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ISSN 2525-9237
VIII FLAEL: O ESTÁGIO COMO ESPAÇO DE FORMAÇÃO DE
PROFESSORES: SABERES EM INTERAÇÃO
Realização:
Centro de Humanidades
Diretor: Prof. Cícero Anastácio Araújo de Miranda
Vice-diretor: Prof. Luiz Fábio Silva Paiva
05
SOBRE O FLAEL
06
coordenado pela professora Antônia Coutinho. Aconteceu na Universidade Nova de
Lisboa, em diálogo com Universidade Federal do Ceará por intermédio do GEPLA. Essa
ação oficializou nossos pontos de convergência em um alcance maior. Em Lisboa,
discutimos questões relacionadas ao ensino e aprendizagem de línguas, em discussões
teóricas e metodológicas realizadas e também divulgando nossas pesquisas realizadas e
em realização.
Em um movimento de retorno à América Latina, o VII Flael foi recebido na Argentina, pela
Universidade Nacional do Río Negro, através do Grupo de Pesquisa coordenado por Dora
Riestra. O VII FLAEL foi remoto e durante a pandemia. As questões discutidas não davam
mais conta de situações brasileiras, fomos convidados a pensar o ensino e aprendizagem
de línguas na América Latina; fomos convocados a refletir sobre nossos avanços e limites
para enfrentar as salas de aula durante a pandemia. Não ao acaso, Dora Riestra e eu
pensamos no Encontro Internacional Sobre o Ensino e aprendizagem na América Latina
(EISELAL). Percebemos que nem o FLAEL apenas nem o GEISE daria conta de tantas
questões a serem tratadas. Elegemos Paulo Freire como luz para nosso caminhar.
O VIII Fórum Internacional de Linguística Aplicada ao Ensino e aprendizagem de Línguas,
volta à UFC. Desta vez, depois de quatro anos de um governo que nunca reconheceu a
importância da ciência para o desenvolvimento humano e profissional, que não investiu na
educação e que não percebeu o perigo que crescia nas escolas a liberação de armas para
os cidadãos. O FLAEL vai acontecer nos dias 22, 23 e 24 como um ato de resistência. Não
foi prioridade para nenhum edital, não foi projeto importante para nenhuma secretaria de
educação. O FLAEL vai acontecer com o apoio total da Universidade Federal do Ceará,
com o apoio da Universidade Estadual do Ceará, de editoras e colegas que aqui estão
porque vieram. Ele retorna a sua casa, às terras alencarinas para aqui discutirmos a
formação inicial de professores, o estágio docente do Curso de Letras. E, juntos, para
fortalecer nossa voz, viemos acompanhados do II Congresso Nordestino de Linguística
Aplicada.
Neste espaço, através de ações e em nome de todos os pesquisadores do GEPLA,
estamos festejando os trinta anos do Programa de Pós-Graduação em Linguística
(PPGLin), destacando a Linha de Pesquisa Linguística Aplicada e seus pesquisadores. O
VIII FLAEL também quer festejar os dez anos do Programa Mestrado Profissional em
Letras, o maior programa de formação de professores de língua materna do Brasil.
Agradecemos a todos os parceiros que conosco decidiram investir na discussão sobre a
Linguística Aplicada, pontuando desafios e possibilidades de rever e intervir na sala de
aula, espaço complexo e único para a mudança efetiva.
O evento é promovido pelo Departamento de Letras Vernáculas, pelo Programa de Pós-
graduação em Linguística - PPGL - e pelo Programa Mestrado Profissional em Letras/UFC.
É realizado pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Linguística Aplicada (GEPLA).
Este caderno reúne, portanto, a Programação do evento e também os resumos dos
trabalhos apresentados.
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COMISSÃO CIENTÍFICA
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COMISSÃO ORGANIZADORA
Eulália Vera Lúcia Fraga Leurquin (presidenta) Francisco Danilo Costa Dantas
Maria Valdênia Falcão do Nascimento Georgia Carla Barreto Freire
Ana Angélica Lima Gondim Lilian de Paula Leitão
Camila Maria Marques Peixoto Julia Maria de Aguiar Nunes
Elinaldo Soares da Silva Leticia Maria Rodrigues Pimenta Teles
Fábio Delano Carneiro
Gabriela Belo da Silva
Larissa Maria Ferreira Rodrigues
Lena Lúcia Espíndola Rodrigo Figueiredo
Meire Celedônio da Silva
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SUMÁRIO
Programação..........................................................................................11
Conferências..........................................................................................16
Mesas-redondas....................................................................................20
Palestras.................................................................................................49
Sessões de Comunicação.....................................................................54
Pôsteres...............................................................................................236
PROGRAMAÇÃO
22 de novembro de 2023
INTERVALO DO ALMOÇO
11
23 de novembro de 2023
INTERVALO DO ALMOÇO
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13h às 14h: Lançamento virtual de livros
13
24 de novembro de 2023
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Local: Auditório José Albano
18h30 às 19h30 – CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO - Las teorías lingüísticas y la
formación de profesores
Profa. Dra. Dora Riestra (Universidad Nacional de Río Negro - Argentina
Mediação: Profa. Dra. Rosemeire Monteiro - Plantin (UFC)
OBSERVAÇÕES:
1. Credenciamento: Hall do Departamento de Letras Vernáculas (Térreo)
2. Sala de recepção dos professores: Laboratório de Linguística Aplicada – 1º andar do
Departamento de Letras Vernáculas (Prédio azul)
3. Sala da secretaria e dos monitores: Sala 14 do 2º andar do Bloco do curso noturno
(Prédio da cantina)
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CONFERÊNCIAS
RESUMOS
CONFERÊNCIA 1 - ABERTURA
JOAQUIM DOLZ
PROFESSOR HONORÁRIO DA UNIVERSIDADE DE GENEBRA (SUÍÇA)
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CONFERÊNCIA 2
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CONFERÊNCIA 3 - ENCERRAMENTO
DORA RIESTRA
UNIVERSIDAD NACIONAL DE RIO NEGRO
La relación entre el saber humano, los saberes de las personas y los saberes
profesionales constituyen un entramado de conocimientos que se van adquiriendo
históricamente. Como lo descubriera genialmente Vygotski (1896-1934), el desarrollo
humano es desigual y no es un proceso lineal. Asimismo, los conceptos de la vida
cotidiana y los de los campos disciplinares del conocimiento son dos procesos
simultáneos de desarrollo que se dan en la vida social. Observamos queen la cultura
occidental subsisten, ya como creencias, las concepciones acerca del lenguaje, las
lenguas y el pensamiento en una síntesis representacionalista del lenguaje como un
mecanismo secundario, según Bronckart (2001). Durante el siglo XX el campo
interdisciplinar de las Ciencias del lenguaje no logró modificar la hegemonía
conceptual para explicar el hecho de que coexistan tantas lenguas naturales
diferentes. En la actualidad, las formulaciones filosóficas de algunas teorías
lingüísticas nos muestran cómo las representaciones del lenguaje, en tanto productos
colectivos, construidos histórica y socialmente, dejaron en su márgenes otras
construcciones que entraban en contradicción con las dominantes y, de este modo,
quedaron afuera teorías que van desde Demócrito, los sofistas, Bacon, Vico,
Humboldt, Jakubinskij, Voloshinov, etc., concepciones que hoy, al ser reanalizadas
resultan indicadores de otras direcciones posibles de representación. Si el desarrollo
de los conocimientos humanos se presenta como un proceso permanente de puesta
en interfaz y de negociación entre el valor atribuido a un signo por una persona
individual y los valores atribuidos a ese mismo signo en los diferentes pre-
constructos colectivos, desde la investigación actual sobre el diálogo en el aula de
lengua observamos que los espacios curriculares de enseñanza de las lenguas no
gravitan en función del desarrollo de las capacidades de lenguaje esperadas. La
hipótesis de Saussure sobre “un sistema gramatical virtualmente existente en cada
cerebro” y la “lengua existente en la masa” continúa vigente y orienta nuestras
investigaciones desde una concepción funcionalista y plurilingüe.
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MESAS-REDONDAS
RESUMOS
MESA-REDONDA 1
Um panorama do Estágio no Brasil
Nesta mesa, meu objetivo é apresentar e discutir algumas questões que tratam
sobre educação linguística e ensino de língua portuguesa por professoras/es em
formação inicial de uma universidade pública situada no norte do Brasil. De forma
mais específica busco, à luz de apostes teórico-metodológicos do Interacionismo
Sociodiscursivo (BRONCKART, 2006, 2008; COUTINHO, 2021; MACHADO;
BRONCKART, 2009; Leurquin; Dodó; 2020), problematizar representações do agir
professoral (CICUREL, 2020, LEURQUIN, 2013; GOMES; LEURQUIN. 2021) de
professores e a mobilização de saberes, esforços (SILVESTRE, 2016, (BORELLI,
2018; PESSOA, 2018; SILVESTRE, 2017) e tentativas de práticas decoloniais
(GOMES, 2022) que esses atores fazem em situações/cenas de ensino de língua
portuguesa durante a experiência de estágio supervisionado em escolas públicas,
tendo por base práticas de linguagem que tratam sobre temas e questões sociais
como violência contra mulher, racismo, forme, direitos humanos e diversidade
cultural e linguística. Para isso, parto de resultados demostram que em suas
narrativas de experiências iniciais como docentes esses atores apresentam
representações que demostram que a construção de saberes, por eles
mobilizados sobre temas sociais para/no ensino de língua portuguesa, ainda se
apresenta de forma desafiadora e isso se deve em função de determinantes
externos que estão ligados também a representações sobre seu papel social e
profissional, sobre quais saberes são legítimos de serem ensinados na escola e
também com que configurações didático-formativas devem ser trabalhados em
sala de aula da educação básica.
21
UM PANORAMA DO ESTÁGIO DOCENTE DE LÍNGUA PORTUGUESA NO
NORDESTE: O ESTÁGIO COMO ESPAÇO DE FORMAÇÃO INICIAL
22
A FORMAÇÃO DO/A LICENCIADO/A E O COMPROMISSO ÉTICO COM
AHUMANIZAÇÃO: IMPLICAÇÕES PRAXIOLÓGICAS
ROSÂNGELA PEDRALLI (UFSC)
23
LABORATÓRIO DE LETRAMENTO ACADÊMICO E FORMAÇÃO DO
PROFESSOR: NOVAS PARCERIAS PARA O ESTÁGIO
24
MESA-REDONDA 2
A Linguística Aplicada no Nordeste: desafios e resistências
25
AS VEREDAS DA LINGUÍSTICA APLICADA EM SERGIPE: TENDÊNCIAS E
DESAFIOS
26
MESA-REDONDA 3
A escola como espaço de formação docente: diferentes cenários, mesmo objetivo.
27
ENSEÑAR ESPAÑOL EN PRIMARIAS RURALES: EL TRABAJO DOCENTE
EN AULAS MULTIGRADO
28
Cláudia de Oliveira da Silva (SME de Caucaia/CE)
29
ESTÁGIO CURRICULAR NAS LICENCIATURAS INDÍGENAS KUABA E
PITAKAJÁ: O RESGATE DA IDENTIDADE DE UM POVO
30
MESA-REDONDA 4
Formação de professores para o ensino de Libras: uma reflexão sobre a situação no
Nordeste
31
O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO CURSO DE LETRAS: LIBRAS/LÍNGUA
PORTUGUESA DA UFRN: O QUE DIZEM OS ALUNOS SURDOS?
32
DIDÁTICA SURDA NO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO DO
CURSO DE LETRAS-LIBRAS
33
MESA-REDONDA 5
O Programa Residência Pedagógica e o PIBID no Nordeste: intenções e impedimentos
34
REPRESENTAÇÕES DO TRABALHO DOCENTE EM RELATOS DE
EXPERIÊNCIA NO PROGRAMA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA
35
A FORMAÇÃO INICIAL E A REPRESENTAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE
NO CONTEXTO DO PIBID
36
FORMAÇÃO DOCENTE PARA FORMAR LEITORES: REFLEXÕES SOBRE
OS SABERES NECESSÁRIOS PARA O TRABALHO COM O TEXTO
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MESA-REDONDA 6
A pesquisa na Educação Básica: uma parceria universidade e escola
Este estudo tem como ponto de partida a noção de educação linguística ampliada,
compreendida por Marilda Cavalcanti como uma perspectiva que considera a
relevância de uma atitude “sofisticadamente inter- e transdisciplinar, socialmente
engajada, antropologicamente antenada, plural em seu foco” (CAVALCANTI, 2013,
p. 226). Colocando sob escrutínio essa perspectiva, entendo que essa agenda
demanda uma formação docente em linguagem que, por um lado, considere o
lugar epistêmico da produção de inteligibilidade sobre o mundo social, bem como
sobre práticas e diversidades transculturais e, por outro, coloque sob relevo o
papel desempenhado pela linguagem nesse movimento. Para isso, o presente
estudo parte de uma pesquisa desempenhada em uma disciplina de estágio
supervisionado em uma licenciatura em Letras, que teve como tema central
possibilidades de Letramentos em direitos humanos (CADILHE, 2019) na
educação básica a partir de uma mirada decolonial (CADILHE, 2020a). As
atividades da disciplina ocorreram a partir de uma metodologia participativa e
problematizadora das cenas de sala de aula narrativizadas (CADILHE, 2020b) por
estudantes da licenciatura. Ainda no campo metodológico, foi proposto como
dispositivo catalisador de oficinas de letramento (MARQUES E KLEIMAN, 2019)
um movimento de etnografia de textos (ROCHA, 2021), enquanto uma atitude
investigativa discursiva a partir de trajetórias textuais, entextualizações e
indexicalidades (BAUMAN E BRIGGS, 2006; FABRICIO, 2014; CADILHE, 2020c),
para o estabelecimento de uma rede de textos que, a partir de uma unidade
temática, possibilitem práticas de linguagem na escola orientadas por um
letramento implicado socialmente, considerando aspectos linguísticos, culturais,
políticos e ideológicos de textos (STREET, 2014). Nesta comunicação, apresento
os princípios básicos que configuram uma etnografia de textos na formação
docente enquanto uma artesania intelectual, bem como apresento exemplos a
partir da participação no referido curso.
38
FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM CONTEXTO DE PRODUÇÃO DE
TEXTOS GERADOS PELAS FERRAMENTAS DE INTELIGÊNCIA
ARTIFICIAL: DESAFIOS E POSSIBILIDADES.
39
A SEQUÊNCIA FORMATIVA COMO DISPOSITIVO DIALÓGICO PARA A
FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Este trabalho tem por objetivo expor a interface entre o aporte teórico-
metodológico da Clínica da Atividade através do dispositivo autoconfrontação
com a formação continuada do professor da educação básica, tendo em vista a
proposição de uma Sequência Formativa (SF), calcada na sequência didática (SD),
desenvolvida por Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004). A autoconfrontação, criada
pelo linguista Faïta (1997) e aprimorada pelo psicólogo Clot (2010a, 2010b, 2017),
é uma metodologia de pesquisa/intervenção que visa possibilitar a transformação
do trabalho e do trabalhador, pautada no dialogismo bakhtiniano e na psicologia
do desenvolvimento de Vygotsky. Nossa proposta é, portanto, demonstrar as
potencialidades da SF, com o propósito de favorecer o pensamento reflexivo do
professor em situação de formação, instanciando um contexto de possibilidades
de (trans)formação na prática profissional. A pesquisa assume, teoricamente, o
pensamento dialógico de Bakhtin e o Círculo (BAKHTIN, 1997, 2015, 2016, 2017a,
2017b, 2018; VOLÓCHINOV, 1976, 2018) para interpretar como o ser humano age
no mundo do trabalho via linguagem. Essa ação é explicada, também, em interface
com a concepção de trabalho da Clínica da Atividade (CLOT, 2007, 2010; CLOT;
FAÏTA, 2016). Os relatos dos professores-participantes da prática formativa
apontam para uma avaliação positiva da SF, realçando sua capacidade de
promover reflexões vinculadas à atividade docente. Concluímos, a partir das
pesquisas efetivadas nos contextos escolares (SEMIÃO, 2022; BASTOS, 2023), que
a experiência formativa favoreceu a configuração de um espaço-tempo da
reflexão, promovendo atualização do gênero da atividade, desenvolvendo, por
conseguinte, o poder de agir dos professores. Constatamos que a SF contribuiu
sobremaneira para o fortalecimento do coletivo de trabalho e, portanto, pode se
apresentar como um profícuo dispositivo formativo.
