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COORDENADOR

Prof. Dr. Alexandre Carneiro Silvino

AUTORES
Alice Barbosa de Brito
Daniela Corrêa Santos
Elisa Barbosa de Brito
Fiammetta Nigro
Ruan Roberto Henriques
Taihana Parente Paula
Prefácio
O primeiro polímero sintetizado foi a baquelite em 1907, considerado por muitos o
primeiro plástico produzido. Em menos de 100 anos de desenvolvimento, diversos materiais
poliméricos foram sintetizados e aplicados em diversas áreas. Como explicar a você, caro
leitor, que o material usado na sua garrafinha de água da academia, é o mesmo material do
para-choque do seu carro? Sim, ambos são formados a partir do polipropileno (PP), no
entanto com processamentos, aditivos e uma infinidade de características diferentes. E foi
essa versatilidade dos materiais poliméricos que permitiu sua incorporação em tecnologias
aeroespaciais, em aeronaves, no automobilismo, possibilitando maior leveza e sofisticação
dessas tecnologias.
As pesquisas científicas têm o objetivo de melhorar a qualidade de vida da sociedade,
assim como buscar solucionar problemas existentes. O Instituto de Macromoléculas
Professora Eloisa Biasotto Mano da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IMA-UFRJ) é
referência no Brasil e na América Latina na área de polímeros, priorizando a Ciência,
Tecnologia, Educação e Extensão. Fundado pela Prof.ª Eloisa Mano, o Instituto de
Macromoléculas possui curso de Pós Graduação Stricto Sensu consolidado com conceito 7,
grau máximo, da CAPES e já formou mais de 1000 mestres e doutores.
Devido à relevância das pesquisas desenvolvidas no instituto, da grande importância e
vasta aplicação dos materiais poliméricos na sociedade, esse e-book tem como objetivo
apresentar ao leitor as linhas de pesquisas desenvolvidas no instituto de forma didática e
contextualizada. Nele, você também encontrará uma breve trajetória acadêmica do corpo
docente que compõe o instituto.

Este livro é dividido por eixo centrais baseados em aplicações. Sendo estes, Inovação
Tecnológica, Saúde e Meio Ambiente. Os capítulos são subdivididos conforme a linha de
pesquisa do professor, possuindo uma introdução ao tema e indicação de trabalhos
produzidos pelo grupo. Esperamos que a leitura seja agradável e que seja possível constatar
a importância da pesquisa desenvolvida por nossos professores para a ciência de polímeros
e materiais.
SUMÁRIO
1. POLÍMEROS EM INOVAÇÃO TECNOLÓGICA 05
1.1. Nanocompósitos poliméricos 06
1.2. Elastômeros 10
1.3. Adesivos 12
1.4. Indústria de Petróleo 13
1.5. Dispositivos e compósitos condutores 17

2. POLÍMEROS EM SAÚDE 22
2.1. Reparo do tecido ósseo 23
2.2. Procedimentos odontológicos 26
2.3. Liberação controlada de ativos 28
2.4. Embalagens funcionais 34

3. POLÍMEROS E MEIO AMBIENTE 39


3.1. Recuperação ambiental 41
3.2. Ciclo de vida 43
3.3. Reciclagem 44
3.4. Compósitos poliméricos contendo resíduos
agroindustriais 47

4. APRESENTAÇÃO DOS PROFESSORES 52


CAPÍTULO 1

Polímeros em
Inovação Tecnológica
1 POLÍMEROS EM INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

Devido às suas características de baixa densidade, baixo custo, pouca sensibilidade à


oxidação, facilidade de processamento e alta versatilidade de aplicação, os polímeros vêm
conquistando o mercado mundial. Essa classe de materiais está substituindo os metais,
vidros e cerâmicas em diversos setores da sociedade e apresentam excelentes perspectivas
no âmbito da inovação tecnológica (SYAMSIRO et al., 2014; KAIMAL; VIJAYABALAN,
2016).
Grandes ramos industriais, como o de embalagens, o automobilístico, o petrolífero e o
eletrônico buscam aprimoramento dos materiais poliméricos, com novas formulações,
características inovadoras e elevadas propriedades. E neste ponto ocorre o entrelaçamento
do campo científico com o industrial, no qual as pesquisas científicas têm o desafio de
sempre superar e alcançar materiais promissores a sociedade.
Nesse contexto, este capítulo do e-book destaca os maiores avanços tecnológicos em
relação a processamento, formulação e aplicação dos materiais poliméricos produzidos no
Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano.

MAPA MENTAL

Elastômeros

Nanocompósitos Indústria de
petróleo
INOVAÇÃO
TECNOLÓGICA

Dispositivos e Adesivos
compósitos condutores

5
1.1 Nanocompósitos Poliméricos

O aprimoramento das propriedades dos materiais poliméricos pode ser alcançado com
a incorporação de cargas, normalmente inorgânicas, na sua composição. Essa combinação
de polímero (matriz/fase dispersante) e carga (fase dispersa) compõe o chamado compósito.
A partir do desenvolvimento das pesquisas sobre compósitos, foi evidenciado que a
incorporação de materiais de pequena dimensão, em escalas nanométricas, possibilitou o
aprimoramento expressivo de propriedades mecânicas, térmicas, ópticas, elétricas, dentre
outras (FRIEDRICH, 2018).
Este ganho significativo de propriedades das matrizes poliméricas está relacionado à
área específica muito elevada das nanopartículas, a qual amplia as interações interfaciais
entre polímero e carga. Diante disso, os nanocompósitos são materiais extremamente
difundidos, com campo de aplicação bastante diversificado e com potencial de acarretar
revoluções na indústria (NEITZEL; MOCHALIN; GOGOTSI, 2017).
Assim, muitas pesquisas têm se dedicado ao estudo de novos nanocompósitos,
melhoria de seu processamento e de suas propriedades para a produção de materiais
otimizados com aplicações avançadas, como no caso das professoras Ana Lúcia Nazareth,
Cristina Tristão e Maria de Fátima.

Desenvolvimento de misturas poliméricas e compósitos


poliméricos com micro e nanocargas
Prof.ª Dr.ª ANA LÚCIA NAZARETH DA SILVA

A presente linha de pesquisa envolve estudos na área de mistura de polímeros


miscíveis e imiscíveis, bem como o preparo de compósitos à base de matrizes poliméricas
contendo nano e micro cargas para produção de materiais com propriedades diferenciadas.
Processos de síntese e modificação de nanocargas também são realizados nessa linha de
estudo. Neste contexto, as análises reológicas, em conjunto com outras técnicas, são
fundamentais na determinação do potencial de aplicação para o processamento de
polímeros, especialmente para a produção de filmes planos ou de filmes produzidos por
extrusão-sopro. Estudos revelaram que misturas poliméricas binárias de poliestireno (PS) e
poliestireno de alto impacto (HIPS) apresentaram características reológicas apropriadas para
a produção de embalagens sopradas (ALMEIDA et al., 2017).

