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MICROBIOLOGIA DO
SOLO
(APOSTILA DIDÁTICA – AULAS PRÁTICAS)
MICROBIOLOGIA DO SOLO
SUMÁRIO
Necessidades nutricionais
No laboratório as necessidades nutricionais dos microrganismos são fornecidas através
de meios de cultura.
Meio de cultura:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
______________________________________________
O uso de meios de cultura adequados é fundamental para possibilitarmos o
crescimento e a manutenção de microrganismos em laboratório a fim de realizar o
estudo desses organismos vivos.
Para que os microrganismos possam crescer a partir de um meio de cultura, o mesmo
deve fornecer três categorias fundamentais de nutrientes:
Fonte de energia
Fonte de componentes para fabricação de células
Fatores de crescimento (para alguns micróbios)
Existe uma infinidade de alimentos que podem suprir todos estes requisitos, mas nem
todos os microrganismos têm as mesmas exigências. A habilidade de um
microbiologista está na capacidade de seleção dos componentes próprios que farão um
meio de cultura adequado para um dado microrganismo.
A. FONTES DE ENERGIA:
· Compostos Orgânicos: açúcares, amido, proteínas, gorduras.
· Compostos Inorgânicos: NH4+, S, H2S, Fe++, H2
· Luz.
C. FATORES DE CRESCIMENTO
São substâncias que alguns microrganismos não conseguem sintetizar a partir de seus
nutrientes principais. Deverão ser introduzidos no meio de cultura, pois sua ausência limita o
crescimento de organismos que não conseguem sintetizá-los. Ex: vitaminas Tiamina, Biotina,
Piridoxina, Cobalamina, Ácido Nicotínico.
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Fonte de energia
Luz Fototróficos
Compostos orgânicos e inorgânicos Quimiotróficos
Fonte de elétrons
Compostos inorgânicos Litotróficos
Compostos orgânicos Organotróficos
· Exclusão de propágulos do ar -
· Desinfecção -
· Flambagem -
MEIO DE CULTURA: Uma grande variedade de meios de cultura são empregados pelo
microbiologista para isolamento, crescimento e manutenção de CULTURAS PURAS.
Microrganismos são cultivados em água à qual nutrientes apropriados tenham sido
adicionados, normalmente em forma solúvel. A solução aquosa contendo tais nutrientes
necessários ao desenvolvimento do microrganismo é chamado de Meio de Cultura.
· PEPTONAS:
5 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
· EXTRATOS:
· AGAR:
· ELEMENTOS TRAÇO:
MEIOS DE CULTURA
Classificações:
Em um primeiro instante dividimos os meios de cultivo em:
· Definidos-
· Indefinidos-
IV. Meios diferenciais: A adição de certos reagentes ao meio pode distinguir os tipos de
bactérias. Por exemplo adicionando-se vermelho congo (substância química), no meio de
Rhizobium (Manitol Congo Vermelho Agar), as bactérias contaminantes do gênero
Agrobacterium podem assimilar a cor vermelha e as colônias de Rhizobium não (incolor).
Desse modo, pode-se estabelecer a distinção entre duas bactérias da mesma família.
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ESTERILIZAÇÃO
ANTI-SEPSSIA: Desinfecção de tecidos vivos, como pele e mucosas. Pode ser feita, por
exemplo, através do Clorexidine a 0,12% para anti-sepsia intra bucal.
Processos de esterilização:
1) CALOR - a esterilização pelo calor é utilizada para materiais que não sofrem
alterações a altas temperaturas. O calor atua sobre os microrganismos coagulando e oxidando
suas proteínas.
4) FLAMBAGEM:
5) IRRADIAÇÃO:
9 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
Após a aula e o estudo da apostila didática, você como futuro profissional da Agronomia deve
ser capaz de responder as seguintes questões:
1) Um meio chamado “Meio Ágar Nutritivo” contém, entre outras substâncias, o agar
cuja função é fornecer nutrientes aos microrganismos. Afirmação verdadeira ou
Falsa? Comente.
2) Diferencie os termos:
a) esterilização e desinfecção.
b) bactericida e bacteriostático.
12) Para que tipo de microrganismos os compostos orgânicos servem como uma fonte
de energia e como uma fonte de carbono na síntese das unidades estruturais?
(a) Autotróficos; (b) heterotróficos; (c) fixadoras de nitrogênio; (d) bactérias
halofílicas; (e) bactérias barofílicas.
14) Qual dos seguintes itens representa mais precisamente a principal fonte de carbono
usada pelos heterotróficos?
(a) dióxido de carbono; (b) somente açúcar; (c) somente aminoácidos; (d)
compostos orgânicos; (e) compostos inorgânicos.
18) Se a composição química exata de um meio é conhecido, o meio pode ser descrito
como:
(a) complexo; (b) enriquecido; (c) seletivo; (d) quimicamente definido; (e)
diferencial.
