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MAPA DE

LEITURA
Etnografia no Espaço Escolar

Franciane Paula Santana


Francine Santos Souza
Texto 1 - Pesquisa em
Educação: Concepções
de ciência, paradigmas
teóricos e produção do
conhecimento
Marisa C. Vorraber Costa
Conceitos-chave:

Ciência em Transformação: O texto destaca uma mudança fundamental na


perspectiva científica, que busca ultrapassar o velho empirismo e lançar-se em
abordagens mais críticas e profundas. Para isso, é importante considerar não só a
realidade empírica, mas também a posição histórica do sujeito como fonte valiosa de
conhecimento científico.

Desafiando Paradigmas Teóricos: O autor levanta questões sobre o papel dos


paradigmas teóricos na produção do conhecimento, e destaca a tendência atual na
pesquisa em Educação no Brasil para uma teoria mais crítica.

Produção de Conhecimento: O texto discute os desafios de produzir conhecimento


inovador e revolucionário, enfatizando a importância dos métodos qualitativos de
pesquisa, como estudos de caso, pesquisa participante e pesquisa-ação. É
fundamental romper com os padrões antigos e ultrapassados na formação do
conhecimento.
·Incerteza na Contempo
raneidade: O texto dest
que vivemos em um pe aca
ríodo de incerteza, ma
pelo provisório, pelo in rcado
certo e pelo incomplet
todas as áreas da s o em
ociedade. Reflete sob
possibilidade de re a
alteração do curso
acontecimentos a qualq dos
uer momento.
· Indissociabilidade entre
Teoria e Prática: O au
ressalta a indissociabili tor
dade entre teoria e p
na concepção de ciê rática
ncia, enfocando o s
como construção cole aber
tiva e o papel do prof
como pesquisador. essor