6
Outros trabalhos de pesquisa mostraram, através de ensaios de impedância
eletroquímica, que a incorporação de nanopartículas de carbonato de cálcio em matrizes de
poliamida 11 (PA-11), levaram à obtenção de um compósito final adequado para aplicação na
área de dutos flexíveis offshore (SILVEIRA et al., 2018). Estudos relacionados a sistemas à
base de poli(ácido lático) (PLA) e polietileno de alta densidade (HDPE), na presença de um
agente compatibilizante (polietileno enxertado com anidrido maleico – HDPE-g-AM),
mostraram que nanopartículas de carbonato de cálcio são capazes de atuarem como
agentes co-compatibilizantes, melhorando as propriedades finais dos sistemas (GERHARDT,
2019).

SAIBA MAIS:
❑ Desenvolvimento de nanocompósitos de polipropileno/argila bentonítica organofílica.
Ciência e Engenharia de Materiais 4. 2018.
❑ Composites based on high-density polyethylene, polylactide and calcium carbonate: effect
of calcium carbonate nanoparticles as co-compatibilizers. 2019.
https://doi.org/10.1007/s00289-019-02887-9
❑ Effect of the addition of calcium carbonate on the barrier behavior of polyamide 11 used in
offshore applications by electrochemical impedance analysis. 2018.
https://doi.org/10.1016/j.polymertesting.2018.05.047
❑ Melt rheology and morphology of binary and ternary PS/HIPS blends for blown film
extrusion applications, Polymer Testing. 2017.
https://doi.org/10.1016/j.polymertesting.2017.10.016//

Desenvolvimento de nanocompósitos contendo grafeno e


argilas
Prof.ª Dr.ª CRISTINA TRISTÃO DE ANDRADE

O estudo realizado por este grupo de pesquisa tem como base o desenvolvimento de
nanocompósitos utilizando grafeno e argilas. Nesta linha de pesquisa, os colaboradores
destacam que a utilização de argilas pode promover uma melhoria das propriedades, tais
como: mecânicas, térmicas, de barreira e estabilidade dimensional, mediante adição de
pequenas quantidades, o que diminui os custos. Além disso, foi evidenciado que o grafeno
tem a capacidade de melhorar significativamente a rigidez e resistência dos materiais, como
também influenciar na condutividade elétrica e térmica, desencadeando a formação de
materiais com características inovadoras (FERREIRA; DAHMOUCHE; ANDRADE, 2019).

7
SAIBA MAIS:
❑ Extruded hybrids based on poly (3-hydroxybutyrate-co-3-hydroxyvalerate) and reduced
graphene oxide composite for active food packaging, 2018.
https://doi.org/10.1016/j.fpsl.2018.02.002
❑ Dispersion of reduced graphene oxide within thermoplastic starch/poly (lactic acid) blends
investigated by small-angle X-ray scattering, 2019.
https://doi.org/10.1016/j.carbpol.2018.12.055
❑ Testing the effect of imidazolium ionic liquid and citrate derivative on the properties of
graphene-based PHBV/EVA immiscible blend, 2020.
https://doi.org/10.1016/j.polymertesting.2020.106615
❑ Improved compatibilization and shape memory properties of poly (3-hydroxybutyrate-co-3-
hydroxyvalerate)/poly (ethylene-co-vinyl acetate) blends by incorporation of modified
reduced graphene oxide, 2020. https://doi.org/10.1016/j.polymer.2020.122625

Desenvolvimento de nanocompósitos de alto desempenho


Prof.ª Dr.ª MARIA DE FÁTIMA VIEIRA MARQUES

Neste âmbito, o grupo desenvolve projetos que envolvem a síntese de nanopartículas


e a preparação de nanocompósitos poliméricos de alto desempenho, como por exemplo,
utilizando matriz de polietileno de ultra-alta massa molar (UHMWPE), para seu emprego
tanto na área de proteção balística, como de fibras e cordas e na área biomédica, como
substituto ósseo (SENRA; MARQUES; SOUZA, 2020; AGUIAR; MARQUES, 2019).
Estudos também são desenvolvidos para a obtenção de materiais com elevadas
propriedades mecânicas, térmicas e baixa permeabilidade, baseados em polímeros
sintéticos de alta performance como a poliamida-11, poli(fluoreto de vinilideno) e poli(éter-
éter-cetona), com o uso de nanocargas de grafeno, nanotubos de carbono e óxidos
metálicos. O objetivo é o desenvolvimento de camadas de barreiras de gases ácidos como
CO2 e H2S para aplicação em tubos flexíveis de petróleo para a área do pré-sal, que
requerem desempenhos superiores aos materiais já existentes.

SAIBA MAIS:
❑ The Influence of Steam Explosion Treatment of Green Coffee Cake on the Thermal and
Mechanical Properties of Reinforced Polypropylene Matrix Composites, 2020. DOI:
https://doi.org/10.1016/j.jmrt.2020.02.032
❑ Ultra-high molecular weight polyethylene bioactive composites with carbonated
hydroxyapatite, 2020. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jmbbm.2020.103938
❑ Nanocomposites of ultrahigh molar mass polyethylene and modified carbon nanotubes,
2019. DOI: https://doi.org/10.1002/app.47459

8
CONEXÃO INSTAGRAM
@semanadepolimeros

Criado por: Thaís Guerra

O Poli-parafenileno de tereftalamida conhecido como Kevlar é uma fibra sintética do


grupo das aramidas (amidas aromáticas). Sua alta resistência física se deve à existência de
ligações de hidrogênio entre as várias moléculas poliméricas. Sua estrutura fornece uma
combinação ideal de elevadas resistências à tração e balística, alto módulo, resiliência e
estabilidade térmica. Algumas variedades do Kevlar são produzidas para serem usadas em
diferentes aplicações, pois tais fibras são escolhidas de acordo com a aplicação específica e
o tipo de proteção necessária. O Kevlar-29 tem sido o material mais utilizado em coletes à
prova de balas para proteção balística, por ser um material insolúvel, imune à ataque
químico, resistente ao fogo, flexível e de baixa densidade. Além disso, o Kevlar pode ser
utilizado em outras aplicações, como em revestimento para motores de aeronaves. Contudo,
hoje, diversas pesquisas buscam a fabricação de materiais para proteção balística utilizando
nanocompósitos devido às suas propriedades especiais.

Fontes: S. Vignesh, R. Surendran, T. Sekar, B. Rajeswari, Ballistic impact analysis of graphene nanosheets
reinforced kevlar-29, Materials Today: Proceedings, 2020.

Por Bianca Sanchez

9
1.2 Elastômeros
São chamados de elastômeros os materiais macromoleculares que, após a aplicação
de uma tensão, recuperam a sua forma e dimensões iniciais rapidamente. Os elastômeros
podem ser classificados como materiais fascinantes devido à extensibilidade elástica, como
consequência de sua estrutura molecular. Suas composições são reticuladas por meio de
aditivos como ativadores, aceleradores e agentes de cura. São materiais amorfos com
baixo módulo e, para aplicabilidade tecnológica, cargas são adicionadas para o aumento do
desempenho mecânico (VENNEMANN, 2012). Os elastômeros podem combinar as
vantagens de materiais rígidos com a elasticidade, e isso faz com que os mesmos sejam
amplamente aplicados em diversas áreas (VENNEMANN, 2012). Visto a sua importância,
estudos são desenvolvidos para a melhora do desempenho mecânico desses materiais.
Nesse sentido, as professoras Regina Célia e Leila Visconte têm se dedicado ao estudo de
elastômeros para a produção de materiais otimizados com aplicações principalmente na
indústria automobilística.