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1. DISTRIBUIÇÃO DE MICRORGANISMOS
MATERIAL:
- Meios de cultura esterilizados. (Fórmulas estão no final deste capítulo).
- Placas de Petri esterilizadas
- Pipetas esterilizadas
- Tubo de ensaio com água esterilizados
- Amostra de solo, água, ar, etc.
PROCEDIMENTO;
Trabalhar em grupos. Discutir o procedimento entre o grupo, até entenderem o que
deve ser feito e os objetivos.
1. Desenrolar as placas de Petri. Não abrir para não contaminar. (abrir somente no momento
certo, ou seja, na hora de derramar o meio de cultura).
2. Rotular a placa com o nome do grupo, material inoculado, meio (use a placa que vai receber
o meio, ou seja, a parte de baixo da placa).
3. Colocar nas placas o material sendo analisado para presença de microrganismos. (use
técnicas assépticas). Espalhar a amostra para dispersar os micróbios.
4. Incubar as placas invertidas (de cabeça para baixo para evitar dessecamento).
5. Os microrganismos que aparecerem nestas placas serão observados na próxima aula.
* Controle: Pegar uma placa com meio de cultura e incubar. Esta placa não pode apresentar
microrganismos após a incubação, pois não foi colocado inóculo.
Enquanto alguns micróbios na infusão de feno são imóveis, outros são ativamente
móveis. Eles possuem controle no seu movimento, facilitado por flagelos, cílios, e alguns
micróbios se movem por arraste. O flagelo e cílios de protozoários e algas eucarióticas podem
ser vistos em microscopia, mas os flagelos de bactérias não são visíveis uma vez que o seu
tamanho está bem abaixo do poder de resolução do microscópio comum.
2. Agrupamento de células
4. Endósporos
a) forma:
b) Localização:
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Após a aula e o estudo da apostila didática, você como futuro profissional da Agronomia deve
ser capaz de responder as seguintes questões:
3) A massa de células crescendo sobre uma superfície sólida e que se torna visível a
olho nu é denominada ............................................................
13. Uma nova purificação pode ser feita, após esta primeira purificação, para se ter certeza que
temos uma cultura pura, ou seja, uma cultura onde somente uma espécie de microrganismo
esteja presente.
Culturas liofilizadas
BANCOS DE CULTURAS
Alemanha
Comunidade Européia
Após a aula e o estudo da apostila didática, você como futuro profissional da Agronomia
deve ser capaz de responder as seguintes questões:
PROCEDIMENTO:
Ø Coloque uma gota de água em uma lâmina limpa (livre de graxa). Com uma alça de platina
esterilizada transfira uma pequena amostra do crescimento para a gota de água e esfregue
a alça com a cultura em movimentos circulares até o material formar uma suspensão turva
homogênea.
Ø Espere até este filme microbiano secar naturalmente e fixe-o na lâmina por calor. Passe a
lâmina sobre um bico de bunsen várias vezes por 1 a 2 segundos (cuide para não aquecer
demais). Fixação deficiente (quando a cultura é lavada da superfície da lâmina, se
colocada sob torneira pingante). Fixação excessiva (as células romperão ou ficarão
distorcidas) não permite uma fácil observação. A seguir, deixe a lâmina esfriar e aplique o
corante.
COLORAÇÃO SIMPLES
O esfregaço é corado com solução de somente um corante (Ex: solução cristal violeta
1%; solução de azul de metileno 1%; solução de safranina, 0,5%, etc.) onde todas as células
adquirem a mesma coloração e não há diferenciação entre tipos de células ou estruturas
celulares.
TÉCNICA:
1. Prepare e fixe um esfregaço do organismo a ser corado (orientação anterior).
2. Cubra o esfregaço com solução corante e permita reagir por 1-2 minutos.
3. Lave o excesso da tintura com água pingante de torneira e seque em mata-borrão
(entre folhas de papel jornal).
4. Observe em microscópio (sem uso da lamínula).
5. Para usar a objetiva de 100X coloque uma gota de óleo de imersão sobre o material.
IMPORTANTE: Somente a objetiva de 100X foi fabricada para ser usada com óleo. Não
coloque óleo quando estiver usando as outras objetivas.
COLORAÇÃO DE GRAM
PROCEDIMENTO:
Ø Prepare e fixe um esfregaço de uma cultura jovem (12-18 horas), (de acordo com a
orientação anterior).
Ø Cubra o esfregaço com cristal violeta (solução I). Deixe a tintura reagir por 1 minuto. Lave o
excesso de tintura sob torneira pingante com uma quantidade mínima de água.
Ø Cubra o filme com iodina (Lugol) (solução II). Deixe reagir por 1 minuto. Lave o excesso de
tintura sob torneira pingante com uma quantidade mínima de água.
Ø As células bacterianas devem ser descoloridas com álcool (solução III) inclinando a lâmina
sobre a pia e pingando a solução III sobre o esfregaço até que os pingos saiam sem cor de
corante. Lave com água pingante de torneira.
