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COLÉGIO DOM JOÃO BECKER

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

ANO 2023
QUESTÃO 1
QUESTÃO 1
QUESTÃO 1
QUESTÃO 2
QUESTÃO 2
QUESTÃO 2
QUESTÃO 3
QUESTÃO 3
QUESTÃO 3
QUESTÃO 4
QUESTÃO 4
QUESTÃO 4
QUESTÃO 5
QUESTÃO 5
QUESTÃO 5
QUESTÃO 6
QUESTÃO 6
QUESTÃO 6
QUESTÃO 7
QUESTÃO 7
QUESTÃO 7
QUESTÃO 8
QUESTÃO 8
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QUESTÃO 9
QUESTÃO 9
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QUESTÃO 10
QUESTÃO 10
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QUESTÃO 11
QUESTÃO 11
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QUESTÃO 12
QUESTÃO 12
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QUESTÃO 13
QUESTÃO 13
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QUESTÃO 14
QUESTÃO 14
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QUESTÃO 15
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QUESTÃO 16
QUESTÃO 16
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QUESTÃO 17
QUESTÃO 17
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QUESTÃO 18
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QUESTÃO 19
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QUESTÃO 20
QUESTÃO 20
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QUESTÃO 21
QUESTÃO 21
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QUESTÃO 22
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QUESTÃO 23
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QUESTÃO 24
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QUESTÃO 25
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QUESTÃO 26
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QUESTÃO 27
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QUESTÃO 28
QUESTÃO 28
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QUESTÃO 29
QUESTÃO 29
QUESTÃO 29
QUESTÃO 30
QUESTÃO 30
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QUESTÃO 31
QUESTÃO 31
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QUESTÃO 32
QUESTÃO 32
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QUESTÃO 33
QUESTÃO 33
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QUESTÃO 34
QUESTÃO 34
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QUESTÃO 35
QUESTÃO 35
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QUESTÃO 36
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QUESTÃO 37
QUESTÃO 37
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QUESTÃO 38
QUESTÃO 38
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QUESTÃO 39
QUESTÃO 39
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QUESTÃO 40
QUESTÃO 40
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QUESTÃO 41
QUESTÃO 41
QUESTÃO 41
QUESTÃO 42
QUESTÃO 42
QUESTÃO 42
QUESTÃO 43
QUESTÃO 43
QUESTÃO 43
QUESTÃO 44
QUESTÃO 44
QUESTÃO 44
QUESTÃO 45
QUESTÃO 45
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QUESTÃO 46
QUESTÃO 46
QUESTÃO 46
QUESTÃO 47
QUESTÃO 47
QUESTÃO 47
QUESTÃO 48
QUESTÃO 48
QUESTÃO 48
QUESTÃO 49
QUESTÃO 49
QUESTÃO 49
QUESTÃO 50
QUESTÃO 50
QUESTÃO 50
QUESTÃO 51. (Unicamp) Texto I

Interpretação – Tirinhas e charges

Os idiomas e suas regras são coisas vivas, que vão se


modificando de maneira dinâmica, de acordo com o momento
em que a sociedade vive. Um exemplo disso é a adoção do
termo “maratonar”, quando os telespectadores podem assistir
a vários ou a todos os episódios de uma série de uma só vez.
Contudo, ao que parece, a plataforma Netflix não quer mais
estar associada “maratona” de séries. A maior razão seria a
tendência atual que as gigantes da tecnologia têm seguido para
evitar o consumo excessivo e melhorar a saúde dos usuários.

(Adaptado de Claudio Yuge, “Você notou? Netflix parece estar evitando o termo ‘maratonar’.”
Disponível em https://www.tecmundo.com.br/ internet/133690-voce-notou-net flix-
pareceevitando-termo-maratonar.htm. Acessado em 01/06/2019.)
QUESTÃO 51. (Unicamp) Texto I

Texto II
QUESTÃO 51. (Unicamp) Texto I
Embora os dois textos tratem do termo “maratonar” a
partir de perspectivas distintas, é possível afirmar que o
Texto II retoma aspectos apresentados no Texto I porque

a) esclarece o significado do neologismo “maratonar” como

esforço físico exaustivo, derivado de “maratona”.

b) deprecia a definição de “maratona” como ação contínua

de superação de dificuldades e melhoria da saúde.

c) reflete sobre o impacto que a falta de exercícios físicos e

a permanência em casa provocam na saúde.

d) menospreza o uso do termo “maratonar” relacionado a

um estilo de vida sedentário, antagônico a maratona.


51. Resolução: "D”

COMENTÁRIO:

A expressão da avó é reveladora do desagrado que a frase da


neta lhe provocara, por associar o termo “maratonar” a uma
atividade sedentária de assistir ininterruptamente a várias
séries de vídeos ou filmes e não a uma atividade física de
grande esforço. O mesmo conceito está presente no texto I, que
afirma que a plataforma Netflix tenta evitar o consumo
excessivo dos seus produtos com a intenção de melhorar a
saúde dos seus usuários. Assim, é correta a opção [D].
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:

Examine a tira de André Dahmer para responder à(s)


questão(ões) a seguir.
QUESTÃO 52. (Unesp) Constituem exemplos de linguagem
formal e de linguagem coloquial, respectivamente, as
seguintes falas:

a) “Ah, estou morrendo de pena...” e “Ainda vou trabalhar a

noite inteira no Iraque, meu rapaz.”

b) “Me adianta essa, vai...” e “É cedo para mim.”

c) “O importante é trabalhar com o que a gente gosta.” e

“Posso lhe dar um emprego bem melhor...”

d) “É cedo para mim.” e “Posso lhe dar um emprego bem

melhor...”

e) “Posso lhe dar um emprego bem melhor...” e “Me adianta

essa, vai...”
52. Resolução: “E”

Comentário:

As frases transcritas em [E] constituem exemplos de


linguagem formal e de linguagem coloquial,
respectivamente, já que a primeira obedece às normas da
gramática normativa e a segunda, “Me adianta essa, vai...”,
pela situação de próclise do pronome em início de oração é
típica da fala do cotidiano.
QUESTÃO 53 (Unesp) Na tira, a morte é

caracterizada como

a) frívola .

b) compassiva.

c) solitária.

d) incorruptível.

e)materialista.

Frívola = Fútil
53. Resolução: “D”

Comentário:

Ao recusar a oferta de melhor emprego pelo personagem

que está prestes a morrer, a morte sugere que a profissão

lhe agrada, o que a torna incorruptível, como se afirma em

[D].
QUESTÃO 54. (Fatec) Analise o quadrinho
QUESTÃO 54. (Fatec)

O quadrinho de Laerte representa uma crítica à realidade


atual, visto que nele a personagem

a) perde sua função social, pois o desenvolvimento de novas


ferramentas acarreta sua obsolescência.
b) perde sua identidade devido às pressões de um cotidiano
estressante diante de uma rotina maçante e repetitiva.
c) é substituído pelas tecnologias que, de tão evoluídas,
passam a assimilar hábitos corriqueiros da sociedade.
d) perde sua identidade devido ao abandono da vida no
campo, pois já não é capaz de realizar ações corriqueiras
sem auxílio.
e) apresenta pior qualidade de vida, pois, ao abrir mão de
sua identidade, conecta-se à tecnologia para alcançar maior
eficiência em suas atividades coletivas.
54. Resolução: “B”

Comentários:
A. Incorreto. As ferramentas continuam a ser empregadas, sem a
marca da obsolescência, para regrar um cotidiano estressante.
B. Correto. Ao substituir a face do indivíduo por símbolos que
representam ações desenvolvidas cotidianamente por imensa parte
das pessoas, o cartunista pretende destacar a perda da identidade
delas em função de tais atividades muitas vezes estressantes.
C. Incorreto. A personagem não é substituída, mas guiada por
ferramentas empregadas para marcar a rotina da sociedade.
D. Incorreto. Não há referência ao abandono da vida no campo.
E. Incorreto. O personagem não abre mão de sua identidade, mas
perde-a em função da rotina estressante.
QUESTÃO 55. (Famema)
QUESTÃO 55. (Famema)

Do questionamento da personagem Mafalda, depreende-se

uma crítica

a) ao crescimento demográfico.

b) à mercantilização da infância.

c) à precariedade da educação.

d) à generalização do consumismo.

e) à desumanização do mundo.
55. Resolução: : “E”

Comentário:

Mafalda questiona o conceito de humanidade: o número


de gente aumenta, porém as pessoas têm menos
humanidade.
QUESTÃO 56. (Espm)
QUESTÃO 56. (Espm)

A graça da tira decorre:

a) da existência de "ruído" na comunicação, efetuada por Hagar, sobre


um relacionamento amoroso anterior ao atual.
b) de uma fala metafórica de Hagar que, ao dirigir-se diretamente à
própria esposa, refere-se às qualidades de uma terceira pessoa.
c) da diferença do nível de linguagem usada pelo emissor para se
dirigir aos interlocutores, fato que fez sugerir a existência de duas
mulheres.
d) do não entendimento de um discurso ambíguo bastante comum, no
qual se dirige a um interlocutor, referindo-se a ele como se fosse uma
terceira pessoa.
e) da dificuldade de compreensão no discurso de Hagar, por parte do
amigo Ed Sortudo, devido aos traços de formalidade da linguagem
erudita.
56. Resolução: “D”

Comentário:

O humor é instaurado pelo caráter ambíguo da fala de


Hagar que se dirige à sua esposa como se tratasse de uma
terceira pessoa, o que leva Ed Sortudo a tecer a hipótese de
que o brinde era dedicado a alguma mulher por quem o
amigo se havia apaixonado no passado. Assim, é correta a
opção [D].
QUESTÃO 57. (Enem PPL)
QUESTÃO 57. (Enem PPL)

No que diz respeito ao uso de recursos expressivos em


diferentes linguagens, o cartum produz humor brincando
com a

a) caracterização da linguagem utilizada em uma esfera de


comunicação específica.
b) deterioração do conhecimento científico na sociedade
contemporânea.
c) impossibilidade de duas cobras conversarem sobre o
universo.
d) dificuldade inerente aos textos produzidos por cientistas.
57. Resolução: “A”

Comentário:

O diálogo das cobras alude à linguagem de um determinado


grupo de profissionais, que se utilizam de palavras,
expressões ou siglas de sua área de atuação, difícil de ser
entendida por quem não se iniciou na sua prática, tipo de
linguagem conhecido na área da comunicação como jargão.
Desta forma, o cartum produz humor brincando com a
caracterização da linguagem utilizada em uma esfera de
comunicação específica, como se afirma em [A].
QUESTÃO 58. (G1 - ifpe)
QUESTÃO 58. (G1 - ifpe)

O texto acima faz parte de uma página divulgada em


redes sociais chamada “Bode Gaiato”. A página
divulga memes que fazem referência a diferentes
características culturais dos nordestinos. O texto
apresenta um diálogo entre Júnior e sua mãe sobre
Cícero, que queria se matar comendo manga e
bebendo leite. Sobre o texto, analise o que se afirma
abaixo.
QUESTÃO 58. (G1 - ifpe)

I) O texto faz referência à variação linguística regional e etária,

destacando o modo de falar dos nordestinos e as diferenças entre a

fala de Júnior e a de sua mãe.

II) O humor do texto constrói-se, principalmente, através da

referência a um conhecimento cultural de que ingerir a combinação

de manga e leite poderia ser fatal.

III) O vocativo “mainha” é característico de variantes faladas no

nordeste do Brasil.

IV) A palavra “chifre” refere-se à traição e é falada em contextos

menos formais de uso da língua.

V) O texto faz referência ao nordestino de forma estereotipada,

indicando a fome como a causa de morte de grande parte da

população.
QUESTÃO 58. (G1 - ifpe)

Estão CORRETAS, apenas, as afirmações

a) III, IV e V.

b) I, II e V.

c) II, III e IV.

d) I, II e IV.

e) I, III e V.
58. Resolução: “C”

Comentário:

I. Incorreta: o texto não faz referência à variação

linguística etária, uma vez que não há destaque de

diferenças entre a fala de Júnior e a de sua mãe.

V. Incorreta: não há referência à fome, tampouco a

causas de morte de grande parte da população.


QUESTÃO 59. (G1 - ifce) Observe a tirinha a seguir.
QUESTÃO 59. (G1 - ifce)

O livro é escolhido como presente por representar um(a)

a) objeto de desejos.

b) fonte de conhecimentos.

c) objeto de entretenimento.

d) meio de melhorar literalmente a visão das pessoas.

e) forma de aproximar as pessoas.


59. Resolução: “B”

Comentário:

Na tirinha, Armandinho diz que seu pai lhe deu um livro por
pensar que este pode deixar as pessoas mais sábias.
Assim, o livro é escolhido como presente por representar
uma fonte de conhecimentos.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
QUESTÃO 60 (G1 - ifsul) Observe as afirmações a seguir:

I. Na frase: “Meu pai é meu amigo desde que nasci” há


um pleonasmo.
II. No último quadrinho, há três marcas comuns na
linguagem coloquial.
III. No último quadrinho, ocorre o discurso indireto.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)


a) I.
b) II.
c) I e III.
d) II e III.
60. Resolução: “B”

Comentário:

I.Incorreta: ser pai e ser amigo não são sinônimos e,

portanto, não há pleonasmos.

[III] Incorreta: não vemos o uso do discurso indireto no

último quadrinho.
QUESTÃO 61. (G1 - ifsul) O texto se enquadra no

gênero

a) charge.

b) animação.

c) propaganda.

d) tirinha.
61. Resolução: “D”

Comentário:

Vemos uma tirinha composta por quadrinhos e elementos


verbais e não verbais.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
QUESTÃO 62. (G1 - ifsul) Qual é a crítica central do

texto:

a) A imagem das crianças com os pés no sofá

denota desrespeito aos pais.

b) O bebê sofre abandono por parte dos pais.

c) Os momentos em família são de mera presença

física.

d) O pai fala sozinho, enquanto os demais não lhe

dão atenção.
62. Resolução: “C”

Comentário:

A charge apresenta uma família sentada no sofá, o que

poderia representar um momento de compartilhamento e

afetos, mas, na verdade, o que vemos é a mera presença

física dos membros da família, pois cada um está

concentrado na sua própria tela.


QUESTÃO 63. (G1-ifsul) Observando a tira de Luis
Fernando Veríssimo, podemos afirmar que existe um
pressuposto instaurado através da ironia.
Qual é esse pressuposto?

a) Os eleitores não sabem votar.

b) A expressão das cobras, no último quadro, denota

que elas não gostam de pesquisas eleitorais.

c) Não há sentido em fazer pesquisas sobre eleições

que já aconteceram.

d) O eleitor, frequentemente, arrepende-se de suas

escolhas eleitorais.
63. Resolução: “D”

Comentário:

Na tirinha, o questionamento “em quem você teria votado

e se arrependido?” carrega um pressuposto de que o/a

eleitor/a costuma se arrepender de suas escolhas

eleitorais.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Analise o cartum para responder à(s) questão(ões) a seguir.


QUESTÃO 64. (G1-cps) Gênero textual define-se como

composições socialmente estáveis que tem o objetivo de

passar determinadas informações. Cada gênero textual tem

peculiaridades que variam de acordo com seus objetivos

(informar, criticar, convencer, relatar...), com seu público alvo

(adultos, crianças, escritores, professores...), com seu canal

de veiculação (mídia impressa, revistas on-line...) e assim por

diante. Para atingir seus objetivos, os gêneros textuais

podem utilizar tanto a linguagem verbal quanto a não verbal.


QUESTÃO 64. (G1-cps)

Sobre o cartum apresentado, assinale a alternativa que


identifique, corretamente, as características desse
gênero, seu objetivo e a linguagem predominantes.

CARACTERÍSTICAS OBJETIVO LINGUAGEM

a) Desenho humorístico ou caricatural, espécie de anedota gráfica Criticar Não verbal


que satiriza comportamentos humanos.

Desenho humorístico, com ou sem legenda ou balão, que tem


b)
por tema algum acontecimento atual, que comporta crítica e Informar Verbal
focaliza, por meio de caricatura, uma ou mais personagens
envolvidas.

c) Segmento de história em quadrinhos, apresentado em jornais ou Ironizar Verbal e


revistas numa só faixa horizontal. não
verbal
Desenhos em sequência, inicialmente sobre cartão e depois em
d)
papel ou afim, em preto ou em cores, para fins caricaturais ou Entreter Verbal
humorísticos de amplo espectro de percepção e aceitação.

