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Elsa Isac Piloro Catherere

Casamentos prematuros: Caso de estudo do bairro Matundo na cidade de Tete (2019-


2021)

Licenciatura em Ensino de Biologia com habilitação em Química

Universidade Púnguè

Tete

2022
Elsa Isac Piloro Catherere

Casamentos prematuros: Caso de estudo do bairro Matundo na cidade de Tete (2019-


2021)

Licenciatura em Ensino de Biologia com habilitação em Química

Projecto de pesquisa, do Curso de


Licenciatura em Ensino de Biologia, 1º
Ano, a ser entregue ao Departamento de
Ciência agrarias e biológicas como
requisito Parcial de Avaliação.

Docente: Juliana

Universidade Púnguê

Tete

2022
Índice
Agradecimento ................................................................................................................................ 4
1. Introdução ................................................................................................................................... 3
1.1. Delimitação do tema ................................................................................................................ 4
1.2. Justificativa .............................................................................................................................. 4
1.3. Problematização ....................................................................................................................... 5
1.4. Hipóteses .................................................................................................................................. 5
1.5. Objectivos ................................................................................................................................ 6
1.5.1. Objectivo geral ...................................................................................................................... 6
1.5.2. Objectivos específicos .......................................................................................................... 6
2. Fundamentação teórica ............................................................................................................... 7
2.1. Conceitos básicos ..................................................................................................................... 7
2.1.1. O casamento .......................................................................................................................... 7
2.2. O casamento prematuro em Moçambique ............................................................................... 8
2.3. Existem em Moçambique três modelos de casamento prematuro ........................................... 8
2.4. Cultura e identidade ............................................................................................................... 10
2.5. Riscos sobre as raparigas sujeitam ao casamento prematuro................................................. 10
3. Metodologias do trabalho ......................................................................................................... 10
3.1. Tipo de pesquisa .................................................................................................................... 11
3.2. Método indutivo ..................................................................................................................... 11
3.3. Pesquisa bibliográfica ............................................................................................................ 11
3.4. Técnicas e instrumentos de Colecta de Dados ....................................................................... 11
3.4.1. Questionário ........................................................................................................................ 11
3.5.2. Observação directa .............................................................................................................. 12
3.6.3. Entrevista ............................................................................................................................ 12
3.7. Universo e amostra ................................................................................................................ 12
4. Cronograma de actividades ....................................................................................................... 13
5. Orçamento ................................................................................................................................. 13
6.Bibliografia ................................................................................................................................ 14
Agradecimento

Em primeiro agradeço a Deus pelo dom vida,


Aos meus Pais, Isac Piloro Catherere e Helena João Matlombe, pela ajuda incondicional
que me tem dado desde logo no meu processo de Ensino e aprendizagem;
Aos meus colegas, ajudaram muito na discussão de alguns aspectos concernente ao
projecto;
A minha Docente pela Orientação e paciência;
A todo que directa ou indirectamente que ajudaram para a concepção do projecto.
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1. Introdução
O presente trabalho de pesquisa tem como tema casamentos prematuros, estudo de caso bairro
Matundo na cidade de Tete, Província de Tete (2019-2021). Em algumas regiões de
Moçambique, principalmente nas zonas rurais, as raparigas são precocemente submetidas a ritos
de iniciação, incutindo nelas uma consciência adulta. Por razões culturais, elas sentem-se prontas
para contrair matrimónio antes de atingirem os 18 anos de idade e abandonam a escola. O
casamento prematuro é endémico em Moçambique, o que quer dizer que se está perante um
fenómeno habitual e de grande incidência.

