Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Escola de Engenharia
dezembro de 2016
Universidade do Minho
Escola de Engenharia
Dissertação de Mestrado
Ciclo de Estudos Integrados Conducentes ao
Grau de Mestre em Engenharia Civil
dezembro de 2016
AGRADECIMENTOS
Existe um número de pessoas que possibilitaram a conclusão deste
trabalho e a quem eu gostaria de dizer o meu mais sincero obrigado.
Em primeiro lugar ao professor Aires F. Camões de Azevedo e ao
professor José António Campos e Matos pelo seu acompanhamento,
orientação e sabedoria transmitidos no decorrer do trabalho.
À Administração dos Portos do Douro e Viana do Castelo, SA pelo
fornecimento de dados essenciais à elaboração desta dissertação e pela
hospitalidade demonstrada na visita ao porto de Leixões no âmbito deste
trabalho.
Aos meus amigos pela ajuda, camaradagem e principalmente os
momentos de diversão que me mantêm equilibrado.
À minha família que é a minha força motriz pelo apoio incondicional e o
amor que nunca deixou de ser demonstrado.
Finalmente gostaria de agradecer ao meu falecido avô, pessoa a quem
dedico este trabalho. Patriarca incansável, um exemplo de trabalho árduo e
sobre tudo, um senhor com um enorme coração.
Obrigado avô.
i
ii
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à
Ponte Cais do Porto de Leixões
RESUMO
Uma vez que a indústria da construção é aquela que acarreta mais
gastos tanto a nível financeiro como ambiental, é de extrema importância
que esses gastos originem um produto com ampla utilização no tempo, de
modo a que estes sejam mitigados.
Tendo esta problemática em vista, nesta dissertação foi estudada a
ponte cais, inserida no terminal de petroleiros do porto de Leixões, que se
localiza numa das zonas mais agressivas para estruturas em betão armado,
a zona costeira marítima. A esta estrutura foram implementados os modelos
de durabilidade mais aceites no país sobre a temática da deterioração
provocada pela penetração de cloretos provenientes do mar. Deste modo
foi possível perceber qual o modelo que reflete melhor a realidade, já que a
estrutura em estudo se encontra em fim de vida útil, após 50 anos de
serviço.
No âmbito deste trabalho foi descrita a estrutura e os métodos de ensaio
relevantes para a temática em estudo, através de relatórios de inspeção e
resultados dos ensaios “in-situ” disponibilizados pela Administração dos
Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, S.A.
A partir destes dados foi estudada a deterioração da estrutura pela sua
introdução em modelos de durabilidade. Estes modelos abrangem
abordagens prescritivas e de desempenho, em que nas segundas se
distingue um modelo determinístico, segundo o Model Code 2010, um semi-
probabilístico, segundo a especificação LNEC E465 dois probabilísticos,
segundo as mesmas normas, que tiveram de ser implementados
computacionalmente no decorrer do trabalho.
Através destas ferramentas de previsão da deterioração foram criados
ainda cenários de projeto, obtendo-se uma lista de recobrimentos mínimos
para assegurar 100 anos de vida útil de uma estrutura construída na zona
de exposição estudada.
PALAVRAS CHAVE
Deterioração; Determinístico; Probabilístico; Fiabilidade; Desempenho
iii
iv
Lifetime Evaluation of Maritime Structures - Application to the Bridge Pier at
the Leixões Seaport
ABSTRACT
Since the construction industry is that which bears most expenses, both
in financial and environmental terms, it is of the upmost importance that
these expenses originate a product with a long term exploitation, so as to
mitigate them.
Having this problem in consideration, it was studied in this dissertation a
bridge located in the oil tanker terminal at Leixões port. This structure is
located in one of the most aggressive environments for concrete structures,
a maritime zone. The most accepted durability models in the country, related
to deterioration induced by sea chlorides penetration, were then
implemented.
Thereby, it was possible to identify which model better reflects reality,
since the structure in analysis is now at the end of its lifetime, after 50 years
of service.
In the context of this work, the structure and the test methods relevant to
the theme being studied were described by inspection reports and “in-situ”
test results, made available by the Douro and Viana do Castelo Port
Authority, SA.
From this data it was possible to study the structure deterioration by
introducing them into durability models. These models range from
prescriptive to performance based approaches, being possible to identify,
from the later ones, a deterministic model, based on the Model Code 2010,
a semi-probabilistic based on the E465 specification from LNEC and two
probabilistic models, based on the same standards, for which a computer
code was developed during this work.
Through these deterioration prediction tools, different project scenarios
were established, originating a list of minimal concrete covers to ensure 100
years of lifetime to a structure built in the studied exposure zone.
KEYWORDS
Deterioration; Deterministic; Probabilistic; Reliability; Performance
v
vi
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 1
1.1. Enquadramento do tema .......................................................................... 1
1.2. Objetivos .................................................................................................. 3
1.3. Motivação ................................................................................................. 3
1.4. Organização da dissertação .................................................................... 4
2. MECANISMOS DE DEGRADAÇÃO DO BETÃO ARMADO ......................... 7
2.1. Deterioração do betão armado ................................................................ 7
2.2. Fatores que levam à corrosão do aço no betão armado .......................... 7
2.3. Corrosão do aço..................................................................................... 13
2.4. Penetração de Cloretos ......................................................................... 14
2.4.1. Perfil de cloretos .............................................................................. 15
2.4.2. Equação diferencial da difusão ........................................................ 17
2.5. Efeito das fissuras na penetração de cloretos ....................................... 18
3. MODELOS DE DURABILIDADE ................................................................. 21
3.1. Vida útil .................................................................................................. 21
3.1.1. Projetar a vida útil ............................................................................ 23
3.2. Modelo probabilístico ............................................................................. 25
3.3. LNEC E464 ............................................................................................ 27
3.4. LNEC E465 ............................................................................................ 28
3.4.1. Metodologia LNEC E465 ................................................................. 28
3.4.2. Modelo para cálculo do período de iniciação devido aos cloretos ... 31
3.5. Model Code 2010 ................................................................................... 34
4. CASO DE ESTUDO ..................................................................................... 41
4.1. Descrição da Estrutura ........................................................................... 41
4.2. Ensaios in-situ ........................................................................................ 46
4.2.1. Ensaio de pacómetro ....................................................................... 47
4.2.1.1. Execução do Ensaio de Pacómetro ........................................... 48
4.2.2. Determinação do teor de cloretos presente no betão ...................... 49
4.2.2.1- Execução do Ensaio de Determinação do Teor de Cloretos ..... 49
4.2.3. Resultados dos ensaios ................................................................... 51
5. APLICAÇÃO DOS MODELOS Ao CASO DE ESTUDO ............................. 55
5.1. Análise de Sensibilidade ........................................................................ 55
vii
5.1.1. Análise do modelo LNEC E465 ....................................................... 56
5.1.2. Análise do Model Code 2010 ........................................................... 59
5.2. Evolução da deterioração durante a vida útil ......................................... 63
5.3. Cenários de Projeto ............................................................................... 67
5.3.1. Cenários de projeto segundo a LNEC E464 .................................... 68
5.3.2. Cenário de projeto segundo a LNEC E465 ...................................... 69
5.3.2.1. Análise semi-probabilística segundo a LNEC E465 .................. 69
5.3.2.2. Análise Probabilística Segundo a LNEC E465 .......................... 73
5.3.3. Cenários de projeto segundo o Model Code 2010 ........................... 75
5.3.3.1. Análise Determinística Segundo o Model Code 2010 ............... 75
5.3.3.2. Cenários Probabilísticos Segundo o Model Code 2010 ............ 78
5.3.4. Análise de Resultados ..................................................................... 79
6. Conclusão ................................................................................................... 81
