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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Português

Título do Trabalho

MUDANÇA DO PORTUGUÊS EM MOÇAMBIQUE

Nome do estudante: Wilson António Januário

Código do estudante: 61230641

Tete, Maio, 2024


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Português

Título do Trabalho

MUDANÇA DO PORTUGUÊS EM MOÇAMBIQUE

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura
em Ensino de Português da UnISCED.

Tutor:

Nome do estudante: Wilson António Januário

Código do estudante: 61230641

Tete, Maio, 2024


Índice
Introdução ............................................................................................................................... 4

Objectivos ............................................................................................................................... 4

Geral ........................................................................................................................................ 4

Conhecer as Mudanças do Português em Moçambique. ........................................................ 4

Especifico................................................................................................................................ 4

Metodologia ............................................................................................................................ 4

Mudança do Português em Moçambique................................................................................ 5

O português de Moçambique e as pessoas de Moçambique ................................................... 5

A interacção por meio das redes sociais em Moçambique ..................................................... 6

Diferenças sociais e linguísticas ............................................................................................. 6

A rede social como um ambiente de mudança ....................................................................... 7

A variação linguística presente nas redes sociais ................................................................... 7

O Nível de Letramento nas Redes de Interacção Social ......................................................... 8

Conclusão................................................................................................................................ 9

Referencias Bibliográficas .................................................................................................... 10


Introdução

O presente trabalho enquadra-se na cadeira de Língua Portuguesa III, tendo como tema
“Mudança do Português em Moçambique”. É importante salientar que, para a elaboração
deste trabalho recorreu-se ao uso de módulo de Língua Portuguesa III, pesquisa bibliográfica
e consulta de artigos publicados pela rede internet.

Este trabalho versa os seguintes objectivos: Conhecer as Mudanças do Português em


Moçambique; Mencionar a variação linguística presente nas redes sociais; Discutir aspectos
de mudança na fonética, na sintaxe e no léxico; Apresentar propostas para ultrapassar os
problemas que encontrar.

No que tange a estrutura, este trabalho apresenta:

 Mudança do Português em Moçambique;


 O português de Moçambique e as pessoas de Moçambique;
 A interacção por meio das redes sociais em Moçambique;
 Diferenças sociais e linguísticas;
 O Nível de Letramento nas Redes de Interacção Social;
 Conclusão;
 Referências bibliográficas.

Objectivos

Geral

Conhecer as Mudanças do Português em Moçambique.

Especifico

 Mencionar a variação linguística presente nas redes sociais;


 Discutir aspectos de mudança na fonética, na sintaxe e no léxico;
 Apresentar propostas para ultrapassar os problemas que encontrar.

Metodologia

Pesquisa Bibliográfica foi o método a partir do qual foi feita a recolha de informações
contidas em algumas obras e em páginas da internet que versam sobre os temas em estudo e
que são revestidos de importância por serem capazes de fornecer dados relevantes.
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Mudança do Português em Moçambique

O Português de Moçambique difere significativamente do Português Europeu em termos de


lexicalidade, fonologia e semântica.

Esta é uma direção que pode ser alcançada por qualquer língua viva, pois se não fosse assim,
não estaríamos falando latim. Os contextos socioculturais da Moçambique impedem a
comunicação e a marcação da identidade, o que justifica as entradas de termos de várias LB.

Para melhorar o ensino do português nas escolas moçambicanas, é necessário continuar a


pesquisar e descrever a realidade do português em Moçambique. É importante destacar que a
língua portuguesa continua sendo um obstáculo para o avanço da educação no Moçambique.
Portanto, para superar essas dificuldades, algumas pessoas defendem uma educação bilíngüe.

Em relação ao português de Moçambique, é fundamental demonstrar que todos os linguistas


devem contribuir para que as autoridades responsáveis pela política e planejamento linguístico
reconheçam a diversidade.

Observamos que o primeiro-ministro surgiu com a colonização. O português sofreu com o


multilinguismo e o multiculturalismo devido à distância geográfica de Portugal. Isso teve um
impacto significativo nos aspectos lexical, semântico, morfossintáctico e fonético-fonológico.
O português é hoje a língua nacional e é realmente uma língua moçambicana de origem
europeia, com falantes nativos que respondem prontamente às necessidades.

As regras gerais das línguas são armazenadas neste sistema (Coseriu, 1962; 1989). Como
resultado, continuaremos conversando em português e seguindo as regras do seu sistema.

