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Grupo de trabalho:
Professores:
Aveiro, 14/06/2022
Resumo
De forma de obter novos conhecimentos e aprofundá-los sobre os temas
relacionados com a unidade curricular, foi proposto, no âmbito da unidade curricular
Estruturas Compósitas e Celulares, um trabalho de pesquisa e análise sobre um tema à
escolha do grupo de trabalho. Logo, o tema escolhido por este grupo de trabalho foi o
seguinte: “Reciclagem de compósitos de fibras de vidro”.
Todo este trabalho tem como objetivo não só a obtenção de novos conhecimentos,
mas também o aumento da sensibilidade dos estudantes relativamente aos problemas
atuais relacionados com a reciclagem e o ambiente.
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Índice
1.Introdução .................................................................................................................................. 6
2.Compósito de fibra de vidro....................................................................................................... 6
2.1 Propriedades ....................................................................................................................... 8
2.2 Aplicações............................................................................................................................ 9
2.3 Processos de fabrico.......................................................................................................... 11
2.3.1 Moldação por Contacto.............................................................................................. 11
2.3.1.1 Moldação por projeção ....................................................................................... 11
2.3.1.2 Moldação Manual ............................................................................................... 12
2.3.2 Moldação por injeção a baixa pressão e por transferência ....................................... 13
2.3.3 Enrolamento filamentar ............................................................................................. 13
3.Processos de reciclagem de compósitos de fibra de vidro ...................................................... 14
3.1 Métodos mecânicos .......................................................................................................... 15
3.2 Métodos térmicos ............................................................................................................. 16
3.2.1 Pirólise ........................................................................................................................ 16
3.2.2 Processo de leito fluidizado ....................................................................................... 16
3.3 Métodos químicos ............................................................................................................. 17
4. Comparação dos vários processos de reciclagem ................................................................... 17
5. Exemplos de métodos para a reciclagem dos compósitos ..................................................... 18
5.1 Reciclagem de placas de circuitos ................................................................................. 18
5.2 Reciclagem de pás de turbinas eólicas .......................................................................... 21
7.Referências bibliográficas ........................................................................................................ 25
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Lista de figuras
Figura 1 - Compósitos reforçados com fibras de vidro: (a) descontínuas unidirecionais; (b)
descontínuas aleatórias; (c) contínuas multidirecionais [4] ......................................................... 7
Figura 2 - Local onde é aplicado compósito de fibras de vidro numa pá eólica. [8, 9] ............... 10
Figura 3 - Outros exemplos de aplicações do compósito de fibras de vidro. [10, 11] ................ 11
Figura 4 - Representação esquemática do processo de moldação por projeção.[13]................ 12
Figura 5 - Esquema do processo de moldação manual.[14] ....................................................... 12
Figura 6 - Esquema do processo de moldação por injeção e baixa pressão e por
transferência.[15] ........................................................................................................................ 13
Figura 7 - Esquema do funcionamento do processo de enrolamento filamentar.[16] .............. 14
Figura 8 - Pás eólicas depositadas num aterro sanitário.[17] ..................................................... 14
Figura 9 - Diagrama esquemático em que mostra as possíveis soluções para gerir resíduos de
compósitos.[19]........................................................................................................................... 15
Figura 10 - Esquema das etapas necessárias para a recuperação dos constituintes das
placas.[20] ................................................................................................................................... 19
Figura 11 - (A) placa RAM, (B) amostras da placa obtidas pelo corte, (C) mistura resultante do
“inchaço” orgânico, (D)” gold fingers”, (E) ouro purificado, (F) laminados de cobre e fibra de
vidro separados.[20] ................................................................................................................... 20
Figura 12 - Método picnométrico caseiro.[20] ........................................................................... 21
Figura 13 -Esquema das etapas necessárias para a decomposição do compósito.[21] ............. 22
Figura 14 - As propriedades mecânicas das fibras de vidro “virgens” (VGF) e das amostras
testadas (RGF).[21] ...................................................................................................................... 23
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Lista de tabelas
Tabela 1 – Propriedades de alguns tipos de fibras de vidro.[5]…………………………4
Tabela 2 – Tabela de propriedades do compósito reforçado com fibra de vidro.[6]…….5
Tabela 3 – Síntese dos vários métodos de reciclagem.[19]…………………………….17
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1.Introdução
Com o aumento da produção e do consumo mundial de vários tipos de produtos,
a preocupação pela sustentabilidade ambiental está a aumentar. Para combater este fator
foi criado um processo de conversão de desperdício em materiais ou produtos de potencial
utilidade. Este processo chama-se reciclagem e permite reduzir o consumo de matérias-
primas, de utilização de energia e pôr fim à emissão de gases de efeito estufa.[1] No
entanto, sabe-se que cerca de 70% dos resíduos que produzimos em Portugal são
recicláveis, mas apenas 38% dos resíduos recicláveis entram em fluxos de preparação
para reciclagem, ou seja, maior parte dos resíduos acabam em aterros sanitários. Isto pode
ser explicado pela falta de sensibilização da população em geral.[2]
Este trabalho tem como foco pesquisar métodos e soluções para reciclar materiais
compósitos de fibra de vidro. No caso destes compósitos, maior parte dos resíduos vão
para o aterro sanitário devido à falta de métodos eficazes de reciclagem deste material.
