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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Português

Neologismos no português moçambicano

Generosa Afonso Buci: 41200430

Maxixe, Maio, 2023


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Português

Neologismos no português moçambicano

Trabalho de Campo a ser


submetido na Coordenação do
Curso de Licenciatura em Ensino
de Português da UnISCED.

Tutor: Diocleciano Nhatuve

Generosa Afonso Buci: 41200430

Maxixe, Maio, 2023

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Conteúdo
Neologismo no português moçambicano................................................................................6

Conceito de léxico...................................................................................................................6

Teoria dos campos lexicais.....................................................................................................7

Movimentos no léxico.............................................................................................................7

A neologismos.........................................................................................................................7

Os neologismos, regra geral, são de três tipos........................................................................8

Os empréstimos como neologismos........................................................................................8

Considerações Finais...............................................................................................................9

Referencias bibliográficas.....................................................................................................10

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Introdução

O estudo do portugues mocambicano bem como os processos de introdução de novas


formacoes no portugues falado em mocambique é o objecto de estudo desta pesquisa. As
materias nele abordadas encontram se detalhadas ponto a ponto com vista a facilitar a sua
percepcao bem como para servir de instrumento de pesquisa.

A escolha do tema como objecto de estudo no presente trabalho deveu se ao facto de o


lexico ser a base da denominação dos seres, e o léxico que configura na realidade extra
linguística.

Outro motivo da minha escolha e aliado ao facto de a nível lexical da lingua que melhor se
regista uma co-variação sistemática entre a estrutura sócio cultural e a estrutura linguística

Considerando que a língua é um sistema sócio-cultural, interessou-nos verificar como os


moçambicanos se apropriam da língua portuguesa na tentativa de melhor representar o
contexto sócio-cultural, sócio-económico e sócio-político de Moçambique, isto é, a procura
de uma adaptação à sociedade moçambicana; ou ainda, como e com que palavras
simbolizam, categorizam a realidade que os circunda.

Objectivos

Geral: conhecer os processos básicos de formação de neologismos no português


moçambicano.

Específicos. Indicar alguns processos de formação de palavras;

Identificar situações de empréstimo das linguas bantu para o português mocambicano.

Tema: Neologismo no português de Moçambicano: lexicologia como forama de


enriquecimento do português moçambicano.

Como sabem a língua e um meio pelo qual a humanidade usa para expressar as suas ideias
através da oralidade ou escrita. Neste contexto a lingua portuguesa em Moçambique tem
vindo a registrar vários processos de mudanças resultantes de uma complexa fusão
multilingue e mutilingue e multicultural que moçambicano e. Contudo estas mudanças que
se vericam na lingua são de caracter aberto e dinâmico.

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Para Vilela (1994), o léxico constitui o subsistema mais dinâmico da língua, visto ser o
elemento mais directamente chamado a configurar linguisticamente a realidade, ou seja, o
que há de novo, e por isso, é nele que se reflectem mais clara e imediatamente todas as
mudanças ou inovações políticas, económicas, sociais, culturais ou científicas o
desenvolvimento da sociedade é sempre paralelo ao desenvolvimento da língua utilizada
por cada comunidade linguística. Por consequência disso nascem novas palavras a partir de
outras, ou atribuem-se novos significados a palavras já existentes na língua, ou ainda,
tomam-se emprestadas palavras de outras línguas. Este processo de desenvolvimento a que
as línguas estão sujeitas permite a expansão e enriquecimento do léxico. Esta constatação é
válida para todas as línguas humanas, incluindo a língua portuguesa falada em
Moçambique.

Pouco estudo tem se desenvolvido sobre os pocessos linguístico que norteam a formação
de novas palavras, não se tem feito descrições sobre estes processos, como também não se
tem feito uma reflexão teórica que possa fundamentar essas descrições e que permita uma
compreensão melhor deste fenómeno.

justificativa

A escolha do tema como objecto de estudo no presente trabalho deveu se ao facto de o


lexico ser a base da denominação dos seres, e o léxico que configura na realidade extra
linguística.