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RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA: A FORMAÇÃO INICIAL E AS PRÁTICAS
EDUCATIVAS
Aprender uma língua estrangeira é algo que parece estar cada vez mais acessível
ao cenário educacional brasileiro. Alguns recursos digitais, por vezes gratuitos,
podem não só facilitar o aprendizado como também ampliar as possibilidades de
ensino para que uma maior exposição à língua estrangeira alvo seja levada a sala
de aula. Alguns contextos de ensino que adotam abordagens mais recentes como
CALL, MALU (JARVIS, 2015), TPACK (MISHRA & KOEHLER, 2006) foram
observadas na análise pretendida. O objetivo do presente trabalho é apresentar e
discutir aspectos da formação docente para o ensino e aprendizagem de línguas e
literaturas estrangeiras, tendo como ponto de partida relatos de aprendizes e
professores em formação de língua inglesa sobre a utilização de recursos
tecnológicos em suas experiências prévias de aprendizado, na perspectiva do
esquema da comunicação didática (CICUREL, 2011). A principal ênfase dada para
a análise recai sobre as características de professores motivadores e
desmotivadores destacadas nos relatos. Com o levantamento e identificação das
teorias pessoais, construídas durante as experiências prévias, no período da
formação acadêmica e pelos saberes do ensino, os dados foram coletados a partir
de “Autobiografias digitais” produzidos na disciplina “Ensino-aprendizagem de
língua inglesa mediado por novas tecnologias” no curso de Letras da Universidade
Federal do Ceará (UFC) durante a pandemia de COVID-19. Após o primeiro ciclo da
codificação de dados, encontramos um conjunto de indicadores sobre as
características percebidas nas ações pedagógicas dos professores destacados
como motivadores: (1) frequente integração tecnologia-didática e (2) participação
colaborativa dos alunos. Quanto às características pedagógicas dos professores
desmotivadores, encontramos (1) ampla utilização de métodos tradicionais de
ensino (pouco ou nenhum uso de recursos tecnológicos) e (2) inadequação do
recurso tecnológico ao propósito da aula. Reconhecemos que embora o uso de
ferramentas tecnológicas na aprendizagem da língua estrangeira alvo seja
apresentado como recurso indispensável, refletir sobre implicações pedagógicas
como a importância dos movimentos necessários às práticas transformacionais, a
didatização da língua estrangeira alvo e da dinâmica da interação, permanece
essencial.
41
MESA-REDONDA 7
A formação docente para o ensino e aprendizagem de línguas e literaturas estrangeiras
Aprender uma língua estrangeira é algo que parece estar cada vez mais acessível ao
cenário educacional brasileiro. Alguns recursos digitais, por vezes gratuitos, podem não
só facilitar o aprendizado como também ampliar as possibilidades de ensino para que
uma maior exposição à língua estrangeira alvo seja levada a sala de aula. Alguns
contextos de ensino que adotam abordagens mais recentes como CALL, MALU
(JARVIS, 2015), TPACK (MISHRA & KOEHLER, 2006) foram observadas na análise
pretendida. O objetivo do presente trabalho é apresentar e discutir aspectos da
formação docente para o ensino e aprendizagem de línguas e literaturas estrangeiras,
tendo como ponto de partida relatos de aprendizes e professores em formação de
língua inglesa sobre a utilização de recursos tecnológicos em suas experiências prévias
de aprendizado, na perspectiva do esquema da comunicação didática (CICUREL, 2011).
A principal ênfase dada para a análise recai sobre as características de professores
motivadores e desmotivadores destacadas nos relatos. Com o levantamento e
identificação das teorias pessoais, construídas durante as experiências prévias, no
período da formação acadêmica e pelos saberes do ensino, os dados foram coletados
a partir de “Autobiografias digitais” produzidos na disciplina “Ensino-aprendizagem de
língua inglesa mediado por novas tecnologias” no curso de Letras da Universidade
Federal do Ceará (UFC) durante a pandemia de COVID-19. Após o primeiro ciclo da
codificação de dados, encontramos um conjunto de indicadores sobre as
características percebidas nas ações pedagógicas dos professores destacados como
motivadores: (1) frequente integração tecnologia-didática e (2) participação
colaborativa dos alunos. Quanto às características pedagógicas dos professores
desmotivadores, encontramos (1) ampla utilização de métodos tradicionais de ensino
(pouco ou nenhum uso de recursos tecnológicos) e (2) inadequação do recurso
tecnológico ao propósito da aula. Reconhecemos que embora o uso de ferramentas
tecnológicas na aprendizagem da língua estrangeira alvo seja apresentado como
recurso indispensável, refletir sobre implicações pedagógicas como a importância dos
movimentos necessários às práticas transformacionais, a didatização da língua
estrangeira alvo e da dinâmica da interação, permanece essencial.
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A FUNÇÃO/IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NA FORMAÇÃO DE
PROFESSORES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
O texto literário é o objeto cultural que, para além de marcar o nosso imaginário,
substancia a aprendizagem de uma língua, tanto materna como estrangeira. A
exposição a uma obra literária numa língua estrangeira permite aos alunos
reforçarem as suas competências linguísticas através, entre outras, da troca de
ideias, da discussão e debate, da descrição de uma cena, de uma personagem, da
narração ou explicação da história. Será apresentada uma leitura dos programas
das unidades curriculares de Literatura estrangeira (francês/inglês/espanhol)
ministradas nos últimos 3 anos na licenciatura em funcionamento na Universidade
de Évora, na área de línguas e literaturas. Sabendo que de licenciatura de cinco
anos, com estágio integrado, passou-se, nos últimos dez anos, a uma formação
inicial de 3 anos que não vincula o aluno à docência, procurar-se-á estabelecer
uma reflexão sobre pertinência dos conteúdos programáticos dessas unidades
curriculares e suas possíveis carências na formação de professores de língua
estrangeira.
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A FORMAÇÃO DOCENTE NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE INGLÊS E
PORTUGUÊS COMO LÍNGUASESTRANGEIRAS: SISTEMA UNIVERSITÁRIO
PORTUGUÊS
44
FORMAR PROFESSORES DE LE: DIFICULDADES, OBSTÁCULOS,
CONFLITOS E DILEMAS EM DIÁLOGO COM OS SABERES “A” E “PARA”
ENSINAR
45
MESA-REDONDA 8
Estudos discursivos em Linguística Aplicada no Nordeste
46
PRÁTICAS DE ESCRITA ACADÊMICA E OS SABERES MOBILIZADOS
47
ENSINO DE LÍNGUA PORTGUESA EM CONTEXTO DE ENSINO REMOTO:
UMA ANÁLISE DOS ASPECTOS SEMIOLÓGICOS DO AGIR DOCENTE
48
PALESTRAS
RESUMOS
PALESTRA 1
ANÁLISE E ELABORAÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS NA FORMAÇÃO
DOCENTE DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
FLORENCIA MIRANDA
(UNIVERSIDAD NACIONAL DO ROSARIO. – ARGENTINA)
50
PALESTRA 3
O ESPAÇO DA GRAMÁTICA E DO TEXTO NA FORMAÇÃO DOCENTE
ANTÓNIA COUTINHO
(CLUNL, UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA)
51
PALESTRA 4
A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUA/LINGUAGEM NO
CONTEXTO DE ÉVORA
52
PALESTRA 5
L’ÉVALUATION DES COMPÉTENCES PROFESSIONNELLES DE
COMMUNICATION ORALE ET ÉCRITE LORS DES STAGES
D’ENSEIGNEMENT.
OLIVIER DEZUTTER
(UNIVERSIDADE DE SHERBROOKE – CANADÁ)
53
COMUNICAÇÕES
ORAIS - FLAEL
RESUMOS
SESSÃO 1: RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA: CONTRIBUIÇÕES PARA A
FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA
55
PIBID LIBRAS/LP DA UFRN: RELATOS DE EXPERIÊNCIAS DE 2018 E 2023
)
A Política Nacional de Formação de Professores implementada na primeira
década dos anos 2000 trouxe consigo o embrião de diversas ações que seriam
realizadas, com incentivo federal, para aprimoramento e ampliação dos cursos de
formação docente, dentre os quais se destaca o Programa Institucional de Bolsa
de Iniciação à Docência (PIBID), que proporciona aos alunos dos anos iniciais de
Licenciaturas a introdução às atividades docentes no âmbito da Educação Básica.
Neste trabalho, situadas no campo da Linguística Aplicada (Lopes, 2006; Kleiman;
Cavalcanti, 2007; Lopes, 2013), temos por objetivo realizar o relato de atividades
desenvolvidas no PIBID da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN),
especificamente vinculadas ao Curso de Licenciatura em Letras-Libras/Língua
Portuguesa como segunda língua para surdos (CLLP) da referida instituição.
Amparadas teoricamente pela Pedagogia Crítica (Freire, 2011; 2013) e pelos
Estudos Surdos (Skliar, 2009a, 2009b; Dorziat, 2009; 2011), temos por método a
Pesquisa Documental (Gil, 2018), recuperando documentos (relatórios, diários de
campo, publicações institucionais, por exemplo) de duas edições, a mais antiga
(2018) e a mais recente (2023), do Programa no curso em questão, a fim de
reconstituir os passos trilhados nas intervenções realizadas em escolas
acolhedoras da ação: E.E. Berilo Wanderley e E.E. Anísio Teixeira, respectivamente,
ambas situadas na cidade de Natal/RN. No movimento de registro empreendido
neste artigo, identificamos a importância das atividades do PIBID na
transformação (i) da escola em espaço-tempo que tem a Libras e a Cultura Surda
como centrais na Educação de Surdos; (ii) do aluno da Educação Básica quanto à
construção do conhecimento e quanto às perspectivas de futuro; (iii) dos
professores em formação, que têm a oportunidade de, na própria prática de
ensino-aprendizagem escolar, construir sua identidade profissional docente; e (iv)
dos professores coordenadores, que atualizam sua prática no Ensino Superior
pelo contato propiciado pelo PIBID com a Educação Básica.
56
O ESTÁGIO SUPERVISIONADO E A RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA NO
CURSO DE LETRAS: A INICIAÇÃO À DOCÊNCIA COMO ESPAÇO DE
(RE)SIGNIFICAÇÕES DE SABERES E PRÁTICAS
57
O ENSINO DA LÍNGUA ESPANHOLA POR INTERMÉDIO DE MÚSICAS
COMO INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA DA RESIDÊNCIA DE ESPANHOL
58
PIBID E RP NA VOZ DOS ESTUDANTES DE LETRAS EM MEMORIAIS DE
FORMAÇÃO
)
O presente trabalho tem por objetivo identificar os objetivos dos programas PIBID
(Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência) e PRP (Programa
Residência Pedagógica) pelas vozes dos alunos e das alunas em memoriais
acadêmicos. Os memoriais são frutos da disciplina ESO IV – Lic. em Letras do
Curso de Licenciatura Letras – Português e Espanhol da Universidade Federal
Rural de Pernambuco (UFRPE). Para tanto, partimos das considerações sobre o
gênero memorial apresentado por Câmara e Passeggi (2012), Passegi, Souza e
Vicentine (2011), Dourado (2013), além dos memoriais escritos para o concurso
de Professor Titular de Soares (2018) e Dionísio (2018). Adotamos a classificação
proposta por Câmara e Passeggi (2012) em que as autoras entendem que há dois
tipos de memoriais: acadêmico e de formação. Apresentamos também as
considerações em torno da disciplina ESO IV – Lic. em Letras que levaram a optar
pelo memorial como instrumento avaliativo. Nosso corpus foi construído por
fragmentos de memoriais em que os programas PIBID e o PRP apareciam na
reflexão em torno do processo formativo das licenciandas e dos licenciandos. Os
memoriais foram escritos entre os períodos letivos de 2020 a 2023. Por fim,
conseguimos identificar nos fragmentos analisados os objetivos dos programas e
de que forma contribuíram com a formação inicial das licenciandas.
59
O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA
NO CONTEXTO DO IFCE CAMPUS UMIRIM: REFLEXÕES E PRÁTICAS
DESENVOLVIDAS NA REGIÃO
60
SESSÃO 2: FORMAÇÃO INICIAL, BNCC E LINGUAGENS E CÓDIGOS: OS
DESAFIOS DOS BOLSISTAS DE FORMAÇÃO DOCENTE PARA SUA
CONSTRUÇÃO PROFISSIONAL
61
O ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE FRANCÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA: UM
ESPAÇO PARA A (RE)CONSTRUÇÃO DA(S) IDENTIDADE(S)
PROFISSIONAL(IS)
62
PRÁTICAS DE LETRAMENTO NO PIBID DE LETRAS PORTUGUÊS DA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ: DISCUSSÕES TEÓRICAS E
PROPOSTAS DE ATIVIDADES
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O ESTÁGIO DE REGÊNCIA EM LÍNGUA PORTUGUESA NA
LICENCIATURA INDÍGENA
Este trabalho tem por objetivo analisar o papel do Estágio de Regência em Ensino
de Língua Portuguesa para 80 professores em formação inicial, do Curso de
Licenciatura Intercultural Indígena, da Universidade Federal do Ceará, nos
semestres de 2022.2 e 2023.1. Tal proposta se justifica para que nós, enquanto )
formadores de professores, possamos refletir sobre o papel desta atividade no
curso em questão bem como balizar nossas ações para que essa disciplina seja
agregadora para a formação do profissional. Para empreendermos essa
discussão, basear-nos-emos na Teoria Dialógica do Discurso (BAKHTIN, 2010), na
noção de trabalho (BRONCKART, 2006; CLOT, 2006; SCHWARTZ, 2011) e na
construção do meio-aula (AMIGUES, 2004). A metodologia consistiu na análise de
80 questionários, cada um com 10 perguntas, respondidas via Google Forms e na
análise dos materiais produzidos durante a disciplina. As perguntas tinham por
objetivo conhecer sob quais condições ocorreram a experiência de 32h/a de
estágio em escolas indígenas de Ensino Fundamental Anos Finais e do Ensino
Médio, no Estado do Ceará. Os resultados nos permitiram concluir que 1. o estágio
realizado em escolas públicas mostra o grande desafio de todas as ordens que o
professor encontra para realizar seu trabalho (90%); 2. o estágio de regência é
uma atividade fulcral para que o docente em formação inicial entenda qual é o
motivo de ser e estar no mundo escolar (100%); 3. a produção do relatório permite
que o professor em formação inicial reflita sobre suas ações no presente e para o
futuro (95%); 4. a produção de material didático no formato de oficinas, durante as
discipilinas de estágio, é essencial para que o estagiário receba orientações de
como organizar uma aula e assim possa desenvolver com segurança sua prática
docente (100%).
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LETRAMENTOS E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: DIÁLOGOS E
PERSPECTIVAS
65
ESTUDO SOBRE AS REPRESENTAÇÕES CULTURAIS DO BRASIL NOS
ELEMENTOS PROVOCADORES DO CELPE-BRAS
66
SESSÃO 3: CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE PROFISSIONAL DOCENTE
EM LETRAS: INFLUÊNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO E DE
EXPERIÊNCIAS DE LETRAMENTO ACADÊMICO
67
TÃO LONGE, TÃO PERTO: EXPERIÊNCIAS NO ESTÁGIO
SUPERVISIONADO REMOTO REPRESENTADAS POR PROFESSORAS
ORIENTADORAS
68
ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE LÍNGUA PORTUGUESA: ENTRE O CHÃO
DA UNIVERSIDADE E O CHÃO DA ESCOLA
69
CONTRIBUIÇÕES LINGUÍSTICAS PARA A FORMAÇÃO DO PROFESSOR
ALFABETIZADOR: REFLEXÕES ACERCA DA MATRIZ CURRICULAR DO
CURSO DE PEDAGOGIA DA UFC E DA UECE
70
ALE STAGE DE L’ENSEIGNANT DE FRANÇAIS DANS LE CADRE DE
COURS EXTRACURRICULAIRES : QU’EST-CE QU’IL FAUT SAVOIR POUR
ENTAMER UN COURS DE FRANÇAIS ?
71
OS CÍRCULOS DE LEITURA COMO DISPOSITIVO PARA FORMAÇÃO DE
LEITORES CRÍTICOS NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
72
SESSÃO 4: COMBATE À DESINFORMAÇÃO EM AMBIENTE DIGITAL POR
MEIO DO ESTUDO DA ARGUMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA DE
MANIPULAÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA
73
TECNOLOGIAS DIGITAIS E MULTILETRAMENTOS PARA SUJEITOS
SURDOS: UMA PROPOSTA DIDÁTICA BILÍNGUE E MULTIMODAL
74
LEITURA DE TEXTO LITERÁRIO:
A GAMIFICAÇÃO DIGITAL COMO DISPOSITIVO PARA A COMPREENSÃO
DA OBRA O QUINZE
75
ATIVIDADE DOCENTE E TECNOLOGIA EM SALA DE AULA: A VISÃO DE
UMA PROFESSOR DE FLE AO (RE)(CO)ANALISAR SUA ATIVIDADE
Este trabalho constitui um recorte de uma tese de doutorado (Bessa, 2022) que
busca analisar a atividade de dois professores de francês língua estrangeira (FLE),
no que concerne ao desenvolvimento de gestos didáticos/ profissionais desses
docentes em uma nova (co)análise de sua prática, a qual é revisitada por meio de
uma nova autoconfrontação. Essa investigação parte da Linguística Aplicada e
dialoga com a clínica da Atividade e com a ergonomia da atividade (Clot, 2006,
2010; Vieira, Faïta, 2003), com estudos sobre atividade docente (Félix; Saujat, )
2007; Saujat, 2004; Farias, 2011) e gestos profissionais/didáticos preocupações
(Schneuwly, 2009; Messias; Dolz, 2015; Clot, 2010), além do dialógo com o
pensamento vigotskiano sobre o desenvolvimento humano (Vigotski, 2008, 2014,
Saussez, 2017) e com o princípio dialógico de Bakhtin e o Círculo (Bakhtin, 2011,
2015, 2018; Volóshinov, 2017). A presente comunicação, especificamente, objetiva
discutir, a partir da visão da própria profissional, sobre como uma das
participantes da pesquisa vê e/ou lida com o emprego de tecnologia na sua
atividade docente enquanto estagiária (T1), e, posteriormente, enquanto mais
experiente após o término da formação inicial (T2). O quadro teórico-metodológico
da autoconfrontação foi empregado nos dois momentos, os quais foram
denominados ACST1 e ACST2, além da escrita de uma narrativa autobiográfica
após o término da ACST2. O presente trabalho aponta que a revisita e a reflexão
sobre a atividade vivida dessa professora, materializadas em seus enunciados
concretos, indicam que essa profissional recorre ao emprego da tecnologia em
sua atividade docente, além de estimular seus alunos a igualmente utilizá-la.
