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de
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his
b

qua
t
á
Ó
d
s

r
ico
S
rIa os
inh
em

COMPOSIÇÃO
PARA QUADRINHOS
João Belo Jr. e Julio Belo
1. Introdução

Olá! Neste fascículo vamos


falar um pouco sobre compo-
sição para quadrinhos. Então,
vocês aprenderão a estruturar
e montar a sua HQ. Essa mon-
tagem poderá ser feita tanto
como planejamento, quan-
do produzimos os leiautes de
página, como também, num
segundo momento, ao decidir-
mos desenhar a nossa história.
Vale lembrar que, para muitos
artistas, roteiro e desenho
são pensados ao mesmo tem-
po, não havendo separação.
Em outras ocasiões, ainda, o
roteiro escrito por uma pes-
soa é desenhado por outra.
Não existe um método defi-
nitivo, certo ou errado, o im-
portante é que cada autor ou
equipe de trabalho encontre
o seu melhor método, aquele
que fará a ideia ser desenvol-
vida da melhor forma possí-
vel e que explore o melhor da
sua criatividade e capacidade.
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uane/hqcear
a

50
2. Forma e

Cont e ú d o isa que ve m à m e n te é a combinaçã


(que se
o

la e m H Q s, a primeira co Mas, além dessa percepção


Quando se fa a for-
m e d iv e rs ã o , não é assim? s le m b ra r q u e elas são um
ge mo as
de leitura, ima to d e vi st a d o leitor), deve e n tr e te r o u educar, técnic
o pon lizam, para vem ser
tem a partir d rt ís ti ca em que se uti co n ce it o . Para isso, de
ã o a ou u m com-
ma de express n sm it ir u m a mensagem it o r te n h a fácil acesso e
tr a rma que o le autor de
e recursos para n ib ili zados de tal fo a ra co nseguir isso, o
e d is p o E n tã o , p teúdo.
elaborados q u e d e u origem a elas. e n ta is : F orma e Con
e ia entos fun d a m
preensão da id te n to a dois elem
sa e st a r a
HQs preci

A F o r m a a atenção e
2.1.
air
d o artista para atr r-
q u e e stá à d is p o si çã o
ic a u a o fo rmato. É a abo
1
tudo a q u ilo est ét o
ada à e estilo
A Forma é g e ral, está associ d a s para expor seu
le it o r. E m a s u ti liz a re-
o interesse do to r, u m co njunto de técn
ic
n a fo rm a é pensar no
a u a r -
dagem visual
do
e ir a im p re ss ão. Daí, pens d it e , a d e fi n iç ão da forma in
a prim s). Acre istória,
causar uma bo te rm o s físicos e prático n d o a s p á ginas de sua h
l (e m o ra mo
sultado fina
b
o m e n to e m que estiver ela a e m e sp a ço s. E o modo co
om a d .
flui bastante n v is u a l d e u ma HQ é base n te ú d o se rá compreendido
sição o o seu co orial; (2)
pois a compo a d o in fluencia em com componentes: (1) Estilo Edit
u ti liz
esse espaço é id im os a forma em
quatro
e n te , d iv
Didaticam nsão.
; (3 ) Fo rm ato; e (4) Exte
Ve íc u lo s formas e/
sensível, a harmonia da
rege a beleza ção artística.
incípio que ib ilidade e/ou no
1. Q ualidade ou pr ou das co re s; se ns

51
Ju lio Belo

orial

a)
Estilo Edit escolher o tip
o de lei-
u m e st ilo é dos
Definir o a utor, sabendo
er alc a n ça r. E
tor que se qu volver sua
su a d e fi n iç ã o, deve desen ectati-
detalhes de n d e r, o u subverter, a exp
a a te
ideia de modo
le it o res.
va de seus leves e
n t il : a p re se nta linhas mais
Infa armônicos;
* HuQadramentos mais uniformes e h
enq
is: a narrati
va e os
HQ de Heró
* uadramentos são mais dinâmicoess do mercado;
e
enq inaçõ
ujeita a determ
impactantes. S e entre
r : d o m ín io do contrast
de Terr o p re
* HQense e surpresa, entre luz e som
bra;
susp rte
n a l: m a is fo rmal e com fo
Institucio
* HQência editorial;
influ
ound):
lt er n a t iv a (undergr
A cífico,
* HeQnde da influência do nicho especa,
dep úsi
n a lm e n te re lacionado à m
tradic io etc; e
unk, Grunge,
como Rock, P rto a
A u t o r a l: e stilo livre, abe
* HeQrimentações.
exp ltados vi-
ri a p o d e rá apresentar resu estilo
Uma histó distintos, confo
rme o
e n te -
suais com p le ta m
A o p çã o p o d e influenciar, in
olhido. m dos
editorial esc a rr a ti va e a orde
a n ngá,
o caso do Ma
o d
clusive, o flux in a , co m o é
pág a direita
quadros na a le it u ra deve seguir d
onde o senti d o d r) e de
(d o p o n to d e vista do leito
a
para a esquerd
b a ix o . , geral-
cima para d o fa la mos de estilo
Ademais, q u a n o au-
o s à m a rc a pessoal d
feri m ar-
mente nos re u e o d if e re n cia de outros
ade q o de sua
tor, à identid r im p o rt ante na criaçã
d e se se à
tistas. Isso po si vo . O a rt is ta deve sentir-
é de ci as
HQ, mas não r e e xp e ri m entar as técnic
explora ndizado
vontade para o n ív e is , já que o apre
d is p ade
e os recursos ru çã o d e q u alquer habilid
const ncial para
faz parte da e rf e iç o a mento é esse
lo a p
e a busca pe
profissional.
qualquer área

