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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Ciências de Educação


Curso de Licenciatura em Ensino de Português

Projecto
Neologismos no Português de Moçambique, estudo de caso: Cidade de Chimoio, 2023-20224

Nome e Código
Rosa Rodrigues Jornal Chicombo
51200025

Chimoio, Maio de 2023


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Departamento de Ciências de Educação
Curso de Licenciatura em Ensino de Português

Neologismos no Português de Moçambique, estudo de caso: Cidade de Chimoio, 2023-20224

Trabalho de Campo a ser submetido


na Coordenação do Curso de
Licenciatura em Ensino de Português
do ISCED.
Tutor:

Nome e Código
Rosa Rodrigues Jornal Chicombo
51200025

Chimoio, Maio de 2023


Índice
1. Introdução ...................................................................................................................... 4

1.1 Objectivos ....................................................................................................................... 4

1.1.1 Objectivo geral ............................................................................................................. 4

1.1.2 Objectivos específicos .................................................................................................. 4

1.2 Problema e pergunta de partida ........................................................................................ 5

1.2.1 Hipóteses ...................................................................................................................... 5

1.3 Justificativa ..................................................................................................................... 5

2. Revisão da Literatura ..................................................................................................... 6

2.1 Neologismos no Português de Moçambique (Conceitos).................................................. 6

2.1.1 Neologismo Fonológico................................................................................................ 6

2.1.2 Neologismo Sintáctico .................................................................................................. 6

2.1.3 Neologismo Semântico ................................................................................................. 7

3. Metodologia de Estudo ...................................................................................................... 8

3.1 Metodologias (Conceito) ................................................................................................. 8

3.2 Tipo de pesquisa .............................................................................................................. 8

3.3 Métodos de pesquisa ....................................................................................................... 8

3.4 Instrumentos de pesquisa ................................................................................................. 8

3.4.1 Questionário ................................................................................................................. 9

3.4.2 Entrevista dirigida ........................................................................................................ 9

3.4.3 A pesquisa bibliográfica ............................................................................................... 9

3.4.4 População e amostra ..................................................................................................... 9

3.5 Cronograma .................................................................................................................. 10

Referências bibliográficas ................................................................................................... 11

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1. Introdução
Depois de vários anos de colonização, Moçambique tornou-se independente em 1975. Com a
conquista da independência, vários desafios o país tinha pela frente; um deles era a educação.
A Língua Portuguesa (LP) foi adoptada como língua oficial do país; precisava-se estender o
acesso à educação para os diversos cantos do país, ou seja, havia necessidade de se fazer com
a maior brevidade possível aquilo que o colono não foi capaz de fazer durante quinhentos
anos. Para tal, era necessário ter uma educação abrangente que alcançasse os mais diferentes
pontos do país, o que culminou com a política de massificação do ensino verificada nos anos
iniciais depois da independência.

O presente projecto de Linguística Aplicada temos o prazer de compreender o Neologismos


no Português de Moçambique. O projecto ser implementado na Cidade de Chimoio. No
período compreendido entre 2023-2024.

O projecto está organizado da seguinte maneira, primeiro temos a introdução, seguido por
objectivos, problematização, justificativa. O segundo ponto, temos a fundamentação teórica.
Segundo pela terceira parte, onde temos o porte metodológico, onde consta tipo de pesquisa,
método de pesquisa, técnicas de pesquisas e por fim temos a cronograma de actividades e
referências bibliográficas.

1.1 Objectivos
1.1.1 Objectivo geral
 Compreender o Neologismos no Português de Moçambique particularmente na
Cidade de Chimoio.

1.1.2 Objectivos específicos


 Definir Neologismos;
 Identificar os nos tipos Português de Moçambique;
 Identificar tipos de no Português de Neologismo de Moçambique;
 Caracterizar as novas palavras que estão ser introduzidos no português Moçambicano
em o particularmente a partir da Cidade de Chimoio.

