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HISAHARU

MOTODA
TÉCNICAS TRADICIONAIS DE LITOGRAFIA E A APROPRIAÇÃO DE IMAGENS BASEADAS NA REPRODUÇÃO FOTOGRÁFICA

ALEXANDRE AMANDA MARCELLY SOFIA DI


LAOU DOURADOR NAMIE VITO

18200097 18200225 18200071 18200108

TURMA AT6BAV
BIOGRAFIA

- Nasceu em 1973, em uma


cidade rural chamada
Kumamoto, Japão

- Estudou na Universidade
Nacional de Belas Artes e
Música de Tóquio.

- De 2009 a 2010 ganhou uma


bolsa de estudo do governo
japonês.

Foto: Spark.adobe
CONTEXTO DE SUA PRODUÇÃO NO JAPÃO

- Após a Segunda Guerra Foto: Jezael Melgoza/Unsplash


(Shibuya, em Tóquio, Japão)
Mundial o Japão assinou a
rendição em 1945 e
permaneceu sob o domínio
norte americano até 1952.

- Na década de 70 o Japão
cresceu 14,6% e o EUA 3,1%.

- Explosão da bolha e a queda


do mercado (1980 e 1990).
PROCESSO LITOGRÁFICO DE MOTODA HISAHARU

- criação do key plate


- transferência do desenho
- uso de resina em pó,talco e
goma arábica
- revestimento da placa com
laca e tintura de asfalto
- entintagem e impressão

Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=-xv
BzTL8koU&list=WL&index=22>
5’47”
O USO DA FOTOGRAFIA

- interação entre linguagens,


fronteiras tênues
- escrita e a reprodução gráfica
- anos 60, pop art e a gravura
artística
- ready-made

ledge 1968.
Robert Rauschenberg. Lithograph 803 x 584 (31 5/8 x 23) on J Whatman
1956 paper, same size; printed and published by Universal Limited Art
Editions, West Islip, Long Island in an edition of 35.
“ Para a arte pós-modernista, a prática se define em função não

de um determinado meio dado [...] “mas de operações lógicas
efetuadas sobre um conjunto de termos culturais, e para os
quais todos os meios podem ser utilizados: fotografias, livros,
linhas sobre o muro, espelhos, ou a própria escultura

(KRAUSS, 1993, p.125-126)


Mangá Akira (1982-1990)

- O belo nas coisas antigas e “quase


mortas”.

- Publicado por Katsuhiro Otomo, Akira


traz as cenas da destruição em um 2018
fictício.

- História cruza-se, atualmente, com o


contexto da pandemia (Olimpíadas
2020, mascarar a verdade, diferenças
sociais mais visíveis.

Imagem de Akira, de Katsuhiro Otomo,


“ ”
O estádio olímpico de Akira é uma representação dessa ideia. A obra foi
construída sobre uma instalação secreta contendo os restos mortais do
personagem que dá nome ao título, um garoto que sofreu experimentos
militares japoneses nos anos 80 e desenvolveu habilidades psíquicas — a real
causa da explosão da velha Tóquio. Esses testes humanos continuaram com
Tetsuo, que perde sua estabilidade mental e física. O local onde os jogos
aconteceriam nas revistas literalmente encobria o próprio mal que destruiu a
cidade.

(YUGE, Claudio. 2020.)


NEO-RUINS

Foto: Hisaharu. Battleship Island.

- Muda-se para Tóquio e passa


a visitar e fotografar ruínas,
sendo a maior delas a da ilha
“Battleship” (em Nagasaki).

- Costumava ser um lugar


popular, o que coloca em
evidência a fragilidade desse
sistema e a possibilidade de
nossas cidades terem esse
destino.
Hashima Island
(“Battleship Island”)

Antes e depois de
abandonada

Yasuo Tomishige/The
Asahi Shimbun/Getty
Images (esquerda).
The Asahi Shimbun/Getty
Images (direita)
“ ”
O que eu experimentei, notei, é que não há som algum,
nenhum ser vivo, pessoas, animais, nada. Apenas silêncio
total. Nada está acontecendo.

- Hisaharu, em palestra para o museu Honolulu.


Junção de fotografias e litogravura “Landscape-Hashima I”, 2001 (75x197 cm).
“Landscape-Hashima V”, 2001
(56x76 cm). Litogravura.
NEO-RUINS

- Em passagem por Roma,


volta sua atenção às fotos dos Giovanni Battista Piranesi
Le Antichità Romane, século XVIII.
cartões postais.

- Inspiração nas produções de


Piranesi. O imaginar como
aquelas ruínas eram antes.

- Passa a imaginar ruínas de


pontos simbólicos no Japão e
outros lugares que visita.
Foto do cartão postal.
Revelation-The National Diet Building, Tóquio, 2004.
28.5x40 cm, litogravura.
Revelation-Amayoko I, 2004.
44.5x50.5 cm, litogravura.
Revelation-Kakubicho I, 2004.
52x73 cm, litogravura.
Indication-Shibuya Center Town, 2005.
64x115 cm, litogravura.
Indication-National Stadium II (Bird’s Nest), 2008-9.
68x123 cm, litogravura.
Indication-Opera House (Sydney), 2010.
50.2x80 cm, litogravura.
Indication-Flinder Street Statium (Melbourne), 2010.
69x105 cm, litogravura.
Indication-The House of Parliament (Canberra), 2010.
40.3x54 cm, litogravura.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=-xvBzTL8koU&list=WL&index=22>
43’24”
REFERÊNCIAS
ART Front Gallery. Hisaharu Motoda. [S.l]. Disponível em:
<http://artfrontgallery.com/en/artists/Hisaharu_Motoda.html>. Acesso em: 15 mar. 2021.

"NEO-RUINS:" Lecture by artist Motoda Hisaharu at the Honolulu Museum of Art.


Realização de Motoda Hisaharu. Havaí: Honolulu Museum Of Art, 2016. (58 min.), son.,
color. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=-xvBzTL8koU&list=WL&index=22. Acesso em: 13 mar.
2021.

DIDI-HUBERMAN, Georges (org.). L’Empreinte. Paris: [s.n.]. 1997.294p. (Catálogo de


Exposição, 19 fev. a 19 mai. 1997. Centre Georges Pompidou).

TRAN, John L. ‘Beyond the End: Ruins in Art History’: What kind of neauty lies
beneath ruins? In: The Japan Times. 2019. Disponível em:
<https://www.japantimes.co.jp/culture/2019/01/08/arts/kind-beauty-lies-beneath-ruins/>
Acesso em: 14 mar. 2021.

VENEROSO, Maria do Carmo de Freitas. GRAVURA E FOTOGRAFIA: Um estudo das


possibilidades da gravura como uma linguagem artística autônoma na
contemporaneidade e sua associação com a fotografia. Florianópolis. UFMG. 2007.
Disponível em: <http://anpap.org.br/anais/2007/2007/artigos/153.pdf>. Acesso em: 16 mar.
2021.

YUGE, Claudio. Ficção x realidade | O que Akira tem em comum com o momento em
que vivemos In: Canal Tech. 2020. Disponível em:
<https://canaltech.com.br/quadrinhos/ficcao-x-realidade-o-que-akira-tem-em-comum-
com-o-momento-em-que-vivemos-168948/>. Acesso em: 20 mar. 2021.

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