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55 so

b ási
cur istÓr hos
de
h
qu a d
co
IaS
rin
em

Imagens:
estilos e
possibilidades
Jean Sinclair
1. Introdução
As histórias e
m quadrinho
(HQs), basicam s
ente, necessit
de um elemen am
to além do te
imagens. N xto:
ão necessaria
te desenhos, men-
mas imagens,
podem ser, a que
lém de desen
fotos, pintura h os,
s, colagens,
saico, entre o mo-
utras que, org
zadas em seq ani-
uência geram
narrativa. E uma
ntretanto, po
bermos que o r sa-
s desenhos a
são as image inda
ns mais utiliz
em HQs, nos adas
deteremos ne
fascículo em co ste
mo que eles sã
construídos, o
quais são os
fundamentos seus
e como se p
ilustrar uma ode
história, prod
do “arte sequ u zi n-
encial”.
E, para não
você AINDA N esquecer: se
ÃO SE INSCRE
em nosso Cu VEU
rso Básico
Histórias e de
m Quadrin
gratuito e a d h o s,
istância, pode
zê-lo AGORA fa-
e ter acesso a
dos os fascíc to-
ulos e videoa
já produzido u las
s até então.
duvidando, é? Está
Pois chega lá
nosso Canal E em
special:

fdr.org.
br/uane
/hqcear
a

i
Walter Geovan

66
?
2. O Que é o

D e s e n h o Um a da s
como indivíduo so
m ai or es necessidades do
cial é a de se com
unicar.
ser humano

e, os
do m ai s re m oto da humanidad
Desde o perío as usavam
he re s qu e viviam nas cavern
homens e m ul unicação.
na s pa re de s co mo forma de com uais.
os desenhos as so ci ed ades até os dias at
pa nh a
Essa prática acom um registro e represen
tação do
O dese nh o é iss o: do au-
do s se nt im en to s ou da realidade
pensamento, res e formas
ei o de lin has, pontos, valo
tor feito po r m ito a par-
em um a su pe rfície). Pode ser fe
(normalmen te mbém
a ou ne ce ss id ad e pessoal, mas ta
tir de uma idei sensibilização
rg ir a pa rt ir da interpretação ou teirista,
pode su a de outro autor (do ro
r id ei a vi nd etc.
motivada po ci m en to s, leituras, filmes
ac on te
por exemplo), de

R A A S U A M E N T E !
AB
a nossa capacidade de socialização.
Desenhar nos torna mais íntegros e amplia
de algu ma forma, já somos

67
Todos nós somos capazes de desenhar e,
r por meio da produção até de
desenhistas, pois conseguimos nos expressa
. Estudar e praticar o desenho
imagens simples, como uma bola ou uma casa
de comunicação icônica.
amplia o nosso “vocabu lário” dessa forma
uadrymin ista
Quadrinhês: o glossáriopordDaonielq
Bran dã o e Ra un do Netto

1.simbólicasigndeo,umreprobje
Ícone: esentação gráfica, artística ou
to ou ser.

2.pode apagdeno
Nanquim: minação da tinta (pigmento negro) para dese
nho que não se
ar, aplicada com caneta ou pincel.

3.(altura, profundidade e largu


Tridimensionalidade: que apresenta as três dimensões
ra).

4.ra, rugosa, ondulada etc. Os bons desenhistas e arte-finalistaser.s dom


Textura: o aspecto de uma superfície, como ela aparenta
Se é lisa, áspe-
cas de desenvolvimento de texturas diferente inam técni-
s.

5.
Mangakás: são os artistas que trabalham
no desenvolvimento de mangás.

6.
Hachuras: técnica que usa traços de
linhas finas, paralelas ou cruzadas, a fim
de produzir o efeito de sombra, meio-tom ou
conferir textura.

a s s o s d e u m D e s enho
3. P
Para desenhar existem regras, entre-
tanto, a maioria dos profissionais segue
os seguintes passos:

i
3.1. Ideia e Leiautes Walter Geovan
O autor busca representar a ideia gra-
ficamente, organizando seus elementos
visuais da maneira mais eficiente possí-
vel. Recomenda-se experimentar bas-
tante até se chegar a um planejamento
satisfatório. Um profissional produz em
média 3 leiautes por ideia. No caso das
HQs, essa ideia vem através do roteiro.