76
O PADLET COMO FERRAMENTA MULTIMODAL NO ENSINO DE
PRODUÇÃO TEXTUAL EM LÍNGUA ESPANHOLA: UMA PROPOSTA DE
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Este trabalho tem como objetivo propor uma sequência didática de ensino de
produção textual em língua espanhola com o gênero oral reconto de história a
partir do uso do aplicativo padlet, considerando as suas funcionalidades como
ferramenta multimodal que tem sido bastante utilizada durante o ensino híbrido. A
pesquisa é de abordagem qualitativa e usou o método descritivo analítico
baseando-se teoricamente em autores como Bezemer e Kress (2015), Coscarelli )
(2016) e Ribeiro (2016, 2018, 2021) para propor uma sequência didática de acordo
com Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004) com atividades que visam integrar
diferentes letramentos e explorar a multimodalidade da linguagem a partir do uso
desta ferramenta. A partir dessa proposta, percebemos que o padlet é um
ambiente virtual rico em possibilidades de interação, e que a atividade de transpor
um gênero escrito (conto) para o campo da oralidade (reconto) requer por parte
dos produtores uma transferência do sentido sociossemiótico e esse movimento
se beneficia dos recursos existentes no padlet para a sua realização. No que se
refere ao trabalho a partir de uma sequência didática, consideramos relevante o
caráter modular dessa proposta, que trata de focar nas dificuldades e fragilidades
encontradas na primeira produção. Esperamos oferecer uma contribuição no
ensino da escrita em língua espanhola a partir do padlet, e que nosso estudo sirva
de inspiração para trabalhar outros gêneros e idiomas por meio de ambientes
virtuais de aprendizagem diversos.
77
LETRAMENTO DIGITAL E O ENSINO DE PRODUÇÃO TEXTUAL MEDIADO
PELO GÊNERO FANFIC
.
Este trabalho objetiva refletir acerca do ensino da produção textual na escola e o
estímulo do letramento digital, sendo mediado através da produção de fanfic,
gênero emergente e bastante presente em ambientes digitais. Para isso, discorre,
inicialmente, sobre concepções de letramentos digitais por meio das ideias de
Buzato (2006), Zaponne (2008) e Pinheiro (2013). Discorre, também, a respeito de
como tem acontecido o ensino da produção textual nos anos finais do Ensino
)
Fundamental, nas aulas de língua portuguesa, destacando as ideias de Serafini
(1995), Val (1999), Antunes (2005) e Santaella (2007). Além disso, defende a
importância de atividades de escritas mediadas por meio de gêneros do cotidiano,
entre eles a fanfic, destacando o que defendem Schneuwly e Dolz (2004),
Marcuschi (2008), Rojo (2012), Vargas (2015) e Goualart (2017). Para o
desenvolvimento deste estudo, optamos por uma pesquisa bibliográfica, pautada
em uma reflexão sistematizada sobre o assunto. A partir do contexto do
letramento digital e das práticas de leitura e escrita que acontecem, também,
dentro dos ambientes digitais, compreendemos a necessidade da escola inserir,
em suas atividades pedagógicas, situações em que os estudantes têm a
oportunidade de utilizar a língua em situações reais de uso, como é o caso da
produção de fanfics, em que os estudantes que consomem esses textos,
desenvolvem habilidades de ler textos em tela, tendo a oportunidade de escrever
narrativas em plataformas digitais específicas, a partir de suas predileções em
relação a determinado objeto cultural, como filmes, séries, novelas, livros, bandas
musicais e outros. Os resultados desta pesquisa apontam para as diversas
possibilidades que as fanfics podem oferecer aos alunos e professores, nas aulas
de língua portuguesa, sobretudo, quando são desenvolvidas de forma a estimular
as atividades de leitura e escrita em discentes que estão em processo de
apropriação de tais atividades.
78
SESSÃO 5: PERCEPÇÃO DOS PROFESSORES QUANTO AO
LETRAMENTO DIGITAL EM SUAS PRÁTICAS ESCOLARES
79
(MULTI)LETRAMENTOS DO PROFESSOR: WEB CURRÍCULO E
METODOLOGIAS ATIVAS NA ESCOLA
80
FORMAR PROFESSORES PARA FORMAR LEITORES EM TEMPOS DE
FERRAMENTAS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: É POSSÍVEL FALAR EM
AUTORIA?
81
O ENSINO DE ESPANHOL PELA PLATAFORMA MOODLE NA EAD: CURSO
BÁSICO DE LÍNGUA ESPANHOLA À DISTÂNCIA
82
FORMAÇÃO DO LEITOR LITERÁRIO ATRAVÉS DA LEITURA E DA
PRODUÇÃO ORAL DE CONTOS DE TERROR
83
FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE FRANCÊS LÍNGUA
ESTRANGEIRA (FLE) E AS PRÁTICAS IDENTITÁRIAS: DIÁLOGO
(IM)PERTINENTE
84
SESSÃO 6: IMPLICAÇÕES ÉTICAS DO USO DO CHATGPT NA PRÁTICA DE
ESCRITA CRIATIVA DISCENTE: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UMA FEIRA
CIENTÍFICA ESCOLAR
85
MULTIMODALIDADE EM FANFICTIONS: UMA ANÁLISE DAS ATIVIDADES
TECNODISCURSIVAS
Cada vez mais, novas formas de interação têm surgido na internet e, nesse
cenário, novos gêneros discursivos emergem, próprios desses ambientes
conectados, exigindo um olhar mais apurado para as suas características
específicas, sendo que a fundamental delas é o uso de recursos
tecnolinguageiros. Dentre os variados gêneros nativos digitais que circulam na
web, ressaltamos as fanfictions. Diante disso, este trabalho objetiva investigar a
)
multimodalidade, entendida como um recurso tecnolinguageiro, empregada no
gênero em questão, com vistas à construção de sentidos do texto. Assim, na
pesquisa em pauta, realizamos uma análise tecnodiscursiva de duas fanfictions,
considerando a multimodalidade empregada através de recursos
tecnolinguageiros e o modo como esses contribuem para a construção de
sentidos do texto. O trabalho traz como filiação teórica principal Paveau(2022) ao
reconhecer igualmente a importância da dimensão linguística e extralinguística na
construção do discurso. Além disso, nos baseamos em Cavalcante at al. (2019)
para tratar do conceito de texto e de seu caráter constitutivamente multimodal. Os
resultados do estudo revelaram que para a construção de sentido em um texto
digital nativo, tecnologia e linguagem são inseparáveis e a multimodalidade em
fanfictions se manifesta de maneira diversificada, através de recursos
tecnolinguageiros que colaboram de diferentes formas para a construção de
sentidos.
86
A RACIALIDADE NÃO BRANCA NAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO
MERCADO IMOBILIÁRIO SOBRE FAMÍLIA: COMPREENDER PARA LETRAR
E INTERVIR
87
SEQUÊNCIA DIDÁTICA: UMA ESTRATÉGIA DE ENSINO DO GÊNERO
DISCURSIVO DIGITAL POST
88
A CONSTRUÇÃO ARGUMENTATIVA NA ESCRITA DE ALUNOS DO 9º ANO
NO CONTEXTO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS: EXPLORANDO O GÊNERO
TEXTUAL COMENTÁRIO ON-LINE
89
DISCURSO RELIGIOSO: ANÁLISE LINGUÍSTICO-DISCURSIVA DE CARTAS
DE ADOLESCENTES PRIVADOS DE LIBERDADE
90
SESSÃO 7: O PAPEL DOS CURRICULA DA GRADUAÇÃO NA FORMAÇÃO
DOS DOCENTES DA ESCOLA BÁSICA.
91
DESAFIOS DO ESTÁGIO CURRICULAR NAS LICENCIATURAS DO CURSO
LETRAS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS/MG:
ESTRANGULAMENTOS E POSSIBILIDADES
92
DA BNCC/2018 E OS IMPACTOS NO CURRÍCULO DE FORMAÇÃO DE
PROFESSORES DE LETRAS
93
POLÍTICAS LINGUÍSTICAS E ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NO
BRASIL
94
CURRÍCULO E FORMAÇÃO DOCENTE EM PICOS – PI À LUZ DA BNCC
95
DISCURSO DIRETO FICTIVO COMO POTENCIAL DESENCADEADOR DA
MESCLA DA CARAPUÇA EM MENSAGENS RELIGIOSAS
96
SESSÃO 8 - A COMPREENSÃO DA QUEBRA DE EXPECTATIVA E DO
HUMOR: UMA PROPOSTA DIDÁTICA
97
SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS PARA O ENSINO DE LEITURA: UMA PROPOSTA
PEDAGÓGICA DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES DO
ENSINO MÉDIO INTEGRADO
98
A COMPREENSÃO DE RECURSOS VERBO-VISUAIS NO GÊNERO CHARGE
POR TURMAS DO 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
99
ENSINO DE LEITURA E COMBATE AO PRECONCEITO CONTRA A
MULHER NEGRA POR MEIO DA HQ OS SANTOS – UMA TIRA DE HUMOR
ÓDIO: UMA PROPOSTA DE ATIVIDADE
100
PERFIL LEITOR DE DISCENTES DE LETRAS
101
DISCURSIVIDADES RACISTAS NA PEÇA DE PÁSCOA DA LACTA: DAS
CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO ÀS POSSIBILIDADES DE
PROBLEMATIZAÇÃO DO RACISMO EM SALA DE AULA
102
SESSÃO 9 - FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA
EM SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE: UM CONVITE AO DIÁLOGO
103
GÊNERO FÁBULA NO LIVRO DIDÁTICO DO 8º ANO “SUPERAÇÃO
PORTUGUÊS”
104
ABORDAGENS DE ENSINO DAS CLASSES DE PALAVRAS INVARIÁVEIS
EM LIVROS DIDÁTICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA ENTRE 1999-2020
105
TEXTO EM MOVIMENTO: OS PERCURSOS DE LEITURA DE
DOCUMENTÁRIOS À LUZ DA EPISTEMOLOGIA DA COMPLEXIDADE
106
INGLÊS PARA PROFISSIONAIS DO TURISMO: UMA ANÁLISE CRÍTICA DE
MATERIAL DIDÁTICO
107
A DIMENSÃO COGNITIVA DA MANIPULAÇÃO NA PRÁTICA DISCURSIVA
DA DESINFORMAÇÃO: UM OLHAR PARA AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
DAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS BRASILEIRAS DE 2022
108
SESSÃO 10 - A ABORDAGEM DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NOS LIVROS
DIDÁTICOS DE ESPANHOL
109
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: OS PRONOMES PESSOAIS DE 1ª PESSOA DO
PLURAL E DE 2ª PESSOA DO SINGULAR EM LIVRO DIDÁTICO DE
PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ADICIONAL
Este estudo tem como objetivo geral investigar como a variação linguística
referente aos pronomes pessoais de 1ª pessoa do plural e de 2ª pessoa do
singular aparece no livro didático: “Novo Avenida Brasil: curso básico de português
para estrangeiros” – Volume 3. Compreendemos a importância deste presente
estudo, uma vez que entendemos que o ensino da língua deve acompanhar o falar
da sociedade, a cultura, as relações socioculturais, a variação linguística, ou seja, a
língua em uso. A problemática de nossa pesquisa gira em torno da pergunta:
)
como ensinar português como língua adicional reconhecendo a variação
linguística dos pronomes pessoais? Essa inquietação nos levou a recorrer ao livro
didático para entender como ele tem trabalhado essa questão, a fim de
percebermos se o ensino reflete o falar brasileiro. Assim, buscamos descrever
como a variação pronominal é tratada, segundo os postulados de Faraco (2008).
Como fundamentação teórica, seguimos os estudos da variação linguística
(BAGNO, 2007), os estudos dos pronomes de primeira pessoa do plural (OMENA,
2003) e os estudos dos pronomes de segunda pessoa do singular (SCHERRE,
DIAS, ANDRADE e MARTINS, 2015). De acordo com a metodologia, este artigo
assume características de uma pesquisa qualiquantitativa e emprega como
método a Sociolinguística Variacionista (WEINREICH, LABOV e HERZOG, 1968). O
nosso corpus é formado por 22 diálogos do livro didático de português como
língua adicional. Os resultados mostraram que o material didático analisado
apresenta a variação linguística a partir dos pronomes “você” e “a gente” em
diferentes contextos de conversação, assim como ocorre na língua portuguesa em
uso. Esse fato pode se justificar pela presença maior no emprego de “a gente”, em
relação a “nós”, e de “você”, em relação a “tu”, assim como geralmente acontece
nas situações reais de fala dos brasileiros.
110
ENSINO DE GRAMÁTICA DE FORMA REFLEXIVA: UMA PROPOSTA DE
ENSINO/ESTUDO DO VERBO ATRAVÉS DA PROPOSTA DOS TRÊS EIXOS
PARA O ENSINO DE GRAMÁTICA
O presente trabalho tem como objetivo apresentar e discutir sobre uma proposta
de ensino de gramática de forma reflexiva, mais precisamente o ensino/ estudo da
classe gramatical verbo, em duas turmas do 7º ano do ensino fundamental de
uma escola pública por meio de uma atividade de analise linguística utilizando a
proposta dos três eixos para o ensino de gramática (Vieira, 2018). Dessa forma
compreendemos que o conhecimento gramatical também deve ser priorizado nas
aulas de língua portuguesa através de propostas mais atuais e eficazes, pois trata-
se de um conhecimento essencial para o domínio dos conhecimentos linguísticos )
e pleno exercício da cidadania conforme preconizam os PCNs (Brasil, 1998). Para
tanto foi organizada e aplicada, nas turmas mencionadas, uma atividade de
análise linguística com base nos três eixos para o ensino de gramática proposto
por Vieira (2018) por considerarmos essa uma proposta atual para o trabalho com
a gramática na sala de aula proporcionando ao aluno o conhecimento, a reflexão e
a produção de sentidos sobre a gramática e a variação linguística a partir de
textos. Logo, o presente trabalho está fundamentado em autores como Vieira
(2018) autora da proposta dos três eixos para o ensino de gramática, Bezerra e
Reinaldo (2013) que tratam da análise linguística, Antunes (1937) que discorre
sobre o ensino de línguas para além da gramática, bem como recorremos também
aos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs – (Brasil, 1998). Após a aplicação
da atividade foi possível observar que atividades como essa são viáveis e
proporcionam o ensino de língua portuguesa de forma reflexiva pois permitem um
aprendizado mais produtivo para o discente, ao mesmo tempo em que eles
aprendes sobre a gramática da língua, refletem sobre seu uso e a produção de
sentidos que resulta desses usos.
111
A GAMIFICAÇÃO NO ENSINO DA PRONÚNCIA DO ESPANHOL: UM
ESTUDO SOB À LUZ DA COMPLEXIDADE
112
ENSINO DE GRAMÁTICA DE FORMA REFLEXIVA: UMA PROPOSTA DE
ENSINO/ESTUDO DO VERBO ATRAVÉS DA PROPOSTA DOS TRÊS EIXOS
PARA O ENSINO DE GRAMÁTICA
O presente trabalho tem como objetivo apresentar e discutir sobre uma proposta
de ensino de gramática de forma reflexiva, mais precisamente o ensino/ estudo da
classe gramatical verbo, em duas turmas do 7º ano do ensino fundamental de
uma escola pública por meio de uma atividade de analise linguística utilizando a
proposta dos três eixos para o ensino de gramática (Vieira, 2018). Dessa forma
compreendemos que o conhecimento gramatical também deve ser priorizado nas
)
aulas de língua portuguesa através de propostas mais atuais e eficazes, pois trata-
se de um conhecimento essencial para o domínio dos conhecimentos linguísticos
e pleno exercício da cidadania conforme preconizam os PCNs (Brasil, 1998). Para
tanto foi organizada e aplicada, nas turmas mencionadas, uma atividade de
análise linguística com base nos três eixos para o ensino de gramática proposto
por Vieira (2018) por considerarmos essa uma proposta atual para o trabalho com
a gramática na sala de aula proporcionando ao aluno o conhecimento, a reflexão e
a produção de sentidos sobre a gramática e a variação linguística a partir de
textos. Logo, o presente trabalho está fundamentado em autores como Vieira
(2018) autora da proposta dos três eixos para o ensino de gramática, Bezerra e
Reinaldo (2013) que tratam da análise linguística, Antunes (1937) que discorre
sobre o ensino de línguas para além da gramática, bem como recorremos também
aos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs – (Brasil, 1998). Após a aplicação
da atividade foi possível observar que atividades como essa são viáveis e
proporcionam o ensino de língua portuguesa de forma reflexiva pois permitem um
aprendizado mais produtivo para o discente, ao mesmo tempo em que eles
aprendes sobre a gramática da língua, refletem sobre seu uso e a produção de
sentidos que resulta desses usos.
