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ico
S
rIa os
inh
em

Quadrinhos
Alternativos
Weaver Lima, Débora Santos e Sirlanney
1. Introdução
ber
en o( a) pa da w an, você quer sa
Peraí, pequ ouviu fa-
qu ad rin ho s alternativos? Já
o que sã o se faz
pu bl ic aç ão ? Q uer saber como
lar em auto r que seu
pe nd en te s e como consegui
HQs in de leitores?
ira aa aa do ch eg ue nas mãos dos de
trabalho
lu ga r ce rt o: no Curso Básico
Você está no rinhos! O fascíc
ulo é esse
ri as em Q u ad ltar ao
Histó ar dele e quiser vo
se vo cê go st
mesmo. E al Especial, se
ss ad o, ba st a ac essar o seu Can lugar do
pa TE de qualquer
r G RA TU IT A M EN nº 1,
inscreve cê ch ega na estação
cl iq ue vo
país, e num fascículos e
m ec in ho , lendo todos os
desd e o co almente
a to da s vi de oa ulas feitas especi
assistindo mais
e é fe ra e qu er sempre saber
para você qu
SE AGORA!
sobre HQs. ACES

f d r .o r g .b r / u a n e
/hqceara

98
2. QUADRINHO

D E P E N D E N T E
IN Os quadri n h o s in d e p e n
por Weaver Lima

dentes primam
pela cria-
manei-
q u a d ri n h o s va m q u e e xi stem inúmeras m
s sé ri e s m a is famosas de é d ia s e ti vidade e nos p
ro
ri a s g ra fica m ente, e que ne
Além d a o por m r his tó nitinho”,
p o r g ra ndes (ou mesm cilmente nas ras de se conta p re ci sa ser aquele “bo
lança d a s fa sempre o dese
n h o dese-
s) e d it o ra s, encontradas d e q u a - se q u e r é n e cessário saber
pequen a çã o e vés
ra ri a s, e xi st e uma produ p is ta ” , re dondinho, qu m a H Q , p o r exemplo, atra
bancas e liv “em outra criar u qualquer
u e ci rc u la à margem, d ri n h o s nhar. Pode-se e n s. Is so quer dizer que
drinh o s q q u a la g e fa-
e m . S ã o o s chamados de recortes e co ntrar sua própria maneira d
como d iz er
e n te s . o B ra si l p e ssoa pode enco , claro! Basta se desprend
independ títulos são lança
dos aqui n zer quadrinho
s? Sim
e encontrar u
ma ma-
r an o , vá ri o s , n ão sã o d i- co n ve n ci o n a is ante
Po
ár io d o q u e muitos pensam pouco de dos modelos lm e n te , o a g rade. O import
e, ao con tr asta ter um cipa almente
re m encontrados. B o s al ém neira que, prin ri n h o seja algo re
is d e se u ad rin h q u a d o que
fíce
e d e co n h ecer outros q p ec ia liz a- é que o seu e st o a o s se us anseios, alg
curiosid ad jas es o n ito
n ci o n ai s e p rocurar em lo u co m ic s eu, que seja h cê a cr e d it e . Esse é o espír
dos conve , gibitecas o o represente,
que vo
d e q u ad rin hos (revistarias d ep en d en te s o u
ç ã o independen
te.
das açõ es in da p ro d u
as de public
shops), em feir e d istâ nci a.
es” d
a “alguns cliqu mercial
ifer en te d o quadrinho co
D as e
equar às norm
que busca se ad , o quadrinho
cado
modas do mer
se caracteriza,
independente -
, pela vonta
principalmente
autores em
de de seus
róprios per-
criar seus p r
desenvolve
sonagens e e u m a
ata-se d
histórias. Tr p es -
forte carga
produção com o
al , o n d e se percebe a visã
so res.
e seus criado
de mundo d o
quadrinhos sã
Muitos desses o-
to b io g rá fi co s, questionad
au ras
lesmente, ob
res, ou simp sa-
uzidas prazero
artísticas prod
tal liberdade.
mente com to

99
sores
2.1. Precur
inhos
dos quadr america-
tes rgiu na década
o quadrinista
independinedn
xt o q u e
Foi nesse co n te
2 lançou a revist
a Zap Comix,
ert Crumb meio dos
ependente su
O quadrinho o p a ss ava no Rob d iv is o r de águas no
m u n d
que se torna ri a u m tipo de
6 0 , n o s E st a dos Unidos. O e a s re vi st a s a p C o m ix a p resentava um e
de 19
tr a n sf o rm a çõ es culturais rm a d e q uadrinhos. A
Z
e q u e b ra va tabus formais
por várias mo uma fo o autoral q u os. Era a
d ri n h o s eram tidas co st a s e ra m quadrinh m o cu lturais e polític
em q u a ssa s re vi
estilísticos, ass
im co lizados
n im e n to p a ra crianças. E n tr a ta va m o s q u a d ri n hos eram uti -
entrete
p o r g ra n d e s editoras que co as para primeira vez que o a l d e a rt is ta que se mostra
produzidas s e colorist diário pess de uma
s, d e se n histas, letrista in d u st ri a l como um ve la n d o suas neuroses
escri to re
criarem em e
sc a la
va abertamen
te , re o, ini-
fu n çõ e s e o r, re sp e i- ra m e n te re a l. A publicaçã
dividirem de aventuras
e hum maneira assust
ado elo próprio
s “ le ve s” d e
1 (código dos a d e m ão em mão p outros
o “Comics Co
his tó ri a ” ve n d id
s n o rm a s d p o st a p e - cialmente in sp ir a çã o para muitos
tando a ra im d e ueriam
o s) , u m a e sp écie de censu m e io s d e Crumb, serviu c o n t r a c u lt ura que q
3