68
Walber Feijó
ncias
3.2. Referê
visuaisleiaute definid
o, mui-
Com o pes-
s ve zes é p reciso fazer a
ta ais.
rências visu
quisa por refe re cisa
claro, não p
O desenhista, ó-
er d es en h ar tudo de mem
sa b pro-
é comum que
ria. Portanto, s ou
tilizem de foto
fissionais se u ais
m o del o s re ais para ser m
de stuá-
atomia, no ve
precisos na an to,
o , em lo ca çõ es etc. Entretan
ri que
s cuidados
recomendamo tografias
de

c)
çar
Não use fo
la n
servados ao
devem ser ob A web é extre
-

b)
rne terceiros:
mão desse recu
rso: Não se to
dente”: O agens, mas
“foto-depen m a m e nte rica em im
uitas delas
a)
iar a ser a
Evite cop d e fo tografias deve le m b re-se de que m
: Não se u so rais e que
fotografia
pois m direitos auto
e xc e çã o e não a regra, p o ss u e as
q ueç a de qu e a imagem o te m p o vo cê encontrará
lg u é m p o d e reconhecer ess
es ncia com a seguir um
apoio e referê para desenvolv
er
ns e você con
deve servir de a” d ificu ld a d e o im a g e prias
“fotocopiad rio ou até mesm o. Tire suas pró
e não para ser ois se u e st ilo p ró p p ro b le m ã de
se us m ín im os detalhes, p d e se n h a r co isas que to g ra fia s. C rie o seu banco
em ecto para fo a pessoal.
al terá um asp ente nem preci
saria
ens e referênci
o resultado fin n o rm a lm im a g
, sem vida apoio.
duro e estático desse tipo de
lid a d e .
ou persona

Walber Feijó
ço
3.3. O idEeisa,bleo
iaute e referê
ncias resolvidas
, par-
suporte
Com a ço no
a co n stru çã o de um esbo alma do
timos para
u a te la ). O esboço é a etapa
o
final (papel uit o a p en a caprichar nessa ela,
e m r possível. N
desenho. Val fi nal fique o melho
para que o d es en h o
onalidade
do desenho, as
t r id im en si ixes e,
trabalhamos a g em , a vo lu metria, os enca
bloca
proporções, a a.
en te , a perspectiv ar alguns
oca sion alm
o s b e m , p re cisamos domin
Para esboçarm o.
n d a m e n to s do desenh d esenho. Para d
o-
fu o nú cl eo d e u m
As linhas são os do-
u çã o d e u m desenho, devem , só
minarmos a ex
ec guirmos isso
u er lin ha. Para conse te.
mar toda e q u alq
! Pr at iq u e lin has diariamen
: PRATICAR har, tire de 5 a
15 mi-
existe um jeito p ar a d es en
ntar- se ndas,
Sempre que se ndo linhas e o

69
en to ” , faze
aquecim
nutos para o “
plo ao lado.
como no exem
as
rmas Básic
As Cinco Fo
** É possível reduzirmo que ex iste
s tudo
es-
d o r (objetos e cria ras) a
tu
ao nosso re s
métrica
rm ad as p or figuras geo
trutura s fo ples
o nai s. Sã o formas bem sim
tridimensi )
se r d om inad as para isso: (1
que precisam hexaedro), (3)
cilindro,
(2 ) cu b o (o u
esfera,
pirâmide.
(4) cone e (5) mos estrutura
r figuras
Quando quiser animais, por exem-
soas ou
orgânicas (pes ad aptar as figu
ras
sa re m o s
plo), preci adas anteriorm o
ente.
ét ri cas es tu d
geom eis, com
aginá-las flexív 1
Temos que im . 2
sas de modelar
se fossem mas 3
4
5
iação
to d o o lh a r, ou seja, a cr -
O treinamen ta ” , é u m d os pontos fun
desenhis pacidade
do “olhar de se n vo lv e rmos nossa ca
ra d e en-
damentais pa se n h is ta p re cisa conseguir
O de te, quase
de desenhar. e u m a m aneira diferen
xergar o mun
d o d ver as
o d e R a io -X. É sim. Ao
a vi sã ície,
como ter um r e n xe rg a r a lém da superf
tenta ões, con-
coisas, precisa g u lo s, fo rmas, proporç
â n dese-
atentando para a n e g a ti va ). Quando um
s (á re Que
tornos e vazio o b je to , e le se pergunta: “
ra um das para
nhista olha pa si m p le s p odem ser usa
s e
formas básica
ss e o bjeto?” e desenho
compor e lu çã o das técnicas d
d a e vo r aquilo
Faz parte o n s tr uir e bloca
d e s c ra-
aprendermos
a
e o métricas most