O país tem uma das maiores taxas de casamentos prematuros do mundo, que é bastante
preocupante do ponto de vista da incidência do fenómeno e das políticas que ao nível do país,
são implementadas com vista a reverter esta situação. Portanto, o casamento prematuro é um dos
factores para o insucesso escolar. Assim sendo, constituem problema pela sua dimensão social,
não só apresentam preocupação por parte de professores, como também de toda a sociedade no
geral. Esta preocupação justifica-se pelo facto de o casamento prematuro, a gravidez precoce
serem uma das principais causas da desistência da rapariga na escola. Pressões e incentivos
económicos incentivos materiais de compensação (lobolo); reduções de despesas familiares
(menos uma boca para alimentar) factores socioculturais, normas sobre idade apropriada param o
casamento definidas por líderes comunitários; não há percepção dos benefícios de se adiar o
casamento; ritos de iniciação sexual; raparigas que completaram ensino secundário têm 53%
Probabilidade de estarem casadas antes dos 18 anos do que raparigas que não tiveram acesso à
educação.

Em 2011, 48% de raparigas com a idade compreendida entre os 20 e os 24 anos tinham casado
antes dos 18 anos e 14% antes de atingirem os 15 anos. Porém, a análise dos casamentos ou de
uniões de raparigas antes dos 15 anos deidade, por província, revela que a observância desta
prática não é homogénea em todo o território moçambicano.
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1.1. Delimitação do tema


A presente pesquisa com o tema: casamentos prematuros, estudo de caso bairro Matundo na
cidade de Tete, Província de Tete (2019-2021). O bairro Matundo limita-se a este com o bairro
azul, a oeste com Chimbonde, a norte com distrito Moatize, e a sul com o rio Zambeze.
1.2. Justificativa
Quanto oscasamentos prematuros e perante aesse fenómeno os direitos da criança são violados
aos olhos de todos e principalmente dos líderes comunitários.

Outra motivação para a escolha do tema é pela citação de SOCM, (2015:5), ao afirmar que o
casamento prematuro é definido como a união marital, envolvendo menores de 18 anos. Este
constitui violação dos direitos sexuais e reprodutivos.

Perante a esta citação pode-se perceber que o casamento prematuro envolvendo as alunas e as
meninas do bairro em geral no bairro Matundo na cidade de Tete é uma união forçada, sem
consentimento por parte da menor e isso é uma violação dos direitos da criança, visto que, esta é
submetida a ser escrava sexual que por vezes costuma ser a segunda ou terceira esposa e
abandona a escola para cuidar do lar.

Outra motivação para a escolha do tema foi pelo facto de perceber que o líder comunitário exerce
um poder aos membros da sua área de jurisdição, visto que liderar implica a existência de um
indivíduo que tem a capacidade de influenciar um grupo de indivíduos. Assim sendo, nem
sempre um líder é capaz de influenciar todo grupo, mas o mais importante em questão de
liderança é necessário que o líder tenha uma maior legitimidade dos membros do grupo.

Com base neste tema ajudará aos líderes comunitários, os professores e a comunidade em geral a
pautarem pela campanha de sensibilização e palestras contra os casamentos prematuros. Este
tema é de grande importância para a ciência por contribuir em material teórico sobre o assunto,
bem como o melhoramento da percepção face ao combate dos casamentos prematuros como
forma de garantia da retenção da rapariga na escola.

No âmbito profissional, este tema vai, de um certo modo, melhorar o carácter profissional dos
professores, os pais e encarregados a pautar por prover e divulgar os direitos e dever das
crianças com vista que as crianças tenham noção dos seus direitos, bem como, fazer sempre
encontros com as autoridades tradicionais com forma a capacita-los em matérias relacionadas.
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Esta pesquisa ira contribuir positivamente para comunidade local no que concerne a minimização
dos casamentos prematuros. Entidades governamentais poderão obter dados concretos através
desta divulgação estimulando as medidas que poderá ser útil para o combate desta prática.
1.3. Problematização
Visto que na província de Tete a diversidade cultural interfere nos casamentos prematuros, em
particular no bairro Matundo na cidade de Tete, Influenciando assim a camada juvenil abandono
escolar e aumento da pobreza são apontadas, como causas nas famílias, amigos vizinhança, entre
outros ambiente que os encontra visto que em algumas famílias são as protagonistas nos
casamentos prematuros. Portanto, algumas vezes os pais induzem os rapazes tanto como
raparigas para aderirem os casamentos dos menores de 18 anos. No nosso pais, desde sempre
tem-se registado uma onda de casamentos prematuros mesmo com a expansão de instituições de
ensino esta mentalidade de casamentos prematuros tendem a continuo, e sendo que
principalmente nas zonas rurais essa prática é no bairro Matundo.