Outro motivo da minha escolha e aliado ao facto de a nível lexical da lingua que melhor se
regista uma co-variação sistemática entre a estrutura sócio cultural e a estrutura linguística

Considerando que a língua é um sistema sócio-cultural, interessou-nos verificar como os


moçambicanos se apropriam da língua portuguesa na tentativa de melhor representar o
contexto sócio-cultural, sócio-económico e sócio-político de Moçambique, isto é, a procura
de uma adaptação à sociedade moçambicana; ou ainda, como e com que palavras
simbolizam, categorizam a realidade que os circunda.

Do outro lado o estudo do léxico em Moçambique mostra-se particularmente relevante


porque sendo a língua portuguesa uma conquista, um bem adquirido de extrema
importâncias , torna-se necessário que a língua portuguesa seja assumida como um

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instrumento de comunicação e parte integrante do património cultural moçambicano. Assim
sendo, surge a seguinte questão de partida: quias os processos de formação de novas
palavras no português moçambicano?

Neologismo no português moçambicano: Lexicologia como forma de enriquecimento do


Português moçambicano:

A Lexicologia, consiste no estudo científico do léxico de uma língua, tendo como objecto o
seu relacionamento com os restantes subsistemas da língua, incidindo sobretudo na análise
da estrutura interna do léxico, nas suas relações e inter-relações. Portanto, a Lexicologia
tem por função fornecer os pressupostos teóricos e traçar as grandes linhas que coordenam
o léxico duma língua.

Importa também referir que a Lexicologia, de acordo com Vilela (1994:10), não tem como
função inventariar todo o material armazenado ou incluído no léxico. A sua função é
apresentar as informações acerca das unidades lexicais necessárias à produção do discurso e
caracterizar a estrutura interna do léxico, tanto no seu aspecto interno, como no aspecto da
forma. A Lexicologia inter-relaciona-se com a Gramática e com a Semântica: um elemento
do léxico pressupõe sempre a inclusão numa classe de palavras, as quais têm um certo valor
semântico que estabelece a sua compatibilidade com determinadas categorias e funções.

Conceito de léxico

Léxico é a totalidade das palavras de uma língua, de uma actividade humana (dicionário);
ou ainda, o saber interiorizado (competência lexical), por parte dos falantes pertencentes a
um grupo sociolinguístico-cultural de uma comunidade linguística, acerca das propriedades
lexicais das palavras (propriedades fonético-fonológico-gráficas, propriedades sintácticas e
semânticas).

O léxico de uma língua visto numa perspectiva funcional conserva uma estreita relação
com a história cultural da comunidade, uma vez que regista as diferentes mutações
ocorridas na sociedade, enfim, as diversas formas de conhecimento que nela se instauram.
Quer isto dizer que o léxico usado por uma comunidade reflecte a história dessa
comunidade

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Há três vectores fundamentais que se interligam, embora remetam para níveis de análise
diferente, e devem ser equacionados no tratamento dos processos de enriquecimento do
léxico do português de Moçambique. O primeiro tem a ver com o modo como o léxico se
organiza no sentido da criação de valores de similitude e oposição dentro de campos
lexicais. O segundo diz respeito à forma como se processam movimentos no léxico. O
terceiro explicita sumariamente os principais processos regulares e irregulares de formação
de palavras em Português, dando conta da forma como é possível operar a adição de novas
unidades no léxico de uma língua.

Teoria dos campos lexicais

O campo lexical é, segundo a perspectiva estrutural, um paradigma lexical formado pela


articulação e distribuição de um contínuo de conteúdo lexical por diversas unidades
existentes na língua e que se opõem entre si por meio de simples traços de conteúdo
(semas); isto é, o campo lexical compreende um conjunto de unidades léxicas que dividem
entre si uma zona comum de significação com base em oposições imediatas - Vilela (1979:
26)

Os termos arquilexema, lexema, sema e dimensão constituem conceitos importantes na


análise do léxico em campos lexicais

A classe lexical é, por sua vez, o conjunto constituído pelos lexemas que,
independentemente da estrutura do campo lexical, se encontra organizado por um traço
comum de conteúdo.

