVE: Língua inglesa com crianças; Curitibinhas poliglotas; Escola


pública; Linguística Aplicada; Enunciado de atividades.

36
CONTRIBUIÇÕES DA INTERDISCIPLINARIDADE PARA O ENSINO E A APRENDIZAGEM
DA LÍNGUA INGLESA PARA CRIANÇAS

João Paulo Buzinari de Souza (Universidade Estadual de Londrina)


joaops22@yahoo.com.br

RESUMO: Este trabalho nos traz uma reflexão sobre como a Interdisciplinaridade pode
contribuir para o ensino da língua inglesa no Ensino Fundamental – anos Iniciais. A
Interdisciplinaridade é uma abordagem pedagógica que promove a integração entre as
disciplinas, buscando uma visão mais ampla e integrada do conhecimento. Assim, a
presente pesquisa tem como principal objetivo investigar suas contribuições para o
ensino de língua estrangeira nas séries iniciais, bem como possibilidades e desafios que
envolvem tal prática. Para tal, foi realizada uma pesquisa bibliográfica, na qual
destacamos as definições do conceito (FAZENDA, 2014; LIBÂNEO, 2013), relacionando-
as com teorias sobre a aprendizagem e documentos hoje vigentes nas políticas
educacionais brasileiras; também examinamos práticas pedagógicas envolvendo o
ensino de Língua Inglesa para Crianças - LIC, oriundas de outras pesquisas sobre o
tema, e apontamos aspectos favoráveis e desafiadores, inclusive sobre a formação do
professor e organização escolar. Com isso, obtivemos uma visão que nos permite
conhecer mais sobre o contexto e trabalhar em prol dessa prática na realidade de sala
de aula, trazendo possibilidades de um ensino mais significativo para a Língua
Estrangeira.

PALAVRAS-CHAVE: Interdisciplinaridade; Realidade escolar; Língua Inglesa para


Crianças; Aprendizagem significativa.

37
COGNIÇÕES DE PROFESSORES DE CONTEXTOS AUTODENOMINADOS BILÍNGUES
SOBRE O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA PARA CRIANÇAS

Josimayre Novelli (UEM)


jnovelli@uem.br

RESUMO: Com o crescimento da globalização, a Língua Inglesa (LI) tornou-se cada vez
mais importante para as diversas situações em todo o mundo, além de ser a língua que
detém maior prestígio na sociedade, atuando, supostamente, como um meio para
alcançar o sucesso acadêmico e profissional, inserida cada vez mais cedo na vida das
pessoas, principalmente na infância (Tonelli, 2014; Silva, 2019). Esse fato refletiu nos
sistemas educacionais brasileiros, surgindo, assim, os sistemas educacionais bilíngues
em ambientes escolares. Diante desse cenário, esta pesquisa, situada na área da
Linguística Aplicada (LA), no campo de formação de professores, enquadra-se em uma
pesquisa de natureza qualitativa, de epistemologia interpretativista e construcionista
social, sendo um estudo de caso. Seu objetivo foi o de investigar os conceitos sobre
bilinguismo atribuídos por professoras que atuam em contextos que se
autodenominam bilíngues. Especificamente, analisou-se o papel e a utilização da Língua
Materna (LM) e da LI no ensino de LIC na perspectiva do bilinguismo; e refletiu-se
acerca da formação de professores para atuar nesse contexto. Para a geração dos
dados, adotaram-se entrevistas semiestruturadas, gravadas em áudio (via Google
Meet), os quais foram analisados de forma indutivo-dedutiva, tendo como unidade de
análise a cognição. Com base nos resultados, evidenciou-se que a pouca ênfase dada
na formação de tais professores para atuar em contextos bilíngues culmina na falta de
preparação e de conhecimento desses profissionais para lidar e compreender o
bilinguismo, o que também influencia o currículo das escolas analisadas, que não
possuem respaldo. Consequentemente, baseadas nesses currículos, as professoras
tendem a menosprezar a LM dos alunos e propiciar a supremacia da LI. Espera-se que
os resultados desta pesquisa sejam de grande valia para essas discussões teórico-
metodológicas a respeito do bilinguismo, possibilitando maiores discussões acerca da
formação docente de professores de LI que atuam especificamente nesse contexto.

PALAVRAS-CHAVE: Bilinguismo; Educação bilíngue; Formação docente; Cognições.

38
A TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA PARA A DESCONSTRUÇÃO DE CRENÇAS
DISFUNCIONAIS NA APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA PARA CRIANÇAS

Bárbara Lopes Garcia de Souza Campos (UEL)


barbara.lopesgarcia@uel.br
Arelis Felipe Ortigozza Guidotti (UEL)
arelita@uel.br

RESUMO: O uso da tradução nas aulas de línguas estrangeiras (LE) tem sido
desencorajado desde a expansão do enfoque comunicativo, entretanto, não devemos
associar essa prática somente ao método de gramática e tradução. Com isso em mente
e como parte de uma pesquisa em andamento do Mestrado Profissional em Letras
Estrangeiras Modernas (MEPLEM), da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no
Paraná, foi construído um protótipo de ensino (Rojo, 2017) cuja metodologia é
orientada pelos pressupostos teóricos da Tradução Intersemiótica (Tr.I) (Jakobson,
1959) e da Multimodalidade (Cope, Kalantzis, 2015). Almeja-se, através deste material
didático (MD), desenvolver o pensamento crítico de crianças, alunos de Língua Inglesa
(LI) do 5º ano do Ensino Fundamental, como meio de torná-los autores da
desconstrução de suas próprias crenças disfuncionais (Barcelos, 2007) sobre a tradução
na aprendizagem desse idioma. Ademais, considerando as crianças como seres
pensantes, capazes de agir socialmente (Brossi, 2022; Freitas et al, 2020; Malta, 2019), e
tendo razões para promover práticas de uma educação linguística na e para a infância
(Tonelli, 2023), o MD produzido aborda também questões e discussões sociais. As
crenças dos alunos foram elencadas previamente à produção por meio de
questionários, os temas e recursos utilizados foram também escolhidos pelos alunos, e
a implementação do MD foi feita pela própria professora-pesquisadora. Com a
aplicação, buscamos verificar a potencialidade da Tr.I no ensino de inglês com crianças
e responder às perguntas de pesquisa: Quais crenças relacionadas à LI são mais
recorrentes no imaginário das crianças? Quais atividades mais contribuíram para a
desconstrução dessas crenças? Quais as potencialidades da Tr.I no desenvolvimento da
consciência crítica para a desconstrução das crenças? Portanto, almeja-se nesta
comunicação oral, apresentar os pressupostos teóricos que subsidiaram a produção
desse MD e a geração e análise de dados que se deram a partir dele, evidenciando a Tr.I
como ferramenta para engajamento e desconstrução de crenças disfuncionais à
aprendizagem de um novo idioma.

PALAVRAS-CHAVE: Língua inglesa para crianças. Tradução Intersemiótica. Crenças no


ensino de línguas.

39
RESULTADOS DE AÇÕES EXTENSIONISTAS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE
INGLÊS COM CRIANÇAS

Lucas Mateus Giacometti de Freitas (UEL/UNESPAR)


lucasgiacometti@outlook.com

RESUMO: O chamado tripé universitário (Ensino, pesquisa e extensão) sustenta o agir


docente no ensino superior e resulta em grandes contribuições para a sociedade em
geral. Por meio de ações extensionistas, é possível suprir lacunas deixadas pelos
documentos oficiais, como no quesito formação de professores de inglês com crianças
do primeiro ciclo do ensino fundamental. Ainda, possibilitam sensibilização sobre a
importância de cursos e projetos de extensão para a comunidade geral e contribuem
para a circulação do conhecimento acadêmico fora da academia. Pautando-nos em
pesquisas sobre educação linguística crítica na/para a infância (TONELLI; KAWACHI-
FURLAN, 2021; B. COUNCIL, 2022) e nos preceitos da corrente teórico-metodológica
Interacionismo Sociodiscursivo (DOLZ, NOVERRAZ & SCHNEUWLY, 2004; STUTZ &
CRISTOVÃO, 2011; MIQUELANTE, CRISTOVÃO & PONTARA, 2020), o projeto em questão,
denominado Oficina de sequências didáticas para o ensino de inglês na infância, ainda
está em progresso e faz parte do colegiado de Letras/Inglês da UNESPAR (Campus
Apucarana) em parceria com a Autarquia Municipal de Apucarana (AME). Esta
comunicação visa ilustrar o processo de formação docente por meio do projeto de
extensão, quais procedimentos foram utilizados em seu desenvolvimento e resultados
obtidos até agora.