i
s g

Walter Geovan
os. A s fi g u ra
que desenham senhos na
te já p o dem gerar de
das anteriorm
e n conhece
vo cê a s “ e n xerga” e as re se-
medida em qu
e
b je to s e co is as a serem de
dos o
nas estruturas
nhadas, sabia
? ho que
p a rt e d o e sb oço do desen as
Tudo isso faz rm a le v e e clara. As linh
do de fo escuras.
deve ser traça d e m se r mais firmes e
to p o usar
de acabamen o p e so d a m ão, você pode
olar
Além de contr etapa.
fi te s d if e re n tes para cada
gra

b a m e n t o a Lápis
3.4. Aca o passo, refin
o próxim
a-se esse
Seguindo para sformando
u m d e se n h o a lápis, tran or re-
esboço para
b ra m a is co ncreta e melh
a o mo
a arte em um e le m e n to s importantes co
endo xturas do
70 solvida, resolv
perspectiva, lu
z e so m b ra , proporção e te
do cenário.
personagem e
Walter Geovani

3.5. Arte-final
O acabamento do desenho pode
ficar só no lápis, mas geralmente re-
cebe a arte-final em nanquim ou de
forma digital. Durante a arte-final, po-
de-se adicionar mais elementos na arte,
como volume de linhas, distin-
ção de planos e novas texturas.

Pois bem, turma, esses são os passos


para a criação de um desenho. Tendo
esse processo como base de trabalho, ire-
mos percorrer as principais possibilidades
de desenhos para quadrinhos. Vamos lá?

c o
4. Desenho

A c a d ê m i
o
m am os de d es enho acadêmic
Cha senho
a natureza. É o de
aquele que imita do.
ur at iv o m ai s re alista, a base de tu -
fig
rt ir da dé ca da de 1930, o dese
A pa linhas
tornou uma das
nho acadêmico se ro dos
s co ns ag ra da s e utilizadas dent
mai er, Alex
as como Hal Fost
quadrinhos. Artist emplo,
ym on d e Fr an k Frazetta, por ex
Ra ido-
ra m es sa es té tic a e tiveram segu
utiliza a, José
ms, John Buscem
res como Neal Ada tendo
iz G ar ci a- Lo pe z, entre outros, man -
Lu
al ho ar tís tic o qu e remete a uma re
um trab real.
ralista próxima do
presentação natu

71
Walber Feijó
e Walber Feijó
Daniel Brandão

umano
4.1. O Comranpa,orespHeitando-se as va-
A figura hu ssui ele-
çõ es do s dive rs os tipos físicos, po os
ria que, se dominad
s be m de fin id os
mento constru-
item a sua correta
pelo artista, perm limites
Fo rm as e pr op or ções, bem como
ção. se
im en to , um a ve z memorizadas,
de mov o artista
tas que permitem
tornam ferramen ção.
ar pr at ic am en te qualquer situa
dese nh é o ali-
to da anatomia
O conhecimen on stram
rce, po is es ta be lece formas e dem de-
ce
pa rt es do co rp o se comportam em
como
s e movimentos.
terminadas posiçõe a e,
o ponto de partid
A cabeça é noss a
a co rret a ex ec ução, o desenhist
para um io. Não é
os ossos do crân
precisa conhecer ilhos)
tiv o do cu rs o di ssecar (sem trocad
obje ini-
un di da de a m at éria, mas para o
em prof as geo-
em mente as form
ciante basta ter , bem
qu e formam a cabeça incí-
métric as bá sic as e mar- h o do corpo, os pr
entre as linhas qu Pa ra o d es en
nhecer e
como as distâncias to s, tais ntes. Deve-se co
ão do s diversos elemen pios são semelha e, bem
ca m a po siç
lo , sobrancelhas, ol
hos,
da r o es qu el et o e sua flexibilidad
ca be es tu liás,
como a ra iz do
os m ús cu lo s qu e o recobrem. A
nariz, lábios e orel
has. como sico tendem
r Feijó
ús cu lo s no desenho clás
ovan i e Walbe os m os quan-
não tão exagerad
Wa lte r Ge
se r di sc re to s e As
a
til o co m ic s pe rm ite (e até exige).
to o es humano
das para o corpo
proporções utiliza cabe-
ão sã o m en or es . Como vimos na s
padr ria básica em vário
nh ar a ge om et
ça, dese s diversos
o a localização do
ângulos marcand a resol-
en to s to rn ar á o desenhista apto
elem cado um
fio. Existe no mer
ver qualquer desa ia feito
nú m er o de bo ns livros de anatom
se m dese-
ar tis ta s qu e po dem lhe ensinar a
para de cor.
figuras humanas
nhar corretamente e.
los, se interessar-s
Procure conhecê- e a sombra
es til o ac ad êm ic o, a luz
No a maior
importância aind
assumem uma precisa
o re su lta do fin al. O desenhista -
para fo nte de luz, sua in
on de ve m a
saber de super-
id ad e e co m o ela se comporta na
te ns o mais
do ob je to (c or po), respeitando
fície mbras
a anatomia e as so
fielmente possível zer isso
ba se ada et ad as . A m el hor forma de fa
ic a é pr oj uma
A criação de
uma figura ac
adêm
ca be ça s e meia. se rv ar di an te do espelho com
ção de 0 7 é se ob diversos
nu ma propor entando os mais
72 lanterna, experim
gu lo s po ss ív ei s. Uma sombra
mal posi-
in-
ân
a po de de st ru ir completamente a
cionad
desenhista.
tenção original do
5. Estilos

