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MATRIZES POLIMÉRICAS
ÍNDICE
0. RESUMO ................................................................................................................................................. 2
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 3
2. DESENVOLVIMENTO .......................................................................................................................... 5
2.1. CFRP’S (COMPÓSITOS COM REFORÇO DE FIBRA DE CARBONO) ..................................... 5
DESCRIÇÃO SUCINTA DO MATERIAL ......................................................................................... 5
PROCESSO DE FABRICO – SÍNTESE ............................................................................................. 5
SUMÁRIO DE PROPRIEDADES (TABELA E/OU FIGURAS) ....................................................... 6
2.2. GFRP’S (COMPÓSITOS COM REFORÇO DE FIBRA DE VIDRO) ............................................ 7
DESCRIÇÃO SUCINTA DO MATERIAL ......................................................................................... 7
PROCESSO DE FABRICO – SÍNTESE ............................................................................................. 8
NOMENCLATURA ............................................................................................................................ 8
SUMÁRIO DE PROPRIEDADES (TABELA E/OU FIGURAS) ....................................................... 8
2.3. COMPÓSITOS REFORÇADOS COM FIBRAS DE ARAMIDA (FIBRAS KEVLAR) .............. 10
DESCRIÇÃO SUCINTA DO MATERIAL ....................................................................................... 10
PROCESSO DE FABRICO – SÍNTESE ........................................................................................... 10
NOMENCLATURA .......................................................................................................................... 10
SUMÁRIO DE PROPRIEDADES (TABELA E/OU FIGURAS) ..................................................... 10
3. EXEMPLOS DE APLICAÇÕES NA INDÚSTRIA .............................................................................. 11
3.1. FIBRAS DE CARBONO ................................................................................................................ 11
3.2. GFRP’S ........................................................................................................................................... 11
3.3 COMPÓSITOS REFORÇADOS COM FIBRAS DE ARAMIDA (KEVLAR) .............................. 12
4. CONCLUSÃO ....................................................................................................................................... 14
5.BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................................... 15
0. RESUMO
A presente monografia procura explorar conteúdo científico-tecnológico dedicado a
materiais compósitos de matriz poliméricas. O trabalho pretende introduzir conceitos
fundamentais, exemplos, propriedades e aplicações da supracitada classe de materiais,
aprofundando e solidificando o conhecimento que os alunos envolvidos na elaboração da pesquisa
têm da área estudada.
Delineou-se, aquando da seleção das propriedades a abordar, que seria aprofundado o
estudo da tensão limite de elasticidade, bem como a densidade e o módulo de elasticidade dos
materiais tratados.
Foi ainda considerado prioritário o enquadramento da área abordada no contexto do
mestrado integrado frequentado pelos alunos, debruçando-se a exploração da utilidade e aplicação
dos materiais principalmente sobre a sua vertente aeronáutica – destacaram-se, por serem as de
mais comum uso neste setor, as fibras de carbono, as fibras Kevlar – nome comercial das fibras
aramidas produzidas pela DuPont (empresa multinacional americana ilustre no campo da produção
química) e as fibras de vidro.
Proceda-se então para o referido trabalho de síntese.
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho debruça-se sobre conteúdo científico e tecnológico inerente a materiais
compósitos de matriz polimérica.
Considerou-se premente a abordagem desta classe de materiais, ponderando a relevância
que assume dentro da indústria aeronáutica – sabia-se já, não só por referenciação feita pelos
docentes em contexto de aula, mas também por algum contacto que os alunos tiveram previamente
com a área, do quão comum e pertinente é o uso de materiais compósitos de matriz polimérico no
fabrico de aeronaves.
Outro parâmetro tido em consideração na seleção do tema do trabalho de análise e síntese
foram as propriedades do material suprarreferido. Coadunadas com a frequência do uso destes
compósitos na construção aeronáutica, a baixa densidade, elevada rigidez, resistência dinâmica e
à corrosão, e estabilidade dimensional, bem como a rotura faseada e a facilidade de moldagem
justificaram a escolha de materiais compósitos de matriz polimérica como o tema a explorar no
trabalho de análise e síntese a elaborar.