PALAVRAS-CHAVE: Extensão; Formação de professores; Ensino de inglês com crianças.

40
HISTÓRIAS INFANTIS SOB A LUZ DA PEDAGOGIA DOS MULTILETRAMENTOS NAS
AULAS DE INGLÊS PARA CRIANÇAS

Talita Battalini de Deus da Chagas (UEL)


talita.chagas95@uel.br
Orientadora: Dra. Fernanda Machado Brener (UEL)
fernandabrener@uel.br

RESUMO: As crianças aprendem das mais variadas formas e constroem um


aprendizado significativo com base naquilo que estão ao seu redor. Um dos meios que
podemos levar a criança a construir um aprendizado significativo, seria por meio de
histórias infantis (HI). A utilização da literatura infantil na Educação Infantil pode vir a
despertar a curiosidade, estimular a imaginação, desenvolver a autonomia e o
pensamento e experienciar os mais variados sentimentos que a contação de uma
determinada história pode causar nos pequenos (CARDOSO, FARIA, 2016). O ato de
contar histórias instrui, socializa e diverte as crianças. Considerando as
potencialidades do uso da literatura infantil nas aulas de Inglês para crianças (GALVÃO,
ASSIS, LIMA, 2020; RODRIGUES, 2018; GOMES, 2008; TONELLI, 2005;), este trabalho
objetiva apresentar uma lista de critérios com aspectos que o professor possa levar em
consideração e refletir, ao escolher uma obra literária. Esta lista faz parte do produto
educacional que estou desenvolvendo como requisito no mestrado profissional em
letras modernas (MEPLEM), programa de pós-graduação ofertado pela UEL. Esta lista
busca trabalhar também com conceitos da pedagogia dos multiletramentos (COPE,
KALANTZIS, PINHEIRO, 2020), visto que tais conceitos estão presentes nos campos de
experiências propostos pela Base Nacional Curricular Comum na área da EI, ampliando
a compreensão das crianças, fazendo com que o mundo seja percebido e construído de
diversas maneiras. A partir da elaboração desta lista de critérios, esperamos contribuir
com a formação do professor de Língua Inglesa na Educação Infantil, ao dar o suporte
para a escolha de um livro infantil, visando uma aprendizagem significativa do inglês
por meio da contação de histórias.

PALAVRAS-CHAVE: Formação de Professores; contação de histórias infantis;


Multiletramentos; Ensino de Inglês para crianças.

41
REFLEXÕES SOBRE O DISPOSITIVO SEQUÊNCIA DIDÁTICA NA FORMAÇÃO INICIAL DE
PROFESSORAS DE INGLÊS COM CRIANÇAS

Leticia Vidotti dos Santos


leticia_vidotti@hotmail.com
Juliana Reichert Assunção Tonelli (Universidade Estadual de Londrina)
jtonelli@uel.br

RESUMO: Nesta comunicação, fruto de uma pesquisa de mestrado concluída no


Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem (PPGEL) da Universidade
Estadual de Londrina (UEL), apresentamos reflexões acerca do papel do planejamento
coletivo de uma sequência didática (SD) (DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY, 2011) na
formação inicial de alunas-professoras de língua inglesa com crianças (LIC). Para tanto,
apresentamos os resultados das análises de transcrições de reuniões de planificação
coletiva de uma SD e de planejamento das aulas de sua aplicação, nas quais as
participantes produziram textos anteriores e posteriores à situação de trabalho
(ABREU-TARDELLI; MAZZILLO, 2007). A pesquisa se ancora no quadro teórico-
metodológico do Interacionismo Sociodiscursivo (BRONCKART, 2007) e em seus
procedimentos analíticos, sobretudo em sua vertente de estudos sobre as relações
entre linguagem e trabalho docente (BRONCKART; MACHADO, 2004; MACHADO, 2007),
dialogando com o campo da formação de professores de LIC (TONELLI; CRISTOVÃO,
2010; TONELLI, 2016; CIRINO; DENARDI, 2019). Os resultados da pesquisa apontam
para a potencialidade do planejamento colaborativo como um lócus para a formação
inicial de professores de LIC, visto que este espaço viabiliza a interação dos alunos-
docentes com as tarefas inerentes a sua futura profissão, tal como a planificação de
materiais didáticos adequados ao ensino de LIC.

PALAVRAS-CHAVE: Formação inicial de professores; Ensino de língua inglesa com


crianças; Trabalho docente; Sequência didática; Planificação.

42
A ELABORAÇÃO DE UM MATERIAL DIDÁTICO PARA O ENSINO DE INGLÊS PARA
CRIANÇAS:
UMA PERSPECTIVA TRANSLÌNGUE

Mirela Aparecida Franco (Universidade Estadual de Londrina)


Orientadora: Juliana Reichert Assunção Tonelli
mirelaapfranco@gmail.com

RESUMO: A partir de uma análise sobre o contexto de ensino de língua inglesa para
crianças, notou-se que a falta de diretrizes e documentos regulamentadores para o
ensino de inglês nos anos iniciais da educação básica brasileira corrobora para a falta
de materiais didáticos para essa faixa etária. Sendo assim, o presente trabalho de
pesquisa tem o propósito de apresentar uma sugestão de elaboração de um material
didático para o ensino de inglês para crianças dentro de uma perspectiva translíngue.
Partindo da compreensão da importância do lúdico no contexto escolar (LUCKESI 2014),
como também observações sobre aspectos relevantes e necessários no processo de
elaboração de um material didático para o ensino de inglês (AQUINO; TONELLI 2017;
LEFFA, 2007) e por fim, a noção de língua como repertório e a reflexão sobre a teoria da
translinguagem (GARCÍA; KLEYN, 2019; BUSCH, 2015), buscou-se apresentar exemplos
de atividades que seriam compatíveis entre a translinguagem e o ensino-aprendizagem
da língua inglesa. Tendo em vista as possibilidades de se criar apostilas para as aulas de
inglês, o material proporcionaria uma aprendizagem mais significativa e inclusiva, pois
valorizaria todas as práticas linguísticas dos alunos, aprimorando a experiência e
desenvolvendo a identidade.

PALAVRAS-CHAVE: Material Didático; Translinguagem; Repertório Linguístico; Ensino


de Inglês; Crianças.

43
SOCIALIZAÇÃO
DE PRÁTICAS
DOCENTES

44
OFICINA ONLINE DE ESPANHOL PARA CRIANÇAS: PRÁTICAS COM TECNOLOGIAS
DIGITAIS

Rodrigo da Silva Campos (UERJ)


rodrigocampos.rsc@gmail.com

RESUMO: Nesta sessão de socialização de práticas docentes, planejamos mostrar


algumas das atividades desenvolvidas no projeto de extensão que coordeno, intitulado
"Oficina de Espanhol para Crianças: Educação Online e Formação Docente", vinculado
ao Setor de Espanhol (Departamento de Letras Neolatinas) do Instituto de Letras da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que consiste numa oficina online de
espanhol destinada a crianças. Este trabalho está baseado em uma abordagem
discursiva (MAINGUENEAU, 2004), intercultural (PARAQUETT, 2010) e lúdica
(MARANHÃO, 2007). Adotamos um ensino de língua espanhola centrado em gêneros de
discurso (BAKHTIN, 2011), incorporando às práticas uma variedade de textos autênticos
escritos e orais, como contos, filmes, músicas, poemas, quadrinhos, entre outros. A
interculturalidade é incentivada por meio de diálogos e reflexões, buscando criar uma
conexão entre as culturas dos países hispanofalantes e o Brasil. A abordagem lúdica é
crucial, pois, como Maranhão (2007, p. 31) aponta, é pelo jogo que "a criança vai se
desenvolver socialmente, conhecerá as atitudes e as habilidades necessárias para viver
em seu grupo social". Nas aulas, incentivamos os alunos a se expressarem por meio de
textos escritos e orais, sempre utilizando os recursos da internet, como aponta Santos
(2009, p. 5659,5663): "a educação online é o conjunto de ações de ensino-aprendizagem
ou atos de currículo mediados por interfaces digitais que potencializam práticas
comunicacionais interativas e hipertextuais". Atualmente, nosso projeto atende
crianças de diferentes estados brasileiros, com sete bolsistas ministrando aulas para
sete turmas de 15 alunos cada, beneficiando um total de 105 crianças. Temos a
expectativa de concluir a oficina até o final de 2023 e de continuar expandindo a
presença da UERJ no Brasil através do ensino virtual de espanhol em 2024.