52
b)
Veículo
Recomendamos a escolha do veículo/
canal (ou plataforma) que o aproxime mais de
seu público. O meio impresso (livro, revista, zine)

Julio Belo
nos parece ser a escolha mais comum. Porém,
isso vem mudando com o passar dos anos, e tem
influenciado no formato final das obras. Com o
maior acesso à internet e o surgimento das redes
sociais, temos inúmeros canais à disposição, tais
como: livro impresso, revista impressa, livro virtual
ou e-book, tira de jornal (tradicional ou digital),
zines, webcomics e blogs.
Por sua facilidade de adaptação, as HQs são
consideradas multimídia, ou seja, conteúdo que
pode ser disponibilizado ao mesmo tempo em di-
ferentes veículos.

c)
Formato
O autor precisará ter sempre em mente
as dimensões com as quais irá trabalhar. Como
a composição visual é baseada em espaços, ele
tem de lidar com os limites impostos pelo veículo
que escolher.
A falta de visão quanto ao tamanho final da
obra pode estragar todo o seu trabalho de com-
posição e diagramação de páginas, uma vez que
a quantidade de quadros (e detalhes) inseridos
nelas poderá dificultar ou mesmo impossibilitar a
leitura de sua HQ.
Entretanto, o autor no momento de criação
Ju lio Belo
tem preocupações mais imediatas. Considerando
que o tamanho final da página é proporcional ao
formato de sua confecção, sugerimos a definição
de gabaritos a fim de facilitar e padronizar a
confecção da HQ.
Quanto ao formato final, destacamos: (1)
Vertical (A4, A5, A6, formato Americano,
Europeu ou Mangá), (2) Horizontal (A4, A5 ou
semelhante a algumas coletâneas de tiras), (3)
Quadrado e (4) o formato de Tira de jornal
e (5) criação de um formato próprio que lhe seja
mais conveniente.

53
d) 2.1. O Conteúdo
Extensão
Outro fator relevante vinculado à forma
De forma simplificada, podemos dizer que
é a quantidade total de páginas da HQ, ou seja, a
toda HQ é criada a partir da combinação de dois
sua extensão. Naturalmente, a extensão da história
elementos básicos: a Estrutura Textual e a
depende de seu conteúdo, do ritmo da narrativa
Estrutura Visual.
(número maior ou menor de quadros) e da distri-
A Estrutura Textual (Roteiro), que pode vir
buição dos quadros, imagens e textos nas páginas.
com ou sem diálogos, trata da relação lógica dos
De modo geral, ter noção da extensão de sua
acontecimentos, ou seja, na qual a mensagem é
história implica prever quanto de espaço espera-se
feita e entregue com clareza.
ocupar em suas páginas. A HQ precisa utilizar ade-
A Estrutura Visual trata da composição
quadamente esses espaços, sem sobras ou furos.
das páginas, objetivo deste fascículo. Ela é re-
Em outras palavras, sua ideia nunca deve ser en-
presentada pelo conjunto de imagens em sequên-
curtada por ter pouco espaço para usar, mas tam-
cia, que sugerem movimento e continuidade. Essas
bém não deve ser estendida só porque tem espaço
imagens devem ser elaboradas com elementos e
demais. Em ambos os casos, a alteração do con-
caracterizações necessárias para que o(a) leitor(a)
teúdo em função da forma só poderá acontecer se
compreenda e envolva-se na ação ou situação.
for para melhorar a compreensão de sua HQ, ou
Para criar visualmente uma HQ, o artista precisa
seja, beneficiar o seu(ua) leitor(a).
saber o que será narrado (Roteiro) e o que deve
Além disso, se o objetivo for imprimir sua HQ, o
ser feito para distribuir essa narrativa ao longo dos
número final de páginas pode aumentar ou redu-
espaços, conforme o formato e a forma. Em resu-
zir o seu custo. Saber se a HQ será curta ou longa
mo, ele precisa: (1) do Roteiro e (2) conhecer o
também pode ser fator decisivo para participar ou
Processo de Composição.
não de uma coletânea de histórias curtas, na qual
o número de páginas é sempre muito limitado. De
todo modo, é importante ter essa noção de dimen-
sionamento e da extensão, coisa que vai se cons-
truindo aos poucos com o exercício e a experiência.
Assim, estabelecidos os parâmetros estéticos
que repercutem na composição física e visual das
páginas, trataremos sobre o que o autor deverá es-
tar atento quanto ao conteúdo de sua HQ.