7. Bibliografia.................................................................................................. 85
8. Anexos ........................................................................................................ 89
viii
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura D. 1 - Probabilidade de falha para CEM I 42.5R com A/C=0.4 ........... 104
Figura D. 2 - Fiabilidade para CEM I 42.5R com A/C=0.4 ............................. 104
Figura D. 3 - Probabilidade de falha para CEM I 42.5R com A/C=0.5 ........... 104
Figura D. 4 - Fiabilidade para CEM I 42.5R com A/C=0.5 ............................. 104
Figura D. 5 - Probabilidade de falha para CEM I 42.5R com A/C=0.6 ........... 104
Figura D. 6 - Fiabilidade para CEM I 42.5R com A/C=0.6 ............................. 104
Figura D. 7 - Probabilidade de falha para CEM I 42.5R+CV com A/C=0.4 .... 105
Figura D. 8 - Fiabilidade para CEM I 42.5R+CV com A/C=0.4 ...................... 105
Figura D. 9 - Probabilidade de falha para CEM I 42.5R+CV com A/C=0.5 .... 105
Figura D. 10 - Fiabilidade para CEM I 42.5R+CV com A/C=0.5 .................... 105
Figura D. 11 - Probabilidade de falha para CEM I 42.5R+CV com A/C=0.6 .. 105
Figura D. 12 - Fiabilidade para CEM I 42.5R+CV com A/C=0.6 .................... 105
Figura D. 13 - Probabilidade de falha para CEM I 42.5R+SF com A/C=0.4 .. 106
Figura D. 14 - Fiabilidade para CEM I 42.5R+SF com A/C=0.4 .................... 106
Figura D. 15 - Probabilidade de falha para CEM I 42.5R+SF com A/C=0.55 106
Figura D. 16 - Fiabilidade para CEM I 42.5R+SF com A/C=0.55 .................. 106
Figura D. 17 - Probabilidade de falha para CEM III/B 42.5 com A/C=0.4 ...... 106
Figura D. 18 - Fiabilidade para CEM III/B 42.5 com A/C=0.4 ........................ 106
Figura D. 19 - Probabilidade de falha para CEM III/B 42.5 com A/C=0.5 ...... 107
Figura D. 20 - Fiabilidade para CEM III/B 42.5 com A/C=0.5 ........................ 107
Figura D. 21 - Probabilidade de falha para CEM III/B 42.5 com A/C=0.6 ...... 107
Figura D. 22 - Fiabilidade para CEM III/B 42.5 com A/C=0.6 ........................ 107
xi
ÍNDICE DE TABELAS
xii
SIMBOLOGIA
a Recobrimento
A Quantidade de água
A/C Razão água/cimento
A(t) Subfunção considerando o envelhecimento
be Variável de regressão
bk Medida de importância
°C Graus centigrados
C Concentração de cloretos
C3A (3CaO.Al2O3) Aluminato tricálcico
(CaCO3) Carbonato de cálcio
Ca(OH)2 Hidróxido de cálcio
C(a,tSL) Teor de cloretos a profundidade a no tempo t
Cb Fator que tem em conta o teor de cloretos no mar em Portugal
Ccr Teor de cloretos crítico
CEB “Comité euro-internationale du béton”
Ci Concentração inicial de cloretos
Cl- Cloretos
C0 Conteúdo inicial de cloretos
CO2 Dióxido de carbono
CP Cimento Portland
Cr Teor de cloretos que dá inicio á despassivação da armadura
Cs Concentração superficial de cloretos
Cs,Δx Conteúdo de cloretos do ambiente a uma profundidade de Δx
CV Cinzas volantes
CV Coeficiente de variação
D Coeficiente de difusão de cloretos
dA Secção do elemento
Dapp(t) Coeficiente de difusão de cloretos aparente
D0 É o coeficiente de difusão potencial
DRCM,0 Coeficiente de migração de cloretos
xiii
dt Tempo
dV Volume
e- Eletrão
erf Função erro
f Fator de eficiência
F Fluxo
Fe Ferro
Fe2+ Ião de ferro
Fe2O3 Óxido de ferro
Fe(OH) Hidróxido de ferro
Fib Federation internationale du béton
FIP “Fédération internationale de la précontrainte”
g(rj,sj) Equação de estado limite
H2O Água
I[g(rj,sj)] Função indicadora
ka/c Fator que tem em conta a razão água/cimento
kcr Fator ambiental
KD,c Fator que tem em conta a influência das condições de cura
KD,RH Fator que tem em conta a influência da humidade relativa do ambiente
KD,T Fator que tem em conta a influência da temperatura
khor Fator que tem em conta a posição do elemento
kt Parâmetro de transferência
ktemp Fator que tem em conta a temperatura do betão
kvert Fator que tem em conta a posição do elemento
LNEC Laboratório Nacional de Engenharia Civil
M Metal
MO Óxido metálico
MPa Mega pascal
N Fator que tem em conta o decréscimo de D ao longo do tempo
N Número de simulações
O2 Oxigénio
xiv
p{} Probabilidade de ocorrer despassivação
p0 Probabilidade de falha alvo
r Representa a resistência do betão á penetração de cloretos
R Resistência da estrutura
s- Representa a ação ambiental
S Acão aplicada na estrutura
SF Sílica de fumo
td Vida útil de cálculo
tg Vida útil pretendida
tL Vida útil
t0 Tempo de inicio de cura
Treal Temperatura do ar a que o elemento está exposto
Tref Temperatura de referência
tSL tempo de vida útil
x Distância/Recobrimento
Xm Média do parâmetro introduzido
Ym Resultado do modelo devido á media do parâmetro
α Expoente de envelhecimento
β Fiabilidade
Δx Profundidade da zona de convexão
Δyk Variação do resultado do modelo devido ao desvio padrão do parâmetro;
Δxk Variação dos parâmetros em introduzidos
μm Micrómetro
xv
xvi
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
1. INTRODUÇÃO
1
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
1.2. Objetivos
1.3. Motivação
3
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
pouco tempo. Embora não seja dada grande importância aos modelos de
previsão de vida útil na fase de projeto, estes podem conduzir a um corte
substancial nos custos de manutenção e reabilitação.
Apresentou-se aqui a oportunidade de estudar um caso real, num estado
avançado de degradação, em que será possível implementar modelos de
durabilidade e desta forma, não só estudá-los, como também validá-los.
Com este estudo espera-se em primeiro lugar, reproduzir a realidade em
termos da deterioração da estrutura, ao longo dos anos, identificar os cuidados
a ter no futuro no dimensionamento de estruturas do mesmo género, no
mesmo tipo de ambiente e por fim criar ferramentas baseadas nos modelos em
estudo, aplicáveis a outras estruturas, em ambientes distintos.
4
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
5
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
6
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
7
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
8
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
9
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
𝐴
𝑒𝑞𝑣{𝐴/𝑐𝑐𝑟 } = (2.2)
𝐶𝑃 + 𝑓𝑐𝑣 × 𝐶𝑉 + 𝑓𝑠𝑓 × 𝑆𝐹
A – Quantidade de água
10
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
11
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
12
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
O aço forma uma camada passiva, que não corrói quando embebido em
betão saturado, que é alcalino e que não contém cloretos. Os cloretos são
catalisadores da corrosão, se o conteúdo de cloretos no betão na zona da
armadura é mais alto do que a percentagem crítica de cloretos no mesmo. A
corrosão é um processo onde o aço oxida e se transforma em oxido de ferro na
presença de oxigénio, água ou ambos. Esse processo pode ser expresso,
simplificadamente, para qualquer metal que sofra corrosão pela expressão 2.3:
2𝑀 + 𝑂2 → 2𝑀𝑂 (2.3)
13
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
14
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
Um perfil de cloretos criado pela difusão deste ião pode ser descrito pela
segunda lei de Fick para um meio semi-infinito. O termo semi-infinito significa
num sentido prático que durante o tempo considerado, a espécie difundida não
alcança a face oposta à face de entrada (Ollivier, Torrenti, & Carcassès, 2012)
No seu primeiro trabalho sobre difusão, Fick (1855) trouxe-nos sistemas
e teorias para várias observações. De facto, ele sabia que as teorias
matemáticas que eram válidas para a difusão eram-no também para o
movimento de calor. No entanto a aplicação das leis de Fick na difusão de
cloretos no betão só aparece muitos anos depois (Collepardi, Marcialis, &
15
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
𝜕𝐶 𝜕𝐹 𝜕𝐹
𝑑𝑥 = 𝐹 − {𝐹 + 𝑑𝑥} = − 𝑑𝑥 ↔
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑥
(2.10)
𝜕𝐶 𝜕𝐹
↔ =−
𝜕𝑡 𝜕𝑥
F – Fluxo
C – Concentração de cloretos
A segunda lei de Fick, diz que a variação do teor de cloretos por unidade
de tempo é igual à variação de fluxo por unidade de comprimento. Esta lei
também é denominada equação de balanço de massa, isto porque demonstra
que a variação do teor de cloretos por unidade de tempo de um volume
infinitesimal é igual á diferença do fluxo de cloretos por unidade de
comprimento.
16
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
𝜕𝐶 𝜕 𝜕𝐶
= {𝐷 } (2.11)
𝜕𝑡 𝜕𝑥 𝜕𝑥
Para aplicar a segunda lei de Fick nesta forma para betão exposto a
cloretos durante um período alongado, deve-se perceber a evolução do
coeficiente de difusão de cloretos no tempo, ou seja, D = D(t). Este coeficiente
pode ser especificado para cada tipo de cimento através de ensaios
laboratoriais como o “Rapid Chloride Test”. Se só existir um número limitado de
observações em casos específicos é possível estimar as condições de fronteira
superior e inferior para a variação de D = D(t).
De um modo geral o coeficiente de difusão de cloretos depende das
variáveis da equação diferencial recobrimento (x), tempo (t) e Concentração de
cloretos (C) logo D = D(x, t, C). No entanto em muitos casos é possível ignorar
essa dependência, exceto a dependência do tempo. O caso especial em que o
coeficiente de difusão de cloretos é independente da localização x, tempo t e
da concentração de cloretos C é particularmente interessante pois D = D0, ou
seja, não existe variação do coeficiente de difusão. Neste caso a segunda lei
de Fick pode ser reescrita na forma mais simples (expressão 2.12).