Narração de particularidade curiosa ou jocosa que acontece à


e)
margem dos eventos mais importantes, e por isso pouco Comover Não verbal
divulgada, de uma determinada personagem ou passagem
histórica.
64. Resolução: “A”

Comentário:

No cartum, vemos uma crítica a um comportamento


humano: por meio da linguagem não verbal, o texto satiriza
a ideia de evolução, já que o ser humano é apresentado nos
diferentes estágios, desde uma época primata até os dias
de hoje, em que ele se torna agente de poluição ao despejar
lixo na natureza. Ou seja, a “evolução” não o teria levado a
um estado de maior desenvolvimento. Assim, a alternativa
correta é a [A].
QUESTÃO 65.
QUESTÃO 65.
QUESTÃO 65.
QUESTÃO 66.
QUESTÃO 66.
QUESTÃO 66.
QUESTÃO 67.
QUESTÃO 67.
QUESTÃO 67.
QUESTÃO 68.
QUESTÃO 68.
QUESTÃO 68.
QUESTÃO 69.
QUESTÃO 69.
QUESTÃO 69.
QUESTÃO 70.
QUESTÃO 70.
QUESTÃO 70.
QUESTÃO 71.
QUESTÃO 71.
QUESTÃO 71.
QUESTÃO 72.
QUESTÃO 72.
QUESTÃO 72.
QUESTÃO 73.
QUESTÃO 73.
QUESTÃO 73.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Leia o cartum abaixo para responder à(s) questão(ões).
QUESTÃO 74. (G1-ifpe) Considerando que o Cartum é um gênero

composto por linguagem verbal e por imagem, a fim de


estimular a reflexão acerca de questões relacionadas ao
comportamento humano e a situações do cotidiano, assinale a
alternativa CORRETA no que diz respeito à mensagem que se
pode compreender a partir da leitura do cartum.

a) A imagem que o garoto vê através da janela confirma que

as verduras e os vegetais são sempre saudáveis, pois o uso

de agrotóxicos garante que a lavoura esteja livre de pragas.

b) Ao comparar o discurso da mãe à imagem que vê pela

janela, a expressão do garoto permite inferir que verduras e

vegetais presentes na salada podem não ser saudáveis, por

estarem contaminados com agrotóxicos.


QUESTÃO 74. (G1-ifpe)

c) O objetivo do texto é mostrar que as mães, em geral, são

preocupadas com a alimentação dos filhos.

d) O texto transmite a ideia de que crianças não suportam

comer salada, ainda que esse tipo de alimentação seja

saudável.

e) É intuito do texto indicar que a mãe não se importa com o

modo como os alimentos são produzidos, apenas o filho

está preocupado com isso.


74. Resolução: “B”

Comentário:

Embora a mãe do garoto afirme que a salada é saudável,


ao observarmos os elementos não verbais como a cena na
janela e a expressão do garoto, vemos que a fala dela pode
ser relativizada. Isso, porque o menino olha com expressão
de chateado ao deparar-se com a cena de uma plantação
sendo contaminada
com agrotóxicos.
QUESTÃO 75. (G1 - cp2)
QUESTÃO 75. (G1 - cp2)

A falta de empatia e de solidariedade na sociedade atual está


presente na charge, tal tema é mais bem representado pela

a) condição de estudante do menino em contraste com o

sangue no chão.

b) quantidade de televisores na vitrine em contraste com o

livro e a mochila do menino.

c) expressão corporal idêntica do jogador e da mulher em

contraste com a posição dos espectadores.

d) expressão corporal da mulher diferente da do jogador em

contraste com o menino morto no chão.


75. Resolução: “C”

Comentário:

Na charge, tanto a mulher que está agachada


diante do filho morto quanto o jogador de futebol que
está na tela sofrem com suas perdas (filho e
possivelmente gol ou partida, respectivamente).
Porém, os espectadores se importam mais com a
perda do jogador, observando-o pela televisão e,
assim, revelando a falta de empatia e solidariedade
com a mulher que acabou de perder seu filho.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
QUESTÃO 76. (G1-cp2) No último quadrinho do texto,

o uso do pronome demonstrativo, associado à atitude

corporal dos personagens, indica

a) posse.

b) saudade.

c) desprezo.

d) distância.
76. Resolução: “D”

Comentário:

O pronome demonstrativo “daquela” indica

distância do falante em relação ao assunto, da

mesma forma que a postura do personagem, de

olhar para o “longe”, revela essa distância.


QUESTÃO 77. (G1-cp2) Releia a seguinte frase do
texto (segundo quadrinho):

... Nós que somos daquela terra!

O uso do termo “que” enfatiza

a) a certeza de possuir a terra.

b) a certeza de ter a terra e de ser da terra.

c) o contraste entre ter a terra e ser da terra.

d) o contraste entre a aldeia e os donos da terra.


77. Resolução: “C”

Comentário:

O menino afirma que a terra nunca foi sua, mas logo


completa que ele é que é dessa terra, ou seja,
destaca sua relação de pertencimento àquele espaço,
embora não o possua. Dessa forma, o termo “que”
destaca esse contraste entre possuir a terra e
pertencer a ela.
QUESTÃO 78. (Eear) Leia:
QUESTÃO 78. (Eear)

Marque a opção que apresenta correta interpretação da tirinha


da Mafalda, personagem presente no último quadrinho, de
autoria do cartunista argentino Quino, em que Felipe, no
primeiro quadrinho, mostra-se pensativo com a possibilidade
de participar do serviço militar.

a) O menino, receoso do que poderá enfrentar no quartel,


imagina situações complicadas a que se submeterá e reage
com a chegada de seu herói, de modo que seus gritos foram
escutados por
Mafalda.

b) O jovem menino, com medo do que o quartel lhe reserva,


cria situações mentais em que, fatalmente, não consegue
êxito, conforme expresso no último quadrinho.
QUESTÃO 78. (Eear)

c) A possibilidade de poder contar com a presença física de

seu herói no quartel retira, desde o início, todo medo e

ansiedade do jovem que deseja servir às Forças Armadas

de seu país.

d) Embora com desejo de servir às Forças Armadas, a

presença de Mafalda, no último quadrinho, reforça a ideia

de que as mulheres não concordam com o fato de o serviço

militar obrigatório ser exclusivo para homens.


78. Resolução: “A”

Comentário:

No primeiro quadrinho, Felipe reflete sobre a


obrigatoriedade do serviço militar, mostrando-se receoso:
“fico meio apavorado de pensar que vou ter que fazer serviço
militar”. No segundo, ele imagina-se como um soldado, cuja
prisão é decretada por um superior. No terceiro, aparece a
figura de seu herói, “o cavaleiro solitário”, para salvá-lo da
situação. O alívio é tão grande que Mafalda ouve seus gritos
de “viva”, a altas horas da noite, o que, supomos, tenha
atrapalhado seu sono.
QUESTÃO 79. (Enem (Libras)
QUESTÃO 79. (Enem (Libras)

Essa tirinha revela que um dos impactos sociais


provenientes do uso das Tecnologias de Informação e
Comunicação tem como consequência o(a)

a) falta de percepção da realidade.

b) crítica da sociedade aos poderes midiáticos.

c) contestação das informações disponibilizadas.

d) questionamento sobre a reputação das grandes

mídias.

e) indignação do telespectador com os meios de


79. Resolução: “A”

Comentário:

A imagem de Calvin praticando um ritual magístico-religioso


de agradecimento à televisão que classifica como poderosa
divindade aniquiladora da racionalidade e da imaginação, ao
mesmo tempo que faz a oferenda do pensamento
simbolizado numa tigela de tapioca, tem como objetivo
criticar os poderes midiáticos que manipulam a sociedade.
QUESTÃO 80. [Enem 2006]

Namorados
O rapaz chegou-se para junto da moça e disse:
— Antônia, ainda não me acostumei com o seu corpo, com a sua cara.
A moça olhou de lado e esperou.
— Você não sabe quando a gente é criança e de repente vê uma lagarta
listrada?
A moça se lembrava:
— A gente fica olhando…
A meninice brincou de novo nos olhos dela. O rapaz prosseguiu com muita
doçura:
— Antônia, você parece uma lagarta listrada. A moça arregalou os olhos, fez
exclamações. O rapaz concluiu:
— Antônia, você é engraçada! Você parece louca.
Manuel Bandeira. Poesia completa & prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,
1985.
QUESTÃO 80. [Enem 2006]

No poema de Bandeira, importante representante da poesia modernista,

destaca-se como característica da escola literária dessa época

a) a reiteração de palavras como recurso de construção de rimas ricas.

b) a utilização expressiva da linguagem falada em situações do cotidiano.

c) a criativa simetria de versos para reproduzir o ritmo do tema abordado.

d) a escolha do tema do amor romântico, caracterizador do estilo literário dessa época.

e) o recurso ao diálogo, gênero discursivo típico do Realismo.


80. Resolução: "B"

Comentário:

A utilização literária da linguagem coloquial, assim como


a temática do cotidiano, são pontos importantes do
programa literário do Modernismo, do qual Manuel
Bandeira foi figura central. Construções como “ sabe
quando?” e o emprego de “a gente ” como pronome
impessoal ou como equivalente a “ nós ” são traços
característicos da linguagem coloquial brasileira.
QUESTÃO 81. [Enem 2012]

O efeito de sentido da charge é provocado pela com- binação de


informações visuais e recursos linguísticos.
No contexto da ilustração, a frase proferida recorre à

a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para transmitir a ideia que
pretende veicular.

b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.

c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população pobre e o espaço da
população rica.

d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.

e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira de descanso da
família.
81. Resolução: "A"

Comentário:

A frase é polissêmica porque estão implicados os sentidos de


rede como “sistema interligado de computadores” e como “artefato
que serve para dormir”.
QUESTÃO 82. [Enem 2015]

Embalagens usadas e resíduos devem ser descartados adequadamente

Todos os meses são recolhidas das rodovias brasileiras centenas de milhares de


toneladas de lixo. Só nos 22,9 mil quilômetros das rodovias paulistas são 41,5
mil toneladas. O hábito de descartar embalagens, garrafas, papéis e bitucas de
cigarro pelas rodovias persiste e tem aumentado nos últimos anos. O problema
é que o lixo acumulado na rodovia, além de prejudicar o meio ambiente, pode
impedir o escoamento da água, contribuir para as enchentes, provocar
incêndios, atrapalhar o trânsito e até causar acidentes. Além dos perigos que o
lixo representa para os motoristas, o material descartado poderia ser devolvido
para a cadeia produtiva. Ou seja, o papel que está sobrando nas rodovias
poderia ter melhor destino. Isso também vale para os plásticos inservíveis, que
poderiam se transformar em sacos de lixo, baldes, cabides e até acessórios para
os carros.

Disponível em: www.girodasestradas.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012.


QUESTÃO 82. [Enem 2015]

Os gêneros textuais correspondem a certos padrões de


composição de texto, determinados pelo contexto em que são
produzidos, pelo público a que eles se destinam, por sua finalidade.
Pela leitura do texto apresentado, reconhece-se que sua função é

a) apresentar dados estatísticos sobre a reciclagem no país.

b) alertar sobre os riscos da falta de sustentabilidade do mercado de


recicláveis.

c) divulgar a quantidade de produtos reciclados retirados das rodovias


brasileiras.

d) revelar os altos índices de acidentes nas rodovias brasileiras poluídas nos


últimos anos.

e) conscientizar sobre a necessidade de preservação ambiental e de segurança


nas rodovias.
82. Resolução: "E"

Comentário:

O texto informa sobre a quantidade de lixo descartado nas rodovias,


alertando para a possibilidade de acidentes e de prejuízo ao meio
ambiente.
QUESTÃO 83. [Enem 2010]

A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se desenvolvem os seres


vivos, se divide em unidades menores chamadas ecossistemas, que podem
ser uma floresta, um deserto e até um lago. Um ecossistema tem múltiplos
mecanismos que regulam o número de organismos dentro dele, controlando
sua reprodução, crescimento e migrações.
DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

Predomina no texto a função da linguagem

a) emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em relação à ecologia.


b) fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de comunicação.
c) poética, porque o texto chama a atenção para os recursos de linguagem,
d) conativa, porque o texto procura orientar comporta- mentos do leitor.
e) referencial, porque o texto trata de noções e informações conceituais.
83. Resolução: "E"

Comentário:

Trata-se da função referencial da linguagem porque a mensagem é


centrada em seu referente e este é exterior à linguagem e ao processo de
comunicação. A justificativa apresentada na alternativa de resposta não é
precisa, pois, se as “noções e informações conceituais” se referissem à
linguagem, não se trataria de função referencial, mas sim metalinguística.
QUESTÃO 84. [Enem 2013]

Mal secreto
Se a cólera que espuma, a dor que mora N’alma, e destrói cada ilusão que
nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;
Se se pudesse, o espírito que chora, Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!
Quanta gente que ri, talvez, consigo Guarda um atroz, recôndito inimigo, Como
invisível chaga cancerosa!
Quanta gente que ri, talvez existe, Cuja ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!

CORREIA, R. In: PATRIOTA, M. Para compreender Raimundo Correia. Brasília:


Alhambra, 1995.
QUESTÃO 84. [Enem 2013]

Coerente com a proposta parnasiana de cuidado formal e


racionalidade na condução temática, o soneto de Raimundo Correia
reflete sobre a forma como as emoções do indivíduo são julgadas
em sociedade. Na concepção do eu lírico, esse julgamento revela
que:

a) a necessidade de ser socialmente aceito leva o indivíduo a agir


de forma dissimulada.
b) o sofrimento íntimo torna-se mais ameno quando compartilhado
por um grupo social.
c) a capacidade de perdoar e aceitar as diferenças neutraliza o
sentimento de inveja.
d) o instinto de solidariedade conduz o indivíduo a apiedar-se do
próximo.
e) a transfiguração da angústia em alegria é um artifício nocivo ao
convívio social.
84. Resolução: "A"

Comentário:

As conveniências sociais fazem que a cólera e o sofrimento


humano não sejam visíveis, pois são dissimulados. A “máscara da
face” torna-os, portanto, imperceptíveis para a sociedade.
QUESTÃO 85. [Enem 2016]

Esaú e Jacó
Ora, aí está justamente a epígrafe do livro, se eu lhe quisesse pôr alguma, e
não me ocorresse outra. Não é somente um meio de completar as pessoas
da narração com as ideias que deixarem, mas ainda um par de Lunetas para
que o leitor do livro penetre o que for menos claro ou totalmente escuro.
Por outro lado, há proveito em irem as pessoas da minha história
colaborando nela, ajudando o autor, por uma lei de solidariedade, espécie
de troca de serviços, entre o enxadrista e os seus trabalhos.
Se aceitas a comparação, distinguirás o rei e a dama, o bispo e o cavalo,
sem que o cavalo possa fazer de torre, nem a torre de peão. Há ainda a
diferença da cor, branca e preta, mas esta não tira o poder da marcha de
cada peça, e afinal umas e outras podem ganhar a partida, e assim vai o
mundo.
ASSIS, M. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1964 (fragmento).
QUESTÃO 85. [Enem 2016]

O fragmento do romance Esaú e Jacó mostra como o


narrador concebe a leitura de um texto literário. Com
base nesse trecho, tal leitura deve levar em conta

a) o leitor como peça fundamental na construção dos


sentidos.
b) a luneta como objeto que permite ler melhor.
c) o autor como único criador de significados.
d) o caráter de entretenimento da literatura.
e) a solidariedade de outros autores.
85. Resolução: "A"

Comentário:

O texto literário se caracteriza por apresentar possibilidades diversas de


leitura, sua linguagem tende à conotação e é plurissignificativa. No
fragmento de Esaú e Jacó, de Machado de Assis, evidencia-se, dadas as
características do texto literário, a relevância do papel do leitor. Assim,
produção e recepção são componentes indissociáveis na compreensão de
uma obra literária.
QUESTÃO 86. [Enem 2011]

TEXTO I
O meu nome é Severino, não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria;
como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias,
Mas isso ainda diz pouco: há muitos na freguesia, por causa de um coronel que se chamou Zacarias
e que foi o mais antigo senhor desta sesmaria. Como então dizer quem falo ora a Vossas Senhorias?
MELO NETO, JOÃO. CABRAL. Obra Completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1994 (fragmento).
TEXTO II
João Cabral, que já emprestara sua voz ao rio, transfere-a, aqui,ao retirante Severino, que, como o
Capibaribe, também segue
no caminho do Recife. A autoapresentação do personagem, na fala inicial do texto, nos mostra um
Severino que, quanto mais
se define, menos se individualiza, pois seus traços biográficos são sempre partilhados por outros homens.
SECCHIN, A. C. João Cabral: a poesia do menos. Rio de Janeiro: Topbooks, 1999 (fragmento).
QUESTÃO 86. [Enem 2016]