54
a)
Roteiro m posição de um
a pá-
en te , a co
Normalm te nas si-
e d o R o te iro , principalmen papéis
gina depend tist as d is tintos executam
ue ar por
tuações em q ss o d e cr ia çã o (em equipe,
diferentes no
proce re o rotei-
d is so , n ão falaremos sob
exemplo). Apes
ar tema já
sc íc u lo 2 deste curso o
o fa uns
ro em si, pois n o st ar ía m o s d e enfatizar alg
Mas g ar na hora
foi explorado. d es en h ista precisa lid
pontos com q
u e o Ação
al m en te a n arrativa: (1) a
visu do
de desenrolar ri a) ; (2 ) a O casião (quan
na histó ); e (4) o
(o que ocorre o ca l (o n de se desenrola
) o L
ela ocorre); (3 em participa da tr
ama).
g e m (q u omentos,
Persona n ta o conjunto de m
A ação re p re se os diálo-
(e é d e la q ue resultam em
em sequência ). A o ca si ã o e o local serv
gos, caso oco
rram elecendo a
o r n a n a rrativa, estab
para situar o
le it ue será
p e rs o n a g e m é aquele q en-
.O eio aos mom
ambientação n si ta rá e m m
e tra
caracterizado
ta ções. mentos
tos e ambien /o u a o co njunto de mo
e s
Ao momento a a m b ie n ta ção, chamamo Ju lio Belo
ma me sm ou mais
contidos em u re p re se ntada por um
se rá pre-
de Cena, que im a m e n o r unidade re
o ass
quadros, send a.
n ta ti v a d e uma históri
se
ão
e Composiç

b)
Processo d ão, o desenhista dar
á
o ro te iro em m Pa ra
Com sual da HQ .
d e composição vi o-
início ao p rocess o
o cu p ar co m : (1) a comp
se p re para
isso, ele precisa a(s) (subsídios necessários
sição da(s)
ce n cada
(2 ) a co m posição de -
as); , limitada ao es
próximas etap n ar ra tiva
pagem d a
página (decu m p o si çã o de cada q
uadro
) a co ideia
paço físico); (3 q u e m el h o r represente a
(escolha da im
agem do a utili-
ites d o q u ad ro, consideran
dentro dos lim .
o n to s d e vi sta e formatos)
os, p par-
zação de plan id á ti ca , m a s construída a
d o processo
Essa ordem é . P o rém, durante
n d iz a d o vezes,
tir de um apre se m p re é obedecida. Às
n e m sua
de criação, ela te ir a , co m o um filme em
e in utras
uma cena surg r registrada no papel. Em o
mente, antes
d e se e ção,
a
sa r e m u m a sequência d
p e n an-
ocasiões, ao se u iç ã o d o s q u adros surgem
distrib ar na cena
o formato e a o d o q u e se quer narr
tes da própria
n o çã dessas
n a que a ordem

55
tica n o s e n si
inteira. A prá .
o rígida assim
etapas não tã é
rinisttto a
Quadrinhês: o glossáriopod o quaod e Raym un do Ne
r Daniel Brandã

1.originalmDesi
Mangá: gnação para as HQs criadas,
ente, no Japão.

2.pequena tiragem e, geralmente, sem intenção de lucros em, cont


Zine:
publicação artesanal (muitas vezes reproduzida
fotocopiadoras) em
imagens originais ou apropriadas como subversã endo textos e

3.
o de sentidos.
Gabarito: espécie de “página mestra”
, papel com tamanho e limites
graficamente demarcados para orientar o quad
rinista durante a composição e
diagramação da página de sua HQ.