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1.2 Problema e pergunta de partida

A língua segunda em Moçambique, o português é tomada como pano de fundo a pós a


colonização em 1975. Nesse período monos de 20% na total da população moçambicana
falava. É tomado porem como língua oficial no meio de dezena de outras línguas Bantus.
Portanto, no meio desse trajecto de quase 50 anos da independência, foram introduzidas
varias palavras saindo das línguas locais. Esta situação favorece a formação de novas formas
de estar e de simbolizar o real, podendo-se afirmar que em Moçambique o convívio da língua
portuguesa com outros idiomas e as sucessivas transformações criam condições para o
surgimento de alterações e acréscimos lexicais à língua portuguesa e disso resulta a
ampliação lexical por meio de vocábulos e de expressões.
No entanto, verifica-se que tais estudos, na sua maioria, centram a atenção no levantamento
dos neologismos, dos empréstimos, assim como na explicação das causas do seu surgimento.
Considerando o exposto acima, é pertinente formular as seguintes questões:
 Como se dá a o surgimento de novas palavras no Português de Moçambique?
 Que processos de formação de palavras são mais produtivos no Português de
Moçambique?

1.2.1 Hipóteses
Os surgimentos de novas palavras estão relacionados Neologismos no Português de
Moçambique particularmente na Cidade de Chimoio.

1.3 Justificativa
A escolha do neologismo como objecto de estudo no presente trabalho deveu-se ao facto de,
como afirmámos anteriormente, ser o neologismo o núcleo léxico, a base da denominação das
coisas, melhor dizendo, é o léxico que configura imediatamente a realidade extralinguística.
Numa outra perspectiva, o estudo do neologismo em Moçambique mostra-se particularmente
relevante porque sendo a língua portuguesa uma conquista, um bem adquirido de extrema
importância, tal como foi a Independência Nacional de Moçambique em 1975, para que esta
conquista seja efectiva, torna-se necessário que a língua portuguesa seja assumida como um
instrumento de comunicação e parte integrante do património cultural moçambicano. Assim
sendo, é importante que reflicta as particularidades do espaço onde ele é usado, pois só assim
se tornará mais expressivo e mais aceite como algo que pertence àqueles que o adoptaram.

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2. Revisão da Literatura
2.1 Neologismos no Português de Moçambique (Conceitos)

Boulanger (1979, p.65-66) considera neologismo como sendo “uma unidade lexical de
criação recente, uma nova acepção de uma palavra já existente, ou ainda, uma palavra
recentemente emprestada de um sistema linguístico estrangeiro e aceito numa língua”.
Percebe-se, todavia, que só se tem neologismo quando uma nova palavra entra para a língua e
que é adoptada pelos falantes da língua sem criar problemas para as unidades lexicais
existentes, isto é, permitindo que as diferentes unidades lexicais coexistam na mesma língua.

Barbosa (1996) denomina neologismo alogenético o item lexical trazido de outra língua, em
oposição ao item lexical autóctone, emprestado no interior do próprio sistema linguístico
(neologismo semântico ou conceptual) e assim o define: Deve-se distinguir, inicialmente, o
empréstimo interno e o empréstimo externo de palavras. Para primeiro, entende-se como o
movimento que se realiza entre vocabulários regionais, entre vocabulários profissionais, entre
estes e aqueles ou, ainda, entre tais vocabulários e o vocabulário geral.

2.1.1 Neologismo Fonológico


De acordo com Alves (2007) e Barbosa (1996), este tipo de neologismo resulta da criação de
um item lexical totalmente novo, sem base em nenhuma palavra existente. Alves (2007) usa a
unidade lexical gás que tem sido interpretada como oriunda do étimo grego khaos, para
exemplificar. Barbosa (1996) considera que o emprego de neologismos fonológicos como
item lexical inédito é bastante raro.
Para Barbosa, a produção onomatopeica específica é uma criação fonológica inédita e,
“ocorre com menor frequência em todas as línguas, sendo mais comum em discursos
literários” (Barbosa, 1996, p. 176). A onomatopeia resulta da criação de uma unidade lexical
que tenha relação com certos sons ou gritos; ao que se pode entender que, em palavras
onomatopeicas, existe sempre uma relação entre a palavra e o significante, como é o caso de
“miau” em representação da voz do gato.

2.1.2 Neologismo Sintáctico


De acordo com Alves (2007, p. 14), “ao contrário dos neologismos fonológicos, os
neologismos sintácticos supõem a combinatória de elementos já existentes no sistema
linguístico português”. São denominados sintácticos porque a combinação de seus membros
constituintes não está circunscrita exclusivamente ao âmbito lexical (junção de um afixo a

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uma base), mas concerne também ao nível frásico: o acréscimo de sufixos pode alterar a
classe gramatical da palavra base, e a composição tem carácter coordenativo ou
subordinativo.
Os neologismos sintácticos podem ser formados por: (a) Derivação prefixal: este tipo de
derivação se forma quando é adicionada a uma base (radical) um prefixo, o qual lhe
acrescenta uma grande variedade de significados. Ex.: Desconseguir = [despref + consegRad
+ irSuf]– não conseguir.