Im p o r t a n t e s
ilo Cart um
5.1. Estdo-se com a origem dos próprios quad
rinhos, o
e defor-
Confundin xageros
m ui to expressivo e livre (e
cartum é um es tilo clara e direta
a tra ns m iti r um a mensagem mais
mações ajudam plificação da repres
entação.
da sim ima
ao leitor) qu e parte
o pa rt em de um a concepção mín
til ingir a esta-
As figuras nesse es m an hos, e podem at
as d e ta hora
de duas cabeç po is aq ui a pr oporção é livre na
ise r, bros do corpo
tura que autor qu pe rs onagem. Os mem
es en ta r um ade. O
de criar e repr m en ta do s ou diminuídos à vont
r au tos
também podem se es sa s br in ca de ira s com os elemen
das cenários. A
cartum permite to co rp o hu mano, objetos e
ja el e o
do desenho, se tar em prol da ex
pressividade.
ui é ex pe rim en
regra aq
Cristiano Lopez

d), de
arelo” (Yellow Ki
O “Menino Am 1 ao final do sécu-
ch ar d F. Ou tcault , criado
Ri mo um
se nd o co ns ider ado por muitos co
lo XIX, ia, utilizava
adrinhos da histór
dos primeiros qu logo se tor-
ca rt um co m o estética principal, ida
do
pu la r. O ut ra s ob ras vieram em segu
nando po an, Popeye,
de George Herrim
como Krazy Kat, anus e
ga r, Pa fú nc io , de George McM s
de Se os de 1950, Charle
tr os . N os an
muitos ou sua Turma
hu lz cr io u Charlie Brown e
M . Sc stória. E
ts ), um do s m aiores cartuns da hi ,
(Peanu avis, Mafalda, de Quino
ld , de Jim D
mais: Garfie do, de Bill
ar , de D ik Br ow ne, Calvin & Harol a
Hag
, a Tu rm a do Pererê, de Ziraldo,
Watters on Turma do
de Jota e Sandy, a
Turma do Barulho, ônica, de
i, de M oa ci r To rr es e a Turma da M Cristiano Lopez
Gab
a.
Maurício de Sous
tcault (186 3-1928)
1. Richard F. Ou
Unidos. Autor e

73
s
nasceu nos Estado iando
de adrinhos, cr
qu
ilustrador de tiras e Yello Kid.
w
o personagem Th
5.2. O Estilo Comics
Comics foi a expressão que os quadrinhos
de super-heróis americanos herdaram das tiras
de jornais (comic strips). A construção da figu-
ra heroica, geralmente, é de maior proporção
em relação a de uma pessoa comum (com sete
cabeças e meia) ou de um atleta forte (com oito
cabeças). O corpo do super-herói é baseado no
modelo de 8 cabeças e 1/2 de tamanho. Esse
exagero das proporções nos comics trazem im-
ponência aos poderosos personagens.
A forma excessiva como as figuras se mo-
vem a cada quadro, são elementos essenciais
nas HQs de super-heróis. É também inte-
ressante notar como poses simples ganham
contornos épicos quando transportadas para
um contexto heroico.
Daniel Brandão