PALAVRAS-CHAVE: Educação online; Ensino de espanhol; Abordagem lúdica;


Interculturalidade; Gêneros de discurso.

45
46
ENGLISH FOR KIDS ONLINE UMA REALIDADE NA AMAZÔNIA OCIDENTAL

Maria Helena Ferrari – Instituto Federal de Rondônia


mh_ferrari@hotmail.com
Gicelma Claudia Xavier - – Instituto Federal Fluminense
gicelmaxavier@gmail.com
Laura Borges Nogueira – Instituto Federal de Rondônia
laura.nogueira@ifro.edu.br

RESUMO
O presente relato de experiência buscou promover curso de Inglês para Crianças online
no período crítico da pandemia, com o objetivo de potencializar a aprendizagem de
idiomas por meio de metodologia lúdica do projeto de extensão English for Kids
fomentado pelo Departamento de Extensão do Instituto Federal de Rondônia Campus
Vilhena, por meio do Edital 19 DEPEX/VHA/2020. A sustentação teórica da metodologia
está pautada em pesquisadores como Tonelli (2008), Cameron (2001), Vygotsky, 1984,
Williams & Burden , 1997 destacam em seus estudos questões sobre materiais
didáticos voltados para o ensino de LEC, as características do professor de inglês-LE da
Educação Infantil e a formação pedagógica do professor que atua com ensino de LE
para crianças. Os resultados apontam para o estímulo na continuação do curso,
desenvolvimento de habilidades básicas satisfatória de fala, escrita, compreensão e
leitura avaliadas em momentos de apresentações orais e atividades lúdicas durante o
curso. Os desafios que surgiram durante o processo foi lidar com a energia das crianças
no desejo de relatar as suas experiências com o Inglês aliado ao tempo de encontro
para as aulas.

Palavras-Chaves: Aprendizagem; Língua Inglesa; Crianças.

47
POR UMA BRINCADEIRA SEM CUSTO: SENSIBILIZAÇÃO PARA O CONSUMO
CONSCIENTE POR MEIO DO STORYTELLING

Simone Volpe Nobile Zanutto (SME - Ourinhos - SP)


simone.zanutto@smeourinhos.sp.gov.br
Thaís Daniela Sant’ Ana e Pereira (SME - Ourinhos - SP)
thais.santana@smeourinhos.sp.gov.br

RESUMO: Com a presente comunicação, objetivamos fomentar as vantagens das aulas


de línguas adicionais para e com crianças embasadas na abordagem lúdica do
storytelling e dos jogos, sejam eles virtuais ou concretos. A reflexão que se busca fazer
neste estudo assume, como pressuposto, uma seleção de saberes/habilidades e léxico
que desenvolvam consciência crítica a respeito de valores e atitudes em relação a si
mesmo e ao outro. O aporte teórico-metodológico e a inter-relação conceitual da
ludicidade de Froebel e Piaget e na contação de histórias de Bruner, sustentam os
conceitos de interação, cooperação e mediação propostos em possibilidades de
atividades de pré-leitura, leitura e pós-leitura, focando, por meio da obra em língua
inglesa, I’ll buy it!, de Haroldo Canizales, vivências que apresentam um panorama do
brincar sem necessidade de consumo mercadológico, pautado no Objetivo de
Desenvolvimento Sustentável da ONU – Consumo e Produção Responsáveis, e que
promovam a socialização com ênfase na construção de laços afetivos e convívio social
empregando diversas linguagens ajustadas às diferentes intenções e situações de
comunicação, de forma a compreender e ser compreendido em uma língua adicional,
no caso, a língua inglesa. A proposta contempla também a gravação de um read aloud
da obra, autorizado pela editora, e que promoverá mais uma possibilidade de
articulação das aprendizagens das crianças.

PALAVRAS-CHAVE: Storytelling; Ludicidade; Consumo Consciente.

48
KREATIVE AUSSTELLUNG: PROPOSTA DE UM PROJETO DE ARTE SUSTENTÁVEL NAS
AULAS DE ALEMÃO PARA CRIANÇAS

Miriam de Castro Dutra Carvalho (Colégio Johann Gauss)


profmiriamdutra@yahoo.com.br
Ana Paula de Lima (Colégio Johann Gauss)
anapl.letras@yahoo.com.br

RESUMO: Considerando a importância da educação linguística na infância para a


formação integral das crianças (TANACA, 2017), ampliando seus repertórios e
promovendo o respeito à diversidade linguística e cultural (ROCHA, 2007, 2008) para
que possam agir de maneira crítica e ética na sociedade atual (MOITA LOPES 2005;
ROCHA, 2007; SIQUEIRA, 2010), apresentamos uma proposta de projeto a ser
desenvolvido com alunos dos 4ºs anos do Ensino Fundamental I, nas aulas de língua
alemã de um colégio regular particular, situado na zona sul de São Paulo. Intitulado
Kreative Ausstellung, o projeto visa conscientizar os alunos acerca da necessidade de
que cada indivíduo contribua de forma consciente e responsável para a preservação do
meio ambiente, de modo que seja possível que os alunos utilizem a língua alemã de
forma contextualizada e significativa. Desse modo, propomos que os alunos preparem
uma exposição de arte sustentável para a Mostra Cultural do colégio, na qual serão
expostos objetos de uso prático, confeccionados pelos próprios alunos a partir de
materiais que seriam descartados. Cada objeto deverá ter uma ficha técnica em
alemão, com seu nome, os materiais utilizados para sua confecção e sua utilidade,
assim como um texto de identificação do aluno que o criou, também em alemão, com
informações pessoais sobre ele, tais como seu nome, idade, procedência, hobbies etc.
Dentre os conhecimentos linguísticos necessários para o desenvolvimento do projeto
destacamos o vocabulário sobre materiais recicláveis, verbos para especificar a função
do objeto criado, estrutura gramatical relacionada a perguntas e respostas sobre
informações pessoais, bem como o conhecimento dos gêneros textuais ficha técnica e
descrição pessoal.

PALAVRAS-CHAVE: Educação linguística na infância; Língua Alemã; Projeto Sustentável.

49
SELF-ASSESSMENT: ASSOCIAÇÃO ENTRE DISCIPLINA POSITIVA E ENSINO DE INGLÊS
PARA CRIANÇAS

Mariana Iorio Castanheiro (UEL)


mariana_iorioc@hotmail.com
Orientador: Dr. Alex Egido (UFMA)

RESUMO: A disciplina positiva foi uma das estratégias utilizadas para a construção
dessa pesquisa, visto que ela pensa no desenvolvimento das crianças como um todo e
em estratégias de resolução de conflitos, antes mesmo que estes aconteçam. O
presente trabalho visa promover momentos de autoavaliação semanal, durante o
primeiro bimestre do ano letivo de 2023, na turma de 4° ano do Colégio Sagrado
Coração, em Bela Vista do Paraíso, Paraná. O colégio é particular e a turma conta com
24 alunos, que possuem três aulas semanais de Língua Inglesa com duração de 50
minutos. A autoavaliação é feita sempre na última aula da semana com a turma.
Propõe-se que os alunos reflitam sobre suas atitudes em sala de aula, durante aquela
semana, isso com o objetivo de melhorar os conflitos, a aprendizagem e a organização
dos alunos durante as aulas. A estratégia de autoavaliação foi escolhida, pois é
extremamente importante que os alunos pensem sobre seu aprendizado e suas
atitudes. Busca-se, assim, melhorar o convívio em sala a partir da avaliação dos
próprios alunos e suas próprias atitudes. A partir da análise dos dados, o que se pode
perceber é que houve uma melhora: na organização dos materiais e no auxílio mútuo
entre os alunos.

Palavras-chave: Autoavaliação, Disciplina Positiva, Ensino de Língua Inglesa para


crianças.