113
NO ARMÁRIO DA/PELA LÍNGUA: ENTRE A COLONIALIDADE DE
SEXUALIDADE E A EDUCAÇÃO LINGUÍSTICA
114
SESSÃO 11 - DESAFIOS E ESTRATÉGIAS DO AGIR DOCENTE ATRAVÉS
DO GÊNERO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO DURANTE A PANDEMIA
DA COVID-19
115
ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS DE ALUNOS DO 9º ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL NA PRODUÇÃO DE TEXTOS NO CAMPO DA VIDA
PÚBLICA
116
ENSINO E APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA: O PAPEL DO
PROFESSOR NA FORMAÇÃO DOS SUJEITOS
117
A RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA DE ESPANHOL COMO ELO ENTRE A
UNIVERSIDADE E A EDUCAÇÃO BÁSICA: UM OLHAR DO RESIDENTE, DO
PRECEPTOR E DO DOCENTE ORIENTADOR
118
ALFABETIZAÇÃO DISCIPLINAR NAS ÁREAS DA FARMÁCIA E DA
LINGUÍSTICA: ASPECTOS DISCIPLINARES MATERIALIZADOS NA
ESCRITA DE RESUMOS DE DISSERTAÇÕES DE MESTRADO
119
TEXTO, GÊNERO E MULTIMODALIDADE: O CURRÍCULO DA REDE
MUNICIPAL DE RECIFE.
120
SESSÃO 12 - HISTORICIDADE E ENSINO EM UM ITINERÁRIO DIDÁTICO
PARA O GÊNERO EDITORIAL JORNALÍSTICO
121
IMPACTOS NO PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM A PARTIR DE
SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS PLANEJADAS EM GÊNEROS ORAIS PARA
AULAS DE LÍNGUA ARMÊNIA COMO LÍNGUA ADICIONAL.
Este trabalho objetiva apresentar o trabalho docente com Sequência Didática (SD)
tendo como aporte os gêneros orais (SCHNEUWLY; DOLZ, 2004) no processo de
ensino/aprendizagem do armênio como língua adicional para alunos do
bacharelado em Língua e Literatura Armênia da USP, a partir de atividades
oranizadas em torno dos gêneros “apresentação”, “convite” e “pedido em
restaurante”, a fim de desenvolver neles aspectos contextuais, discursivos,
linguístico-discursivos, tendo o respaldo de novas ferramentas digitais. Exporemos
)
nossas práticas e reflexões sobre propostas desenvolvidas em aulas de língua
armênia ocorridas em aulas síncronas online, via plataforma Google Meet. Ao
longo das aulas programadas para cada gênero, contemplamos textos
situacionais de diálogos reais elaborados para compor o material didático bem
como os extraídos de mídias presentes na internet, a fim de que os alunos, a partir
de gêneros textuais e interações sociais, pudessem se envolver conscientemente
nas atividades individuais e coletivas para uma apropriação da língua armênia
como língua adicional, organizadas em torno do conceito de Zona de
Desenvolvimento Proximal (ZDP) (VIGOTSKI, 2009). Como metodologia foi
utilizada a interação dialógica, realização de atividades em grupo e apresentações
individuais e coletivas. A nosso ver, o ensino por gêneros textuais possibilita a
comunicação em esferas sociais da atividade humana, uma vez que os alunos
adquiriram conteúdos específicos no gênero, organizaram em sua mente e os
consolidaram em seus textos ao longo dos encontros. Para tanto, buscamos as
contribuições da Engenharia Didática (DOLZ, 2016) e das capacidades de
linguagem dos aprendizes (DOLZ, PASQUIER, BRONCKART, 1993) como agentes
produtores/leitores de gêneros. Ao nosso ver, os trabalhos realizados pela
docente para os alunos e as produções destes durante as aulas proporcionaram
um avanço em seu conhecimento na língua armênia dentro de um contexto
situacional, importante para a comunicação no idioma.
122
DA TELA AO TEXTO: O CINEMA COMO FERRAMENTA DE CONSTRUÇÃO
DE LEITORES/AUTORES EMANCIPADOS
123
UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA DO GÊNERO ORAL “VÍDEO DE
CANDIDATURA PARA INTERCÂMBIO” PARA O ENSINO DE CHINÊS
124
ELABORAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA: REFLEXÕES
ACERCA DA MOBILIZAÇÃO DAS CAPACIDADES DE LINGUAGEM E DOS
SABERES TEÓRICOS E PRÁTICOS
125
VÍDEO CAMPANHA “SAMSUNG 15 ANOS DE LIDERANÇA GLOBAL”: UMA
ANÁLISE A PARTIR DA GRAMÁTICA SISTÊMICO-FUNCIONAL E
GRAMÁTICA DO DESIGN VISUAL
126
SESSÃO 13 - A realidade virtual na aprendizagem de língua adicional: uma
ferramenta de avaliação de aplicativos educacionais para ensino de LE
para dispositivos HMD
127
MÉTODO DE ANÁLISE TEXTUAL A PARTIR DOS MECANISMOS
ENUNCIATIVOS- FOCO NAS VOZES DE MULHERES EM DISCURSO DE
SUPERAÇÃO.
128
OFICINA ON-LINE DE LÍNGUA INGLESA PARA CRIANÇAS – LICOMZINHO: ENSINO SIGNIFICATIVO
DE INGLÊS COMO LÍNGUA ADICIONAL
Neste trabalho, apresento uma proposta de ensino de língua inglesa on-line para e
com crianças, que busca engajá-las durante o processo de aprendizagem, a partir
de práticas significativas (COSTA, 2022), isto é, de temas que sejam familiares às
crianças, que façam parte dos diversos contextos sociais dos quais elas
participam. Trata-se do projeto de extensão “Oficina On-line de Língua Inglesa
para Crianças – LICOMzinho”, que oferta aulas on-line e gratuitas de inglês a
crianças de 8 a 11 anos de todo o Brasil, ministradas por alunas do curso de
graduação em Letras Inglês-Literaturas de Língua Inglesa do Instituto de Letras
(ILE) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Esta ação
extensionista é um desdobramento de um projeto de extensão de ensino on-line )
de espanhol para crianças que tem sido desenvolvido desde 2021 na UERJ. O
nome "LICOMzinho" é uma homenagem ao Projeto LICOM-PLIC (Línguas para a
Comunidade), alocado no ILE, que busca promover a educação linguística de
alunos/as de 18 a 60 anos com cursos de diversos idiomas. Com base na
Pedagogia de Multiletramentos (COPE; KALANTZIS, 2000; 2015; KALANTZIS;
COPE, 2012), analiso as atividades desenvolvidas em uma das oficinas de língua
inglesa a fim de investigar como as práticas significativas contribuem para um
processo de ensino e aprendizagem situado. Diante da crescente expansão do
ensino de línguas adicionais para crianças na Educação Básica, entende-se que
uma proposta de ensino de inglês que considere as singularidades das crianças
no aqui e agora oportuniza uma educação linguística voltada para o
desenvolvimento cognitivo, social e crítico dos indivíduos.
129
OPERAÇÕES DE LINGUAGEM VOLTADAS PARA O DOMÍNIO DA
CAPACIDADE DE LINGUAGEM DE RESSIGNIFICAÇÃO VALORADA
130
CARTÃO DE VACINAÇÃO DE ANIMAIS COMO INSTRUMENTO SEMIÓTICO
DE DEMARCAÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO ATUAL DA
ESCRITA NA ALFABETIZAÇÃO
. 131
PRÁTICAS DE LETRAMENTO MATEMÁTICO NA ESCOLA: O QUE DIZ A
BNCC?
132
RESUMOS
.
134
“SABER QUE AINDA NÃO SE SABE LER”: ASPECTOS
SOCIODISCURSIVOS DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO/ LETRAMENTO
EM CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA
135
TEXTO EM MOVIMENTO: OS PERCURSOS DE LEITURA DE
DOCUMENTÁRIOS À LUZ DA EPISTEMOLOGIA DA COMPLEXIDADE
136
ANÁLISE MULTIMODAL DE DUAS PROPOSTAS DE PRODUÇÃO ESCRITA
LITERÁRIA: “LA NAVE ESPACIAL” E “LA MAQUINISTA”
137
OS GESTOS DIDÁTICOS DO PROFESSOR(A) DOS ANOS FINAIS NO
ENSINO DE GÊNEROS ESCRITOS
Esta pesquisa tem como objetivo investigar quais gestos didáticos são
mobilizados pelo professor/(a) de Língua Portuguesa ao ensinar gêneros escritos.
Desta forma, dialogaremos sobre os gestos didáticos fundamentais
(presentificação/focalização, regulação, criação de memórias didáticas e
institucionalização), além de apontar gestos específicos utilizados pelo professor
para transformar o objeto de ensino (aquilo que é estudado em sala de aula, por
exemplo, um determinado gênero textual) em objeto efetivamente ensinado e
apreendido pelos alunos. Portanto, os professores apresentam os gestos
didáticos por meio da implementação do dispositivo didático (suportes, materiais,
instruções e modos de trabalho) que ocorrem em suas práticas de ensino, que )
chamamos de agir didático (categoria do agir docente). Em outras palavras, o agir
didático é colocado em evidência por intermédio dos gestos didáticos. Ou seja,
analisar o agir didático é buscar entender as ações realizadas pelos professores
na decomposição do objeto de ensino. Assim sendo, nos embasamos
teoricamente nos estudos realizados por Schneuwly e Dolz (2004); Silva (2013),
entre outros. Configura-se como uma pesquisa de campo, com abordagem
qualitativa, tendo a observação participante e a entrevista semiestruturada como
instrumentos da análise de dados. A pesquisa está sendo desenvolvida com
professores e alunos de turmas do 9º ano do Ensino Fundamental de uma escola
pública do município de Panelas/PE.
138
GRAMÁTICA, PRA QUÊ TE QUERO? - O ENSINO DE GRAMÁTICA NA
ESCOLA
139
SESSÃO 15 - SURDOS NA ACADEMIA: PRODUÇÃO CIENTÍFICA COMO
MOVIMENTO DE RESISTÊNCIA
Nos últimos quinze anos, a academia brasileira vem sendo habitada, de modo
crescente, por sujeitos surdos que têm na Língua Brasileira de Sinais - Libras sua
principal língua de comunicação. Tal fato é consequência, em grande parte, da
criação e da ampliação dos Cursos de Letras-Libras pelo país, os quais, por sua
vez, têm viabilizado ingresso de surdos na pós-graduação em quantidade cada vez
maior. Importantes aspectos culturais decorrentes disso incidem sobre as
práticas discursivas das quais esses sujeitos participam no nível superior de
ensino, demandando deles e ensejando neles modos de ser acadêmicos
marcados por diferenças linguístico-culturais existentes em relação ao público
ouvinte, revelando-se discursivamente como verdadeiros movimentos de
resistência que perpassam suas trajetórias formativas, nos níveis de graduação e
de pós-graduação. Mediante essa problemática, situadas na Linguística Aplicada, )
objetivamos discutir a produção científica surda, em Língua Portuguesa e em
Libras, como movimento de resistência na academia brasileira. Cumprimos tal
intento colocando em diálogo narrativas acadêmicas de surdos formados no
Curso de Licenciatura em Letras-Libras/LP da Universidade Federal do Rio Grande
do Norte (Oliveira, 2023) e produções científicas de surdos brasileiros (Reichert,
2006; Silva, 2019), as quais são costuradas analiticamente pela linha trançada
entre Estudos Decoloniais, Estudos Culturais, Estudos Surdos e pressupostos
filosóficos do Círculo de Bakhtin. Na leitura dos enunciados por nós empreendida,
compreendemos que as escolhas discursivas realizadas pelos sujeitos em suas
produções científicas atuam como estratégias politicamente orientadas não só
para sua própria construção identitária acadêmica, mas, também, para a
transformação do território acadêmico em cronotopo habitável para os surdos.
140
ALGORITMOS RACISTAS NO BANCO DE IMAGENS DO GOOGLE: UM
ESTUDO LINGUÍSTICO DE PLATAFORMA
Os debates em torno de temas étnico raciais são cada vez mais pujantes na
sociedade contemporânea, pois problematizam e combatem comportamentos
arraigados pela colonialidade. Isso se deve, essencialmente, à atuação dos
movimentos negros antirracistas que se desenvolvem diariamente em espaços
online e offline. Nesse sentido, este trabalho visa questionar e refletir os discursos
racistas contidos em pesquisas por imagens do Google, bem como ponderar
acerca da falácia de que não existe racismo no Brasil. Para isso, utilizo os
postulados interdisciplinares da Linguística Aplicada (Moita Lopes, 2006), de onde
tomo os conceitos de língua, sujeito e discurso, e que permitem o diálogo com
teorias pertencentes a outras áreas do conhecimento, como os Estudos de
Plataforma (d’Andréa, 2020). Em termos metodológicos, trata-se de um estudo
)
qualitativo de caráter exploratório, tendo como método o estudo de caso do banco
de imagens do Google, devido à acessibilidade dessa plataforma para conseguir
imagens atualmente, uma vez que é gratuita e atende a pessoas de diferentes
faixas etárias. Assim, dividi as buscas em duas categorias: estética e econômica,
que agenciadas por comandos de buscas comparativas e individuais, como
“mulheres ricas x mulheres pobres”, “pessoas bonitas x pessoas feias”,
“maquiagem bonita”, “vestidos de noiva”, etc. Os resultados mostraram que os
discursos contidos nessas buscas por imagens na plataforma Google, podem
ajudar a perpetuar estereótipos racistas, visto que os algoritmos não são da
ordem da neutralidade, mas que a partir deles, práticas sociais nocivas que
ocorriam em ambientes analógicos, são facilmente estendidas para os espaços
digitais, sendo amplificadas pelo poder de alcance da internet. Há ainda que se
considerar, que tais práticas tendem a ser ignoradas por aqueles aos quais elas
não afetam, desaguando na intenção de replicar o discurso de que não existe
racismo no Brasil.
141
POLÍTICAS LINGUÍSTICAS E ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NO
BRASIL
142
ARTICULAÇÃO SINÉRGICA ENTRE A PESQUISA E AS AÇÕES DE
INTERNACIONALIZAÇÃO: CONTRIBUIÇÕES PARA A POLÍTICA
LINGUÍSTICA INSTITUCIONAL
143
ACOMPANHAMENTO INSTITUCIONAL A ESTUDANTES INTERNACIONAIS:
DESENHO DO PROGRAMA DE ORIENTAÇÃO DO BUDDY AERI (OBA)
COMO PRÁTICA DE INTERNACIONALIZAÇÃO EM CASA
144
“QUEM ACHA QUE MULHER É BOAZINHA, TÃO TUDO ENGANADO VIU”: A
REVITIMIZAÇÃO DE VÍTIMAS DE CRIMES SEXUAIS À LUZ DA ADC
FEMINISTA
145
SESSÃO 16: UMA ANÁLISE DE DISCURSO CRÍTICA SOBRE A
PUBLICIDADE OFICIAL DA REFORMA DO ENSINO MÉDIO: A
PROPAGANDA COMO MODO DE AÇÃO
Este artigo tem como objeto a análise crítica do discurso oficial do Governo
Federal sobre a reforma do Ensino Médio (EM) presente nas propagandas do
Ministério da Educação (MEC) sobre o tema. A reforma do EM foi implementada
durante o governo do presidente Michel Temer por meio de uma Medida Provisória
e encontrou bastante resistência entre estudantes, professores e pesquisadores
da educação. As propagandas foram veiculadas com o intuito de divulgar o teor
das mudanças e garantir apoio popular. Nosso objetivo com este estudo é analisar
e compreender as formas de produção de sentido utilizadas nas peças
publicitárias oficiais. Utilizamos como corpus quatro propagandas em vídeo
produzidas para o MEC, veiculadas na televisão e na internet entre outubro de
2016 e junho de 2017. Em termos teórico-metodológicos, servimo-nos da vertente
dialético-relacional da Análise de Discurso Crítica, proposta por Fairclough (1996,
2001, 2003), Chouliaraki e Fairclough (1999), e seu modelo de Análise de Discurso
Textualmente Orientada. Desenvolvemos, a partir dessa base teórica, um estudo
de caráter qualitativo e interpretativista. Compreendendo a linguagem como o
lugar privilegiado de lutas e tensões sociais, identificamos que as propagandas
em vídeo analisadas agem ideologicamente sobre a sociedade, a partir de sua
constituição genérica, ao proporcionar um tipo de formato simbólico que permite
conduzir o telespectador dos anúncios a uma compreensão simplista do novo EM,
levando-o a acreditar que esse modelo não apresenta falhas e é melhor que o
anterior. A linguagem persuasiva, a seleção dos argumentos e o simulacro de
diálogo produzem efeitos de sentido orientados para uma aprovação da proposta,
além de mostrar um discurso superficial e enganoso sobre o novo EM que se
contrapõe aos protestos de especialistas e estudantes contrários ao modelo.
146
LETRAMENTOS HUMANOS: LÍNGUA INGLESA EM ATIVISMO NA DEFESA
DOS DIREITOS HUMANOS
147
LA DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS SURDAS E AS
POLÍTICAS LINGUÍSTICAS NO CONTEXTO BRASIL E TURQUIA
Este trabalho tem como objetivo refletir sobre as contribuições da “Declaração dos
direitos das crianças surdas”, para a promoção de políticas linguísticas enquanto
direito humano das comunidades surdas, especialmente, a nível Brasil e Turquia.
Tal documento se faz importante por ter sido aprovado durante o XIX Congresso
da Federação Mundial de Surdos que ocorreu na Coreia do Sul, em julho de 2023,
cujo tema foi “Garantir os direitos humanos em tempos de crise”. Para tanto,
ancoram nossa pesquisa o entendimento de linguagem do círculo de Bakhtin, os
Estudos Surdos, as Políticas Linguísticas e as discussões do Direito Linguístico.