Elastômeros ecologicamente amigáveis


Prof.ª Dr.ª LEILA LEA YUAN VISCONTE

Esta linha de pesquisa visa a obtenção de produtos amigáveis em composições


elastoméricas. Os elastômeros incorporam uma variedade de aditivos em sua
composição. Aceleradores de vulcanização como os sais de ditiocarbamatos de zinco,
que comumente são empregados, proporcionam tempos curtos de vulcanização e
conferem propriedades excelentes aos produtos fabricados. Entretanto, apresentam a
possibilidade de formação de nitrosaminas, um composto potencialmente carcinogênico já
bastante documentado pela literatura, como também alertado pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA) (DOS SANTOS et al., 2011). Assim, como tais
aceleradores, outros compostos usados nas formulações de borracha apresentam algum
tipo de dano ou ameaça à saúde. Dessa forma, o enfoque é identificar e/ou preparar
aditivos menos tóxicos para a indústria de artefatos de borracha, tendo por maior
motivação diminuir os riscos à saúde de consumidores e de funcionários dessas
indústrias.
SAIBA MAIS:
❑ Behavior of zinc complex of bis (N -phenylsulfonyldithiocarbimate) as accelerator in the
vulcanization of nitrile rubber compounds, 2018. https://doi.org/10.1002/app.47211
❑ Breakage of sulfur crosslinks in styrene-butadiene rubber by zinc(II) dithiocarbimate
derivative, 2017. https://doi.org/10.1007/s00396-017-4182-x
❑ Syntheses And Characterization Of Novel Organometallic Tin (Iv) Complexes With
Dithiocarbimates And Their Action As Accelerators In The Nitrile Rubber Vulcanization,
2016. http://dx.doi.org/10.5935/0100-4042.20160084
10
Nanocompósitos elastoméricos contendo celulose e
cargas minerais
Prof.ª Dr.ª REGINA CÉLIA REIS NUNES

Este grupo desenvolve pesquisa na área de nanocompósitos elastoméricos com


celulose e compósitos com cargas minerais. A celulose é uma matéria-prima polimérica de
fonte natural quase inesgotável, caracterizada por propriedades interessantes como
cristalinidade, hidrofilicidade, biodegradabilidade, ampla capacidade de modificação química e a
formação de fibras de diferentes morfologias. Assim, consegue-se vantagens do reforço de
nanocelulose na obtenção de nanocompósitos elastoméricos orientados aleatoriamente e de
alto desempenho (LENGOWSKI et al., 2013).
Com base em duas patentes desenvolvidas nesta linha de pesquisa foi possível a
obtenção de nanocelulose e sua incorporação em diferentes matrizes elastoméricas. As
propriedades de interesse obtidas englobam alta resistência mecânica, dinâmico-mecânica e
impermeabilidade a gases, além de os nanocompósitos serem claros e transparentes. Já o uso
de cargas minerais em composições elastoméricas fornecem uma maior resistência térmica,
elétrica, ao envelhecimento e impermeabilidade a gases. Várias cargas minerais já foram
estudadas pelo grupo, destacando a mica natural, montmorilonita e sílica.
Com a possibilidade de aquisição no mercado de cargas de origem mineral em escala
nanométrica, atualmente, a influência de mica sintética está sendo investigada em diversas
borrachas. Resultados interessantes foram obtidos com as cargas minerais estudadas em
diferentes elastômeros, e atualmente o foco de interesse desta pesquisa versa na utilização de
fluoromica, mica sintética (Somasif' ME100), como carga que, como a montmorilonita, tem
estrutura de silicato em camadas, mas se difere por não conter, como substitutos nas posições
octaédricas, íons alumínio cataliticamente ativos. Outra diferença é a substituição parcial de
grupos hidroxila nas camadas de silicato por flúor.

SAIBA MAIS:
❑ Tire tread rubber compounds with ternary system filler based on carbon black, silica, and
metakaolin: Contribution of silica/metakaolin content on the final properties, 2019.
https://doi.org/10.1177/0095244318819196
❑ Mechanical and rheological properties of nitrile rubber/fluoromica composites, 2018.
https://doi.org/10.1016/j.clay.2018.06.004
❑ 13 - Rubber nanocomposites with nanocellulose, 2017. http://dx.doi.org/10.1016/B978-0-
08-100409-8.00013-9.
❑ Dielectric spectroscopy of natural rubber-cellulose II nanocomposites, 2011.
https://doi.org/10.1016/j.jnoncrysol.2010.06.044

11
1.3 Adesivos

Os polímeros termorrígidos à base de epóxi são materiais versáteis que tem


aplicações importantes como adesivos estruturais, revestimentos de superfícies metálicas
e matrizes para compósitos e nanocompósitos. Essas aplicações se evidenciam pois, essa
classe de materiais possuem alto poder de adesão. Além disso, sua estrutura altamente
reticulada confere alta rigidez, alta resistência química e estabilidade térmica a esses
materiais (SOARES et al, 2019; AHMADI, 2019).
Nesse sentido, a professora Bluma Guenther tem se dedicado ao estudo de
adesivos poliméricos para a produção de materiais otimizados.

Adesivos poliméricos nanoestruturados


Prof.ª Dr.ª BLUMA GUENTHER SOARES

O foco da linha de pesquisa visa o desenvolvimento de adesivos nanoestruturados à


base de resina epoxídica, que tem sido utilizada em diferentes aplicações, sendo uma
delas como adesivos. Apesar das excelentes propriedades, a resina epoxídica apresenta
um comportamento frágil que limita a sua aplicação (SOARES et al, 2019).
Desta forma, seu projeto de pesquisa tem o objetivo de desenvolver sistemas
epoxídicos que combinem alta adesão a substratos metálicos e boa tenacidade, com
estudos que incluem borracha líquida, nanopartículas à base de sílica e nanotubo de
carbono.