· Desdogmatização da C
iência: O texto apresen
ideia de desdogmatiz ta a
ação da ciência, ab
espaço para um "o rindo
lhar novo" na form
científica. Destaca a ação
importância de uma c
mais criativa e reflexiv iência
a.
Conexões entre Informações:
dig m a c r ít ic o s e ja u m a
ít ic o : E m b o r a o p a r a
·Paradigma Cr e d u c a ç ã o , a inda
e n o s e s t u d o s s o b r e
tendência do m in a n t e
or ig e m t r a d ic ion a l q u
n e n t e s r e s id u a is d e
existem compo
s t r a ns f o r m a d o r a s .
dificultam proposta
nt íf ic a e s t á c a m in ha n d o
Cr ia t iv a : A f o r m a ç ã o cie
·Formação , d e s t a c a n do a
d a g e m m a is c r iat iv a
para uma a b o r te
u m m u n d o e m c o n s ta n
e in t r a -a t iv ida d e e m
interatividade
mudança.
a n e c e s s id a d e d e
d e Ino v a ç ã o : D e s t aca
·Necessidade t o, c r it ic a n d o a
u ç ã o d o c o nh e c im en
inovação n a p r o d e
l q u e n ã o c o n t r ib u i d
u m a c iê n c ia n o r m a
prevalência de s e d u c a c io n a is .
d o r a p a r a o s p rob le m a
maneira escla r e c e
Enquanto você dá uma respirada do
conteúdo, ouve uma música com a gente.
Pesquisa aê: Velha Roupa Colorida - Belchior
Te xto 2 - E s t u do s
etnográ fic os d a
ão : u m a re v is ão
educaç
de tendê n cia s n o
Brasil
ima r ã e s d e Ma t t o s
Carm e n L úc ia G u
Conceitos-chave:
q u e b u s c a c o m p r e e n d e r e
a f ia : A b o r d a g e m d e p e s q u isa
Etnogr a tr a v é s d a im e r s ão d o
s p r á ti c a s e c u lt u r a s so c ia is
descre v e r a c o m o m é to do
n te e s tu d a d o, d e s ta c a n d o -s e
pesquis a d o r n o a m bie
qualitativo.
v a e n tr e o p e s q uisa d o r e o
: R e la ç ã o d in â m ic a e in te ra ti
·Dialéti c a lu ê n c ia c u ltu r al na
e s qu is a , c o n s id e ra n d o a in f
sujeito-o b je to d a p
c ie n tí f ic o e m e d u c a ç ã o .
construção do conhecimento
e it o a s s o c ia d o à v is ã o de
s e r v a ç ã o P a r ti c ip a n te : C o nc
· Ob e e n v o lv im e n to a ti v o e
e s s a lta n d o a n e c e s s ida d e d
Malinow s k i, r
o r n o c o n te x to e s tu d a d o .
profundo do pesquisad
ã o : C o n tr a d iç ã o e n tr e o uso
o x o da E tn o g r a f ia n a E d u c aç
·Parad e c r e d ib ili d a d e n a ár ea
a e tn o g r a f ia e a f alt a d
excess iv o d n to ad e q u ad o e
o a im p o r tâ nc ia d o tr e in a m e
educac io n a l, d e s ta c a n d
rigor científico.
Ideias Principais:
1. Contextualização da
Educação na Perspe
Etnográfica: ctiva
Enraíza a educação n
a pesquisa etnográfic
nas Ciências Humanas a
e Sociais.
2. Decisão do Pesquisa
dor no Design de Pes
Destaca a importânc quisa:
ia da escolha do des
de pesquisa. ign
Evidencia a responsa
bilidade do pesquisado
na teorização do obje r
to de estudo.
3. História da Etnograf
ia na Antropologia:
Explora a evolução
histórica da etnogra
na Antropologia. fia
Enfatiza a singularidad
e cultural.
d e F a z e r E t n o g r a f ia ? :
4. Quem Po o b r e a "o b s e r v a ç ã o
v is ã o d e M a lin o w s k i s
Aborda a
participante". a f ia .
ili d a d e à p r á t ic a d a e t n o g r
Dis c u t e a a c e s s ib
g ic o s d a E t n o g r a f ia n a
n t a is e M e t o d o ló
5. Recursos Instrume
Educação: s e r e f le x iv a s .
-a d e p e s q u is a s q u a lit a t iv a
Difere n c ia
o r t â n c ia d a m e t o d o lo g ia .
Sublinha a imp
l d a E t n o g r a f ia n o B r a s il:
6. Situação Atua a s il.
a e t n o g r a f ia n o B r
Reflexões sobre ad o r e s .
e n f r e n t a d o s p e lo s p e s q u is
Apont a d e s a f io s
A b o r d a g e m E t n o g r á f ic a :
n c ia s e D e s a f io s n a
7. Tendê c e s s iv o d a e t n o g r a f ia
lid a d e e nt r e o u s o e x
Destaca a dua
d ib ili d a d e n a e d u c a ç ã o .
e a falta de cre
8. Relações Entre Análises de Contextos e Discursos:
Observa a interseção entre relatórios de
análises de contextos e discursos.
9. Distinção Entre Relatórios Históricos e Vinhetas
Etnográficas:
Enfatiza a diferença entre relatórios
históricos/documentais e vinhetas
etnográficas.
10. Análises Sociolinguísticas na Etnografia:
Respeita análises culturais e processos
analíticos indutivos.
11. Críticas às Pesquisas Autodenominadas Etnográficas:
Destaca críticas ao uso indiscriminado de
instrumentos e distanciamento do pesquisador.
12. Tendência do Uso da Etnografia Visual:
Reconhece o significativo uso da etnografia
visual.
w a r es d e A n á lise :
13. Utilização de Soft f tw a r e s d e
a r e le v â n c ia d e s o
Menc ion a
análise.
is a E tn o g r á f ic a n o B r a s il:
14. De s af ios n a P e s q u
p e c íf ic o s no c o n te xt o
Abo r d a de s a f io s e s
brasileiro. s de
q u a d a do s In s tr u m e n to
15. Apropria ç ã o In a d e
Pesq uis a E tn o g rá f ic a :
ia d o r ig o r n a u t iliz aç ã o
Ressa lta a im p o r tâ n c
dos instrumentos.
e f le x õ e s O t im is t a s :
16. Conclusão com R ita n d o P a u lo
r e f le x õ e s o tim is ta s , c
Enfat iz a
F re d e r ic k E r ic k s o n .
Freire e
Conexões entre Informações:
1. Modernidade e Segurança Onto
lógica:
Discussão sobre a seguranç
