SIMULADO – ARTES
QUESTÃO 1
Fonte, 1917/64, porcelana, altura 33,5 cm, Marcel Duchamp, Indiana University Art Museum
(Eskenazi Museum of Art), Bloomington. Edição de réplica autorizada de 1964 (original de
1917).
“Está obra é uma réplica de um mictório de porcelana que foi originalmente comprado pelo
artista em 1917, de uma firma de materiais de encanamento, em Nova York.
Duchamp simplesmente assinou o objeto com o pseudônimo R. Mutt e depois o inscreveu
numa exposição.
O item bizarro exemplifica a noção de se tirar um objeto comum de seu cenário habitual
para colocá-lo num contexto novo e incomum. Foi através desta obra que Duchamp definiu
pela primeira vez o conceito “ready-made” – uma ideia que influenciou inúmeros artistas
desde então. Marcel Duchamp desafiou as definições tradicionais da arte com seus
controversos ready-mades, produzidos entre 1913 e 1921.
Defendendo a escultura original em 1917, rejeitada na exposição da Society of Independent
Artists de Nova York, Duchamp desafiou preconceitos sobre a definição da arte. Afirmou
que não importava se o “sr. Mutt” havia feito ou não a obra com suas próprias mãos; o
importante era ele a ter escolhido. Portanto, o que importava não era a criação, mas a ideia
e a seleção.”
Martins, Simone. Fonte, Marcel Duchamp. 15 fev. 2018. Disponível em:
https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/fonte-marcel-duchamp/, acesso em
10 ago. 2019.
A partir da obra de Marcel Duchamp e do texto sobre sua obra mais conhecida “A
Fonte”, podemos dizer que seu trabalho coloca em evidência e questiona um dos
fatores primordiais da construção de uma obra de arte a
a) criatividade do artista no momento de concepção.
b) intencionalidade do artista ao conceber a obra.
c) inventividade do artista na produção da obra.
d) dimensão social na concepção da obra.
e) importância do trabalho manual do artista.
QUESTÃO 2 (UnB – 2015, adaptado)
“O teatro não deve ser chato. Não deve ser convencional. Tem de ser inesperado. O teatro
nos leva à verdade por meio da surpresa, da excitação, dos jogos, da alegria. Integra o
passado e o futuro no presente, permite que tenhamos uma distância entre nós e aquilo que
normalmente nos rodeia e elimina a distância entre nós e o que normalmente está longe.
Uma notícia do jornal de hoje pode parecer muito menos próxima e verdadeira que algo de
outra época, de outras terras. O que importa é a verdade do momento presente, a
convicção absoluta que só pode surgir quando o intérprete e o público formam uma só
unidade. E ela aparece quando as formas transitórias atingem seu objetivo e nos levam
àquele momento único, que não se repete, em que uma porta se abre e nossa visão
se transforma.”
Peter Brook, A porta aberta — reflexões sobre a interpretação e o teatro. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2000, p. 80-1 (com adaptações).
Guernica, 1937, óleo sobre tela, 350 x 782 cm, Pablo Picasso, Museu Reina Sofia, Madri.
KIM, Lina. Cry me a river. Instalação com camisas de força, pia, baldes, torneira,
espelho, lâmpada, 2001.
CANTON, K. As nuances da cidade. Bravo!, n. 54, mar. 2002.
Foto de encenação da peça Roda Viva, de Chico Buarque de Holanda, com direção de José Celso
Martinez Corrêa, Rio de Janeiro, 1968.
“A cultura brasileira de 1964 a 1968, ano da promulgação do Ato Institucional n.º 5 (AI 5) e
da ascensão dos militares da linha dura, não cessou de se afirmar e de produzir indeléveis
frutos. Entre as artes, foi justamente o teatro que se tornou alvo da repressão mais violenta.
Talvez por ser uma arte da presença, talvez por estarem os artistas mais radicalmente
vinculados às propostas e às organizações de esquerda, a verdade é que os palcos se
tornaram espaço de debate onde se discutia, de forma apaixonada, o momento histórico
brasileiro.”
Maria Cristina C. Costa. Censura em cena: teatro e censura no Brasil: arquivo Miroel Silveira. São
Paulo: EDUSP, FAPESP, 2006, p. 184 (com adaptações).
GABARITO
1B
2A
3A
4B
5C
6D
7B
8E