SAIBA MAIS:
❑ Epoxy modified with urea-based ORMOSIL and isocyanate-functionalized polybutadiene:
Viscoelastic and adhesion properties, 2019.
https://doi.org/10.1016/j.compositesb.2019.03.058
❑ Nanostructured epoxy-rubber network modified with mwcnt and ionic liquid: Electrical,
dynamic-mechanical, and adhesion properties, 2018. https://doi.org/10.1002/pc.24852
❑ Characterization of nanostructured epoxy networks modified with isocyanate-terminated
liquid polybutadiene, 2011. https://doi.org/10.1016/j.jcis.2011.03.030

12
1.4 Indústria de Petróleo

Os polímeros têm ampla aplicação na indústria do petróleo e são utilizados em todas


as fases, desde a perfuração até o tratamento de óleo e água. Suas funcionalidades e
aplicações dependem de suas características e propriedades. Os polímeros podem ser
empregados como componentes de fluidos ou aditivos para prevenir problemas que afetam a
produção de petróleo e que possam aumentar o custo de sua produção.
Desta forma, os compostos poliméricos podem ser utilizados como aditivos na
recuperação avançada de petróleo, como fluidos deslocantes de petróleo nas rochas
reservatórias que agreguem outras funções e que auxiliam na estabilização do poço; aditivos
que podem ser empregados para inibir incrustações orgânicas, agindo na estabilização de
asfaltenos e na distorção da estrutura cristalina da parafina; e aditivos que atuam na inibição
de formação de depósitos de sais inorgânicos. Esses são alguns exemplos das aplicações
dessa classe de compostos que são essenciais para a viabilidade da exploração de petróleo
(LUCAS et al, 2009).
Com isso, há uma busca para que os novos materiais que sejam capazes de conciliar
a diminuição de custo do processo, melhores desempenhos e otimização de aplicação ainda
são desafios presentes nesta área e são estudados pelas professoras Luciana Spinelli,
Claudia Elias e Elizabete Lucas.

Polímeros em fluidos de perfuração


Prof.ª Dr.ª LUCIANA SPINELLI FERREIRA

Os fluidos de perfuração são composições frequentemente líquidas que auxiliam o


processo de perfuração de poços de petróleo, poços tubulares e operações de sondagem
(SPINELLI et al., 2010). Sua utilização é indispensável, já que desempenham uma série de
funções essenciais, como: resfriamento/ lubrificação da broca de perfuração, limpeza dos
detritos do fundo do poço, gerados durante a perfuração e transporte de detritos à superfície,
além da estabilização e de permitir uma avaliação da formação geológica do poço.
Diferentes polímeros são utilizados na preparação de fluidos de perfuração, principalmente
os polímeros hidrossolúveis (LUCAS et al., 2009).
Porém, ainda existe a necessidade da manutenção das propriedades desses fluidos
para sua reutilização, evitando assim, seu descarte. Desta forma, a avaliação de polímeros
hidrossolúveis quanto à sua degradação e manutenção de propriedades reológicas é o foco
da linha de pesquisa. Assim como, o desenvolvimento de fluidos espumados com ênfase no
controle de filtrado e na recuperação de petróleo, constituindo-se uma sub linha de pesquisa.
13
SAIBA MAIS:
❑ Aphrons Obtained From Different Nonionic Surfactants: Properties And Filtration Loss
Evaluation. Chemistry & Chemical Technology, 2017.
https://doi.org/10.23939/chcht11.03.349
❑ Synthetic-based aphrons: Correlation between properties and filtrate reduction
performance, 2010. https://doi.org/10.1016/j.colsurfa.2009.10.017
❑ Influence of polymer and surfactant on the aphrons characteristics: Evaluation of fluid
invasion controlling, 2010. DOI: https://doi.org/10.3144/expresspolymlett.2010.60

Fluidos poliméricos para recuperação avançada de petróleo


Prof.ª Dr.ª CLAUDIA REGINA ELIAS MANSUR

Nesta linha de pesquisa estão sendo desenvolvidos fluidos poliméricos com a


finalidade de serem aplicados: na recuperação avançada de petróleo, como fluidos
deslocantes de petróleo nas rochas reservatórios, para controle de conformidade destes
reservatórios; na acidificação na matriz rochosa e como inibidores de corrosão; como
modificadores de permeabilidade relativa (RPM) e nos tratamentos de petróleo e água
produzida (TESSAROLLI et al, 2018).
Neste contexto, estão a síntese de novos polímeros; obtenção e modificação química
de biopolímeros; desenvolvimento de hidrogéis poliméricos; avaliação da degradação por
meio da metodologia desenvolvida por simulação das condições de reservatório e do
comportamento reológico dos fluidos e da interação rocha/fluido, e testes de performance em
meio poroso. No tratamento de petróleo, estão sendo desenvolvidas formulações para
aplicação na separação das fases água/petróleo, bem como, sistemas melhoradores de
fluxo, os quais incluem síntese de novos aditivos e desenvolvimento de nano e micro
emulsões à base de tensoativos não-iônicos poliméricos. Ainda, estão sendo estudados o
mecanismo de formação e quebra de espuma em petróleo. Já no tratamento de água
produzida, visa-se a elaboração e avaliação da eficiência de floculantes poliméricos, em
presença ou não de fluidos contendo polímeros à base de poliacrilamida para recuperação
avançada de petróleo (EOR) .

SAIBA MAIS:
❑ Hydrogels Applied for Conformance-Improvement Treatment of Oil Reservoirs,
2018.10.5772/intechopen.73204.
❑ Influence of molar mass of partially hydrolyzed polyacrylamide on the treatment of
produced water from enhanced oil recovery, 2019.
https://doi.org/10.1016/j.colsurfa.2019.124042.
❑ Prospective acid microemulsions development for matrix acidizing petroleum
reservoirs, 2019. https://doi.org/10.1016/j.fuel.2018.10.003.
❑ Interfacial rheology of asphaltene emulsions in the presence of nanoemulsions
based on a polyoxide surfactant and asphaltene dispersant, 2017.
https://doi.org/10.1016/j.fuel.2016.12.051.
14
Estabilização de asfaltenos de petróleo e cristalização de
parafinas de petróleo
Prof.ª Dr.ª ELIZABETE FERNANDES LUCAS

Asfaltenos são uma fração do petróleo que contém grupos polares em sua estrutura
hidrocarbônica predominantemente aromática. Seu comportamento de fases no petróleo
pode gerar a formação de depósitos no reservatório, nas linhas e válvulas, nos tanques de
armazenamento e, até mesmo, nas linhas de refino. Além disso, os asfaltenos apresentam-
se como um dos principais responsáveis pela estabilização das emulsões de água em óleo
(CELIA-SILVA et al, 2020). O comportamento de fases dos asfaltenos pode ser controlado
com o uso de moléculas anfifílicas, sendo que os polímeros podem agir tanto como
floculantes quanto como estabilizantes.

SAIBA MAIS:
❑ Cardanol /SiO2 Nanocomposites for the Inhibition of Formation Damage by Asphaltenes
Precipitation/Deposition in Light Crude Light Oil Reservoirs, 2020.
https://doi.org/10.1021/acs.energyfuels.0c01114
❑ Pre-aggregation of asphaltenes in presence of natural polymers by molecular dynamics
simulation, 2020. https://doi.org/10.1021/acs.energyfuels.9b03703
❑ Influence of asphaltene aggregation state on the wax crystallization process and the
efficiency of EVA as wax crystals modifier: a study using model systems, 2020.
https://doi.org/10.1021/acs.energyfuels.9b04166

As parafinas são um importante subproduto do petróleo. Entretanto, durante a


produção e transporte do óleo, depósitos sólidos podem ser gerados reduzindo ou, até
mesmo, bloqueando as linhas de escoamento. Uma das principais técnicas para contornar
esses problemas utiliza aditivos químicos de base polimérica (OLIVEIRA et al, 2020).
Entretanto, o desempenho do aditivo está relacionado, entre outros, com o tipo de petróleo
produzido, o que requer o conhecimento profundo do fenômeno para que sejam obtidos
polímeros "taylor-made".