𝜕𝐶 𝜕 2𝐶
= 𝐷0 × 2 (2.12)
𝜕𝑡 𝜕𝑥
17
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
𝜕𝐶 𝜕 2 𝐶
= , 𝑥 > 0, 𝑡 > 0,
𝜕𝑡 𝜕𝑥
(2.13)
𝐶(0, 𝑡) = 𝐶𝑠 (𝑡), 𝑡 > 0,
{ 𝐶(𝑥, 0) = 0, 𝑥 > 0.
𝑥
𝐶(𝑥, 𝑡) = 𝐶𝑠 × [1 − 𝑒𝑟𝑓 ( )] (2.14)
2√𝐷𝑡
𝑡𝑅 𝛼
𝐷(𝑡) = 𝐷𝑅 × (2.15)
𝑡
18
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
19
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
20
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
3. MODELOS DE DURABILIDADE
21
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
Figura 3. 1 - Modelo de Tuutti de degradação do betão armado (Dousti & Shekarchi, 2009).
22
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
23
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
24
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
Em que:
R- Resistência da estrutura
S- Acão aplicada na estrutura
25
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
𝑁
1
𝑝𝑓 = × ∑ 𝐼[𝑔(𝑟𝑗 , 𝑠𝑗 )] (3.2)
𝑁
𝑗=1
Em que:
N - Número de simulações
I[g(rj,sj)] - Função indicadora
g(rj,sj) - Equação de estado limite
s - Representa a ação ambiental
r - Representa a resistência do betão á penetração de cloretos
𝑝𝑓(1−𝑝𝑓 )
𝑠=√ (3.3)
𝑁
𝛽 = −𝜙 −1 (𝑝𝑓 ) (3.4)
26
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
27
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
28
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
29
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
𝑡𝐿 − 𝑡𝑔 > 0 (3.6)
𝑡𝑑 = 𝛾 × 𝑡𝑑 (3.7)
RC3 2,8
RC2 2,3
RC1 2
30
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
𝑋
𝐶(𝑥, 𝑡) = 𝐶𝑠 (1 − 𝑒𝑟𝑓 ) (3.8)
2√𝐷𝑡
Este modelo pode ser rearranjado, dependendo do parâmetro que se
queira obter, das seguintes formas (expressão 3.9 a 3.11):
𝑋 = 2𝜉√𝐷 × 𝑡 (3.9)
𝑋2
𝐷= (3.10)
4 × 𝑡 × 𝜉2
Em que:
𝐶𝑠 − 𝐶(𝑥, 𝑡)
𝜉 = 𝑒𝑟𝑓 −1 (3.11)
𝐶𝑠
Onde:
D - Coeficiente de difusão dos cloretos do betão, em m 2/s;
31
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
Em que:
Cb = 3,0% nas classes XS2 e XS3 e Cb = 2,0% na classe XS1. Tem em
conta o teor de cloretos da água do mar em Portugal (21g/l) e a
temperatura da água do mar de (16±2) ºC;
Ka/c = 2.5 ×(a/c), sendo a/c a razão água/ligante;
Ktemp’ referente ao betão, tem os seguintes valores (tabela 3.4):
32
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
𝑡0 𝑛
𝐷𝑎 (𝑡) = 𝐷𝑎 (𝑡0 ) × ( ) =
𝑡
𝑡0 𝑛
= 𝑘𝐷,𝑐 × 𝑘𝐷,𝑅𝐻 × 𝑘𝐷,𝑇 × 𝐷0 × ( ) = (3.13)
𝑡
𝑛
𝑡0
= 𝑘 × ( ) × 𝐷0
𝑡
Onde:
KD,c - É um fator que tem em conta a influência das condições de cura;
KD,RH - É um fator que tem em conta a influência da humidade relativa do
ambiente;
KD,T – É um fator que tem em conta a influência da temperatura;
D0 – É o coeficiente de difusão potencial (m2/s), determinado em
laboratório de acordo com a especificação LNEC E463, com o betão na
idade de referência t0 = 28 dias;
n – É um fator que tem em conta o decréscimo de D ao longo do tempo.
33
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
35
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
36
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
𝑥 − 𝛥𝑥
𝐶(𝑥, 𝑡) = 𝐶0 + (𝐶𝑠,𝛥𝑥 − 𝐶0 ) × [1 − 𝑒𝑟𝑓 ] (3.14)
2 × √𝐷𝑎𝑝𝑝 (𝑡) × 𝑡
Em que:
C0 - Conteúdo inicial de cloretos [%/c];
Cs,Δx - Conteúdo de cloretos do ambiente a uma profundidade de Δx
[%/c];
Δx - Profundidade da zona de convexão (camada de betão perto da
superfície em que a penetração de cloretos difere da 2ª lei de Fick) [m];
x - Profundidade em que o teor de cloretos é C(x,t) [m];
t - Tempo [s];
37
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
Em que:
DRCM,0 - Coeficiente de migração de cloretos [mm2/a];
kt - Parâmetro de transferência;
ke - Variável de transferência ambiental (expressão 3.16):
1 1
𝑘𝑒 = 𝑒𝑥𝑝 (𝑏𝑒 ( − )) (3.16)
𝑇𝑟𝑒𝑓 𝑇𝑟𝑒𝑎𝑙
Sendo:
be - Variável de regressão [K];
Tref - Temperatura de referência [K];
Treal - Temperatura do ar a que o elemento está exposto [K];
A(t) - Subfunção considerando o envelhecimento que se rege pela
expressão 3.17:
𝑡0 𝑎
𝐴(𝑡) = ( ) (3.17)
𝑡
Sendo:
p{} - Probabilidade de ocorrer despassivação;
Ccrit - Teor de cloretos critico [%/massa de cimento];
C(a,tSL) - Teor de cloretos a profundidade a no tempo t [%/massa de
cimento];
a - Recobrimento [mm];
tSL- tempo de vida útil [anos];
p0- Probabilidade de falha alvo.
A fiabilidade alvo é especificada na tabela 3.9.
39
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
40
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
4. CASO DE ESTUDO
41
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
42
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
- Corrosão dos elementos de fixação das peças metálicas aos betões, com
fissura e início de destaque em grande parte dos casos encontrados. Neste
item englobam-se os elementos metálicos que constituem as colunas de
iluminação do viaduto, guarda-corpos do mesmo e outras estruturas metálicas
abundantes para apoios variados de condutas e outros equipamentos
existentes no terminal.
De seguida (figura 4.4 a 4.15) encontram-se várias figuras onde é
possível identificar as patologias enumeradas em cima:
Figura 4. 6 - Pormenor da junta entre tramos Figura 4. 7 - Pormenor da junta entre tramos
1 2
44
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
45
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
46
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
47
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
-Auto-calibração.
48
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
- Para a recolha do pó são executados furos, com broca com diâmetro mínimo
de 15 mm, junto de um varão da malha de armadura exterior, a fim de se
garantir a homogeneidade das amostras de pó (figura 4.17 e 4.18);
49
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
50
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
Percentagem em
Perfil
Zona Elemento Ensaio relação à massa
(cm)
de cimento
0a1 1,92
Cl1 4a5 0,80
5a6 0,77
0a1 1,68
Cl2 4a5 1,04
5a6 0,88
0a1 1,44
Viga Cl3 4a5 0,56
longitudinal 5a6 0,53
ZEP2
Este do 0a1 1,76
terminal Cl4 4a5 0,88
5a6 0,78
0a1 1,68
Cl5 4a5 1,12
5a6 0,96
0a1 1,68
Cl6 4a5 1,20
5a6 1,16
51
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
Figura 4. 20 - Perfil de cloretos do ensaio Cl1 Figura 4. 21 - Perfil de cloretos do ensaio Cl2
Figura 4. 22 - Perfil de cloretos do ensaio Cl3 Figura 4. 23 - Perfil de cloretos do ensaio Cl4
Figura 4. 24 - Perfil de cloretos do ensaio Cl5 Figura 4. 25 - Perfil de cloretos do ensaio Cl6
52
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
53
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
54
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
𝑛
(𝛥𝑦𝑘 /𝑦𝑚 )
𝑏𝑘 = ∑ × 𝐶𝑉[%] (5.1)
(𝛥𝑥𝑘 /𝑥𝑚 )
𝑖=1
55
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
56
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
1 1,6
0,95
Cxt (%/massa de ligante) 1,4
1,1 1,2
1,1
Cxt (%/massa de ligante)
0,98
0,96
Cxt (%/massa de ligante)
0,94
0,92
0,9
0,88
0,86
0,84
0,82
0,8
0 10 20 30
Temperatura (°C)
Figura 5. 5 - Variação da temperatura
57
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
1,8
D0
1,6
Cs
1,4
X
1,2
n
1 temp
Linear (X)
0,4
Linear (n)
0,2
Linear (temp)
0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
58
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
100%
100,00%
Cs 85,98%
90% n
80%
70%
60%
bk (%)
50%
40%
27,77%
30% Recobrimento
10,57%
14,06% Temperatura
20%
D0 blim
10%
0%
59
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
1,3 1,1
Cxt (%/massa de ligante)
1,2
1,1 1,05
1
0,9 1
0,8
0,7 0,95
0,6
0,5
0,9
0 0,2 0,4 0,6
a 0 10 Δx (mm) 20 30
60
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
1,15 1,025
Cxt (%/massa de ligante)
1,08 1,2
1,06
Cxt (%/massa de ligante)
1,15
2
Cxt (%/massa de ligante)
1,5
0,5
0
0 1 2 3
Cs (%/massa de ligante)
Figura 5. 14 - Variação de Cs
61
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
1,8
Cs
1,6 Δx
Cnom
1,4
be
1,2 treal
a
1
DRCM,0
0,8 Linear (Cs)
Linear (Δx)
0,6
Linear (Cnom)
0,4 Linear (be)
Linear (treal)
0,2
Linear (a)
0 Linear (DRCM,0)
0 0,5 1 1,5 2 2,5
62
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
100%
100,00%
Cs
90%
80%
70%
60%
50%
34,54%
40% a
30% 22,87%
Cnom
20% 11,45% 12,54%
treal 9,17%
Δx
DRCM,0
10% blim
0,44%
be
0%
63
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
compostos por perfis de cloretos com apenas três pontos, tornando os valores
calculados da difusão e do teor superficial de cloretos pouco fiáveis.