Um material compósito resulta da conjugação de dois ou mais materiais, de natureza
diferente, macroscopicamente distinguíveis, com uma interface que os separa, e cujas
propriedades, por se combinarem, são superiores às de cada um dos materiais isolados. Outra
definição de um material compósito é aquele que conjuga dois materiais em fases distintas: - a
matriz (que garante a ligação) e o reforço (que garante a resistência, e é constituída por folhas,
partículas ou fibras).[1,2]
Os materiais compósitos admitem diferentes matrizes, cujo tipo os diferencia e categoriza:
os de matriz polimérica, de matriz cerâmica, ou os de matriz metálica. Será aprofundado no
presente trabalho o estudo dos materiais compósitos de matriz polimérica.
Esta categoria de materiais caracteriza-se pela sua capacidade de suportar qualquer forma
de reforço (folha, partícula ou fibra). [1]
A integração de diferentes reforços irá, naturalmente, ampliar características e propriedades
distintas do material: por exemplo, o uso de fibras (o reforço abordado no presente trabalho)
aumenta a sua tenacidade (energia por unidade de volume necessária para levar um material até à
ruína). [3]
Este tipo de compósito destaca-se ainda, portanto, pela absorção das deformações a que for
sujeita, e a resistência que confere quando sujeita a pressão.
Por superarem em qualidade os materiais de que são compostos, os compósitos tornaram-
se prediletos em extensos setores de produção, não sendo o setor aeronáutico uma exceção.
Apresentam-se nas imagens abaixo exemplos da utilização recorrente de materiais
compósitos na indústria aeronáutica.
Podemos, desta forma, deduzir o papel crucial que os compósitos de matriz polimérica
assumem dentro de um contexto industrial e de produção.
Analisar-se-ão então as propriedades e aplicações do material supramencionado, de forma
a, através de estudo de material e trabalho científico existente, melhor se compreender o uso e o
destaque atribuídos ao mesmo.
2. DESENVOLVIMENTO
Existem vários processos para tornar estas fibras ainda mais resistentes; o mais comum é a
grafitização a temperaturas superiores a 1800 graus celsius. [1,7]
É de notar que o valor da tensão limite de elasticidade dos CFRP varia num intervalo muito
grande; Isto deve-se ao elevado número de processos de fabrico, tamanhos das fibras e possíveis
disposições essas mesmas fibras, fazendo assim com que existam muitos tipos de fibras de carbono
com propriedades mecânicas diferentes,
Um bom exemplo desta extensão de valores é a densidade do compósito - estão presentes
na tabela abaixo os valores médios de tensão limite de elasticidade e de densidade de um compósito
de fibra de carbono com matriz de epóxi, bem como os valores para o aço e liga de alumínio
utilizados no setor aeroespacial, para que possa ser feita uma comparação dos valores que o
compósito assume em cada um dos casos.
Não obstante, compósitos que apresentem uma matriz de epóxi conseguem suportar
temperaturas até aos 500 graus celsius sem que se perca uma quantidade significativa das suas
propriedades mecânicas. Aquando da utilização de uma matriz de carbono, estas fibras podem
suportar até 2200 graus celsius sem que ocorra a mesma perda. [5, 6]
Todas estas características fazem das fibras de carbono um material excecional; No
entanto, como todos os materiais, tem as suas desvantagens: são elas o elevado custo de produção
- as fibras de carbono são difíceis e caras de produzir, podendo ser entre 5 a 20 vezes mais caras
de sintetizar que uma liga de alumínio ou aço; São também difíceis de produzir em grande escala,
o que favorece o elevado custo.
Outro ponto negativo da fibra de carbono é a sua baixa capacidade térmica – esta fibra não
é capaz de suportar temperaturas tão elevadas como um aço ou titânio, não podendo portanto ser
usado, por exemplo, no motor de um avião. [4]
Tal como todas as fibras, a fibra de vidro é usada como elemento de reforço e é responsável
pelas propriedades mecânicas do compósito, sendo uma das mais utilizadas.