SAIBA MAIS:
❑ Influence of asphaltene aggregation state on the wax crystallization process and the
efficiency of EVA as wax crystals modifier: a study using model systems, 2020.
https://doi.org/10.1021/acs.energyfuels.9b04166.
❑ Influence of the chemical structure of additives poly(ethylene-co-vinyl acetate)-based on
the pour point of crude oils, 2020. https://doi.org/10.1002/app.48969.
❑ Influence of solvent solubility parameter on the performance of EVA copolymers as pour
point modifiers of waxy model-systems, 2019. https://doi.org/10.1016/j.fuel.2019.116196.

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CONEXÃO INSTAGRAM
@semanadepolimeros

Criado por: Thaís Guerra

Você sabia que polímeros podem ser obtidos por fontes sintéticas ou naturais e que
são explorados nos mais distintos campos? No universo industrial por exemplo, a partir de
reações de polimerização, os monômeros extraídos do petróleo como o etileno, propileno e
butadieno são transformados em polímeros sintéticos que após o devido processamento
constituem os mais diversos produtos do nosso dia-a-dia. Existem também os polímeros
obtidos por fontes naturais e que ocorrem espontaneamente em espécies vegetais, animais
e microorganismos, sendo especialmente utilizados nas áreas biomédica, farmacêutica,
cosmética e alimentícia proporcionando as mais distintas aplicações.

Por Arianne Vaucher

16
1.5 Dispositivos e Compósitos Condutores
Devido à característica dos polímeros formarem filmes, estes têm conquistado
interesse cada vez mais no campo eletrônico, com o surgimento de polímeros
semicondutores. A possibilidade de aprimorar as propriedades condutoras dos polímeros
através da formação de estruturas conjugadas promove o surgimento de dispositivos que
tem como principal característica a flexibilidade, tornando o processamento mais simples e
consequentemente menos custoso. Além disso, o estudo da condutividade em materiais
poliméricos pode promover a formação de novos dispositivos com propriedades únicas
sendo diferente dos demais conhecidos comercialmente (GURNEY; LIDZEY; WANG, 2019;
KUMAR et al., 2019; RAMALHO; CÂNDIDO; ALBERNAZ, 2016) .
Neste cenário, as professoras Bluma Soares, Maria de Fátima Marques e o professor
Fernando Gomes, realizam estudos a partir de polímeros semicondutores com o intuito de
desenvolver materiais com propriedades inovadoras.

Dispositivos fotovoltaicos
Prof.ª Dr.ª MARIA DE FÁTIMA VIEIRA MARQUES

Polímeros semicondutores são amplamente estudados para aplicação em células


solares, visto que podem agregar baixo custo e aprimorar a processabilidade dos
dispositivos desenvolvidos. O grupo de pesquisa estuda o planejamento, a síntese e
caracterização de polímeros semicondutores com baixo bandgap, baseados em estruturas
conjugadas com tiofeno, benzoditiofeno, benzotiadiazol e outros monômeros, e alta absorção
de luz solar, assim como a confecção de dispositivos fotovoltaicos com diversas
configurações para emprego em painéis solares de filmes finos, que constituem as células
solares de terceira geração. Os polímeros conjugados podem ser aplicados na camada ativa,
tanto nos semicondutores dos tipos P como do tipo N, assim como nas camadas
transportadoras de buracos e elétrons (HTL e ETL) (AMUSAN et al., 2019).
Além disso, o grupo também realiza pesquisas para o desenvolvimento de
dispositivos baseados em diodos poliméricos emissores de luz (PLED), envolvendo a
preparação de dispositivos OLED e de emissão de luz branca, pela combinação com
polímeros emissores do tipo RGB.

SAIBA MAIS:
❑ Random and block conjugated polymers: A comparative study of properties, 2020.
https://doi.org/10.1080/10601325.2019.1698966
❑ Synthesis and characterization of novel conjugated polymers for application in third
generation photovoltaic solar cells, 2020. https://doi.org/10.1016/j.jmrt.2020.05.009
❑ Synthesis of conjugated polymers with directly coupled 2- butyloctyloxybenzodithiophene
and benzothiadazole units for application as active layers in organic solar cells, 2019.
https://doi.org/10.1016/j.reactfunctpolym.2019.104355
17
Materiais absorvedores de ondas eletromagnéticas
Prof.ª Dr.ª BLUMA GUENTHER SOARES

Os compósitos poliméricos condutores podem ser aplicados como materiais


absorvedores de ondas eletromagnéticas. Nessa aplicação, as partículas condutoras
interagem com a radiação eletromagnética e podem causar reflexão e absorção da radiação.
Com isso, os compósitos formados reúnem as excelentes propriedades dos polímeros como
baixa densidade e resistência à corrosão com as propriedades das partículas condutoras
gerando uma nova plataforma de materiais (SILVA et al., 2019). Neste contexto, o projeto
envolve a utilização de cargas condutoras, tais como, negro de fumo, nanotubo de carbono,
grafeno, polianilina e suas misturas em matrizes poliméricas, visando a obtenção de
compósitos com condutividade elétrica. Para o desenvolvimento desta linha de pesquisa são
testadas diversas metodologias de síntese, misturas e estratégias de compatibilização entre
a carga condutora e a matriz polimérica.

SAIBA MAIS:
❑ The effect of the noncovalent functionalization of CNT by ionic liquid on electrical conductivity
and electromagnetic shielding effectiveness of semi-biodegradable PP/PLA, 2020.
https://doi.org/10.1002/pc.25347
❑ Conducting materials based on epoxy/graphene nanoplatelet composites with microwave
absorbing properties: effect of the processing conditions and ionic liquid, 2019.
https://doi.org/10.3389/fmats.2019.00156
❑ Ionic liquid: A smart approach for developing conducting polymer composites, 2018.
https://doi.org/10.1016/j.molliq.2018.04.049

Nanocompósitos poliméricos aplicados no campo de


sensores
Prof. Dr FERNANDO GOMES DE SOUZA JUNIOR

Os polímeros condutores podem ser aplicados no desenvolvimento de sensores, pois


permitem alterações nas propriedades ópticas, térmicas, piezoelétrica ou elétrica de acordo
com acidez ou alcalinidade do analito estudado. Nesse âmbito, o grupo de pesquisa busca a
obtenção de sensores para formação de dispositivos inteligentes a partir da nanomodificação
de fibras vegetais. Um dos seus trabalhos foi a obtenção de fibras de curauá modificadas
com polianilina, que provou ser um sensor de gás tóxico eficiente e de baixo custo.

