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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO


Curso de Contabilidade e Auditoria
Trabalho do campo da disciplina Auditoria Financeira

Discente:
Ana-Paula Xavier Martins Laissone

Tema do Trabalho:
Gestão de fraudes em Instituições de crédito

Tutor:

Tete,
Março de 2023
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E GESTÃO
Curso de Licenciatura em Contabilidade e Auditoria
Trabalho do campo da disciplina de Auditoria Financeira

Tema do Trabalho:

Gestão de fraudes em Instituições de crédito

Discente:
Ana-Paula Xavier Martins Laissone

Tete,
Março de 2023
Índice

1. Introdução.......................................................................................................................3

1.1. Objectivos...........................................................................................................................3

1.2 Metodologias........................................................................................................................3

2. Desenvolvimento do trabalho................................................................................................4

2.1 Fraude (Conceito).................................................................................................................4

2.2 Tipos de fraudes...................................................................................................................4

2.3 Teorias de fraude..................................................................................................................5

2.4 Procedimentos de prevenção da fraude................................................................................6

2.5 Gestão de fraudes em Instituições de crédito.......................................................................6

2. Conclusão............................................................................................................................8

Bibliografia................................................................................................................................9

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1. Introdução
A disciplina de Auditoria Financeira tem como objectivo: é avaliar e prestar ajuda a
alta Administração e desenvolver adequadamente suas atribuições, proporcionando-lhes
análises, recomendações e comentários objectivos, acerca das actividades examinadas.
No presente trabalho temos o prazer falar sobre a Gestão de fraudes em Instituições de
crédito. Fraude não é um privilégio da Administração Pública, pesquisas recentes indicam
que as  empresas perdem, tanto quanto, as empresas e órgãos públicos por ano, desviados por
seus próprios  executivos e funcionários. A roubalheira não é uma moléstia restrita ao
Terceiro Mundo. Países ricos como Estados  Unidos, França, Inglaterra e Alemanha ainda
não sabem como se ver livres da ousadia dos  fraudadores.
O presente trabalho está estruturado da seguinte maneira: primeiro temos a
introdução, onde temos breves notas que vão corporizar o nosso trabalho, seguidamente,
temos o desenvolvimento, onde consta os exercícios proposto, e finalmente temos as
conclusões e referencias bibliográficas consultadas.

1.1. Objectivos
1.1.1 Geral:
Compreender a gestão de fraudes em Instituições de crédito.

1.1.2 Específico:
Definir fraude;
Identificar os tipos de fraudes;
Caracterizar as teorias da fraude;
Identificar os procedimentos para prevenção da fraude;
Caracterizar as formas de gestão de fraudes nas instituições de crédito.

1.2 Metodologias
Entende-se por metodologia a determinação das formas que serão utilizadas para
reunir dados necessários para a consecução do trabalho ou por outra metodologia é conjunto
de regras ou caminhos que nos levam a atingir uma meta. Segundo Marconi & Lakartos,
(1987), todas as acepções da palavra “método” registadas nos dicionários estão ligadas à
origem grega methodos que significa “caminho para chegar a um fim”.

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2. Desenvolvimento do trabalho
2.1 Fraude (Conceito)

Segundo Lopes de Sá (1982, p. 15) apud Gil, (2011), a origem do termo é latina: “fraus,
fraudis”, e foi usado no  seu sentido próprio, para significar “dano feito a alguém” (assim o
usou Tito Lívio em sua “História de  Roma”). Em sentido indeterminado o termo teve o
significado de “crime, delito”.  
Para Albrecht et al., (2009) apud Gil, (2011), fraude é um termo genérico que significa o que
a ingenuidade humana pode conceber, sendo exercida por um indivíduo, para obter uma
vantagem sobre o outro através de falsas representações, em que nenhuma regra definida e
invariável pode ser estabelecida como proposição geral na definição de fraude, já que inclui
surpresa, truques, astúcia e formas injustas pelas quais o outro é enganado.