O fragmento do romance Esaú e Jacó mostra como o


narrador concebe a leitura de um texto literário. Com
base nesse trecho, tal leitura deve levar em conta

a) o leitor como peça fundamental na construção dos


sentidos.
b) a luneta como objeto que permite ler melhor.
c) o autor como único criador de significados.
d) o caráter de entretenimento da literatura.
e) a solidariedade de outros autores.
86. Resolução: "C"

Comentário:

Quem fala em Morte e Vida Severina é o retirante, Severino,


que é símbolo de todos os excluídos que migram para buscar
melhor condição de vida: “há muitos Severinos”.
QUESTÃO 87. [Enem 2014]

Na criação do texto, o chargista Iotti usa criativamente um intertexto: os traços reconstroem uma cena de Guernica, painel de Pablo Picasso que retrata os horrores e
a destruição provocados pelo bombardeio a uma pequena cidade da Espanha. Na charge, publicada no período de carnaval, recebe destaque a figura do carro,
elemento introduzido por Iotti no intertexto. Além dessa figura, a linguagem verbal contribui para estabelecer um diálogo entre a obra de Picasso e a charge, ao
explorar
QUESTÃO 87. [Enem 2014]

a) uma referência ao contexto, “trânsito no feriadão”, esclarecendo-se o referente tanto do texto de Iotti quanto da obra de Picasso.

b) uma referência ao tempo presente, com o emprego da forma verbal “é”, evidenciando-se a atualidade do tema abordado tanto pelo
pintor espanhol quanto pelo chargista brasileiro.

c) um termo pejorativo, “trânsito”, reforçando-se a ima- gem negativa de mundo caótico presente tanto em Guernica quanto na charge.

d) uma referência temporal, “sempre”, referindo-se à permanência de tragédias retratadas tanto em Guernica quanto na charge.

e) uma expressão polissêmica, “quadro dramático”, remetendo-se tanto à obra pictórica quanto ao contexto do trânsito brasileiro.
87. Resolução: "E"

Comentário:

A expressão “quadro dramático”, na charge, é polissêmica, ou


seja , tem mais de um sentido, pois tanto se refere aos horrores do
massacre de Guernica quanto aos congestionamentos de trânsito
em feriados.
QUESTÃO 88. [Enem 2012]

Lugar de mulher também é na oficina. Pelo menos nas oficinas dos cursos da área
automotiva fornecidos pela Prefeitura, a presença feminina tem aumentado ano a ano.
De cinco mulheres matriculadas em 2005, a quantidade saltou para 79 alunas inscritas
neste ano nos cursos de mecânica automotiva, eletricidade veicular, injeção eletrônica,
repintura e funilaria. A presença feminina nos cursos automotivos da Prefeitura – que
são gratuitos – cresceu 1.480% nos últimos sete anos e tem aumentado ano a ano.
Disponível em: www.correiodeuberlandia.com.br. Acesso em: 27 fev. 2012 (adaptado).
QUESTÃO 88. [Enem 2012]

Na produção de um texto, são feitas escolhas referentes a sua estrutura, que


possibilitam inferir o objetivo do autor. Nesse sentido, no trecho apresentado,
o enunciado “Lugar de mulher também é na oficina” corrobora o objetivo
textual de

a) demonstrar que a situação das mulheres mudou na sociedade


contemporânea.

b) defender a participação da mulher na sociedade atual.

c) comparar esse enunciado com outro: “lugar de mulher é na cozinha”.

d) criticar a presença de mulheres nas oficinas dos cursos da área automotiva.

e) distorcer o sentido da frase “lugar de mulher é na cozinha”.


88. Resolução: "A"

Comentário:

A referência ao lugar-comum tradicional “lugar de mulher é na


cozinha” tem a função de “demonstrar que a situação das mulheres
mudou na sociedade contemporânea”, em que as mulheres se dedicam a
ofícios que antes lhes eram estranhos.
QUESTÃO 89. [Enem 2016]

Disponível em: http://portalsaude.gov.br. Acesso em: 30 jul. 2012.

Entre as funções de um cartaz, está a divulgação de campanhas. Para cumprir essa função, as palavras e as
imagens desse cartaz estão combinadas de maneira a

a) evidenciar as formas de contágio da tuberculose.


b) mostrar as formas de tratamento da doença.
c) discutir os tipos da doença com a população.
d) alertar a população em relação à tuberculose.
e) combater os sintomas da tuberculose .
89. Resolução: "D"

Comentário:

As palavras e as imagens usadas na campanha publicitária


visam alertar a população sobre a tuberculose.
QUESTÃO 90. [Enem 2013]

KUCZYNSKIEGO, P. Ilustração, 2008. Disponível em: http://capu.pl. Acesso em 3 ago. 2012.

O artista gráfico polonês Pawla Kuczynskiego nasceu em 1976 e recebeu diversos prêmios
por suas ilustrações. Nessa obra, ao abordar o trabalho infantil, Kuczynskiego usa sua arte
para:

a) difundir a origem de marcantes diferenças sociais.


b) estabelecer uma postura proativa da sociedade.
c) provocar a reflexão sobre essa realidade.
d) propor alternativas para solucionar esse problema.
e) retratar como a questão é enfrentada em vários países do mundo.
90. Resolução: “C”

Comentário:

A imagem de Kuczynskiego visa a provocar a reflexão sobre o


trabalho infantil, retratado na ilustração com o contraste entre um
garoto que trabalha e outro que brinca.
QUESTÃO 91. [Enem 2015]

Em junho de 1913, embarquei para a Europa a fim de me tratar num sanatório suíço. Escolhi o de
Clavadel, perto de Davos-Platz, porque a respeito dele me falara João Luso, que ali passara um inverno
com a senhora. Mais tarde vim a saber que antes de existir no lugar um sanatório, lá estivera por algum
tempo Antõnio Nobre. “Ao cair das folhas”, um de seus mais belos sonetos, talvez o meu predileto, está
datado de “Clavadel, outubro, 1895”. Fiquei na Suíça até outubro de 1914.
BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985.

No relato de memórias do autor, entre os recursos usados para organizar a sequência dos eventos
narrados, destaca- se a
a) construção de frases curtas a fim de conferir dinamicidade ao texto.
b) presença de advérbios de lugar para indicar a progressão dos fatos.
c) alternância de tempos do pretérito para ordenar os acontecimentos.
d) inclusão de enunciados com comentários e avaliações pessoais.
e) alusão a pessoas marcantes na trajetória de vida do escritor.
91. Resolução: "C"

Comentário:

Há no texto várias locuções adverbiais de tempo e lugar, porém a


sequência dos eventos narrados é marcada pelo emprego do pretérito
perfeito, que indica ações pontuais no passado (“embarquei”,
“escolhi”, “fiquei”) e o pretérito mais-que-perfeito (“falara”,
“estivera”), que indica ações anteriores ao perfeito.
QUESTÃO 92. [Enem 2011]

“Abatidos pelo fadinho harmonioso e nostálgico dos desterrados, iam todos, até
mesmo os brasileiros, se concentrando e caindo em tristeza; mas, de repente, o
cavaquinho de Porfiro, acompanhado pelo violão do Firmo, romperam vibrantemente
com um chorado baiano. Nada mais que os primeiros acordes da música crioula para
que o sangue de toda aquela gente despertasse logo, como se alguém lhe fustigasse o
corpo com urtigas bravas. E seguiram-se outras notas, e outras, cada vez mais
ardentes e mais delirantes. Já não eram dois instrumentos que soavam, eram lúbricos
gemidos e suspiros soltos em torrente, a correrem serpenteando, como cobras numa
floresta incendiada; eram ais convulsos, chorados em frenesi de amor: música feita de
beijos e soluços gostosos; carícia de fera, carícia de doer, fazendo estalar de gozo.”

AZEVEDO, Aluízio. O Cortiço. São Paulo: Ática, 1983 (fragmento).


QUESTÃO 92. [Enem 2011]

No romance O Cortiço (1890), de Aluízio Azevedo, as personagens são observadas


como elementos coletivos caracterizados por condicionantes de origem social, sexo e
etnia. Na passagem transcrita, o confronto entre brasileiros e portugueses revela
prevalência do elemento brasileiro, pois

a) destaca o nome de personagens brasileiras e omite o de personagens portuguesas.

b) exalta a força do cenário natural brasileiro e considera o do português inexpressivo.

c) mostra o poder envolvente da música brasileira, que cala o fado português.

d) destaca o sentimentalismo brasileiro, contrário à tristeza dos portugueses.

e) atribui aos brasileiros uma habilidade maior com instrumentos musicais.


92. Resolução: "C"

Comentário:

O determinismo é um dos elementos mais importantes na composição


da narrativa de O Cortiço. A música, manifestação cultural do povo, carrega
as características essenciais que o formam. A música brasileira seria mais
envolvente porque repleta de sensualidade exacerbada, fruto de uma terra
exuberante e quente. O fado português, ao contrário, conteria uma tristeza
considerada típica de seu povo.
QUESTÃO 93. [Enem 2012]

“eu gostava muito de passeá… saí com as minhas cole- gas… brincá na porta di casa di vôlei… andá de
patins… bicicleta… quando eu levava um tombo ou outro… eu era a::… a palhaça da turma… ((risos))…
eu acho que foi uma das fases mais… assim… gostosas da minha vida foi… essa fase de quinze… dos
meus treze aos dezessete anos…
A.P.S., sexo feminino, 38 anos, nível de ensino fundamental.”
Projeto Fala Goiana, UFG. 2010 (inédito).

Um aspecto da composição estrutural que caracteriza o relato pessoal de A.P.S. como modalidade falada
da língua é

a) predomínio de linguagem informal entrecortada por pausas.


b) vocabulário regional desconhecido em outras variedades do português.
c) realização do plural conforme as regras da tradição gramatical.
d) ausência de elementos promotores de coesão entre os eventos narrados.
e) presença de frases incompreensíveis a um leitor iniciante.
93. Resolução: "A"

Comentário:

O que caracteriza estruturalmente o relato é o registro escrito da


linguagem falada e as pausas marcadas pelas reticências.
QUESTÃO 94. [Enem 2013]

Disponível em: http://clubedamafalda.blogspot.com.br. Acesso em: 21 set. 2011.

Nessa charge, o recurso morfossintático que colabora para o efeito de humor está indicado
pelo(a)

a) emprego de uma oração adversativa, que orienta a quebra da expectativa ao final.


b) uso de conjunção aditiva, que cria uma relação de causa e efeito entre as ações.
c) retomada do substantivo “mãe”, que desfaz a ambiguidade dos sentidos a ele atribuídos,
d) utilização da forma pronominal “la”, que reflete um tratamento formal do filho em relação à
“mãe”.
e) repetição da forma verbal “é”, que reforça a relação de adição existente entre as orações.
94. Resolução: "A"

Comentário:

A conjunção adversativa “mas” opõe o conceito negativo da preguiça


como “mãe de todos os vícios” ao respeito que a maternidade impõe. A
quebra da expectativa, portanto, consiste em transformar a preguiça em
algo conveniente, conforme a imagem sugere.
QUESTÃO 95. [Enem 2009]
QUESTÃO 95. [Enem 2009]

Diante dos recursos argumentativos utilizados, depreende-se que o


texto apresentado

a) se dirige aos líderes comunitários para tomarem a iniciativa de


combater a dengue.
b) conclama toda a população a participar das estratégias de combate
ao mosquito da dengue.
c) se dirige aos prefeitos, conclamando-os a organizarem iniciativas de
combate à dengue.
d) tem como objetivo ensinar os procedimentos técnicos necessários
para o combate ao mosquito da dengue.
e) apela ao governo federal, para que dê apoio aos governos estaduais
e municipais no combate ao mosquito da dengue.
95. Resolução: "C"

Comentário:

O texto se dirige, explicitamente, aos prefeitos, como já se


percebe pelo vocativo inicial.
QUESTÃO 96. ENEM 2021
QUESTÃO 96. ENEM 2021

A crítica do livro de memórias de Michelle Obama, ex-primeira-dama dos


EUA, aborda a história das relações humanas na cidade natal da autora.
Nesse contexto, o uso do vocábulo “unthinkable” ressalta que

a) a ascensão social era improvável.


b) a mudança de nome era impensável.
c) a origem do individuo era irrelevante.
d) o trabalho feminino era inimaginável.
e) o comportamento parental era irresponsável.
96. Resolução: “A”

Comentário:

O uso do vocábulo “unthinkable” ressalta que a ascensão social era


improvável, como mostra o trecho abaixo, retirado do excerto
apresentado: “Black women were meant for the field or the kitchen,
or for use as they saw fit. They were, by definition, not ladies. The very
idea of a black woman as first lady of the land, well, that would have
been unthinkable.”
QUESTÃO 97. ENEM 2021
QUESTÃO 97. ENEM 2021

A presença de “at odds with” na fala da personagem do cartum


revela o(a)

a) necessidade de acessar informações confiáveis.


b) dificuldade de conciliar diferentes anseios.
c) desejo de dominar novas tecnologias.
d) desafio de permanecer imparcial.
e) vontade de ler notícias positivas.
97. Resolução: “B”

COMENTÁRIO:

Tradução do cartum:
Meu desejo de estar informado está atualmente em desacordo
com meu desejo de permanecer são.
* to be at odds with = estar em desacordo com
QUESTÃO 98. ENEM 2021
QUESTÃO 98. ENEM 2021

Considerando-se o olhar dos personagens, esse trecho do roteiro de um


filme permite reconhecer que a avaliação sobre um lugar depende do(a)

a) beleza do próprio local.


b) perspectiva do visitante.
c) contexto histórico do local.
d) tempo de permanência no local.
e) finalidade da viagem do visitante.
98. Resolução: “B”

COMENTÁRIO:

No texto, temos: “No, I was going to say “neutral”. It’s like


looking at a blank canvas.”
A personagem Celine descreve o local (Los Angeles) como
um lugar “neutro”, uma “tela em branco”. E é es sa
brancura, essa neutralidade, esse vazio que permite uma
retratação do local de acordo com o olhar do visitante.
QUESTÃO 99. ENEM 2021
QUESTÃO 99. ENEM 2021

O texto, que aborda questões referentes ao tema do culto à


celebridade, tem o objetivo de

a)destacar os méritos das celebridades.


b)b) criticar o consumismo das celebridades.
c)c) ressaltar a necessidade de reflexão dos fãs.
d)d) culpar as celebridades pela obsessão dos fãs.
e)e) valorizar o marketing pessoal das celebridades.
99. Resolução: “C”

COMENTÁRIO:

Lê-se no texto: “Celebrities though cannot be blamed for


all negative aspects of society. In reality society is to
blame. We are the people who seemed to have lost the
ability to think for ourselves.”.
Celebridades, entrentanto, não podem ser culpadas por
todos os aspectos negativos da sociedade. Na verdade,
deve-se culpar a sociedade. Nós somos as pessoas que
parecem ter perdido a capacidade de pensar por nós
mesmas.
QUESTÃO 100. ENEM 2021
QUESTÃO 100. ENEM 2021

Ao descrever o processo de formação da Inglaterra, o autor do poema


recorre a caracteristicas de outro gênero textual para evidenciar

a)a riqueza da mistura cultural.


b)um legado de origem geográfica.
c)um impacto de natureza histórica.
d)um problema de estratificação social. e) a questão da intolerância
linguística.
100. Resolução: “A”

COMENTÁRIO:

Nessa questão, precisamos analisar o poema como um


todo. Ele foi escrito como se fosse uma receita para a
formação da Inglaterra, utilizando cada nação como um
ingrediente, evidenciando toda a riqueza cultural em sua
composição
QUESTÃO 101. ENEM 2021
QUESTÃO 101. ENEM 2021

O texto trata da evolução inerente às funcionalidades de recursos


tecnológicos. A expressão ‘la guillotina del siglo XXI” destaca que os
celulares de hoje podem

a)oferecer recursos com funções múltiplas.


b)reunir usuários com ideias semelhantes.
c)divulgar informação instantânea.
d)organizar movimentos sociais.
e)assumir utilidade jurídica.
101. Resolução: “C”

COMENTÁRIO:

O texto aborda o fato de como estamos expostos às redes


sociais nos dias atuais, e que todos podem saber sobre a
vida de desconhecidos sem sequer conhecê-los
pessoalmente. Porém, a ênfase é dada ao fato de que as
comunicações podem trazer grandes problemas,
derrubando governos, empresas, empresários, políticos,
entre outros. A expressão “la guillotina del siglo XXI”
aparece no segundo parágrafo e mostra tudo que se pode
fazer com o celular e os resultados negativos que venham
a ocorrer na sociedade, sendo essas ferramentas meios
que trazem à tona qualquer informação.
QUESTÃO 102. ENEM 2021
102. ENEM 2021

No âmbito literário, são mobilizados diferentes recursos que visam à


expressividade. No texto, a analogia estabelecida pela expressão “como
las aguas a una piedra” tem a função de

a)enfatizar a ação do tempo sobre a personagem.