50
ENSINANDO CARACTERÍSTICAS FÍSICAS PARA O 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
I EM UM MUNICÍPIO DO NORTE PARANAENSE

Ângela Bizarria de Oliveira Tsuda (Escola Municipal “Rotary Club” – Ibiporã/PR)


angelatsd@hotmail.com
Marcella Bordini (Escola Municipal “Professor Carlos Augusto Guimarães” – Ibiporã/PR)
bordini.marcella@gmail.com

RESUMO: Apesar do ensino de língua inglesa não ser compulsório na esfera municipal
(educação infantil e ensino fundamental I – 1º ao 5º anos), no município de Ibiporã está
prevista no currículo diferenciado a oferta desta disciplina, e os professores da área são
todos concursados ou passaram por um processo seletivo, cuja formação exigida é o
curso de Letras com habilitação em língua inglesa. Esta apresentação, inclusa na sessão
de socialização de práticas docentes, tem como foco abordar algumas possibilidades de
ensinar inglês de uma forma lúdica e dinâmica, partindo do conteúdo ofertado ao 5º
ano do ensino fundamental I no 2º bimestre do ano letivo da cidade de Ibiporã/PR. Esta
prática se deu na escola municipal “Rotary Club”, localizada na região central da cidade
e consiste na apresentação do conteúdo de descrição pessoal, com ênfase nas
características físicas, especialmente do rosto. A proposta de ensino se deu da seguinte
forma: cada criança deveria levar uma imagem de um rosto de uma pessoa para a sala
de aula; em seguida o professor os auxiliaria com as frases referentes às características
físicas dessas pessoas selecionadas pelas crianças; com as frases corrigidas pelo
professor, algumas crianças teriam somente a imagem em um pequeno cartaz em suas
mãos, enquanto as outras, teriam a descrição; para finalizar a brincadeira (“Find your
pair”), os alunos deveriam descobrir quem seriam os seus pares (imagem-descrição).

PALAVRAS-CHAVE: Características físicas; Ensino Fundamental I; 5º ano; Língua inglesa;


Possibilidades de prática.

51
INTEGRANDO TECNOLOGIAS NO ENSINO DE INGLÊS NOS ANOS INICIAIS: UM
CURSO DE LETRAMENTO DIGITAL

Marcia Yoshiko Buto (Diretoria de Ensino da Região Suzano)


marciabuto@hotmail.com

RESUMO: Considerando os vários desafios no cenário educacional, professores


precisam, a todo momento, rever suas estratégias de ensino. As tecnologias são pontes
entre professores e estudantes, possibilitando novas formas de aprendizagem. Desta
forma, este texto tem como objetivo discutir os conceitos de multiletramentos, planos
de aulas, aprendizagem ubíqua, tecnologias digitais no ensino de línguas trabalhadas
em um curso de atualização ofertado pela Diretoria de ensino Suzano. A partir de
relatos de experiências dos professores inscritos, tal curso proporcionou a
ressignificação das práticas pedagógicas sob a perspectiva dos Multiletramentos. Os
procedimentos metodológicos foram primeiramente a coleta de dados realizadas
durante a pandemia por meio de relato de experiências; e em seguida, a elaboração do
curso para instrumentalizar o uso das tecnologias digitais na promoção do letramento
digital, associando-as ao Currículo Paulista e articuladas à Base Nacional Comum
Curricular (BNCC); Os resultados apontaram que os professores devem procurar
constantemente um meio de formação continuada para se tornarem proficientes no
uso de novas ferramentas em sala de aula. Isso permite que os estudantes também as
utilizem, não apenas para adquirir conhecimento, mas também para desenvolver
habilidades críticas. É essencial evitar que os estudantes se tornem passivos ou
alienados diante das tecnologias, uma vez que têm acesso livre e ubíquo ao
conhecimento.

PALAVRAS-CHAVE: Tecnologias; Multiletramentos, Formação de Professores.

52
LIVRO DIDÁTICO E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS SIGNIFICATIVAS: EXEMPLOS
POSSÍVEIS

Isabella Batista de Souza (Colégio Franciscano Sagrada Família, Belo Horizonte/ MG -


Rede Clarissas Franciscanas)
prof.isabellabatista@gmail.com

RESUMO: A realidade escolar do ensino de Inglês para crianças das escolas privadas de
Minas Gerais costumam impor determinados elementos com os quais o professor
precisa lidar: um deles é o livro didático. Nos meus poucos anos de experiência,
percebo que são diversos os fatores determinantes na escolha do material pedagógico
e, infelizmente, a qualidade não é o mais importante; também observo que tais
decisões, em sua maioria, são verticalizadas e excluem a participação do professor.
Considerando essas questões (das quais
derivam as minhas vivências como professora em Belo Horizonte) e a proposta de
relatar boas práticas no contexto do ensino de Inglês para crianças, objetiva-se mostrar
exemplos de atividades significativas que alinharam o conteúdo do livro didático a uma
vivência lúdica e relevante para crianças de 3 a 5 anos. Para além de questionar o uso
ou não do livro e se confinar a uma problemática infinita que em um primeiro
momento não será solucionada, essa comunicação objetiva mostrar atividades que
foram realizadas em sala de aula a partir da
adaptação do conteúdo e das propostas do livro didático. Exibirei e analisarei exemplos
que, ao meu ver, contribuíram para que as crianças tivessem uma vivência feliz e
significativa com
a Língua Inglesa. Ademais, proporei uma breve reflexão sobre o quanto o contexto da
educação bilíngue como ensino de inglês na escola regular escancarou a urgência de
realizarmos práticas ricas e positivas para as crianças.
.

PALAVRAS-CHAVE: Atividades significativas; Adaptação de livro didático; Vivência feliz


em sala de aula; Exemplos de atividades para 3,4 e 5 anos.

53
O USO DE “SKETCHES” NO ENSINO DE INGLÊS PARA CRIANÇAS

Silvia R. A. Heshiki (Cultura Inglesa de Londrina)


silvia@equipeculturalondrina.com.br

RESUMO: Partindo da premissa de que crianças aprendem brincando, imitando e


estando envolvidas em uma atividade contextualizada, e que apreciam atividades que
envolvam contação de estórias e imaginação, a utilização de “sketches”, ou pequenas
peças teatrais, foram propostas em diferentes turmas de aprendizes entre 10 e 11 anos
em um instituto de línguas especializado no ensino da língua inglesa na cidade de
Londrina. Além da diversão, tais atividades demonstraram ser ótimas oportunidades
para consolidação da língua (vocabulário e gramática) bem como formas de trabalhar a
pronúncia (sons individuais e entonação) na língua alvo em diálogos que se aproximam
de situações reais. Os sketches também proporcionaram oportunidade para
(auto)correção já que, sendo gravados, a devolutiva da performance era imediata,
permitindo que o(s) aluno(s) regravasse(m), caso entendesse(m) necessário. Os
sketches gravados também funcionaram como instrumento para mostrar para as
famílias dos alunos o que estava sendo desenvolvido em sala de aula, já que foram
compartilhados via Google Classroom. A edição das gravações mostrou ser processo
simples pela utilização do celular e do aplicativo de edição de vídeos capcut, o que deu
ao docente autonomia para fazê-las.

PALAVRAS-CHAVE: Young learners; Sketches; Ensino de língua; Ensino de crianças;


Caput.

54
HISTÓRIAS DE SALA DE AULA: NOVOS MODOS DO AGIR DOCENTE

Kely Cristina Silva (UEL-PR/E. M. José Brasil Dias-MG)


kely.cristina.silva@uel.br

RESUMO: A sala de aula é repleta de histórias, assim como todos os espaços do


cotidiano. E, embora essas histórias sejam individuais, elas vão se entrelaçando umas
às outras. Desse modo, mesmo aquelas que se findam, em algum momento são
trazidas pela memória (CORACINI, 2013), para dar sentido a novas histórias. Segundo
Michel de Cerceu (1994) o cotidiano é uma invenção ou que está sendo inventado, em
outras palavras, é uma criação que está sendo feita a cada instante, o que sugere um
movimento constante, fluidez, possibilidades (MACEDO, 2008, p. 2). Assim, apoiando-
me nessa máxima de que, muitas histórias povoam a sala de aula, especialmente
quando está cheia de crianças, pretendo nesse trabalho compartilhar algumas dessas
experiências. Através das atividades propostas a saber: construção de e-book “student
profile”, do cantinho “Reading time”, e da preparação para a “mostra cultural”, foi
possível perceber o envolvimento efetivo, interesse em aprender a língua, e afetivo, o
carinho para desenvolver as tarefas. Ademais, através dos momentos de diálogos
foram também trabalhadas as habilidades para o futuro, como respeito, empatia,
gentileza, comunicação e expressão, trabalho de equipe, interpretação e a criatividade
bem expressa por meio de seus desenhos. Ouvir e dialogar com as crianças como nos
afirmam Malta e Merlo (2022), tem sido um caminho frutífero na educação linguística
na infância. Bem como, oportunizar, ou melhor, deixar que as crianças criem seus
próprios caminhos de aprendizagem (MAGIOLO, 2021). Portanto, acreditamos que a
escuta e o compartilhamento dessas histórias, tem sido responsável pelos modos
diferentes no agir docente nas aulas de línguas.