quadrinh inavam os autores ligado


s à
p ró p ri a s e d it oras que dom n h o s. p róprios quadri
nhos.
las d o s q u a d ri pro d u zi r se u s
istribuição
impressão e d (1943), cartun
ista,
Crumb
2. Robert
://
ode aqui: http co, nasceu na
s so bre o ComicsC -d o- r e artista gráfi
1. Sa ib a m ai
q.com/podcast
/c on fi ns ilustrado
dos fundador
es do
www.universoh ensura-nos-quadrinhos/ Pensilvân ia , EU A . É um
adrinhos
universo-002-a
-c
to ur de rg round dos qu
movim en adaptou
ri ad or de Fritz, the Cat,
americanos . C e Bukowski.
obras de Kafka

ura foi um
movimento
ult
3. Contrac que
cial
contestação so
libertário e de na década
pa ço , principalmente
ganh ou es icação de
meio da comun
de 1960, por los, a cultura
vu lg an do novos esti
mas sa , di alternativa,
un d, marginal e/ou
un de rg ro ça de valores
an do re fl ex ões e a mudan amento.
provoc e de comport

drinhos in-
cá , m ilh a re s de bons qua es do
De lá pra
m la n ça d o s em várias part
fora s li-
dependentes l fa la r d e to d os, em pouca
ossíve ns títulos
mundo. É imp o d e d e ix ar de citar algu
nhas, mas não
se p exem-
s o b ri g a tó ri as como, por
nci a nha,
que são referê It á lia , a E l V íbora na Espa
ale na o a Zap
plo, a Cannib d o s U n id os. Assim com
E st a oder-
e a RAW nos s fo ra m d e ci sivos para a m -
tulo mento da pro
Comix, esses tí o s e fo rt a le ci
uadrinh
nização dos q
ndente.
dução indepe

100
de
2.2. Por on
eu com eço? conhecer a pro-
a dica para se
Uma bo em sites
e p e n d e n te é procurar
dução in d uadri-
h a s e sp e ci a lizados em q
de resen vlogs que
st e m m uitos blogs e
nho s. E xi dentes.
m q u a d ri n hos indepen a-
divulga d e e ncontrar inform
s, a lé m
Nesses site údo desses qu
adrinhos,
so b re o co n te
ções uiri-los.
ndo como adq depen-
você fica sabe q u adrinhos in
a s d e
Ir às feir om caminho, p
ois
4 também é um b
dent es u m
te r ac es so a vários títulos em -
além de os seus auto
p o ss ível conhecer
só lu g ar , é es mesmos
q u e, q u as e sempre, são el mas
res já
o s se u s tr ab alhos. Em algu
que vendem encontrar
p s ta m bém é possível
com ic sh o depen-
d es tin ad o s à produção in
espaço s rgiu
r q ue, em 2015, su - faz
dente, e va le d es ta ca
especia a çã o que também
a p rimeira loja Outra p u b lic
l QI: Quadrinh
os
em Sã o Pa u lo penden- e st ra
u b li cações inde esse registro é o b im
93, esse
lizada e m p
g ra Press, que além
de
n d e n te s. La nçado em 19 pelo
tes do Bra si l: a U
e seus lan- Indepe G e ra is é enviado
u m a editora. Entr fanzine de M in a s
nais e tem
loja é ta m b ém
p ublicações ind
ispensá-
io ju n to a e ncartes adicio ca dis-
çamento s ex is te m dos corre a versão bási
se in teirar do meio o arquiv o P D F d a su ana
veis para qu em q u er
os títulos d a editora paraib
in d ep en dentes, como ponibilizad o n o si te
quadri n h o s atam a e Fantasia
5
.
o “ M al d it o Seja”, que resg bra- Marca d
da coleçã ground
e au tores do under fantasia.
arcade
pro d u çã o d início dos 5. QI: http://m
er ío d o entre 1980 ao as/qi/qua drinhos-
sileiro d o p Zines e com/camarad
Pa n o ra m a Internacional de independente
s.html
2000, e o publicação
aç õ es In d ep endentes, uma ando e
Public 2 011, vem divulg
u e, d es d e te.
anual q ro d ução independen
n do a p
documenta
rinhos:
o dos Quad
4. Mercad acontecido
ação da SecultFOR que tem
bado do
, no terceiro sá
mensalmente do dos
21h, no Merca
mês, das 17 às Pe lotas,
Visconde de
Pinhões (Praça nf erir!
le a pena co
s/n, Centro). Va

101
ndo dos
en tr ar d e cabeça no mu
Se você q uer lope,
o u tra b o a p edida é a Antí
independentes, uma boa
er ca p richada que traz
uma revist a su p os críti-
rias em q u adrinhos e text
seleção de his
tó que
e b em ac im a da média do
ad dar uma
cos com qualid en te no Brasil. Para
at u alm o, The
se encontra ac o n te ce ndo no mund
es tá íti-
geral no que p u b licaç ão in dicada. Com cr
éa ricas) en-
Comics Journal ta d as , longas (e histó
d am en blica-
cas bem fun s d e q u ad rinhos, essa pu
to re mpreensão
trevistas com au tim os serviços à co
rest ad o ó te. Mas,
ção tem p u an to categoria de ar
o s en q ões
dos quadrinh O n d e en co ntrar informaç
ca l? .. o qua-
e a produção lo ar en se? Com vocês. guir.
d u çã o ce
sobre a pro dente ceare
nse! A se
h o in d e p e n
drin
Viana
ão”, de Klévisson
rinho
Capa de “Lampi