2.2 Tipos de fraudes


Existe vários tipos de fraudes, portanto, é importante salientar que as fraudes podem ser 
cometidas contra as empresas, por seus funcionários e terceiros ou pelas empresas contra o
governo e o mercado ou pelo governo contra empresas e o seu povo. Dentre vários tipos de
fraudes, citamos os seguintes:

Furto: o furto seria a apropriação indébita de algo com o objectivo de privar


permanentemente a  pessoa de sua propriedade. Um exemplo muito comum é a apropriação
indébita de dinheiro do caixa. 
Pirataria: para Gil (2011, p. 31) é a fraude com prejuízo intencional para a organização
quanto  à disseminação de processos e de produtos, concretizada por profissionais internos ou
externos às  entidades, junto ao mercado e, particularmente, para a concorrência.  Pirataria é
cópia, inclusive, com presunção do profissional que cometeu o plágio de haver sido 
autor/mentor do novo conceito ou sistemática. 
Corrupção: para um melhor entendimento do que é corrupção procuramos dividir o seu 
conceito em Suborno e Propina:  Suborno: pode ser entendido como algo, tipo dinheiro ou
favor, oferecido ou dado a alguém em  posição de confiança, para induzir a agir
desonestamente.  Propina: normalmente é o pagamento de uma percentagem para uma
pessoa capaz de  controlar ou influenciar um negócio.  
Falsificação: uma pessoa pode ser culpada de falsificação quando fizer um falso instrumento 
com a intenção de negocia-lo ou induzir alguém a aceita-lo como genuíno.  

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Espionagem: A espionagem pode se dar de duas formas, a primeira se dá quando um 
funcionário repassa informações confidências da empresa para um corrente em troca de
dinheiro ou  outro benefício. A segunda forma se dá quando um funcionário tendo
informações privilegiadas sobre  a empresa faz denúncias com o intuito de prejudica-la.  
Conspiração: Envolve o acordo ilegal entre duas ou mais pessoas para executar propósitos 
ilegais ou um propósito legal por meios ilegais. Um exemplo seria a conspiração para anular
controles  internos, (Gil, 2011).

2.3 Teorias de fraude


O triângulo da fraude consiste num estudo realizado por Donald R. Cressey em 1953 na obra
publicada “Other people’s money: a study of the social psychology of embezzlement”, que
visa explicar o motivo que leva indivíduos desprovidos de malícia a cometerem
comportamentos desviantes no meio laboral.
Gil, (2011), existem três factores, que em conjunto, influenciam pessoas idóneas a executar
fraudes. Esses factores são a pressão, a oportunidade e a racionalização. Desta forma, a
pressão sentida pelos indivíduos que cometem fraudes é na maioria dos casos uma pressão
financeira, ou seja, uma necessidade de obter recursos monetários.
Contudo, também se verificam pressões não financeiras, isto é, em que o individuo não tem
necessidades financeiras, mas sim pressões a outros níveis, como a nível profissional, social,
entre outros. Um exemplo desta pressão não financeira é a necessidade de apresentar
resultados financeiros, frustração no trabalho, ou a ambição de obter resultados (Albrecht et
al., 2009; Gil, 2011).
A racionalização é a justificação da fraude como um ato aceitável, ou justificável. A mente
do indivíduo que pratica a fraude possui a percepção de que o ato que está a cometer, não é
gravoso, pelo menos compreensível.
A oportunidade é a circunstância que permite a ocorrência da fraude. Segundo Albrecht et al.
(2009) citado em Gil, (2011), existem pelo menos seis principais factores que aumentam as
oportunidades de indivíduos cometerem fraudes dentro de uma organização. Esses factores
são: Falta de controlo que impeçam e/ou detectem fraudes; Incapacidade de avaliar a
qualidade de desempenho; Falta de disciplina dos autores das fraudes; Falta de acesso à
informação; Ignorância, apatia e incapacidade e Falta de controlo de auditoria.

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2.4 Procedimentos de prevenção da fraude
A Contabilidade possui uma vasta gama de instrumentos de controles fundamentais à gestão
e ao controle das empresas, sendo uma delas a Auditoria, que pode ser classificada em interna
e externa. Assim, mesmo tendo conhecimento da importância da auditoria, Vieira &
Christoff, (S/d) afirmam em seu estudo, que a auditoria interna, apesar de ser muito utilizada
pelas instituições financeiras, na maioria das vezes é usada apenas como uma ferramenta
correctiva, sendo pouco usada de forma preventiva.

A base para a gestão e prevenção a fraudes são os controles internos, neste sentido, em seu
estudo, Silva (2020, p.4) afirma que “[...] as Instituições Financeiras utilizam-se de
mecanismos de controles internos para protegerem-se de fraudes, corrupções, ineficiências e
erros, visando salvaguardar seus activos e garantir que as normas estabelecidas pela
administração sejam seguidas”.
Assim, para que as instituições financeiras reduzam o número de fraudes, é importante que
identifiquem todos os riscos a que estão expostas, sejam eles provenientes de processos
internos ou externos, para que possam adoptar uma gestão de riscos eficiente.