Movimentos no léxico

A mudança linguística afeta todas as componentes da língua (fonológica, morfológica,


sintática, semântica e pragmática). Deste modo, o léxico apresenta-se como sendo a
componente mais afetada pela mudança devido ao seu carácter dinâmico e aberto

Portanto, podemos afirmar que em virtude de toda a língua estar numa perpétua evolução,
nela concorrem duas forças opostas: uma que determina a conservação de termos clássicos
do idioma e outra que motiva, no nível lexical, a criação de novos termos, os neologismos.

A neologismos

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Historicamente toda a palavra foi um dia nova, isto é, a partir de certo momento é que
passou a fazer parte de uma comunidade. Algumas pertencem à fala, mas ainda não à
língua, porque têm condição provisória.

Cada época inova no domínio lexical ao mesmo tempo que vê desaparecer palavras
tomadas como inúteis, uma vez que liga as unidades da língua às unidades das coisas, às
modalidades de pensamento, a todo o movimento do mundo e da sociedade

Os neologismos, regra geral, são de três tipos

Neologismos formais consistem em formas novas não atestadas no estádio anterior do


registo da língua

Neologismos semânticos quando o neologismo corresponde a uma nova associação


significado-significante

Neologismos pragmáticos: quando a neologia resulta da passagem de uma palavra


previamente usada num dado registo para outro registo da mesma língua.

Os neologismos, em muitos casos, têm a ver com o contacto entre línguas, ou ainda, pode-
se dizer que advêm dos empréstimos feitos às outras línguas

Os empréstimos como neologismos

Dubois (1993), que considera a existência de empréstimo linguístico quando um sistema A


utiliza e acaba por integrar uma unidade ou um traço linguístico que existia num sistema
linguístico B e que A não possuía. A unidade ou o traço tomado como empréstimo são eles
próprios chamados empréstimos.

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Considerações Finais

Historicamente toda a palavra foi um dia nova, isto é, a partir de certo momento é que
passou a fazer parte de uma comunidade. Algumas pertencem à fala, mas ainda não à
língua, porque têm condição provisória. Este trabalho e fruto duma reflexão profunda sobre
interferência das Língua bantu no português falado em moçambique. As línguas bantu tem
um grande poder no que tange a introdução de novas formas num contexto socio-
linguistico. O empréstimo linguístico das línguas bantu para o português europeu foi outro
ponto que mereceu especial atenção neste estudo e que estes processos ocorrem pela mecês
Historicamente toda a palavra foi um dia nova, isto é, a partir de certo momento é que
passou a fazer parte de uma comunidade. Algumas pertencem à fala, mas ainda não à
língua, porque têm condição provisória. ida de designar seres que não fazem parte da
realidade do português europeu.

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Referencias bibliográficas

ALVES, I. M. Contribuições para a metodologia do trabalho em neologia terminológica: o


corpus de exclusão. In: CATALA, S. Á.; BARITE, M. (org.). Teoría y práxis en
terminología. Montevideo: Ediciones Universitarias, Unidad de Comunicación de la
Universidad de la República, 2017. p. 103-112.

ALVES, I. M. Neologismo. Criação lexical. São Paulo: Ática, 1990.

ALVES, I. M. Um estudo sobre a neologia lexical: os microssistemas prefixais do


português contemporâneo. Tese (Livre-Docência em Lexicologia e Terminologia) – São
Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo,
2000.

AULETE, F. J. C. Dicionário contemporâneo da língua portuguesa. Edição brasileira rev. e


atual. Hamílcar de Garcia. Rio de Janeiro: Delta, 1958. 5 v., 1 ed. 1881. BASILIO, M.

O papel da metonímia nos processos de formação de palavras: um estudo dos verbos


denominais em português. Revista da ABRALIN, v. 6, n. 2, p. 9-21, jul./dez. 2007. DOI
https://doi.org/10.5380/rabl.v6i2.52621 BASILIO, M.

O Princípio da Analogia na Constituição do Léxico: Regras são Clichês Lexicais. Veredas,


v. 1, n. 1, p. 9-21. Juiz de Fora: UFJF, 1997. BOOIJ, G. (org.). The construction of words.
Advances in Construction Morphology. New York: Springer, 201

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