SAIBA MAIS:
❑ An optical-magnetic material as a toxic gas filter and sensing device, 2020.
10.1039/D0RA00537A.
❑ Magnetic field sensor based on a maghemite/polyaniline hybrid material, 2010.
https://doi.org/10.1007/s10853-010-4321-y.
❑ A sensor for acid concentration based on cellulose paper sheets modified with polyaniline
nanoparticles, 2009. https://doi.org/10.1002/mame.200900111.
18
CONEXÃO INSTAGRAM
@semanadepolimeros

Criado por: Thaís Guerra

A percepção das propriedades semicondutoras em polímeros foi uma das


descobertas que lançaram a civilização a alcançar um patamar elevado no que diz respeito a
capacidade de adaptar os materiais para seu objetivo. Na década de 70, foram descobertas
características de condução de carga elétrica em polímeros antes considerados isolantes.
Os polímeros semicondutores, resumidamente, são moléculas conjugadas que possuem a
capacidade de conduzir corrente elétrica, seja adicionando um portador de carga ou
removendo-o. Eles podem ser divididos em duas classes: polímeros extrínsecos e
intrínsecos. Enquanto os extrínsecos são formados por uma inserção de material condutor
junto do polímero, tais como fibras metálicas, negro de fumo, fibra de carbono, entre outras
cargas, os intrínsecos tornam-se condutores por meio de um processo de dopagem.

Os polímeros condutores também chamados de metais sintéticos são encontrados em


diversas aplicações (sensores, células solares, dispositivos eletrônicos, eletrodos, entre
outras). Os principais polímeros condutores são o poliacetileno, polianilina, politiofeno,
polipirrol e poli(p-fenileno vinileno). Apresentam propriedades não encontradas por exemplo
nos metais e em suas ligas, tais como: apresentam baixo custo, versatilidade (empregados
nos setores: automobilístico, construção civil e eletrônica), transparência, resistência elétrica,
biocompatibilidade e resistência ao impacto. Além disso, são mais leves e flexíveis, sendo
assim um bom substituto aos metais em diversas aplicações.

Fonte: Filho, Polímeros semicondutores, uma breve introdução ao assunto, 2020.

Por Sabrina Bento


19
REFERÊNCIAS
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RAMALHO, S. S.; CÂNDIDO, K. F.; ALBERNAZ, A. Artigo Estudos Teóricos de Oligômeros Aplicados na
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SILVA, Adriana A. et al. Conducting materials based on epoxy/graphene nanoplatelet composites with
microwave absorbing properties: Effect of the processing conditions and ionic liquid. Frontiers in Materials, v.
6, n. July, p. 1–9, 2019. DOI: 10.3389/fmats.2019.00156.

SILVEIRA, Mariana Rodrigues da et al. Effect of the addition of calcium carbonate on the barrier behavior of
polyamide 11 used in offshore applications by electrochemical impedance analysis. Polymer Testing, v. 69, p.
410–416, 2018. DOI: 10.1016/j.polymertesting.2018.05.047.

VENNEMANN, Norbert. Characterization of thermoplastic elastomers by means of temperature scanning stress


relaxation measurements. Thermoplastic elastomers. Rijeka, Croatia: InTech, p. 347-70, 2012.

21
CAPÍTULO 2

Polímeros em
Saúde
2. POLÍMEROS EM SAÚDE

Os polímeros vêm sendo amplamente empregados para promoção de melhorias


nos cuidados da saúde. Devido à sua versatilidade e à vasta gama de polímeros presentes
no mercado, essa classe de materiais atende às mais diversas e específicas aplicações na
área biomédica, farmacêutica e cosmética. Por sua estrutura orgânica à base de carbono,
os polímeros, que podem ser naturais ou sintéticos, apresentam-se como materiais
compatíveis com os tecidos humanos, quando comparados a outros materiais inorgânicos
(MAITZ, 2015; LIU, HOLZWARTH, MA, 2012). Ainda, suas desejadas propriedades
mecânicas e reológicas, baixo custo, e fácil processamento, garantem o sucesso de suas
aplicações, sendo materiais de alto interesse para as indústrias dos mais diferentes
setores (ROKAYA et al., 2018).
Especialmente, os polímeros naturais são considerados materiais biodegradáveis
oferecendo excelente biocompatibilidade com o organismo humano (LIU, HOLZWARTH,
MA, 2012). Estes podem ser obtidos de fontes naturais e, muitas vezes, são utilizados
resíduos animais, provenientes da produção de alimentos, para o desenvolvimento destes
biopolímeros. Dentre os mais utilizados, destacam-se o colágeno, a quitosana e a
queratina, que, após serem extraídos destes resíduos, são purificados e processados para
serem aplicados na melhoria de tratamentos para saúde humana (SIONKOWSKA, 2015).
Por outro lado, polímeros, como os copolímeros à base de poliésteres, apesar de
serem sintéticos, dão origem a produtos de degradação biocompatíveis e, também são
considerados seguros para aplicações biomédicas. Além disso, polímeros sintéticos
apresentam ampla variedade de recursos químicos para sua obtenção e comercialização,
favorecendo seu uso (AHMED, 2015; AMMALA, 2013).
Dessa forma, este capítulo destaca as mais recentes investigações promovidas
pelos professores do Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano (IMA/UFRJ),
utilizando materiais poliméricos biodegradáveis e biocompatíveis, a fim alcançar melhorias
no reparo do tecido ósseo, em procedimentos odontológicos, na liberação de ativos
farmacêuticos e cosméticos, além de também promoverem estudos para desenvolvimento
de embalagens funcionais, para melhor conservação dos alimentos.

22
MAPA MENTAL

Reparo do Liberação controlada


Tecido ósseo de ativos

SAÚDE
Procedimentos Embalagens
Odontológicos Funcionais

2.1. Reparo do tecido ósseo

Alguns tecidos do corpo apresentam a capacidade de regeneração e reparo após a


injúria, dependendo, dentre muitos fatores, da extensão da lesão e da idade do indivíduo
(COFFMAN et al., 2016). Desse modo, arcabouços desenvolvidos a partir de materiais
poliméricos podem promover a interação com importantes componentes celulares e, ao se
combinarem, podem dar origem a nichos regenerativos. Para promover a regeneração
tecidual, estes materiais devem apresentar a porosidade adequada e permitir a liberação
controlada de fatores de crescimento durante o período de regeneração do tecido (LIU,
HOLZWARTH, MA, 2012). Diante do exposto, os polímeros sintéticos são os mais
comumente utilizados para criação de arcabouços mais resistentes e com a plasticidade
adequada para reparo e regeneração do tecido ósseo (GOLUBEVAS et al., 2020).

23
Atualmente, os professores Paulo Picciani, Alexandre Silvino e Emerson Oliveira
estão engajados em estudos que promovem o desenvolvimento de materiais biocompatíveis
e biodegradáveis mais seguros para uso humano. Os grupos de pesquisa dos professores
citados investigam técnicas de impressão 3D para produção de arcabouços regenerativos
aliados à nanotecnologia, e eletrofiação para desenvolvimento de sistemas ativos
nanofiados que promovem melhorias na engenharia de tecidos.