Essa dificuldade é justificada pelo facto de um compósito ser uma combinação de dois
ou mais materiais o que dificulta a sua reciclagem; neste caso trata-se de uma combinação
de uma matriz polimérica, por exemplo resina époxi e uma fibra de reforço (fibra de
vidro).
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Na escolha do termoendurecível para o fabrico do compósito, tem de se ter em
conta a sua viscosidade e a interação entre o reforço e o termoendurecível (molhagem e
adesão), pois estes fatores estão relacionados com desempenho do compósito.
Normalmente, a resina epóxi é utilizada como matriz, pois apresenta alta resistência à
tração e compressão e boa resistência química a solventes, além de ter um baixo custo
associado e facilidade de processamento.[3]
Figura 1 - Compósitos reforçados com fibras de vidro: (a) descontínuas unidirecionais; (b) descontínuas aleatórias;
(c) contínuas multidirecionais [4]
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Para além de diferentes formas de distribuição de fibras na matriz, existem
também diferentes tipos de fibra. Atualmente, existem pelo menos três tipos de fibras
produzidas sob a forma de fio que é o caso das fibras E, S e R. Os tipos S e R são
produzidas a partir de vidro de alta resistência, possuindo assim melhores propriedades
do que as fibras do tipo E. [5] Na tabela 1 está indicado algumas das propriedades de
vidro E, S e R.
2.1 Propriedades
Como já foi dito, as propriedades deste material variam muito. Basta alterar a
forma como se distribui as fibras na matriz que já diferencia o tipo de aplicação deste
material. Por exemplo, para compósitos de fibras de vidro de alta-performance, são
utilizadas fibras continuas; os compósitos que possuem fibras de vidro descontínuas são
mais baratos e com maiores quantidades de fibra. Em relação à matriz, esta tem como
função proteger as fibras do dano causado pelo manuseamento ou por fatores externos
(alterações climáticas), e limita a temperatura de serviço e as condições de produção. Com
estas características, podemos concluir que existe uma grande variedade de tipos de
compósitos de fibras de vidro.[6] Na tabela 2 está apresentado um exemplo das
propriedades de um compósito reforçado com fibras de vidro contínuas0°, ±45° 𝑒 90°)
com a matriz epóxi.
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Tabela 2 – Tabela de propriedades do compósito reforçado com fibra de vidro.[6]
2.2 Aplicações
O compósito de fibra de vidro é um material extremamente versátil devido às suas
propriedades mecânicas e características únicas, tal como boa resistência mecânica em
relação ao peso. Por esta razão, é expectável que compósitos de fibra de vidro sejam cada
vez mais utilizados em várias indústrias.[7]
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são simplesmente muito caros para produção em volume. Atualmente, as resinas
utilizadas apresentam uma maior resistência à absorção de águaNo início, havia
problemas com as resinas absorverem água, só que atualmente as resinas usadas são mais
resistentes neste especto.[7]
Uma secção em que cresceu muito o uso deste material foi no fabrico de pás para
uma turbina eólica.[7] Mais à frente neste trabalho, irá ser explicado um método de
reciclagem de pás eólicas de forma detalhada. Na figura 2, está representado as zonas
onde se aplicam compósitos de fibras de vidro numa pá eólica.