2 . 3 . O q u a d
d e n te cearense-
indepennsam que a produção de qua ,
ndente
cu lo , a p ro dução indepe va
Virando o sé
m o su rg im e nto de uma no
Muitos pe cente nova co internet.
d e n te s n o Ceará é re cearense se re o e m zi n es, álbuns e na
drinhos inde p e n
vêm publican
do a n d ixan-
d é ca d a s se geração public s d o s a u to re s que estão de -
n
entretanto, h
á
A in da nos anos
de 1970 o Esses são algu d o s q u a d ri n h os independen
p ró p ri a . 0) lan- na cena spalha-
por conta
F ra n c is co (1950-198 do sua marca e xi st e m m uitos outros e
u s hos m a s vasta
artista Marc m a g a zi n e , com quadrin tes no Ceará, çã o in d e p e ndente é tão
loco ara os dias prod u ntrar um
çou a TIPOb fi ca mente até p dos por aí. A rt e za , você irá enco
d o s g ra revis- , co m ce xato mo-
bem ousa
e e P a lm ir o soltaram a e plural que a su a cara. Nesse e
n ix. m de
de hoje. Kaza
te
fl u e n ci a d a p ela Zap Com quadrinho qu
e
a r se n d o p ro duzido dentro
, in ntou a de est uém que
ta Apóskalipso , H é li o Rola aprese mento, ele po co m o seu, por alg
e 1 9 8 0 qua- a re ci d o or ain-
Nos anos d a n d Le vi a na, que trazia um quarto p s ig u a l a você. Ou melh
o lla iu, m e n o sou nisso?
sua Rock’ndR . A ri e v a ld o Viana un pensa mais ou e fazê-lo! Já pen
nse e o p o d
drinhos nonse aqui no Ceará, quadrinhos da, você m e sm
a ve z da , Fé
pela primeir l e m C a n indé, Cidade
rd e -
literatura de co utras fontes, estrofes do fo
, e n tr e o p o e ta
utilizando lidade, do
é , d a Lenda à Rea m
lheto C a n in d
a . O s a n o s de 1990 ficara
ir zi-
Gonzaga Vie rgimento de zines produ
p e lo su a n o s,
marcados S u b co mic, Seres U
rb
ti vo s: car
dos por cole o m ic s. Ta m b ém vale desta
anic res, como
Demolição, M u a is d e alguns auto
in d iv id o ca-
os projetos n o ve l) La mpião... era
p h ic r
o álbum (gra á s d a b e st a vida (ganhado
o atr na, os
valo do temp ), d e K lévisson Via
Q M ix s por
do Troféu H vá ri o s tí tulos editado
s d e rédio, de
inúmeros zine e b sé rie Rato do P
s e a w drinhos
Guabira d o s primeiros qua
l,, u m
Falex Vida
102
l.
d o s p a ra a in ternet no Brasi
produzi
ES DA LINGUAGEM E
3. POSSIBILIDAD

R I M E N T A Ç Õ E S
EX P E por Débora Sant
os

No decorrer do nosso Curso Básico de Histórias


em Quadrinhos, você já deve ter entendido que
não existe uma única maneira de produ-
zir e de publicar uma HQ e que todos nós
somos capazes de nos tornarmos quadri-
nistas. Os quadrinhos considerados alternativos,
além de nos proporcionar essa liberdade, aumen-
ta as chances disso acontecer. Quer saber como?
Cola no fascículo!

3.1. Maneiras
alternativas
de fazer HQs
Você tem uma ideia na cabeça e um lápis na
mão? Legal. Daí você percebe que várias
questões podem surgir e devem ser pensadas:
Que imagem usar? Será desenho? Qual o
melhor traço? Ou será fotografia? Será co- nenhum formato específico ou método de produ-
lorido ou não? O seu balonamento e ção pré-estabelecido. O que caracteriza o quadri-
letreiramento serão digitais ou manuais? nho alternativo é a pessoalidade, a autoex-
Entre outras questões, é bom você saber que pressão e o experimentalismo.
como autor independente, também poderá Existem quadrinhos alternativos feitos em bexi-
escolher se a sua HQ será impressa ou se gas (balões de encher), azulejo, madeira, tecidos,
será destinada à internet. muros e até em papel. O quadrinista que não está
O fascinante de estar à margem do que enquadrado em um mercado não precisa seguir
é considerado “indústria” é justamente uma estética comercial, desenhando do seu jei-
você, autor(a), poder decidir tudo isso li- to, sem se preocupar em ser “agradável” para o
vremente e poder experimentar sem exi- público A ou B, ou mesmo o Z. Muitas vezes, ex-
gências, por exemplo, de um editor ou de perimenta usar fotografias, recortes, colagens etc.
um mercado. Aqui não existe um padrão O importante é que a sua expressão seja honesta,
a ser seguido, uma estética de mercado, livre e corajosa sobre qualquer tema, sem censura.
Muitas vezes o uso dessa liberdade faz com
que não consiga se enquadrar em proposta de ne-