b)descrever a objetificação do ambiente.
c)expor a anacronia da personagem.
d)caracterizar o espaço do conto. e) narrar a perenidade da velhice.
102. Resolução: “A”

COMENTÁRIO:

O texto relata como se encontra o protagonista em sua


velhice, descrevendo o seu estado atual. Na frase “como
las aguas a una piedra”, faz-se uma comparação, pois
com o passar do tempo a água desfaz a pedra, sendo este
o seu estado atual, pois o tempo o levou a tal
circunstância de “incapacidade”.
QUESTÃO 103. ENEM 2021
QUESTÃO 103. ENEM 2021

A charge evoca uma situação de assombro frente a uma realidade que


assola as sociedades contemporâneas. Seu efeito humorístico reside na
crítica diante do(a)

a)O constatação do ser humano como o responsável pela condição caótica


do mundo.
b)apelo à religiosidade diante das dificuldades enfrentadas pela
humanidade.
c)indignação dos trabalhadores em face das injustiças sociais.
d)veiculação de informações trágicas pelos telejornais.
e)manipulação das noticias difundidas pelas mídias.
103. Resolução: “A”

Na charge vemos o uso da expressão ¡Por Dios!, que mostra indignação


ante aos fatos que transmite a notícia na televisão, e a frase ¿Qué le ha
pasado al mundo? também afirma tal indignação. No entanto, a ironia está
presente quando um dos homens diz: Nosotros. Neste momento ele
encontra o culpado para tantos problemas, incluindo a si próprio e o seu
amigo que está indignado com a situação.
QUESTÃO 104. ENEM 2021
QUESTÃO 104. ENEM 2021

Esse trecho da resenha de um livro de entrevistas concedidas por


Federico Garcia Lorca tem por finalidade

a)ressaltar a atração do entrevistado por questões místicas.


b)divulgar a comoção das elites com as obras do entrevistado.
c)salientar o compromisso do entrevistado com as questões sociais,
d)mostrar a atualidade das obras poéticas e teatrais do entrevistado.
e)criticar o interesse do entrevistado por particularidades da vida
humana.
104. Resolução: “C”

COMENTÁRIO:

O texto traz a informação sobre um volume elaborado de


todas as entrevistas do poeta Frederico Garcia Lorca;
nestas entrevistas encontram-se frequente - mente
fragmentos de falas do poeta que demonstram a sua
preocupação em retratar os problemas sociais.
QUESTÃO 105. ENEM 2021
QUESTÃO 105. ENEM 2021

No fragmento do romance, a uruguaia Auxilio narra a experiência que


viveu no México ao trabalhar voluntariamente para dois escritores
espanhóis. Com base na relação com os escritores, ela reflete sobre a(s)

a)variação linguística do espanhol.


b)sujeira dos livros de literatura.
c)distintas maneiras de acolher do mexicano.
d)orientações sobre a limpeza das casas dos espanhóis.
e)dificuldades de comunicação entre patrão e empregada.
105. Resolução: “A”

COMENTÁRIO:

O texto literário mostra a experiência de uma mulher


uruguaia em trabalhar na casa de dois escritores
espanhóis. No fragmento lido ela conta sobre as tarefas
que fazia, porém ressalta o sotaque dos espanhóis,
podemos confirmá-lo na frase “esa musiquilla distinta que
no los abandonó nunca, como si encircularan las zetas y las
ces”, que se refere à pronúncia e ao uso das letras Z e C, as
quais têm um som peculiar no sotaque andaluz, região do
sul da Espanha.
QUESTÃO 106. ENEM 2019
QUESTÃO 106. ENEM 2019

Valores culturais de um povo revelam sua forma de ser, agir e pensar.


Na concepção da autora, as diferentes formas de educar crianças nos
Estados Unidos confirmam que as crianças

a)temem quem as amedronta.


b)aprendem com o que vivem.
c)amam aqueles que as aceitam.
d)são gentis quando respeitadas.
e)ridicularizam quem as intimida.
106. Resolução: “B”

COMENTÁRIO:

Em todo o texto é possível perceber que as crianças aprendem a


forma de ser, agir e pensar, de acordo com o contexto em que
vivem.
QUESTÃO 107. ENEM 2019
QUESTÃO 107. ENEM 2019

Ao discutir sobre a influência de animais de estimação no bem-estar do ser


humano, a autora, a fim de fortalecer seus argumentos, utiliza palavras e
expressões como research, a growing number of research e several studies
com o objetivo de

a)mostrar que animais de estimação ajudam na cura de doenças como


alergias e asma.
b)convencer sobre os benefícios da adoção de animais de estimação para a
saúde
c)fornecer dados sobre os impactos de animais de estimação nas relações
amorosas.
d)explicar como o contato com animais de estimação pode prevenir ataques
cardíacos.
e)esclarecer sobre o modo como os idosos devem se relacionar com animais
de estimação.
107. Resolução: “B”

COMENTÁRIO:

Tais palavras e expressões têm o objetivo de dar maior credibilidade


aos argumentos fornecidos no texto.
QUESTÃO 108. ENEM 2019
QUESTÃO 108. ENEM 2019

No cartum, o estudante faz uma pergunta usando turn this thing on por

a)suspeitar que o colega está com seu material por engano.


b)duvidar que o colega possa se tornar um bom aluno.
c)desconfiar que o livro levado é de outra matéria.
d)entender como desligada a postura do colega.
e)desconhecer como usar um livro impresso.
108. Resolução: “E”

COMENTÁRIO:

O fato de o garoto ter chamado o livro de coisa (“thing”) mostra seu


desconhecimento em relação ao seu método de utilização. Por isso, ele
pergunta ao amigo como ligá-lo (“turn on”).
QUESTÃO 109. ENEM 2019
QUESTÃO 109. ENEM 2019

Ao abordar o assunto “obesidade”, em uma seção de jornal, o autor

a)defende o conumo liberado de açúcar.


b)aponta a gordura como o grande vilão da saúde.
c)demonstra acreditar que a obesidade não é preocupante.
d)indica a necessidade de mais pesquisas sobre o assunto.
e)enfatiza a redução de ingestão de calorias pelos americanos.
109. Resolução: “D”

COMENTÁRIO:

Lê-se a afirmação no seguinte trecho do texto: “We need


to continue... what more can be done, ...”
QUESTÃO 110. ENEM 2019
QUESTÃO 110. ENEM 2019

A canção, muitas vezes, é uma forma de manifestar sentimentos e


emoções da vida cotidiana. Por exemplo, o sofrimento retratado nessa
canção foi causado

a)pela morte precoce de um amigo jovem.


b)pelo término de um relacionamento amoroso.
c)pela mudança de um amigo para outro país.
d)pelo fim de uma amizade de mais de vinte anos.
e)pela traição por parte de uma pessoa próxima.
110. Resolução: “A”

COMENTÁRIO:

“Gone before he had his time” significa que o amigo se foi


precocemente. Ela afirma no terceiro verso que ele tinha
apenas 23 anos.
QUESTÃO 111. ENEM 2019
QUESTÃO 111. ENEM 2019

O texto aponta características e interesses da “Geração Y”. Nele, a


expressão dejar su huella refere-se a um dos desejos dessa geração,
que é o de

a)conhecer diferentes lugares.


b)fazer a diferença no mundo.
c)aproveitar todas as oportunidades.
d)obter uma formação acadêmica de excelência.
e)conquistar boas colocações no mundo do trabalho.
111. Resolução: “B”

COMENTÁRIO:

Lê-se a resposta correta na final do último parágrafo: “Lo que sí


quieren es dejar su huella en la historia, vivir una vida interesante,
formar parte de algo grande, crecer y desarrollarse, cambiar el mundo
que les rodea, y no solo ganar dinero.
QUESTÃO 112. ENEM 2019
QUESTÃO 112. ENEM 2019

Considerando a necessidade de assumir uma conduta mais responsável


com o meio ambiente, Paul Bomini criou a escultura O homem eletrônico
para

a)incentivar inovações em reciclagem para a construção de máquinas.


b)propor a criação de objetos a partir de aparelhos descartados.
c)divulgar o lançamento de produtos eletrônicos sustentáveis.
d)problematizar o descarte inconsequente de equipamentos.
e)alertar sobre as escolhas tecnológica da população.
112. Resolução: “D”

COMENTÁRIO:

Lê-se a resposta correta no trecho: “El Hombre Electrónico ha sido


diseñado por el escultor Paul Bomini con objetivo de aumentar la
conciencia de los ciudadanos a la hora de consumir aparatos
eléctricos.”
QUESTÃO 113. ENEM 2019
QUESTÃO 113. ENEM 2019

Nessa estrofe, o poeta e dramaturgo espanhol Manuel Machado


reflete acerca

a)de sua formação identitária plural.


b)da condição nômade de seus antepassados.
c)da perda sofrida com o processo de migração.
d)da dívida do povo espanhol para com o povo árabe.
e)de sua identificação com os elementos da natureza.
113. Resolução: “A”

COMENTÁRIO:

O autor faz uso da 1.ª pessoa do singular (yo, tengo) para


dizer como é. Cita os povos “árabes” que chegaram à
Espanha e diz que é igual a eles: “Yo soy como las gentes
que a mi tierra vinieron – soy de la raza mora, vieja amiga
del sol” e conclui afirmando que tem a alma de um árabe
espanhol.
QUESTÃO 114. ENEM 2019
QUESTÃO 114. ENEM 2019

A fábula é um gênero de ampla divulgação frequentemente revisitado


com diversos objetivos. No texto, a fábula A cigarra e a formiga é
retomada para

a)apresentar ao leitor um ensinamento moral.


b)reforçar o estereótipo associado às cigarras.
c)descrever o comportamento dos insetos na natureza.
d)expor a superioridade das formigas em relação às cigarras.
e)descrever a relação social entre as formigas e cigarras na natureza.
114. Resolução: “C”

COMENTÁRIO:

O texto extraído da revista Muyinteresante utiliza a fábula


para apresentar informações científicas sobre o
comportamento dos insetos na natureza.
QUESTÃO 115

D’SALETE, M. Cumbe. São Paulo: Veneta. 2016, p. 10-11 (adaptado).


QUESTÃO 115

A sequência dos quadrinhos conjuga lirismo e violência ao

a) sugerir a impossibilidade de manutenção dos afetos.

b) revelar os corpos marcados pela brutalidade colonial.

c) representar o abatimento diante da desumanidade vivida.

d) acentuar a resistência identitária dos povos escravizados.

e) expor os sujeitos alijados de sua ancestralidade pelo exílio.


115. Resolução: “D”

COMENTÁRIO:

A sequência de quadrinhos incorpora as crenças dos


povos escravizados no Brasil e o seu desejo de retornar à
terra de origem, atravessando “o mar que não acaba”
para ficar “longe daqui”, “longe disso tudo”. Assim, tanto
a linguagem verbal quanto não verbal confirmam a
“resistência identitária dos povos escravizados”.
QUESTÃO 116

Naquele tempo, ltaguaí, que, como as demais vilas, arraiais e povoações da


colônia, não dispunha de imprensa, tinha dois modos de divulgar uma notícia; ou
por meio de cartazes manuscritos e pregados na porta da Câmara, e da matriz; —
ou por meio de matraca.
Eis em que consistia este segundo uso. Contratava-se um homem, por um ou
mais dias, para andar as ruas do povoado, com uma matraca na mão. De quando
em quando tocava a matraca, reunia-se gente, e ele anunciava o que lhe
incumbiam, — um remédio para sezões, umas terras lavradias, um soneto, um
donativo eclesiástico, a melhor tesoura da vila, o mais belo discurso do ano, etc. O
sistema tinha inconvenientes para a paz pública; mas era conservado pela grande
energia de divulgação que possuía. Por exemplo, um dos vereadores desfrutava a
reputação de perfeito educador de cobras e macacos, e aliás nunca domesticara um
só desses bichos; mas tinha o cuidado de fazer trabalhar a matraca todos os meses.
E dizem as crônicas que algumas pessoas afirmavam ter visto cascavéis dançando
no peito do vereador; afirmação perfeitamente falsa, mas só devida à absoluta
confiança no sistema. Verdade, verdade, nem todas as instituições do antigo
regímen mereciam o desprezo do nosso século.

ASSIS, M. O alienista. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 2 jun. 2019 (adaptado).
116. O fragmento faz uma referência irônica a formas de divulgação e
circulação de informações em uma localidade sem imprensa. Ao destacar a
confiança da população no sistema da matraca, o narrador associa esse recurso
à disseminação de

a) campanhas políticas.

b) anúncios publicitários.

c) notícias de apelo popular.

d) informações não fidedignas.

e) serviços de utilidade pública.


116. Resolução: “D”

COMENTÁRIO:

A circulação de informações, segundo o texto, dava-se


por meio do uso da matraca, em que o anunciante
divulgava tanto informações verdadeiras, quanto não
fidedignas, mas o povo confiava tanto no sistema que até
os maiores absurdos eram tidos como inquestionáveis.
QUESTÃO 117

No ano em que o maior clarinetista que o Brasil conheceu, Abel Ferreira, faria
100 anos, o choro dá mostras de vivacidade. É quase um paradoxo que essa
riquíssima manifestação da genuína alma brasileira seja forte o suficiente para
driblar a falta de incentivos oficiais, a insensibilidade dos meios de comunicação e
a amnésia generalizada. “Ele trazia a alma brasileira derramada em sua
sonoridade ímpar. Artur da Távola, seguramente seu maior admirador, foi quem
melhor o definiu, ‘alma sertaneja, toque mozarteano’”. O acervo do músico
autodidata nascido na mineira Coromandel, autor de 50 músicas, entre as quais
Chorando baixinho (1942), que o consagrou, amigo e parceiro de Pixinguinha, com
quem gravou Ingênuo (1958), permanece com os herdeiros à espera de
compilação adequada. O Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro tem a
guarda do sax e do clarinete, doados em 1995.
Na avaliação de Leonor Bianchi, editora da Revista do Choro, “a música
instrumental fica apartada do que é popular porque não vai à sala de concerto. O
público em geral tem interesse em samba, pagode e axé”. Ela atribui essa situação
à falta de conhecimento e à pouca divul- gação do gênero nas escolas.

FERRAZ, A. Disponível em: www.cartacapital.com.br. Acesso em: 22 abr. 2015 (adaptado).


117. Considerando-se o contexto, o gênero e o público-alvo, os argumentos trazidos
pela autora do texto buscam

a)atribuir o desconhecimento da obra de Abel Ferreira ao ensino de música nas


escolas.
b)reivindicar mais investimentos estatais para a preservação do acervo musical
nacional.
c)destacar a relevância histórica e a riqueza estética do choro no cenário musical
brasileiro.
d)apresentar ao leitor dados biográficos pouco conhecidos sobre a trajetória de
Abel Ferreira.
e)constatar a impopularidade do choro diante da preferência do público por
músicas populares.
117. Resolução: “C”

COMENTÁRIO:

O texto de Ferraz enfatiza o valor artístico de Abel Ferreira,


clarinetista que compôs chorinhos de grande “riqueza
estética” e que, em 2015, faria 100 anos.
Falso moralista
QUESTÃO 118
Você condena o que a moçada anda fazendo e não
aceita o teatro de revista
arte moderna pra você não vale nada e até vedete
você diz não ser artista
Você se julga um tanto bom e até perfeito
Por qualquer coisa deita logo falação
Mas eu conheço bem o seu defeito
e não vou fazer segredo não
Você é visto toda sexta no Joá
e não é só no Carnaval que vai pros bailes se
acabar
Fim de semana você deixa a companheira
e no bar com os amigos bebe bem a noite inteira
Segunda-feira chega na repartição pede dispensa
para ir ao oculista
e vai curar sua ressaca simplesmente
Você não passa de um falso moralista

NELSON SARGENTO. Sonho de um sambista.São Paulo: Eldorado, 1979.


118. As letras de samba normalmente se caracterizam por apresentarem
marcas informais do uso da língua. Nessa letra de Nelson Sargento, são exemplos
dessas marcas

a) “falação” e “pros bailes”.

b) “você” e “teatro de revista”.

c) “perfeito” e “Carnaval”.

d) “bebe bem” e “oculista”.

e) “curar” e “falso moralista”


118. Resolução: “A”

COMENTÁRIO:

São marcas da informalidade na língua expressões


populares, como “falação”, e reduções como a contração
“pros” em “pros bailes”, já que são próprias da oralidade.
QUESTÃO 119 Introdução a Alda
Dizem que ninguém mais a ama.
Dizem que foi uma boa pessoa. Sua filha de doze
anos não a visita nunca e talvez raramente se
lembre dela. Puseram-na numa cidade triste de
uniformes azuis e jalecos brancos, de onde não
pôde mais sair. Lá, todos gritam-lhe irritados,
mal se aproxima, ou lhe batem, como se faz com
sacos de areia para treinar os músculos.
Sei que para todos ela já não é, e
ninguém lhe daria uma maçã cheirosa, bem
vermelha. Mas não é verdade que alguém não a
possa mais amar. Eu amo-a. Amo-a quando a
vejo por trás das grades de um palácio, onde se
refugiou princesa, chegada pelos caminhos da
dor. Quando fora do reino sente o mundo de mil
lanças, e selvagem prepara-se, posta no olhar.
Amo-a quando criança brinca na areia sem
medo. Uns pés descalços, uma mulher sem
intenções. Cercada de mundo, às vezes sofrendo-
o ainda.