Esta investigação apresenta-se como um desdobramento da minha tese de
doutorado em que foi realizado o levantamento dos documentos legais que tratam
sobre as políticas linguísticas no Brasil e na Turquia. A partir desses dados,
realizamos o cotejamento das políticas linguísticas existentes nos países, ora )
citados, com os artigos que constituem a Declaração do Direitos das crianças
surdas. Isto posto, em nossa análise, emergiram três pontos a serem
problematizados e/ou mais claramente postos nas políticas linguísticas do Brasil
e da Turquia: o direito das crianças surdas à(s) sua(s) língua(s) de sinais
nacional(ais) assim, no plural, dialogando com o entendimento multilíngue das
línguas de sinais; o direito das crianças surdas à proteção contra a privação
linguística e, no caso dessa ocorrência, ser constituído crime discriminatório; e,
finalmente, o direito das crianças surdas poderem expressar seus pontos de vista
em relação a questões relacionadas a elas. De fato, faz-se importante que as
políticas linguísticas contemplem, igualmente, os direitos humanos das crianças
surdas, afinal, elas constituem o agora e futuro da (re)existência dos povos
surdos.
148
GÊNERO E RAÇA NAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS (RE)CONSTRUÍDAS
PELO MERCADO IMOBILIÁRIO SOBRE FAMÍLIA
149
“QUEM MANDA QUERER BANDIDO”: ANÁLISE, À LUZ DOS ESTUDOS DA
(IM)POLIDEZ LINGUÍSTICA, DO COMENTÁRIO A UMA POSTAGEM SOBRE
‘TENTATIVA DE FEMINICÍDIO’ NO INSTAGRAM DO JORNAL CEARENSE
DIÁRIO DO NORDESTE
150
ITINERÁRIOS FORMATIVOS: TENSÕES E (IM)POSSIBILIDADES PARA O
NEM
O Novo Ensino Médio (NEM), instaurado no Brasil desde 2022, decorre da Lei nº
13.415/2017, sancionada pelo ex-presidente do país, Michel Temer. Com a
justificativa de promover educação de qualidade e igualitária, o NEM estabelece
uma série de mudanças, como inserção de itinerários formativos e redução de
carga horária de alguns componentes curriculares, que geraram incertezas e
preocupação a alunos, professores e instituições. No que tange aos itinerários
formativos, ressaltamos que os mesmos ferem a liberdade de escolha dos
professores, uma vez que estes ministram itinerários que nem sempre
correspondem à sua formação acadêmica. Entre os vários pontos que permeiam o
NEM, objetivamos, nesta comunicação, discutir e refletir sobre tensões e
(im)possibilidades presentes na implementação do NEM a partir dos itinerários
inicialmente propostos e as recentes alterações promovidas em virtude das )
tentativas de revogação do NEM. Para tanto, adotamos uma metodologia de
cunho qualitativo (Bogdan; Biklen,1994), mediante a aplicação de questionários a
professores de linguagem que atuam no Novo Ensino Médio, em uma escola
pública do Estado da Paraíba. Teoricamente, pautamo-nos nos apontamentos de
Evangelista (2019), Frigotto (2022), Kuenzer (2017) e Souza (2023). Os resultados
revelam que os professores não tiveram formação adequada para que
desenvolvessem seu trabalho de acordo com os documentos prescritivos e que a
implementação do NEM provocou retrocesso nessa modalidade de ensino, haja
vista alterar significativamente o currículo e, consequentemente, dificultar o
trabalho docente. Ademais, apontam que os itinerários tiraram a liberdade de
escolha dos estudantes, pois limitou a preparação intelectual, principalmente,
daqueles que irão se submeter ao Exame Nacional do Ensino Médio 2024. Dessa
forma, uma vez que anula o ideário de ensino integrado e igualitário, o NEM
representa uma contrarreforma educacional que impacta não somente no trabalho
do professor, mas também na formação do estudante.
151
SESSÃO 17 - REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NA
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA EM DIÁLOGO COM GÊNEROS DE TEXTOS
152
A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DOCENTE NA REDE MUNICIPAL DE
ENSINO DE BELÉM SOB UMA PERSPECTIVA DISCURSIVA
153
A FORMAÇÃO DOCENTE NO PERCURSO DO ESTÁGIO OBRIGATÓRIO DO
CURSO DE LETRAS/PORTUGUÊS
154
FORMAÇÃO DE PROFESSORES NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA:
REFLEXÕES SOBRE AS PRÁTICAS DE UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA
155
A HETEROGENEIDADE LINGUÍSTICO-CULTURAL NO PPC DO CURSO DE
LETRAS-ESPANHOL DA UFC
156
A IMPORTÂNCIA DO LETRAMENTO DIGITAL NO PROCESSO DE
COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS RURAIS
157
SESSÃO 18 - LETRAMENTO INFORMACIONAL E EDUCAÇÃO CIENTÍFICA
NO ENFRENTAMENTO DA DESINFORMAÇÃO
158
LETRAMENTOS DO FORMADOR DE FORMADORES DE PROFESSORES:
UM ESTUDO NO PROGRAMA PAIC INTEGRAL/CE
159
COMUNICAÇÃO ORAL E INICIAÇÃO CIENTÍFICA: UM OLHAR PARA AS
PRÁTICAS DE LETRAMENTO ACADÊMICO NA UNIVERSIDADE
160
LETRAMENTO EMOCIONAL E SUAS RELAÇÕES COM A EDUCAÇÃO
EMOCIONAL
161
PROJETO DE LETRAMENTO NO ENSINO DE LITERATURA: UMA
PERSPECTIVA DECOLONIAL
Neste trabalho, temos por objetivo apresentar resultados de uma pesquisa cujo
foco recaiu sobre as práticas de leitura do texto literário, desenvolvidas em uma
perspectiva crítica, humanizadora e decolonial, visando à formação leitora de
estudantes do primeiro ano do Ensino Médio Integrado à Educação Profissional e
Tecnológica, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande
do Norte. A pesquisa foi desenvolvida no escopo da Linguística Aplicada em uma
abordagem crítica, transgressiva e indisciplinar (MOITA-LOPES, 2006; KLEIMAN,
2013). Metodologicamente, o estudo se caracteriza como uma pesquisa-ação
crítica (KINCHELOE, 1997), fundamentando-se, teoricamente, nos Estudos de
letramento de vertente sociocultural (KLEIMAN, 1995), na perspectiva do
letramento literário (COSSON, 2006) e nos estudos decoloniais (QUIJANO, 2005),
partindo de uma concepção humanizadora da literatura (CÂNDIDO, 2011).
Analisaremos uma proposta pedagógica para o ensino de literatura, a partir de um
projeto de letramento (Kleiman, 2000), cujas práticas de leitura de textos literários
contemporâneos, desenvolvidas em uma abordagem multissemiótica e
)
multimidiática, foram registradas em diários de leitura. Os dados constam de
textos escritos pelos estudantes, notas de campo, depoimentos, fotos e vídeos e
serão analisados em uma perspectiva qualitativa e interpretativista. Os resultados
apontam que o projeto de letramento favorece a formação do leitor do texto
literário e desenvolve a conscientização e formação crítica dos estudantes; que o
texto literário pode ser vivenciado na sala de aula como instrumento de
compreensão e humanização, preparando-os para a alteridade; que o trabalho com
projetos na perspectiva do letramento favorece a formação de um leitor-fruidor,
que se implica e firma pactos com a leitura.
162
O DISCURSO POLÍTICO EM INTERFACE COM O ENSINO DE LÍNGUA
PORTUGUESA: UMA PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA À LUZ DA
ANÁLISE DIALÓGICA DO DISCURSO
163
SESSÃO 19 - PROMOÇÃO DO LETRAMENTO CRÍTICO NA EJA: RELATO
DE EXPERIÊNCIA
164
LETRAMENTO LITERÁRIO E RACIAL: INSERÇÃO DA LITERATURA
NEGRO-BRASILEIRA EM UMA TURMA EM PROCESSO DE
ALFABETIZAÇÃO
165
FORMAÇÃO DE LEITORES E MULTILETRAMENTOS: POR MAIS E
MELHORES LEITORES
166
LETRAMENTO ACADÊMICO E FORMAÇÃO DO ESTUDANTE INDÍGENA
167
LETRAMENTO CRÍTICO NA EDUCAÇÃO BÁSICA: UMA PROPOSTA A
PARTIR DE TEXTOS MULTIMODAIS
O presente trabalho tem como objetivo geral analisar a compreensão leitora crítica
de textos multimodais, por estudantes do 6º ano do ensino fundamental de uma
escola pública do município de Fortaleza. Ele surgiu a partir da nossa percepção,
em sala de aula, que o nível de leitura dos estudantes está, em sua maioria, na
decodificação e na compreensão de informações explícitas e isso pode ser
percebido nos resultados das Avaliações Diagnósticas de Rede (ADR’s) da
Secretaria Municipal de Educação. Nas nossas pesquisas iniciais do estado da
arte, percebemos que muitos estudos de leitura estão direcionados, em sua
maioria, às séries de final de ciclo (2º, 5º, 9º ano do ensino fundamental; 3º ano do
ensino médio), o que nos motivou ainda mais a manter o 6º ano como objeto de
estudo. O referencial teórico foi organizado a partir do conceito de leitura presente
nos documentos norteadores da Educação, sobretudo a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) e o Sistema Permanente de Avaliação da Educação do Ceará
(SPAECE). Na a teoria dos multiletramentos, tem como base Cassany (2006) e
Rojo (2004); a Gramática do Design Visual, de Kress e van Leeuwen (2006). Serão
usados alguns textos multimodais – charge, cartum, tirinha, notícia – para ilustrar
a capacidade de interpretação leitora dos estudantes. A pesquisa resultará na
dissertação, de caráter experimental, organizada a partir de aplicação de testes )
formulados com técnicas de ensino de leitura de textos multimodais já citados
acima em grupos de Pesquisa e Controle, cujos resultados serão analisados e
comparados, a fim de que comprovem um avanço na capacidade de leitura crítica
nos grupos manipulados em relação aos testes iniciais.
168
PROJETO DE LETRAMENTO NO ENSINO REMOTO EMERGENCIAL: A
ARGUMENTAÇÃO NO EXERCÍCIO DA CIDADANIA
Esta apresentação tem por objetivo investigar como o trabalho com projetos de
letramento, no Ensino Remoto Emergencial, pode contribuir para a formação
cidadã de alunos dos anos iniciais do ensino fundamental. Teoricamente, a
fundamentação está presente nos estudos de letramento de vertente
sociocultural, que assumem leitura e escrita como práticas sociais; nos
pressupostos do Círculo de Bakhtin, que propõem a abordagem da linguagem e o
trabalho com os gêneros discursivos no processo de interação social; além de
contribuições da Nova Retórica, cujos pressupostos concebem o gênero
discursivo como ação social e na argumentação enquanto fruto da interação
social. Metodologicamente, está situada no campo da Linguística Aplicada,
caracterizando-se como uma pesquisa-ação. A geração dos dados ocorreu no ano
de 2021, na Escola Estadual Professor Severino Bezerra, município de Tangará, Rio
Grande do Norte, em uma turma do 5º ano, Ensino Fundamental. Na análise dos
dados, assume-se uma abordagem qualitativa e interpretativista. Os resultados
preliminares apontam para a melhoria da formação leitora e escritora dos alunos e
uma maior familiaridade deles com gêneros argumentativos, além de maior
domínio das tecnologias nas práticas de letramento escolarizadas. A partir de
diferentes práticas desenvolvidas nas oficinas de letramento, os educandos )
aprenderam a escrever textos argumentativos de diferentes gêneros (comentários,
artigo de opinião etc.), a se posicionarem e a defenderem suas opiniões, com uma
postura mais autônoma e crítica, o que apontou o importante papel do projeto de
letramento na formação crítica que visa a formar estudantes para o efetivo
exercício da cidadania.
169
SESSÃO 20 - ENSINO E APRENDIZAGEM DA ESCRITA MEDIANTE O
GÊNERO POÉTICO ALDRAVIA
170
O AGIR ARGUMENTATIVO NO GÊNERO MULTIMODAL VLOG
171
GÊNEROS DO MUNDO DO TRABALHO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS
172
GÊNERO TEXTUAL VÍDEO-RESENHA: A SEQUÊNCIA DIDÁTICA COMO
UMA ESTRATÉGIA DE ENSINO
173
MODELIZAÇÃO DO GÊNERO POETRIX: IMPLICAÇÕES DIDÁTICAS PARA O
ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
174
“EU NÃO FAÇO PROGRAMA! EU PROMOVO ENCONTROS PRAZEROSOS”
ETHÉ EXPERIÊNCIAIS EM ANÚNCIOS DE GAROTOS DE PROGRAMA
175
SESSÃO 21 - A INFLUÊNCIA DO ENSINO REMOTO EMERGENCIAL NO
DOMÍNIO ORTOGRÁFICO DE CANDIDATOS DO ENEM
176
A INTERTEXTUALIZAÇÃO DENTRO DO AMBIENTE DIGITAL INSTAGRAM:
OS EFEITOS DE SENTIDOS DE POSTAGENS EM LÍNGUA ESPANHOLA
177
TECNOLOGIAS DIGITAIS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS:
UMA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA A PARTIR DO USO DE INTELIGÊNCIA
ARTIFICIAL
178
TECNOLOGIAS DIGITAIS: ABORDAGENS DIDÁTICO-PEDAGOGICAS
CONTEMPORÂNEAS
179
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA: UMA
PROPOSTA DE ATIVIDADE
A cultura digital advinda da evolução tecnológica se torna cada dia mais presente
no nosso cotidiano. Nesse contexto em constante desenvolvimento, o uso de
Recursos Educacionais Digitais (RED) apresenta-se como uma proposta para
colocar em ação metodologias ativas de ensino na sala de aula. Isso posto, nesta
pesquisa, temos como objetivo apresentar uma proposta de atividade para o
ensino de leitura em língua inglesa por meio do uso de uma Inteligência Artificial
(IA), o ChatGPT. Para tanto, por meio do método qualitativo, esta pesquisa foi
realizada em uma turma remota de Inglês Instrumental da Coordenação de
Línguas para Internacionalização da UFPE (CLING/DRI/UFPE). A atividade
proposta foi realizada em grupos nos quais os estudantes foram responsáveis por
parafrasear e traduzir informações usando a IA, seguida da apresentação e
discussão sobre as mudanças identificadas usando estratégias de leitura, tais
como skimming, scanning e previous knowledge. Fundamentam nosso trabalho
estudos sobre metodologias ativas (Ferrarini; Saheb; Torres, 2019; CIEB, 2017),
estudos sobre o ensino de leitura (Solé, 1998; Silveira; Vereza, 2011), os estudos
de letramento de vertente sociocultural (Kleiman, 2005) e a Pedagogia de
multiletramentos (Grupo de Nova Londres, 1996; Rojo; Moura, 2012). Os resultados
que alcançamos sinalizam que o uso dessa IA em sala de aula suscitou não
)
apenas o desenvolvimento de estratégias de leitura na língua-alvo, mas também
novos letramentos no meio digital, somados à conscientização do uso crítico do
ChatGPT para fins educacionais. Com isso, esperamos contribuir para a produção
de aulas de língua estrangeira mais interativas e engajadoras que formem leitores
críticos capazes de desenvolver não só suas habilidades de leitura mas também
novos letramentos. Ademais, esperamos contribuir com a desmistificação da
problemática que envolve o uso do ChatGPT em sala de aula e apresentar esse
produto da IA como um instrumento didático em potencial.
180
LETRAMENTO VISUAL CRÍTICO: AS IMAGENS NO LIVRO DIDÁTICO DE
LÍNGUA PORTUGUESA
181
SESSÃO 22 - SUPERANDO OS OBSTÁCULOS NA COMUNICAÇÃO ORAL
DA INICIAÇÃO CIENTÍFICA: UMA EXPERIÊNCIA NO ÂMBITO DE UM
MINICURSO
O presente trabalho teve como objetivo investigar de que forma uma intervenção
didática realizada no âmbito de um minicurso sobre Comunicação Oral na
Iniciação Científica pode contribuir para o desenvolvimento da expressão oral dos
discentes. Tomamos como referencial teórico as pesquisas sobre o gênero
exposição oral (Dolz; Schneuwly; De Pietro; Zahnd, 2004) ou, para alguns,
comunicação oral (BUENO, 2008; MEIRA; SILVA, 2013; MAGALHÃES; CASTRO;
NEVES, 2022); os estudos acerca do texto oral como objeto de ensino (Dolz,
Schneuwly e Haller, 2004) e da oralidade no contexto acadêmico (Magalhães,
Castro e Neves, 2022). Metodologicamente, a geração de dados foi feita mediante
registros audiovisuais do minicurso, com o prévio consentimento dos
participantes. A transcrição dos dados seguiu o modelo de transcrição
multimodal das produções orais proposto por Dolz, Lima e Zani (2021). A análise
comparativa das produções inicial e final de uma exposição oral realizadas no
âmbito do minicurso nos permitiram identificar quais obstáculos do oral
concernentes ao gênero em foco foram superados, além do que revelaram o
quanto uma intervenção didática bem planejada, mesmo que realizada em um
tempo pedagógico bastante reduzido, pode possibilitar avanços em relação à
apropriação das características linguísticas e à organização interna do gênero
exposição oral, bem como a uma compreensão sobre o funcionamento desse
gênero nas práticas de letramento acadêmico.
)
palavras-chave: comunicação oral; minicurso; iniciação científica.