103
nhuma editora e, por isso mesmo, boa parte dessa
turma parte para a autopublicação.
2.2.1. O que a internet
pode oferecer
Alguns quadrinistas usam a internet como
uma forma extremamente eficaz de fazer seu
(
trabalho (webcomic) alcançar muitos leitores. Há
quem comece ou siga sua carreira assim, publican-
do em blogs ou em redes sociais. Alguns, depois,
passam para a publicação impressa independente
ou por meio de editora. Bear, por exemplo, é uma
webcomic publicada semanalmente pela curitibana
Bianca Pinheiro. Tamanha foi a sua visibilidade, que ela
já pode ser encontrada na versão impressa pela edito-
ra Nemo. Sirlanney, autora dos quadrinhos da página
Magra de Ruim, é outro exemplo. Conquistou tantos
leitores publicando on-line, que decidiu reunir várias
histórias em um livro impresso. Para isso, recorreu ao
3.2. Autopublicação financiamento coletivo.
Embora a maioria das histórias disponibilizadas
Cada autor(a) possui motivações diversas, algu- on-line sejam gratuitas, existem formas de receber
mas pessoais, outras artísticas, mas os principais recursos para custear a produção ou até mesmo a im-
motivos que atraem o quadrinista para a autopu- pressão do seu trabalho. Uma opção interessante no
blicação são a liberdade criativa, ou seja, o contro- Brasil é o Social Comics, que possui o mesmo siste-
le de todo o processo, desde a concepção da ma do Netflix6. O Social Comics abriga quadrinhos e
história até sua divulgação, distribuição recebe trabalhos de autores independentes para ava-
(no caso de HQs impressas) e o controle total liação. Há também as opções internacionais, como o
dos lucros, fruto legítimo de seu trabalho. Comixology, em que você pode enviar seu trabalho
No entanto, as dificuldades enfrentadas por traduzido para o inglês. No caso desse portal, o lei-
quem decide publicar por conta própria estão liga- tor paga para leitura de quadrinhos e pode encontrar
das justamente às motivações. Como você todo tipo de publicação: das grandes editoras às pu-
tem o controle de tudo, além de todo blicações independentes.
trabalho de produção, deve estar
sempre presente nas redes sociais, 6. Netflix: Site com séries e filmes que você
várias delas (inclusive postando vídeos, pode ter acesso a qualquer momento, bastando
produtos, entre outros), procurar e ter internet e pagando uma mensalidade.
manter contato com os(as) leitores(as),
divulgar pesado o seu material com o Outra forma de explorar a linguagem na internet
máximo de visibilidade (por meio da mí- que vale a pena conhecer é o portal Madefire, respon-
dia espontânea e paga, seja impressa, sável por um formato chamado Motion Book, que
rádio e TV), participar de eventos de mistura áudio e pequenas animações com páginas de
toda natureza (bienais, seminários, quadrinhos. No site, você ainda pode acessar a plata-
feiras), saber investir (reconhecer forma on-line de criação de Motion Books para criar a
o seu mercado, público e cliente) sua própria história, basta fazer o cadastro.
e ser um bom administrador da E as possibilidades não param por aí. Plataformas
receita que cai nas suas mãos (se como Tumblr, Facebook, Medium, Twitter, Instagram,
não couber tudo no bolso). Issuu ou qualquer outro site que suporte imagens
Dentre os caminhos possíveis da autopublicação, para publicação poderá abrigar sua webcomic. Dessa
104
os mais utilizados são a internet e os impressos. forma, basta conhecer as possibilidades e encontrar
Vamos falar um pouco sobre essas opções. a que melhor se encaixa para promover a sua HQ.
os
Débora Sant
IMPORTANTE:
Como autor independente, você precisará de
planejamento. Você tem que saber se irá publicar
uma página semanal, quinzenal ou mensalmente.
Se serão tirinhas diárias, se será uma HQ seriada,
em capítulos, e quantos serão etc. A consistência
na sua produção pode ajudar bastante para an-
gariar leitores e fortalecer a sua relação com eles.
Pense bem nisso antes de começar!

2.2.2. E os impressos?
A decisão de imprimir HQs implica decidir algu-
mas coisas antes mesmo de começar a dese-
nhar a história. Entre as decisões: o número
de páginas, de cores (preto e branco, duas co-
res, colorida), de exemplares (tiragem), o tipo
de papel e o formato que ela terá. Todas essas
escolhas interferirão no custo final de produção de
sua HQ. E tem mais: você deve, baseado no núme-
ro de páginas, planejar a capa, contracapa, se ela
terá extras, esboços, página para expediente (com
informações sobre o(s) autor(es)(as)) etc.
Para fazer um zine ou o planejamento de uma
revista ou livro, geralmente construímos um “bo-
neco”. Para isso, basta você dobrar alguns papéis
ao meio, encaixá-los e pronto! (Exemplo ao lado)
Um boneco sempre precisará ter uma quantida-
de de páginas que seja múltipla de 4. Nele,
você vai decidir a sequência da sua história, o que vai
considerar importante de mostrar e o que ficará de
fora. Existem formatos que são mais usuais, que al-
gumas gráficas imprimem com mais facilidade e que
são considerados formatos econômicos, porque
não há perda de papel. Ao lado, alguns exemplos.
No seu planejamento, você pode decidir não
procurar uma gráfica e produzir seu zine em casa,
com a impressora caseira, numa tiragem curta. Ele
pode ser dobrado, encaixado, diagramado à mão,
costurado, xerocado, ter colagens, feito com tinta
acrílica, ou guache, ou aquarela, ou pode ser todo
feito no computador.