a ontológica na
modernidade, influenciada por A
nthony Giddens.
Conexão desse conceito à
construção de
conhecimento na educação
e à escolha da
etnografia como abordagem d
e pesquisa.
2. Crítica ao Uso Indiscriminado
da Etnografia:
Crítica ao uso indiscrimina
do de técnicas
etnográficas na pesquisa educ
acional.
Associação dessa crítica à f
alta de uma base
teórica sólida, atribuída à pred
ominância prática
na educação.
3. Teoria das Fichas Simbólicas
de Giddens:
Aplicação da teoria das fich
as simbólicas de
Giddens ao contexto educacion
al.
Relacionamento ao desencaixe
possível de uma
ficha simbólica da modernidad
e, especialmente
com o uso excessivo da etnogr
afia.
4. Ênfase nos Princípios Teóricos nos Cursos de Pós-Graduação:
Destaque para a ênfase nos princípios teóricos em cursos de pós-
graduação.
Observação de que isso pode levar os estudantes a adotarem a
etnografia para obter dados rapidamente.
5. Desgaste do Uso Excessivo da Etnografia:
Alerta para o desgaste decorrente do uso excessivo da etnografia na
educação.
Indicação de possíveis consequências, como pesquisas de baixa qualidade
e falta de rigor científico.
6. Apelo à Dignidade na Pesquisa Etnográfica:
Apelo para a condução da pesquisa etnográfica com dignidade,
treinamento adequado e rigor científico.
Conexão desse apelo à importância da sustentação teórica nas análises,
mencionando a influência de Paulo Freire e Frederick Erickson.
7. Paradoxo da Etnografia na Educação:
Conclusão destacando o paradoxo entre a contribuição
potencial da etnografia para análises educacionais e seu risco
de má utilização.
Relacionamento dessa contradição ao perigo de
descredibilização no campo acadêmico-científico.
Tá acabando, bora ver um
videozinho pra descançar a cuca?!
Esse curta vai ajudar: https://www.youtube.com/watch?
v=21mDekTZwsw&ab_channel=HappyKappy
Texto 3 - O que a
Antropologia tem a
dizer sobre/para a
Educação?
Daniel Pereira Rocha
Conceitos-Chave:
1. Antropologia:
Estudo das relações humanas em diversas dimensões, além
do indivíduo, focando nas interações sociais.
2. Educação:
Processo humano presente na vida social, envolvendo
transferência de conhecimento e aprendizado em várias
situações, não limitado ao ambiente escolar.
3. Diferença:
Perspectiva antropológica destacando a importância de
compreender não apenas as relações, mas também as
diferenças entre as sociedades.
4. Dois Sentidos da Educação (Ingold):
Contraposição entre "dédalo" (abordagem convencional,
inculcação de conhecimento) e "labirinto" (ênfase na
experiência, caminho e descoberta).
5. Alteridade e Diversidade
:
Conexão do pensamento
antropológico ao
colonialismo, enfatizando
a importância da
alteridade na reflexão antr
opológica.
Destaque para a centralid
ade da cultura na
compreensão das diferenças
sociedades. entre
6. Etnocentrismo:
Crítica à visão de supe
rioridade cultural
própria, apontando par
a seu potencial
preconceituoso.
7. Relativismo e Paradoxo
da Tolerância (Popper):
Necessidade de relativiza
r o relativismo e
cautela no seu uso, conf
orme indicado pelo
paradoxo da tolerância p
roposto por Karl
Popper.
8. Marcadores Sociais da Diferença e Dispositivos de Diferenciação:
Características físicas e culturais como marcadores definidores de
identidade.
Dispositivos de diferenciação no ambiente escolar, revelando como os
estudantes lidam com expectativas sociais associadas a esses marcadores.
9. Responsabilidade dos Educadores:
Destaque para a responsabilidade dos educadores na transformação de
expectativas sociais.
Crítica à "piedade educacional" ou "política de avestruz."
10. Desigualdade e Equidade na Educação:
Crítica às teorias de reprodução na Sociologia da Educação.
Questionamento da eficácia do sistema educacional em promover igualdade,
enfatizando a importância de abordagens inclusivas.
11. Crítica de Munanga (2005):
Destaque para a visão eurocêntrica do sistema educacional.
Enfatiza a importância de considerar elementos como memória coletiva,
história e cultura para entender as altas taxas de repetência e evasão,
especialmente entre alunos afrodescendentes.
Necessidade de uma abordagem que valorize a diversidade cultural,
desafiando narrativas hegemônicas em materiais didáticos e práticas
pedagógicas.
REFERÊNCIAS

BORGES, Luís Paulo Cruz; CASTRO, Paula Almeida de. A


ETNOGRAFIA DA ESCOLA: entrelaçando vozes, sujeitos
conhecimentos e culturas. Periferia, [S.L.], v. 11, n. 2, p. 404-
423, 1 maio 2019. Universidade de Estado do Rio de Janeiro.
http://dx.doi.org/10.12957/periferia.2019.39126.

COSTA, Marisa C. Vorraber. Pesquisa em Educação:


concepções de ciência, paradigmas teóricos e produção de
conhecimentos. In: Cadernos de Pesquisa, São Paulo, nº 90, p.
15-20, ago. 1994.

MATTOS, Carmen Lúcia Guimarães de. Estudos etnográficos


da educação: uma revisão de tendências no Brasil. In: MATTOS,
Carmem Lúcia G., and CASTRO, PA., (orgs). Etnografia e
educação: conceitos e usos [online]. Campina Grande: EDUEPB,
2011.25-48 p.

ROCHA, Daniel Pereira. O que a Antropologia tem a dizer


sobre/para a Educação?
Por hoje é só, pessoal!

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