O português de Moçambique e as pessoas de Moçambique

O português falado em Moçambique é diferente do português europeu, brasileiro, angolano,


guineense e assim por diante devido a fatores sociais. Como afirmado por Lopes, Sitoe e
Nhamuende (2013, p. 17), "em Moçambique vem-se desenvolvendo uma variedade de
português que é moçambicana, no sentido em que há traços, características e realizações
formais e contextuais da moçambicanidade na fala e na escrita..."

Os moçambicanos demonstram claramente a afirmação de uma norma própria. Isso pode ser
visto na forma como incorporam seu vocabulário de origem bantu ao sistema português,
divergindo da norma europeia (lusitana), simplificando a morfologia flexional do português,

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começando a ordenar os elementos frásicos de acordo com a sequência do discurso e,
sobretudo, o léxico português é forçado a se ajustar à mentalidade africana, tanto nos sema
sinerentes quanto nos sema classemáticos. Isso exige, ocasionalmente, uma reformulação do
esquema frásico em alguns dos modelos proposicionais (Vilela, 1995, p. 68).

A interacção por meio das redes sociais em Moçambique

As redes, particularmente as redes informacionais, representam a morfologia de organização


social da sociedade moderna, de acordo com Castells (1999). Trata-se de uma categoria de
pesquisa mais adaptável, menos centrada em generalizações universais e mais relacionada ao
mundo real.

As pessoas estão ligadas às redes sociais. Como resultado, Batisti (1993) afirma que o
interesse é predominante nas análises de redes que envolvem conexões entre indivíduos que
interagem diretamente, o que limita o número total de participantes da rede analisada a 20 a
50. Ainda assim, os laços fortes e fracos diferem: defenderam conexões que "conectam
amigos e parentes àqueles que conectam conhecidos" (Evans, 2004, p.550). Portanto, existe
uma conexão delicada e duradoura entre as relações sociais e a variação e a mudança da
linguagem.

Em sociolinguística, existem três conceitos fundamentais sobre interação-variação-mudança:


comunidades de fala, redes sociais de interacção e comunidades de prática. Todos esses
conceitos abrangem as interações. O conceito de redes sociais, definido por Evans (2004)
como “um conjunto de vínculos de todos os tipos entre os indivíduos em um grupo”, me
chamou a atenção neste artigo.

Os estudos das interações das redes sociais – um termo traduzido do inglês social networks –
oferecem uma abordagem complementar às questões da variação e da mudança linguística
porque consideram as interações entre falantes em contextos sociais e situacionais específicos,
elementos essenciais que não podem ser ignorados quando se trata de medir e medir a
variação e a mudança linguística. Além disso, eles subestimam a importância das variáveis
sociais e linguísticas.

Diferenças sociais e linguísticas

Como Castells (1999) bem observa, o contexto é um conceito teórico, portanto é relacional,
pois sua concepção e tratamento dependem de outras noções teóricas. De acordo com a linha
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de pesquisa laboviana, o contexto social não deve ser entendido a partir do ponto de vista
fenomenológico, pois não é efémero nem surge da fala das interações. Deve ser feito além de
ações localizadas.

Segundo Labov (1972, 1994, 2001), na sociolinguística, o contexto social é anterior à fala e
aos enunciados. É universal e persistente e serve como um sistema de referência para explicar
os usos individuais da linguagem. Portanto, as unidades de análise relevantes são as classes
sociais, comunidades e redes sociais, além das características colectivas dos agentes, como
sexo, idade, profissão e escolaridade.

A rede social como um ambiente de mudança

A análise da rede social foi realizada simultaneamente com uma análise de regra variável nos
moldes labovianos no estudo que fornece subsídios à presente reflexão, sobre a palatalização
variável das oclusivas alveolares, de Battisti, Dornelles Filho, Lucas e Bovo (2007). Isso
significa que os 48 membros da rede social analisada também foram os 48 informantes cujas
entrevistas foram usadas para identificar os 26 600 contextos de palatalização que a análise
examinou.

Como mencionado anteriormente, a regra é aplicada com uma frequência de 30% na


comunidade de António Prado e depende da vogal fonológica ou subjacente /i/ e da
consoante-alvo da regra desvozeada, /t/. Em António Prado, os jovens e os residentes urbanos
desempenham um papel significativo no condicionamento social. À primeira vista, parece que
a mudança está progredindo na comunidade como resultado dos jovens.