Adicionalmente, a partir de valores encontrados em estudos anteriores
efetuados à ponte cais (Miranda, 2006), foi calculada a razão água/cimento
média de 0,47. Os fatores que influenciam a difusão no tempo no entanto,
foram considerados 0.3 para o modelo da Model Code e 0.55 para a E465 pois,
foi considerado, que o betão atual mais parecido com o betão utilizado em
1967 na construção da ponte cais seria o CEM I.
De seguida (figuras 5.17 a 5.20) são apresentados gráficos referentes à
evolução no tempo do valor da difusão e do teor de cloretos na zona da
armadura segundo os dois modelos de cálculo.
0,7 3E-12
Cxt (%/massa de ligante)
0,6 2,5E-12
0,5 2E-12
D(t) (m2/s)
0,4
Ccr 1,5E-12
0,3
1E-12
0,2
0,1 5E-13
0 0
0 20 40 60 0 20 40 60
Tempo (anos) Tempo (anos)
Figura 5. 17 - Evolução no tempo do teor de Figura 5. 18 - Evolução no tempo do
cloretos na armadura Model Code 2010 coeficiente de difusão Model Code 2010
0,65 5E-12
Cxt (%/massa de ligante)
0,6 4,5E-12
0,55 4E-12
0,5 3,5E-12
D(t) (m2/s)
3E-12
0,45
2,5E-12
0,4
2E-12
0,35
1,5E-12
0,3 1E-12
Ccr
0,25 5E-13
0,2 0
0 20 40 60 0 20 40 60
Tempo (anos) Tempo (anos)
Figura 5. 19 - Evolução no tempo do teor de Figura 5. 20 - Evolução no tempo do
cloretos na armadura LNEC E465 coeficiente de difusão LNEC E465
64
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
65
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
4 1
0,9
Probabilidade de Falha
3 0,8
0,7
2
Fiabilidade
0,6
0,5
1
0,4
0,3
0
0,2
0 20 40 60
-1 0,1
0
-2 0 20 40 60
Tempo (anos) Tempo (anos)
Figura 5. 21 - Fiabilidade LNEC E465 Figura 5. 22 - Probabilidade de falha LNEC
E465
4,5 0,5
4
Probabilidade de Falha
3,5 0,4
3
0,3
Fiabilidade
2,5
2 0,2
1,5
1 0,1
0,5
0
0
0 20 40 60
0 20 40 60
-0,1
Tempo (anos) Tempo (anos)
Figura 5. 23 - Fiabilidade Model Code 2010 Figura 5. 24 - Probabilidade de falha Model
Code 2010
66
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
67
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
68
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
1
𝐷0 = 2
2 𝐶𝑟−𝐶𝑖 (5.2)
(𝑥 𝑒𝑟𝑓 −1 (1 −𝐶 )) × 𝑡𝑖 1−𝑛 × 𝑘 × 𝑡0𝑛
𝑠−𝐶𝑖
Em que:
D0 - É o coeficiente de difusão potencial (m2/s);
X - Recobrimento (m);
Cr - Teor de cloretos que dá inicio á despassivação da armadura
(%/massa de ligante);
Cs - Concentração superficial de cloretos (%/massa de ligante);
Ci - Concentração inicial de cloretos (%/massa de ligante);
ti - Tempo de iniciação (ano);
k - Fatores que têm em conta a influência das condições de cura,
humidade relativa e temperatura;
t0 - Tempo inicial 28 dias;
69
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
2,5E-11
CEM I/II
A/C=0.3
2E-11 CEM III/IV/V
A/C=0.3
A/C=0.4
CEM III/IV/V
0
A/C=0.5
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1
Recobrimento (m)
Figura 5. 25 - D0 = f(x) para um tempo de vida útil de 100 anos
70
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
4 CEM I
A/C=0.4
Cxt (%/massa de ligante)
3,5 CEM I
A/C=0.5
3
CEM I+CV
2,5 A/C=0.4
CEM I+CV
2 A/C=0.5
CEM I+SF
1,5 A/C=0.4
CEM I+SF
1 A/C=0.55
CEM III/B
0,5
A/C=0.4
0 CEM III/B
A/C=0.5
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-0,5
Recobrimento (m)
Figura 5. 26 - Perfis de cloretos aos 10 anos segundo LNEC E465
71
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
4,5
CEM I
4 A/C=0.4
Cxt (%/massa de ligante)
CEM I
3,5 A/C=0.5
CEM I+CV
3
A/C=0.4
2,5 CEM I+CV
A/C=0.5
2 CEM I+SF
1,5 A/C=0.4
CEM I+SF
1 A/C=0.55
CEM III/B
0,5
A/C=0.4
0 CEM III/B
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 A/C=0.5
-0,5
Recobrimento (m)
Figura 5. 27 - Perfis de cloretos aos 100 anos segundo LNEC E465
72
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
73
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
74
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
75
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
Os tipos de cimento com teor mais alto e mais baixo ao longo do tempo
e ao longo do recobrimento são o CEM I, com A/C=0.5, e o CEM III/B, com
A/C=0.4, respetivamente, tal como na análise determinística da especificação
LNEC E465. É interessante ver que todos os cimentos com o passar dos anos
vão apresentando variações cada vez menos abruptas, sendo que os cimentos
do tipo CEM I quase descrevem um decréscimo linear de cloretos para a vida
útil de 100 anos (figura 5.29 e 5.30).
4
CEM I
A/C=0.4
Cxt (%/massa de ligante)
3,5
CEM I
3 A/C=0.5
CEM I+CV
2,5 A/C=0.4
CEM I+CV
2 A/C=0.5
CEM I+SF
1,5
A/C=0.4
CEM I+SF
1
A/C=0.55
0,5 CEM III/B
A/C=0.4
0 CEM III/B
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 A/C=0.5
-0,5
Recobrimento (m)
Figura 5. 29 - Perfis de cloretos aos 10 anos segundo Model Code
76
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
4,5
Cxt (%/massa de ligante) CEM I
4 A/C=0.4
3,5 CEM I
A/C=0.5
3 CEM I+CV
A/C=0.4
2,5 CEM I+CV
A/C=0.5
2 CEM I+SF
1,5 A/C=0.4
CEM I+SF
1 A/C=0.55
CEM III/B
0,5 A/C=0.4
CEM III/B
0 A/C=0.5
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-0,5
Recobrimento (m)
Figura 5. 30 - Perfis de cloretos aos 100 anos segundo Model Code
77
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
78
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
79
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
80
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
6. CONCLUSÃO
No trabalho que aqui se conclui procurou-se estudar os modelos mais
em voga para a caracterização da durabilidade de estruturas de betão armado
quando estas se encontram em ambientes expostos à ação dos cloretos
proveniente da água do mar, o Model Code 2010 e as especificações LNEC
E464 e LNEC E465. Estes modelos foram utilizados de uma maneira
determinística no caso do Model Code 2010, semi-probabilística no caso da
LNEC E465 e probabilística para os dois casos. No decorrer do estudo foi
desenvolvido ainda, segundo as abordagens probabilísticas destes modelos,
um modelo computacional em que é possível simular resultados, por forma a
obter rapidamente valores de fiabilidade e probabilidade de falha, para
diferentes cenários (Anexo G e H).
Os modelos estudados e desenvolvidos foram posteriormente, após
validação e análise, aplicados a um caso de estudo, o terminal de petroleiros e
viaduto sobrejacente situado no porto de Leixões.