Ø Cubra o esfregaço com safranina (solução IV) por 1 minuto (pode ser usada Fucsina no
lugar de safranina). Lave sob torneira e seque em mata-borrão (entre folhas de jornal).
Examine sob imersão (objetiva 100), sem o uso de lamínula com luz máxima para distinguir
cores. Células Gram positivas têm coloração azul e Gram negativas têm coloração
vermelha ou rosada. Resultados "confiáveis" podem ser obtidos durante o crescimento
ativo das culturas bacterianas (culturas jovens). Culturas velhas podem resultar em
dificuldades para quem estiver observando-as.
E Cada aluno poderá fazer uma lâmina e os outros (do grupo) utilizarem o mesmo material
para observação. Procurem fazer coloração com colônias que tenham características
diferentes. Observem a forma da bactéria e a sua coloração de Gram.
Forma da bactéria:
(_) bastonete
(_) coccus
(_) espirilo
(_) vibrio
Reação de gram:
(_) gram +
(_) gram -
Forma da bactéria:
(_) bastonete
(_) coccus
(_) espirilo
(_) vibrio
QUESTÕES
Reação de gram:PARA REVISÃO DOS CONHECIMENTOS
(_) gram +
(_) gram -
Após a aula e o estudo da apostila didática, você como futuro profissional da Agronomia
deve ser capaz de responder as seguintes questões:
3. Na técnica de coloração de gram, por que algumas bactérias se coram de vermelho e outras de azul?
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4. Qual é a função do álcool e acetona como reagentes na técnica da coloração de gram?
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4. TESTES BIOQUÍMICOS
TESTE DA CATALASE
NO2- + +
Reagentes:
a. Reagente ácido acético sulfanílico b. Reagente Alfa naftilamina
Ácido sulfanílico 8g Alfa naftilamina 6,3 g
Ácido acético glacial 286 g H2SO4 concentrado 10 ml
Água destilada . 714 ml Água destilada 1.250 ml
TESTE DE VOGES-PROSKAUER
CH3COOH
CH3 CH3 HCOH
Piruvat Lactato
CH3
Aceteil metil carbim
(Acetoína)
A determinação destes produtos finais neutros de fermentação é importante para
diferenciar espécies produtoras de ácido (aquelas que produzem muito ácido e aquelas que
produzem pouco ácido).
Um meio contendo glicose + peptona (meio 3, MR - VP) é inoculado com a bactéria
teste até um bom crescimento ser obtido (no mínimo dois dias). Uma sub-amostra de 2,5 ml da
cultura é tratada com 0,6 ml de alfa naftol e 0,2 ml de KOH. Agitar para aeração. Se acetoína
ou 2-3-butanediol forem produzidos pela cultura bacteriana, a aeração na presença de álcali irá
produzir um diacetil o qual por sua vez reagirá com a peptona para produzir uma cor rosa-
avermelhada. O alfa naftol é adicionado para melhorar o aparecimento da cor. Espere pelo
menos 15 a 20 minutos antes de tomar a decisão quanto ao resultado do teste.
Reagentes:
a) alfa naftol: b) KOH
alfa naftol 50 g KOH 400g
etanol (95%) 1000 ml ml Água destilada 1000
HCOH C=O
HCOH
HCOH
CH3 CH3
2-3 butanediol acetoína
ar (agitação)
CH3
C=O
CH3
Reagentes:
Vermelho de Metila
Vermelho de metila 0.1 g
Etanol a 57% 500 ml
Após o período de incubação, as placas são inundadas com a iodina de Gram, a qual
reagirá com o amido não atacado desenvolvendo uma coloração azul. Bactérias amilase
positiva, apresentarão uma zona incolor próxima ao crescimento bacteriano nas placas.
Após o período de incubação, as placas são inundadas com HCl 1% o qual precipitará
qualquer caseína remanescente, deixando uma zona clara ao redor do crescimento bacteriano,
se caseinase for produzida.
KNO3
Meio 3: MR - MP 1g
(Vermelho de metila - Vogues Água destilada
Proskauer) 1000 ml
Peptona Agar
5g 1,7 g
Glicose Meio 5: Agar caseinato de sódio
5g (Caseinase)
NaCl Caseinato de sódio
5g 2g
Água destilada 1000 Extrato de levedura
ml 2g
S Para bactérias que não pertençam ao Glicose
gênero Bacillus trocar o NaCl pelo 1g
K2HPO4. Ajustar o pH do meio em 6.9 . K2HPO4
Esterilizar a 1210C durante 10 minutos. 0,2 g
MgSO4
0,2 g
FeSO4
Meio 4: Caldo - nitrato (Redução de traços
nitrato) Agar
Triptona 15 g
10 g Água destilada
Extrato de levedura 1000 ml
5g
QUESTÕES PARA REVISÃO DOS CONHECIMENTOS
9) Porque todos os microrganismos precisam produzir exoenzimas? Que enzimas são necessárias
degradar amido, celulose, lignina (alguns componentes de vegetais) e caseína?