182
O ENSINO DE GÊNEROS ORAIS PERTENCENTES AO DOMÍNIO
INSTITUCIONAL PÚBLICO NA EDUCAÇÃO BÁSICA DE FORTALEZA
Esta pesquisa busca refletir acerca da utilização dos gêneros orais, na disciplina
de Língua Portuguesa, como instrumentos de formação que possibilite aos
estudantes uma participação significativa e crítica em práticas constituídas pela
oralidade nos diversos espaços da sociedade. A presente investigação se baseará
no quadro teórico-metodológico do Interacionismo Sociodiscursivo, desenvolvido
por Bronckart (2012), segundo o qual os textos são produtos da interação social,
concebidos a partir de um objetivo específico; e nos trabalhos sobre gêneros
textuais orais e escritos de Schneuwly e Dolz (2004). Desse modo, objetiva-se
traçar um panorama sobre os desafios do ensino e da aprendizagem dos gêneros
orais pertencentes aos domínios institucionais públicos (debate, seminário,
entrevista palestra, conferências etc) em escolas públicas do município de
Fortaleza. Para isso, serão consideradas nos procedimentos metodológicos
entrevistas estruturadas a fim de identificar não só as principais dificuldades dos
docentes em sistematizar o ensino desses gêneros da oralidade, mas também o
tratamento oferecido a esses textos no ambiente da sala de aula. Nessa
perspectiva, por meio da análise dos dados, espera-se identificar um ensino dos
gêneros orais da esfera pública ainda com foco no ensino da escrita, não
sistematizado e que não deixa explícito aos educandos suas características,
diferente do que ocorre com os gêneros da escrita.
)
palavras-chave: Oralidade; Ensino; Gêneros textuais.
183
O GÊNERO ENTREVISTA ENTRE ORALIDADE E ESCRITURALIDADE:
RETEXTUALIZAÇÃO DE RELATOS PESSOAIS ORAIS SOBRE A
PANDEMIA POR COVID-19 POR ALUNOS DO 5º DO ENSINO
FUNDAMENTAL.
184
CRENÇAS DE ALUNOS DO CENTRO DE IDIOMAS SOBRE A ORALIDADE
DE ESPANHOL COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA
O presente trabalho tem por objetivo analisar as crenças de alunos expostos, pela
primeira vez, à aprendizagem de Espanhol como Língua Estrangeira (E/LE) no
Centro Cearense de Idiomas (CCI) e, para este propósito, investigamos as crenças
relacionadas às dificuldades existentes na oralidade dos aprendizes. O
embasamento teórico é construído a partir das seguintes linhas de investigação: o
estudo sobre crenças, o ensino e a aprendizagem de E/LE, a cultura de aprender e
a oralidade. As pesquisas sobre as crenças referentes ao estudo de uma língua
estrangeira vêm crescendo no Brasil, entretanto, poucas são as que se dedicam de
modo mais específico sobre as crenças dos estudantes e ao ensino da língua
espanhola. Nos baseamos nos estudos de Barcelos (2001, 2004, 2007); Silva
(2007) e Barcelos e Vieira-Abrahão (2006). Nosso estudo consiste em uma
pesquisa de campo baseada em uma proposta metodológica qualitativa e
quantitativa de carácter exploratório. A coleta de dados foi realizada, com
cinquenta estudantes, através do envio de um link contendo um questionário
semiestruturado com quatorze perguntas via WhatsApp para cada um dos
participantes. Com base na geração de dados, reconhecemos as crenças
relevantes a fim de identificar obstáculos quanto ao desenvolvimento da oralidade
nos estudantes. Os dados apontam os seguintes resultados: a maioria considera o
espanhol como um idioma “fácil”, devido a sua semelhança com o português; a
habilidade da fala gera mais dificuldades, apesar de ser a que mais os alunos
estimam aprender; e, por fim, outra crença observada foi a de que, na hora de
)
expressar-se oralmente, a maioria dos entrevistados espera que alguém tome a
iniciativa, seja por medo de se expor ou por considerar-se tímido. É necessário que
o professor reavalie as crenças dos discentes a fim de desmistificar concepções
equivocadas quando a aprendizagem de um idioma.
185
“ALÉM DE COESÃO NA EXPLICAÇÃO”: O QUE DIZEM OS ESTUDANTES
DO ENSINO MÉDIO TÉCNICO INTEGRADO SOBRE AS
PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA
186
TRATAMENTO DIDÁTICO DO TEXTO LITERÁRIO NOS MANUAIS
DIDÁTICOS DE ESPANHOL: DOS GÊNEROS LITERÁRIOS ÀS PRÁTICAS
DE LEITURA
)
palavras-chave: livro didático; língua espanhola; leitura.
187
SESSÃO 23 - O NOVO ENSINO MÉDIO E SEUS IMPACTOS NO TRABALHO
DE ENSINO DE PRODUÇÃO TEXTUAL
188
ANÁLISE LINGUÍSTICO-DISCURSIVA NA ESCRITA DE ALUNOS EM
PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO ACADÊMICA
189
ESCRITA FORENSE: UM ESTUDOS SOBRE AS PRÁTICAS DE LINGUAGEM
DE MAGISTRADOS NA ESFERA TRABALHISTA
190
O PERCURSO DA REESCRITA NA VOZ DO ESTUDANTE DE LETRAS
)
palavras-chave: escrita; reescrita; interação
191
O QUE CONTAM AS CRIANÇAS SOBRE A APRENDIZAGEM DA ESCRITA
NA ESCOLA PÚBLICA?
Este trabalho traz um recorte dos resultados de pesquisa de tese cujo objetivo foi
o de investigar as relações da criança com a escrita durante o ciclo de
alfabetização, numa escola pública do município de Sobral, no Ceará-CE. A
pesquisa procurou elucidar questionamentos como: quais experiências formativas
são narradas pelas crianças no contexto de aprendizagem da escrita em uma
escola pública? Que elementos são identificados pelas crianças como importantes
para a aprendizagem da escrita? A investigação tomou por base princípios
epistemológicos e teóricos da pesquisa (auto)biográfica em Educação, conforme
Passeggi (2014; 2016; 2020); inspirou-se nos estudos de Freire (1996; 2015) sobre
a alfabetização como processo emancipatório e discursivo, conforme a Teoria
Dialógica do Discurso Bakhtin (2006); considerou a escrita como uma modalidade
de linguagem conforme Ferreiro e Teberosky (1999); Luria (2013); Soares (2015;
2016) entre outros. Participaram da pesquisa vinte crianças de cinco turmas do 2o
ano do ensino fundamental. O corpus está constituído por narrativas, orais e
escritas, elaboradas pelas crianças em rodas de conversa ludorreflexivas; uma
entrevista narrativa com a coordenadora pedagógica da escola; o diário de campo
da pesquisadora além de fontes documentais. Os dados empíricos foram
triangulados nas análises. Os resultados apontam na seguinte direção: as
narrativas das crianças sinalizam seu envolvimento com práticas de leitura de
diversos gêneros; produção textual; uso de caligrafia; cópias; jogos lúdicos e
)
interativos, assim como atividades relacionadas à avaliação externa. Conclui-se
que a escrita enquanto ação de linguagem estabelece relações intrínsecas com a
atenção e a criatividade da criança, relacionadas ao desenvolvimento de
habilidades socioemocionais tais como a persistência, autoestima, a
autoconfiança e a interação com o outro, com o apoio escolar. O domínio do
código alfabético e a consciência pragmática relacionam os aspectos da escrita a
aspectos contextuais onde a escrita é praticada.
192
O CIBERESPAÇO E AS PRÁTICAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM
193
SESSÃO 24 - EXERCÍCIOS PARA A CONSTRUÇÃO DO SISTEMA
ALFABÉTICO NO NÍVEL ORTOGRÁFICO PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM
DA CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA EM COLEÇÕES DIDÁTICAS DO
SEGUNDO ANO DO PNLD 2019-2022
194
A ESCRITA ORTOGRÁFICA DOS GRAFEMAS CONCORRENTES
IRREGULARES DE ALUNOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA: UMA
INVESTIGAÇÃO EXPERIMENTAL
195
ENSINO E APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS NUMA PERSPECTIVA
LEXICOCULTURAL: UMA ABORDAGEM DE CRENÇAS E SUPERSTIÇÕES
ATRAVÉS DO ESTUDO DE TERMOS E EXPRESSÕES DO PORTUGUES
BRASILEIRO
Marcada pela forte miscigenação que envolve várias culturas, a língua portuguesa
falada no Brasil apresenta notória abundância de crenças, superstições e
costumes que perpassam nosso cotidiano. Esse fato pode ser analisado sob
diversos vieses, inclusive sob a perspectiva dos estudos linguísticos. Nesse
sentido, à luz da ciência da linguagem, neste trabalho pretendemos analisar a
relação existente entre o recorte lexical relacionado aos elementos biológicos da
natureza, em português brasileiro, - restringindo-nos a animais e plantas- e suas
implicações no que concerne às crenças, costumes e superstições presentes em
nossa sociedade. O mau agouro associado à coruja, a boa sorte associada ao
trevo de quatro folhas e o possível azar associado ao gato preto são elementos
que muito podem nos dizer sobre o léxico e as práticas linguageiras que
perpassam nossas rotinas. Entendemos que tais aspectos, que envolvem
questões lexicoculturais, são de grande valia para os processos de ensino e
aprendizagem do portugues em sua variante brasileira, seja no contexto de ensino
de língua materna ou estrangeira. A presente pesquisa, embora de caráter
expressivamente embrionário, também pretende contribuir com as bases iniciais
de construção de um material lexicográfico que abarque os termos e expressões
mencionadas e outras similares. As amostras, análises e discussões serão
pautadas nos aportes lexicológicos e lexicográficos (Barbosa, 2001; Biderman,
1984), perpassando por uma abordagem das crenças, costumes e superstições
(Eliade, 1999; Monteiro-Platin, 2020).
196
A ESTRUTURA ARGUMENTAL DAS CONSTRUÇÕES TÓPICO-SUJEITO À
LUZ DA CARTOGRAFIA SINTÁTICA: UMA PROPOSTA PARA O ENSINO
197
A ADEQUAÇÃO DA LINGUAGEM ESCRITA EM GÊNEROS TEXTUAIS
MONITORADOS: UMA PROPOSTA DE ENSINO À LUZ DA
SOCIOLINGUISTICA EDUCACIONAL
198
ITINERÁRIO PARA O ENSINO DA CARTA ABERTA A ALUNOS AUTISTAS
DO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS
199
SESSÃO 25 - HISTÓRICO, DESAFIOS E PERSPECTIVAS
INTERCULTURAIS: UMA OLHAR SOBRE MATERIAIS DIDÁTICOS DE
PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA
200
ESTUDO SOBRE AS REPRESENTAÇÕES CULTURAIS DO BRASIL NOS
ELEMENTOS PROVOCADORES DO CELPE-BRAS
201
ENTRE O PLURICULTURALISMO GUINEENSE E O MONOCULTURALISMO
ESCOLAR: OS DESAFIOS DE ENSINO DE PORTUGUÊS COMO LÍNGUA
ADICIONAL.
202
ESTRATÉGIAS DE AUTORIA NA PRODUÇÃO ESCRITA DE CRÔNICAS
NARRATIVAS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE FORTALEZA
203
DIVERSIDADE HUMANA NOS LIVROS DIDÁTICOS DOS 4º E 5º ANO DO
ENSINO FUNDAMENTAL: CONTATO INICIAL COM LÍNGUAS
ESTRANGEIRAS MODERNAS
204
A FORMAÇÃO DE PROFESSORES FOCO NA APRENDIZAGEM E SEU
IMPACTO NA APRENDIZAGEM LINGUÍSTICA DOS ALUNOS DO NÍVEL
BÁSICO DO CEARÁ A PARTIR DO USO DO MATERIAL DIDÁTICO
ESTRUTURADO: UM ESTUDO DE CASO EM CONSTRUÇÃO.
O presente estudo de caso tem como objetivo analisar o impacto que o uso do
Material Didático Estruturado, produzido na e para a formação de professores
Foco na Aprendizagem, promovida pela Secretaria de Educação do estado do
Ceará, causa na aprendizagem linguística dos alunos da educação básica. Esta
pesquisa está ancorada no quadro epistemológico do Interacionismo
Sociodiscursivo – ISD (Bronckart, 1999), nos fundamentos teóricos e práticos da
Gramática Funcionalista (Neves, 2010) e nos preceitos sobre formação de
professores embasados em Kleiman (2001). A metodologia escolhida para o
desenvolvimento desta pesquisa foi o estudo de caso (Yin, 2001), que, neste caso,
será um estudo incorporado explanatório\descritivo de apenas um caso, o qual
será a formação continuada dos professores de Língua Portuguesa da rede
estadual do Ceará intitulada Foco na Aprendizagem. Para incorporar esse estudo,
serão coletados os dados a partir da análise do Material Didático Estruturado e do
uso desse material em sala de aula com alunos do Ensino Médio em uma escola
de Fortaleza e, a partir dessa análise, provar a nossa tese de quanto o uso desse
recurso didático é importante para a recomposição de aprendizagem dos alunos.
Trata-se, portanto, de uma pesquisa qualitativa a qual se enquadra nos parâmetros
da Linguística Aplicada, já que trabalharemos com professores de Língua
Portuguesa em situação de formação continuada e analisaremos o Material
Estruturado produzido por uma equipe de formadores para que os professores em
formação utilizem em suas aulas no ensino básico.
205
SESSÃO 26 - UMA PROPOSTA DE METODOLOGIA TRILÍNGUE NO
ENSINO DE LÍNGUA INGLESA PARA SURDOS
206
NOVO ENSINO MÉDIO: AS CONSEQUÊNCIAS DA EXCLUSÃO DO ENSINO
DE LÍNGUAS ESPANHOLA E INDÍGENAS NA ÁREA DE LINGUAGENS E
CÓDIGOS
207
A PROPAGANDA OFICIAL DO NOVO ENSINO MÉDIO: PROTAGONISMO
ESTUDANTIL E APAGAMENTO DO PROFESSOR
Este trabalho busca refletir sobre a visão do Estado a respeito do papel dos
professores e estudantes no processo de implantação do novo Ensino Médio a
partir da representação desses agentes nas propagandas do Governo Federal
sobre a reforma dessa etapa da educação básica. O material analisado faz parte
de campanha publicitária do Ministério da Educação (MEC) veiculada na mídia
sobre o novo EM entre outubro de 2016 e junho de 2017, no contexto de
resistência e protestos contra a Medida Provisória nº 764/2016 que implementou
a reforma. Nosso referencial teórico e metodológico são os estudos de Fairclough
(2003, 2001, 1996) e Chouliaraki & Fairclough (1999) que constituem a vertente
dialético-relacional da Análise de Discurso Crítica (ADC) e propõe uma análise
textualmente orientada. Partimos da compreensão de que a investigação das
relações entre discurso e prática social ajudam a desnaturalizar crenças que
servem de suporte a estruturas de dominação, contribuindo para suas
desarticulações. Nos processos discursivos das peças publicitárias, identificamos
um apagamento da figura do professor ao mesmo tempo em que os estudantes
são levados a acreditar em um protagonismo futuro, tanto na condução dos seus
estudos quanto da vida profissional. Além disso, o discurso oficial presente nas
propagandas contribui para uma redução simplória da compreensão sobre os
problemas educacionais do país, representando a reforma com foco na escolha
dos itinerários, ignorando questões referentes à formação e valorização dos
profissionais, à infraestrutura das escolas e aos problemas de ordem-
socioeconômica e familiar dos alunos.
)
palavras-chave: Novo Ensino Médio; Propaganda; Representação
208
EXORTIZAÇÃO NO ENSINO DE LÍNGUAS SEGUNDAS: UM OLHAR SOBRE
O MANUAL DE PORTUGUÊS DO 2O CICLO DO NÍVEL BÁSICO (7A
CLASSES) EM MOÇAMBIQUE
209
A COESÃO REFERENCIAL E AS
PRÁTICAS DE PRODUÇÃO TEXTUAL NO ENSINO FUNDAMENTAL
O presente trabalho tem por finalidade discutir acerca da importância das relações
coesivas para a construção de um texto. Nesse sentido, apresentamos nessa
comunicação um procedimento didático que, por meio da escrita e reescrita de
gêneros textuais, se propõe a trabalhar os mecanismos de coesão responsáveis
pelas conexões entre as partes do texto, especificamente a referenciação.