PALAVRAS-CHAVE: Histórias; Sala de Aula; Educação linguística na infância.

55
O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NO ENSINO FUNDAMENTAL I: OS GÊNEROS
TEXTUAIS COMO POTENCIALIZADORES DA APRENDIZAGEM

Gabriela Pepis Belinelli (UEL)


gabrielapepis@uel.br
Profa. Dra. Vera Lúcia Lopes Cristovão (orientadora)
cristova@uel.br
Profa. Dra. Eliana Merlin Deganutti de Barros (coorientadora)
elianamerlin@uenp.edu.br

Juliano Brambilla Neri (UEL)


julianoneri@yahoo.com.br
Profa. Dra. Juliana Reichert Assunção Tonelli (orientadora)
jtonelli@uel.br

RESUMO: A prática docente a ser socializada diz respeito a uma unidade de formação,
voltada ao ensino de língua inglesa por meio de gêneros textuais para crianças do 5º
ano do Ensino Fundamental. O objetivo desta socialização é compartilhar subsídios
teóricos-práticos que possam ser utilizados em cursos de formação docente para atuar
no ensino de inglês para crianças. Para tanto, discutiremos a existência de leis ou não
para esse contexto, bem como abordaremos alguns documentos oficiais concernentes
à essa etapa do ensino, principalmente, o documento-base para a elaboração de
diretrizes curriculares nacionais para a língua inglesa nos anos iniciais do Ensino
Fundamental e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Também apresentaremos
algumas atividades pedagógicas, com base no ensino por meio de gêneros textuais,
como potencializadores do processo de ensino-aprendizagem. Esperamos, com isso,
contribuir com as práticas docentes de outros professores de inglês dos anos iniciais
que possam vir a se beneficiar da unidade posteriormente.

PALAVRAS-CHAVE: Unidade de Formação; Língua Inglesa no Ensino Fundamental I;


Documentos Oficiais; Gêneros Textuais.

56
CONTATO DISCENTE COM A PLATAFORMA INGLÊS PARANÁ

Izabelle Diniz da Silva


bellediniz11@gmail.com
Renan Felipe Ricardo
ren4nfr2.0m@gmail.com

RESUMO: Através da experiência como alunos contemplados pelo PIBID atuando em


uma escola pública da rede estadual de ensino em Maringá, tivemos a oportunidade de
trabalhar com os anos finais do ensino fundamental II. Durante esse período,
deparamos com uma ferramenta de ensino que despertou nosso interesse e, ao
mesmo tempo, revelou uma série de desafios para os alunos: a Plataforma Inglês
Paraná. Neste relato, compartilharemos uma passagem marcante que ilustra os
entraves enfrentados pelos estudantes ao tentarem realizar as atividades obrigatórias
da plataforma, a qual deveria representar uma inovação nos métodos de aprendizagem
da língua inglesa na escola em questão, entretanto os exercícios e o conteúdo
abordados nesse ambiente virtual não condizem com a realidade dos alunos,
tampouco leva em conta as competências estabelecidas pela BNCC. Os estudantes
teriam acesso a diversos recursos digitais, exercícios interativos e materiais de apoio
que visam promover a autonomia e o auto aprendizado na língua estrangeira. Contudo,
percebemos que para muitos o aprendizado é dificultado pela estabilidade da conexão,
microfones que não pegam, impossibilitando fazer as atividades. A ótica como alunos
participantes do PIBID atuando em uma escola pública da rede estadual de ensino nos
mostrou que a implementação da Plataforma Inglês Paraná representa um avanço na
forma como o ensino de inglês é abordado. Porém, também evidenciou os obstáculos
enfrentados pelos alunos para acessar e realizar as atividades propostas. Esses
desafios atrelados à falta de familiaridade com o ambiente virtual e às dificuldades
técnicas implicam numa inconsistência no aprendizado pragmático. Portanto, é
fundamental serem desenvolvidas estratégias de capacitação para os docentes e
discentes, visando promover uma maior efetividade na utilização da plataforma como
um recurso educacional significativo.

PALAVRAS-CHAVE: Plataforma; Digital; BNCC.

57
PROJETO: SING AND LEARN

Normélia Schiefelbein Comelli (Escola municipal Aureliano Pereira da Silva)


normeliaschifelbeien@hotmail.com
Liliane Aparecida Estavas ( Centro de Formação para Profissionais da Educação de
Sorriso-MT – CEMFOR)
profalilianeestavas@gmail.com

RESUMO: O Projeto Sing and Learn tem por objetivo despertar o interesse dos alunos
para o aprendizado da Língua Inglesa a partir do trabalho realizado com o estudo das
letras de canções com o intuito de ampliar o repertório cultural no que tange aos
aspectos linguísticos voltados ao ensino de Língua Estrangeira Moderna (LEM) no
Ensino Fundamental. O projeto foi idealizado a partir da formação continuada e
ministrado pela Teacher Normélia, com aulas no período vespertino, em uma das
escolas da Rede Municipal de Sorriso-MT . A cada encontro o objetivo é que os alunos
tenham a oportunidade de estudar e aperfeiçoar as habilidades orais por meio das
práticas de sequências dialogais pautadas nos temas destacados nas canções. Para
consolidar todas as práticas de ensino foram organizadas apresentações das músicas
estudadas e ensaiadas em eventos públicos no Município, como forma de divulgar o
projeto Sing and Learn. Nesse sentido, o trabalho promovido a partir das ações
propostas pelo referido projeto contribuem para ressignificação da realidade e assim
aperfeiçoam o conhecimento da Língua Inglesa . Desse modo, por ter sido relevante
durante sua execução no 2º semestre de 2022, teve continuidade neste ano de 2023
com uma nova formação de participantes, e conta com 20 alunos da unidade escolar.

PALAVRAS-CHAVE: Sing; Learn; Língua Inglesa; Música; Diálogo; Aprendizagem.

58
EXPLORANDO O POTENCIAL EDUCATIVO DOS FAIRY TALES

Liliane Oliveira Souza Rodrigues(Escola Municipal Vila Bela)


liliannyoliver@gmail.com
Liliane Aparecida Estavas ( Centro de Formação para profissionais da Educação do
Município de Sorriso-MT)
profalilianeestavas@gmail.com

RESUMO: Os contos de fadas , há muito tempo considerados uma forma de


entretenimento para as crianças, tem sido objeto de análise interdisciplinar devido ao
seu impacto na formação cultural cognitiva e emocional das gerações mais jovens. Este
relato sobre práticas exitosas no ensino de Língua Inglesa para crianças pauta-se na
organização de atividades fundamentadas em contos de fadas tradicionais, os
denominados Fairy Tales como ferramenta educativa. Neste ínterim, por meio de uma
revisão crítica da literatura, investigamos os benefícios cognitivos e emocionais
proporcionados pelos enredos abordados nas histórias infantis. Com essa perspectiva
de promover uma aprendizagem com maior aplicabilidade prática na vivência dos
discentes, as turmas dos 4º anos do Ensino Fundamental I foram envolvidas em
atividades nas quais se discutiu acerca dos elementos mágicos e simbólicos das
histórias clássicas apresentadas durante as aulas de Inglês, tais como John and the
beanstalk. The Little Red Riding Hood entre outras já conhecidas pelos estudantes na
língua materna. A partir disso, foi possível impulsionar explorar a imaginação, o
pensamento crítico e a empatia das crianças. Assim percebeu-se que utilizar Fairy Tales
como ferramenta para o ensino de Língua Inglesa constitui uma prática bastante
assertiva.

PALAVRAS-CHAVE: Fairy Tales; Ensino e aprendizagem de Língua Inglesa; Maquete;


Prática.