105
nte
Ramon Cavalca
serigrafia
õ e s a rt esanais como
Im p re ss das em
v u ra p o d em ser realiza
e xilog ra l ne-
q u e vo cê te nha o materia
casa, desde n (A vida é
o . O q u a d ri n ho Life is Fictio field,
cessári n o C ole Hoyer-Win
a m e ri ca gra-
ficção) do d o re alizado em xilo
, fo i to
por exemplo iz do desenho é
talhada
n d e a m a tr s, do
vura, o o co de Quadrinho
a . Já o Tr im-
na madeir C a v a lcante, foi
m o n
cearense Ra a, técnica ond
e a matriz
e m se ri g ra fi
presso a tela.
m e st á gravada num -
d a im a g e
a is re cu rs o s você tiver e co
Quanto m s de im-
io re s se rã o suas opçõe
nhecer, m a ilida-
a io re s se rã o as suas possib
pressão e m rmatos e
çã o . E xi st em diversos fo
de de cr ia lizados.
p a p é is q u e podem ser uti ca
tipos de
a , se o p ta r por uma gráfi
De toda form pida) é impo
rtante que
io n a l o u rá roces-
(tradic o çã o básica do p
a u m a n o”
você tenh o m o fa scículo “Ediçã
ã o . C
so de impress .
cê saberá mais
deste curso vo IC A : seja qual
for a
c a a D
Ah, fi ssão de
ti li z a d a para impre
técn ic a u gráfica
u a n d o for a uma
sua HQ , q res-
e ç a u m te ste de imp
SEMPRE p erar a im-
(p ro v a ) a ntes de lib
são l.
seu materia
pressão do se u tr a balho está pro
nto
Pronto, a g o ra
a).
r o SEU leitor(

Dora Moreira
para encontra
Dora Moreira

106 ráfica
impressão serig

deixando seca
r
B R A A S U A M E N T E !
A por Sirlanney

de leitores na internet, você pode tentar


Se você conseguir um número significativo
contínuo. Ele funciona para proje-
ganhar dinheiro por meio do financiamento
isso precisam de apoio financeiro que o
tos que não têm um tempo limitado e por
pensamento, a plataforma Pathron
acompanhem durante sua jornada. Com esse
o autor tem apenas que continuar
foi criada. Com esse tipo de apoio do público,
. No Brasil, a plataforma Apoia.se
fazendo o que já faz: produzir quadrinhos
veis. Conheça-os e contribua! Se você
hospeda vários quadrinistas nacionais incrí
o: https://blog.apoia.se/antes-da-cam-
quiser criar o seu próprio projeto, veja com
yxl
panha-come%C3%A7ar-afd89d6c997f#.q9evvv

. C O M O C H E G A R a o
4

LE I T O R l (digital) ou
por Sirlanney

fa z qu ad rin ho, seja ele virtua


Q ue m jos prin-
re vi st as e zi nes, tem três dese
impresso em rinhos sejam
se r li d o , (2) que os quad
is: (1 ) renda e
cipa
ab al h o p ri n cipal e fonte de
o seu tr bretu-
po uc o de am bição, desejará, so
(3) com um o coração
g ir e ad en trar a mente e
do, at in pal ponto
o r (c on sid er o es te último o princi
do leit
elhores histórias).
e o que gera as m m menos
un ca fo i fá ci l, m as, atualmente, co s edi-
N sos) e com grande
jo rn ai s (im pr es a-
espaço em as , sã o bem poucos os qu
as po rt
toras fechando manter só
no Br as il qu e conseguem se
drinist as os, mo-
ad rin ho s. Pr ec isamos ser criativ
fazendo qu ntar soluções
en ta r-n os , fo rm ar público e inve custear
vim tam motivados a
e le ito re s se sin
para qu os um
do qu ad rin ist a. Agora, falarem
o trabalho es que estão

107
br e al gu m as dessas soluçõ Sirlanney
pouc o so derá fun-
nd o pa ra vá rio s artistas e que po
funciona
também, né?
cionar para você
rinisttto a
Quadrinhês: o glossáriopod o quaod ym un do Ne
r Daniel Brandã e Ra

1.pessoas são convidadas a investir, por meio daé inter


Financiamento coletivo (crowdfund
ing): uma modalidade na qual as
net, com quantias variáveis
e voluntárias para a concretização de seu proje
to mensurado em uma meta de
arrecadação. Esse investimento exige recompe
nsas a esses doadores, que pode ser
apenas um exemplar de sua HQ, ou mais do
que isso, conforme o grau de doação.

2.
Tiragem: Número de exemplares impr
essos de uma única vez
ou em cada edição.

ode ser
3.1. Você p
sa
uma empurere gerar renda com quadrinh
os,
Se você q ua pró-
a b ri r e formalizar s
o é ossi-
uma boa opçã
o q u e p o d e resultar em p
pria empre
sa, atação. O
a b a lh o e/ou contr
bilidades d e tr re saber
é e st u d a r o assunto. Procu dis-
primeiro passo e n d e d o ri s mo. Depois
mpre endedor
mais sobre e r u m Microempre
e rá se ortal
so, você pod
I) . S a ib a m a is sobre isso no P
E
Individual (M
e n d edor:
do Empre
.gov.br/
mpreendedor
www.portaldoe ividual
eendedor-ind
mei-microempr
qua-
m p re s á ri o do ramo de
A partir daí, e s finanças.
-s e e o rganize as sua
drinhos, p la n e je ão pode
cê é in d e p e ndente que n tivo
vo
Não é porque m is so . O m ercado alterna
ganhar dinhe
iro co . Listamos
e d e ve se inserir nele
existe e você
p o d e mpresa.
h o ra d e p ensar a sua e tem bons forn
ecedores

