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Chababe João Tongadza

Tema:
MEIOS E TÉCNICAS DE CULTURA DE MICRORGANISMOS

Licenciatura em ensino de Biologia com Habilidades em Química


3º Ano

Universidade Púngué
Extensão de Tete
2024
Chababe João Tongadza

Tema:
MEIOS E TÉCNICAS DE CULTURA DE MICRORGANISMOS

Trabalho de pesquisa da disciplina de


Microbiologia, do curso de Licenciatura em
ensino de Biologia com Habilidades em
Químico, 3º ano.

Mestre: Phele MA

Universidade Púngué
Extensão de Tete
2024
Índice
1.Introdução.............................................................................................................................6

1.1.Objectivos..........................................................................................................................7

1.1.1.Geral...............................................................................................................................7

1.1.2.Específicos.....................................................................................................................7

1.2.Metodologia......................................................................................................................7

2.Meios e técnicas de cultura de microrganismos...................................................................8

2.1.Classificação dos meios de cultura....................................................................................8

2.1.1.Quanto à consistência.....................................................................................................8

2.1.1.1.Utilizado para o teste de motilidade............................................................................8

2.1.2.Quanto à função.............................................................................................................8

2.2.Exigências nutricionais dos microrganismos....................................................................9

2.3.Técnicas básicas de cultura e de semeadura....................................................................10

2.3.1.Técnica de Semeadura em Estrias................................................................................10

2.3.2.Técnica de Semeadura em Picada................................................................................11

2.3.3.Técnica em Semeadura em Esgotamento.....................................................................11

2.4.Métodos de detecção/quantificação de microrganismos.................................................11

3.Conclusão...........................................................................................................................13

4.Referências bibliográficas..................................................................................................14
1. Introdução

O presente trabalho é uma pesquisa qualitativa e tem como objectivo desenvolver o estudo
individual e garantir o desenvolvimento formativo no que tange a cadeira de Microbiologia,
sendo uma parte integrante do Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia.

Nas diversas abordagens dos subtemas procurou-se explanar ou detalhar de forma clara e
objectiva fazendo uma ponte entre conhecimentos teóricos e práticos de modo a resolver as
questões propostas no presente trabalho. Mas concretamente, os microrganismos são
organismos microscópicos, impossível de serem observados a olho nu (vírus 1nn, bactérias
1µm, e fungos 100µm de diâmetro). Embora, alguns, em determinadas fases de seu
crescimento atingem tamanho macroscópicos, a exemplo dos fungos conhecidos como
cogumelos, que chega a formar um falso tecido.

Os microrganismos necessitam de uma variedade de substâncias nutritivas capazes de


promover o seu crescimento. Esses elementos são necessários para a síntese e para as funções
normais dos componentes celulares. No ambiente, os microrganismos encontram os nutrientes
nas formas de compostos orgânicos e/ou inorgânicos. Desta forma, podem desenvolver-se em
meios inteiramente inorgânicos, outros em meios orgânicos ou mistos.

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1.1. Objectivos

De acordo com IVALA, HDZ e LUÍS (2007:19), “objectivos de uma pesquisa relacionam-se
com a visão global do tema e com os procedimentos práticos e, indicam o que se pretende
conhecer, ou medir, ou provar no decorrer da pesquisa, ou seja, as metas que se deseja
alcançar”.

1.1.1. Geral

 Conhecer os meios e técnicas de cultura de microrganismos.

1.1.2. Específicos
 Definir a Microrganismo;
 Mencionar as técnicas básicas de cultura e de semeadura;
 Valorizar as exigências nutricionais dos microrganismos;
 Descrever a classificação dos meios de cultura.

1.2. Metodologia
Consiste em apresentar as fases pelas quais passei para realização do trabalho, principalmente
aspectos relacionados com os métodos e técnicas, instrumentos e procedimentos que
recorreremos para a elaboração deste trabalho. Para Lakatos (1991), a Metodologia “é a
explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exacta de toda acção desenvolvida no método
(caminho) do trabalho de pesquisa” (p. 80).