Esta preocupação justifica-se pelo facto de o casamento prematuro, a gravidez precoce serem
uma das principais causas da desistência da rapariga na escola e ter muitos filhos.

Parente a estes aspectos surge a seguinte questão:

Qual é o papel dos líderes comunitários e do governo no combate aos casamentos prematuros,
no bairro Matundo na cidade de Tete?

1.4. Hipóteses
 É provavelmente que, os professores, líderes comunitários, pais e encarregados de
educação, fazendo palestra, teatros nos locais de reuniões de comunitários, nas escolas
pode-se erradicar os casamentos prematuros,

 Os casamentos prematuros estão relacionados com abandono escolar das raparigas e


rapazes contribuindo desistência escolar;
 As famílias e amigos não podem ser protagonistas para os casamentos prematuros;
 A divulgação dos riscos a respeitos casamentos prematuros desmotivar as raparigas e
rapazes para não afluírem práticas nocivas;
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 Mudança sociocultural (algumas atitudes sociais, as que promovem casamentos


prematuros sejam mudadas para que o casamento ocorra mais tarde através de
intervenções com foco em famílias individuais e
 Manter as raparigas na escola (proporcionar oportunidades para que as raparigas já
casadas voltem para a escola).
1.5. Objectivos
1.5.1. Objectivo geral
 Analisar a Influência dos factores socioculturais nos casamentos prematuros no bairro
Matudo na cidade de Tete.
1.5.2. Objectivos específicos
 Identificar as principais razões que concorrem para os casamentos prematuros no bairro
Matudo na cidade de Tete;
 Conhecer os impactos dos casamentos prematuros no bairro Matudo na cidade de Tete.
 Propor as formas alternativas para minimizar os casamentos prematuros no bairro
Matudo na cidade de Tete.
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2. Fundamentação teórica
2.1. Conceitos básicos
2.1.1. O casamento
O casamento pressupõe, antes de mais, o livre consentimento das partes. A Lei da Família,
aprovada em 2004 (Lei nº 10/2004), define-o como: “a união voluntária e singular entre um
homem e uma mulher, com o propósito de constituir família, mediante comunhão plena de vida”
(Artigo 7, Noção de casamento).

Então se pegarmos nesta definição, todas as uniões que não obedecerem ao carácter “voluntário”
e “singular”, não são efectivamente “casamentos” perante a lei. Esta última característica
“singular” refere-se ao casamento monogâmico, enquanto o “voluntário” diz respeito ao
consentimento das partes.

Líderes comunitários: indivíduo responsável, capaz resolver, expor problemas que a população
enfrenta nas comunidades.

Conceito da união prematura é a ligação entre pessoas em que pelo menos uma seja criança.
Formado com propósito imediato ou futuro de constituir uma família. O casamento noivado,
união de facto qualquer que seja a relação de conjugabilidade, independentemente da sua
designação regional ou local envolvendo criança, são havidos como união prematura nos termos
da presente Lei (LEI N.19/2019).

Artigo 4

(Objectivos)

a) Prevenir a ocorrência de uniões prematuras;


b) Proibir as uniões ou entre as crianças;
c) Adoptar medidas para cessar uniões prematurasjá existentes;
d) Definir os critérios de proteção de direitos adquiridos pela criança em situação de união
prematura e seus eventuais filhos;
e) Definir as responsabilidades do Governo na adoção de mecanismo para mitigar os efeitos
negativos das uniões prematuras.
Artigo 5
8

(Princípios fundamentais)

a) A Protecção das crianças contra uniões prematuras;


b) Estabelecimento de idade mínima de dezoito anos para as uniões que visam o propósito
imediato ou futuro de constituir uma família, sem quais quer excepções;
c) Airrelencia do consentimento da criança para união prematura,
d) O superior interesse da criança;
e) A participação da criança na tomada das decisões sobre a sua vida;
f) Agratuidade ao acesso os serviço prestados pelo estado, relacionado com a Lei.

