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MIKOS, Nádia Regina de Carvalho; VILLATORE, Marco Antônio César. Dos Paradigmas
Educacionais e sua Aplicação ao Ensino do Direito.
RESUMO:
A investigação das abordagens educacionais que permearam o processo ensino-aprendizagem vem
sendo constantemente realizada por educadores, num objetivo claro de construir práticas
pedagógicas consistentes em atender às exigências de uma sociedade em constante transformação.
Este artigo é o fruto das reflexões realizadas sob esse prisma e sua aplicabilidade ao ensino jurídico,
reunindo experiências do cotidiano dos autores, no escopo de colaborar para a construção de um
novo olhar sobre o processo ensino-aprendizagem no Curso de Direito e admitir que a despeito do
esforço docente, a aplicação de novas metodologias prescinde de um conhecimento didático -
pedagógico ainda insuficientes, pois a docência tem como missão tornar-se o centro da construção
da cidadania.
PALAVRAS-CHAVE: Paradigmas; Construção; Processo de Ensino e Aprendizagem; Ensino do
Direito.
ABSTRACT:
The research on educational approaches of the teaching-learning process have been constantly held
by educators, as effots towards building consistent teaching practices to meet the demands of society,
in constant transformation. This article is the result of reflections over this subjetc and its applicability
to legal education, gathering experiences, aiming at the construction of a new perspective at the
teaching-learning process in the Law Course and admiting that despite the teaching effort, the
application of new methodologies requires a didactic and pedagogical knowledge still insufficient,
considering that teaching has the mission to become a pilar in the construction of citizenship.
KEYWORDS: Paradigms; Construction; Teaching and Learning; The Law School.
1
Doutoranda em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, mestra em Direito pelo
Centro Universitário Curitiba e graduada em Direito em Faculdade de Direito de Curitiba. Advogada e
professora de Direito. Currículo: http://lattes.cnpq.br/9215692829627389.
2
Pós-Doutor em Direito pela Universitá degli Studi di Roma II Tor Vergata, doutor em Diritto del
Lavoro, Sindacale e della Previdenza Sociale pela Università degli Studi di Roma La Sapienza,
revalidado pela Universidade Federal de Santa Catarina, e mestre em Direito pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo. Professor na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, na
Universidade Federal de Santa Catarina e no Centro Universitário Internacional. Currículo:
http://lattes.cnpq.br/6658857270253086.
01 – INTRODUÇÃO
02 – PARADIGMA NEWTONIANO-CARTESIANO
03 – O PARADIGMA DA COMPLEXIDADE
e de que modo estará apto a filtrar as informações, tornando esse acervo parte de
seu processo de construção de conhecimento.
Alterou-se também o perfil do professor, que deve estar atento às
necessidades do aluno como protagonista do processo ensino-aprendizagem. As
inovações tecnológicas, a mudança comportamental da sociedade, que vive um
momento de liquidez em suas relações (BAUMAN, 1999, p. 7), traz novos contornos
ao personagem aluno, modificando substancialmente as suas relações no espaço
acadêmico.
O professor precisa identificar nos alunos a vocação e instigar a ação com
responsabilidade, na construção de um trabalho coletivo. Deve reduzir drasticamente
as aulas exclusivamente expositivas, dando espaço ao relacionamento dialógico e
ao incentivo à participação responsável, como elemento integrador da comunidade
acadêmica.
A aplicação de modelos paradigmáticos aliada à nova visão e missão da
escola prescinde de modo significativo de uma preparação do professor, não só em
sua consistência técnica, mas também em sua função como educador. Para isso,
faz-se necessário conhecer e apreender os conteúdos mínimos dos processos de
aprendizagem, para colocar em prática novas e eficientes técnicas.
Na maioria dos casos, o professor de Direito é, por essência, um operador
do Direito. Não tem formação na Escola de Educação, não frequentou o Curso de
Pedagogia, eventualmente realizando um Curso de Aperfeiçoamento em Formação
de Professores, o qual – apesar do elevado mister – pode ser insuficiente para
municiar os professores de todo cabedal necessário à consecução do seu objetivo
didático-pedagógico. Sendo sua formação oriunda unicamente do Curso de Direito,
faltam-lhe instrumentos e embasamento teórico para pensar o método a ser aplicado
no processo em sala de aula, para renovar o olhar sobre o ensino, para ajustar a sua
elevada missão à atual necessidade dos seus alunos. Sua atuação é praticamente
intuitiva, repetindo mormente o modelo a que se submeteu enquanto esteve na
condição de discente.
Vê-se que a nova abordagem educacional altera, substancialmente, os
papéis protagonistas do processo de ensino-aprendizagem e demandam um esforço
significativo e conjunto para atender à nova realidade educacional.
05 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
06 – REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. 29a. edição. São Paulo: Paz e Terra, 2006.
___________. Pedagogia da Autonomia. 34a. edição. São Paulo: Paz e Terra, 2006.
___________. Pedagogia do Oprimido. 43a. edição. São Paulo: Paz e Terra, 2006.
TARDIF, Maurice. Saberes Docentes & Formação Profissional. 6a. edição. Rio
Janeiro: Vozes, 2006.