Pesquisa Bibliográfica foi o método a partir do qual foi feita a recolha de informações
contidas em algumas obras e em páginas da internet que versam sobre os temas em estudo e
que são revestidos de importância por serem capazes de fornecer dados relevantes.

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2. Meios e técnicas de cultura de microrganismos
2.1. Classificação dos meios de cultura
2.1.1. Quanto à consistência

Meio líquido: sem agente solidificante, apresentando-se como caldo. O meio é distribuído em
tubos de ensaio, erlenmeyers, balão; Mais utilizado para o crescimento massal ou provas
bioquímicas, em fermentação industrial etc.

Meio semi-sólido: adiciona-se uma pequena quantidade de agente solidificante (0,5 a 1% de


ágar). Apresenta uma consistência intermediária, sendo distribuído em tubos de ensaio.

2.1.1.1. Utilizado para o teste de motilidade

Meio sólido: contém maior quantidade de agente solidificante (1,5 a 2,0%). Apresenta uma
consistência sólida e pode ser distribuído tanto em tubos de ensaio (meio inclinado), quanto
em placas de Petri. Utilizado para diversas finalidades, sendo o meio indicado para
observação da morfologia colonial.

A substância solidificante utilizada nos meios é o ágar, extraído de algas vermelhas (Gelidium
corneum – alga marinha japonesa) a 80ºC com ácido sulfúrico diluído (H2SO4). Esse é o
agente solidificante mais usado, sendo considerado também o melhor, porque se funde à
temperatura de fervura e solidifica a 42-45ºC. Portanto, deve ser distribuído entre 50-60oC,
antes de solidificar. O ágar é ainda um excelente agente gelatinizador porque não é degradado
por microrganismos, sendo um polímero composto principalmente por D-galactose, 3,6-
anidro-L galactose e ácido D-glucurônico.

2.1.2. Quanto à função

Meios simples: meios de cultura, nos quais os componentes possuem todas as fontes de
nutrientes requeridas pelos microrganismos mais comuns e menos exigentes nutricionalmente.
Ex: ágar nutriente ou caldo nutritivo.

Meios seletivos: promovem o crescimento de um determinado microrganismo em detrimento


de outros, devido à presença de substâncias adicionadas ao meio de cultura ou a condição de
cultivo. Alguns meios seletivos possuem corantes na sua composição, feniletanol e
antibióticos, que inibem determinados grupos de organismos.

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Meios enriquecidos: meios convencionais enriquecidos com um ou mais componentes
químicos, que favoreça o crescimento de determinados microrganismos numa população
mista. Meios mais indicados para microrganismos fastidiosos. Ex: ágar-sangue e ágar
chocolate, ambos utilizados no crescimento de Streptococcus, Neisseria e Haemophilus.

Meios diferenciais ou indicadores: são utilizados para diferenciar microrganismos entre os


vários tipos que crescem numa mesma placa de Petri. Ex: meio ágar MacConkey, além de
selecionar o grupo de bactérias Gram-negativas como visto por ser seletivo, permite uma
diferenciação entre as mesmas pela produção de ácido, baseada na utilização da lactose
presente no meio.

Meios de transporte: estes meios conservam as características da amostra desde a coleta ao


semeio final. Este meio é muito utilizado para bactérias sensíveis ao deslocamento, evitando,
muitas vezes a inativação da bactéria, em ambiente longe do laboratório. Ex. meio Stuart.

Meio de manutenção: utilizado na manutenção de amostras de bactérias. São meios pobres


em nutrientes, nos quais as bactérias não podem crescer muito, para evitar a formação de
compostos tóxicos.