i
Walter Geovan
i
Walter Geovan

Os primeiros heróis encapuzados vieram das


tirinhas de jornal, na década de 1930, como o
Fantasma e Mandrake, ambos de Lee Falk, e o Flash
Gordon, de Alex Raymond, heróis inspirados em
personagens da literatura pulp de anos anteriores.
Em 1938, nasceu, pelas mãos de Jerry Siegel e Joe
Shuster, o Superman, e em seu rastro vieram outros
personagens também campões de vendas, como:
Batman, Capitão América e Mulher-Maravilha.
Em 1961, Stan Lee e Jack “O Rei” Kirby criaram
o Quarteto Fantástico, dando início a Era Marvel.
Lee e Kirby revolucionaram os quadrinhos de he-

74
róis e influenciaram toda uma geração de artistas.
Dharilya
angá ue significa “desenhos diverti-
5.3. O oM“m
O term angá”, q culo XIX pelo sé
p e la p rimeira vez no seus
dos”, foi uti liz a d o
i, a u to r co n hecido pelos
ika Hokusa ponesa). O
artista Katsush es clássicas da cultura ja do his-
Ukiyo-E (ilust
raçõ
ia d e 1 5 p ra nchas contan
ga consist
Hokusai Man o.
dia do períod m u Tezuka cr
2 iou
tórias do dia a m a n g a k á O sa
jove m suce o, ss
Aos 21 anos, o , se u p ri m ei ro mangá de oo
o Tesouro fluenciaria tod
A Nova Ilha d ísti ca s q u e in
u as caracter de movi-
no qual utilizo o d er n o : o u so de linhas man-
onês m des (ícone do
quadrinho jap o lh o s g ra n
mento (spee
d lines), os e o persona-
itir to d o o sentimento qu oriunda
gá, buscam tr
ansm
v a ci n e m atográfica,
a narra ti ani-
gem possui) e cê s so m ad a ao cartum das
ão e fran isney). Suas
do cinema alem n ey (e ra fã d eclarado de D
quanto
t Dis s masculinos,
mações de Wal p ro ta g o n ista mas,
tanto do diversos te
obras possuíram , ab o rd an

o
o raro na ép o ca s e drama

Blenda Furtad
femininos, alg B o y, co nflitos pessoai
mA st ro filosófi-
como ficção co al ei ro e at é mesmo temas
e o Cav
com A Princesa
ix e Buda. regras rí-
cos com Phoen rt u m , o m an gá não possui a de
Assim como o
ca
m u m a d iv er sidade absurd
rução e te
gidas de const rincipais:
conhecer os p
traços, vamos en: Os Shou
nen são
5.3.1. Shoun
** ionados para o público masculindoe
direc co,
te . C av aleiros do Zodía
adole sc en e Akira
i K u ru m ad a, Dragon Ball, d chiro
Massam n te s O ne Piece, de Ei
o s re ce
Toriyama, e ke Murata,
O n e Pu nch Man, de Yusu
Oda, e s, em
am n es sa lin ha. Aqui temo
se encaix asculinos. O
a m ai o ria, p rotagonistas m com o uso
su a movimento,
h o tran sb o rd deles
desen
fo rt es e sp ee d lines. Muitos
de linhas ar
c huras e re
tículas para d
usa m d e h a
uras.
volumes às fig
.2. Shouju: tes são
**5.A3s obras para meninas adolescen o mais
As figuras sã
Shoujo.
chamadas de clar as . É interessante n
o-
lin has são mu-
suaves e com as artistas shoujo
m aio ria d unen,
tar que a o traç o forte do sho
en te d -
lheres e, difer n o s cl ose s, a fim de en
fa se
aqui temos ên e o uso de imag
ens mais
em o çõ es ard
fatizar as
rr eg ad as d e simbologia. C
icônicas e ca do Estúdio C
lamp (for-
Sa ku ra e X e Yuu
Captor Fushigi Yugi, d

75
4 m u lh er es ), i,
mado por
r M o o n , d e Naoko Takeuch Dharilya
Watase, e Sailo tilo.
poentes do es
são grandes ex
6. Movimento e

