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Vegetal
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Resumos Prática _________________
Aveiro
Biotecnologia Vegetal – Resumos Prática
Índice
1º Protocolo – Micropropagação de Plantas ............................................................................. 3
Micropropagação .................................................................................................................... 3
Laboratório de Micropropagação.......................................................................................... 3
Equipamento para Cultura de Tecidos ................................................................................. 3
Fatores Importantes ................................................................................................................ 3
Explante ................................................................................................................................... 4
Micropropagação de Segmentos Nodais ............................................................................... 5
Fases da Micropropagação ..................................................................................................... 5
2º Protocolo – Multiplicação e enraizamento de plantas ......................................................... 7
Fase de Multiplicação ............................................................................................................. 7
Fase de Enraizamento ............................................................................................................. 7
O Papel das Hormonas ........................................................................................................... 8
3º Protocolo – Hidrolases: Aplicações na indústria alimentar ................................................ 9
Enzimas .................................................................................................................................... 9
Aplicações enzimáticas............................................................................................................ 9
Indústria dos Vinhos e dos Sumos ....................................................................................... 10
Pectinase e Amilase ............................................................................................................... 11
Temperatura e pH ótimos..................................................................................................... 11
Clarificação do sumo de maçã.............................................................................................. 12
Fruit Peeling .......................................................................................................................... 13
4º Protocolo – Isolamento de Protoplastos .............................................................................. 13
O Protoplasto ......................................................................................................................... 13
Métodos de Isolamento de protoplastos .............................................................................. 14
Produção e Viabilidade ......................................................................................................... 15
Procedimento ......................................................................................................................... 15
5º Protocolo – Deteção de Milho Transgénico ........................................................................ 17
Organismos Geneticamente Modificados............................................................................ 17
Caso Estudo: Milho Bt .......................................................................................................... 17
Deteção de Marcadores Transgénicos ................................................................................. 19
Protocolo – Como realizar um teste QuickStix................................................................... 20
6º Protocolo – Aclimatização .................................................................................................... 21
O Processo da Aclimatização ............................................................................................... 21
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Rocha. H
Biotecnologia Vegetal – Resumos Prática
Micropropagação
Laboratório de Micropropagação
Fatores Importantes
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Biotecnologia Vegetal – Resumos Prática
Explante
Quando se retira um explante como um botão axilar, nós removemo-lo de uma fonte de
vários químicos e temos de restabelecer estes para permitir que os explantes cresçam.
O que é um explante?
É um fragmento de tecido vegetal obtido de uma planta e que vai ser propagado para obter
uma nova planta.
Os explantes mais adequados para micropropagação contêm, naturalmente, células do
tecido meristemático. As folhas e raízes são também usadas.
Fonte do Explante
O explante deve ter propriedades desejáveis como ser facilmente desinfetado, ser jovem,
e responsivo à cultura.
A escolha do explante condiciona o grau de sucesso da micropropagação e a sua fonte
deve ser escolhida com cuidado. Os explantes devem ser partes jovens de uma planta adulta,
preferencialmente de área de crescimento ativo, incluindo meristemas.
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Fases da Micropropagação
1. Seleção e Desinfeção do Explante
2. Iniciação
3. Multiplicação
4. Enraizamento
5. Aclimatização
Desinfeção
Bactérias e fungos vão crescer em demasia no explante no meio, a não ser que sejam
removidos.
Existe uma série de pré-tratamentos para limpar o explante:
- Transferir as plantas para um estufa para reduzir os contaminantes endémicos;
- Forçar o crescimento dos segmentos nodais;
- Usar fungicidas.
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Passo 2 – Iniciação
Estabelecimento do explante num meio de cultura. O meio sustenta as células vegetais e
encoraja a divisão celular.
O meio em si pode ser sólido ou liquido e cada espécie/genótipo de planta tem requisitos
médios específicos que devem ser estabelecidos por tentativa e erro.
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Fase de Multiplicação
Nesta aula usámos Violeta Africana, pois é uma planta facilmente propagável. O meio
continha auxinas (IBA) e citoquininas (BAP) com maior concentração das últimas, porque o
objetivo continua a ser quebrar a dormência dos gomos para que estes possam crescer.
Fase de Enraizamento
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Auxinas
As auxinas afetam o crescimento e a forma da planta e desempenha papeis em:
• Formação de raízes;
• Abcisão de folhas;
• Dominância Apical/Terminal;
• Desenvolvimento de fruta partenocárpica.
• Algumas auxinas sintéticas são utilizadas como herbicidas seletivos.
Citoquininas
As citoquininas estão ativas desde as sementes até à sua senescência:
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Enzimas
As enzimas são macromoléculas de natureza proteica que atuam nas células e são
catalisadores bastante eficientes em reações bioquímicas. Elas aceleram as reações ao fornecer
uma reação alternativa de menor energia de ativação. As enzimas são, normalmente, altamente
seletivas, catalisando reações específicas apenas. Esta especificidade deve-se às formas das
moléculas. A atividade enzimática depende da velocidade a que os produtos de reação se formam.