Ancorados em Antunes (2003), Marcuschi (2002), Geraldi (2003), Soares (1998),
os PCN de Língua Portuguesa (1996) e a BNCC (2018), discutimos sobre o ensino
de escrita de gêneros diversos; e recorremos a Antunes (2010, 2005), Fávero
(2002, 2006), Koch (1994, 2000) e Cavalcante (2017, 2022) para pensarmos sobre
as estratégias de coesão textual, em especial, os processos de referenciação
importantes para a composição de textos. Essa pesquisa tem abordagem
qualitativa e é de natureza aplicada, pois almejamos gerar conhecimentos sobre
um tema para futuras aplicações práticas. Quanto aos procedimentos
metodológicos, utilizamos pesquisa bibliográfica, pois consultamos textos que
embasaram nossas reflexões teóricas e documentos orientadores do ensino de
língua. Com relação à proposta didática, sugerimos seis oficinas de leitura, escrita
e reescrita de textos, com foco na referenciação. Compreendemos, com as
reflexões sobre o tema, que o desenvolvimento da competência escrita é criado a
partir de estímulos, e a forma como o professor trabalha com a escrita em sala de
aula colabora e muito para se criar uma geração de produtores textuais
competentes, habituada a escrever, com uma linguagem mais coerente, coesiva e
adequada às diversas situações comunicativas. Acreditamos que as oficinas
sugeridas podem atuar para a ampliação da competência leitora e escrita dos
alunos envolvidos no processo, contribuindo, assim, para sua formação escolar e
cidadã. )
210
FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA EM SÃO
TOMÉ E PRÍNCIPE: UM CONVITE AO DIÁLOGO
211
SESSÃO 27 - A ATIVIDADE DO PROFESSOR DIRETOR DE TURMA NO
CENÁRIO DE FORMAÇÕES CONTINUADAS: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA SOBRE A DESMASSIFICAÇÃO NO CONTEXTO DE
INCLUSÃO
212
A ESCRITA DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA DE PROFESSORES DA REDE
MUNICIPAL DE FORTALEZA: REFLEXÕES A PARTIR DO PROJETO
PROFESSOR AUTOR
213
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL PELA PESQUISA: CONTRIBUIÇÕES
DO MESTRADO PROFISSIONAL EM LETRAS
214
RELATÓRIOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: PRÁTICA DE
LETRAMENTO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DO ENSINO
FUNDAMENTAL
JOSÉ VILMAR FIRMINO (UFRN/PPGEL)
215
O DIÁLOGO ENTRE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E ENSINO DE ESPANHOL:
REFLEXÕES SOBRE O PROTAGONISMO DE ALUNOS(AS) DO LICEU DE
CAUCAIA-CE NO CONTEXTO DA FEIRA DE CIÊNCIAS 2023
MARIA CELÇA FERREIRA DOS SANTOS (SEDUC)
216
IMPLEMENTAÇÃO DA MATRIZ CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA
NO MUNICÍPIO DE BAURU
217
SESSÃO 28: ARQUÉTIPOS DE CONSTRUÇÕES IDENTITÁRIAS DE SUPER
HERÓIS EM HISTÓRIAS EM QUADRINHOS
Narrativas sobre super herois não são um produto midiático recente. Tais
personagens surgiram inicialmente no formato de Histórias em Quadrinhos e,
posteriormente, foram adaptados para produções cinematográficas. Desde a
década de 30 alguns personagens-chave nos remetem a um arquétipo de super
herois, como Super-Homem e Mulher Maravilha. A partir do final dos anos 2000
tais histórias são cada vez mais exploradas por causa do aumento da
popularidade dos filmes produzidos pela Marvel, uma das principais empresas que
lida com produtos de/sobre super herois. O acesso a produções cinematográficas
contribui com o aumento das vendas das Histórias em Quadrinhos (RAMONE,
2015). Assim, é possível considerar as comics como um produto cultural
(MERINO, 2003) que constrói significados ideológicos que compõem a construção
identitária de super herois. Por isso, o objetivo deste trabalho é observar de que
maneira são produzidas as identidades de tais personagens. Sob o viés da
Linguística Aplicada INdisciplinar (MOITA LOPES, 2006) e dos Estudos Culturais
(HALL, 2019), foi realizada uma pesquisa bibliográfica (GIL, 2002) com o intuito de
observar de que maneira as conjunturas sociais contribuem para a formação
identitária de um modelo de super herói. Os resultados parciais apontam que
existe um arquétipo da construção identitária das figuras supracitadas. Eco (2001)
argumenta que apesar de serem pessoas com poderes sobrenaturais, as
personagens apresentam traços de humanidade em suas construções identitárias.
Além disso, ao apresentar ideais de defesa da pátria e nação, o arquétipo de super
herói recai nos modelos de identidade fixa e pré-estabelecida, conceitos )
defendidos por Hall (2019).
218
QUEM SÃO OS/AS PARTICIPANTES DO ISF-INGLÊS? O PERFIL DOS/AS
ALUNOS/AS DA UFS
219
ESTÁGIO E FORMAÇÃO DOCENTE: O LUGAR DOS
MULTILETRAMENTOS
220
A (TECNO)CARNAVALIZAÇÃO EM STICKERS DE COMUNIDADES
SURDAS BRASILEIRAS
Com a guinada da Web 2.0, as redes sociais passaram por uma efervescência de
mensagens reticulares que resultaram em novas “escrileituras”, bem como novos
gêneros discursivos. O digital passa a incluir, então, não somente aqueles que se
comunicam por línguas cuja produção e recepção ocorrem pelo registro escrito
ancorado no som, mas abrange o universo de surdos usuários de língua de sinais,
no caso em questão da Língua Brasileira de Sinais – Libras. Este artigo, recorte de
uma pesquisa maior, tem por objetivo analisar o tecnogênero sticker cuja
circulação se deu em grupos da rede WhatsApp. Desta feita, foram selecionados
três grupos: (1) um grupo onde a maioria são sujeitos surdos e LGBTQIAP+, (2) um
grupo de profissionais da Educação de diversos estados brasileiros e por último,
(3) um grupo de simpatizantes pelas políticas da Esquerda brasileira. O fator
comum entre os três é que todos são usuários da Libras. Perante as análises dos
corpora, observou-se que questões político-partidárias se sobressaíram e
influenciaram a maior parte dos tecnotextos. Depreende-se que isso se deveu ao
fato de suas produções e circulações terem sido realizadas em cronotopo
(BAKHTIN, 2018) de ano eleitoral. Sumariamente, nesse entremeio, constatou-se
que havia recorrência de responsividade por meio de aviltamentos com uso do
baixo corporal e do grotesco, demonstrando uma reatualização do conceito de
carnavalização(BAKHTIN, 2008) no meio digital.
221
CONSIDERAÇÕES SOBRE A INTEGRAÇÃO DO TREINAMENTO DE
PRONÚNCIA EM UM PROJETO DE ELABORAÇÃO DE MATERIAL
DIDÁTICO DE ALEMÃO PARA APRENDIZES UNIVERSITÁRIOS
BRASILEIROS
222
HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO OBJETO SOCIAL: CONSTRUINDO
SIGNIFICADOS ATRAVÉS DE NARRATIVAS MULTIMODAIS
223
SESSÃO 29: TECNOLOGIAS DIGITAIS E MULTILETRAMENTOS PARA
SUJEITOS SURDOS: UMA PROPOSTA DIDÁTICA BILÍNGUE E
MULTIMODAL
224
FRAMES SEM NTICOS E(M) DISCURSO: O ATLETA PARAOLÍMPICO EM
PERSPECTIVA
225
O PROJETO PROFESSOR DIRETOR DE TURMA COMO DISPOSITIVO DE
ACOLHIMENTO NA ESCOLA BÁSICA
226
O PAPEL DA INSTRUÇÃO EXPLÍCITA NO ENSINO DA PRONÚNCIA NO
DESENVOLVIMENTO DA OCLUSIVA GLOTAL POR APRENDIZES
BRASILEIROS DE ALEMÃO
227
CAPACIDADES DISCURSIVAS DESENVOLVIDAS POR UM ALUNO SURDO
NA ESCRITA DE UM RESUMO ACADÊMICO
228
AVALIAÇÃO E MULTILETRAMENTOS: UMA RELAÇÃO TEÓRICO-
METODOLÓGICA
229
SESSÃO 30: A ORALIDADE NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA DO
ENSINO BÁSICO: REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DE PROFESSORES
230
HETEROGENEIDADES ENUNCIATIVAS EM TUÍTES DEFLAGRADOS PELAS
HASHTAGS #CONTRAOMACHISMO, #EXPOSEDFORTALEZA E
#ESTUPROCULPOSO
231
O AGIR PROFESSORAL DE PROFESSORES DE FRANCÊS LÍNGUA
ESTRANGEIRA EM FORMAÇÃO INICIAL
232
A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DISCENTE NO ENSINO MÉDIO
TÉCNICO: UMA ANÁLISE DE DISCURSO CRÍTICA
233
O QUEER COMO FORMA DE RESISTÊNCIA
Tendo em vista que o gênero é uma construção social (BUTLER, 2023), a qual
difere-se de acordo com os variados cronotopos (BAKHTIN, 2018) nos quais os
sujeitos estão inseridos, e não um mecanismo biológico dado a partir das genitais,
é certo refletir que romper com a concepção binária de gênero, a partir do queer, é
uma forma de resistência aos discursos excludentes e hostis que, por tanto
tempo, marginalizaram aqueles que se desviassem do padrão heteronormativo
imposto pela sociedade, o qual era tido como o modelo a ser seguido. Assim, sob
a luz da Linguística Aplicada Transviada (BEZERRA, 2023) e dos Estudos Queer em
Linguística Aplicada Indisciplinar (MOITA LOPES, 2022), este artigo visa dar
espaço à reflexão sobre as estruturas de luta e de resistência que se formaram
diante das múltiplas violências de gênero (HUNTY, 2023), sobretudo, quando
percebemos a urgência de se debater e se problematizar esse tema em um país
onde, lamentavelmente, intenta-se o retrocesso de garantias constitucionais
conquistadas a sangue e suor, como foi o caso do casamento homoafetivo no)
Brasil. À vista disso, essa pesquisa tem por objetivo analisar o queer como forma
de (re)exitir no mundo, buscando, assim, “contribuir com questionamentos sobre
as práticas de violência e abjeção de corpos historicamente marginalizados”
(MELO, 2020, p. 2), os quais são concebidos socialmente como grotescos,
anômalos, (BAKHTIN, 2010). Para isso, este estudo se orienta por uma perspectiva
qualitativa, usando como metodologia o paradigma indiciário (GINZBURG, 1989).
Por fim, como resultados, este estudo evidenciou que o queer pode ser percebido
como um espaço de fronteiras, haja vista a presença de tensão das forças
verboideológicas, as quais participam das práticas identitárias dos sujeitos, tanto
por meio da estratificação dos discursos quanto da oposição à normatividade,
tendo em vista que o queer é, sobretudo, rebeldia a um sistema que marginaliza.
234
DESAFIOS E PERSPECTIVAS NO USO DE TDIC EM AULAS DE LÍNGUA
ESPANHOLA: POSICIONAMENTOS DOCENTES E DISCENTES
235
LEXIAS AFRICANAS E AFRO-BRASILEIRAS E A CONSTRUÇÃO
IDENTITÁRIA DE ESTUDANTES AFRO-BAIANOS
236
(IM)POLIDEZ NA ESCRITA DIGITAL: O CASO DA CULTURA DO
CANCELAMENTO
236
LETRAMENTOS ACADÊMICOS E LETRAMENTOS NA ACADEMIA DIANTE
DA MUDANÇA DE PERFIL DE ESTUDANTES DO ENSINO SUPERIOR
236
PÔSTERES
RESUMOS
II CONELA
238
A PESQUISA EM
LINGUÍSTICA NO CONTEXTO DA
LICENCIATURA EM LETRAS
PORTUGUÊS
239
A INTEGRAÇÃO DE
CONTEÚDO E LÍNGUA(GEM): INGLÊS
E MATEMÁTICA
)
O trabalho objetiva socializar parte de uma proposta intitulada, Mission English
(Cambridge University Press & Assessment), adotada no programa bilíngue em
uma escola particular do interior de São Paulo com as turmas do Ensino
Fundamental, 6º e 7º anos, cujo propósito foi abordar expressões utilizadas para
se referir às atividades diárias, advérbios de frequência, artigo de revista e
apresentação de dados estatísticos em gráficos. Trata-se de uma abordagem CLIL
(Content and Language Integrated Learning) que visa promover a aprendizagem
integrada de língua e conteúdo referindo-se, aqui, as seguintes áreas de
conhecimento: inglês e matemática. Por ser um estudo de ordem qualitativa,
devido à formulação de hipóteses para reflexão diante do processo de ensino e
aprendizagem de língua estrangeira, as observações durante as aulas serviram
como instrumentos para análise dos dados. Esses dados revelaram que a
integração entre a língua estrangeira e os conteúdos abordados: a) minimizam a
resistência na aprendizagem da L2; b) há uma conversão da leitura compreensiva
para leitura de dados, ou seja, leitura de uma linguagem verbal para a não-verbal;
c) promovem a autonomia, eleva a autoestima e expõe a capacidade do aluno na
compreensão de uma língua estrangeira, ainda em estudo e não dominada; e
sobretudo, corrobora com a “[...] hipótese interacionista proposta por Long (apud
ELLIS, 2015), uma língua existe para cumprir o propósito da comunicação, sendo
assim, “aprendizes aprendem uma língua para interagir e aprendem através da
interação (ELLIS, 2015, p.24).”
240
CAMINHOS DA PESQUISA LITERÁRIA NA LICENCIATURA EM LETRAS
PORTUGUÊS
241
PRÁTICAS EFETIVAS PARA O TRATAMENTO DA DESTREZA ORAL POR
MEIO DO AUDIOLIVRO COMO RECURSO DIDÁTICO NAS AULAS DE E/LE
242
A EXPERIÊNCIA DE MEDIAÇÃO EM UM BOOK CLUB NO ENSINO DE
LÍNGUA ESTRANGEIRA
243
O PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL DA UNILAB COMO AUXILIADOR
DA CONSTRUÇÃO DE UMA IDENTIDADE DOCENTE
O presente trabalho trata-se de uma pesquisa que tem como objetivo analisar o
quanto o Programa de Educação Tutorial de Humanidades e Letras - Língua
Portuguesa (PETHL) da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
Afro-Brasileira (UNILAB) tem se mostrado uma excelente ferramenta na
construção da identidade docente de seus participantes que estão em formação )
inicial no curso de licenciatura em Letras. Realizamos esta pesquisa, partindo do
pressuposto de que a construção de uma identidade docente não se dá
necessariamente apenas de conteúdos academicistas, mas que são necessários
também trabalhar com os saberes da experiência (PIMENTA, 1996). Para a fase
inicial do trabalho, foram feitas entrevistas com os discentes do Programa que
cursam licenciatura em Letras - Língua Portuguesa, nas quais pode-se constatar
que o Programa de Educação Tutorial (PET) em exercício atualmente na UNILAB
vem a ser um importante facilitador nessa construção, visto que seus projetos
internos circulam nos três pilares que regem a universidade: o ensino, a pesquisa e
a extensão. Por meio destes três pilares, o PETHL desempenha um papel
significativo na iniciação e na ampliação de habilidades de pesquisa de futuros
professores, bem como promove uma perspectiva crítica e reflexiva em relação à
prática docente, resultando em uma maior preparação para a sala de aula.
Concluímos que, durante a execução das atividades de monitoria e oficinas de
apoio à comunidade acadêmica, a participação envolvendo bolsistas e
participantes promove a possibilidade de formação inicial à docência, bem como
propicia um melhor desempenho acadêmico dos estudantes atendidos nas ações
desenvolvidas pelo programa.
244
O ESTÁGIO SUPERVISIONADO COMO ESPAÇO DE
CONSTRUÇÃO DE SABERES REFLEXÕES SOBRE MASSIFICAÇÃO
TEXTUAL DO GÊNERO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO
245
INSPIRANDO PARA A LEITURA: CATAR FEIJÃO, SEU PODCAST DE
LITERATURA.
246
II CONELA
248
ESTRATÉGIAS DE AUTORIA NA PRODUÇÃO ESCRITA DE CRÔNICAS
NARRATIVAS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE FORTALEZA
249
O PROCESSO DE INTERTEXTUALIZAÇÃO COMO POTENCIAL PARA A
COCONSTRUÇÃO DOS SENTIDOS DE TEXTOS NATIVOS-DIGITAIS NA
REDE SOCIAL INSTAGRAM.
250
COESÃO REFERENCIAL E SEQUENCIAL: UMA ANÁLISE DOS USOS DOS
ELEMENTOS DE COESÃO NA REESCRITA DE REDAÇÕES MODELO ENEM
DE ESTUDANTES CONCLUINTES DO ENSINO MÉDIO
Este trabalho tem como objetivo principal analisar os recursos coesivos utilizados
por estudantes do terceiro ano do Ensino Médio em redações modelo ENEM. A
opção por tal público se deve ao fato de serem esses os estudantes para os quais o
exame se destina prioritariamente. É sabido que o tipo dissertativo-argumentativo,
requerido pela prova, exige do candidato o uso adequado de mecanismos coesivos
de ordem semântica e sintática, relacionados à coesão referencial e sequencial. À
vista disso, investiga-se a importância da adequação do uso desses recursos e seu
)
impacto na escrita de um texto coerente e coeso, posto que a quarta competência é
dedicada à análise desses recursos. Evidencia-se, assim, quão relevante é a
temática em estudo e a repercussão na produção escrita dos discentes. O
embasamento teórico está respaldado nos postulados teóricos sobre coesão
referencial e sequencial de Koch (1990), Fávero e Koch (2002) e Marchuschi (2008),
pesquisadores nos quais se fundamenta o quadro esquemático da quarta
competência; além das considerações sobre revisão e reescrita de Menegassi
(1998) e da caracterização dessa reescrita como uma atitude responsiva, ancorado
nos estudos de Bakhtin (2003). A metodologia consiste na análise de 80 textos
redigidos por alunos concluintes do ensino médio, da escola profissionalizante
Presidente Roosevelt, entre os dias 27 de fevereiro e 31 de outubro de 2023, início
da atuação na escola e último dia de correção e atendimentos antes da aplicação da
prova de redação, respectivamente. Avaliou-se os textos de alunos que frequentam
o laboratório de redação, onde bolsistas do Programa Institucional de Residência
Pedagógica em Língua Portuguesa corrigem seus textos. Os dados coletados até o
momento demonstraram significativo avanço dos estudantes que frequentam
assiduamente o laboratório e realizam as intervenções propostas no atendimento
no tocante ao uso e na adequação dos elementos coesivos em seus textos.