CANÇADO, M. L. O sofredor do ver. Belo Horizonte: Autêntica, 2015


119. Ao descrever uma mulher internada em um hospital psiquiátrico, o
narrador compõe um quadro que expressa sua percepção

a) irônica quanto aos efeitos do abandono familiar.

b) resignada em face dos métodos terapêuticos em vigor.


c) alimentada pela imersão lírica no espaço da segregação.
d) inspirada pelo universo pouco conhecido da mente humana.
e) demarcada por uma linguagem alinhada à busca da lucidez.
119. Resolução: “C”

COMENTÁRIO:

Ao afirmar que a personagem feminina encontra-se em


uma “cidade triste de uniformes azuis e jalecos brancos,
de onde não pôde mais sair”, o narrador imprime lirismo à
condição de mulher internada num hospital psiquiátrico em
um espaço marcado pela segregação e estigma.
QUESTÃO 120
O pavão vermelho
Ora, a alegria, este pavão vermelho, está
morando em meu quintal agora.
Vem pousar como um sol em meu joelho
quando é estridente em meu quintal a
aurora.
Clarim de lacre, este pavão vermelho
sobrepuja os pavões que estão lá fora.
É uma festa de púrpura. E o assemelho a
uma chama do lábaro da aurora.
É o próprio doge a se mirar no espelho.
E a cor vermelha chega a ser sonora
neste pavão pomposo e de chavelho.
Pavões lilases possuí outrora.
Depois que amei este pavão vermelho, os
meus outros pavões foram-se embora.

COSTA, S. Poesia completa: Sosígenes Costa. Salvador:


Conselho Estadual de Cultura. 2001.
120. Na construção do soneto, as cores representam um recurso poético que
configura uma imagem com a qual o eu lírico

a) revela a intenção de isolar-se em seu espaço.

b) simboliza a beleza e o esplendor da natureza.

c) experimenta a fusão de percepções sensoriais.

d) metaforiza a conquista de sua plena realização.

e) expressa uma visão de mundo mística e espiritualizada.


120. Resolução: “C”

COMENTÁRIO:

A menção às cores no poema mescla-se aos sentidos e


sensações do eu lírico, tal como ilustra o verso “e a cor
vermelha chega a ser sonora”, em que se fundem visão e
audição (sinestesia).
QUESTÃO 121

LICHTENSTEIN, R. Garota com bola. Óleo sobre tela, 153 cm x 91,9 cm. Museu de
Arte Moderna de Nova York, 1961. Disponível em: www.moma.org. Acesso em: 4 dez. 2018.
QUESTÃO 121

A obra, da década de 1960, pertencente ao movimento artístico Pop Art,


explora a beleza e a sensualidade do corpo feminino em uma situação de
divertimento. Historicamente, a sociedade inventou e continua reinventando o
corpo como objeto de intervenções sociais, buscando atender aos valores e
costumes de cada época.

Na reprodução desses preceitos, a erotização do corpo feminino tem sido


constituída pela realização de exercícios físicos sistemáticos e excessivos.
121. Na reprodução desses preceitos, a erotização do corpo feminino tem sido
constituída pela realização de exercícios físicos sistemáticos e excessivos.

a) utilização de medicamentos e produtos estéticos.

b) educação do gesto, da vontade e do comportamento.


c) construção de espaços para vivência de práticas corporais.
d) promoção de novas experiências de movimento humano no lazer.
121. Resolução: “C”

COMENTÁRIO:

A menção às cores no poema mescla-se aos sentidos e


sensações do eu lírico, tal como ilustra o verso “e a cor
vermelha chega a ser sonora”, em que se fundem visão e
audição (sinestesia).
“Garota com bola”, construída historicamente, atendendo
“aos valores e costumes de cada época”.
QUESTÃO 122

O skate apareceu como forma de vivência no lazer em períodos de


baixa nas ondas e ficou conhecido como “surfinho”. No início foram
utilizados eixos e rodinhas de patins pregados numa madeira qualquer,
para sua composição, sendo as rodas de borracha ou ferro. O grande
marco na história do skate ocorreu em 1974, quando o engenheiro
químico chamado Frank Nasworthy descobriu o uretano, material mais
flexível, que oferecia mais aderência às rodas. A dependência dos
skatistas em relação a esse novo material igualmente alavancou o
surgimento de novas manobras e possibilitou a um maior número de
pessoas inexperientes começar a prática dessa modalidade. O resultado
foi a criação de campeonatos, marcas, fábricas e lojas especializadas.

ARMBRUST, I.; LAURO, F. A. A. O skate e suas possibilidades educacionais. Motriz, jul.-set. 2010 (adaptado).
122. De acordo com o texto, diversos fatores ao longo do tempo

a) contribuíram para a democratização do skate.

b) evidenciaram as demandas comerciais dos skatistas.

c) definiram a carreira de skatista profissional.


d) permitiram que a prática social do skate substituísse o surfe.

e) indicaram a autonomia dos praticantes de skate.


122. Resolução: “A”

COMENTÁRIO:

De acordo com texto, a descoberta do “uretano”, material


mais flexível para a composição do skate, possibilitou o
surgimento de “novas manobras” e o engajamento de
“maior número de pessoas” nessa prática esportiva. Logo,
houve uma “democratização” desse esporte.
Estojo escolar
QUESTÃO 123 Rio de Janeiro — Noite dessas,
ciscando num desses canais a
cabo, vi uns caras oferecendo
maravilhas eletrônicas, bastava
telefonar e eu receberia um
notebook capaz de me ajudar a
fabricar um navio, uma estação
espacial.
[...] Como pretendo viajar esses
dias, habilitei-me a comprar
aquilo que os caras anunciavam
como o top do top em matéria de
computador portátil.
No sábado, recebi um embrulho
complicado que necessitava de um
manual de instruções para ser
aberto.
[...] De repente, como vem
acontecendo nos últimos tempos,
houve um corte na memória e vi
diante de mim o meu primeiro
estojo escolar. Tinha 5 anos e ia
para o jardim de infância.
QUESTÃO 123

Era uma caixinha comprida, envernizada, com


uma tampa que corria nas bordas do corpo
principal. Dentro, arrumados em divisões, havia
lápis coloridos, um apontador, uma lapiseira
cromada, uma régua de 20 cm e uma borracha
para apagar meus erros.
[...] Da caixinha vinha um cheiro gostoso,
cheiro que nunca esqueci e que me tonteava de
prazer. [...]
O notebook que agora abro é negro e, em
matéria de cheiro, é abominável. Cheira
vilmente a telefone celular, a cabine de avião, a
aparelho de ultrassonografia onde outro dia
uma moça veio ver como sou por dentro. Acho
que piorei de estojo e de vida.

CONY, C.H. Crônicas para ler na escola. São Paulo: Objetiva,


2009 (adaptado).
123. No texto, há marcas da função da linguagem que nele predomina. Essas
marcas são responsáveis por colocar em foco o(a)

a) mensagem, elevando-a à categoria de objeto estético do mundo das artes.


b) código, transformando a linguagem utilizada no texto na própria temática
abordada.
c) contexto, fazendo das informações presentes no texto seu aspecto essencial.
d) enunciador, buscando expressar sua atitude em relação ao conteúdo do
enunciado.
e) interlocutor, considerando-o responsável pelo direcionamento dado à narrativa
pelo enunciador.
123. Resolução: “D”

COMENTÁRIO:

O texto, narrado em primeira pessoa, evidencia as


impressões do autor diante da abertura da embalagem de
seu computador, cujas sensações fizeram-no relembrar as
sensações que teve quando recebeu seu primeiro estojo
escolar. Fica evidente, portanto, que predomina no texto a
função emotiva da linguagem, em que há ênfase no
enunciador da comunicação.
QUESTÃO 124

LEMOS, A. Artistas brasileiras. Belo Horizonte: Miguilim. 2018.


124. O que assegura o reconhecimento desse texto em quadrinhos como prefácio
é o(a)

a) função de apresentação do livro.

b) apelo emocional apoiado nas imagens.

c) descrição do processo criativo da autora.

d) referência à mescla dos trabalhos manual e digital.


e) uso de elementos gráficos voltados para o público-alvo.
124. Resolução: “A”

COMENTÁRIO:

Prefácio é um texto breve colocado no início do livro com


explicações acerca do seu conteúdo, objetivos e feitura.
Diante disso, é possível afirmar que a função dos
quadrinhos é a “apresentação do livro”.
QUESTÃO 125

Os linguistas têm notado a expansão do tratamento informal. “Tenho 78


anos e devia ser tratado por senhor, mas meus alunos mais jovens me tratam
por você”, diz o professor Ataliba Castilho, aparentemente sem se
incomodar com a informalidade, inconcebível em seus tempos de estudante.
O você, porém, não reinará sozinho. O tu predomina em Porto Alegre e
convive com o você no Rio de Janeiro e em Recife, enquanto você é o
tratamento predominante em São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e
Salvador. O tu já era mais próximo e menos formal que você nas quase 500
cartas do acervo on-line de uma instituição universitária, quase todas de
poetas, políticos e outras personalidades do final do século XIX e inicio do
XX.

Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br. acesso em: 21 abr. 2015 (adaptado).


125. No texto, constata-se que os usos de pronomes variaram ao longo do tempo e
que atualmente têm empregos diversos pelas regiões do Brasil. Esse processo
revela que

a) a escolha de “você” ou de “tu” está condicionada à idade da pessoa que usa o


pronome.
b) a possibilidade de se usar tanto “tu” quanto “você” caracteriza a diversidade da
língua.
c) o pronome “tu” tem sido empregado em situações in- formais por todo o país.
d) a ocorrência simultânea de “tu” e de “você” evidencia a inexistência da
distinção entre níveis de formalidade.
e) o emprego de “você” em documentos escritos demonstra que a língua tende a se
manter inalterada.
125. Resolução: “B”

COMENTÁRIO:

A possibilidade de se usar tanto o pronome reto “tu”


quanto o pronome de tratamento “você”, em diversas
regiões, para se referir ao interlocutor, é uma
característica da diversidade linguística do País.
QUESTÃO 126

O solo A morte do cisne, criado em 1905 pelo russo Mikhail Fokine a partir
da música do compositor francês Camille Saint-Saens, retrata o último voo de
um cisne antes de morrer. Na versão original, uma bailarina com figurino
impecavelmente branco e na ponta dos pés interpreta toda a agonia da ave se
debatendo até desfalecer.
Em 2012, John Lennon da Silva, de 20 anos, morador do bairro de São
Mateus, na Zona Leste de São Paulo, elaborou um novo jeito de dançara
coreografia imortalizada pela bailarina Anna Pavlova. No lugar de um colã e
das sapatilhas, vestiu calça jeans, camiseta e tênis. Em vez de balé, trouxe o
estilo popping da street dance. Sua apre- sentação inovadora de A morte do
cisne, que foi ao ar no programa Se ela dança, eu danço, virou hit no YouTube.

Disponível em: www.correiobraziliense.com.br. Acesso em: 18 jun. 2019 (adaptado).


126. A forma original de John Lennon da Silva reinterpretar a coreografia de A
morte do cisne demonstra que

a) a composição da coreografia foi influenciada pela escolha do figurino.


b) a criação artística é beneficiada pelo encontro de modelos oriundos de
diferentes realidades socioculturais.
c) a variação entre os modos de dançar uma mesma música evidencia a hierarquia
que marca manifestações artísticas.
d) a formação erudita, à qual o dançarino não teve acesso, resulta em artistas que
só conhecem a estética da arte popular.
e) a interpretação, por homens, de coreografias originalmente concebidas para
mulheres exige uma adaptação complexa.
126. Resolução: “B”

COMENTÁRIO:

A coreografia de “A morte do cisne”, imortalizada por


Anna Pavlova no início do século XX, ganha uma nova
configuração no século XXI, ao ser reinterpretada pelo
dançarino de origem popular John Lennon da Silva, que a
partir de um figurino transgressor em relação à dança
clássica (“vestiu calça jeans, camiseta e tênis”),
reconfigura a apresentação dessa obra. Tais elementos
reforçam o encontro entre essas duas realidades
socioculturais distintas.
QUESTÃO 127

Seus primeiros anos de detento foram difíceis; aos poucos entendeu como o
sistema funciona. Apanhou dezenas de vezes, teve o crânio esmagado, o maxilar
deslocado, braços e pernas quebrados; por fim, um dia ficou lesionado da perna
quando foi jogado da laje de um pavilhão. Nem todas as vezes ele soube por que
apanhou, muito menos da última, quando foi deixado para morrer, mas
sobreviveu. Seu corpo, moído no inferno, aguarda o fim dos seus dias. Já não
questiona mais. Obedece. Cumpre as ordens. Baixa a cabeça e se retira. Apanha,
às vezes com motivo, às vezes sem. Por onde passou, derramaram seu sangue. Seu
rastro pode ser seguido. Intriga ter sobrevivido durante tantos anos.
Pouquíssimos chegaram à terceira idade encarcerados.

MAIA, A. P. Assim na terra como embaixo da terra.Rio de Janeiro: Record 2017


127. A narrativa concentra sua força expressiva no manejo de recursos formais
e numa representação ficcional que

a) buscam perpetuar visões do senso comum.

b) trazem à tona atitudes de um estado de exceção.

c) promovem a interlocução com grupos silenciados.

d) inspiram o sentimento de justiça por meio da empatia.


e) recorrem ao absurdo como forma de traduzir a realidade.
127. Resolução: “E”

COMENTÁRIO:

A personagem do texto é exposta a uma série de situações


agressivas que vão além da capacidade de resistência
humana, quando se aborda o tratamento dado a um
prisioneiro. Há uma sequência de situações que atingem o
absurdo, exemplos: “jogado da laje de um pavilhão”, ter o
“crânio esmagado”, ser “moído no inferno”, ter sangue
derramado, e “sobrevivido durante tantos anos”.
QUESTÃO 128

— O senhor pensa que só porque o deixaram morar neste


país pode logo ir fazendo o que quer? Nunca ouviu falar num troço chamado
autoridades constituídas? Não sabe que tem de conhecer as leis do país? Não sabe
que existe uma coisa chamada Exército Brasileiro, que o senhor tem de
respeitar? Que negócio é esse? [...] Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no
duro: “duralex”! Seus filhos são uns moleques e outra vez que eu souber
que andaram incomodando o General, vai tudo em cana. Morou? Sei como
tratar gringos feito o senhor. [...] Foi então que a mulher do vizinho do General
interveio: — Era tudo que o senhor tinha a dizer a meu marido? O delegado
apenas olhou-a, espantado com o atrevimento. — Pois então fique sabendo que
eu também sei tratar tipos como o senhor. Meu marido não é gringo nem meus
filhos são moleques. Se por acaso importunaram o General, ele que viesse falar
comigo, pois o senhor também está nos importunando. E fique sabendo que sou
brasileira, sou prima de um Major do Exército, sobrinha de um Coronel, e filha
de um General! Morou? Estarrecido, o delegado só teve força para engolir em
seco e balbuciar humildemente: — Da ativa, minha senhora?

SABINO, F. A mulher do vizinho, Os melhores contos. Rio de Janeiro: Record, 1986.