59
PROGRAMA CURITIBINHAS POLIGLOTAS

Janaina Frantz Boschilia (Secretaria Municipal da Educação de Curitiba)


jaboschilia@educacao.curitiba.pr.gov.br

RESUMO: O presente artigo visa divulgar os resultados do Programa Curitibinhas


Poliglotas, uma iniciativa da Secretaria Municipal da Educação de Curitiba, que nasceu a
partir da necessidade de suprir o plurilinguismo para interação social dos estudantes
do Ciclo II, dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em 2019. A criação do programa de
Língua Estrangeira, com extensão de carga horária que se adequasse à realidade do
contexto escolar contemporâneo, tem como objetivo levar os estudantes a perceberem
e identificarem a existência de outras formas de expressão e de diversas manifestações
culturais, compreendendo e utilizando, de forma oral e escrita, frases e expressões
simples. Assim, o encaminhamento de aulas com conteúdos do cotidiano dos
estudantes, deve auxiliá-los a se expressar na língua em estudo. Desde a implantação
do Programa Curitibinhas Poliglotas, mais de quatro mil estudantes já foram
beneficiados com o ensino de diferentes idiomas, tais como inglês, espanhol, italiano,
francês e alemão. Essa prática depende do interesse da unidade escolar e da
disponibilidade de profissionais que cumpram com os critérios necessários para
assumir aulas de língua estrangeira. Além disso, o programa promove ainda a oferta de
formação continuada aos professores participantes e para isso conta com a parceria de
alguns Institutos de Línguas e Centros Culturais.

PALAVRAS-CHAVE: Programa; Curitiba; Língua Estrangeira; Educação; Curitibinhas


Poliglotas.

60
PRÁTICAS NA FORMAÇÃO PARA PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA PARA
CRIANÇAS

Alyson Santos (SEDUC MARINGÁ)


snt.alyson@gmail.com

RESUMO: A apresentação propõe-se, como relato de boas práticas, mostrar as


sugestões de ações na formação de professores de Língua Inglesa da secretaria
municipal de educação de Maringá, Paraná. Por meio deste, se busca mostrar a
construção de um planejamento estratégico que incentiva o professor a ir além do
ensino tradicional e pesquisar metodologias mais compatíveis com a realidade de cada
aluno. Dinâmicas e materiais que despertam na criança o interesse pelo aprendizado se
tornam essenciais, além da proximidade do conhecimento de si e do outro. Intenciona-
se, por meio das atividades construídas no planejamento, assim como nas formações
para os docentes, ampliar também a concepção de mundo da criança, usando da língua
adicional como meio de compreensão de um universo diverso, plurilíngue, multicultural
que flui dentro de um sistema social. Com isso, nas formações com os professores se
propõe desenvolver momentos de partilha, construção de planos de ação e
compartilhamento de materiais e experiências para a execução de práticas de ensino
em sala de aula, tendo como importante recurso o documento-base para a elaboração
de diretrizes curriculares nacionais para a língua inglesa nos anos iniciais do ensino
fundamental.

PALAVRAS-CHAVE: Planejamento; Formação; Práticas; Metodologias.

61
IMPRESSÕES DA COMUNIDADE ESCOLAR SOBRE A APRENDIZAGEM DE INGLÊS
PARA CRIANÇAS POR MEIO DE RECURSOS DIGITAIS NO PROJETO LONDRINA
GLOBAL

Jozélia Jane Corrente Tanaca


Edilaine Morais de Mello

RESUMO: Este trabalho se insere na modalidade “relato de experiência” para analisar o


impacto de recursos virtuais (vídeo, podcast, games, google forms) produzidos para a
aprendizagem de Inglês para alunos/as do 1º ao 5º ano da rede municipal de Londrina
no Projeto Londrina Global Digital (2023). A referida proposta envolve o domínio de
“novos letramentos” (ROJO, MOURA 2012), partindo de: vivências infantis, integração de
conteúdos de componentes curriculares, de gêneros textuais, mídias e linguagens por
elas conhecidas além dos seguintes princípios de ensino de Inglês para crianças do
(GCLI 2013), presentes também no documento Diretrizes Curriculares Nacionais para
Língua Inglesa nos anos iniciais (BRITISH COUNCIL, 2022): ludicidade, aprendizagem
significativa, currículo em espiral, totalidade da língua, interculturalidade, formação
integral, interdisciplinaridade e interação. O impacto (resultados positivos e/ou
negativos) é analisado por meio das respostas de perguntas enviadas para as crianças,
professores e pais de escolas que mais acessam o material virtual produzido para
aprendizagem de Inglês das escolas municipais de Londrina PR. Entre os resultados
positivos destaca-se a possibilidade de acesso flexível do conteúdo dos materiais em
casa e entre os resultados negativos a impossibilidade de interação presencial para
tirar dúvidas.

PALAVRAS-CHAVE: Inglês para crianças; Recursos digitais; Novos letramentos.

62
PANDA ACTIVITY: UMA PROPOSTA LÚDICA EM SALA DE AULA

Hélio Casemiro dos Santos Júnior (EMEF Tertuliano de Area Leão)


heliocasemiro2018@gmail.com

RESUMO: Tendo em vista que a ludicidade é parte fundamental para a aprendizagem


das crianças, compreendemos que a partir dela podemos contribuir para tornar a aula
mais dinâmica, atrativa e significativa. Nesse sentido, o presente trabalho tem como
objetivo socializar uma atividade que fora desenvolvida com o 4º ano do Ensino
Fundamental em uma escola municipal na cidade de Santo Anastácio, SP. Na atividade
abordada, os estudantes puderam, mediante uma proposta lúdica com base no
Currículo Paulista e articulados com a proposta da BNCC, puderam interagir, socializar
e ter um contato com a língua inglesa de forma mais significativa. Além disso, tivemos
como objetivo desenvolver a compreensão leitora dos alunos, ao propormos o contato
com texto escrito, bem como diversos momentos de ludicidade através de um quiz e
uma finalização com uma criação artística. Na mesma medida, abordaremos sobre a
metodologia e percepções do professor ao longo das atividades, bem como
discutiremos sobre a receptividade dos alunos para com as atividades que foram
propostas ao longo de todo o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes,
tendo em vista, uma aula mais dinâmica, colocando o estudante como o centro da
aprendizagem, promovendo a autonomia e protagonismo gerando assim, desse modo,
um maior engajamento de todos os agentes envolvidos nesse processo onde a
ludicidade é compreendida como uma estratégia de ensino extremamente relevante.

PALAVRAS-CHAVE: Ludicidade; Aprendizagem; Leitura.

63
POSSIBILIDADES DE ENSINO DA LÍNGUA INGLESA NA EDUCAÇÃO INFANTIL:
VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS POR MEIO DA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA

Jefferson Alves da Silva (Universidade Estadual de Londrina)


jefferson.alves@uel.br
Rayssa Zarbinatti Micheleti (Universidade Estadual de Londrina)
rayssa.micheleti@uel.br
Rosicléa Rodrigues da Silva (Universidade Estadual de Londrina)
rodriguesrosicleia@hotmail.com

RESUMO: Este trabalho tem por objetivo compartilhar as experiências de trabalho do


primeiro semestre de 2023, decorrentes da participação da residência pedagógica
interdisciplinar entre os cursos de Letras-Inglês e Pedagogia, sendo a residência um
programa vinculado à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior-
CAPES. As nossas ações foram desenvolvidas por dois residentes discentes do curso de
Letras-Inglês, uma professora preceptora e uma professora coordenadora no Centro
Estadual de Educação Infantil do Campus da Universidade Estadual de Londrina - CEEI
Campus UEL. O trabalho pedagógico envolveu duas turmas, sendo essas, educação
infantil - EI5 e educação infantil - EI6, com grupos contendo 17 e 20 crianças,
respectivamente. As crianças tiveram contato com as atividades da residência
pedagógica todas às quartas-feiras, com duração de 45 minutos. Como fundamentação
para elaboração das propostas semanais, tivemos como base as interações,
brincadeiras e campos de experiências dispostos no eixo da Base Nacional Comum
Curricular, recomendados para a utilização na educação infantil, além da teoria
sociointeracionista de Vygotsky. Como resultado das experiências que tivemos,
percebemos a curiosidade e envolvimento das crianças com as atividades
desenvolvidas, sobretudo pelo engajamento e integração à rotina ao brincarem e
verbalizarem palavras, comandos e fragmentos de canções. Para nós, essas
experiências foram significativas e reforçam a possibilidade e necessidade de trabalhar
a língua inglesa na educação infantil por meio de diversos recursos semióticos, tais
quais as brincadeiras, histórias infantis, desenhos e músicas, contextualizados com a
realidade relativa à infância, possibilitando aprendizagens expressivas e eficazes.