Existem, então, vários fatores que afetam a atividade catalítica das enzimas, tais como:
• Temperatura;
• pH;
• Concentração enzimática e do substrato;
• Inibidores.
As enzimas utilizadas nesta atividade prática eram hidrolases: enzimas que catalisam
reações de hidrólise onde a molécula é dividida em duas ou mais moléculas pequenas através da
adição de água. Alguns exemplos são as protéases. Estas proteínas separam moléculas proteicas
e são, posteriormente, classificadas pelo seu pH ótimo como ácidas, alcalinas ou neutras.
Aplicações enzimáticas
As enzimas são usadas, nos dias de hoje, em várias indústrias diferentes. O uso de enzimas
na comida e na indústria de rações é bem estabelecido e generalizado.
As enzimas são capazes de manipulas especificamente todas as macromoléculas
biológicas principais, assim como as mais pequenas, tais como aminoácidos ou vitaminas. Devido
à elevada especificidade, um nível reduzido de sub-produtos, altos rendimentos e composições
controladas dos produtos são obtidas.
Para além disso, as enzimas trabalham em condições ambientais suaves (temperatura e
pressão) que levam a um equipamento industrial mais económico.
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Indústria dos Vinhos e dos Sumos
Pectinase e Amilase
Temperatura e pH ótimos
A pectinase exerce a sua atividade máxima quando a temperatura se encontra perto dos
45ºC e o pH perto de 4,0.
Já a amilase tem um pH ótimo perto de 6 e uma temperatura ideal aos 55ºC.
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Clarificação do sumo de maçã
O sumo de maçã bruto obtido após a trituração das maçãs é turvo, de cor castanha,
bastante viscoso e tende a pousar durante o armazenamento, para isso deve ser clarificado antes
da sua comercialização.
Polissacarídeos (como a pectina, celulose, hemicelulose e amido), proteínas, taninas,
metais e microrganismos são os principais responsáveis pela turbidez do sumo de maçã.
Os processos de clarificação convencional objetivam eliminar os sólidos insolúveis e
destruir substâncias peptídicas ao degradar a pectina e o amido com enzimas específicas,
floculando a turbidez com agentes de clarificação (bentonite, gelatina e silicasol).
Tanto a despectinisação como desamidação são essenciais para a maioria dos processos
de clarificação dos sumos. O amido pode ser degradado pela amilase junto com as pectinases
durante as despectinização do sumo.
A amilase elimina a possível ação das moléculas de amido se agregarem com proteínas,
pectinas e, assim, elimina a formação de turvação.
O amido é, também, responsável pela lenta filtração e elevada viscosidade do sumo. A α-
amilase atua sinergeticamente com a pectinase para reduzir a viscosidade.
O conteúdo total de açúcares redutores é aumentado na clarificação do sumo de maçã
após o tratamento com pectinase e amilase. Isto deve-se às enzimas libertarem ácido galacturónico,
glucose, dextrina, maltose e outros açúcares redutores da pectina e do amido durante a hidrólise.
Biotecnologia Vegetal – Resumos Prática
Fruit Peeling
As pectinases também podem ser utilizadas para efetuar o peeling enzimático de citrinos
e para remover a pele fina de frutos com caroço, como pêssegos, damascos e nectarinas.
É necessário raspar a casca da tangerina para retirar as cutículas cerosas, permitindo que
as enzimas entrem na casca.
O Protoplasto
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Métodos de Isolamento de protoplastos
O isolamento de protoplastos pode ser afeito através de dois métodos ou, então, através
da conjugação de ambos.
O primeiro método, o mais antigo, é o método mecânico que consiste em:
1. Um pequeno pedaço de tecido vegetal;
2. Plasmólise das células;
3. Corte da parede celular com um microbisturi ao microscópio;
4. Fases seguintes de libertação dos protoplastos;
5. Obtenção dos protoplastos isolados e da célula vazia.
Este método demonstra desvantagens como a sua dificuldade ou a baixa produção de
protoplastos, no entanto, tem como vantagem não haver efeitos metabólicos negativos
provenientes da contaminantes de soluções enzimáticas.
Já o segundo método, o enzimático, também se divide em vários passos:
1. Esterilização da superfície;
2. Remoção da epiderme/Cortar em tiras finas;
3. Plasmólise e digestão enzimática da parede celular;
4. Separação e purificação de protoplastos;
5. Cultura sob uma densidade adequada.
As enzimas que são usadas neste processo são aquelas que conseguem digerir os
constituintes principais da parede celular – celulase, pectinase e hemicelulase.
A solução enzimática contém, porém, outros componentes como substâncias osmóticas
(manitol e sorbitol) e sais (maioritariamente cloreto de cálcio).
Dois métodos podem ser utilizados:
• Em dois passo, isto é, sequencialmente: Primeiro a pectinase para separar as células, ao
degradar a lamela do meio/central e, depois, a celulase que remove a parede celular.
• Num único passo, ou seja, simultaneamente: Uso de ambas as enzimas ao mesmo tempo.