Inicialmente, tentou-se recriar as propriedades do betão que ao longo
dos anos sofreu um ataque por parte de cloretos, provenientes do Oceano
Atlântico (ambiente muito agressivo). Esta fase teve por base os ensaios “in
situ” realizados nas vigas das estruturas. Os dados do relatório de inspeção e
dos ensaios realizados foram fornecidos pela Administração dos Portos do
Douro Leixões e Viana do Castelo. Com estes dados, e com recurso a
observações efetuadas no local, foi possível perceber o estado da estrutura e,
desta forma, aferir a necessidade de intervenção, e em alguns casos,
substituição de elementos desta estrutura de 50 anos de idade e que se
encontra em fim de vida útil.
Os resultados deste estudo indicam que a abordagem probabilística do
Model Code 2010 é aquela que melhor se aproxima à realidade. No entanto, os
tempos de iniciação da despassivação parecem curtos uma vez que só nos
últimos anos é que a estrutura se pode considerar em fim de vida útil, daí
implicando um tempo de propagação aparentemente demasiado extenso.
Estruturas neste tipo de ambiente tem tempos de propagação tipicamente
curtos devido à fácil acessibilidade de oxigénio e humidade.
81
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
82
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
83
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
84
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
7. BIBLIOGRAFIA
AASHTO T260-84. (1984). Standard Method of Test for Sampling and Testing
for Chloride Ion in Concrete and Concrete Raw Materials: American
Association of State and Highway Transportation Officials.
Adair, M. A. (2009). The use of predictive models in specifying selective use of
stainless steel reinforcement: Outokumpu Stainless.
Aldea, C., Shah, S., & Karr, A. (1999). Effect of Cracking on Water and Chloride
Permeability of Concrete. Journal of Materials in Civil Engineering, 11(3),
181-187. doi: 10.1061/(ASCE)0899-1561(1999)11:3(181)
Aldea, C. M., Shah, S. P., & Karr, A. (1999). Permeability of cracked concrete.
Materials and Structures, 32(5), 370-376. doi: 10.1007/BF02479629
APDL. (2014). Reabilitação do Terminal e Viaduto do Terminal Petroleiro de
Leixões- Relatório de Inpeção: Administração dos Portos do Douro,
Leixões e Viana do Castelo.
Bentz, E. C. (2003). Probabilistic Modeling of Service Life for Structures
Subjected to Chlorides. Materials Journal, 100(5). doi: 10.14359/12814
Broomfield, J. P. (1997). Corrosion of steel in concrete : understanding
investigation and repair. New York: E & F Spon.
BS 1881-6. (1971). Methods of testing concrete. Analysis of hardened concrete:
British Standards Institution.
BS 1881-204. (1988). Testing concrete. Recommendations on the use of
electromagnetic covermeters: British Standards Institution.
Cady, P., & Weyers, R. (1983). Chloride Penetration and the Deterioration of
Concrete Bridge Decks.
Calgaro, J. A. (2011). Safety philosophy of Eurocodes. Paper presented at the
3rd International Conference on Geotechnical Safety and Risk,
Bundesanstadt für Wasserbau, Karlsruhe, Germany.
Collepardi, M., Marcialis, A., & Turriziani, R. (1970). The Kinetics of Chloride
Ions Penetration in Concrete. Il Cemento, 67.
Collepardi, M., Marcialis, A., & Turriziani, R. (1972). Penetration of Chloride
Ions in Cement Pastes and in Concretes. Journal of the American
Ceramics Society, 55.
Comité euro-international du béton. (1982). Durability of Concrete Structures,
State-of-the Art Report. CEB Bulletin d'Information 148.
Comité euro-international du béton. (1992). Durable Concrete Structures:
Design Guide. CEB Bulletin d'Information 182: Thomas Telford.
Comité euro-international du béton. (1997). New Approach to Durability Design
- An example for carbonation induced corrosion. CEB
Bulletind'Information 238.
Cordon, W. A., & Gillespie, H. A. (1963). Variables in Concrete Aggregates and
Portland Cement Paste which Influence the Strength of Concrete.
Journal Proceedings, 60(8). doi: 10.14359/7889
Divet, L. (2001). Les réactions sulfatiques internes: les differentes sources de
sulfates, les mecanismes et les facteurs determinants. Paper presented
at the Seminário de degradação de estruturas por reacções expansivas
de origem interna, Lisboa.
85
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
Dousti, A., & Shekarchi, M. (2009). Relationship between Free and Total
Chloride Profiles for Optimization of Service Life Prediction in Chloride
Exposed RC Structures. Paper presented at the Third International
Conference on Modeling, Simulation and Applied Optimization, Xarja,
Emirados Árabes Unidos.
Dyer, T. D. (2014). Concrete durability. from http://dx.doi.org/10.1201/b16793
Ferreira, M. (2004). Probability Based Durabulity Analysis of Concrete
Structures in Marine Environment. Universidade do Minho.
Ferreira, M. (2006). Optimização da vida útil das estruturas de betão armado.
Paper presented at the Jornadas Portuguesas de Engenharia de
Estruturas - JPEE, Lisboa, Portugal.
Ferreira, M., & Jalali, S. (2004). Avaliação dos Requisitos de Desempenho de
Estruturas de Betão em Ambientes Marítimos. Paper presented at the 2º
Congresso Nacional da Construção, Porto.
fib- Fédération Internationale du Béton. (2006). Model Code for Service Life
Design. fib Belletin 34.
fib- Fédération Internationale du Béton. (2010a). Model Code 2010 First
complete draft, Volume 1. fib Bulletin 55.
fib- Fédération Internationale du Béton. (2010b). Model Code 2010 First
complete draft, Volume 2. fib Bulletin 56.
fib- Fédération Internationale du Béton. (2015). Benchmarking of deemed-to-
satisfy provisions in standards: Durability of reinforced concrete
structures exposed to chlorides State-of-the-art-report. fib Bulletin 76.
Fick, A. E. (1855). Poggendorff’s Annalen der Physik.
Henriques, A. A. R. (1998). Application of new safety concepts in the design of
structural concrete (Aplicação de novos conceitos de segurança no
dimensionamento do betão estrutural). (Ph.D. Dissertation Ph.D.
Dissertation), Universidade do Porto, Porto, Portugal.
Higgins, D. D. (1981). Diagnosing the cause of defects or deterioration in
concrete structures. Concrete, British Standards Current Practice Sheet
No. 69
Hime, W. G., & Erlin, B. (1987). Some Chemical and Physical Aspects of
Phenomena Associated with Chloride-Induced Corrosion. Special
Publication, 102. doi: 10.14359/1631
Ihekwaba, N. M., Hope, B. B., & Hansson, C. M. (1996). Carbonation and
electrochemical chloride extraction from concrete. Cement and Concrete
Research, 26(7), 1095-1107.
Jang, S. Y., Kim, B. S., & Oh, B. H. (2011). Effect of crack width on chloride
diffusion coefficients of concrete by steady-state migration tests. Cement
and Concrete Research, 41(1), 9-19. doi:
http://dx.doi.org/10.1016/j.cemconres.2010.08.018
LNEC- Laboratório Nacional de Engenharia Civil. (2001). Betões. Metodologia
prescritiva para a vida útil de projecto de 50 anos face às acções
ambientais E-464. Lisboa, Portugal.
LNEC- Laboratório Nacional de Engenharia Civil. (2007). Betões. Metodologia
para estimar as propriedades de desempenho do betão que permite
satisfazer a vida útil de projeto de estruturas de betão armado ou pré-
esforçado sob as exposições ambientais XC e XS E-465. Lisboa,
Portugal.
86
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
Malheiro, R., Camões, A., Ferreira, R. M., Meira, G., & Amorim, T. (2014).
Effect of Carbonation on the Chloride Diffusion of Mortar Specimens
Exposed to Cyclic Wetting and Drying. Paper presented at the XIII
DBMC, International Conference on Durability of Building Materials and
Components, São Paulo, Brasil.
Maslehuddin, M. (1981). Optimization of Concrete Mix Design for Durability in
the Eastern Province of Saudi Arabia. King Fahd University of Petroleum
and Minerals, Dhahran.
Masters, L. W., & Brandt, E. (1987). Prediction of service life of building
materials and components. Materials and Structures, 20(1), 55-77. doi:
10.1007/BF02472728
Matos, J. C. (2013). Uncertainty evaluation of reinforced concrete and
composite structures behavior. (Ph.D. Dissertation Ph.D. Dissertation),
University of Minho, Guimarães, Portugal.
Matos, J. C., Cruz, P. J. S., Valente, I. B., Neves, L. C., & Moreira, V. N. (2016).
An innovative framework for probabilistic-based structural assessment
with an application to existing reinforced concrete structures. Engineering
Structures, 111, 552-564. doi:
http://dx.doi.org/10.1016/j.engstruct.2015.12.040
Matos, J. C., Valente, I. B., Cruz, P. J. S., & Moreira, V. N. (2016). Probabilistic-
based assessment of composite steel-concrete structures through an
innovative framework. Steel and Composite Structures, 20(6), 24. doi:
10.12989/scs.2016.20.6.000
Meira, G. R., Ferreira, P. R. R., Jerônimo, V. L., & Carneiro, A. M. P. (2014).