4.
Formatos: A3 (29,7x42cm), A4 (21x
29,7cm), A5 (14,8x21cm), A6
(10,5x14,8cm), tabloide (26x29cm)

5.
Decupagem: divisão de um roteiro em
cenas, sequências e/ou planos
numerados, para facilitar a composição de pági
nas da HQ.

t a p a s d o P r o c e s so
3. E

e C o m p o s i ç ã o
d

Ju lio Belo
ão
3.1. Composiç
de Cena ue nes- treg
O objeto a ser en
cessariamente
ta etapa não é ne
rado, mas de-
um produto ilust
seja elaborado
fendemos que
fará a concep-
pelo artista que
seja a título de
ção visual da HQ,
desenho defi-
planejamento ou
s.
nitivo das página

56
a)rotezeirrou, mpaaraleitescuralarecrceítica e repetida do
Fa

das sobre aqu r todas as dúvi


ilo que se prete -

b)
nde narrar;
Entendemos Entender com
a etapa de o os tipos de in
de cena com composição çã o do roteiro se forma-
o a construçã rão utilizados:
detalhado, co o de um guia Quantos pers (1)
ntendo tudo q onagens partic
ta precisará ue o desenhis Q u e m são? Como ip a m d a cena?
ter à disposiçã - estão vestidos?
seguintes. É a o nas etapas ma vestimenta É a lgu-
qui que ele fa específica? Te
roteiro, um est z, a partir do sar sobre isso rei de pesqui-
udo visual do ? (2) Os perso
s personagen algum objeto nage
e dos objetos
da cena. É qu s relevante na ce ns utilizam
forma como a a ndo analisa a eles estão? Te na? Onde
ação é conduzi rei de dar dest
e como os ele da no cenário objeto ou part aque a algum
mentos estão e do cenário?

c)
até para facilit inseridos nele
ar a escolha fu , Estabelecer o
los e planos. tura dos ângu s limites entre
É também aq - ou seja, a rela as cenas,
sentir a necess ui que ele po ção entre os m
idade de pesq d e e as ambientaçõ omentos
mais simples q uisa, pois por es (quando fo
ue seja o estilo pontuar quais r o caso) e
precisa retrata do artista, ele u transições (pa
r bem as cara m quadro a o ssagens de
personagens, cterísticas dos utro) tornarão
obje m ais fluida; a leitura
tar o entendim tos e cenário para facili-

d)
ento do leitor
está apresenta sobre o que Por fim, refleti
do naquele q r sobre tudo q
para construir uadro. Então, registrado. Co ue está
esse guia, o a visão do todo nstruir na men
rtista deve: contribui para te uma
possíveis esqu a análise de
ecimentos ou
em tempo de furos, ainda
serem consert

57
mais detalhad ados. Quanto
o for esse “gu
e bem sucedid ia”, mais ricas
as serão as eta
pas seguintes.
3.2. Composição
de Página
o artista traduz a sequ
ên-
e
É o momento em qu para
õe s (e sit ua çõ es ) prevista no roteiro
cia de aç rrativa no
s, distribuindo a na
a linguagem das HQ passos específicos, co
nfor-

g)
s. Da r de st aq ue a
espaço das página da HQ, tem de dist
ri-
os -chave mapeados no
guia. Uma
nd er da ex te ns ão m e po nt lhar com
A depe o de várias páginas, gi r esse objetivo é traba
cim en to s ao lo ng rm a de se at in
buir os aconte entre fo petição e con-
nf or m e o ritmo e os limites os to s (si m etria e assimetria, re
pontua nd o- os , co op em é afeta-
as tra ns içõ es ), e di vidir a ação em qua- tra st e) , po is a pe rcepção de uma imag
cenas (e su e deve: demais;
os de nt ro de ca da página. Para isso, el da pe la relação desta com as
dr
na, pensando

h)
qual a(s) cena(s) que ar os limites da pági
a)
Es co lh er no ro te iro Ex pl or (moldura
co m po r; no m el ho r fo rmato de requadro c.)
pretende
de se r re do nd a, qu adrada, retangular et
elaborado na etapa que po suge-

b)
Ter em mãos o guia agens. Nesse ponto,
para acomodar as im . Por
anterior; os an al isa r a pá gi na como um todo
rim agonais podem
s, observan- finir formatos com di

c)
qu ên cia da s aç õe ex em pl o, de raste entre
Pensar na se en tifica dos na m ism o assim como o cont
rm aç õe s id su ge rir di
do os tipos de info ; ho s pode reforçar a id
eia da ênfase;
o, O nd e e O qu ê) ta m an
(Quem, Quand
gina, su-
no ritmo da narrativ
a,
co mposição de cada pá
d)
M en ta lizar, ba se ad o Pa ra fa cil ita r a tivos.
pa ss os se rã o ne ce ss ários para tradu- os a di vis ão de st a em Trechos Narra
quantos ja, a gerim e de ação que
aç ão e de cid ir pe la imagem-chave, ou se Um tre ch o re pr esenta a quantidad percor-
zir a
pr es en ta ca da um . Ao fatiamento da no m om en to em que o leitor estiver
que melhor re ca be eci-
, qu e se rã o co nv er tidos em quadros, se nt id o da le itu ra . Toda vez que ele pr
ação em passos pla- rendo o na para dar
de cu pa ge m . Também é nela que lta r à m ar ge m esquerda da pági
chamam os de sa r vo o leitor
o a aç ão se rá en quadrada ou sob qu
al
in ui da de à le itu ra , entendemos que
nejamos co m m etc.); cont
rrador, do personage echo Narrativo.
nt o de vis ta (d o na está mudando de Tr a criação
po
s, en ca i- O re su lta do , ao final desta etapa, é
to es de