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O método mais comum para medirmos número de células é o Método das Placas de
Contagem ou Contagem de Colônias: Este método é baseado na relação teórica de que uma
célula bacteriana originará uma colônia (UFC) e pressupõe-se que o número de colônias que
desenvolveram na placa de Agar corresponderá a contagem original de bactérias.
Este método pode ser empregado para enumerar microrganismos presentes no leite,
águas poluídas, solo, alimentos em geral, etc. Utilizando-se técnicas assépticas, diluições
quantitativas do material sendo examinado, são realizadas em tubos de diluição esterilizados e
uma quantidade conhecida de cada diluição é colocada em placa de Petri com o meio de
cultura. A diluição preparada e colocada na placa depende do número esperado de
microrganismos na amostra e deve assegurar que uma das placas finais apresentará entre 30
e 300 colônias. O número de colônias nesta faixa dará uma aproximação mais correta da
população microbiana.
Após a incubação das placas e aparecimento das colônias, as colônias serão contadas
e será feita a média a qual será multiplicada pelo fator de diluição para obter-se o número de
microrganismos no material original diluído.
O meio de cultura pode ser adicionado na forma líquida após a adição da diluição ou em
placas de petri pré-solidificadas com o meio de cultura. As diluições podem ser realizadas em
água ou em uma solução salina esterilizada.
Discutir o procedimento entre o grupo até entenderem o que deve ser feito.
1. Desenrolar as placas de petri. Não abrir para não contaminar.
2. Rotular as placas com o meio e o tipo de inóculo sendo usados, bem como a diluição que
será colocada na placa.
3. Pipetar 1 ml da diluição correspondente na placa, evitando ao máximo contaminação
pelo ar.
4. Colocar o meio correspondente, derretido em banho-maria, mas evite colocar quando
muito quente. Ideal 45 - 50 °C.
5. Girar as placas com o meio, lentamente em movimentos circulares para misturar a
amostra com o meio de cultura da melhor maneira possível.
6. Espere o Agar solidificar completamente, e incube as placas invertidas para evitar a
dessecação do meio e também auxiliar evitando contaminação pelo ar. Incubador a 30 °C.
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2. Respostas sempre devem ser dadas em bactérias, fungos e actinomicetes, por grama ou
mililitro do material sendo analisado. Ajuste os resultados se microrganismos por mais de uma
grama ou Mililitro estiver sendo requerido no problema.
ASSUMA QUE 1 ml de ÁGUA = 1 GRAMA.
3. Use as placas para contagem com número de colônias entre 30 e 300.
4. Com as repetições de placas da mesma diluição tome a média da contagem e coloque na
fórmula a seguir.
5. Use as duas fórmulas e nunca ocorrerão erros:
Ø FD= diluição inicial x diluição(ões) subseqüente(s) x quantidade colocada na placa
( FD = fator de diluição)
PROBLEMAS
2. Você cultivou uma cultura bacteriana e queria saber quantas células de bactérias por
mililitro de meio cresceram no seu meio de cultura. 1 mililitro desta cultura bacteriana foi
pipetada para um tubo de ensaio contendo 9 ml de água esterilizada. 1 ml desta diluição foi
pipetado para um segundo tubo de ensaio contendo 9 ml de água esterilizada, e deste 0,1 ml
foi colocado numa placa. 30 ml de meio de cultura foram adicionados na placa e esta foi
incubada, sendo que 219 colônias apareceram após a incubação. Quantas bactérias por
mililitro estavam presentes na cultura original ?
8. 2 gramas de solo foram diluídas em 898 ml de água esterilizada. Três diluições sucessivas
de 1:100 foram realizadas e 0,01 ml da última diluição foi colocada em três diferentes placas de
Petri, sendo que 40 ml do meio de cultura foi adicionado em cada placa. Após a incubação
observou-se a presença de 38, 45, 53 em cada uma das placas, respectivamente. Qual o
número de bactérias na amostra ?
10 1 10 2 10 3 10 4 10 5 10 6 10 7 10 8 10 9
1ml
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Como exemplo considere uma diluição em série de 1/10, com 5 tubos incubados por
diluição dando os seguintes resultados positivos após a incubação: 5 na diluição 10-5, 5 na
diluição 10-6, 3 na diluição 10-7, 1 na diluição 10-8, 0 na diluição 10-9. Nesta série p1=5, p2=3,
p3=1. A tabela nos dá um valor de 1,1 na quantidade de inóculo aplicada na diluição 10-7. O
número de microrganismos da amostra original é de 11 milhões.
PROBLEMAS:
1. Você realizou uma determinação do NPM em amostras de carne de frango pelo método dos
tubos para avaliar a presença de coliformes fecais totais. O resultado foi o seguinte:
5 positivos na diluição 10 -4
4 positivos na diluição 10 -5
1 positivos na diluição 10 -6
0 positivos na diluição 10 -7
Qual o número mais provável de coliformes totais na amostra?