A variação linguística presente nas redes sociais

A variação linguística nas redes sociais é um estudo que aborda a variação linguística
tendendo a uma mudança linguística ao ter como foco de atuação uma comunidade de fala
inovadora e ousada em seu ato comunicativo nas redes sociais, como Facebook e WhatsApp.

Para o desenvolvimento deste trabalho, foi útil abordar várias concepções pertencentes ao
campo linguístico. No primeiro capítulo, eles sugerem trazer uma orientação do que seja a
língua no ato comunicativo, começando com as considerações linguísticas de Ferdinand
Saussure e seus seguidores e terminando com a proposta da sociolinguística de William
Labov sobre a língua dentro do contexto social.

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A intenção desta análise descritiva é examinar as mensagens (chats) postadas pelos feicianos e
Whatsaapeiros em suas respectivas salas de bate-papo. O objetivo é analisar as possíveis
interpretações da escrita relacionada às redes e suas consequências no caso de essa linguagem
"saltar" as barreiras entre o mundo real e o virtual.

Seus componentes essenciais que compõem as relações descritivas da língua entre os usuários
das redes são destacados, então são selecionados os componentes linguísticos e adicionais
relevantes para WhatsApp e Facebook. Além disso, é destacado um novo tipo de género
textual. Além disso, para concluir a conversa, sugere-se realizar uma análise da variação
linguística com base nas concepções da gramática estilística e normativa.

O Nível de Letramento nas Redes de Interacção Social

Segundo Bortoni-Ricardo (2005), os indivíduos em nível mais avançado se envolveram na


transformação de seu falar original em favor dos padrões urbanos mais prestigiosos. Esses
padrões foram alcançados por meio do conhecimento sistematizado promovido pela escola ou
por um contato mais estreito com a cultura de letramento. Ao mesmo tempo, alguns
indivíduos mantêm sua linguagem quase inalterada.

Sua rede social de interacção é o que os torna distintos. Como sabemos, a maneira como
falam é um sinal de sua identidade. O uso de um estilo de fala descontínuo, como o rotacismo,
pode indicar uma necessidade de afirmação em um grupo ou mesmo a vontade de se parecer
com algum membro importante da rede em suas interações.

O impacto do letramento em comunidades de fala não foi discutido desde o início da


sociolinguística, alerta Bortoni-Ricardo (2014). Agora, a pesquisadora diz que as diferenças
no desempenho escolar de crianças de classes socialmente desfavorecidas podem ser
explicadas pelo grau de letramento escolar que perpassa a vida familiar.

Portanto, como Giron (2004) afirma, é fundamental fazer uma análise do acesso a eventos e
práticas de letramento promovidas pelas agências hegemônicas e, portanto, de prestígio aos
informantes aqui examinados.

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Conclusão

Após a realização desta pesquisa sobre a “Mudança do Português em Moçambique” obteve-se


os seguintes pontos de reflexão:

O Português de Moçambique difere significativamente do Português Europeu em termos de


lexicalidade, fonologia e semântica.

Portanto, para melhorar o ensino do português nas escolas moçambicanas, é necessário


continuar a pesquisar e descrever a realidade do português em Moçambique. É importante
destacar que a língua portuguesa continua sendo um obstáculo para o avanço da educação no
Moçambique. Portanto, para superar essas dificuldades, algumas pessoas defendem uma
educação bilíngüe.

Em relação ao português de Moçambique, é fundamental demonstrar que todos os linguistas


devem contribuir para que as autoridades responsáveis pela política e planejamento linguístico
reconheçam a diversidade.

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Referencias Bibliográficas

BENVENISTE, Émile. Problemas de linguística geral 1. 3ª ed. Campinas, SP: Pontes:


Editora da Universidade Estadual de Campinas, 1991.

CHIMBUTANE, Feliciano. As estratégias resumptiva e cortadora na formação de orações


relativas do português de Moçambique. In: GONÇALVES, Perpétua (org.) Mudanças no
português em Moçambique: aquisição e formato de estruturas de subordinação. Maputo,
Moçambique: Livraria universitária, 111-168, 1998.

GONÇALVES, Perpétua. A construção de uma gramática do português de Moçambique:


Aspectos da estrutura argumental dos verbos. Tese de Doutoramento, Universidade de Lisboa,
Faculdade de Letras, 1990.

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