Esta é composta por uma aglomeração de finíssimos filamentos de vidro não rígidos e
extremamente flexíveis que, quando adicionada uma resina, se transforma num composto
denominado de PRFV (polímero reforçado com fibra de vidro), mas que vulgarmente se denomina
também de fibra de vidro.[1]
Listam-se então como propriedades das fibras de vidro a elevada resistência à tração e
compressão, o baixo custo de produção (quando comparado com outras fibras), a elevada
resistência química e ao fogo, bem como as boas propriedades de isolamento acústico, térmico e
elétrico.
Há, porém, algumas inconveniências no emprego deste compósito, tais como módulo de
elasticidade reduzido, a elevada massa específica, a sensibilidade à abrasão e a temperaturas
elevadas, bem como a baixa resistência à fadiga.[2]
NOMENCLATURA
Existem diferentes tipos de fibras de vidro; alguns deles estão referenciados abaixo:
Para que se fizesse listagem e exploração de propriedades das fibras de vidro, o grupo de
trabalho baseou-se num estudo da revista ‘Engevista’.
É na mesma referido que, para a realização do estudo, foi necessário proceder ao fabrico
de cinco corpos de prova diferentes, que foram sujeitos a vários testes para que se obtessem as
propriedades físicas e mecânicas deste compósito.
As fibras de aramida, também conhecidas por Kevlar (nome comercial com o qual foram
patenteados pela DuPont aquando da sua descoberta), são compostas por materiais orgânicos
sintéticos constituídos por elementos como carbono, hidrogénio, oxigénio e nitrogénio.
As mesmas resultam da extrusão e trefilação de um tipo de nylon com estrutura molecular
formada por cadeias de benzeno e amida.
A fibra Kevlar apresenta uma espessura que varia tipicamente entre 12μm e 15μm. Dois
dos tipos mais encontrados no mercado são a Kevlar® 29 (indicadas no uso de coletes à prova de
balas, fios e cabos, por serem mais dúcteis), e a Kevlar® 49, (cuja aplicação tem uma vertente
maioritariamente aeronáutica, pela sua maior rigidez).[1]
As fibras aramidas apresentam no entanto alguns entraves, sendo exemplos a sua baixa
resistência à compressão, a degradação lenta sob luz ultravioleta, e a elevada absorção de
humidade, bem como a má adesão às resinas e o custo relativamente elevado.[2]
As fibras de aramida são produzidas por uma mistura de polímeros e ácidos que é mantida
a temperaturas baixas (entre -50 e 80 graus Celsius), e é posteriormente extraída para cilindros
com temperaturas de 200 graus Celsius, lavada e seca em bobinas e, finalmente, trefilada, para
aumentar a sua resistência e rigidez.[1][3]
NOMENCLATURA
Existem diferentes tipos de fibras de aramida, sendo alguns alguns exemplos a Kevlar®
29, a Kevlar® 49, a Kevlar® 119, a Kevlar® 129, a Kevlar® 149 e a Kevlar® KM 2;
Apresentam-se abaixo as propriedades de algumas destas fibras.[4]
Os CFRP’s são também usados na indústria automóvel, permitindo construir, por exemplo,
carros de fórmula 1 extremamente leves e eficientes. São também frequentemente empregues na
engenharia civil para reforçar estruturas de cimento que estão sujeitas a forças elevadas.
3.2. GFRP’S
A fibra de vidro é também utilizada na indústria automóvel para, por exemplo, reforçar
para-choques.
É também muito utilizada na indústria da construção civil, principalmente como isolante
térmico ou acústico.
Estas fibras são igualmente comuns na indústria automóvel - por exemplo, em correias de
transmissão, juntas de motores, partes de carros de fórmula 1, pneus ou até mesmo discos e
pastilhas de travão. [5]
As fibras de aramida adotam também uma relevância considerável no setor da defesa,
principalmente na produção de coletes à prova de bala que protegem militares, policias e outros
por todo o mundo, podendo também ser usadas em uniformes no reforço de veículos militares.
[5]
4. CONCLUSÃO
Pela exposição feita no trabalho, é agora possível ter-se uma melhor perceção dos motivos
pelos quais os materiais compósitos de matriz polimérica adotaram uma posição de tanta
proeminência na indústria e fabrico de material sujeito a altos níveis de corrosão e provação física.