2. Você realizou uma determinação do NPM em amostras de solo pelo método dos tubos para
avaliar a presença de bactérias denitrificadoras totais . O resultado foi o seguinte:
5 positivos na diluição 10 -4
3 positivos na diluição 10 -5
2 positivos na diluição 10 -6
1 positivos na diluição 10 –7
0 positivos na diluição 10 –8
Qual o número mais provável de bactérias denitrificadoras totais na amostra?
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QUESTÕES PARA REVISÃO DOS CONHECIMENTOS
Após a aula e o estudo da apostila didática, você como futuro profissional da Agronomia
deve ser capaz de responder as seguintes questões:
10. Qual o procedimento que você adotou para limitar o crescimento de bactérias em
um meio para fungos e vice-versa?
amostra. Use as duas fórmulas propostas para facilitar os cálculos, mas saiba
interpretá-las.
1) 1,6x108 ou 160 milhões/ml. 2) 219 mil células/ml. 3) 460.000 células/g. 4) 15,6x106
células na amostra. 5) 9,4x104 células/ml. 6) 1,7733x107 células/g de esterco. 7)
1,73x1010 células na amostra. 8) 4,06x1012 células na amostra.
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g= gás l= líquido.
O NaOH que não reagir pode ser medido por titulação com uma solução de HCl de
concentração conhecida. Entretanto, o Na2CO3 interfere nesta titulação (ou seja, não é um
composto estável) e precisa ser eliminado. Se adicionarmos BaCl2, este reagirá com o Na2CO3
formando um composto insolúvel, BaCO3, o qual precipita.
Lembrem-se que se outro aceptor de elétrons estiver disponível (como por exemplo o
nitrato), poderemos ter oxidação completa de resíduos orgânicos mesmo na ausência de
oxigênio.
O balanço do nitrogênio no solo, ao qual matéria orgânica fresca tenha sido adicionada,
será afetado em maior ou menor grau dependendo da composição da matéria orgânica e da
sua relação C/N. Alta relação C/N no material orgânico sendo adicionado, e uma constituição
química de fácil decomposição resultará na imobilização do nitrogênio (incorporação nos
"tecidos" nitrogenados dos microrganismos, principalmente proteínas e aminoácidos), enquanto
que a mineralização seria uma conseqüência de uma baixa relação C/N e rápida taxa de
decomposição dos compostos (resíduos) sendo adicionados.
O curso destes eventos também pode ser influenciado pelo teor de umidade do solo. A
umidade do solo pode determinar se condições aeróbicas ou anaeróbicas irão prevalecer, e
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com isto o tipo de metabolismo energético a ser utilizado pelos microrganismos. Anaerobiose
pode ser dita limitar a atividade microbiana (pois quase exclusivamente bactérias fermentam e
exclusivamente bactérias realizam respiração anaeróbica) e pode também resultar em
denitrificação se nitrato estiver no ambiente. Neste exercício, tipos diferentes de material
orgânico, bem como a influência do teor de oxigênio serão analisados.
Várias fontes orgânicas - glicose, palha de gramíneas, palha de leguminosas que
variam na relação C/N e na facilidade de decomposição serão usadas. A umidade será variada
para controlar a disponibilidade de oxigênio.
Este tipo de experimento é utilizado quando se deseja estudar o efeito de diferentes
aditivos (ou resíduos) na atividade microbiana do solo ou deseja-se conhecer a taxa de
decomposição do aditivo.
MATERIAL
1. Frascos
2. Solo Unidade de Mapeamento São Pedro
3. Aditivos Orgânicos: esterco, palha e restos de resíduos orgânicos, glicose, peptona etc.
PROCEDIMENTO:
1. Pesar 100 gramas de solo seco ao ar e colocar na unidade experimental (frasco 500 ml)
2. Colocar o aditivo orgânico (tratamento) no frasco e misturar bem com uma espátula.
3. Adicionar a quantidade de H2O equivalente ao tratamento ( capacidade de campo ou
alagado).
4. Preparar o frasco receptor de CO2 (becker de 50 ml) com 10 ml de NaOH 1 mol L-1 e
colocar dentro da unidade experimental
5. Vedar o frasco hermeticamente (verificar se a borracha está vedando bem a tampa para não
perdermos gás carbônico, às vezes a borracha torce, cuidado).
TRATAMENTOS:
CÁLCULOS:
CO2 evoluído (mg):
CO2 evoluído = (VB - VT )NE
VB = Volume (mililitros) de ácido necessários para titular o NaOH na prova em
branco.
Vt = Volume de ácido necessário para titular o NaOH do tratamento.
N = Normalidade do ácido.
E = Peso equivalente CO2 (12+16.2) = 44/2 = 22.
43 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
RESULTADOS: Você deverá ter certeza que entende, e pode responder as seguintes
questões sobre o experimento realizado.