c)
n a q u e
algumas dicas : Certifiqu e -s e d e
.);
p a ra d o , co le ga? Tome nota s, a rt e sã o s, serigráficos etc
P re (gráfica
vestir e fissio-
tem para in onamento pro
a)
n to v o cê ci

d)
Avalie o q u a gastos; n a l d e re la
de um teto de Crie um ca al;
se pla n e je a p a rt ir
m se u s cl ie n tes em potenci
nal co
-
e nas um dos pro e aos calendá
rios de

b)
ri n h o é a p s

e)
O seu qua d dades de a o s p ra zo nd;
a e m p re sa. As possibili Seja atento s e cu lt ura undergrou
dutos d a su muitas. ad ri n h o
d o s d o se u quadrinho são zer eventos de qu
produtos deriva ro d u to s q u e você poderia fa d etalhando inve
sti-

f)
de p os mais a n ça s,
Faça uma lista hos e escolha Organize a s fi n -vindo ao
se u s q u a d ri n ostais, e lu cros e seja bem
a partir dos eres, cartões-p mentos, cu st o s
108 m e ça r (p ô st
simples para co canecas, !
is e ta s, calendários, Show Business
livros, revi st a s, ca m gos de ta-
s, sk e th b o o k s, adesivos, jo
zines, botton s, agendas, bols
as etc.);
, b lo q u in h o
buleiro
inscrição, então é
nder?
3.2. Onde vepa A m ai or ia de ssas feiras requer umas de-
ços para ve nder quadri- de ol ho no s pr azos e editais. Alg
Os melhores es bom fica r mo-
o: in te rn et , fe ira s e even-
po ss ue m pr em ia ção, o que é uma
os sã las também vender seus
nhos alternativ ai s pa ra o artista. Além de
ão a m s, outros
tos alternativos. tivaç
co nq ui st ar m ais clientes e leitore
e er
produtos
s fe ira s no s trazem são: conhec
l
sa
o j a v ir t u a ganhos que es o, participar de ba
te-papos,
3.2.1. L - rin ist as de pe rt novas
co nt rar uma boa varie os quad ar o seu trabalho para
vo cê irá en er e ap re se nt s
Na internet ta s pa ra hospedar sua ou conhec rc er ia s começam nas feira
m as pr on s bo as pa
dade de platafor , Iluria, Elo7, Soci
et6, editoras. Muita entes. Em cada es
tado, os
al , co m o Ta nl up ic aç ão in de pe nd tar a
loja virtu ai s us ad as no Brasil. Cad
a de publ
ga ni za nd o para movimen
sã o as m o se or
Collab55, que odutos artistas estã iras. Participe,
m su as pr óp ria s taxas (sobre pr fa - lo ca l, em pe qu enos eventos e fe os, isso
uma te sinaturas, leiaute, cena cr iadores conterrâne
), fo rm as de as e ap oi e os se us
ou mensais vendas. conheça ra.
pa ga m en to e controle de e fo rt al ec e sua própria cultu
cilidad e de d el as m en ta fascículos
qu e vo cê co n h eça cada uma fo
um pr óx im o nú mero de nossos
egar
Sugerimos u
q u e m ai s se adequar ao se Em
ec er á ou tr as po ssibilidades de ch
e opte pela po st ar bo as fotos (aquelas você conh
pu bl ic ar po r pequena e méd
ia
de co m o
perfil. Lembre-se od uto) e apresentar
uma ao leitor, tais
ltu ra e financiamento
coletivo.
am o se u pr - , ed ita is de cu oaulas!
que valoriz o fe ita com carinho e pa editora
fa sc íc ul o e assista às vide
e pr od ut ne nh um
descrição dess irá maior possib
ilidade de Não perca
já sabe alguns ca
minhos para
o qu e ga ra nt A go ra qu e vo cê seu qua-
ciência, nd as . cr ie coragem e faça o
o e bo as ve ao s le ito re s,
atrair públic chegar
com o coração!
drinho. Mas faça
o s nas feirale s
. Q u a d r in h
3.2.2 amento, debates
e pa s-
lanç
Feiras, eventos de ic aç ões independente
s
ira s de pu bl
tras, bienais, fe es paços físicos onde
artis-
rg ro un d sã o ento
ou unde se us produtos. Seja ev
e ve nd em
tas expõem a ou mesmo
, de m ús ica indie,, feminist
nerd , ge ek possa en-
ra ve ga na , nã o importa, vá onde
de cultu m eles!
nt ra r se us le ito res e dialogue co ras inde-
co número de edito
G ra ça s ao gr an de século,
s qu e su rg ira m nesse começo de
pendente mais relevantes
ra m ab er to s es paços cada vez além das
fo ões em todo país,
ira s de pu bl ic aç ival
sttiv
para fe ho s, como o FIQ (FFees
s de qu ad rin
feiras oficiai Horizonte, a
na l de Q ua drinhos)) em Belo
Inte rn ac io o Paulo.
, em C ur iti ba , e a ComicCon,, em Sã cem
Gibicon nd en tes que aconte
s in de pe
Das feira : Mercado
po de m os destacar algumas
todo an o, (Recife),
dr in ho s (F or ta leza), Publique-se de
dos Qua en te (Brasília), Pão
va do r), D
Tabuão (Sal ), Ugra Zine Fest
, Miolo(s),
(R io de Ja ne iro s do
Forma ic aç ões Independente
ira de Pu bl
Avessa: Fe Paulo), Grampo
sc Po m pe ia e Feira Plana (São Parada
Se
Pa rq ue G rá fi co (Florianópolis),