e)
em conj un
Agrupar esses passos nd o- gu ia ilu st ra do qu e contém os leiaut
de páginas. Colo ca de um tistas chamam
xando-os em grupos se nt id o s as pá gi na s da HQ. Alguns ar
você deve an ali sa r o to da prestado
se no lugar do leitor, m od o gu ia de st or yb oard, pegando em
m como sua fluide z, de es se utilize
da leitura da HQ, be ec es sá - o do cin em a. Po rém, ainda que se
ou truncamentos de
sn o term o conteúdo do
a evitar interrupções se nt id o de leitu - es sa ex pr es sã o, entendemos que ssui um
rios. Caso deseje, po
de definir um
es se se n- yb oa rd vo lta do aos quadrinhos po
encional. No entant
o, stor que
ra diferente do conv pa ra di fe re nc ia l em re lação ao do cinema,
ser muito bem sinali
zado grande rmato e
tido original deverá en to ou fl ex ib ili da de para alternar fo
pode causar estra nh am é a a ação
o(a) leitor(a), senão an ho s do qu ad ro para retratar
o da sua leitura; tam do cine-
confundi-lo, afastand ente do storyboard
narrada, diferentem e o m mo ao
es
e visua- ato da tela é sempr

f)
lim ite s da pá gi na m a, on de o fo rm
Observar os
passos cabem nela. longo de todo o film
e.
pontânea possí-
lizar quantos desses qu adros in te r- a precisa ser a mais es
a qu an tid ad e de Es sa et ap a escolha
Lembrando que itu ra , m as ta mbém no is se rv irá de or ientação visual para
da le ve l, po de
fere não só no tempo da hi st ór ia . Da m esma a do s qu ad ro s. Po r isso, deve capturar
dentro definitiv tado. Assim,
tempo transcorrido que precisa ser retra
58 es . Q ua nt o m enor (ou a cla ra aq ui lo
forma, o espaço en
tre el fo rm r neces-
ço , m ai s rá pi da a leitura rim os qu e cr ie qu antos rascunhos acha o.
espa suge com a primeira opçã
mais estreito) for o ra ou tro ; e nã o se co nt en te
adro pa sário e qu
deverá fluir de um qu
Ju lio Belo
3.3. Composição
de Quadro
Depois de decuparmos a narrativa em passos e
distribuí-los ao longo das páginas, chegou o mo-
mento de nos dedicarmos ao conteúdo de cada
quadro. É aqui que aperfeiçoamos a imagem-cha-
ve concebida na etapa anterior e decidimos como
combinar e equilibrar a situação contida no qua-
dro com os componentes gráficos das HQs, como
balões, recordatórios, onomatopeias ou linhas de
expressão ou movimento (quando necessários).
Cada quadro de uma HQ representa uma “ação
congelada no tempo”, limitada ou não por linhas
demarcatórias chamadas de requadro.. A partir
da estrutura bidimensional do quadro, o artista
deve enquadrar a realidade da cena em relação ao
ponto de vista do leitor, criando a ilusão de dis-
tância e profundidade, com o intuito de torná-la
mais interessante, envolvente e legível. Para isso, o
desenhista tem à disposição: (1) Planos (distância
do leitor em relação à ação); Pontos de Vista
(nível a partir do qual a cena é observada) e (3)

59
Formato do Requadro (campo de visão do lei-
tor em relação à história).
Ju lio Belo
A.1.

nos
3.3.1. Plsaem possuem
quadrinhos
As história a.
çã o m ui to pr óx ima com o cinem
uma re la comuns
quadramento são
E os planos de en que
es sa s du as lin gu agens. Os planos
entr e onados
seguir estão relaci
apresentaremos a aeo B.1.
a câmera hipotétic
à distância entre um ado: B.2.
serv
objeto principal ob

a)
Plano
Descritivo
da paisa-
a.1. Geral: Visão à distância
mana.
gem e da figura hu
ico: Neste caso
, imagina-
A.2. Panorâm gira em
uma câmera que

.
.