Comportamento de concreto armado com adição de resíduos de tijolo
cerâmico moído frente à corrosão por cloretos. Ambiente Construído, 14,
33-52.
Melchers, R. E. (1999). Structural reliability analysis and prediction: John Wiley.
Miranda, A. M. (2006). Influência da Proximidade do Mar em Estruturas de
Betão. Universidade do Porto.
Moreira, V. N., Fernandes, J., Matos, J. C., & Oliveira, D. V. (2016). Reliability-
based assessment of existing masonry arch railway bridges.
Construction and Building Materials, 115, 544-554. doi:
10.1016/j.conbuildmat.2016.04.030
Neville, A. M., & Brooks, J. J. (1987). Concrete technology: Longman Scientific
& Technical.
Nilsson, L. O. (1997). HETEK : a system for estimation of chloride ingress into
concrete : theoretical background.
Nowak, A. S., & Collins, K. R. (2012). Reliability of Structures, Second Edition:
Taylor & Francis.
NP-EN 206-1. (2007). Betão – Parte 1: Especificação, desempenho, produção
e conformidade: Instituto Português da Qualidade.
Ollivier, J.-P., Torrenti, J.-M., & Carcassès, M. (2012). The Fundamentals of
Diffusion Physical Properties of Concrete and Concrete Constituents (pp.
195-277): John Wiley & Sons, Inc.
Poulsen, E. (2010). Diffusion of Chloride in Concrete: Theory and Application:
Taylor & Francis.
Sousa Coutinho, J. (1998). Melhoria da durabilidade dos betões por tratamento
da cofragem.
87
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
88
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
8. ANEXOS
89
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
4 CEM I
A/C=0.4
Cxt (%/massa de ligante)
3,5 CEM I
A/C=0.5
3
CEM I+CV
2,5 A/C=0.4
CEM I+CV
2 A/C=0.5
CEM I+SF
1,5 A/C=0.4
CEM I+SF
1 A/C=0.55
CEM III/B
0,5
A/C=0.4
0 CEM III/B
A/C=0.5
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-0,5
Recobrimento (m)
Figura A. 1 - Perfis de cloretos para 10 anos
4,5 CEM I
A/C=0.4
Cxt (%/massa de ligante)
4
CEM I
3,5 A/C=0.5
CEM I+CV
3 A/C=0.4
2,5 CEM I+CV
A/C=0.5
2 CEM I+SF
A/C=0.4
1,5 CEM I+SF
1 A/C=0.55
CEM III/B
0,5 A/C=0.4
CEM III/B
0 A/C=0.5
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-0,5
Recobrimento (m)
Figura A. 2 - Perfis de cloretos para 20 anos
90
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
4,5 CEM I
A/C=0.4
Cxt (%/massa de ligante)
4
CEM I
3,5 A/C=0.5
CEM I+CV
3 A/C=0.4
CEM I+CV
2,5 A/C=0.5
2 CEM I+SF
A/C=0.4
1,5 CEM I+SF
A/C=0.55
1 CEM III/B
A/C=0.4
0,5 CEM III/B
0 A/C=0.5
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-0,5
Recobrimento (m)
Figura A. 3 - Perfis de cloretos para 30 anos
4,5
CEM I
4
Cxt (%/massa de ligante)
A/C=0.4
3,5 CEM I
A/C=0.5
3 CEM I+CV
A/C=0.4
2,5 CEM I+CV
A/C=0.5
2 CEM I+SF
1,5 A/C=0.4
CEM I+SF
1 A/C=0.55
CEM III/B
0,5 A/C=0.4
CEM III/B
0 A/C=0.5
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-0,5
Recobrimento (m)
91
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
4,5 CEM I
A/C=0.4
4 CEM I
Cxt (%/massa de ligante)
A/C=0.5
3,5 CEM I+CV
3 A/C=0.4
CEM I+CV
2,5 A/C=0.5
CEM I+SF
2 A/C=0.4
CEM I+SF
1,5
A/C=0.55
1 CEM III/B
A/C=0.4
0,5 CEM III/B
A/C=0.5
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-0,5
Recobrimento (m)
Figura A. 5 - Perfis de cloretos para 50 anos
4,5
CEM I
Cxt (%/massa de ligante)
4 A/C=0.4
CEM I
3,5 A/C=0.5
CEM I+CV
3
A/C=0.4
2,5 CEM I+CV
A/C=0.5
2 CEM I+SF
A/C=0.4
1,5 CEM I+SF
1 A/C=0.55
CEM III/B
0,5 A/C=0.4
CEM III/B
0 A/C=0.5
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-0,5
Recobrimento (m)
Figura A. 6 - Perfis de cloretos para 60 anos
92
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
4,5
CEM I
Cxt (%/massa de ligante)
4 A/C=0.4
CEM I
3,5
A/C=0.5
3 CEM I+CV
A/C=0.4
2,5 CEM I+CV
A/C=0.5
2 CEM I+SF
1,5 A/C=0.4
CEM I+SF
1 A/C=0.55
CEM III/B
0,5 A/C=0.4
CEM III/B
0 A/C=0.5
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-0,5
Recobrimento (m)
Figura A. 7 - Perfis de cloretos para 70 anos
4,5 CEM I
4 A/C=0.4
Cxt (%/massa de ligante)
CEM I
3,5 A/C=0.5
3 CEM I+CV
A/C=0.4
2,5 CEM I+CV
A/C=0.5
2
CEM I+SF
1,5 A/C=0.4
CEM I+SF
1 A/C=0.55
0,5 CEM III/B
A/C=0.4
0 CEM III/B
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 A/C=0.5
-0,5
Recobrimento (m)
Figura A. 8 - Perfis de cloretos para 80 anos
93
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
4,5 CEM I
Cxt (%/massa de ligante)
A/C=0.4
4
CEM I
3,5 A/C=0.5
CEM I+CV
3
A/C=0.4
2,5 CEM I+CV
A/C=0.5
2 CEM I+SF
1,5 A/C=0.4
CEM I+SF
1 A/C=0.55
CEM III/B
0,5
A/C=0.4
0 CEM III/B
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 A/C=0.5
-0,5
Recobrimento (m)
Figura A. 9 - Perfis de cloretos para 90 anos
4,5
CEM I
4 A/C=0.4
Cxt (%/massa de ligante)
CEM I
3,5 A/C=0.5
CEM I+CV
3
A/C=0.4
2,5 CEM I+CV
A/C=0.5
2 CEM I+SF
1,5 A/C=0.4
CEM I+SF
1 A/C=0.55
CEM III/B
0,5
A/C=0.4
0 CEM III/B
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 A/C=0.5
-0,5
Recobrimento (m)
Figura A. 10 - Perfis de cloretos para 100 anos
94
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
0,025 6
Probabilidade de Falha
0,02 5
Fiabilidade
4
0,015
3
0,01
2
0,005
1
0
0 50 100 150 0
-0,005 0 50 100 150
Tempo (anos) Tempo (anos)
Figura B. 1 - Probabilidade de falha para Figura B. 2 - Fiabilidade para CEM I 42.5R
CEM I 42.5R com A/C=0.4 com A/C=0.4
0,025 5
4,5
Probabilidade de Falha
0,02 4
3,5
Fiabilidade
0,015 3
2,5
0,01
2
1,5
0,005
1
0,5
0
0 50 100 150 0
-0,005 0 50 100 150
Tempo (anos) Tempo (anos)
Figura B. 3 - Probabilidade de falha para Figura B. 4 - Fiabilidade para CEM I 42.5R
CEM I 42.5R com A/C=0.5 com A/C=0.5
0,025 5
4,5
Probabilidade de Falha
0,02 4
3,5
Fiabilidade
0,015 3
2,5
0,01
2
1,5
0,005
1
0 0,5
0 50 100 150 0
-0,005 0 50 100 150
Tempo (anos) Tempo (anos)
Figura B. 5 - Probabilidade de falha para Figura B. 6 - Fiabilidade para CEM I 42.5R
CEM I 42.5R com A/C=0.6 com A/C=0.6
95
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
0,025 5
4,5
Probabilidade de Falha
0,02 4
3,5
Fiabilidade
0,015
3
2,5
0,01
2
0,005 1,5
1
0 0,5
0 50 100 150 0
-0,005 0 50 100 150
Tempo (anos) Tempo (anos)
Figura B. 7 - Probabilidade de falha para Figura B. 8 - Fiabilidade para CEM I