2.1.3. Quanto à natureza

Natural: são preparados com base em produtos naturais, como: peptona, extrato de carne,
soro, leite, folhas, frutos etc. Neste, a quantidade exata de cada nutriente não é especificada.

Sintéticos: são quimicamente definidos, onde a quantidade exata de cada nutriente ou


elemento químico é conhecido, permitindo saber se um elemento em particular é essencial
para o crescimento de determinado microrganismo (fator de crescimento).

Mistos ou semi-sintético: meios preparados com a mistura dos naturais com os sintéticos.

2.2. Exigências nutricionais dos microrganismos

Os microrganismos apresentam diversidade metabólica e diferentes exigências nutricionais.


Entretanto, pode-se dizer que as necessidades básicas da maioria dos microrganismos estão
concentradas nos seguintes elementos, conforme relata Emilene Campos Galvão, Professora
do VET Profissional, que é Pós-doutora em Inspeção de Produtos de Origem Animal, Doutora
e Mestre em Microbiologia Agrícola:

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 Carbono - na forma de composto orgânico, como carboidratos, aminoácidos (aa),
lipídeos e na forma de dióxido de carbono CO2, como produto da multiplicação ou do
metabolismo celular;
 Nitrogênio – na forma de composto inorgânico, como N2, NO3-, NH3 e na forma de
composto orgânico, como aminoácido (aa) e bases nitrogenadas;
 Hidrogênio - na forma de H2 e água (H2O).
 Oxigênio - na forma de O2 e água.
 Enxofre - na forma de SO4-.
 Fósforo - na forma de PO43-.

Outros elementos que também servem de nutrientes para microrganismos: potássio, sódio,
cálcio, magnésio, ferro, zinco, cobre, manganês, molibdênio, cobalto.

Há grupos de microrganismos que exigem um meio de cultura rico, sobretudo em vitaminas e


aminoácidos, para satisfazer as exigências nutricionais e crescer. Nesse grupo estão inseridos
microrganismos denominados fastidiosos, a exemplo da bactéria Legionella penumophila que
causa pneumonia severa conhecida como “Doença do Legionário”.

As exigências nutricionais dos microrganismos também podem variar de acordo com a forma
de cultivo in vitro ou in vivo. O cultivo de microrganismos tem como objetivo de obter meios
de cultura, culturas puras e propiciar condições de incubação.

2.3. Técnicas básicas de cultura e de semeadura

As técnicas de semeadura são o método pelo qual se transfere inóculos bacterianos de um


meio de cultura ou material a ser analisado (secreções, alimentos) para um outro meio de
cultura. Para garantir que apenas o microorganismo desejado seja semeado, são utilizadas as
técnicas assépticas: procedimentos que devem ser adotados visando a não contaminação de
materiais, meios e culturas.

2.3.1. Técnica de Semeadura em Estrias

Objetivo - Obter o crescimento do micro-organismo no meio de cultura afim de:

 Estocar a bactéria;
 Estudar seu metabolismo em uma prova “bioquímica”;
 Avaliar sua capacidade de crescimento ou não no meio de cultura;

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Procedimento: Será utilizado um tubo com Agar Nutriente Inclinado. Assepticamente,
semear o micro-organismo com auxílio de alça ou agulha de níquel cromo, fazendo estrias na
superfície (ápice) do meio como apresentado na figura ao lado.

2.3.2. Técnica de Semeadura em Picada

Objetivo: Verificar a motilidade do micro-organismo no Agar Semissólido.

Procedimento: Semear o micro-organismo com auxílio de uma agulha de níquel cromo,


fazendo uma picada no centro do meio de cultura penetrando até a metade da sua altura, do
meio como apresentado na figura ao lado. Após o período de incubação interpretar o
resultado:

 Bactéria móvel: crescimento por todo meio de cultura.


 Bactéria imóvel: crescimento somente no local da picada.
2.3.3. Técnica em Semeadura em Esgotamento

Objetivo: Obter colônias isoladas, o que permite distinguir os diferentes micro-organismos


em um material ou cultura polimicrobiana através da sua morfologia colonial.