Figura 2 - Local onde é aplicado compósito de fibras de vidro numa pá eólica. [8, 9]
Para além disso, o desporto é uma das áreas onde estes compósitos têm maior
utilidade, estando presentes em pranchas de surf, varas de salto, entre outros. Contudo, a
sua presença é mais pronunciada em desportos automóveis, tanto na produção de
componentes mais pequenos, como discos de embraiagem e pastilhas de travões, como
na produção de componentes de dimensões mais elevadas, como para-choques, guarda-
lamas, e até mesmo carroçarias, pois é capaz de manter o compromisso entre redução de
peso e boas propriedades mecânicas.[7]
Por fim, a utilização de fibra de vidro está bastante presente na indústria militar
contribuindo para a produção de capacetes, escudos e entre outras aplicações.[7] A figura
3 ilustra alguns exemplos de aplicação deste material.
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Figura 3 - Outros exemplos de aplicações do compósito de fibras de vidro. [10, 11]
11
Figura 4 - Representação esquemática do processo de moldação por projeção.[13]
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2.3.2 Moldação por injeção a baixa pressão e por transferência
O processo de moldação por injeção a baixa pressão e por transferência é indicado
para a produção de componentes compósitos de matriz termoendurecivel. Consiste na
colocação das fibras de vidro no interior da cavidade no molde. Um segundo molde é
colocado sobre o primeiro e de seguida a resina é injetada a baixa pressão para o interior
da cavidade existente entre eles. Com este processo é possível obter um produto com
elevado teor de fibra, número de vazios reduzido e ainda elevada qualidade
superficial.[12] Na figura 6 está representado um esquema de uma das variantes deste
processo.
Figura 6 - Esquema do processo de moldação por injeção e baixa pressão e por transferência.[15]
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Figura 7 - Esquema do funcionamento do processo de enrolamento filamentar.[16]
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Contudo, está a emergir novas tecnologias e métodos para reciclar este tipo de
materiais. Até já existe uma empresa especialista em reciclar pás eólicas, chamada Global
FiberGlass Solutions que consegue transformar as pás eólicas em barras usadas em linhas
férreas.[18] A figura 9 ilustra os vários de métodos de reciclagem que serão descritos
posteriormente, e entende-se que a reciclagem não é o único processo para reaproveitar
os recursos do compósito de fibra de vidro.
Figura 9 - Diagrama esquemático em que mostra as possíveis soluções para gerir resíduos de compósitos.[19]
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fibras recicladas em vez de fibras virgens. Apesar de os métodos mecânicos aproveitarem
100% do material, criam um produto reciclado de baixo custo.[19]
3.2.1 Pirólise
Pirólise é uma reação de decomposição. Este processo é realizado em ambiente
com baixo ou nenhum oxigênio e em uma faixa de temperatura de 400 ◦C a 1000 ◦C. O
subproduto deste processo está na forma líquida, ou seja, alcatrão e outros líquidos
pesados podem ser consumidos como óleo e outros produtos. Os produtos gasosos, ou
seja, CO2, H2, CH4 e outros hidrocarbonetos que tenham baixos valores calóricos, ainda
podem ser consumidos como recursos energéticos. Este processo também é chamado de
processo de reciclagem autossustentável devido aos seus subprodutos.[19]
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3.3 Métodos químicos
A reciclagem química envolve a decomposição de matrizes poliméricas em
solventes químicos. As fibras são recuperadas em maior parte com as propriedades
mecânicas intactas. Os solventes que são usados para decompor a matriz de resina epóxi
envolvem tetralina, ácido nítrico, entre outros.[19]
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5. Exemplos de métodos para a reciclagem dos compósitos
Este capítulo tem o intuito de descrever o processo de reciclagem com detalhe em
dois componentes que possuem o compósito de fibra de vidro. Estes componentes são
placas de circuitos e pás de turbinas eólicas.