PALAVRAS-CHAVE: Residência Pedagógica: Educação Infantil; Ensino de Língua Inglesa;


Aprendizagens significativas.

64
CONFECÇÃO DE LAPBOOK SOBRE CUMPRIMENTOS PARA ENSINO DE LÍNGUA
INGLESA DOS 1º ANOS

Aline Janaina Quinhone da Silva (Secretaria Municipal de Educação de Rolândia-PR)


alinequinhonedasilva@email.com
Débora Cristina Bizetto(Secretaria Municipal de Educação de Rolândia-PR)
debbizetto@yahoo.com.br
Maria Angela Martin Buzatto (Secretaria Municipal de Educação de Rolândia-PR)
marimartinbuzatto19@gmail.com

RESUMO: No município de Rolândia (PR), o ensino de inglês nos anos iniciais do


fundamental 1 foi institucionalizado via de lei em 2010. Dentro da trajetória desta
disciplina, diversos materiais didáticos foram adotados e parcerias com editoras foram
firmadas, porém de uma gestão para outra, os processos eram interrompidos devido a
problemas com verba e licitação. Em 2021, a partir de uma parceria entre a
Universidade Estadual de Londrina e a Secretaria Municipal de Educação de Rolândia,
iniciamos um projeto de formação de professores com o objetivo de adequar o
currículo existente e produzir material didático específicos para o contexto em questão.
Esses dois processos têm ocorrido de forma concomitante e colaborativa, ou seja,
todos os docentes da rede se mobilizam para discutir os ajustes que serão feitos no
currículo ao mesmo tempo em as aulas são preparadas por nós. Neste relato,
gostaríamos de compartilhar a experiência que tivemos com os 1º anos, na qual
desenvolvemos uma sequência de atividades lúdicas para trabalhamos repertório
lexical sobre greetings, parts of the body e feelings. Com o objetivo de tornar os
momentos de aprendizagem significativos dentro de práticas sociais pertinentes ao
universo infantil, decidimos pela elaboração de um lapbook e plaquinhas sobre os
cumprimentos, contação de história (Maisy’s bedtime, da autora Lucy Cousins)
flashcards e músicas que, a nosso ver, tornaram a aprendizagem significativa,
despertando o interesse das crianças.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de inglês na infância; Currículo integrado; 1º ano do Ensino


Fundamental; Lapbook dos Cumprimentos.

65
PARA ALÉM DO ENSINO DE VOCABULÁRIO: INTEGRANDO OS CURRÍCULOS DE
INGLÊS, CIÊNCIAS E MATEMÁTICA

Alessandra Vieira da Silva (Secretaria Municipal de Educação de Rolândia-PR)


alessandravieiradasilva70@gmail.com
Cristina Aparecida de Souza Colli (Secretaria Municipal de Educação de Rolândia-PR)
cris.colli@hotmail.com
Tiago Rocha Machado (Secretaria Municipal de Educação de Rolândia-PR)
Trmachado82@gmail.com

RESUMO: No município de Rolândia (PR), o ensino de inglês nos anos iniciais do


fundamental 1 foi institucionalizado via de lei em 2010. Dentro da trajetória desta
disciplina, diversos materiais didáticos foram adotados e parcerias com editoras foram
firmadas, porém de uma gestão para outra, os processos eram interrompidos devido a
problemas com verba e licitação. Em 2021, a partir de uma parceria entre a
Universidade Estadual de Londrina e a Secretaria Municipal de Educação de Rolândia,
iniciamos um projeto de formação de professores com o objetivo de adequar o
currículo existente e produzir material didático específico para o contexto em questão.
Durante as formações, nós, docentes da rede chegamos à conclusão de que
gostaríamos de empreender esforços na tentativa de integrar o currículo de língua
inglesa aos outros componentes curriculares, como matemática, história, geografia e
ciências. A ideia é que, a partir de conteúdos relevantes e já estudados pelos alunos
com o professor regente, as possibilidades de aprendizagem seriam ampliadas e
aprofundadas devido à familiaridade dos discentes com assunto. Sendo assim, neste
relato, gostaríamos de compartilhar a experiência que tivemos com o 4° ano, na qual
buscamos integrar conteúdos de ciências e matemática à disciplina de inglês, por meio
de uma atividade que consistia em organizar os planetas do sistema solar de acordo
com sua proximidade ao sol. Para isto, os alunos foram introduzidos aos números
ordinais em inglês e construíram uma espécie de livreto organizando os recortes,
colorindo-os e colando-os na ordem correta. Observamos que grande parte dos alunos
se demonstrou atenta durante a atividade e queria compartilhar aquilo que já haviam
aprendido com a professora regente da turma. Além do mais, notamos que, para o
nosso contexto no qual dispomos de apenas uma hora de aula de inglês por semana,
esta abordagem tem o potencial de colocar o aluno no centro do processo bem como
poupar tempo em relação a contextualizações, pois o conteúdo é familiar aos alunos.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de inglês na infância; Currículo integrado; 4º ano do Ensino


Fundamental; Ciências e matemática.

66
MEANS OF TRANSPORTATION AND PLACES IN THE CITY: INTEGRANDO OS
CURRÍCULOS DE INGLÊS E GEOGRAFIA

Andréa Hatsue Kitsuse (Secretaria Municipal de Educação de Rolândia-PR)


andreakitsuse@gmail.com
Carla Antônia da Silva Assis Pereira (Secretaria Municipal de Educação de Rolândia-PR)
carla.antonia87@hotmai.com
Fabiana Adalgisa Mazola (Secretaria Municipal de Educação de Rolândia-PR)
fabiana.mazola@hotmail.com

RESUMO: No município de Rolândia (PR), o ensino de inglês nos anos iniciais do


fundamental 1 foi institucionalizado via de lei em 2010. Dentro da trajetória desta
disciplina, diversos materiais didáticos foram adotados e parcerias com editoras foram
firmadas, porém de uma gestão para outra, os processos eram interrompidos devido a
problemas com verba e licitação. Em 2021, a partir de uma parceria entre a
Universidade Estadual de Londrina e a Secretaria Municipal de Educação de Rolândia,
iniciamos um projeto de formação de professores com o objetivo de adequar o
currículo existente e produzir material didático específico para o contexto em questão.
Durante as formações, nós, docentes da rede chegamos à conclusão de que
gostaríamos de empreender esforços na tentativa de integrar o currículo de língua
inglesa aos outros componentes curriculares, como matemática, história, geografia e
ciências. A ideia é que, a partir de conteúdos relevantes e já estudados pelos alunos
com o professor regente, as possibilidades de aprendizagem seriam ampliadas e
aprofundadas devido à familiaridade dos discentes com assunto. Sendo assim, neste
relato, gostaríamos de compartilhar a experiência que tivemos com o 2° ano, na qual
trabalhamos meios de transporte (means of transportation) e lugares da cidade (places
in the city). Foram desenvolvidas atividades integradas com o conteúdo de geografia
referente à classificação dos meios de transporte em aéreos, terrestres e marítimos,
logo os alunos relacionaram imagens dos meios de transporte com estas três
classificações, mas em inglês. Criaram também um livreto com desenhos dos veículos e
suas classificações. Posteriormente puderam conhecer como são chamados os lugares
da cidade na língua inglesa e realizaram a construção de uma cidade com moldes de
veículos, casas e estabelecimentos, formando uma maquete. O resultado da integração
do conteúdo de geografia com a língua inglesa foi uma aprendizagem com êxito, pois
contou com o conhecimento prévio do aluno e o seu protagonismo na construção de
uma cidade conforme ele desejava.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de inglês na infância; Currículo integrado; 2º ano do Ensino


Fundamental; Maquete.

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WORKSHOPS

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WORKSHOP 1

Storytelling na educação linguística com crianças: estratégias e práticas


para utilizar a literatura em sala de aula

Gabrielli Magiolo
Jaqueline Ferreira de Brito Toneli

Neste workshop serão explorados princípios teórico-práticos para o uso da


contação de histórias na educação linguística em língua inglesa para crianças,
com o objetivo de ampliar possibilidades deste excelente recurso por meio de
elaboração de atividades criativas e envolventes, assim como técnicas para
explorar o fio narrativo, os personagens e a contação da história propriamente
dita.

