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MARANGUAPE – CE
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MARANGUAPE – CE
2017
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TERMO DE APROVAÇÃO
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BANCA EXAMINADORA:
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Prof.ª Me. Rosangela Duarte Marquês
Coordenadora do Curso de Letras
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Prof. Me. Francisco Martins Matos
Examinador
MARANGUAPE – CE
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RESUMO
1 INTRODUÇÃO
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Utilizaremos, a partir daqui, a abreviatura LD.
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com o uso desse instrumento, e acima de tudo aceitar cada traço linguístico,
incluindo a diversidade da língua no processo de ensino-aprendizagem.
Portanto, o que propomos neste estudo é investigar como a variação
linguística e o preconceito linguístico são abordados em um LD voltado para o 6°
ano do ensino fundamental, precisamente em exercícios que abordam esses
conceitos. Dessa forma, pretendemos ainda verificar se a variação e o preconceito
linguístico vem sendo abordado de maneira adequada, já que esse assunto vem
sendo pontuado há muito tempo pelos PCN e pela própria Sociolinguística.
Um trabalho parecido com o presente artigo, já foi feito. Chamma (2007)
autora do trabalho, analisou livros de português da 5ª a 8ª série. Diferente da
dissertação da autora, o nosso artigo pretende analisar apenas um livro, que
apresenta no 1° capítulo cinco exercícios sobre o tema, dos quais três exercícios
estão ligados ao trabalho teórico.
Este artigo está dividido em cinco seções, das quais esta introdução é a
primeira. Na segunda seção intitulamos de fundamentação teórica, onde
discutiremos conceitos como: Linguística e suas formas de ação da linguagem,
Sociolinguística e seu estudo da língua na sociedade, variação e preconceito
linguístico na qual é o foco para a construção da nossa pesquisa, voltados para o
ensino a partir do LD. Na terceira seção estão os procedimentos metodológicos que
conduzirão a análise do LD. A análise do artigo, na quarta seção, está baseada na
avaliação de exercícios do LD, se está abordando adequadamente ou não as
variações e o preconceito linguístico no mesmo, seguido algumas vezes de uma
crítica. E por fim, as considerações finais na quinta seção, que concluirá de uma
forma geral os objetivos traçados.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Sociolinguística
Então, não existe o errado, mas o diferente. Nesse caso, não significa
prescrição, mas uma sistematização linguística. O problema de ser diferente não
está no fato linguístico, mas nas convenções sociais em que está inserido o falante.
No meio educacional, o preconceito linguístico se manifesta quando o aluno não é
“aceito” pela sua forma de falar ao chegar na escola, muitas vezes parte do
professor que não sabe lidar com as diversidades linguísticas.
Na concepção de Bagno (2011), existe um mito que se destaca como
sendo um dos mais sérios preconceitos no Brasil contra a língua, esse preconceito
se baseia na “unidade linguística do Brasil”. Nas palavras de Bagno (2011, p. 27):
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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
4 ANÁLISES
manifesta, onde essa forma de falar por ter suas peculiaridades, pode ser vista por
muitos positivamente ou negativamente. A partir dessa breve introdução
comparando-se também com a situação em que o papagaio aprende a falar, o aluno
é levado a perceber sobre qual o outro argumento que fez a mulher levar a devolver
o papagaio.
Há um raciocínio muito complexo quando o aluno é levado a pensar sobre
a razão em que a mulher devolve o papagaio, já que o papagaio aprende a falar
repetindo o que o ser humano fala. No entanto, apesar da aquisição da linguagem
do papagaio ser colocado em foco, não é abordado mais uma vez a relação entre o
papagaio e a criança. Deveria então acontecer essa relação, pois a compreensão do
aluno entre seres humanos é complicada, imagina então entre homem e animal?
Assim, essa estratégia é subutilizada no livro, pois não fica explicita as relações de
aquisição da linguagem.
Outro aspecto interessante, é que o preconceito linguístico na tirinha e na
4ª questão são abordados, mas não há uma reflexão e nem uma crítica sobre isso,
na 4ª questão simplesmente é abordado e na tirinha ele vê uma manifestação do
preconceito linguístico na fala da mulher, “NOSSA! ELE FALA TUDO ERRADO! ”.
A segunda atividade apresenta também uma tirinha de Adão Iturrusgarai
(Folha de S. Paulo, 13/8/2005.), composto por quatro momentos em que é abordada
na página 41 e as questões estão presentes na página 42. Em todos os quadrinhos
as cenas acontecem como se fosse em uma sala, onde tem um sofá, um abajur e os
personagens que são: o pai, a mãe e Zezo o filho do casal. Na primeira cena está
presente os três personagens e o pai diz ao filho que eles vão a um casamento e
pelos trajes que o garoto está, ele não pode ir ao casamento daquela forma, então
no próximo quadrinho o pai pede que o garoto vá vestir uma roupa mais adequada.
O 3° quadrinho apenas esperam que o filho retorne bem vestido para a ocasião e
quando o menino volta vem apenas com uma gravata, o que demonstra que para o
rapaz roupa descente, como é chamada pelo pai, é apenas a gravata o que causa o
humor na tira.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar das melhorias que o livro didático tem apresentado desde de 1996
quando foi proposto o PNLD, observa-se que ainda há um atraso quando o assunto
é a variação linguística e preconceito linguístico abordados em alguns exercícios do
livro didático, as vezes “muito pouco” outros “quase nada”, mas que com o incentivo
de muitos pesquisadores em contribuir e combater alguns “rótulos”, esses resultados
têm sido significativos.
Assim, mesmo o LD sendo aprovado pelo PNLD, ainda há muito a se
fazer para que o que é abordado no LD seja de fato compreendido pelo aluno,
sabendo-se que a língua humana é viva, e no decorrer do tempo essa língua muda,
que ela não é morta, ou seja, não existe uma língua “una”, principalmente com a
diversidade que o Brasil tem, onde encontramos em cada região, em cada classe,
enfim, em cada brasileiro sua própria forma de falar.
Desse modo, contatou-se que são abordadas questões sobre variação
linguísticas e preconceito linguístico, mas que é necessário em alguns momentos
ser incluída outras questões para o melhor entendimento do aluno.
REFERÊNCIAS
______. Preconceito linguístico: O que é, como se faz. 54. ed. São Paulo: Edições
Loyola, 2011.
GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2002.
SAUSURRE, Ferdinand de. Curso de linguística geral. 27. ed. São Paulo: Cultrix,
2006.
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ANEXOS
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ANEXO A – Atividade 1
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ANEXO B – Atividade 2
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ANEXO C – Atividade 3
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