128. A representação do discurso intimidador engendrada no fragmento é
responsável por

a) ironizar atitudes e ideias xenofóbicas.

b) conferir à narrativa um tom anedótico.

c) dissimular o ponto de vista do narrador.

d) acentuar a hostilidade das personagens.

e) exaltar relações de poder estereotipadas


128. Resolução: “E”

COMENTÁRIO:

Inicialmente, o delegado apresenta um discurso intimidador


para um suposto estrangeiro. Entretanto, ouve uma réplica
desafiadora da esposa do homem constrangido. Nos dois
discursos agressivos, invocam-se relações de poder
estereotipadas, alegando-se proximidade com pessoas
poderosas. Houve a famosa “carteirada” intimidadora:
“você sabe com quem está falando?”.
QUESTÃO 129

Os velhos papéis, quando não são consumidos pelo fogo, às vezes acordam de
seu sono para contar notícias do passado.
É assim que se descobre algo novo de um nome antigo, sobre o qual já se
julgava saber tudo, como Machado de Assis.
Por exemplo, você provavelmente não sabe que o autor carioca, morto em
1908, escreveu uma letra do hino nacional em 1867— e não poderia saber
mesmo, porque os versos seguiam inéditos. Até hoje.
Essa letra acaba de ser descoberta, em um jornal antigo de Florianópolis,
pelo pesquisador independente Felipe Rissato.
“Das florestas em que habito/ Solto um canto varonil:/ Em honra e glória de
Pedro / O gigante do Brasil”, diz o começo do hino, composto de sete estrofes em
redondilhas maiores, ou seja, versos de sete sílabas poéticas. O trecho também é
o refrão da música.
O Pedro mencionado é o imperador Dom Pedro II. O bruxo do Cosme Velho
compôs a letra para o aniversário de 42 anos do monarca, em 2 de dezembro
daquele ano — o hino seria apresentado naquele dia no teatro da cidade de
Desterro, antigo nome de Florianópolis.

Disponível em: www.revistaprosaversoearte.com. Acesso em: 4 dez 2018 (adaptado).


129. Considerando-se as operações de retomada de informações na estruturação
do texto, há interdependência entre as expressões

a) “Os velhos papéis” e “É assim”.

b) “algo novo” e “sobre o qual”.

c) “um nome antigo” e “Por exemplo”.

d) “O gigante do Brasil” e “O Pedro mencionado”.


e) “o imperador Dom Pedro II” e “O bruxo do Cosme Velho”.
129. Resolução: “D”

COMENTÁRIO:

Nesse texto, as operações de retomada de informações são


desenvolvidas a partir expressões de sentidos
equivalentes, como “O Pedro mencionado” e “O gigante do
Brasil”. No hino escrito por Machado de Assis, este aposto
explicativo é associado a Dom Pedro II, cuja identificação
é feita com a retomada do termo “Pedro”. Assim, são
interdependentes, colaborando para a construção
semântica textual.
QUESTÃO 130

RODRIGUES, S. Acervo pessoal.

A revolução estética brasiliense empurrou os designers de móveis dos anos


1950 e início dos 1960 para o novo. Induzidos a abandonar o gosto rebuscado
pelo colonial, a trocar Ouro Preto por Brasília, eles criaram um mobiliário
contemporâneo que ainda hoje vemos nas lojas e nas salas de espera de
consultórios e escritórios. Colada no uso de madeiras nobres, como o jacarandá e
a peroba, e em materiais de revestimento como o couro e a palhinha,
desenvolveu-se uma tendência feita de linhas retas e curvas suaves, nos moldes da
capital no Cerrado.
CHAVES. D. Disponível em: www.veja.abril.com.br. Acesso em. 29 ju1. 2010
130. Na reportagem sobre os 50 anos de Brasília, de Débora Chaves, com a
reprodução fotográfica de cadeiras e poltronas de Sérgio Rodrigues, verifica-se
que os elementos da estética brasiliense

a) aparecem definidos nas linhas retas dos objetos.

b) expressam o desenho rebuscado por meio das linhas.


c) mostram a expressão assimétrica das linhas curvas suaves.
d) apontam a unidade de matéria-prima utilizada em sua fabricação.
e) O surgem na simplificação das informações visuais de cada composição.
130. Resolução: “E”

COMENTÁRIO:

O texto de Chaves apresenta a foto da “revolução estética


brasiliense”, visto que há um abandono de gosto rebuscado
em prol de um mobiliário com designe mais contemporâneo.
As cadeiras e poltronas da foto revelam a simplicidade dos
traços adotados por muitos designers (“linhas retas e curvas
suaves”) da segunda metade do século XX no Brasil.
QUESTÃO 131

Thumbs Up
Ponto positivo para o Facebook, que vai dar uma ajeitada na casa
para, quem sabe, não ser mais conhecido como o espaço da treta. Durante a F8,
sua conferência anual, a empresa anunciou a maior mudança de design do
serviço em 5 anos. Agora, o polêmico feed de notícias deixa de ser o
protagonista, e o queridinho da rede social se torna o seg- mento de Grupos (é o
Orkut fazendo escola?). Segundo Mark Zuckerberg, mais de 1 bilhão de
usuários mensais entram nessa aba do aplicativo, e 400 mil deles já estão
integrados em grupos de “assuntos significativos”. O objetivo agora é aumentar
o tráfego, oferecendo mais sugestões e ferramentas especiais para quem gerencia
essas comunidades. Além disso, o Marketplace, que já tem mais de 800 milhões
de usuários, vai ganhar mais atenção e integração. Com isso, parece que há um
novo padrão se montando na rede social: sai o feed, entra a segmentação, que
pode ser uma boa porta para monetização nos próximos anos. No mesmo evento,
Zuckerberg também disse que o futuro do Facebook é a privacidade, mas não
deu muitos detalhes de como vai proteger seus clientes daqui para frente. Evitar
que vaza- mentos de dados dos usuários aconteçam é um bom começo.
#FicaaDica
Disponível em: https://thebrief.us.16.list-manage.com. Acesso em 3 maio 2019 (adaptado).
131. O texto relata que uma rede social virtual realizará sua maior mudança de
design dos últimos anos. Esse fato revela que as tecnologias de informação e
comunicação

a) buscam oferecer mais privacidade.

b) assimilam os comportamentos dos usuários.

c) promovem maior interação em ambientes virtuais.


d) oferecem mais facilidades para obter cada vez mais lucro.

e) evoluem para ficar mais parecidas umas com as outras.


131. Resolução: “B”

COMENTÁRIO:

As transformações de design realizadas recentemente nas


redes sociais têm acompanhado as condutas dos usuários, que
buscam uma maior interação em grupos, assim como uma
maior privacidade ao navegar nas redes. Essas mudanças
acabam por assimilar e refletir comportamentos e interesses
dos usuários.
QUESTÃO 132

TEXTO 1
QUESTÃO 132

TEXTO II

As máscaras não foram feitas para serem usadas; elas se concentram


apenas nas possibilidades antropomórficas* dos recipientes plásticos
descartados e, ao mesmo tempo, chamam a atenção para a quantidade de lixo
que se acumula em quase todas as cidades ou aldeias africanas.

FARTHING. S. Tudo sobre arte. Rio de Janeiro: Sextante, 2011 (adaptado).

* Substantivo masculino.

Crença ou pensamento que atribui formas ou atributos humanos a
entidades abstratas ou seres não humanos.
132. Romuald Hazoumé costuma dizer que sua obra apenas manda de volta ao
oeste o refugo de uma sociedade de consumo cada vez mais invasiva. A obra desse
artista africano que vive no Benin denota o(a)

a) empobrecimento do valor artístico pela combinação de diferentes matérias-


primas.
b) reposicionamento estético de objetos por meio da mudança de função.
c) convite aos espectadores para interagir e completar obras inacabadas.
d) militância com temas da ecologia que marcam o continente africano.
e) realidade precária de suas condições de produção artística.
132. Resolução: “B”

COMENTÁRIO:

Ao utilizar materiais descartados como lixo, para criar obras


artísticas que representam máscaras, o artista plástico
Romuald Hazoumé ressignifica esses mate- riais, dando-lhes
uma nova função, nesse caso, estética, para criticar o
consumo e o descarte do lixo.
QUESTÃO 133

Comportamento geral

Você deve estampar sempre um ar de


alegria E dizer: tudo tem melhorado
Você deve rezar pelo bem do patrão
E esquecer que está desempregado

Você merece
Você merece
Tudo vai bem, tudo legal
Cerveja, samba, e amanhã, seu Zé
Se acabarem com teu carnaval

(fragmento).
QUESTÃO 133

Você deve aprender a baixar a cabeça


E dizer sempre: muito obrigado
São palavras que ainda te deixam dizer Por ser
homem bem disciplinado

Deve pois só fazer pelo bem da nação Tudo


aquilo que for ordenado
Pra ganhar um fuscão no juízo final
E diploma de bem-comportado

GONZAGUINHA. Luiz Gonzaga Jr. Rio de Janeiro: Odeon. 1973


133. Pela análise do tema e dos procedimentos argumentativos utilizados na
letra da canção composta por Gonzaguinha na década de 1970, infere-se o
objetivo de

a) ironizar a incorporação de ideias e atitudes conformistas.


b) convencer o público sobre a importância dos deveres cívicos.
c) relacionar o discurso religioso à resolução de problemas sociais.
d) questionar o valor atribuído pela população às festas populares.
e) defender uma postura coletiva indiferente aos valores dominantes.
133. Resolução: “A”

COMENTÁRIO:

A letra da canção de Gonzaguinha tematiza o


comportamento resignado de um interlocutor hipotético, a
quem se refere como “seu Zé” e por meio do pronome de
tratamento “Você”. Os versos destacam de modo irônico
ideias de passividade e obediência diante de situações de
desfavorecimento por meio de expressões
QUESTÃO 134

Se for possível, manda-me dizer:


—É lua cheia. A casa está vazia — Manda-me
dizer, e o paraíso
Há de ficar mais perto, e mais recente Me há de
parecer teu rosto incerto.
Manda-me buscar se tens o dia
Tão longo como a noite. Se é verdade Que sem
mim só vês monotonia.
E se te lembras do brilho das marés De alguns
peixes rosados
Numas águas
E dos meus pés molhados, manda-me dizer:
—É lua nova —
E revestida de luz te volto a ver.

HILST, H. Júbilo, memória, noviciado da paixão. São Paulo: Cia.


das Letras, 2018
134. Falando ao outro, o eu lírico revela-se vocalizando um desejo que remete
ao

a) ceticismo quanto à possibilidade do reencontro.

b) tédio provocado pela distância física do ser amado.

c) sonho de autorrealização desenhado pela memória.

d) julgamento implícito das atitudes de quem se afasta.

e) questionamento sobre o significado do amor ausente.


134. Resolução: “C”

COMENTÁRIO:

O eu lírico expressa o desejo de estar com o ser amado,


momento em que a autorrealização deixaria de ser apenas
sonho revestido por memórias e se concretizaria como o
último verso declarado “E revestida de luz te volto a ver.”
QUESTÃO 135
Intenso e original, Son of Saiu retrata
horror do holocausto

Centenas de filmes sobre o holocausto já


foram produzidos em diversos países do
mundo, mas nenhum é tão intenso como o
húngaro Son of Saul, do estreante em longa-
metragens Lászlô Nemes, vencedor do
Grande Prêmio do Júri no último Festival
de Cannes.

Ao contrário da grande maioria das


produções do gênero, que costuma oferecer
uma variedade de informações didáticas e
não raro cruza diferentes pontos de vista
sobre o horror do campo de concentração, o
filme acompanha apenas um personagem.
QUESTÃO 135

Ele é Saul (Géza Röhrig), um dos


encarregados de conduzir as execuções de
judeus como ele que, por um dia e meio,
luta obsessivamente para que um menino já
morto — que pode ou não ser seu filho —
tenha um enterro digno e não seja
simplesmente incinerado.
O acompanhamento da jornada desse
prisioneiro é no sentido mais literal que o
cinema pode proporcionar: a câmera está o
tempo todo com o personagem, seja por
sobre seus ombros, seja com um close em
primeiro plano ou em sua visão subjetiva,
O que se passa ao seu redor é secundário,
muitas vezes desfocado.
QUESTÃO 135

Saul percorre diferentes divisões de


Auschwilz à procura de um rabino que
possa conduzir o enterro da criança, e por
isso pouco se envolve nos planos de fuga
que os companheiros tramam e, quando o
faz, geralmente atrapalha. “Você
abandonou os vivos para cuidar de um
morto”, acusa um deles.
Ver toda essa via crucis é por vezes duro e
exige certa entrega do espectador, mas
certamente é daquelas experiências
cinematográficas que permanecem na
cabeça por muito tempo.
QUESTÃO 135

O longa já está sendo apontado como o


grande favorito ao Oscar de filme
estrangeiro. Se levar a estatueta,
certamente não faltará quem diga que a
Academia tem uma preferência por quem
aborda a 2.a Guerra. Por mais
que exista uma dose de verdade na
afirmação, premiar uma abordagem tão
ousada e radical como San of Saul não
deixaria de ser um passo à frente dos
votantes.

Carta Capital, n. 873, 22 out. 2015.


135. A resenha é, normalmente, um texto de base argumentativa. Na resenha
do filme Son of Saul, o trecho da sequência argumentativa que se constitui como
opinião implícita é

a) “[...] do estreante em longa-metragens László Nemes, vencedor do Grande


Prêmio do Júri no último Festival de Cannes”.
b) “Ele é Saul (Géza Röhrig), um dos encarregados de conduzir as execuções de
judeus [...]“.
c) “[...] a câmera está o tempo todo com o personagem, seja por sobre seus
ombros, seja com um close [...]“.
d) “Saul percorre diferentes divisões de Auschwitz à procura de um rabino que
possa conduzir o enterro da criança […]”.
e) “[…] premiar uma abordagem tão ousada e radical como Son of Saul não
deixaria de ser um passo à frente dos votantes”.
135. Resolução: “E”

COMENTÁRIO:

Ao afirmar que a abordagem do filme “Son of Saul” foi “tão


ousada e radical”, o emissor assume um ponto de vista
implícito valorativo em relação ao longa- metragem de
László Nemes.
QUESTÃO 136

Sinhá
Se a dona se banhou Eu não
estava lá
Por Deus Nosso Senhor Eu
não olhei Sinhá Estava lá na
roça
Sou de olhar ninguém Não
tenho mais cobiça Nem
enxergo bem

Para que me pôr no tronco


Para que me aleijar
Eu juro a vosmecê Que
nunca vi Sinhá
QUESTÃO 136

[…]
Por que talhar meu corpo Eu não olhei
Sinhá
Para que que vosmincê Meus olhos vai
furar
Eu choro em iorubá
Mas oro por Jesus
Para que que vassuncê
Me tira a luz.

CHICO BUAROUE; JOÃO BOSCO. Chico. Rio de Janeko:


136. No fragmento da letra da canção, o vocabulário empregado e a situação
retratada são relevantes para o patrimônio linguístico e identitário do país, na
medida em que

a) remetem à violência física e simbólica contra os povos escravizados.


b) valorizam as influências da cultura africana sobre a música nacional.
c) relativizam o sincretismo constitutivo das práticas religiosas brasileiras.
d) narram os infortúnios da relação amorosa entre membros de classes sociais
diferentes.
e) problematizam as diferentes visões de mundo na sociedade durante o período
colonial.
136. Resolução: “A”

COMENTÁRIO:

O vocabulário empregado (“Sinhá”, “vosmicê”, “iorubá”,


“vassuncê”) exemplifica o patrimônio linguístico e a
condição subalterna dos escravos. Os versos “Para que me
pôr no tronco”, “Porque talhar meu corpo” e “Meus olhos
vai furar” demonstram a violência praticada contra os
povos escravizados.
QUESTÃO 137

Disponível em www.deskgram.org. Acesso em: 12 dez. 2018 (adaptado).


137. A associação entre o texto verbal e as imagens da garrafa e do cão
configura recurso expressivo que busca

a) estimular denúncias de maus-tratos contra animais.


b) desvincular o conceito de descarte da ideia de negligência.
c) incentivar campanhas de adoção de animais em situação de rua.
d) sensibilizar o público em relação ao abandono de animais domésticos.
e) alertar a população sobre as sanções legais acerca de uma prática criminosa.
137. Resolução: “D”

COMENTÁRIO:

A frase final, na publicidade institucional, “Abandono é


crime” ratifica o conteúdo do texto verbal e o do não
verbal que buscam atingir a sensibilidade do público para
que não se abandonem animais de estimação.
QUESTÃO 138

HENFIL. Disponível em: https://medium.com. Acesso em: 29 out. 2018 (adaptado).


138. Nessa tirinha, produzida na década de 1970, os recursos verbais e não
verbais sinalizam a finalidade de

a) reforçar a luta por direitos civis.

b) explicitar a autonomia feminina.

c) ironizar as condições de igualdade.

d) estimular a abdicação da vida social.

e) criticar as obrigações da maternidade.