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WORKSHOP 2

Avaliando crianças aprendizes de línguas adicionais

Profa. Dra. Isadora Teixeira Moraes


Profa. Ma. Thais Rossafa Tavares Balbino

Este workshop terá como base os princípios da avaliação para o


desenvolvimento de instrumentos de avaliação com crianças aprendizes de
línguas adicionais. Por meio da teoria e dos exemplos apresentados, os
participantes poderão desenvolver seus próprios instrumentos de avaliação
para posteriormente adaptarem para sua sala de aula.

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WORKSHOP 3
Ações pedagógicas transdisciplinares: caminhos para a inclusão na
educação linguística com crianças

Prof. Me. Rafael Gomes


Prof. Ms. Otto Ferreira

O workshop “Ações pedagógicas transdisciplinares: caminhos para a inclusão


na educação linguística com crianças” busca promover diálogos e reflexões
acerca de ações pedagógicas com potencial para promover a inclusão e
participação de estudantes público-alvo da educação especial na sala de aula
comum. Deste modo, este workshop irá abordar questões referentes à
inclusão, público-alvo da educação especial, mais especificamente Transtorno
do Espectro Autista, compartilhamento de ações pedagógicas e discussões
concernentes ao que levar em consideração na proposição de ações
pedagógicas inclusivas e transdisciplinares para a educação linguística com
crianças público-alvo da educação especial.

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WORKSHOP 4

Workshop confirmado: O papel da ludicidade no ensino de inglês:


refletindo sobre estratégias, recriando possibilidades

Profa. Marcia Yoshiko Buto


Profa. Denise da Silva Nascimento
Profa. Renata Ferreira Santos Francisco
Profa. Tatiana Barbosa Bento

O workshop abordará a importância da ludicidade nas aulas de inglês tendo


como principal objetivo promover um processo de ensino/aprendizagem
lúdico. Deste modo, este workshop busca compartilhar de práticas lúdicas no
ensino da rede pública sobre as aulas de inglês nos Anos Iniciais , destacando
algumas estratégias/metodologias ativas: os jogos, o uso da realia, o
storytelling que serão exploradas por meio de estações de aprendizagem
proporcionando um ambiente prático e participativo. Assim as crianças
emergem em um ambiente de ensino de um novo idioma facilitado pela
ludicidade. Neste workshop, os educadores terão a oportunidade de refletir
sobre suas práticas pedagógicas e explorar maneiras criativas de tornar o
aprendizado de inglês mais atraente e eficaz para seus alunos nos Anos
Iniciais. Além disso, a relevância de os estudantes participarem ativamente,
apresentando sugestões e criando atividades que possam ser aplicadas aos
outros estudantes.

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WORKSHOP 5

Práticas pedagógicas na educação linguística intercultural

Profa. Esp. Elisângela Monteiro Coimbra


Profa. Esp. Luciana Barbosa Dogini
Prof. Esp. Sérgio Augusto Corsini dos Santos
Profa. Esp. Thalita Wanderley Queiroz Rios

Este workshop objetiva a promoção de reflexões sobre como identificar de


forma realista as necessidades, problemas e potencialidades, considerando
contextos territoriais, sociais, interesses dos educandos e que dialogue com
as concepções presentes em diferentes espaços educacionais. Por meio de
propostas interculturais, interações e possíveis reverberações, um convite às
práticas pedagógicas que promovem a educação linguística em contextos
plurilíngues e multidimensionais e seus desdobramentos na elaboração de
um planejamento contextualizado que favoreça as aprendizagens.

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MESA-REDONDA

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MESA-REDONDA

Data: 230/09/2023
09h00 às 10h30

Praxiologias colaborativas na educação linguística (em línguas adicionais)


com crianças

Juliana R. A. Tonelli (UEL)


Claudia J. Kawachi-Furlan (UFES)
Giuliana Brossi (UEG)
Helena V. Selbach (UFPel)
Gabrielli Magiolo (UEL)

A mesa se propõem a dialogar sobre praxiologias na educação linguística com


crianças, a discutir resultados parciais do projeto de pesquisa em andamento
que deu origem à mesa bem como compartilhar as experiências e vivências ao
longo do projeto.

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PALESTRAS

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PALESTRA DE ABERTURA

Data: 29/09/2023 às 19h00


Mediadora: Prof. Giuliana Castro Brossi (UEG)

Repensando o ensino de línguas estrangeiras para crianças: perspectivas


decoloniais autoetnografadas

Profa. Dra. Marianna Merlo

Esta palestra objetiva promover subsídios ontológicos para repensarmos conceitos


que perpassam a educação linguística com crianças, a saber: ensino; língua; língua
estrangeira; língua estrangeira para crianças e infância. A partir de pontos de vista
decoloniais, argumento que noções dominantes relacionadas a esses conceitos
podem fomentar visões eurocêntricas e colonizadoras da educação e da infância,
que tendem a negligenciar a diversidade de experiências infantis e a desconsiderar a
multiplicidade de formas por meio das quais a linguagem é vivenciada na infância.
Desse modo, proponho uma reconceitualização dos termos mencionados a partir de
categorias sócio-historicamente construídas que serão articuladas a vivências e
experiências autoetnografadas. A autoetnografia é assim compreendida como uma
perspectiva para o fazer pedagógico e acadêmico que valoriza os múltiplos contextos
nos quais o processo educacional com crianças ocorre e, como efeito, contribui para
humanizar a ciência. Esta proposta se encerra com a defesa de uma educação
linguística com crianças que fomenta a justiça e o respeito pelas infâncias que
aprendem línguas.

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PALESTRA II

Data: 29/09/2023 às 19h00


Mediadora: Profa. Dra. Claudia Jotto Kawachi Furlan (UFES)

Preparando os alunos para o mundo lá fora: orientações teórico-práticas sobre


avaliação para professores de línguas adicionais para crianças

Prof. Dr. Estogildo Gledson Batista


Profa. Dra. Isadora Moraes (UEL)

O processo de aprendizagem-avaliação-ensino de línguas com crianças (TONELLI,


2023) deve levar em conta o desenvolvimento físico, cognitivo e emocional desse
público-alvo (McKAY, 2006), pois as especificidades de cada faixa etária são fator
determinante na escolha e desenvolvimento de atividades de aprendizagem e
avaliação. Nesta palestra, trazemos algumas considerações sobre o papel da
avaliação como promotora da aprendizagem (SCARAMUCCI, 2006), os estágios de
desenvolvimento da criança, e sugestões de atividades - de ensino e avaliação - que
podem ser utilizadas com diferentes faixas etárias.

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PALESTRA DE ENCERRAMENTO

Data: 29/09/2023
das 16h30 às 17h30
Mediadora: Profa. Dra. Helena Vitalina Selbach (UFPel)

Ensinar línguas e educar por meio delas: resgatando motivos, revisitando intenções
e reorientando o futuro

Profa. Dra. Juliana Reichert Assunção Tonelli


Universidade Estadual de Londrina
Bolsista Produtividade Capes/ CNPq

O ensino de línguas na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental


vem sendo objeto de discussões e pesquisas. Com isso, tal atividade vem sendo
ressignificada em práticas pedagógicas que indicam que outros motivos e outras
intencionalidades passaram a sustentar o ato de ‘ensinar’ idiomas (Tonelli, 2023). Se
antes o ensino de línguas remetia, de alguma forma, a práticas eurocentradas, com o
crescimento da oferta da língua na educação básica, nota-se que, apesar de escassa,
a formação de professores para atuar neste segmento vem promovendo
posicionamentos que compreendem a língua como meio e não somente como
objeto de ensino (Seccato, Tonelli e Selbach, 2022). Os espaços de aprendizagem
começam a dar sinais de que quando falamos em aprendizes-crianças (Rao, 2023), as
intencionalidades de outrora deixam de fazer sentido e são reconstituídas a partir de
perspectivas que colocam a criança e suas necessidades emocionais, físicas,
cognitivas e linguísticas como prioridade (Kawachi-Furlan; Tonelli, 2021; Malta, 2019;
Brossi, 2022). Neste sentido, quando falamos em ‘ensinar’ línguas para crianças, nos
afastamos de perspectivas limitadas ao idioma e às suas características e
compreendemos outros modos de construir conhecimentos por meio das línguas e
linguagens (Magiolo, 2021; Tonelli, 2023). Este é o foco desta fala que pretende ser
um resgate dos reais motivos para ensinar uma língua nas infâncias, revisitar nossas
intenções e juntos reorientar o nosso futuro.

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