2.2. O casamento prematuro em Moçambique

Em Moçambique, a idade núbil é dezoito anos podendo, excepcionalmente e


“quando ocorram circunstâncias de reconhecido interesse público e familiar e
houver consentimento dos pais ou dos legais representantes" (LEI DA FAMÍLIA
10/2004).

Portanto, o casamento deve ser realizado entre indivíduos de sexos opostos com a idade
mínima de dezasseis anos. Neste contexto, toda e qualquer união marital entre
dois jovens de diferentes sexos que não observe as idades mínimas estabelecida se considerada
casamento prematuro.

Segundo Arthur (2011, pág.7),estabelecer a mesma idade núbil para ambos os sexos este
dispositivo legalpretende garantir, em primeiro lugar, a aplicação do princípio constitucional
deigualdade dos cidadãos perante a lei. Tenta, ainda, salvaguardar os direitospreconizados na
Convenção dos Direitos da Criança, em particular, “o direito à
educação, saúde reprodutiva e mental, o direito a brincar e a poder crescer no
tempo certo.

2.3. Existem em Moçambique três modelos de casamento prematuro

De acordo com o estudo da UNICEF “o casamento prematuro e a gravidez precoce têm um


impacto negativo sobre uma série de indicadores de bem-estar para as mulheres. Em particular,
constatou-se um efeito forte e significativo do casamento prematuro na educação das raparigas”.
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"Da mesma forma, constatou-se que a gravidez precoce está associada ao maior risco de
desnutrição e morte entre os filhos de mães adolescentes. Estudos realizados pela WLSA
Moçambique, uma Organização Não Governamental, concluíram existir uma relação entre os
casamentos prematuros e os ritos de iniciação pois, “Durante os ritos são transmitidos às meninas
conhecimentos sobre a relação sexual e a forma como devem comportar-se para agradar a um
homem; Às meninas é ensinado que não devem ter medo dos homens e como devem agir quando
lhes são entregues; O sexo das meninas é arroz e milho. Muitas famílias dizem às crianças,
depois dos ritos que elas têm de comprar o material escolar e trazer comida para casa; As
meninas aprendem a obedecer e a nunca dizerem não, quando o parceiro lhes pede sexo; e As
meninas aprendem que o mais importante na vida é ter um marido e filhos”.

Existem no nosso país, particularmente nas regiões Centro e Norte, três modelos de casamento
prematuro: “Após a realização dos ritos (de iniciação), um homem ou a sua família procura a
família da menina e aí decide-se qual a quantia, e de que modo deve ser feita a entrega daquela;
Uma mulher está grávida e ela e o seu marido são procurados por um homem que diz: se for
menina, essa é minha, começando, logo depois do nascimento a cobrir as despesas que são feitas
com a criança; e Um homem sabe que há uma menina numa casa e combina o casamento com os
pais dela, depois da realização dos ritos (de iniciação), mas cobrindo desde logo as despesas para
garantir que a criança lhe será entregue”, refere o estudo da WLSA.

De acordo com académicos Osório e Macuácua, concluíram que em Moçambique, “sob a capa
de se conservar a tradição assiste-se a um reavivar de manifestações culturais (os ritos são alguns
dos exemplos mais paradigmáticos) que ilustram a necessidade de preservar uma ordem
configurada pela ideologia patriarcal dominante.