Após a aula e o estudo da apostila didática, você como futuro profissional da Agronomia deve ser capaz
de responder as seguintes questões:
1) A técnica de Medição do CO2 ou Respiração Basal apresenta-se como uma das formas de se
avaliar parâmetros ecológicos microbianos. Nesta técnica proposta por Stotzki (1957), a
quantidade de CO2 liberado no processo de decomposição de materiais orgânicos é reflexo das
condições bióticas e abióticas do meio. Dentre os fatores abióticos, o teor de água apresenta-se
como um dos mais variáveis. De que maneira ele pode influenciar a atividade de microrganismos
e a velocidade de decomposição de um material orgânico?
3) Com base nos resultados obtidos no experimento desenvolvido em aula, responda as questões
abaixo:
a) Como se pode avaliar se o fator umidade do solo afetou a decomposição da matéria
orgânica?
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b) Quando da adição de um resíduo orgânico ao solo, espera-se normalmente um
incremento nos valores de respiração. A adição de palhadas de leguminosas e
gramíneas resultou nesse efeito?
c) Apesar de a quantidade de C adicionado ao solo no tratamento 3 (T3) ser semelhante ao
adicionado em T4, verificamos uma maior velocidade de decomposição no primeiro.
Porque isso ocorreu?
d) Em T6 observamos uma taxa de decomposição dos resíduos orgânicos maior que em
T5. No seu entendimento, esse resultado é justificável? Por quê?
e) Porque em ambientes alagados é de se esperar uma menor decomposição dos
resíduos?
45 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
Na maioria dos solos, o nitrogênio mineral representa uma fração inferior a 2 % dos teores de
nitrogênio total. A maior quantidade de nitrogênio no solo está na forma orgânica, ou seja
ligado as moléculas orgânicas, normalmente em grupos amínicos. A técnica para
determinação de nitrogênio total do solo é parecida com esta que foi descrita para tecido
vegetal.
O N mineral se encontra na forma de NH4+ (íon amônio), NO3- (nitrato) e NO2- (nitrito).
Geralmente o NO2- ocorre em quantidades muito pequenas.
A determinação dos teores de N mineral do solo é de particular interesse para a
microbiologia, quando se quer avaliar no solo alguns processos envolvendo o ciclo do N, tais
como: amonificação, imobilização, nitrificação e desnitrificação.
Extração
A extração do N mineral (NH4+, NO2- e NO3-) no solo é realizada com uma solução de
cloreto de potássio (KCl) 1 mol L-1. Os íons K+ irão tomar o lugar do íon amônio (NH4+) que está
nos sítios de troca do solo e serão liberados para a solução. O nitrato (NO3-) e o nitrito (NO2-)
são solúveis em água e facilmente passaram para o extrato.
MgO + H2O -------------> Mg++ + 2OH- (este processo produz OH, e eleva o pH do meio)
Após a destilação do NH3 (o vapor expulsa a amônia volátil) teremos que extrair o NO3-
eNO2- (que não são afetados pelas reações anteriores ). Adiciona-se a liga Devarda (50% Cu,
45% Al e 5% Zn) para reduzir NO3- e NO2- a NH4+, o qual é a seguir destilado como NH3
devido ao pH do meio ainda estar alcalino.
DETERMINAÇÃO:
f) Titular o destilado com H2SO4 0,005 N até a viragem (a solução com o indicador muda de cor
roxa para verde).
j) Titular o destilado com H2SO4 0,005 N até a viragem.
Caso deseje determinar conjuntamente NH4+ + NO3- e NO2-, basta adicionar juntos MgO e liga
Devarda na alíquota de 20 ml do extrato e efetuar a destilação.
CÁLCULO:
Nitrogênio mineral (ppm) = (A - B) x 70
S
A = gasto de H2SO4 para titular a amostra
B = gasto de H2SO4 para titular a prova em branco (20 ml de KCl 1 N)
S = peso da amostra em gramas (2 gramas no caso específico)
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Após a aula e o estudo da apostila didática, você como futuro profissional da Agronomia deve ser capaz
de responder as seguintes questões:
1) O elemento nitrogênio tem, sem dúvida, o comportamento mais dinâmico entre os elementos
nutrientes de plantas. No ambiente solo, aproximadamente 95% do N está na fração orgânica e 5%
nas suas várias formas minerais. Como você vê o papel dos microrganismos no ciclo do elemento na
natureza?
3) O processo de nitrificação ocorre por ação de bactérias quimiotróficas. Que argumentos você
utilizaria para justificar o processo como sendo benéfico ou como indesejável?
4) O equilíbrio entre as formas de amônia (gás) e amônio (íon nutriente) é regulado pelo pH do solo.
Com a elevação do pH as perdas de N na forma de gás são potencializadas. Considerando-se que o
processo de hidrólise da uréia gera hidroxilas (OH-), seria lógico fazer aplicação localizada desse
adubo (como na linha de semeadura), visando menores perdas?