138. Resolução: “E”

COMENTÁRIO:

Na tirinha de Henfil, os recursos verbais e não verbais


criticam as obrigações atribuídas à maternidade, pois a
personagem enumera as renúncias sociais que a mulher terá
de fazer quando tiver o filho.
QUESTÃO 139 A crise dos refugiados imortalizada para
sempre no fundo do mar

TAYLOR, J. C. A balsa de Lampedusa. lnstalação. Museu Atlântico, Lanzarote,


Canárias, 2016 (detalhe).
QUESTÃO 139 A balsa de Lampedusa, nome da obra do artista
britânico Jáson de Caires Taylor, é uma das
instalações criadas por ele para compor o
acervo do primeiro museu submarino da
Europa, o Museu Atlântico, localizado em
Lanzarote, uma das ilhas do arquipélago das
Canárias.
Lampedusa é o nome da ilha italiana onde a
grande maioria dos refugiados que saem da
África ou de países como Síria, Líbano e Iraque
tenta chegar para conseguir asilo no continente
europeu.
As esculturas do Museu Atlântico ficam a 14
metros de profundidade nas águas cristalinas de
Lanzarote.
Na balsa, estão dez pessoas. Todas têm no rosto
a expressão do abandono. Entre elas, há
algumas crianças.
Uma delas, uma menina debruçada sobre a
beira do bote, olha sem esperança o horizonte.
A imagem é tão forte que dispensa qualquer
palavra. Exatamente o papel da arte.

Disponível em: http://conexaoplaneta.com.br. Acesso em: 22 jun. 2019 (adaptado).


139. Além de apresentar ao público a obra A balsa de Lampedusa, essa
reportagem cumpre, paralelamente, a função de chamar a atenção para

a) a ilha de Lanzarote, localizada no arquipélago das Canárias, com vocação para


o turismo.
b) as muitas vidas perdidas nas travessias marítimas em embarcações precárias
ao longo dos séculos.
c) a inovação relativa à construção de um museu no fundo do mar, que só pode
ser visitado por mergulhadores.
d) a construção do museu submarino como um memorial para as centenas de
imigrantes mortos nas travessias pelo mar.
e) a arte como perpetuadora de episódios marcantes da humanidade que têm de
ser relembrados para que não tornem a acontecer.
139. Resolução: “E”

COMENTÁRIO:

A reportagem sobre a obra A balsa de Lampeduza, além de


fazer um comentário sobre a escultura, cumpre,
paralelamente, a função de chamar a atenção para a arte como
perpetuadora de episódios marcantes e trágicos da
humanidade que têm de ser relembrados para que não tornem
a acontecer, como aponta o título do texto “A crise dos
refugiados imortalizada para sempre no fundo do mar”.
QUESTÃO 140

Disponível em: https://g1.globo.com Acesso em: 10 jun. 2019 (adaptado).


140. No texto, os recursos verbais e não verbais empregados têm por objetivo

a) divulgar informações científicas sobre o uso indiscriminado de


aparelhos celulares.
b) influenciar o leitor a mudar atitudes e hábitos considerados prejudiciais às
crianças.
c) relacionar o uso da tecnologia aos efeitos decorrentes da falta de exercícios físicos.
d) indicar medidas eficazes para desestimular utilização de telefones pelo público
infantil.
e) sugerir aos pais e responsáveis a substituição de dispositivos móveis por atividades
lúdicas.
140. Resolução: “B”

COMENTÁRIO:

Os recursos verbais e não verbais empregados no texto têm


por objetivo influenciar o leitor a mudar atitudes e hábitos
considerados prejudiciais às crianças, como demonstra o
infográfico.
QUESTÃO 141

Singular ocorrência
—Há ocorrências bem singulares.
Está vendo aquela dama que vai
entrando na igreja da Cruz?
Parou agora no quadro para dar
uma esmola.
—De preto?
—Justamente; lá vai entrando;
entrou.
—Não ponha mais na carta. Esse
olhar está dizendo que a dama é
uma recordação de outro tempo, e
não há de ser muito tempo, a
julgar pelo corpo: é moça de truz.
—Deve ter quarenta e seis anos.
QUESTÃO 141
—Ah! conservada. Vamos lá; deixe de
olhar para o chão e conte-me tudo. Está
viúva, naturalmente?
—Não.
—Bem; o marido ainda vive. É velho?
—Não é casada.
—Solteira?
—Assim, assim. Deve chamar-se hoje D.
Maria de tal. Em 1860 florescia com o
nome familiar de Marocas. Não era
costureira, nem proprietária, nem
mestra de meninas; vá excluindo as
profissões e chegará lá. Morava na Rua
do Sacramento. Já então era esbelta, e,
seguramente, mais linda do que hoje;
modos sérios, linguagem limpa.

ASSIS, M. Machado de Assis: seus 30 melhores contos,


Rio de Janeiro: Aguillar, 1961.
141. No diálogo, descortinam-se aspectos da condição da mulher em meados do
século XIX. O ponto de vista dos personagens manifesta conceitos segundo os
quais a mulher

a) encontra um modo de dignificar-se na prática da caridade.


b) preserva a aparência jovem conforme seu estilo de vida.

c) condiciona seu bem-estar à estabilidade do casamento.


d) tem sua identidade e seu lugar referendados pelo homem.

e) renuncia à sua participação no mercado de trabalho.


141. Resolução: “D”

COMENTÁRIO:

As duas personagens que dialogam, na descrição da figura


feminina, orientam-se pelo estado civil dela – se é casada,
viúva ou solteira. Dessa forma, a identidade que essa
mulher possui, assim como o lugar que ocupa na sociedade
são “referendados pelo homem”.
QUESTÃO 142

Que tal transformar a internet em


palco para a dança?
QUESTÃO 142

O coreógrafo e bailarino Didier Mulleras se destaca como um dos criadores


que descobriram a dança de outro ponto de vista. Mini@tures é uma experiência
emblemática entre movimento, computador, internet e vídeo. Com os recursos da
computação gráfica, a dança das miniaturas pode caber na palma da mão. Pelo fato
de usar a internet como palco, o processo de criação das miniaturas de dança levou
em consideração os limites de tempo de download e o tamanho de arquivo, para
que um número maior de “espectadores” pudesse assistir. A graça das miniaturas,
está justamente na contaminação entre mídias: corpo/dança/computação
gráfica/internet.
De fato, é a rede que faz a maior diferença nesse grupo. Mini@tures explora
uma nova dimensão que descobre o espaço-tempo da web e conquista um novo
território para a dança contemporânea. A qualquer hora, dança on-line.

SPANGHERO, M. A dança dos encéfalos acesos. São Paulo: Itaú Cultural, 2003 (adaptado).
142. Considerado o primeiro projeto de dança contemporânea concebido para a
rede, esse trabalho á apresentado como inovador por

a) adotar uma perspectiva conceitual como contraposição à tradição de grandes


espetáculos.
b) criar novas formas de financiamento ao utilizar a internet para divulgação das
apresentações.
c) privilegiar movimentos gerados por computação gráfica, com a substituição
do palco pela tela.
d) produzir uma arte multimodal, com o intuito de ampliar as possibilidades de
expressão estética.
e) redefinir a extensão e o propósito do espetáculo para adaptá-lo ao perfil de
diferentes usuários.
142. Resolução: “D”

COMENTÁRIO:

Mini@tures é uma experiência artística que incorpora


elementos do movimento (dança), computação, internet,
vídeo, processo qualificado como “contaminação entre
mídias”. Trata-se, portanto, de um trabalho de “arte
multimodal” capaz de ampliar as possibilidades de
sincretismo de modos de expressão estética.
QUESTÃO 143

TEXTO I

O mito da estiagem em São Paulo

Os estoques de água doce são inesgotáveis, na medida em que são


alimentados principalmente pelos oceanos, infinitos via evaporação e
precipitação, ou seja, pelo ciclo hidrológico, que depende de forças físicas as
quais o homem nunca poderá interromper. Enquanto existirem, o ciclo
funcionará e os estoques de água doce nos continentes serão repostos
indefinidamente.
Obviamente que a água não se distribui equitativa- mente pelo planeta. Há
regiões com muita água, normalmente na zona tropical, na qual a evaporação é
maior, e regiões áridas, onde, por razões específicas da dinâmica climática, as
taxas de evaporação são maiores do que a precipitação, gerando déficit de
reposição de estoques de água doce.
QUESTÃO 143

TEXTO II
O processo de sedimentação no fundo do lago de um reservatório é um
processo lento. Os sedimentos vão formando argila, que é uma rocha
impermeável.
Então, a água daquele lago não vai alimentar os aquíferos. Mesmo tendo
muita quantidade de água superficial, ela não consegue penetrar no solo para
alimentar os aquíferos. Se não for usada no consumo, ela vai simplesmente
evaporar e vai cair em outro lugar, levada pelas correntes aéreas. Isso é outro
motivo pelo qual os aquíferos não conseguem recuperar seu nível, porque não
recebem água.

Disponível em: www.jornalopcao.com.br Acesso em 17 jan 2015 (adaptado).


143. Os textos I e II abordam a situação dos reservatórios de água doce do
planeta. Entretanto, a divergência entre eles está na ideia de que é possível

a) manter os estoques de água doce.

b) utilizar a água superficial para o consumo.

c) repor os estoques de água doce em regiões áridas.

d) reduzir as taxas de precipitação e evaporação da água.


e) equalizar a distribuição de água doce nas diferentes regiões.
143. Resolução: “A”

COMENTÁRIO:

O texto I defende a ideia de que “os estoques de água doce


são inesgotáveis”, pois estão subordinados ao “ciclo
hidrológico”, que não pode ser alterado pelo homem. O texto
II apresenta ideia discordante: se a água não desaparece no
planeta, pode, no entanto, deslocar-se e se depositar em
outras partes do globo, o que indica um comprometimento na
manutenção do seu estoque.
QUESTÃO 144

Reaprender a ler notícias

Não dá mais para ler um jornal, revista ou assistir a um telejornal


da mesma forma que fazíamos até o surgimento da rede mundial de
computadores.
O Observatório da Imprensa antecipou isso lá nos idos de 1996
quando cunhou o slogan “Você nunca mais vai ler jornal do mesmo jeito”. De
fato, hoje já não basta mais ler o que está escrito ou falado para estar bem
informado.
É preciso conhecer as entrelinhas e saber que não há objetividade e
nem isenção absolutas, porque cada ser humano vê o mundo de uma forma
diferente. Ter um pé atrás passou a ser a regra básica número um de quem
passa os olhos por uma primeira página, capa de revista ou chamadas de um
noticiário na IV.
QUESTÃO 144

Há uma diferença importante entre desconfiar de tudo e procurar ver o


maior número possível de lados de um mesmo fato, dado ou evento. Apenas
desconfiar não resolve porque se trata de uma atitude passiva. É claro, tudo
começa com a dúvida, mas a partir dela é necessário ser proativo, ou seja,
investigar, estudar, procurar os elementos ocultos que sempre existem numa
notícia. No começo é um esforço solitário que pode se tornar coletivo à medida
que mais pessoas descobrem sua vulnerabilidade informativa.

Disponível em: www.observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em 30 set. 2015 (adaptado).


144. No texto, os argumentos apresentados permitem inferir que o objetivo do
autor é convencer os leitores a

a) buscarem fontes de informação comprometidas com a verdade.


b) privilegiarem notícias veiculadas em jornais de grande circulação.
c) adotarem uma postura crítica em relação às informações recebidas.
d) questionarem a prática jornalística anterior ao surgimento da internet.
e) valorizarem reportagens redigidas com imparcialidade diante dos fatos.
144. Resolução: “C”

COMENTÁRIO:

Ao afirmar que “é preciso conhecer as entrelinhas e saber


que não há objetividade e nem isenção absolutas”, o autor
tem por objetivo convencer os leitores a desenvolverem
uma postura crítica em relação às informações recebidas.
QUESTÃO 145

Não que Pelino fosse químico, longe disso; mas era sábio, era
gramático. Ninguém escrevia em Tubiacanga que não levasse bordoada do
Capitão Pelino, e mesmo quando se falava em algum homem notável lá no
Rio, ele não deixava de dizer: “Não há dúvida! O homem tem talento, mas
escreve: ‘um outro’, ‘de resto’...” E contraía os lábios como se tivesse
engolido alguma cousa amarga.
Toda a vila de Tubiacanga acostumou-se a respeitar o solene Pelino,
que corrigia e emendava as maiores glórias nacionais. Um sábio...
QUESTÃO 145

Ao entardecer, depois de ler um pouco o Sotero, o Candido de Figueiredo ou o


Castro Lopes, e de ter passado mais uma vez a tintura nos cabelos, o velho mestre-
escola saía vagarosamente de casa, muito abotoa- do no seu paletó de brim mineiro, e
encaminhava-se para a botica do Bastos a dar dous dedos de prosa. Conversar é um
modo de dizer, porque era Pelino avaro de palavras, limitando-se tão-somente a
ouvir. Quando, porém, dos lábios de alguém escapava a menor incorreção de
linguagem, intervinha e emendava. “Eu asseguro, dizia o agente do Correio, que…”
Por aí, o mestre-escola intervinha com mansuetude evangélica: “Não diga ‘asseguro’,
Senhor Bernardes; em português é garanto”.
E a conversa continuava depois da emenda, para ser de novo interrompida por
uma outra. Por essas e outras, houve muitos palestradores que se afastaram, mas
Pelino, indiferente, seguro dos seus deveres, continuava o seu apostolado de
vernaculismo.

BARRETO, L. A Nova Califórnia. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 24 jul. 2019.
145. Do ponto de vista linguístico, a defesa da norma-padrão pelo personagem
caracteriza-se por

a) contestar o ensino de regras em detrimento do conteúdo das informações.


b) resgatar valores patrióticos relacionados às tradições da língua portuguesa.
c) adotar uma perspectiva complacente em relação aos desvios gramaticais.
d) invalidar os usos da língua pautados pelos preceitos da gramática normativa.
e) desconsiderar diferentes níveis de formalidade nas situações de comunicação.
145. Resolução: “E”

COMENTÁRIO:

O personagem Pelino funciona como uma caricatura ao


purismo linguístico que desconsidera os diferentes níveis de
formalidade que marcam as situações de comunicação.
QUESTÃO 146

A história do futebol brasileiro contém, ao longo de um século, registros de


episódios racistas. Eis o paradoxo: se, de um lado, a atividade futebolística era
depreciada aos olhos da “boa sociedade” como profissão destinada aos pobres,
negros e marginais, de outro, achava-se investida do poder de representar e
projetara nação em escala mundial. A Copa do Mundo no Brasil, em 1950, viria a se
constituir, nesse sentido, em uma rara oportunidade. Contudo, na decisão contra o
Uruguai sobreveio o inesperado revés. As crônicas esportivas elegiam o goleiro
Barbosa e o defensor Bigode como bodes expiatórios, “descarregando nas costas” dos
jogadores os “prejuízos’ da derrota. Uma chibata moral, eis a sentença proferida no
tribunal dos brancos. Nos anos 1970, por não atender às expectativas normativas
suscitadas pelo estereótipo do “bom negro”, Paulo César Lima foi classificado como
“jogador-problema”. Ele esboçava a revolta da chibata no futebol brasileiro.
QUESTÃO 146

Enquanto Barbosa e Bigode, sem alternativa, suportaram o linchamento moral


na derrota de 1950, Paulo César contra-atacava os que pretendiam condená-lo pelo
insucesso de 1974. O jogador assumia as cores e as causas defendidas pela esquadra
dos pretos em todas as esferas da vida social. “Sinto na pele esse racismo
subjacente”, revelou à imprensa francesa: Isto é, ninguém ousa pronunciar a
palavra ‘racismo’. Mas posso garantir que ele existe, mesmo na Seleção Brasileira”.
Sua ousadia consistiu em pronunciar a palavra interdita no espaço simbólico do
discurso oficial para reafirmar o mito da democracia racial.
Disponível em: https://observatorioracialfutebol.com.br. Acesso em: 22 jun. 2019 (adaptado).
146. O texto atribui o enfraquecimento do mito da democracia racial no futebol à

a) responsabilização de jogadores negros pela derrota na final da Copa de 1950.


b) projeção mundial da nação por um esporte antes destinado aos pobres.

c) depreciação de um esporte associado à marginal idade.

d) interdição da palavra “racismo” no contexto esportivo.

e) atitude contestadora de um “jogador-problema”.


146. Resolução: “E”

COMENTÁRIO:

A declaração de Paulo César, “jogador-problema”, “sinto na


pele esse racismo subjacente”, além de mostrar uma
atitude contestadora, derruba o mito da democracia racial
no Brasil.
QUESTÃO 147

MEIRELLES, V. Moema. Óleo sobre tela, 129 cm x 190 cm.