Como bem sublinha Lenclud (1987:118), a utilidade particular de uma tradição é possibilitar e
oferecer a todos que a enunciam e reproduzem no quotidiano, os meios de afirmar as suas
diferenças e de assegurar a sua autoridade e poder”.
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2.4. Cultura e identidade

De acordo com Taylor (1929):“A Cultura ou Civilização, no sentido mais amplo da etnografia, é
aquele todo complexoque inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes e quaisquer
outrasaptidões e hábitos adquiridos pelo ser humano entanto que membro de uma sociedade”.

2.5. Riscos sobre as raparigas sujeitam ao casamento prematuro


As raparigas sujeitas ao casamento prematuro enfrentam uma maior probabilidade de desistência
da escola, separação precoce dos progenitores, infeção com doenças de transmissão sexual
incluindo o HIV e SIDA, violência doméstica e sexual, trabalho infantil, mortalidade materna e
infantil e gravidez precoce, que tem resultado em casos alarmantes de fístula obstétrica que
expõe as raparigas à discriminação e desprezo familiar e da sociedade.

Os líderes comunitários ao nível distrital, embora os estudos nacionais indicam que a decisão de
casar é tomada muitas vezes ou quase sempre pelos pais da menina, o que evidencia que os pais
e ou parentes direitos da menina continuam a exercer uma forte influência sobre o futuro das
suas filhas.

Os encarregados de educação, com objectivo de assegurar a sua própria família ou o bem-estar e


sobrevivência, tomam certas escolhas que no final, afectam negativamente a escolaridade, a
saúde e o futuro das próprias raparigas, tais como por exemplo: Práticas culturais tradicionais,
onde as crianças são consideradas prontas para o casamento após os ritos de iniciação, o que tem
contribuído param a o maior índice de casamentos prematuros em algumas zonas rurais.

Assim sendo, como líder, eles promovem estratégia de estancar os casamentos prematuros,
fazendo reuniões nas comunidades, palestras ao nível escolar juntos com os professores,
encarregado de educação e alunos. Assim fortalecem as formas de proteger e conceder apoio às
raparigas que já foram forçadas a casar, através da melhoria e disponibilidade do acesso a
serviços e oportunidades de vida, e providenciando serviços direccionados para as suas
necessidades em particular, necessidades de saúde, de educação e de enquadramento social.
3. Metodologias do trabalho
Metodologia é o “caminho pelo qual se chega a determinado resultado, ainda que esse caminho
não tenha sido fixado de antemão de modo reflectido e deliberado” (HEGENBERG, 1976: 115).
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3.1. Tipo de pesquisa


Para produção deste projecto irá se basear na pesquisa qualitativa, que de acordo com Lakatos e
Markoni (2005) é aquela que tem como fim de registar, analisar fenómenos e buscar identificar
as causas assim como procurar melhores soluções seja através da aplicação do método
experimental, ou seja, através de interpretação possibilitada pelos métodos qualitativos.

Nesta óptica de ideias, na base desta pesquisa, ira se fazer um registo e análise profundos sobre o
casamento prematuros no bairro Matundo na cidade de Tete.

3.2. Método indutivo


Na interpretação para a conclusão da nossa pesquisa irei recorrer a uma abordagem indutiva, que
segundo Silva e Menezes (2001), o método indutivo considera que o conhecimento é
fundamentado na experiência, não levando em conta os princípios pré estabelecidos. No
raciocínio indutivo a generalização deriva de observações de casos de realidade concreta. As
constatações particulares levam à elaboração de generalizações.
Com base neste método, ira permitir generalizar todos dados colectados no bairro Matundo
referente a nossa pesquisa
3.3. Pesquisa bibliográfica
Segundo Lakatos (1986:83) pesquisa bibliográfica, que consiste em por o pesquisador obter
conhecimentos procurando encontrar informações públicas em livros ou documentos.

Na base desta técnica, irei consultar as obras e outros documentos importantes com os aspectos
ligados com o tema em estudo para garantir a sustentabilidade do tema.

3.4. Técnicas e instrumentos de Colecta de Dados


3.4.1. Questionário
“É um instrumento de colecta de dados constituído por uma série ordenada de perguntas, que
devem ser respondidas por escrito com e/ sem a presença do entrevistador” (MARCONI e
LAKATOS,1999:100).