251
CÍRCULOS DE LEITURA E LETRAMENTO LITERÁRIO EM UMA TURMA DE
6º ANO
252
UM MERGULHO NO VASTO MUNDO DA ESCRITA: UMA PROPOSTA DE
LETRAMENTO LITERÁRIO A PARTIR DA PRODUÇÃO DE NARRATIVAS DE
AVENTURA
)
O objetivo primordial desta proposta de ensino é o de desenvolver o letramento
literário de estudantes do 8º ano da Escola Municipal Professora Maria Gondim
dos Santos através da escrita de um livro de narrativas de aventura. O presente
trabalho está ancorado nos estudos desenvolvidos por Rildo Cosson (2014) sobre
letramento literário e nas contribuições de Domício Proença Filho (2007) acerca da
linguagem literária e das narrativas de ficção. Para alcançar o objetivo proposto,
incialmente procedemos com a leitura de trechos de dois livros de narrativas de
aventura: Robinson Crusoé, de Daniel Defoe e As Viagens de Gulliver, de Jonathan
Swift. A partir da leitura dos referidos clássicos e de conversas sobre a
importância que as narrativas têm na vida de todos aqueles que a elas têm
acesso, foram identificadas algumas características próprias desses textos. Após
esse primeiro momento, os estudantes passaram a pontuar as suas preferências
para a escrita do livro de narrativas de aventura. A partir dessas preferências
partimos para o planejamentodo livro: identificação das personagens, espaço,
tempo, narrador etc. A etapa seguinte foi a escrita do primeiro capítulo do livro. A
quinta etapa consistiu em ensinar aos estudantes a criarem um arquivo no Google
Documentos para que o livro ficasse salvo no e-mail institucional de cada um.
Cada aluno está desenvolvendo, durantes as aulas de Língua Portuguesa, a escrita
do seu livro nosChromebooks da Sala de Inovação Educacional da escola. A
realização das primeiras etapas do projeto de escrita do livro tem permitido aos
estudantes desenvolverem a sua escrita literária e a tomarem gosto pela leitura de
narrativas de aventura, e também de outros tipos de textos literários. Além disso, é
possível observar que a habilidade de escrita tem melhorado a cada momento
dedicado à escrita do livro.
253
LETRAMENTO LITERÁRIO EM BIBLIOTERAPIA: UMA VIVENCIA NO
CONTEXTO ESCOLAR
254
DO OUTRO LADO DA TELA: A POTENCIALIDADE DA MÍDIA INSTAGRAM
PARA O DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES DE MULTILETRAMENTOS
COM O CLÁSSICO DOM CASMURRO.
255
III FLAEL
257
ANÁLISE DE RECURSO DIDÁTICO: REFLEXÕES SOBRE A VARIAÇÃO
LINGUÍSTICA NO CENTRO CEARENSE DE IDIOMAS
Este trabalho tem como objetivo explanar e analisar o uso da variação linguística
nos recursos auditivos. Como corpus, analisamos a coleção de livros Pasaporte, )
obra utilizada nas aulas de Espanhol como Língua Estrangeira (E/LE) no Centro
Cearense de Idiomas (CCI). Para construir o embasamento teórico, utilizamos as
seguintes linhas de investigação: variação linguística e análise de material
didático. Desse modo, esta pesquisa fundamenta-se nos estudos de Labov (2008),
Belini e Sousa (2013) e Pontes (2014). A metodologia utilizada é uma pesquisa
quantitativa e bibliográfica. A coleta de dados foi realizada a partir da análise dos
áudios disponíveis na coletânea Pasaporte, editora Edelsa. Com base na geração
de dados, percebemos que a única variação encontrada é a diatópica, pois se
relaciona ao espaço geográfico no qual ela está inserida, predominantemente de
caráter vocabular. Os dados apontam que 6,8% dos áudios trazem uma variação
diferente da Peninsular, sendo que dos 21 países que falam espanhol como língua
oficial, apenas dois são trabalhados, Argentina e México. Além disso, traz o
sotaque de um alemão, uma estadunidense e um japonês. Por conseguinte, é
importante salientar que o ensino/aprendizagem de espanhol como LE precisa
contemplar o multiculturalismo dos falantes, visto que essas marcas de
variedades linguísticas são elementos estruturantes na formação da identidade
dos indivíduos, o que pode evitar a exclusão, a estigmatização e a predominância
de um recorte da língua.
258
AS POTENCIALIDADES DA ABORDAGEM DA LINGUÍSTICA DE CORPUS
PARA O DESENVOLVIMENTO DE MATERIAIS PARA ENSINAR
VOCABULÁRIO - SUPERANDO DESAFIOS EM UM AMBIENTE DE BAIXA
TECNOLOGIA
259
LA INTEGRACIÓN DEL CORTOMETRAJE ANIMADO EN LAS CLASES DE
E/LE: UN ENFOQUE PRÁCTICO PARA EL FOMENTO DE HABILIDADES
LINGÜÍSTICAS
260
CANÇÕES COMO RECURSO DIDÁTICO NA CONSTRUÇÃO DO ASPECTO
SOCIOCULTURAL NAS AULAS DE ELE
As canções têm estado presentes nas aulas de língua estrangeira de modo geral
para abordar um conteúdo gramatical ou ampliar o léxico. Esse recurso didático
mostra-se eficaz, sobretudo pelo envolvimento emocional dos aprendizes seja
)
com o cantor, com o tema da canção ou com o ritmo. Contudo, os efeitos
pedagógicos da musicalidade podem ser expandidos se abordados como o ponto
principal do processo, e não apenas como um suporte para consolidar um
determinado conhecimento, agregando os aspectos socioculturais e linguísticos
que tem a canção. Desta maneira, o presente trabalho objetiva refletir sobre o
papel da canção e da musicalidade no ensino de espanhol como língua
estrangeira com ênfase nos aspectos culturais dos países hispano-falantes,
apresentar abordagens que tratam sobre as canções como recurso didático na
construção do conhecimento, bem como propor uma sequência de atividades
utilizando a canção para o trabalho de aspectos estruturais e socioculturais da
língua espanhola. Para tanto, discutimos questões relativas ao ensino de espanhol
como língua estrangeira (ELE), às metodologias de ensino de línguas e às práticas
socioculturais com canções em sala de aula oferecidas por Coelho de Souza
(2014), Lima (2017), Leffa (2016), Mata Barreiro (1998), Richards e Rogers (1998)
e Sánchez Pérez (1997), de modo a coadunar em uma proposta pedagógica que
reforce habilidades e conhecimentos sobre o mundo hispânicos tão necessários
aos aprendizes da língua espanhola. Por fim, temos por intuito contribuir para que
esse recurso utilizado com frequência nas salas de ELE seja abordado de forma a
aumentar seu potencial didático, propiciando uma melhoria no uso da língua, com
autonomia e conhecimento.
261
CONVERSATION CLUBS: REFLEXOS DA APLICAÇÃO DE UM CLUBE DE
COMUNICAÇÃO ORAL EM LÍNGUA INGLESA NA UNIVERSIDADE FEDERAL
DO CEARÁ
MATHEUS OLIVEIRA CARNEIRO (UFC)
ANGEL LEONAM DA SILVA FURTADO (UFC)
DIANA COSTA FORTIER SILVA (UFC)
262
FAKE NEWS NOS LIVROS DIDÁTICOS (PROJETO Fake LivDi)
263
OS USOS VARIÁVEIS DO PPS E DO PPC EM ESPANHOL NA COLEÇÃO
DIDÁTICA PASAPORTE
264
OFICINA LINGUAGENS EM AÇÃO: A ELABORAÇÃO DE MATERIAIS
DIDÁTICOS PARA O ENSINO PRODUTIVO DE LÍNGUA PORTUGUESA.
Tendo como base esse ponto de vista Possenti (2012), que critica a forma como
muitos docentes abordam certos conteúdos em sala de aula, ou pelos conteúdos
que eles deixam de ministrar, e considerando a realidade dos cursos de letras, que
carecem de metodologias efetivas para transpor as teorias linguísticas em objetos
práticos de ensino, criamos as Oficinas Linguagem em Ação, visando o contato )
imediato dos discentes em formação professoral com orientações didáticas, a fim
de unir teoria e prática, por meio da produção de materiais didáticos para o ensino
de língua portuguesa na educação básica. As oficinas tinham o objetivo de
estimular os discentes a produzirem materiais didáticos para o ensino,
adequando-se aos diversos contextos e propósitos em sala de aula e aprendendo
a alinhar aspectos teóricos da área da linguística às práticas de ensino. Ocorreram
de forma presencial e virtual, com uma turma em cada modalidade. O conteúdo
programático das oficinas consistiu em: definição de material didático; eixos de
oralidade, produção de textos, leitura e análise linguística/semiótica, estudo sobre
o livro didático e memes no ensino de língua portuguesa. Ao final das oficinas, os
alunos produziram uma oficina autoral para aplicação de algum conteúdo em sala
de aula, isto é, que pudesse ser utilizada como material didático. Os trabalhos,
reunidos em formato de Ebook, apresentaram propostas didáticas diversas e
criativas para o ensino de gramática, interpretação de texto e até literatura,
produzidos a partir de uma perspectiva com foco em gêneros textuais. Esses
resultados demonstram o quão importante e necessária a iniciativa Oficinas
Linguagem em Ação foi para os estudantes de letras em formação.
265
CRITÉRIOS LEVADOS EM CONSIDERAÇÃO POR PROFESSORES DE
LÍNGUA INGLESA DE ESCOLAS PÚBLICAS DE ENSINO FUNDAMENTAL
PARA A ESCOLHA DO LIVRO DIDÁTICO
O livro didático, que por vezes pode vir a ser considerado um elemento facilitador
do processo de ensino-aprendizagem de língua estrangeira, geralmente acaba
desempenhando um papel central ou até mesmo de regulador do currículo, dos
conteúdos e das abordagens que devem ser utilizadas em sala de aula pelo
professor de Línguas (SARMENTO e LAMBERTS, 2016). Por esse motivo, a escolha )
de um material didático de qualidade e que atenda às necessidades pedagógicas
tanto dos alunos quanto dos professores deve ser levada em conta. Partindo
dessa necessidade, surgiu o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), que tem
como objetivo avaliar e oportunizar aos professores a escolha das obras literárias
que serão utilizadas em sala de aula nas escolas públicas brasileiras por um ciclo
de 4 anos (ARAÚJO, 2020). Apesar disso, é comum ouvir relatos de dificuldades
relacionadas ao uso do material didático de Língua Inglesa, como por exemplo, o
nível de conhecimento linguístico prévio exigido dos alunos para a compreensão
dos textos ou áudios encontrados nos materiais (OLIVEIRA et al., 2019).
Considerando isso, a presente pesquisa tem como objetivo investigar quais
critérios são levados em consideração por professoras e professores de Língua
Inglesa da rede pública para a escolha dos livros didáticos que são adotados na
escola na qual lecionam. Para essa pesquisa, três professores de língua inglesa de
escolas públicas municipais de ensino fundamental irão responder a uma
entrevista semiestruturada com perguntas relacionadas aos parâmetros que são
considerados pelos docentes para a escolha do material ofertado pelo PNLD.
Após a coleta dos dados, serão estabelecidos e discutidos os fatores que
norteiam a escolha do material didático por parte dos professores de língua
inglesa.
266
III FLAEL
268
CONHECIMENTOS E EXPERIÊNCIAS ADQUIRIDAS NA MINISTRAÇÃO DO
MINICURSO “COMPRENSIÓN LECTORA EN ESPAÑOL”.
269
OFICINA DE ESCRITA DE REDAÇÃO: UMA INICIATIVA PIBID NO IFCE
CAMPUS UMIRIM
270
CONSTRUINDO PONTES EDUCATIVAS: O PAPEL DO RESIDENTE
PEDAGÓGICO NA FORMAÇÃO CONTINUADA DA PRECEPTORIA
O presente trabalho teve como principal objetivo refletir sobre como as ações dos
residentes do Programa Residência Pedagógica (PRP) do Núcleo de Língua
Portuguesa do Instituto Federal do Ceará (IFCE) - Campus Tianguá contribuem
para a formação continuada das preceptoras das escolas-campo. A fim de
embasar a discussão aqui trazida, dialogou-se com ideias de Freire (2017), Tardif
)
(2014) Libâneo (2013) e outros, que discutem acerca da ampliação dos saberes
profissionais docentes como premissa fundamental na construção de uma
educação basilar e contextualizada. De natureza básica e abordagem qualitativa,
buscou-se realizar uma pesquisa que evidenciasse os pontos relevantes das
atividades do programa enquanto oportunidade de continuação de formação. Para
isto, foi realizado um questionário com 10 perguntas subjetivas, de modo com que
fossem respondidas confidencialmente pelas três professoras atuantes no
referido núcleo. À luz das respostas obtidas e revisão bibliográfica de uma
literatura voltada para formação continuada, pode-se concluir que os impactos das
ações desenvolvidas pelos residentes, no que diz respeito ao aperfeiçoamento das
docentes participantes do programa, foram significativos. Pois, ao trazerem à tona
metodologias ativas, corroborou-se para uma visão ampliada do fazer pedagógico
na sala de aula. Este artigo, portanto, traz à baila a figura do residente como um
dispositivo crucial para o aprimoramento dos saberes e práticas pedagógicas da
preceptoria.
271
RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA E O PRIMEIRO CONTATO DOCENTE: UMA
EXPERIÊNCIA DE ENRIQUECIMENTO PROFISSIONAL E PESSOAL
272
INTEGRANDO TECNOLOGIA E INGLÊS EM ESCOLAS PÚBLICAS COM
STEAM
273
O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA E
A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES: EXPERIÊNCIAS E DESAFIOS
PARA ALUNOS DO IFCE CAMPUS DE UMIRIM
274
A LITERATURA AFRO- BRASILEIRA FRENTE AO REPERTÓRIO
SOCIOCULTURAL DA REDAÇÃO DO ENEM: POSSIBILIDADES DE
MUTUALIDADE
)
O presente estudo, de cunho prático-reflexivo, debruça-se em analisar o trabalho
com textos da literatura afro-brasileira como via de desenvolvimento do repertório
sociocultural da redação do Enem em estudantes de uma escola estadual de
ensino médio localizada no interior do Ceará, mais especificamente na cidade de
Tianguá, por meio de atividades vinculadas ao Programa de Residência Pedagógica
(PRP), Núcleo Língua Portuguesa do Instituto Federal do Ceará (IFCE) - Campus
Tianguá. As análises foram fundamentadas pelos estudos de Cosson (2009) e
Koch (1983), que tratam sobre a importância do letramento literário em sala de aula
e a discursividade textual na produção escrita. Além disso, também se utilizou
Evaristo (2007, 2017) e Couto (2009) como autores norteadores dos textos )
selecionados para a aplicação dessa iniciativa. Por fim, destaca-se Oliveira (2017) e
Duarte (2017) como referências consultadas para a discussão da necessidade da
literatura afro-brasileira nos espaços formativos de conhecimento e sua perceptível
invisibilidade ao decorrer das últimas duas décadas. Para a realização do trabalho,
os autores, a partir de aulas em turmas da escola-campo, buscaram trabalhar com
textos da literatura afro-brasileira como base para a discussão de repertório
sociocultural em redação dissertativa-argumentativa. No mais, as experiências
apreendidas ao decorrer das regências executadas pelos autores demonstraram
que a abordagem de ensino de redação baseada na Literatura Afro-brasileira pode
ser uma significativa ferramenta para o crescimento do repertório crítico dos
estudantes, além de promover a consolidação da Lei 10.639/03, que, mesmo após
vinte anos de sua aprovação, é visivelmente negligenciada nos espaços escolares,
impossibilitando sua efetivação.
275
CONHECER O ALUNO PARA MELHOR ENSINAR: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
276
III FLAEL
278
A RELAÇÃO ENTRE METODOLOGIAS ATIVAS E A RESIDÊNCIA
PEDAGÓGICA EM LÍNGUA PORTUGUESA: A LITERATURA COMO AÇÃO
COLABORATIVA EM ESCOLA PROFISSIONAL
279
ESTÁGIO DOCENTE DE LÍNGUAS E OS PROGRAMAS RESIDÊNCIA
PEDAGÓGICA E PIBID
280
A RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA EM LÍNGUA PORTUGUESA A PARTIR DAS
PERSPECTIVAS DAS PROFESSORAS PRECEPTORAS DE ESCOLAS
REGULAR E PROFISSIONAL
281
TRANSFORMANDO A BIBLIOTECA EM UM ESPAÇO ATRATIVO: UMA
INICIATIVA PIBID NO IFCE CAMPUS UMIRIM
282
A RESSIGNIFICAÇÃO DO ESTÁGIO COMO PESQUISA E CAMINHO RUMO
À CONSTRUÇÃO DE UM PROFESSOR DE PRÁTICA REFLEXIVA DE
LÍNGUA PORTUGUESA
283
GÊNEROS DO MUNDO DO TRABALHO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS
284
A FONOLOGIA PARA A DOCÊNCIA: REFLEXÕES SOBRE ASPECTOS
DIDÁTICOS-PEDAGÓGICOS E TEÓRICOS- METODOLÓGICOS DOS
LICENCIANDO EM LETRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
285
A TRAJETÓRIA DO ENSINO DO ESPANHOL NO BRASIL: REFLEXÕES
SOBRE OS DESAFIOS NAS PRÁTICAS DOCENTES NO CONTEXTO DA
ESCOLA PÚBLICA
286
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