NH4+ NO3- + NO2- NH4+ NO3- + NO2- NH4+ NO3- + NO2- -----------
Prova em branco
8. ISOLAMENTO DE BACTÉRIAS DIAZOTRÓFICAS
As bactérias diazotroficas (di= dois; azote= nitrogênio; trophs= comida: fixadores de N2) são
microrganismos que podem utilizar o N2 atmosférico como fonte de N para o crescimento e são
responsáveis pelo processo de fixação biológica de N (FBN).
Diazotrofos simbióticos
A capacidade de fixar nitrogênio simbioticamente é encontrada em vários grupos de
microrganismos e, em alguns casos, observa-se a formação de estruturas diferenciadas. O
isolamento de bactérias do gênero Rhizobium de nódulos de leguminosas não é tarefa difícil.
Nosso interesse é retirar do interior dos nódulos as bactérias que causam a formação deste
nódulo. Devemos selecionar nódulos grandes e sadios, de preferência que apresentam cor
interna vermelha (devido a Leghemoglobina que transporta o oxigênio).
O processo de isolamento baseia-se na desinfecção do exterior do nódulo (a
desinfecção serve para retirarmos organismos contaminantes que estão aderidos à superfície
externa do nódulo e que podem atrapalhar o nosso trabalho) com uma solução desinfetante.
Logo após, maceramos os nódulos para estourar as células da planta que contém o rizóbio.
Colocamos o meio de cultura mais adequado, incubamos e esperamos o aparecimento de
colônias da bactéria sobre o Agar.
PROCEDIMENTO:
1. Remover nódulos das raízes, deixando pequena porção da raiz ainda aderida ao nódulo.
Lavar bem com água para tirar todo o solo e ao máximo os contaminantes como esporos de
fungos, bactérias, etc.
OBSERVAÇÃO: o passo 4 pode ser feito de outra maneira, ou seja, podemos através do
método das estrias, utilizar placas pré-solidificadas de agar meio de cultura para fazer
isolamento.
Diazotrofos associativos
Dentro deste grupo podemos dividir os diazotrofos em dois grupos: endofíticos
facultativos (podem colonizar tanto a rizosfera como o interior das raízes) e os endofíticos
obrigatórios (colonizam o interior das raízes). A bactéria Acetobacter diazotrophicus é um
exemplo de bactéria endofítica obrigatória. Sua ocorrência é bastante restrita e tem sido
encontrada em associação, principalmente, com plantas que se propagam vegetativamente
como a cana-de-açúcar, batata-doce e capim Camerrom.
51 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
Após a aula e o estudo da apostila didática, você como futuro profissional da Agronomia deve ser capaz de
responder as seguintes questões:
1. Como se pode entender o processo de FBN como sendo uma alternativa para a
manutenção da sustentabilidade dos agroecossistemas? (redução do consumo
de combustíveis fósseis, fonte de energia, produto final, poluição por amônia,
nitrato e óxido nitroso).
SOLO
Os agregados do solo, compostos de partículas primárias, unidas por agentes
cimentantes, constituem as unidades básicas da estrutura do solo.
A taxa de infiltração de água no solo, a penetração das raízes, a facilidade com que
ocorrem as trocas gasosas e a resistência à erosão estão relacionados a uma boa estruturação
do solo que por sua vez depende de uma boa agregação e da estabilidade dos agregados em
água.
Vários fatores estão envolvidos na formação dos agregados no solo, bem como na sua
estabilidade. Os principais dizem respeito à atividade da população microbiana do solo.
Dois mecanismos têm sido sugeridos para explicar o envolvimento dos microrganismos
na formação dos agregados e na sua estabilidade: em primeiro lugar está a ação mecânica
resultante da produção do micélio, principalmente por fungos, atuando no sentido de agrupar
as partículas do solo em agregados; em segundo lugar está a produção de agentes
cimentantes (polissacarídeos e substâncias mucilaginosas), especialmente por bactérias, que
contribuem principalmente no aumento da estabilidade dos agregados em água.
Os actinomicetos, por produzirem micélio e também produtos metabólicos com ação
cimentante, desempenham um papel intermediário entre fungos e bactérias.
A intensidade com que os microrganismos atuam na agregação do solo está na
dependência da facilidade com que ocorre a decomposição do material orgânico adicionado ao
solo.
TRATAMENTOS:
PROCEDIMENTO:
ANÁLISE:
a) Colocar o agregado a ser testado sobre uma peneira de malha quadrada de 2mm de
abertura e deixar cair sobre o agregado gotas de água de aproximadamente 4mm de
diâmetro de uma altura de 50 cm.
b) Considera-se que o agregado é destruído no momento em que rompe-se e passa
pela peneira.
c) Anota-se o número de gotas necessárias para tal.
c) Repete-se o procedimento para 5 - 10 agregados, fazendo-se a média para o
número de gotas gastas em cada tratamento.
Tabela: Resistência dos agregados à ação do impacto de gotas d’água segundo Mc CALLA.
