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Introdução
Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo geral compreender as regras
morfológicas na escrita de falantes do Português como L2.
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Assim, as conceções de escrita revelam que ela é, sem dúvidas, um objeto complexo,
atravessado por fatores de natureza bastante diversa e que, desde de sempre, vem sendo
apontada como um conteúdo escolar que encerra um elevado grau de dificuldade, a qual se
traduz na fraca competência por parte de muitos aprendentes, na realização de tarefas que
requerem o recurso à escrita. Estas não se limitam ao âmbito da disciplina de língua
portuguesa, mas permeiam todas as disciplinas escolares, com sérias implicações no
desempenho dos aprendentes, no que tange à aquisição, elaboração e expressão do
conhecimento, com as decorrentes consequências no sucesso escolar e posteriormente,
profissional (Carvalho, 2013).
O termo Português Língua Segunda (PLS/PL2) foi criado no âmbito da sociolinguística para
se referir à um grupo específico de falantes do Português Língua Não Materna, com
caraterísticas de aquisição/aprendizagem e de domínio da língua portuguesa distintas das dos
outros grupos, como, por exemplo, os que a têm como Língua de Herança ou como Língua
Estrangeira, em oposição aos falantes do Português Língua Materna. As peculiaridades deste
tipo de falantes do PLNM, isto é, dos falantes do PL2 levantaram muitas questões de
investigação.
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Para cada uma das perspetivas acima, o ator apresenta três hipóteses, as quais passamos a
descriminar, sinteticamente. Para a dimensão cognitiva, apologista da aprendizagem de uma
L2, por via de estruturas inatas apropriadas para esse fim, temos:
hipótese de interação;
a hipótese do output;
na hipótese de entre – ajuda ou scaffolding (andaimes).
A leitura faz-se ou deve se fazer presente em cada etapa do processo de produção escrita,
desde a pré-escrita, aquando da planificação, em que, para gerar ideias, o aprendente, não
somente recorre à sua memória a longo prazo, mas também vai-se basear na leitura de outros
textos (revisão bibliográfica) para a recolha de informações, tomada de notas, sínteses,
resumos, etc. A etapa seguinte, a da redação, propriamente dita, pressupõe leitura permanente,
a medida que a escrita vai fluindo. A leitura é a chave certa para o desenvolvimento da escrita.
Em traços gerais, a LSF, surge por motivações escolares, desenvolvendo-se como um modelo
de descrição gramatical que fosse relevante para processos, tarefas e problemas educativos, à
semelhança da abordagem comunicativa, embora sejam independentes no seu percurso. O
modelo sistémico-funcional vem apresentar, de forma descritiva, o modo como a língua se
organiza (estratifica) em função do seu uso, ou melhor, como se processa a articulação entre
os significados construídos num dado contexto e os recursos linguísticos responsáveis pela
sua realização (Martin, 1997).