É previsível que, com o já verificável incremento na frequência com que é requerido o uso,
não só de aeronaves, mas também de ferramentas ou corpos mais resistentes e duráveis tangendo
diferentes campos e propósitos de trabalho, se intensifique e amplie o emprego de compósitos de
matriz polimérica no sector, visando aumentar exponencialmente a resistência, qualidade, e tempo
de vida do produto fornecido – assim, o aumento desta exigência de mercado torna expectável uma
maior exploração e estudo científicos do potencial e das propriedades mecânicas e térmicas de
materiais compósitos de matriz polimérica, ocorrendo provavelmente um boom científico e de
produção no setor, com um público alvo ainda assim fulcralmente composto pelos fabricantes de
partes de aeronaves, onde o material adota um papel de magnitude considerável.
5.BIBLIOGRAFIA
INTRODUÇÃO
[1] http://disciplinas.ist.utl.pt/qgeral/mecanica/MatComp.pdf
[2] Abílio P. Silva, Caderno Teórico de Ciência dos Materiais; UBI - Universidade da Beira
Interior, Tipografia, ISBN: 978-989-654-427-0, 2018
[3] http://disciplinas.ist.utl.pt/qgeral/mecanica/MatComp.pdf
[4] https://estudomec.info/files/SM_5.Compositos.pdf
FIBRAS DE CARBONO
https://www.airbus.com/content/dam/corporate-
topics/publications/backgrounders/techdata/general-information/Airbus-A350-XWB-Airframe-
Composite-guide-for-firefighters.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Comp%C3%B3sito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibra_de_carbono
https://www.oxyblack.com/index.php/pt/compositos/o-que-sao
https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=laser-infravermelho-fibras--de-
carbono&id=010170100406#.YKZvIqhKhPY
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADmero_de_fibra_de_carbono_refor%C3%A7ado~
https://www.tecmundo.com.br/quimica/76017-fibra-carbono-feito-funciona-material-
incrivel.htm
[1]Anabela Mendes Moreira. Materiais compósitos. 2008
[2] Abílio P. Silva, Caderno Teórico de Ciência dos Materiais; UBI - Universidade da Beira
Interior, Tipografia, ISBN: 978-989-654-427-0, 2018.
[3] Denis Rodrigues Da Rocha. ESTRUTURAS DE AERONAVES: ANÁLISE DO AUMENTO
DA UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS COMPÓSITOS. 2020. MIGUEL
[4]Clayton Pereira da Silva Santos; Jorge Ricardo Ribeiro Bichara. Estudo Experimental das
Propriedades Mecânicas para Compósito em Fibra de Carbono e Matriz Epóxi Pipefix (CFRP –
Carbon Fiber Reinforced Polymer). 2015
[5]http://www.matweb.com/search/datasheet_print.aspx?matguid=39e40851fc164b6c9bda29d79
8bf3726
[6] Xavier Gabrion; Vincent Placet; Frédérique Trivaudey; Lamine Boubakar. About the
thermomechanical behaviour of a carbon fibre reinforced high-temperature thermoplastic
composite. 2017
7]Rosangela M. de Carvalho; Lauro T. Kubota; Jarbas J. Rohwedder. Fibras de carbono:
aplicações em eletroanalítica como material eletródico. 1999
FIBRAS DE VIDRO
[1]https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibra_de_vidro
[2] MOREIRA, Anabela Mendes. Materiais compósitos. Área de construção, 2009.
[3] Abílio P. Silva, Caderno Teórico de Ciência dos Materiais; UBI - Universidade da Beira
Interior, Tipografia, ISBN: 978-989-654-427-0, 2018
[4]Vieira, P. R., Vieira, J., & Carvalho3, E. M. (2016). Análise das propriedades de compósitos
poliméricos reforçados com fibra de. Engevista, V.18, 363-374.
[5] SHIVANAGERE, Abhay; SHARMA, S.; GOYAL, P. Modelling of glass fibre reinforced
polymer (Gfrp) for aerospace applications. Journal of Engineering Science and Technology,
2018, 13.11: 3710-28.
FIBRAS DE ARAMIDA