2.1.3 Neologismo Semântico


De acordo com Barbosa (1996, p. 171), pode ser definido como empréstimo de significado, à
medida que, em geral, não pressupõe alterações no significante. O neologismo semântico
constitui-se de palavras já existentes, porém, utilizadas com novas acepções, ou seja, forma-
se uma palavra por neologismo semântico quando se dá um novo significado, somado ao que
já existe; trata-se do surgimento de uma significação nova para um mesmo segmento
fonológico, que passa a ser uma nova unidade de significação. “Por meios dos processos
estilísticos da metáfora, da metonímia, da sinédoque (...), vários significados podem ser
atribuídos a uma base formal e transformam-na em novos itens lexicais” (Alves, 2007, p. 62).
Por exemplo: a palavra cabrito significa ‘fora da lei’; a esse significado somamos outro,
‘(corrupção) bom’; afinar, que em Moçambique pode ter o sentido de «usar português
rebuscado»; o verbo alarmar usa-se indiferentemente para “pôr em alarme, assustar” e para
«instalar alarme no carro»; emprestar significa não só “ceder temporariamente, conceder”,
mas também «pedir emprestado»; esquinar que corresponde a “desviar’’ e a “esperar na
esquina’’; estilar alarga o seu conteúdo a “exibir-se”; matabicho designa indiferentemente,
“pequeno-almoço, gratificação, gorjeta”; mola estende o seu conteúdo semântico a
“dinheiro”.

2.1.5 Empréstimo e estrangeirismo


A LP, como qualquer outra língua, sofre influências que podem ser um conjunto de
incorporações que vêm de outras línguas. No entanto, existem vários níveis dessas
incorporações. Dentre eles, temos os conceitos de estrangeirismo e de empréstimo, que,
embora semelhantes, são fenómenos específicos e diferentes de incorporações de outras
línguas, sendo o léxico o nível que sofre mais influências. Portanto, para melhor se
compreender o fenómeno de empréstimo na LP é importante entender como esse fenómeno
vem acontecendo.

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3. Metodologia de Estudo
3.1 Metodologias (Conceito)
Segundo Pinto (2013), metodologia é entendida como um conjunto de procedimentos que
possibilitam o alcance de objectivos previamente traçados, e estes Estudam, Descrevem,
Explicam Interpretam, Compreendem e Avaliam. Nuvunga etal (2017), metodologia é o
caminho, a direcção para o rigor científico. Oferece trilhas, normas, regras e hábitos que
orientam no caminho da pesquisa científica. Quando aplicada, consiste em um conjunto de
procedimentos utilizados que examina, estuda e avalia métodos e técnicas de pesquisa. E
também gerar ou verificar vários métodos disponíveis, que conduzam à captação e ou
processamento de informações relacionados a problemas de investigação.

3.2 Tipo de pesquisa


a) Pesquisa Exploratória
Gil (1999), considera a pesquisa exploratória tem como objectivo principal desenvolver,
esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais
precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. Assim, para este estudo, adoptar-
se-á a pesquisa exploratória porque tem como objectivo analisar um facto, que neste caso
trata-se o surgimento de novas palavras na língua português em Chimoio tendo em conta o
contexto social e cultural.

3.3 Métodos de pesquisa


a) Monográfico
No que diz respeito ao procedimento, o estudo a ser usado será o método de procedimento
monográfico, visto que este fundamenta-se no estudo aprofundado de um caso, considerando-
o representativo de muitos outros. Consiste no estudo de determinados indivíduos, grupos,
comunidades, empresas, etc., com a finalidade de obter generalizações, (YIN, 1993).

3.4 Instrumentos de pesquisa


Nesta indagação, aplicou-se um Questionário que será dirigido a população da Cidade de
Chimoio com vista a compreender o processo de surgimento de novas palavras. Compreender
a toda idade de pessoas, com propósito a obter variadas respostas.