Polímeros biocompatíveis
Prof. Dr. ALEXANDRE CARNEIRO SILVINO

O poli(ácido láctico) (PLA) é um poliéster cíclico composto por monômeros de L-


lactídeo (LLA) e, com isso, configura um polímero biocompatível e biodegradável que pode
ser utilizado para promover melhorias no tratamento de diversas doenças e lesões que
acometem o organismo humano. Logo, é muito utilizado em aplicações biomédicas, tais
como, engenharia de tecidos, dispositivos de liberação de fármacos e produção de próteses
para reparo de tecido ósseo, dado que, os produtos de degradação não são tóxicos e suas
propriedades podem ser ajustadas conforme a aplicação desejada. Apesar deste poliéster
configurar uma opção segura para tratamentos biomédicos, os catalisadores que promovem
a reação para sua obtenção, muitas vezes, podem apresentar toxicidade. Dessa forma,
alguns complexos metálicos apresentam baixa citotoxicidade e vem sendo investigados
para sínteses de polimerização por abertura de anel (ROP) de ésteres cíclicos (SILVINO,
RODRIGUES, RESENDE, 2015).
Em projetos desenvolvidos pelo presente grupo de pesquisa foi possível desenvolver
polímeros para tais aplicações, onde se faz necessário o desenvolvimento de catalisadores
ou iniciadores que não provoquem reações adversas aos pacientes. Sendo assim, sistemas
contendo metais biocompatíveis e organocatalisadores estão sendo amplamente
investigados.

SAIBA MAIS:
❑ Synthesis, structure and application to l-lactide polymerization of a new phenoxy-imine
iron (III) complex, 2015. DOI: 10.1016/j.inoche.2015.03.006.
❑ Preparation of PLLA/PDLA stereocomplexes using a novel initiator based on Mg (II) and
Ti (IV) alkoxides, 2014. DOI: 10.1002/app.40771.
❑ Synthesis and Characterization of Statistical Copolymers of Trymethylene Carbonate
and L-lactide using Mg(II)/Ti (IV) Mixed Alkoxides as Initiator System, 2014. DOI:
10.1016/j.eurpolymj.2014.05.001.

24
Impressão 3D
Prof. Dr. EMERSON OLIVEIRA DA SILVA

A engenharia de tecidos tem por objetivo desenvolver sistemas capazes de mimetizar


tecidos ósseos, musculares e nervosos. Diversas tecnologias têm sido desenvolvidas para
formação de arcabouços ósseos biocompatíveis que promovam o crescimento e a
proliferação celular.
Com isso, a técnica de impressão 3D que utiliza materiais poliméricos com
propriedades inovadoras para aplicações médicas, especialmente para regeneração óssea
(MOTA, DA SILVA, DE MENEZES, 2019), está sendo atualmente investigada por este grupo
de pesquisa. Nesta linha, estuda-se como promover melhorias no tratamento de fraturas
ósseas, que costuma ser longo, caro e doloroso. Além disso, é necessário ressaltar que com
o aumento da expectativa de vida da população, esses artefatos poliméricos desenhados
sob medida e com propriedades ativas, podem criar condições para regeneração mais
rápida e com menos efeitos colaterais. Este grupo tem então por finalidade aliar a
nanotecnologia com a impressão 3D, a fim de proporcionar a criação de arcabouços
precisos e ativos.

SAIBA MAIS:
❑ Coating of 3D Printed Scaffolds with PVA-Based Metallic Oxides Nanocomposites for
Bone Tissue Regeneration, 2019. DOI: 10.5281/zenodo.2588277.
❑ 3D printed scaffolds as a new perspective for bone tissue regeneration: literature review,
2016. DOI: 10.4236/msa.2016.78039.
❑ Production and Characterization Poly (Lactic acid) Carboapatyte Nanostructured and
Printing of Potentially Bioactive 3D Scaffolds, 2016. Disponível em:
https://www.sbpmat.org.br/15encontro/home/.

Engenharia de tecidos
Prof. Dr. PAULO HENRIQUE DE SOUZA PICCIANI

Dentre as diversas abordagens existentes para promover inovações tecnológicas na


engenharia de tecidos, a técnica de eletrofiação tem recebido atenção especial devido à sua
capacidade de desenvolver nanofibras com estruturas morfológicas semelhantes às
biológicas (YAO et al., 2017).

25
Com isso, este grupo de pesquisa promove estudos que utilizam a técnica de
eletrofiação por sua facilidade, versatilidade e viabilidade econômica, sendo favorável para
uma variedade de funções celulares. Diante disso, estão sendo desenvolvidos sistemas
ativos nanofiados para a engenharia de tecidos com a finalidade de serem aplicados na
regeneração óssea.

SAIBA MAIS:
❑ Controlling burst effect with PLA/PVA coaxial electrospun scaffolds loaded with BMP-2
for bone guided regeneration, 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.msec.2018.12.020.
❑ Three dimensional electrospun PCL/PLA blend nanofibrous scaffolds with significantly
improved stem cells osteogenic differentiation and cranial bone formation, 2017. DOI:
https://doi.org/10.1016/j.biomaterials.2016.11.018.
❑ Development of electrospun polyaniline/poly (lactic acid) nanofiber-based sensors,
2016. DOI: https://doi.org/10.1166/sl.2016.374.

2.2. Procedimentos odontológicos

A demanda por materiais odontológicos mais eficientes e com propriedades estéticas


adequadas ao uso, impulsionou o emprego de materiais poliméricos, cujas propriedades
mecânicas e biológicas podem promover melhorias em terapias de prevenção, restauração
e regeneração dentária (ROKAYA et al., 2018).
Atualmente, a combinação de dois ou mais materiais é uma estratégia empregada
para desenvolvimento de materiais para fins odontológicos, com o objetivo de desenvolver
compósitos de preenchimento dental, cuja composição pode ser formada mesclando
material polimérico, como os metacrilatos, e material inorgânico, como por exemplo, vidro.
Dessa forma a luz UV é muitas vezes utilizada para induzir a formação de ligações cruzadas
entre as cadeias poliméricas presentes neste material, tornando-se um material sólido e
reticulado (CHAUHAN et al., 2015).
Com isso, novos compostos mais eficientes estão sendo sintetizados para serem
utilizados como fotoiniciadores durante o processo de polimerização desses acrilatos,
visando o aumento da segurança tanto por parte do paciente quanto do profissional da área
odontológica, reduzindo a exposição à radiação nociva durante o tratamento, além do
desenvolvimento e caracterização destes materiais a serem aplicados em procedimentos de
restauração do tecido dental.