Procedimento: Semear o material ou a cultura microbiana com auxílio de uma alça de níquel
cromo, fazendo sequências de estrias na superfície do meio de cultura da placa de Petri, como
apresentado na figura ao lado. Inicie transferindo o material para o meio (“Esgotamento”
Inicial). Fazer sequências de estrias de modo a obter o esgotamento do inoculo da alça (estrias
do bordo para o centro da placa) e consequentemente permitir que os micro organismos se
desenvolvam formando colônias isoladas. A flambagem da alça entre cada sequência de
estrias aumenta a probabilidade de obtenção de colônias isoladas.

2.4. Métodos de detecção/quantificação de microrganismos

Os dois métodos mais comuns de detecção e quantificação são:

 O método de efeito cito patogénico


 O método da unidade formadora de placa.

Ambos os métodos se baseiam na utilização de culturas celulares contínuas cujas linhas


celulares (obtidas a partir de diversos tipos de tecidos vivos) são sub-cultivadas
indefinidamente. Culturas destas linhas celulares crescendo em monocamada, sobre um meio
nutritivo sólido, são inoculadas por espalhamento superficial de uma suspensão viral.
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Esses métodos incluem o enriquecimento e isolamento, métodos de coloração celular,
isolamento e caracterização de genes e mensuração das actividades dos microrganismos in
situ (em seu meio natural).

A deteção e enumeração de partículas virais, quando feitas pelo método do efeito


citopatogénico, baseiam-se na deteção de alterações observáveis nas células hospedeiras
devido à replicação viral. Estas alterações - efeitos citopatogénicos –incluem o
arredondamento celular, formação de células gigantes, ou formação de “buracos” na
monocamada celular (devido a lise celular); diferentes vírus produzem efeitos citopatogénicos
distintos.

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3. Conclusão

O presente trabalho abordou sobre os meios e técnicas de cultura de microrganismos.


Acreditando assim que, a disciplina de Microbiologia, no contexto escolar, pode colaborar
nesse sentido, ajudando o aluno desse nível de ensino a aprimorar as habilidades de
compreender os microrganismos, como foram descobertos, como são e como podem ser
importantes na tecnologia de alimentos, participando em vários processos como produção,
conservação e deterioração de alimentos e, ainda, como promotores de doenças

E conclui-se que, os meios e técnicas de cultura de microrganismos estão classificados em três


grupos, a destacar: Quanto à consistência, Quanto à função e Quanto à natureza.

E de salientar que, os microrganismos apresentam diversidade metabólica e diferentes


exigências nutricionais. Entretanto, pode-se dizer que as necessidades básicas da maioria dos
microrganismos estão concentradas nos seguintes elementos, conforme relata Emilene
Campos Galvão, Professora do VET Profissional, que é Pós-doutora em Inspeção de Produtos
de Origem Animal, Doutora e Mestre em Microbiologia Agrícola.

Portanto, os microrganismos são antigos, porém a microbiologia como ciência é jovem, uma
vez que os microrganismos foram evidenciados há 300 anos e só foram estudados e
compreendidos 200 anos depois

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4. Referências bibliográficas

TORTORA, G.J., FUNKE, B.R., CASE, C.L. Microbiologia, 6.ed. Porto Alegre: Artmed,
2003. 827p.

TRABULSI, L.R., ALTERTHUM, F., GOMPERTZ, O.F., CANDEIAS, J.A.N.


Microbiologia. 5.ed. São Paulo: Atheneu, 2008.

ACTOR, J.K. Imunologia e microbiologia, Rio de Janeiro: Elsevier, 2007, p.184.

ALEXOPOULOS, C.J., MIMS, C.W., BLACKWELL, M. Introductory mycology. 4.ed. New


York: John Wiley & Sons, 1996. 869p.

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