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3.4.1 Questionário
Segundo Barbosa (2008, p. 1), “Questionário é uma técnica de colecta de dados, dirigido a
certas pessoas para a obtenção de informações, contendo questões que podem ser, abertas,
directas (sim ou não), múltipla escolha com o objectivo de medir atitudes, opiniões e
comportamentos” Da Silva e Menezes (2005, p. 33) afirmam que, o questionário deve ser
objectivo, limitado em extensão e deve estar acompanhado de instruções que esclarecerão o
propósito de sua aplicação, ressaltando a importância da colaboração do informante e facilitar
o preenchimento.”

3.4.2 Entrevista dirigida


Segundo Bandeira (s/d, p. 5), “Entrevista dirigida: é aquela que o entrevistador decide as
perguntas anteriormente, num questionário, isto é, um guião de entrevista estruturado. O
entrevistador apenas lê as perguntas e anota as respostas dos sujeitos, sem acrescentar
nenhuma nova pergunta, durante a entrevista.” Com isso, a nossa entrevista será dirigida às
50 pessoas. Usaremos as entrevista com o objectivo de ouvir directamente o uso da língua e o
neologismo e em torno do surgimento de novas palavras e empréstimos das palavras.

3.4.3 A pesquisa bibliográfica


Irá se optar pelo método bibliográfico, porque este método tem como o objectivo de fazer
uma sustentação teórica dos assuntos relacionados com o tema em abordagem. Basear-se-á
em fontes secundárias, abrangendo toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema do
estudo.

3.4.4 População e amostra


Segundo Lakatos e Marconi (1992, p. 108), “Universo ou população é o conjunto de seres
animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum, como,
por exemplo, sexo, faixa etária, organização a que pertencem, comunidade onde vive, etc.” A
pesquisa abranger-se-á a toda a população da Cidade de Chimoio. Segundo Lakatos e
Marconi (2003, p. 163), “A amostra é uma parcela convenientemente seleccionada do
universo (população); é um subconjunto do universo.”
De acordo com Gil (2002, p. 121), amostra é uma pequena parte dos elementos que compõem
o universo. Para este trabalho, a amostra será 50 pessoas, dois quais, 30 jovens e 20 adultos.

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3.5 Cronograma
Actividades Maio Junho
Escolha do tema X
Levantamento da X
literatura
Inicio da elaboração do X
projecto
Digitação do projecto X
Revisão e coerção de X
erros de projecto
Entrega de projecto 1ª X
correccao
2ªCorreção X

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Referências bibliográficas
1. Alves, I.M. (2007). Neologismo: criação lexical. 3.ed. São Paulo: Ática
2. Barbosa, M. A. (1996). Léxico, produção e criatividade. São Paulo: Plêiade
3. Cardoso, S.A.M. (1991). Empréstimos: uma questão linguística e/ou político-cultural?
Revista Internacional de Língua Portuguesa. nº 5/6, p. 9-17
4. Gil, A. C (2000). Técnicas de pesquisa em economia e elaboração de monografias. 3.
ed. São Paulo: Atlas.
5. Lakatos (1995), E.M; Marconi, M.A. Metodologia científica: ciência e conhecimento
científico, métodos científicos, teoria, hipóteses e variáveis. 2. ed. São Paulo: Atlas.
6. Martins, G. (2009). Metodologia da investigação científica.2. ed. São Paulo: Atlas.
7. Silva, E.T. (1985). Leitura e realidade brasileira. Porto Alegre: Mercado Aberto,
8. DA Silva, E.L. e Menezes, E. M. (2005). Metodologia da Pesquisa e Elaboração de
Dissertação, UFSC, 4ªed. rev. actual, Florianópolis
9. Bandeira, M. (S/d). Texto: 9 – Definição das Variáveis e Métodos de Colecta de
Dados, Laboratório de Psicologia Experimental Departamento de Psicologia – UFSJ.
Disciplina: Método de Pesquisa Quantitativa
10. Lakatos, E. M e Marconi, M.A. (2003). Fundamentos de Metodologia Científica, 5ª
ed., Editora Atlas S.A., São Paulo
11. Gil, A. C. (2003). Como Elaborar Projectos de Pesquisa, Editora Atlas, 4ª ed., S
12. Gonçalves, P. (2000). (Dados para a) história da língua portuguesa em Moçambique.
Disponível em:
<http://www.institutocamoes.pt/CVC/hlp/geografia/portuguesmocambique.pdf>.
Acesso em: 13 maio. de 2023.

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