João Belo Jr
João Belo Jr
m os no vam en te hori-
de se u pr óp rio eixo, de maneira
torno r, apro-
mas sem se desloca
zontal ou vertical, da para
m ar ou distan ciar. Pode ser utiliza .
xi
um a lo ng a ex tensão de um cenário
cobrir

b)
Plano de B.3. C.1.
Movimento
Conjunto: Vi
são que
B.1. Total ou corpo inteiro.
se nt a as pe rs on agens de
apre
o: Enquadram
ento das
B.2. American é a al-
rs on ag en s co m visão da cabeça at
pe
tura dos joelhos. perso-
B.3. Médio: En
quadramento das
.
João Belo Jr

.
João Belo Jr
cintura.
nagens à altura da

c)
sivo
Plano Expres
De ta lhe
ou Plano
Up):

Ju lio Belo
Plano (Close
C.1. Primeiro altu-
ad ra m en to da s personagens à C.2.
Enqu do e o
espaço é delimita
ra dos ombros. O pressões
a focalizar nas ex
leitor é obrigado
em.
faciais da personag Up):
Close
o (Extreme
C.2. Detalhad pressivi-
bj et iv a ca us ar m aior impacto e ex
O jeto em
um detalhe ou ob
dade, focalizando
particular.

60
elo Jr.
J oã o B
C

o n t o s d e Vista po-
3.3.2. Pgulos de visão a partir dos quais
São os ân
ar as ações.
demos observ e a ação é obse
r-
q u

a)
u lo em
Normal: Â n g de ao nos-
al tu ra d o s o lh os. Correspon te.
vada à o o lh amos para fren
sã o q u an d
so campo de vi ngulo em que
r (Plongê): Â

B)
Su p er io
Visão para baixo.
a çã o é o b se rvada de cima
a
a-plongê):
ior (Contr

C)
Visão Infer é o bservada de b
aixo
u e a a çã o
Ângulo em q D

Ju lio Belo
para cima.
o de
a n t e! : P a ra evitar a sensaçã al,
Import são norm
n to n o ângulo de vi os um
ach a ta m e
d e ce n á ri o com pelo men
so
sugerimos o u ura D.
fu g a , como na fig to mais atraen
-
ponto de en q u ad ram en
ar o (pontos
Podemos torn m b in ad o de ângulos
o u so co ão da
te por meio d d o s ei xo s d a cena (alteraç
de fuga) e incl
inação gura E.
n te d o q u ad ro), como na fi
linha do hori zo
Ju lio Belo

E
B
Ju lio Belo

61
Ju lio Belo
3.3.3. Format
o dos 4. Considerações

F i n a i s
Requadrdoossrequadros contribui
O formato hos.
m a na rr at iv a na história em quadrin
co re-
at o po de se r ut ilizado como um
O form lecer
mento para estabe
curso do enquadra trans-
m o de se ja do e a ideia de tempo
o rit são os
os mais comuns
corrido. Os format os
quadrados, as m
retângulos e os e, antes
são utilizados. cê sabe agora qu
círculos também qu ad rin ho s Vo preci-
m vários nhar a sua HQ, é
Uma sequência co a id ei a de de se
plo, transmite um ção de for-
estreitos, por exem da m en - so ter em mente a no
tá passando ra pi iso saber
de que o tempo es m ai s re - m a e conteúdo. É prec ser
o uso de um ou isa e o que deve
te, enquanto que de qu e o qu e prec
é formada
os dão a sensação , pois uma HQ
quadros mais long le nt a. fe ito e é o
forma mais a parte textual, qu
o tempo passa de es m o a po r um
quadro ou m al, que são as
A ausência do re s co m o roteiro, e outra visu
s mais in us ita da ros em se-
utilização de linha ks e re - pá gi nas com os quad
ilhadas, flashb ac , você
onduladas e pont na rr a- qu ên cia. A partir do roteiro
m contribuir com
a o de desenhar,
cordatórios pode inicia, antes mesm ação e
tiva da história. za çã o o pr oc esso de estrutur
também, a ut ili com-
Em alguns casos, rs on a- m on ta ge m, ou seja, a sua
, quando o pe de decompor
da metalinguagem re qu ad ro , ul - posição. Você po nsar em
o próprio teiro em cenas, pe
gem interage com er sa co m se u ro se-
ites ou até conv ginas essas cenas
trapassa seus lim rs o en - qu an ta s pá
pode ser um recu representadas, ut
ilizar-se de
o seu(ua) leitor(a) le m br e- se : rã o
e descrevemos pa
ra enquadrar
do r pa ra a su a HQ. Mas m as té cn ic as qu e ritmo
riquece algu
to s e dar velocidade
os , tá ? re s m om en dar
sem exager s re cursos para os melho oi s, cl aro, é importante
r to do s es se stór ia . D ep
Após utiliza - desejado à hi história: o
ar a es tr ut ur a dos enquadramen çã o a ca da un id ade elementar da
aprimor con- aten adro.
ente você terá um analise quadro a qu
tos da HQ, certam gi na s m ai s atraen - q u ad ro . Iss o,
ap re se nt amos aqui é apen
as
de pá A estrutur a qu e
junto de leiautes de talhes, contendo su gestões que pode
m ajudá-lo
en te , ric o em ia in ic ia l co m a forma
te, envolv ne ce ssárias, como um gu
m ai s ou menos dess
fe rê nc ia s su a H Q . É
todas as re s a fazer a as histórias,
ot aç õe s, posicionamento do am os e ex ecutamos as noss
desenh os , an qu e pe ns modelo.
m co m o to da a decupagem da cê nã o de ve fi ca r preso a nenhum de-
balões, be
pá gi na s. En qu anto planeja- mas vo
ss oa s es cr ev em o roteiro e depois
sua história em Algumas pe em si, mas
um pr oj et o de quadrinhos, es
se
am , ou tr as nã o escrevem roteiros uzin-
mento de senh referências e prod
le ia ut es se rv irá de base para id ei as bu sc an do
conjunto de registram para
ia to da H Q co m o também da s pá gi na s. Já alguns escrevem
o desenho imed do esboços exercitar-
ar da do e utilizado posterio
r-
de se nh em . Enfim, você deve
poderá se r gu que ou tr os preferi-
tr eg ue a um ar tista que não cn ic as e de sc ob rir o seu método
mente, ou en se nas té para
o do pr oc es so criativo até e lh e de ix ar á mais à vontade
tenha participad do, aquele qu étodos e
e de ve rá te r autonomia para SE U pr oj et o. E se existem m
as qu execut ar o ade e
então (m
es ou m el ho rias durante a es di fe re nt es , é porque a criativid
sugerir altera çõ interpretaçõ o o grande
62 produç ão da H Q ). a vi sã o do au to r, no final das contas, sã
diferencial. CRIE!
HQ? No Ceará tem disso sim! por Raymundo Netto