109
(Curitiba ), .
gre), dentre outras
Gráfica (Porto Ale
a M a is s o b r e H Q s
Leia e Saib
A Guerra dos Gibis, de Gonçalo Juni
or. Companhia das Letras, 2004
A Guerra dos Gibis 2, de Gonçalo Juni
or. Peixe grande Editoractiva, 2010.
A Mente Suja, de Robert Crumb. Edit
ora Veneta, 2013.
Art Spiegelman: comix, essays, gra
phics and scraps (quadrinhos, ensa
e quadrinhos). Centro Cultural Ban ios, gráficos
co do Bras il e Sellerio. Editore, 1998.
Homens do Amanhã, de Gerard Jones.
Editora Conrad, 2006
Underground Classics: the transfo
rmation of comics into commix. Edit
ComicArts, 2009 ora Abrams
Zap Comix, Robert Crumb. Conrad edit
ora, 2003.
1. Algumas das principais editora
s de quadrinhos independentes do
mundo
Fantagraphics (Estados Unidos), Drawnand
quarterly (Canadá), La Cupu la (Espanha), Coco
fandango (Itália), Nobrow (Inglaterra/Reino nino Press/
Unido), L’association/Futuropolis (França), Stra
(Suíça), Stripburger (Eslovênia), Chili com Carn pazin
e (Portugal), Veneta e Zarabatana (Brasil)
2. Alguns sites que divulgam quadrin
hos independentes:
Raio Laser - www.raiolaser.net | Vitralizado
- www.vitralizado.com | Coisa Pop - www.cois
apop.com.br |
Revista O Grito -revistaogrito.ne10.uol.com.br
| Impu lso HQ -impulsohq.com | Balbúrdia -bal
word press.com | Papo Zine - canal no Youtu burdia.
be
3. Mapeamento, ensaios e críticas
:
Marca de Fantasia - www.marcadefantasia
.com | Ugra Press - www.ugrapress.com.br
facebook.com/AntilopePress | The Comics | Antílope -
Journal - www.tcj.com
4. Links de alguns quadrinhos inde
pendentes cearenses:
Anarko Pato - facebook.com/anarkopato
ou http://anarcopato.tumblr.com | Nú, Coro
- facebook.com/nucoroeosso ou nucoroeo e Osso
sso.blogspot.com.br | Azedas - facebook.com
CartunistasFemeas /
Magra de Ruim - sirlanney.iluria.com ou face
book.com/sirlanneynogueira | Adivinha Dindi-
tumblr.com ou facebook.com/adivinhadindi adivinhadindi.
| Pedrinho Chegava Descalço - facebook.com
PedrinhoChegavaDescalco | Na Sinecura - www /
.facebook.com/nasinecura | Relicário - face
com/relicariohq | Netuno Press - netunopr book.
ess.tumblr.com ou facebook.com/netunopress
Comics Café - lojathecomicscafe.tanlup.com | The
ou facebook.com/TheComicsCafe | Territóri
Marginal - blogzdovitor.blogspot.com.br | Blog o
do Guabiras - blogdoguabiras.blogspot.com
Anderson Lauro - www.facebook.com/anders .br |
on.lauro | Manicomics - manicomicsblog.blogs
com.br ou facebook.com/themanicomics | Sere pot.
s Urbanos - facebook.com/seresurbanosfan
zines
Para saber mais detalhes da hist
ória da produção cearense até 2010
Enciclopédia do Quadrinho Cearense , consulte a “Grande
” no endereço eletrônico: http ://pt.calameo.com/
accounts/342368
5. Outros links legais:
Petisco quadrinhos - http://petisco.org/ | Mad
efire - http://www.madef ire.com/ Platafor
de criação de Motion Books - http://www.m ma online
adef ire.com/motion-book-tool-open-access/
110 Comics - https://www.socialcomics.com.br/
de Ruim - https://www.facebook.com/sirlanney
| Comixology - https://www.comixology.com/
| Social
| Magra
nogueira/?fref=ts |
O diário de Virgínia - http://www.odiariodevi
rginia.com/ Conheça as webcomics da Bian
http://bianca-pinheiro.tumblr.com/webcomics ca Pinheiro -
HQ? No Ceará tem disso sim! por Raymundo Netto