E x p r e s s ã o
pa-
íst ic as de um gr ande artista é a ca
Uma das caracter
uras expressivas. uma so-
cidade de criar fig çã o o artista busca ter
ilu st ra nas
Enquanto na de te rm inado momento,
a pa ra um nsisten-
lução visual únic os pe rs onagens sejam co
te qu e a. Eles
HQs é importan em en te no decorrer da tram
in ce nt expressões
tes e atuem conv us sentimentos com
m on st ra r se pena o
precisam de
em co rp o ra l. Por isso, vale a
faciais e lingu ag os
r e pr at ic ar es se s tópicos. Sugerim
sa
quadrinista pesqui de ex er citar o desenho de
observa-
o há bi to
que você crie
uma pra-
ção (pode ser em
esmo em
ça, café ou até m
um filme).
casa assistindo a
mpre com
Para isso, ande se
senho (de
um caderno de de
anho por-
capa dura e tam
s e borra-
tátil, prático), lápi
que esteja
cha. Onde quer
nhar aqui-
você poderá dese
melhorar
lo que vê. Isso irá
os movi-
a naturalidade e
desenhos.
mentos dos seus
Daniel Brandão

Walber Feijó

!
ABRA A SUA MENTE
Geralmente, ter um pequeno espelho perto
de onde se desenha o ajudará
bastante. Com ele, você poderá testar cert
as expressões faciais rapidamente.
Com um espelho maior, você poderá até mes
mo testar poses e movimentos.

76
7. Cenários rizonte

b)
Linha do Ho do
linha do ho rizon te está na altura
história A é conhecida
se nh ar o am biente onde a d o o b se rv ad or. Ela também
do ho-
Saber de ada estilo (e olho os olhos. A linha
bé m é fundamental. C como lin ha d o n ív el d de
se pa ss a ta m
ct er ísticas próprias de
constru-
a defin ir a altura do ponto de vista
) po ss ui ca ra zam rizonte ajuda
artista
m an gá s e os comics utili a).
ção de cená rio s. O s
real. Já no uma imagem (cen
m pr óx im os aos do mundo
s be e o ce- ga
Pontos de Fu
cená rio
estilizado, inclusiv
c)
cartum, tu do po de se r ntir Fugantes e linear pa-
do , as re gr as bá sicas para se gara rspectiva pe
Linhas paralelas em as para um mesmo
nário. Contu cenários são
bo a re la çã o en tr e personagens e recem convergent
es (direcionad
encontram
uma has paralelas só se
perspectiva. o as lin
a proporção e a la çã o de tamanho entr
e os pont o) . C om
se r humano conseg
uirá ver na
ão é a re ito , ne nh um o ou
Proporç ter isso em no infin ergentes se tocand
nh o. É importante man sa s lin ha s co nv
objeto s no de se
ples, como uma pe
ssoa realidade es contro é im-
cr ia r re la çõ es sim uz an do . Po ré m , imaginar esse en senho.
mente ao mesmo em se cr perspectiva do de
um co po , por exemplo, ou portante pa ra ca lc ul ar a has
segu ra nd o
pl ex as, como em uma
rua cheia
nh am os prol on gamentos das lin
situaçõ es m ai s co m Por isso, dese mamos es-
os. es at é el as se cruzarem. Cha
de pessoas e carr ções de pro- conver ge nt
fugantes. O cruz
amento
te onde essas rela en to s de
Para criar um ar a uso da ses prolon ga m
onto de fuga.
pa ço es te ja m bem resolvidas, o as ou m ai s fugantes é o p
porção e es uma de du
é ne ce ss ár io . A perspectiva é
perspectiva artista criar uma
ilusão de
ao se tornarem
técnic a qu e pe rm ite
nalidade numa su
perfí-
Importante:
Linhas paralelas ao
en sio r causa do
profundida de e tr id im
belecer agora os
ele- encontrarem), po
na l. Va m os es ta convergentes (se m pre se direcionarão pa
ra
cie bidimensio arado? efeito da pers pe ct iv a, se
perspectiva. Prep de fuga.
mentos básicos da o mesmo ponto
o,
de: proporçã

a)As primeiras noções que deve


Profundida

o
Daniel Brandã
breposiç ão
distância e so mos ter são as de
ncia entre
a o rd em (lo ca lização) e a distâ inam a
que de planos) determ
to s (d ife re nç a
os obje e eles.
ro p o rç ão (ta m anho relativo) entr o no mes-
p
o do is ou m ais elementos estã
Q ua nd al. Uso
a p ro p o rç ão entre eles é re o
mo plano, a pe ss oa e uma porta. Se
o de um
aqui o exempl , ela pode
m an o se ap ro xima da “câmera” stan-
ser hu
or do qu e a po rta, mas, ao se di
parecer mai ela.
m menor do que
ciar, pode ficar be conclu ir: q uanto mais
iss o po de m os seu
Com d a câmera (ou do
g o es ti ve r
próximo al anto mais
), m ai o r el e parecerá e, qu
olho
or.
distante, men