Masp, São Paulo, 1866.
Disponível em: www.masp.art.br. Acesso em: 13 ago. 2012 (adaptado).
147 Nessa obra, que retrata uma cena de Caramuru, célebre poema épico
brasileiro, a filiação à estética romântica manifesta-se na

a) exaltação do retrato fiel da beleza feminina.

b) tematização da fragilidade humana diante da morte.

c) ressignificação de obras do cânone literário nacional.

d) representação dramática e idealizada do corpo da índia.


e) oposição entre a condição humana e a natureza primitiva.
147. Resolução: “D”

COMENTÁRIO:

O quadro Moema, do pintor brasileiro Victor Meireles, retrata


a morte da personagem homônima da obra Caramuru, do Frei
Santa Rita Durão. No poema, Moema morre afogada ao tentar
alcançar o navio em que se encontra o homem amado. No
quadro em questão, a morte da personagem é representada
de forma “dramática”, como se pode verificar pela
disposição de seu corpo, e “idealizada”, pela beleza de sua
imagem mesmo após a morte trágica.
QUESTÃO 148

Coincidindo com o Dia Internacional dos Direitos da Infância, foram


apresentados diversos trabalhos que mostram as mudanças que afetam a vida das
crianças. Um desses estudos compara o que sonham e brincam as crianças hoje em
relação às dos anos 1990. E o que se descobriu é que as crianças têm agora menos
lazer e estão mais sobrecarregadas por deveres e atividades extracurriculares do que
as de 25 anos atrás. As crianças de hoje não só dedicam menos tempo para brincar,
como também, quando brincam, a maioria não o faz com outras crianças no parque,
na rua ou na praça, mas em casa e muitas vezes sozinhas. E já não brincam tanto com
brinquedos, mas com aparelhos eletrônicos, entre os quais predomina o jogo
individual com a máquina.

OLIVA, M. P. O direto das crianças ao lazer... e a crescer sem carências. El Pais, 20 nov. 2015 (adaptado).
148. O texto indica que as transformações nas experiências lúdicas na infância

a) fomentaram as relações sociais entre as crianças.


b) tomaram o lazer uma prática difundida entre as crianças.
c) incentivaram a criação de novos espaços para se divertir.

d) promoveram uma vivência corporal menos ativa.


e) contribuíram para o aumento do tempo dedicado para brincar.
148. Resolução: “D”

COMENTÁRIO:

O texto apresenta a mudança no comportamento infantil em


relação ao lúdico, ao brincar. Segundo as informações
apresentadas, as crianças de hoje estão “sobrecarregadas
por deveres e atividades extracurriculares”, não têm,
portanto, “tempo para brincar” e nem vão a “parques, ruas
ou praças”, dedicados ao lazer. Logo, elas ficam restritas ao
âmbito doméstico e ao entretenimento com “aparelhos
eletrônicos”, resultando em “uma vivência corporal menos
ativa”.
QUESTÃO 149

TEXTO I

Correu à sala dos retratos, abriu o piano, sentou-se e espalmou as mãos no


teclado. Começou a tocar alguma coisa própria, uma inspiração real e pronta,
uma polca, uma polca buliçosa, como dizem os anúncios. Nenhuma repulsa da
parte do compositor; os dedos iam arrancando as notas, ligando-as, meneando-as;
dir-se-ia que a musa compunha e bailava a um tempo. [...] Compunha só,
teclando ou escrevendo, sem os vãos esforços da véspera, sem exasperação, sem
nada pedir ao céu, sem interrogar os olhos de Mozart. Nenhum tédio. Vida, graça,
novidade, escorriam-lhe da alma como de uma fonte perene.

ASSIS, M. Um homem célebre. Disponível em: www.biblio.com.br. Acesso em: 2 jun. 2019.
QUESTÃO 149

Texto II

Um homem célebre expõe o suplício do músico popular que busca atingir a


sublimidade da obra-prima clássica, e com ela a galeria dos imortais, mas que é
traído por uma disposição interior incontrolável que o empurra
implacavelmente na direção oposta. Pestana, célebre nos saraus, salões, bailes e
ruas do Rio de Janeiro por suas composições irresistivelmente dançantes,
esconde-se dos rumores à sua volta num quarto povoado de ícones da grande
música europeia, mergulha nas sonatas do classicismo vienense, prepara-se para
o supremo salto criativo e, quando dá por si, é o autor de mais uma inelutável e
saltitante polca.

WISNIK. J. M. Machado maxixe: o caso Pestana. Teresa: revista de literatura brasileira, 2004 (adaptado).
149. O conto de Machado de Assis faz uma referência velada ao maxixe, gênero
musical inicialmente associado à escravidão e à mestiçagem. No Texto II, o
conflito do personagem em compor obras do gênero é representativo da

a) pouca complexidade musical das composições ajustadas ao gosto do grande


público.
b) prevalência de referências musicais africanas no imaginário da população
brasileira.
c) incipiente atribuição de prestígio social a músicas instrumentais feitas para a
dança.
d) tensa relação entre o erudito e o popular na constituição da música brasileira.
e) importância atribuída à música clássica na sociedade brasileira do século XIX.
149. Resolução: “D”

COMENTÁRIO:

A música popular, a polca, não era o ideal almejado por


Pestana, mas a sua inspiração o levava a contragosto a
compor esse tipo de música. Isso o angustia, pois ele preferia
ser compositor clássico inferior a famoso e importante autor
de maxixe, música sem prestígio intelectual, mas preferida
pelo povo.
QUESTÃO 150

Devagar, devagarinho

Desacelerar é preciso. Acelerar não é preciso. Afobados e


voltados para o próprio umbigo, operamos, automatizados, falas robóticas
e silêncios glaciais. Ilustra bem esse estado de espírito a música Sinal
fechado (1969), de Paulinho da Viola. Trata-se da história de dois sujeitos
que se encontram inesperadamente em um sinal de trânsito. A conversa
entre ambos, porém, se deu rápida e rasteira. Logo, os personagens se
despedem, com a promessa de se verem em outra oportunidade. Percebe-
se um registro de comunicação vazia e superficial, cuja tônica foi o
contato ligeiro e superficial construído pelos interlocutores: “Olá, como
vai? / Eu vou indo, e você, tudo bem? / Tudo bem, eu vou indo correndo, /
pegar meu lugar no futuro. E você? / Tudo bem, eu vou indo em busca de
um sono / tranquilo, quem sabe? / Quanto tempo... / Pois é, quanto
tempo... / Me perdoe a pressa / é a alma dos nossos negócios... / Oh! Não
tem de quê. / Eu também só ando a cem”.
QUESTÃO 150

O culto à velocidade, no contexto apresentado, se coloca como fruto de um


imediatismo processual que celebra o alcance dos fins sem dimensionar a qualidade
dos meios necessários para atingir determinado propósito. Tal conjuntura favorece
a lei do menor esforço — a comodidade — e prejudica a lei do maior esforço — a
dignidade.
Como modelo alternativo à cultura fast, temos o movimento slow life, cujo
propósito, resumidamente, é conscientizar as pessoas de que a pressa é inimiga da
perfeição e do prazer, buscando assim reeducar seus sentidos para desfrutar
melhor os sabores da vida.

SILVA, M. F. L. Boletim UFMG, n. 1 749, set. 2011 (adaptado).


150. Nesse artigo de opinião, a apresentação da letra da canção Sinal fechado é
uma estratégia argumentativa que visa sensibilizar o leitor porque

a) adverte sobre os riscos que o ritmo acelerado da vida oferece.


b) exemplifica o fato criticado no texto com uma situação concreta.
c) contrapõe situações de aceleração e de serenidade na vida das pessoas.
d) questiona o clichê sobre a rapidez e a aceleração da vida moderna.
e) apresenta soluções para a cultura da correria que as pessoas vivenciam hoje.15
150. Resolução: “B”

COMENTÁRIO:

O texto “Devagar, devagarinho” argumenta sobre o modo


como a cultura do fast está presente em nossa sociedade. Para
ilustrar esse posicionamento, é apresentado um diálogo entre
dois sujeitos, presentes na canção “Sinal Fechado” de Paulinho
da Viola, que conversam de maneira fortuita, entrecortada e
rápida num farol de trânsito, ilustrativa dos argumentos do
texto.
QUESTÃO 151

O documentário O menino que fez um museu, direção de Sérgio Utsch,


produção independente de brasileiros e britânicos, gravado no Nordeste em 2016,
mais precisamente no distrito Dom Quintino, zona rural do Crato, foi premiado
em Londres, pela Foreign Press Association (FPA), a associação de
correspondentes estrangeiros mais antiga do mundo, fundada em 1888.
De acordo com o diretor, O menino que fez um museu foi o único trabalho
produzido por equipes fora do eixo Estados Unidos-Europa entre os finalistas. O
documentário conta a história de um Brasil profundo, desconhecido até mesmo
por muitos brasileiros. É apresentado com o carisma de Pedro Lucas Feitosa, 11
anos.
Quando tinha 10 anos, Pedro Lucas criou o Museu de Luiz Gonzaga, que
fica no distrito de Dom Quintino. A ideia surgiu após uma visita que o garoto
fez, em 2013, quando tinha 8 anos, ao Museu do Gonzagão, em Exu,
Pernambuco. Pedro decidiu criar o próprio lugar de exposição para
homenagear o rei e o local escolhido foi a casa da sua bisavó já falecida, que fica
ao lado da casa dele, na rua Alto de Antena.

Disponível em: www.opovo.com.br. Acesso em: 18 abr. 2018.


151. No segundo parágrafo, uma citação afirma que o documentário “foi o único
trabalho produzido por equipes fora do eixo Estados Unidos-Europa entre os
finalistas”. No texto, esse recurso expressa uma estratégia argumentativa que
reforça a

a) originalidade da iniciativa de homenagem á vida e à obra de Luiz Gonzaga.


b) falta de concorrentes ao prêmio de uma das associações mais antigas do mundo.
c) proeza da premiação de uma história ambientada no interior do Nordeste
brasileiro.
d) escassez de investimentos para a produção cinematográfica
independente no país.
e) importância da parceria entre brasileiros e britânicos para a realização das
filmagens.
151. Resolução: “C”

COMENTÁRIO:

No segundo parágrafo, ao mencionar que o documentário O


menino que fez um museu “foi o único trabalho produzido por
equipes fora do eixo Estados Unidos-Europa entre os
finalistas”, evidencia-se, no texto, como estratégia
argumentativa, a façanha de tal premiação, uma vez que se
trata de uma história ambientada no interior do Nordeste do
Brasil.
A volta do marido pródigo
QUESTÃO 152 —Bom dia, seu Marrinha! Como
passou de ontem?
—Bem. Já sabe, não é? Só ganha meio
dia. [...] Lá além, Generoso cotuca
Tercino:
—[...]Vai em festa, dorme que-horas,
e, quando chega, ainda é todo
enfeitado e salamistrão!...
—Que é que hei de fazer, seu
Marrinha... Amanheci com uma
nevralgia... Fiquei com cisma de
apanhar friagem...
—Hum...
—Mas o senhor vai ver como eu toco o
meu serviço e ainda faço este povo
trabalhar...
[...]
Pintão suou para desprender um
pedrouço, e teve de pular para trás,
para que a laje lhe não esmagasse um
pé. Pragueja:
QUESTÃO 152

—Quem não tem brio engorda!


—É... Esse sujeito só é isso, e mais isso... —
opina Sidu.
—Também, tudo p’ra ele sai bom, e no fim
dá certo...
— diz Correia, suspirando e retomando o
enxadão. — “P’ra uns, as vacas morrem ...
p’ra outros até boi pega a parir...”.
Seu Marra já concordou:
— Está bem, seu Laio, por hoje, como foi por
doença, eu aponto o dia todo. Que é a
última vez!... E agora, deixa de conversa
fiada e vai pegando a ferramenta!

ROSA, J. G. Sagarana. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967.


152. Esse texto tem importância singular como patrimônio linguístico para a
preservação da cultura nacional devido

a) à menção a enfermidades que indicam falta de cuidado pessoal.


b) à referência a profissões já extintas que caracterizam a vida no campo.
c) aos nomes de personagens que acentuam aspectos de sua personalidade.
d) ao emprego de ditados populares que resgatam memórias e saberes coletivos.
e) às descrições de costumes regionais que desmistificam crenças e superstições.
152. Resolução: “D”

COMENTÁRIO:

O trecho do conto “A volta do marido pródigo”, de Guimarães


Rosa, evidencia o uso do seguinte ditado popular: “P’ra uns,
as vacas morrem ... p’ra outros até boi pega a parir...”. A fala
destacada pertence ao patrimônio cultural linguístico
brasileiro e tem a função de difundir “memórias e saberes
coletivos” como se nota também em “Quem não tem brio
engorda!”
QUESTÃO 153

Um asteroide de cerca de um mil metros de diâmetro, viajando a 288 mil


quilômetros por hora, passou a uma distância insignificante — em termos cósmicos
— da Terra, pouco mais do dobro da distância que nos separa da Lua. Segundo os
cálculos matemáticos, o asteroide cruzou a órbita da Terra e somente não colidiu
porque ela não estava naquele ponto de interseção. Se ele tivesse sido capturado
pelo campo gravitacional do nosso planeta e colidido, o impacto equivaleria a 40
bilhões de toneladas de TNT, ou o equivalente à explosão de 40 mil bombas de
hidrogênio, conforme calcularam os computadores operados pelos astrônomos do
programa de Exploração do Sistema Solar da Nasa; se caísse no continente, abriria
uma cratera de cinco quilômetros, no mínimo, e destruiria tudo o que houvesse
num raio de milhares de outros; se desabasse no oceano, provocaria maremotos
que devastariam imensas regiões costeiras. Enfim, uma visão do Apocalipse.

Disponível em: http://bdjur.stj.jus.br. Acesso em: 23 abr. 2010


153. Qual estratégia caracteriza o texto como uma notícia alarmante?

a) A descrição da velocidade do asteroide.

b) A recorrência de formulações hipotéticas.

c) A referência à opinião dos astrônomos.

d) A utilização da locução adverbial “no mínimo”.

e) A comparação com a distância da Lua à Terra.


153. Resolução: “B”

COMENTÁRIO:

O cenário assustador, caso o asteroide colidisse com a Terra,


aparece nas orações iniciadas pela conjunção subordinativa
“se”: “se ele tivesse sido capturado pelo campo gravitacional
do nosso planeta e colidido, o impacto equivaleria a 40
bilhões de toneladas de TNT”; “se caísse no continente,
abriria uma cratera de cinco quilômetros, no mínimo, e
destruiria tudo”; “se desabasse no oceano, provocaria
maremotos”. Observar também o uso do pretérito imperfeito
do subjuntivo e do futuro do pretérito do indicativo, que
corroboram o caráter hipotético.
QUESTÃO 154 A draga
A gente não sabia se aquela draga
tinha nascido ali, no Porto, como
um pé de árvore ou uma duna.
— E que fosse uma casa de peixes?
Meia dúzia de loucos e bêbados
moravam dentro dela, enraizados
em suas ferragens.
Dos viventes da draga era um o
meu amigo Mário- pega-sapo.
[...]
Quando Mário morreu, um
literato oficial, em necrológio
caprichado, chamou-o de Mário-
Captura- Sapo! Ai que dor!
Ao literato cujo fazia-lhe nojo a
forma coloquial. Queria captura
em vez de pega para não macular
(sic)
a língua nacional lá dele...
Da velha draga
QUESTÃO 154

Abrigo de vagabundos e de bêbados, restaram as


expressões: estar na draga, viver na draga por estar sem

dinheiro, viver na miséria


Que ora ofereço ao filólogo Aurélio Buarque de
Hollanda
Para que as registre em seus léxicos Pois que o povo já
as registrou.

BARROS, M. Gramática expositiva do chão: poesia quase toda. Rio de


Janeiro. Civilização Brasileira, 1990 (fragmento).
154. Ao criticar o preciosismo linguístico do literato e ao sugerir a dicionarização
de expressões locais, o poeta expressa uma concepção de língua que

a) contrapõe características da escrita e da fala.

b) ironiza a comunicação fora da norma-padrão.

c) substitui regionalismos por registros formais.

d) valoriza o uso de variedades populares.

e) defende novas regras gramaticais.


154. Resolução: “D”

COMENTÁRIO:

Mário-Pega-Sapo foi homenageado em um necrológio por um


literato oficial, que alterou seu nome para Mário-Captura-
Sapo por defender a norma culta. Esse fato desagradou ao
narrador, amigo do morto, por ser favorável ao uso da
linguagem coloquial. Ele chega a sugerir que o filólogo
Aurélio Buarque de Hollanda registre, em seus dicionários,
estruturas linguísticas consagradas pelo uso popular.
QUESTÃO 155
155. No cartum, a crítica está no fato de a sociedade exigir do
adolescente que

a)se aposente prematuramente.


b)amadureça precocemente.
c)estude aplicadamente.
d)se forme rapidamente.
e)ouça atentamente.
155. Resolução: “B”

COMENTÁRIO:

A crítica expressa no cartum está no fato de a sociedade exigir do


adolescente que amadureça precocemente. *rate: ritmo *eligible: apto,
elegível
QUESTÃO 156
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QUESTÃO 212
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QUESTÃO 215
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