CEM I 42.5R+CV com A/C=0.4 42.5R+CV com A/C=0.4
0,025 5
4,5
Probabilidade de Falha
0,02 4
3,5
Fiabilidade
0,015
3
2,5
0,01
2
0,005 1,5
1
0 0,5
0 50 100 150 0
-0,005 0 50 100 150
Tempo (anos) Tempo (anos)
Figura B. 9 - Probabilidade de falha para Figura B. 10 - Fiabilidade para CEM I
CEM I 42.5R+CV com A/C=0.5 42.5R+CV com A/C=0.5
0,025 5
4,5
0,02
Probabilidade de Falha
4
3,5
Fiabilidade
0,015 3
2,5
0,01
2
0,005 1,5
1
0 0,5
0 50 100 150 0
-0,005 0 50 100 150
Tempo (anos) Tempo (anos)
Figura B. 11 - Probabilidade de falha para Figura B. 12 - Fiabilidade para CEM I
CEM I 42.5R+CV com A/C=0.6 42.5R+CV com A/C=0.6
96
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
0,025 6
Probabilidade de Falha
0,02 5
Fiabilidade
0,015 4
0,01 3
2
0,005
1
0
0 50 100 150
0
-0,005 0 50 100 150
Tempo (anos) Tempo (anos)
Figura B. 13 - Probabilidade de falha para Figura B. 14 - Fiabilidade para CEM I
CEM I 42.5R+SF com A/C=0.4 42.5R+SF com A/C=0.4
0,025 5
4,5
Probabilidade de Falha
0,02 4
3,5
Fiabilidade
0,015
3
2,5
0,01
2
0,005 1,5
1
0 0,5
0 50 100 150 0
-0,005 0 50 100 150
Tempo (anos) Tempo (anos)
Figura B. 15 - Probabilidade de falha para Figura B. 16 - Fiabilidade para CEM I
CEM I 42.5R+SF com A/C=0.55 42.5R+SF com A/C=0.55
0,025 4
3,5
Probabilidade de Falha
0,02
3
Fiabilidade
0,015 2,5
2
0,01
1,5
0,005 1
0,5
0
0 20 40 60 80 100 120 0
-0,005 0 50 100 150
Tempo (anos) Tempo (anos)
Figura B. 17 - Probabilidade de falha para Figura B. 18 - Fiabilidade para CEM III/B 42.5
CEM III/B 42.5 com A/C=0.4 com A/C=0.4
97
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
0,025 5
4,5
Probabilidade de Falha
0,020 4
3,5
Fiabilidade
0,015 3
2,5
0,010
2
1,5
0,005
1
0,000 0,5
0 50 100 150 0
-0,005 0 50 100 150
Tempo (anos) Tempo (anos)
Figura B. 19 - Probabilidade de falha para Figura B. 20 - Fiabilidade para CEM III/B 42.5
CEM III/B 42.5 com A/C=0.5 com A/C=0.5
0,025 5
4,5
0,02
Probabilidade de Falha
4
3,5
0,015
Fiabilidade
3
2,5
0,01
2
0,005 1,5
1
0 0,5
0 20 40 60 80 100 120 0
-0,005 0 50 100 150
Tempo (anos) Tempo (anos)
Figura B. 21 - Probabilidade de falha para Figura B. 22 - Fiabilidade para CEM III/B 42.5
CEM III/B 42.5 com A/C=0.6 com A/C=0.6
98
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
4
CEM I
A/C=0.4
Cxt (%/massa de ligante)
3,5
CEM I
3 A/C=0.5
CEM I+CV
2,5 A/C=0.4
CEM I+CV
2 A/C=0.5
CEM I+SF
1,5
A/C=0.4
CEM I+SF
1
A/C=0.55
0,5 CEM III/B
A/C=0.4
0 CEM III/B
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 A/C=0.5
-0,5
Recobrimento (m)
Figura C. 1 - Perfis de cloretos para 10 anos
4,5
CEM I
Cxt (%/massa de ligante)
4 A/C=0.4
CEM I
3,5
A/C=0.5
CEM I+CV
3
A/C=0.4
2,5 CEM I+CV
A/C=0.5
2 CEM I+SF
A/C=0.4
1,5 CEM I+SF
A/C=0.55
1 CEM III/B
A/C=0.4
0,5 CEM III/B
A/C=0.5
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-0,5
Recobrimento (m)
Figura C. 2 - Perfis de cloretos para 20 anos
99
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
4,5
CEM I
Cxt (%/massa de ligante)
4 A/C=0.4
CEM I
3,5 A/C=0.5
CEM I+CV
3 A/C=0.4
CEM I+CV
2,5
A/C=0.5
2 CEM I+SF
A/C=0.4
1,5 CEM I+SF
A/C=0.55
1 CEM III/B
A/C=0.4
0,5 CEM III/B
A/C=0.5
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-0,5
Recobrimento (m)
Figura C. 3 - Perfis de cloretos para 30 anos
4,5
CEM I
Cxt (%/massa de ligante)
4 A/C=0.4
CEM I
3,5 A/C=0.5
CEM I+CV
3
A/C=0.4
2,5 CEM I+CV
A/C=0.5
2 CEM I+SF
A/C=0.4
1,5 CEM I+SF
A/C=0.55
1 CEM III/B
0,5 A/C=0.4
CEM III/B
0 A/C=0.5
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-0,5
Recobrimento (m)
Figura C. 4 - Perfis de cloretos para 40 anos
100
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
4,5
CEM I
4 A/C=0.4
Cxt (%/massa de ligante)
CEM I
3,5 A/C=0.5
CEM I+CV
3
A/C=0.4
CEM I+CV
2,5
A/C=0.5
2 CEM I+SF
A/C=0.4
1,5 CEM I+SF
A/C=0.55
1 CEM III/B
A/C=0.4
0,5 CEM III/B
A/C=0.5
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-0,5
Recobrimento (m)
Figura C. 5 - Perfis de cloretos para 50 anos
4,5
CEM I
Cxt (%/massa de ligante)
4
A/C=0.4
3,5 CEM I
A/C=0.5
3 CEM I+CV
A/C=0.4
2,5 CEM I+CV
A/C=0.5
2 CEM I+SF
1,5 A/C=0.4
CEM I+SF
1 A/C=0.55
CEM III/B
0,5 A/C=0.4
CEM III/B
0
A/C=0.5
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-0,5
Recobrimento (m)
Figura C. 6 - Perfis de cloretos para 60 anos
101
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
4,5
CEM I
Cxt (%/massa de ligante)
4 A/C=0.4
CEM I
3,5 A/C=0.5
CEM I+CV
3 A/C=0.4
CEM I+CV
2,5 A/C=0.5
CEM I+SF
2 A/C=0.4
CEM I+SF
1,5
A/C=0.55
CEM III/B
1
A/C=0.4
0,5 CEM III/B
A/C=0.5
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-0,5
Recobrimento (m)
Figura C. 7 - Perfis de cloretos para 70 anos
4,5
CEM I
4
Cxt (%/massa de ligante)
A/C=0.4
CEM I
3,5 A/C=0.5
3 CEM I+CV
A/C=0.4
2,5 CEM I+CV
A/C=0.5
2 CEM I+SF
A/C=0.4
1,5 CEM I+SF
1 A/C=0.55
CEM III/B
0,5 A/C=0.4
CEM III/B
0 A/C=0.5
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-0,5
Recobrimento (m)
Figura C. 8 - Perfis de cloretos para 80 anos
102
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
4,5
CEM I
A/C=0.4
Cxt (%/massa de ligante)
4
CEM I
3,5 A/C=0.5
CEM I+CV
3 A/C=0.4
CEM I+CV
2,5 A/C=0.5
CEM I+SF
2 A/C=0.4
CEM I+SF
1,5
A/C=0.55
1 CEM III/B
A/C=0.4
0,5 CEM III/B
A/C=0.5
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-0,5
Recobrimento (m)
Figura C. 9 - Perfis de cloretos para 90 anos
4,5
CEM I
Cxt (%/massa de ligante)
4 A/C=0.4
3,5 CEM I
A/C=0.5
3 CEM I+CV
A/C=0.4
2,5 CEM I+CV
A/C=0.5
2 CEM I+SF
1,5 A/C=0.4
CEM I+SF
1 A/C=0.55
CEM III/B
0,5 A/C=0.4
CEM III/B
0 A/C=0.5
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-0,5
Recobrimento (m)
Figura C. 10 - Perfis de cloretos para 100 anos
103
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
0,12 5
4,5
0,1 4
Probabilidade de Falha
0,08 3,5
3
Fiabilidade
0,06 2,5
2
0,04
1,5
0,02 1
0,5
0
0
0 50 100 150
-0,02 0 50 100 150
Tempo (anos) Tempo (anos)
Figura D. 1 - Probabilidade de falha para Figura D. 2 - Fiabilidade para CEM I 42.5R
CEM I 42.5R com A/C=0.4 com A/C=0.4
0,12 5
4,5
0,1
Probabilidade de Falha
4
0,08 3,5
3
Fiabilidade
0,06 2,5
0,04 2
1,5
0,02 1
0 0,5
0 50 100 150 0