A Oficina de Quadrinhos Com a aposentadoria do pro-


da Universidade Federal do fessor Jesuíno, em 2000, o projeto
Ceará foi uma invenção do mes- entrou em suspense, desencan-
tre dos magos Geraldo Jesuíno tando em 2004 pelas magia do
da Costa, designer, artista plás- prof. Ricardo Jorge de Lucena
tico, editor e contista, que afirma Lucas, atual coordenador do pro-
ter sido, há 30 anos, “o projeto jeto, que hoje é vinculado ao cur-
mais improvável do curso de co- so de jornalismo do Instituto de
municação”. Desde 1983, o pro- Cultura e Artes (ICA) da UFC.
fessor Jesuíno havia incluído, com Nessa segunda fase da
apoio da profa. Adísia Sá, a dis- Oficina, conforme Ricardo Jorge,
ciplina “História em Quadrinhos” “o foco maior é a discussão so- Lembra-nos o prof. Ricardo
no currículo do curso. Naquela bre as fases de produção de um que “não é preciso saber dese-
época, uma turma passou a se re- trabalho em quadrinhos: argu- nhar para fazer quadrinhos”. E,
unir para conversar sobre HQs, en- mento e roteiro, desenho para por isso, em 2016, entre os novos
tre eles, o próprio Jesuíno, Flávio quadrinhos e arte-final.” Assim, projetos, a Oficina oferece o curso
Paiva, Aluísio Gurgel e o bregastar alguns projetos marcam o novo Fotocomix, ou seja, a produção de
Falcão. Em 1985, a Oficina surgiria rumo: “Contando a Cidade” quadrinhos não com desenhos,
como um projeto de extensão do (2006), em parceria com o jor- mas com fotografias. Enfatiza:
curso de Comunicação Social com nal O POVO, a seção “Eureka!”, “Fotonovelas ou, como chamam
ações voltadas para a preservação, inserida na revista Universidade os franceses, roman-photos, ou
estudo e produção de quadrinhos Pública, da UFC, entre 2008 e como acharem melhor.”
no Ceará. Nesse período, algumas 2012, e a retomada da revis-
Oficina de Quadrinhos da UFC
publicações foram marcantes. ta Pium, ora em formato digital (GRATUITA)
Entre elas: a revista Pium (1985 e (inclusive as versões da primeira Dias de aula (inclusive do
1998) e a Carbono 14, além das fase) e disponibilizada na web. Fotocomix): sábados, sempre das 9 às 12h,
adaptações para HQs, reunindo Até 2011, as admissões para no curso de jornalismo da UFC (avenida da
vários quadrinistas, como Moreira a Oficina eram semestrais. Em Universidade, 2.762, 2º andar, Benfica).

Campos em Quadrinhos (1995 – a 2012, anuais, contemplando cer- Facebook: www.facebook.com/


data de finalização de sua última ca de 30 a 40 padawans por ano, oficinadequadrinhos

página coincide com a data de fa- por meio de uma seleção e prova Pium e demais publicações digitais:
lecimento do contista) e Iracema, de aptidão. Em 2016, mais de 500 https://issuu.com/quadrinhosufc

de José de Alencar (1996). candidatos inscritos! E-mail: quadrinhosufc@gmail.com

111
Weaver Lima (Autor)
Débora Santos (Autora)
realizou diversas exposições em prol da memória do
é formada em Ciências Sociais pela Universidade Federal do
quadrinho cearense, entre elas Luiz Sá 100 Anos,
Ceará (UFC) e atua há quatro anos como ilustradora. Passou a
resultado de 5 anos de pesquisa sobre a obra do dese-
publicar quadrinhos em 2015, ano em que imprimiu seu primeiro
nhista, e HQ-CE, uma exposição permanente para a
zine, Rebuliço, e publicou os quadrinhos Como sobreviver à ter-
Gibiteca de Fortaleza, que registra a produção de his-
ra da luz, com Brendda Lima, Pombos!, com Márcio Moreira, e
tórias em quadrinhos no Ceará de 1930 a 2010. Na
Lua Cheia, todos pela Netuno Press, coletivo da qual é membro.
década de 1990, foi integrante do “Seres Urbanos”
Atualmente dá aulas de desenho e trabalha como ilustradora.
(1991-1998), grupo considerado um dos mais impor-
Portfolio: https://www.behance.net/drebasantos
tantes da produção independente no Brasil.
Tumblr: http://drebasantos.tumblr.com/
Contato: weaverlima@gmail.com.

Sirlanney (Autora)
Sirlanney estudou pintura na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 2014, publicou seu
primeiro livro, Magra de Ruim, indicado ao prêmio nacional HQ Mix e premiado com o Troféu Revelação Al Rio de
Quadrinhos, em 2015. Participa de debates e ministra cursos e oficinas sobre pintura, quadrinho e feminismo por todo o
país. É autora da página “Magra de Ruim” no Facebook, que já conta com 170.000 fãs. Para saber mais, acesse www.
sirlanney.com. Veja também: apoia.se/magraderuim.

Guabiras (Ilustrador)
desenha desde os 5 anos de idade se baseando em tudo que se possa imaginar de quadrinhos no mundo. Em 2016, completa
18 anos em que trabalha como ilustrador e cartunista no jornal O POVO (Fortaleza/CE). Tem inúmeras publicações e perso-
nagens em HQs e fanzines, ministrando oficinas e participando de trabalhos/mostras coletivos e/ou individuais. Para conhecer
mais sobre a produção de Guabiras, acesse: blogdoguabiras.blogspot.com.br

Este fascículo é parte integrante do projeto HQ Ceará, de concepção de Regina Ribeiro e Raymundo Netto, em decorrência do
convênio celebrado entre a Fundação Demócrito Rocha (FDR) e a Secretaria Municipal da Cultura de Fortaleza (SecultFOR), sob o nº 12/2016.

Expediente
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA Presidente João Dummar Neto | Diretor Geral Marcos Tardin | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
Coordenação Ana Paula Costa Salmin | CURSO BÁSICO DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS Coordenação Geral e Editorial Raymundo Netto |
Coordenação de Conteúdo Daniel Brandão | Edição de Design Amaurício Cortez | Projeto Gráfico Amaurício Cortez, Karlson Gracie e
Welton Travassos | Editoração Eletrônica Cristiane Frota | Ilustração Guabiras | Catalogação na Fonte Kelly Pereira
ISBN 978-85-7529-715-5 (Coleção) | 978-85-7529-722-3 (Volume 7)

Todos os direitos desta edição reservados à:

Apoio Realização
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CEP 60055-402 - Fortaleza- Ceará
Tel.: (85) 3255.6037 - 3255.6148 - Fax: 3255.6271
fdr.org.br | fundacao@fdr.com.br

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