77
R A A S U A M E N T E !
AB
Se quiser desenhar várias pessoas em um
cenário em perspectiva, basta
desenhar um personagem-base e verif icar
qual a relação desse personagem
com a linha do horizonte. Daí, repetimos
essa relação com todos os outros
personagens que estiverem na cena com
altura semelhante ao
personagem-base e na mesma superfície.

o
Daniel Brandã
Conclusão
iniciais e
e te nh a go st ado desses passos
Esperamos qu to aqui
es tu da r de se nh o. Tudo que foi di
se motivado para uito mais sobre
um po nt ap é in icial, pois existe m itura de
é apenas
át ic a do de se nh o. Sugerimos a le
o estudo e a pr um
os ao fin al do fascículo. Procurar
rid r uma boa.
livros e links suge re nder mais pode se
cí fic o pa ra ap e você
curso espe sa be r se é isso mesmo qu
s, pa ra isa de
Mas treine ante rin ho s é uma arte que prec
qu ad
quer. Desenhar em carar essa?
tá disposto(a) a en
78 exercício. Você es
HQ? No Ceará tem disso sim! por Raymundo Netto

2.
1.

As Gibitecas, bibliotecas es- que integrou a Oficina, apresentou


pecializadas que se dedicam à co- o projeto da Gibiteca de Fortaleza
leta, guarda e difusão de acervo na assembleia do OP, a princípio,
de obras em quadrinhos, surgiram “como porta de acesso à leitura
pela primeira vez no Brasil na ci- para muitas crianças e adoles-
dade de Curitiba, inclusive o ter- centes.” Durante o primeiro ano,
mo foi cunhado por lá, em 1982. o responsável pela Gibiteca foi
Maristela Garcia foi a sua Paulo Amoreira. Mais tarde,
3.
coordenadora durante 17 anos. o Fórum de Quadrinhos do Ceará
Em 1991, a Secretaria Municipal organizava as atividades culturais,
da Cultura de São Paulo, criou a entre elas, o Dia do Quadrinho
Gibiteca Henfil, um reconheci- Nacional (DQN), que acontece em
do polo de cultura HQ. Em 1992, janeiro, além de palestras, cur-
a partir da doação de acervo da sos, workshops, painéis, jogos de
Biblioteca Nacional, foi criada, RPG, bate-papos e outras ações.
em Belo Horizonte, a Gibiteca Desde 2014, o bibliotecário
Antonio Gobbo. Hoje, alguns Eduardo Pereira, com apoio
municípios têm as suas gibitecas, de Herbênia Gurgel, diretora
vinculadas ou não a instituições da Dolor Barreira, elaborou um
públicas, e, felizmente, algumas plano de ação que pretende am-
bibliotecas já possuem, geralmente pliar a interação do espaço com a
nos setores infantojuvenis, um acer- sociedade em torno da fruição e
vo específico de quadrinhos, o que do fazer da Nona Arte, na tenta-
seria impensável até pouco tempo. tiva de consolidar a Gibiteca de
Fortaleza também tem a Fortaleza como referência no ce-
sua gibiteca, localizada na nário dos quadrinhos cearenses.
Biblioteca Municipal Dolor Se você não conhece a Gibiteca,
Barreira, a concretização de deveria pegar um tempinho e
um sonho dos amantes e artistas passar por lá. Que tal?
cearenses das HQs, alguns origi-
nários da Oficina de Quadrinhos Gibiteca de Fortaleza 4.
da UFC. Eles ansiavam por um Horário de Funcionamento:
espaço que não apenas cheiras- 1. Herbênia Gurgel
Segunda à sexta, de 8 às 12h | Terça, quin-
2. Eduardo Pereira
se a quadrinhos, mas que se tor- ta e sábado, das 13 às 17h.
3. Detalhe da Gibiteca
nasse, como acontece em outras
Serviços 4. Reunião de quadrinistas na Gibiteca
gibitecas, uma sede aglutinado-
ra da arte sequencial, reunindo Acervo cativo (4.000 exemplares) aberto
acervo, artistas e leitores, difun- ao público (não há empréstimos) | Mesas
dindo a cultura HQ. para desenho | Mesas para leitura |
Esse desejo foi concretizado Cessão de espaço para ações previamente