-0,02 0 50 100 150
Tempo (anos) Tempo (anos)
Figura D. 3 - Probabilidade de falha para Figura D. 4 - Fiabilidade para CEM I 42.5R
CEM I 42.5R com A/C=0.5 com A/C=0.5
0,1 5
4,5
0,08 4
Probabilidade de Falha
3,5
Fiabilidade
0,06 3
2,5
0,04 2
1,5
0,02
1
0 0,5
0 50 100 150 0
-0,02 0 50 100 150
Tempo (anos) Tempo (anos)
Figura D. 5 - Probabilidade de falha para Figura D. 6 - Fiabilidade para CEM I 42.5R
CEM I 42.5R com A/C=0.6 com A/C=0.6
104
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
0,1 5
4,5
Probabilidade de Falha
0,1 4
3,5
0,1
Fiabilidade
3
2,5
0,0
2
1,5
0,0
1
0,0 0,5
0 50 100 150 0
0,0 0 50 100 150
Tempo (anos) Tempo (anos)
Figura D. 7 - Probabilidade de falha para Figura D. 8 - Fiabilidade para CEM I
CEM I 42.5R+CV com A/C=0.4 42.5R+CV com A/C=0.4
0,12 5
4,5
0,1
Probabilidade de Falha
4
0,08 3,5
3
Fiabilidade
0,06 2,5
0,04 2
1,5
0,02 1
0,5
0
0 50 100 150 0
-0,02 0 50 100 150
Tempo (anos) Tempo (anos)
Figura D. 9 - Probabilidade de falha para Figura D. 10 - Fiabilidade para CEM I
CEM I 42.5R+CV com A/C=0.5 42.5R+CV com A/C=0.5
0,1 5
4,5
0,08 4
Probabilidade de Falha
3,5
0,06
Fiabilidade
3
2,5
0,04
2
0,02 1,5
1
0 0,5
0 50 100 150 0
-0,02 0 50 100 150
Tempo (anos) Tempo (anos)
Figura D. 11 - Probabilidade de falha para Figura D. 12 - Fiabilidade para CEM I
CEM I 42.5R+CV com A/C=0.6 42.5R+CV com A/C=0.6
105
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
0,12 5
4,5
0,1 4
Probabilidade de Falha
0,08 3,5
Fiabilidade
3
0,06 2,5
0,04 2
1,5
0,02 1
0,5
0
0 50 100 150 0
-0,02 0 50 100 150
Tempo (anos) Tempo (anos)
Figura D. 13 - Probabilidade de falha para Figura D. 14 - Fiabilidade para CEM I
CEM I 42.5R+SF com A/C=0.4 42.5R+SF com A/C=0.4
0,1 5
4,5
0,08 4
Probabilidade de Falha
3,5
0,06
Fiabilidade
3
2,5
0,04
2
0,02 1,5
1
0 0,5
0 50 100 150 0
-0,02 0 50 100 150
Tempo (anos) Tempo (anos)
Figura D. 15 - Probabilidade de falha para Figura D. 16 - Fiabilidade para CEM I
CEM I 42.5R+SF com A/C=0.55 42.5R+SF com A/C=0.55
0,12 5
4,5
0,1
4
Probabilidade de Falha
0,08 3,5
Fiabilidade
3
0,06 2,5
0,04 2
1,5
0,02 1
0,5
0
0 50 100 150 0
-0,02 0 50 100 150
Tempo (anos) Tempo (anos)
Figura D. 17 - Probabilidade de falha para Figura D. 18 - Fiabilidade para CEM III/B 42.5
CEM III/B 42.5 com A/C=0.4 com A/C=0.4
106
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
0,12 5
4,5
0,1
4
Probabilidade de Falha
0,08 3,5
Fiabilidade
3
0,06 2,5
2
0,04
1,5
0,02 1
0,5
0
0
0 50 100 150
-0,02 0 50 100 150
Tempo (anos) Tempo (anos)
Figura D. 19 - Probabilidade de falha para Figura D. 20 - Fiabilidade para CEM III/B 42.5
CEM III/B 42.5 com A/C=0.5 com A/C=0.5
0,12 5
4,5
0,1
4
Probabilidade de Falha
0,08 3,5
Fiabilidade
3
0,06 2,5
0,04 2
1,5
0,02 1
0,5
0
0 50 100 150 0
-0,02 0 50 100 150
Tempo (anos) Tempo (anos)
Figura D. 21 - Probabilidade de falha para Figura D. 22 - Fiabilidade para CEM III/B 42.5
CEM III/B 42.5 com A/C=0.6 com A/C=0.6
107
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
clear;
clc;
format long
tic
t_analysis=zeros(3,t_int*t);
count=1;
t=t_int;
for j=0:t_int:(t_total-t_int)
n_sample=1000000;
%Input values
c0=0;
t0=(28*24*60*60)/(365*24*60*60); %28 dias
k_t=1;
108
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
s_cs=sqrt(log((0.46^2)/(1.33^2)+1));
cs=lognrnd(m_cs,s_cs,n_sample,1);
be=4800;
%m_be=4800;
%s_be=700;
109
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
%be=normrnd(m_be,s_be,n_sample,1);
t_ref=293;
a_t=zeros(n_sample,1);
d_app=zeros(n_sample,1);
z=zeros(n_sample,1);
c_xt=zeros(n_sample,1);
for i=1:n_sample
110
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
%a(t)
a_t(i)=((t0/t)^a(i,1));
ke(i,1)=exp(be*(1/t_ref-1/t_real(i,1)));
%d_app - fib bulletin 34 expression (B2.1-2)
d_app(i,1)=ke(i,1)*d_rcm*k_t*a_t(i,1);
z(i,1)=(c_nom(i,1)-delta_x)/(2*sqrt(d_app(i,1)*t));
if z(i,1)<=0
z(i,1)=0;
end
c_xt(i,1)=c0+(cs(i,1)-c0)*(1-erf(z(i,1)));
end
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
%Failure probability
%ls=r-s;
%r
%r=c_cr
%c_cr Beta PDF
m_c_cr=.35;
s_c_cr=0.15;
syms aaa bbb
lb=.2; %lower bound
ub=2; %upper bound
[aaa bbb]= solve ([lb+(ub-lb)*aaa/(aaa+bbb)==m_c_cr, (ub-
lb)^2*aaa*bbb/((aaa+bbb)^2*(aaa+bbb+1))==s_c_cr^2],[aaa, bbb]);
a_c_cr=double(aaa);
b_c_cr=double(bbb);
c_cr=0.2+(2-0.2)*betarnd(a_c_cr,b_c_cr,n_sample,1);
%s
111
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
s=c_xt;
LS = c_cr - s;
I = (LS < 0);
pf = sum(I)/n_sample;
beta = -norminv(pf);
t_analysis(1,count)=t_int*count;
t_analysis(2,count)=pf;
t_analysis(3,count)=beta;
count=count+1;
disp(' ');
t=count*t_int;
end
toc
112
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
clear;
clc;
format long
tic
t_analysis=zeros(3,t_int*t_total);
count=1;
t=t_int;
t0=28*60*60*24;
for j=0:t_int:(t_total-t_int)
t=t*60*60*24*365;
n_sample=1000000;
% m_k_dt=.8;
% s_k_dt=.16;
% k_dt=normrnd(m_k_dt,s_k_dt,n_sample,1);
%n
m_n=.65;
113
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
s_n=.05;
n=normrnd(m_n,s_n,n_sample,1);
% m_d=1.30*10^-12;
% s_d=1.04*10^-15;
% %d=normrnd(m_d,s_d,n_sample,1);
% d=normrnd(m_d,s_d,n_sample,1);
%m_d0=3.4*10^-12;
%s_d0=0.2*m_d0;
%d0=normrnd(m_d0,s_d0,n_sample,1);
d0=3.4*10^-12;
%x (recobrimento)
%x=.04735;
m_x=0.064;
s_x=0.01;
x=normrnd(m_x,s_x,n_sample,1);
m_cs=5.4;
s_cs=0.15*m_cs;
cs=normrnd(m_cs,s_cs,n_sample,1);
%cs=zeros(n_sample,1);
z=zeros(n_sample,1);
c_xt=zeros(n_sample,1);
for i=1:n_sample
d(i,1)=2.4*0.8*d0*(t0/t)^n(i,1);
%cs(i,1)=c_b*k_ac*k_temp(i,1)*k_vert*k_hor;
z(i,1)=x(i,1)/(2*sqrt(d(i,1)*t));
if z(i,1)<=0
z(i,1)=0;
end
114
Avaliação do Tempo de Vida Útil de Estruturas Marítimas – Aplicação à Ponte Cais do Porto de Leixões
c_xt(i,1)=cs(i,1)*(1-erf(z(i,1)));
end
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
%Failure probability
%ls=r-s;
%r=c_cr
m_c_cr=0.3;
s_c_cr=.03;
c_cr=normrnd(m_c_cr,s_c_cr,n_sample,1);
%s
s=c_xt;
LS = c_cr - s;
I = (LS < 0);
pf = sum(I)/n_sample;
beta = -norminv(pf);
t_analysis(1,count)=t_int*count;
t_analysis(2,count)=pf;
t_analysis(3,count)=beta;
count=count+1;
disp(' ');
t=count*t_int;
end
toc
115