ei
ce-boy de

Alex L
icialmente offi

André Pinheiro
1 9 9 6 , in e, a
n iv er so d as H Qs, palco de , ap re n d eu a arte-finalizar
O u em Ed a trabalhar
en s maravilhosos tir d e 1999, passou
per so n ag u par strando
tu ra s in cr ív eis, não pas
so
n o se g m en to, também ilu títu-
aven s
pela cidade ce
arense venis. Entre seu
despercebido obras infantoju p ergirl, C h as tity,
N o rt e . p er m an , Su
Limoeiro do e- los: Su perboy
m u n ic íp io , co nhecido por g Th u n d er ca ts , Andrea D e Su an-
O
ec id o s n o m es das mais p ar ce ri a co m RB Silva, result
rar recon h não (em as conven-
er sa s lin g u ag ens artísticas, d o em co nvite para du Con);
div
o s g en er o so no segmento es d a W iz ar d World Comic r
foi men çõ i (WG) é coauto
rin h o s. Em Limoeiro, os al te r G eo va n
dos quad e (4) W nte anos
o s p o r ficção científica A n d re a D e atuou dura
ad e Sonja,

Rob Lean
apai xo n d
s d e su p er -h er óis encontra- m a p er so nagem Red l
aventura
to p el o p ioneiro das
co
ti lh an d o p ro jetos com Gai
ram acolhim en , o comp ar fluentes
l, Ed ilbenes Bezerra n e, u m a das mais in ) Di

va
HQs d o lo ca Si m o
u no mercado atualidade; (5

Ed. Sil
es tr eo is ta s d a
Ed Benes , q u e ad ri n stente de
s no qu i o segundo assi
ri n h o s n orte-americano A m o r im fo
de q u ad se r parte do
d a d éc ad a de 1990, ao Ed B en es e, além de fazer 16,
início
d o à A rt C o mics por um u it o n o rt e- am ericano, em 20
apresenta , par- circ elo Agostini
ig o jo rn al is ta . De lá para cá g an h o u o Troféu Ang
am ais e, hista.
projetos editori o melhor desen

ian
ticipa de vários e reve la n d o co m
tudio, criado
por

r
an d o m e S

Ron Ad
s, fo rm N o V e la
destacamo a- n, encon-
o s ta le n to s locais que trab W G , A le x Lei e Rob Lea ntre
muit o de HQs, como o s quadrinistas (e -
a o m er ca d a m o s o u tr
lham par e, Top tr listas, ro
ic s, C haos, Dynamit se n h is tas, arte-fina
D C C o m is d e mo: Ron
va ta r, D ar k Horse, e Prax ir is ta s e designers), co
Cow , A te André
en tr e o u tras . São eles: (1) ri a n , E d S ilva, Jonatas,
Comics, d n-
on Adrian
R
), A rl o s Freitas. Eles e
d rian o ( ir o e C a
Ronaldo A u Pinhe , pro-
rim ei ro as si st ente, participo si n a m o q u e aprenderam o
seu p
co m o D ar kc hild, Bird of n d o cu rs o s e incentivando
de títulos, h, mo ve e novos
W it ch b la d e, Flash, Lady Dat su rg im e n to e formação d
Prey , iciou a
(2) Alex Lei in ntos. Conheça
mais:
Flash Gordon; rim ei - ta le
97, sendo o p oarts.com
Di Amorim
carreira em 19 ab alh ar regular- www.ric
ta a tr ail.com
ro arte-finalis r m ei o d a Pr axis ricoarts.com@gm
. Po @gmail.com
mente com Ed , se u título auto- robleandro
2 0 0 8
publicou, em ob icart.net/
ta m en te co m os amigos R auctioncom
morim
ral ju n ook.com/Dia
G , te n d o também publi- www.faceb
Lean e W ot.com.br/
n ai s co m o A Lenda edbenesstu
dio.blogsp Di Amorim
cações nac io ito om/
(p el as Ed ições Demócr www.studi
oedbenes.c
de U ru d.benes/