Auditoria interna é uma ferramenta muito importante na prevenção de fraudes nas instituições
financeiras, pois além de analisar os sistemas e relatórios, avalia também os controles
internos existentes, que por sua vez, organizam os processos, auxiliando o trabalho da
auditoria interna.

2.5 Gestão de fraudes em Instituições de crédito


A gestão do risco de fraude deve ser definida a partir do topo, nomeadamente, a partir dos
directores executivos, da comissão de auditoria e dos conselheiros independentes, isto é,
essencialmente, a partir de cargos associados a funções de chefia e de controlo. A estratégia
deve ser assente na compreensão, redução e detecção de riscos, na análise e detecção de
sinais de alerta, na gestão de incidentes e na prevenção de risco de fraude, o que implica a
existência de meios e técnicas que permitam aumentar a segurança e a resistência de uma
instituição, (Vieira, & Christoff, S/d).
O controle interno é a ferramenta que possibilita às empresas atingirem seus objectivos
conforme o seu planeamento estratégico, seguindo as seguintes etapas descritas por Gil,
Arima e Nakamura (2013): planejar (determinar os objectivos e identificar os processos que a
empresa adopta para atingir os objectivos); executar (implementação do planeamento);

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monitorar (mensurar o nível de desempenho, comparando a situação actual com o
planeamento); avaliar (comparar e analisar, para identificar a necessidade ou não de possíveis
correcções para atingir os objectivos propostos); e corrigir (adoptar medidas no caso de os
processos estarem em desacordo com os objectivos). Esta última etapa é importante para
alinhar novamente os processos e os objectivos de uma entidade, (Vieira, & Christoff, S/d).

No que diz respeito a programas de avaliação e de detecção da fraude, em que os


protagonistas se encontram, o concelho de administração da instituição deve ser responsável
pela estratégia de gestão de risco, o que inclui a avaliação, a redução e a detecção de risco de
fraude, sendo, também, importante determinar um conjunto de pessoas, principalmente
associadas a funções corporativas, que levem a cabo os referidos programas.

No entanto, as tarefas de avaliação, redução, detecção e prevenção da fraude devem passar


pelos diferentes colaboradores de uma instituição, isto é, as diferentes responsabilidades
devem ser distribuídas pela instituição, esperando uma atitude pró-activa por parte de todos
os que a constituem e que na mesma exercem funções.

Os papéis e as responsabilidades devem ser claramente definidos nas políticas da organização


e a estratégia de gestão de risco deve incluir também os colaboradores, os quais se revelam
importantes na estratégia de gestão de risco de fraude, uma vez que não é solução incluir
apenas determinados órgãos na estratégia de gestão de risco, sendo que, idealmente, todas as
pessoas de uma instituição devem assumir um papel activo no combate à fraude, (Vieira, &
Christoff, S/d).

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2. Conclusão
Findo o trabalho, tinha como objectivo foi compreender a gestão de fraudes em Instituições
de crédito. Ficou evidente que a fraude acontece de varias formas e o mesmo consiste no
apoderamento de alguma coisa, propriedade ou mesmo valores monetários alheio. Neste
trabalho, destacamos o furto, espionagem, corrupção, conspiração, falsificação e pirataria.
Por outro lado, falamos sobre a gestão de fraude, nas instituições de crédito, ficou evidente a
auditoria interna é umas estratégias eficazes para gestão, reprensão e detenção de fraudes
numa instituição financeira.
Por outro lado, falamos sobre a prevenção de fraudes, ficou claro que para a prevenção de
fraudes nas Instituições Financeiras é necessário investir nos mecanismos de controlos
internos para protegerem-se de fraudes, corrupções, ineficiências e erros, visando
salvaguardar seus activos e garantir que as normas estabelecidas pela administração sejam
seguidas.

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Bibliografia

MARCONI, M. A: LAKARTOS, E. M. (1987). Fundamentos da Metodologia Científica. São


Paulo: Atlas

Silva, M.I.N. (2020). Mecanismos internos de controlo de fraude nas Instituições de Crédito:
Estudo de caso. Lisboa

Gil, M. (2011). Avaliação e Prevenção da Fraude Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vila
Franca de Xira. Lisboa

Vieira, E.P & Christoff, L.A.K. (S/d). A gestão dos riscos operacionais nas instituições
financeiras. Unijuí - RS

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