Para a separação e purificação primeiro é necessário fazer uma filtração, seguida de uma
sedimentação ou flutuação.
Produção e Viabilidade
Vantagens:
• Elevado rendimento de protoplastos;
• Pode ser utilizado para vários tecidos ou órgãos diferentes (embora alguns ajustes sejam
necessários) como folhas, caules, hipocótios, raízes, frutos, etc.
• Fácil de realizar;
• A contração osmótica é mínima e os efeitos prejudiciais são minimizados;
• Os protoplastos podem ser obtidos de células meristemáticas não vacuoladas, onde a
plasmólise celular não ocorre imediatamente.
Procedimento
Como é que é possível saber que comidas contêm ou não contêm GMOs?
Alguns países exigem a rotulagem, enquanto outros baniram todos os organismos
geneticamente modificados até os seus efeitos serem mais bem compreendidos. No entanto,
alguns níveis limiares estão a ser estabelecidos em alguns países para organismos geneticamente
modificados em certos alimentos ou culturas.
De modo a serem comercializados, os GMOs devem ser, inicialmente, sujeitos a um
processo de avaliação rigoroso e depois, rotulados, respeitando as regras de rotulagem e
rastreabilidade dos produtos.
Todos os produtos que contenham mais de 0.9% de GMOs na sua composição, devem
incluir a seguinte informação na sua rotulagem.
Os alimentos que costumam ser mais sujeitos a serem geneticamente modificados são a
soja, as batatas, o tomate, o arroz, o milho e a abobora. E, normalmente, alteram-se as
propriedades genéticas destes organismos para que estes apresentem outras características que os
favoreçam como ação inseticida, resistência a herbicidas, alterações nos pigmentos, melhoria da
qualidade das proteínas, aumento da produtividade.
Bacillus thuringiensis (ou Bt) é uma bactéria comum do solo gram-positiva, formadora
de esporos que é patogénica para um grande número de insetos. O seu efeito letal é mediado
pela proteína tóxica – Proteína Cristalina – que mata as larvas Lepidoptera.
O desenvolvimento e comercialização de culturas Bt transgénicas resistentes a insetos
que expressam as toxinas Cry revolucionou a história da agricultura.
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Quando o gene da toxina foi introduzido em plantas economicamente importantes, estas
desenvolveram uma maior resistência às pragas de insetos principais, prevenindo a necessidade
de utilizar inseticidas.
Milho Bt: é uma variante do milho, geneticamente alterada, que expressa a toxina
bacteriana Bt.
Tem havido inúmeras variedades desenvolvidas que sejam resistentes a insetos utilizando
segmentos de genes Bt únicos e, assim, expressam diferentes proteínas específicas, tais como
Cry1Ab, Cry1Ac, Cry1C, Cry1F, Cry2A, Cry3B, Cry34 e Cry9C.
Todas permitem que a planta produza a sua própria proteção interna contra pragas.
O gene pioneiro foi aquele que expressa a proteína Cry1Ab, mas como é que uma planta
geneticamente modificada é feita?
1. O gene de interesse é identificado (de uma bactéria, planta, etc.);
2. Esse gene é isolado;
3. O gene é integrado numa construção genética;
4. A construção genética é multiplicada;
5. A construção genética é transferida para a planta que se deseja modificar;
6. As células modificadas são selecionadas;
7. Plantas inteiras são regeneradas;
8. A expressão do fenótipo é analisada.
As proteínas cristalinas que são formados nos esporos Bt são responsáveis pela toxicidade
Bt. A proteína Cry chega ao estômago, é parcialmente degrada, libertando uma pequena e
potencial tóxica parte da proteína.
Mas, estas proteína só será ativa se encontrar o recetor proteico correspondente certo que
cola as células que revestem o intestino de um inseto larval.
O que torna Bt uma grande candidata a aplicações pesticidas e de modificações genéticas
é que, enquanto estas toxinas Cry são bastante efetivas contra insetos, elas mostram-se ser seguras
para o consumo de mamíferos.
6º Protocolo – Aclimatização
O Processo da Aclimatização
As culturas in vitro contribuem para induzir um fenótipo que não consegue sobreviver
sob as condições ambientais quando diretamente colocada numa estufa ou campo.
Durante a transferência para o campo, as plântulas que cresceram in vitro são incapazes
de competir com os micróbios do solo e de enfrente as condições ambientais.
As características fisiológicas e anatómicas das plântulas micropropagadas necessitam
que sejam aclimatizadas gradualmente ao ambiente da estufa ou do campo.
As anomalias na morfologia, anatomia e fisiologia das plântulas cultivadas in vitro podem
ser reparadas depois da sua transferência para condições ex vitro.
São necessárias, então, mudanças graduais nas condições ambientais para evitar perdas
por seca e fotoinibição.
Durante a aclimatização às condições ex vitro:
• A grossura das folhas, normalmente, aumenta;
• O mesófilo das folhas progride, em diferenciação, para folhas em paliçada e parênquima
esponjoso;
• Densidade de estomas diminui;
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• Os estomas mudam a sua forma de circular para elíptica.