79
em 30 de abril de 2009, por meio elencadas | Atividades culturais
do Orçamento Participativo (OP). Endereço: Av. da Universidade, 2572,
A jornalista Déborah Soares, Benfica | Fone: (85) 3105.1299
a M a is s o b r e H Q s
Leia e Saib
Almanaque dos Quadrinhos: 100 ano
s de uma mídia popular, Carlos Pata
Braga. Ediouro. Rio de Jane ti e Flávio
iro, 2006.
Mangá: o poder dos quadrinhos jap
oneses, de Sonia Bibe Luyten. Hedra, São
Paulo, 2000.
Aprendendo a desenhar com os maio
res mestres internacionais, com trad
Hélcio de Carvalho e Otávio Almeida. Vol 1. Panin ução de
i Comics. (para download GRAT UITO):
http://www.mediaf ire.com/download/cj1909jf
9zjmwp0/
APRE NDA+A+DESENHAR+COM+OS+MAIORES+
MESTRES+INT ERNACIONAIS.pdf
Canal do Proko: https://www.youtu be.c
om/user/ProkoTV (em inglês)
Cómo Dibujar Cómics al estilo Mar
vel, de Stan Lee e John Buscema (em espa
download GRATUITO): http://comoaprenderade nhol, para
senhar.com.br/baixar-livros-how-to-draw-com
ics/
Guia de Desenhos da DC Comics, de
Klaus Janson (para download GRAT UITO):
https://drive.google.com/fi le/d/0B-VQ4SA_zlxzS
UpvV21IVEcxZDg/view

Jean Sinclair (Autor)


trabalha profissionalmente com quadrinhos e ilustração desde Guabiras (Ilustrador)
2005, quando começou a vender seus trabalhos pela internet desenha desde os 5 anos de idade se baseando
em sites de vendas como o E-Bay. Trabalhou para editoras nor- em tudo que se possa imaginar de quadrinhos no
te-americanas, ministrou aulas de desenho e quadrinhos em mundo. Em 2016, completa 18 anos em que traba-
colégio particular e participou de diversos eventos nos Artists´
Alleys e em painéis sobre cultura pop e quadrinhos e artigos/ lha como ilustrador e cartunista no jornal O POVO
notícias para o site do Dínamo Studios do artista Daniel HDR. (Fortaleza/CE). Tem inúmeras publicações e perso-
Atualmente, trabalha como ilustrador de material didático e en- nagens em HQs e fanzines, ministrando oficinas e
comendas para particulares. Acesse seu trabalho em: participando de trabalhos/mostras coletivos e/ou in-
http://jeansinclairarts.deviantart.com/ dividuais. Para conhecer mais sobre a produção de
http://jeansinclairarts.blogspot.com.br/ Guabiras, acesse: blogdoguabiras.blogspot.com.br
http://www.dinamo.art.br/author/jeansinclair/

Este fascículo é parte integrante do projeto HQ Ceará, de concepção de Regina Ribeiro e Raymundo Netto, em decorrência do
convênio celebrado entre a Fundação Demócrito Rocha (FDR) e a Secretaria Municipal da Cultura de Fortaleza (SecultFOR), sob o nº 12/2016.

Expediente
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA Presidente João Dummar Neto | Diretor Geral Marcos Tardin | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
Coordenação Ana Paula Costa Salmin | CURSO BÁSICO DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS Coordenação Geral e Editorial Raymundo Netto |
Coordenação de Conteúdo Daniel Brandão | Edição de Design Amaurício Cortez | Projeto Gráfico Amaurício Cortez, Karlson Gracie e
Welton Travassos | Editoração Eletrônica Cristiane Frota | Ilustração Guabiras | Catalogação na Fonte Kelly Pereira
ISBN 978-85-7529-715-5 (Coleção) | 978-85-7529-720-9 (Volume 5)

Todos os direitos desta edição reservados à:

Apoio Realização
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