63
A n d re a D (t rilogia) e As w w w.facebook.
com/studioe
Rocha),
) Rob Lean,
em
as d e Íris . (3
Filh
ib a M a is s o b r e H Qs
Leia e Sa
Desvendando os Quadrinhos, de Scot
t McC loud. Editora Mak ron Books. São Paul
o, 1995.
Como Fazer Histórias em Quadrinhos,
coleção Contato Imediato, de Juan Acevedo.
Editora. São Paulo, 1990. Global
Quadrinhos e Arte Sequencial, de Will
Eisner. Editora WMF Martins Fontes. São Paulo, 2010.
Histórias em Quadrinhos e suas Múl
tiplas Linguagens, artigo de Maria
Oliveira. Ver: http://ww Cristina X.de
w.revistas.usp.br/criou la/article/viewFile/5271
9/56574

João Belo Jr. (Autor) Julio Belo (Autor)


é administrador, quadrinista e ilustrador. Com pas- publica HQs de forma independente desde os 16 anos. Editou/co-
sagem pela Oficina de Quadrinhos da UFC, parti- laborou: Demolição , Onde a Luz Fez a Curva, Tiras de Letra, Cada
cipou de publicações como PIUM, zine Demolição, Um a Seu Modo, Capitão Rapadura: 40 anos, Espresso: Futebol
Graphiq, Tiras de Letra, Capitão Rapadura 40 (finalista na categoria de Independentes do Festival Internacional
anos, etc. Fundador do coletivo The Comics Café, de Banda Desenhada de Angoulême) e Afinal, o que você faz
que editou as publicações: Ariosto: a evolução quando está sozinh@?.
natural do conquistador (ganhador do prêmio belo.julio.hq@gmail.com
Luís Sá, da Secult/CE), Rato do Prédio nº1, entre
outras. Realizou exposição individual: “João Belo
Jr, Banda Desenhada e Cartune”, realizada na
“Casa de Cultura de Beja”, em Portugal e foi fi- Guabiras (Ilustrador)
nalista do Prix de La BD Alternative do Festival de desenha desde os 5 anos de idade se baseando em tudo que se pos-
Angoulême, França (2016). sa imaginar de quadrinhos no mundo. Em 2016, completa 18 anos
E-mail: joao.belo.jr@gmail.com em que trabalha como ilustrador e cartunista no jornal O POVO
blog: http://joaobelojr.wix.com/artes (Fortaleza/CE). Tem inúmeras publicações e personagens em HQs e
facebook: https://www.facebook.com/ fanzines, ministrando oficinas e participando de trabalhos/mostras
TheComicsCafe/ coletivos e/ou individuais. Para conhecer mais sobre a produção de
Guabiras, acesse: blogdoguabiras.blogspot.com.br

Este fascículo é parte integrante do projeto HQ Ceará, de concepção de Regina Ribeiro e Raymundo Netto, em decorrência do
convênio celebrado entre a Fundação Demócrito Rocha (FDR) e a Secretaria Municipal da Cultura de Fortaleza (SecultFOR), sob o nº 12/2016.

Expediente
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA Presidente João Dummar Neto | Diretor Geral Marcos Tardin | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
Coordenação Ana Paula Costa Salmin | CURSO BÁSICO DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS Coordenação Geral e Editorial Raymundo Netto |
Coordenação de Conteúdo Daniel Brandão | Edição de Design Amaurício Cortez | Projeto Gráfico Amaurício Cortez, Karlson Gracie e
Welton Travassos | Editoração Eletrônica Cristiane Frota | Ilustração Guabiras | Catalogação na Fonte Kelly Pereira
ISBN 978-85-7529-715-5 (Coleção) | 978-85-7529-719-3 (Volume 4)

Todos os direitos desta edição reservados à:

Apoio Realização
Av. Aguanambi, 282/A - Joaquim Távora
CEP 60055-402 - Fortaleza- Ceará
Tel.: (85) 3255.6037 - 3255.6148 - Fax: 3255.6271
fdr.org.br | fundacao@fdr.com.br

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