E com base no questionário irei elaborar as perguntas abertas e fechadas e serão aplicadas a
Direcção distrital de Mulher e acção social, comunidade do bairro Matundo e Centro de Saúde de
no2 que foram escolhidos aleatoriamente.
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3.5.2. Observação directa


É uma técnica de colecta de dados para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção
de determinados aspectos da vida real, não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em
analisar os aspectos ou fenómenos que se deseja estudar (MARCONI e LAKATOS, 1999:90).

Esta técnica será usada na observação directa do local em estudo.

3.6.3. Entrevista

Segundo Gil (1999, P, 118), Entrevista – é uma técnica de recolha de dados que possibilita a
obtenção de dados referente aos mais diversos aspectos da vida social, os tais são susceptíveis de
classificação e de quantificação.

Com esta técnica será usada as perguntas abertas, para entrevistar as pessoas escolhidas para
amostra.

Portanto, irei entrevistar as crianças como idade compreendida entre 11 à 17 anos que
supostamente e a idade considerada vulnerável para os casamentos prematuros naquele bairro.
3.7. Universo e amostra

Segundo Lakatos (2001:163), amostra é uma parcela convenientemente seleccionada o universo.


Farei amostra na faixa etária de 11 à 40 que sustentarão a minha pesquisa.

O universo desta pesquisa compreende a população do bairro Matundo, uma selecção aleatória
dos agregados familiares, na Direcção Distrital de Atendimento mulher Criança e acção social,
líderes comunitárias, comunidade e Centros de saúde No2. Portanto, irei trabalhar com 50, deste
numero 35 jovens envolvidos nos casamentos prematuros com idade compreendida 11 à 17 anos,
15 Comunidade (agregados familiares), 4 líderes comunitários, 2 técnico da Direcção distrital de
Atendimento mulher Criança e acção social,1 policial do Comando da cidade 3 técnico dos
centros de saúde No2.
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4. Cronograma de actividades
Períodos (meses)
ACTIVIDADES 2022
Abril Maio Junho
Elaboração do projecto
Entrega ao docente

5. Orçamento
Ordem Material Quantidade Valor Custo total
unitário (MT﴿
(MT﴿
1 Impressão do trabalho 50 Versões 150 7500
Alimentação durante a
2 recolha de dados 01 120 8000
Hospedagem (água,
sumo e bolachas﴿
3 Reprodução de guiões 100 10 1000
de entrevista
4 Encadernação do 50 40 2000
trabalho
5 Computador 01 25,0000 25,000
6 Máquina fotográfica 01 15,000 15,000
7 Álcool gel e mascara 02 250 250

Total 40,9750
14

6.Bibliografia
ALVES, Nisa Ávila. 2006, Investigação por inquérito.
ARTHUR O. Convenção dos Direitos da Criança. 2011
BARRETO, Margarita. Turismo e legado cultural / Margarita Barreto - 4º Campinas
HONORATO, analise cultural turismosustentávelvol.2, 2004, p. 130.
CURCIO, Mónica; Costa, Cristina & Rocha, Guida. A entrevista, Tese de mestrado em
educação, Defcu-Lisboa 2005.
GERHARDT, Tatiana E. & Silveira, Denise T., Métodos de pesquisa., 2009.
GIL, A. Carlos., Técnicas de pesquisa em economia e elaboração monografia 4aEdição, São
Paulo: Atlas S.A. 2008.
GIL, António Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas,1999.

HEGENBERG, E. Metodologia de pesquisa em ciências sociais1976.

LEI n.º 10/2004, Lei da família

LAKATOS, E. M; MARCONI, M. de A. Metodologia Científica. 3. ed. rev. ampl. São Paulo:


Atlas, 2005.

LAKATOS, Eva Maria. O trabalho temporário: nova forma de relações sociais. São Paulo,
1986.

TAYLOR R. A Cultura ou Civilização. 1929.

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