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Figura 10 - Esquema das etapas necessárias para a recuperação dos constituintes das placas.[20]
Figura 11 - (A) placa RAM, (B) amostras da placa obtidas pelo corte, (C) mistura resultante do “inchaço” orgânico,
(D)” gold fingers”, (E) ouro purificado, (F) laminados de cobre e fibra de vidro separados.[20]
Para recuperar a prata, procede-se a um processo de lixiviação dos metais base usando
condições ácidas oxidantes leves; para recuperar o cobre e o níquel, realiza-se uma
precipitação alcalina (precipitação através do aumento do pH da solução de lixiviação
utilizando pellets de NaOH). [20] Depois de delaminar o resto da placa por um inchaço
orgânico, essa mistura constituída por cobre e fibras de vidro é combinada com a mistura
resultante da separação magnética dos “gold fingers”. O cobre e as fibras de vidro
presentes na mistura são separados pelo processo de separação com auxílio do ar, através
de diferenças de densidade. A densidade dos dois constituintes é determinada por um
método picnométrico caseiro: o picnómetro é constituído por dois recipientes: um onde a
fibra de vidro é colocada e outro com um volume interno conhecido, utilizado como
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referência; os dois recipientes são selados, e introduz-se hélio à pressão de 1 bar; depois
a válvula do recipiente que contém a fibra é aberta e o hélio é libertado para esse
recipiente; o hélio que fica no recipiente de referência é usado para calcular a diferença
de volume no recipiente com a fibra. verificou-se que as propriedades da fibra de vidro
mantiveram-se idênticas às originais pelo que podem ser reutilizadas para outras
aplicações.[20]
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O processo experimental tem o seu começo no corte de amostras de compósito
com determinadas dimensões (40 x 40 x 4 mm), que são depois imersas na solução
contendo o solvente durante 30 minutos, à temperatura ambiente. Aqui, dá-se o “inchaço
parcial” das amostras, de forma que o compósito sofra a sua delaminação camada a
camada. [21]
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uma menor quantidade de resina epóxi na superfície da fibra. Após ser realizada uma
análise ao comportamento mecânico das fibras, é possível observar que o aumento da taxa
de decomposição da epóxi provoca um aumento nas propriedades mecânicas da mesma.
A percentagem de peróxido de hidrogénio também é um fator a ter em consideração,
sendo que o seu aumento provoca uma melhoria nas propriedades mecânicas e uma taxa
de decomposição mais elevada. [21]
Figura 14 - As propriedades mecânicas das fibras de vidro “virgens” (VGF) e das amostras testadas (RGF).[21]
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6.Conclusões
No âmbito da unidade curricular Estruturas Compósitas e Celulares, foi elaborada
uma pesquisa sobre a reciclagem de compósitos de fibras de vidro. Na atualidade, a
reciclagem dos diversos materiais descartados pelo Homem é uma preocupação, pelo que
surgem vários métodos e tecnologias para reaproveitar os materiais.
Define-se um compósito de fibra vidro como um material formado por uma matriz
reforçada com fibra de vidro. Estas fibras são comummente utilizadas devido às suas
características (boa adesão entre a fibra e matriz, elevada resistência mecânica especifica
e estabilidade dimensional). Os compósitos de fibra de vidro apresentam propriedades
únicas tal como uma boa resistência mecânica em relação ao peso.
Relativamente à reciclagem dos compósitos, esta pode ser realizada por métodos
mecânicos, térmicos, químicos, híbridos, etc. São apresentados dois métodos de
reciclagem, um para as placas de circuitos e outro para as pás eólicas. Neste contexto, foi
possível enriquecer o conhecimento sobre este tipo de compósitos, realçando a
importância da reciclagem dos mesmos.
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7.Referências bibliográficas
[1] Neste website: https://pt.wikipedia.org/wiki/Reciclagem
[4] Slides do Prof. João Rossignolo e da Prof. Eliria Pallone da Universidade de São
Paulo, do curso Ciências e Tecnologia dos Materiais
[11] Abubakar Gambo Mohammed, “Experimental and numerical approach to study the
mechanical behaviour of the filament wound composite leaf spring”, 2014
[19] Manjeet Rani, Priyanka Choudhary, Venkata Krishnan, Sunny Zafar, “A review on
recycling and reuse methods for carbon fiber/glass fiber composites waste from wind
turbine blades”, 2021
[20] Paulo M.S. Sousa, Liliana M. Martelo, António T. Marques, Margarida M.S.M.
Bastos, Helena M.V.M. Soares, “A closed and zero-waste loop strategy to recycle the
main raw materials (gold, copper and fiber glass layers) constitutive of waste printed
circuit boards”, 2022
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