REPETIÇÕES MÉDI
TRATAMENTO
1 2 3 4 5 A
T1 – 30 g de solo seco ao ar.
Após a aula e o estudo da apostila didática, você como futuro profissional da Agronomia deve ser capaz de
responder as seguintes questões:
10. MICORRIZAS
Objetivo
Observar as características macroscópicas e microscópicas de diferentes tipos de
micorrizas.
ECTOMICORRIZAS
Observação de Ectomicorrizas
Materiais raízes de Eucalyptus sp e Pinus sp.
Colocar as raízes em placas de petri e colocar água no seu interior. Com auxílio de uma
pinça e um estilete, separar pedaços de radicelas com cerca de 1 cm, que se apresentem
bifurcadas na extremidade (em Pinus sp.), mais grossas e de cor amarelo-alaranjado (em
Eucalyptus sp.). Com as raízes totalmente imersas na água observar à lupa, iniciando com a
menor objetiva e aumentando a ampliação.
Tentar definir as seguintes características das micorrizas: cor, forma, presença ou
ausência de rizomorfas, tipo de manto (liso, com hifas aderidas).
Desenhar:
Posteriormente, fazer uma preparação deste material (entre lâmina e lamínula) e observar ao
microscópio para caracterização do fungo que produz o manto.
55 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
ENDOMICORRIZAS
· COLETA
Os fungos endomicorrízicos produzem micélio e esporos no solo, mais especificamente
na região da rizosfera. Algumas espécies podem esporular internamente nas raízes, tornando
importante a coleta de solo e raízes. As raízes são usadas também para a quantificação da
colonização radicular. O solo mais raízes para análise de fungos de endomicorrizas é coletado
no campo com enxadão, trado ou anéis cilíndricos de metal, na profundidade que se tenha todo
o crescimento radicular da planta ou a maior parte do crescimento radicular. O volume da
subamostra depende do objetivo do trabalho. Normalmente no laboratório usa-se 50 ml de solo
para determinar a densidade de esporos e 1 g de raízes para a avaliação da colonização
radicular. Além dessas análises sugere-se que a quantidade de solo coletado possibilite análise
química do solo e sua utilização como inóculo em vasos de cultivo e multiplicação. Após a
coleta o material deve ser armazenado em sacos plásticos resistentes e identificados e
transportados à sombra, evitando o aquecimento da amostra, pois temperaturas superiores a
50º C inviabilizam os propágulos e secam as raízes.
Para amostragem em vasos de cultivo, coleta-se o substrato em diversos pontos, com
espátula ou cilindros de metal, evitando-se danificar o sistema radicular da planta hospedeira.
Os orifícios abertos devem ser preenchidos com solo desinfestado, irrigando-se o vaso a
seguir. Os equipamentos utilizados para a coleta devem ser limpos, para evitar contaminações.
· AMOSTRAGEM
A amostragem de solo é de fundamental importância para o estudo das micorrizas, por
isso, é importante observar as variações nas características físicas, químicas e biológicas do
solo, tais como umidade, pH, e desenvolvimento radicular que alteram a população destes
microrganismos. O sistema radicular e o solo rizosférico de culturas anuais podem ser
facilmente amostrados, uma vez que o crescimento das raízes destas plantas é bem
distribuído no solo. Em plantas perenes, o sistema radicular é maior e apresenta grande
variabilidade espacial, o que dificulta a amostragem.
· ARMAZENAMENTO
Para a avaliação da colonização micorrízica as raízes devem ser separadas do solo por
peneiramento malha 2 mm), lavadas em água e armazenadas em frascos contendo solução de
FAA (13 mL de formol + 5mL ácido acético + 200 ml de etanol 50%) ou etanol 50%.
Amostras contendo solo, esporos e fragmentos de hifas podem ser armazenadas em
sacos plásticos, sob refrigeração (4 a 6° C) e baixa umidade (5 a 10%). Isto poderá manter a
viabilidade dos esporos por aproximadamente cinco anos.
Métodos como a liofilização ou armazenamento de esporos em solução antibiótica
podem ser utilizados.
· CONTAGEM DE ESPOROS
Contagem direta de esporos oriundos de amostras de campo:
1) Utilizar 25 ou 50 g dependendo do solo. Três repetições no mínimo, representativas da
área de campo, oriundas de uma amostra composta.
2) Colocar a amostra em um litro de água, mexendo bem a fim de formar uma solução
homogênea do material.
3) Deixar que o solo decante por alguns minutos, solo seco por uma hora.
4) Passar a suspensão em peneiras de 710 e 25 microns.
5) Lavar na peneira até retirar o máximo de solo.
6) Centrifugar o material por 15 segundos.
7) Desprezar o sobrenadante.
8) Centrifugar novamente com sucrose (75% - 750 g de açúcar e adicionar água até
completar 1 litro), por 20 segundos.
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9) Manter o sobrenadante sobre peneira e lavar com bastante água, a fim de retirar toda a
sucrose.
10) Coletar os esporos em placa de Petri.