26
Compostos de coordenação para aplicação como
fotoiniciadores na polimerização de acrilatos
PROF. DR. ALEXANDRE CARNEIRO SILVINO

Materiais resinosos fotoativáveis são utilizados na odontologia para diversos


fins, como restauração, cimentação e adesão. Esses materiais contêm matriz orgânica à
base de monômeros de metacrilatos que a partir da reação de polimerização por adição se
transformam em um polímero sólido à temperatura bucal. Usualmente, são empregadas
fontes de emissão de comprimento de onda referente a luz azul e violeta, entretanto, o
contato visual do operador com a luz, pode prejudicar a visão, como também pode propiciar
irritação da mucosa ou necrose pulpar (OLIVEIRA et al., 2017).
Neste sentido, a seguinte linha de pesquisa visa o desenvolvimento de sistemas de
fotoiniciação baseados em compostos de coordenação que necessitem fontes menos
intensas do que fotoiniciadores comerciais e em região do espectro menos agressiva. A
patente produzida por este grupo tem esse enfoque, em que foi possível desenvolver um
sistema de fotopolimerização mais eficaz e que diminuísse o dano provocado tanto ao
paciente quanto ao operador, através da síntese e caracterização de um iniciador inédito
que utiliza luz verde.

SAIBA MAIS:
❑ Complexo de Coordenação para Fotoiniciação, Sistema de Fotoiniciação e Uso, 2017.
❑ Patente: Complexo de Coordenação para Fotoiniciação, Sistema de Fotoiniciação e
Uso, 2017. Disponível em: https://bv.fapesp.br/pt/papi-nuplitec/656/complexo-de-
coordenacao-para-a-fotoiniciacao-sistema-de-fotoiniciacao-e-uso.
❑ From Blue to Red: a new way to photoactivated dental resin materials, 2017. DOI:
https://doi.org/10.1016/j.dental.2017.08.177.

Biomateriais aplicados à liberação de bioativos e


engenharia tecidual
Prof.ª Dr.ª LÍVIA RODRIGUES DE MENEZES

A linha de biomateriais aplicados a liberação de bioativos e engenharia tecidual


envolve a pesquisa de materiais e sistemas para o tratamento de diversas patologias, bem
como, a regeneração e restauração de tecidos humanos lesionados ou perdidos (MENEZES
et al., 2018). A motivação para promoção de trabalhos nessa linha de pesquisa se dá pela
sua formação e o almejo para o desenvolvimento de materiais diferenciados para o setor de
saúde no que tange a área diagnóstica, tratamento e reconstituição tecidual, especialmente
do tecido dental.
27
Nessa linha, este grupo promove investigações e parcerias importantes para o
desenvolvimento e caracterização mais completa desses materiais.

SAIBA MAIS:
❑ The use of clays for chlorhexidine controlled release as a new perspective for longer
durability of dentin adhesion, 2019. DOI: 10.1007/s10856-020-06367-9.
❑ In vitro evaluation of physicochemical properties of soft lining resins after incorporation
of chlorhexidine, 2020. DOI: 10.1016/j.prosdent.2020.03.027.
❑ Effect of monomer type on the CC degree of conversion, water sorption and solubility,
and color stability of model dental composites, 2017. DOI: 10.1016/j.dental.2017.01.010.
❑ The applicability of organomodified nanoclays as new fillers for mechanical
reinforcement of dental composites, 2018. DOI: 10.1177/0021998317718055.

2.3. Liberação controlada de ativos

Os polímeros podem desempenhar diversas funções em formulações farmacêuticas


e cosméticas, como diluente, espessante, tensoativo, agentes de encapsulação de ativos,
entre outros. Com isso, os materiais poliméricos estão sendo empregados em formulações
farmacêuticas e cosméticas para obtenção de novas tecnologias, a fim de suprir as
necessidades do mercado e dos consumidores, quanto ao uso de formulações inovadoras,
mais seguras e eficazes (VILLANOVA, ORÉFICE, CUNHA, 2010). Em especial, a
encapsulação de ativos em estruturas em escala micrométrica ou nanométrica tem ganhado
destaque nos últimos anos, tendo em vista os benefícios que esta estratégia comporta,
como proteção das moléculas encapsuladas, liberação controlada e direcionamento destas
para o tecido-alvo de interesse e, com isso, aumento da eficácia e segurança dos ativos nas
formulações (GUPTA, DINDA, 2018).
Neste contexto, estudos envolvendo a liberação modificada de ativos farmacêuticos e
cosméticos associada à nanotecnologia estão sendo promovidos pela professora Claudia
Elias e pelos professores Emerson Oliveira, Marcos Lopes e Paulo Picciani a fim de
desenvolver novas tecnologias que possam beneficiar a saúde e o bem estar da população.

28
CONEXÃO INSTAGRAM
@semanadepolimeros

Criado por: Thaís Guerra

Os polímeros estão presentes em uma imensa variedade de materiais odontológicos,


tanto para uso em moldagem quanto em práticas cirúrgicas (suturas). Suas propriedades
físicas e químicas, como biocompatibilidade, ductilidade, resiliência e baixa densidade são
importantes para esta aplicação. A inserção dos polímeros na odontologia ocorreu no início
do século XIX com a guta-percha (trans-1,4-poliisopreno) (um material de origem natural
derivado do látex). Posteriormente, por volta de 1930, o poli (metacrilato de metila) passou a
ser utilizado nas mais diversas situações clínicas, principalmente na fabricação de próteses
artificiais e em aparelhos ortodônticos. Em 1963, foi desenvolvido o metacrilato de bisfenol-A
glicidil, um material usado hoje em odontologia restauradora. Como último exemplo, temos:
Polietileno poroso utilizado em cirurgia facial, atuando como polímero base para outros
materiais (polipropileno e politetrafluoroetileno). Este polímero não se degrada ou reabsorve,
além de ter a vantagem de permitir o crescimento de tecidos como vasculares, moles ou
ósseos.

Por Sabrina Bento

29
Desenvolvimento de sistemas com aplicação no setor
farmacêutico e de cosméticos
Prof.ª Dr.ª CLAUDIA REGINA ELIAS MANSUR

Nesta linha, estão sendo desenvolvidos diferentes sistemas poliméricos com


aplicação no setor farmacêutico e de cosméticos. Estes sistemas compreendem
nanoemulsões, microemulsões, nanopartículas lipídicas sólidas, niossomas, hidrogéis e
comprimidos à base de polímeros naturais. Dentro da linha de fármacos, estão em
desenvolvimento novos sistemas de liberação nanoestruturados, os quais representam uma
estratégia eficiente para veiculação de fármacos hidrofóbicos (CERQUEIRA et al., 2016).
A escolha desses sistemas pode auxiliar na solubilização do fármaco e,
consequentemente, levar a um aumento em sua eficácia e tolerabilidade. Na linha de
cosméticos, a nanotecnologia está sendo empregada na promoção de melhorias de
formulações tópicas, a fim de possibilitar a liberação controlada e direcionada dos ativos
encapsulados nas diversas camadas que compõem a pele ou cabelo.
Logo, o desenvolvimento de novos sistemas para a veiculação de fármacos e
cosméticos visa a melhoria de suas eficácias e tolerabilidade. A especificidade e a
diminuição da quantidade da dose nesses novos sistemas reduzem os efeitos adversos
associados aos fármacos (ROBERTS et al., 2017).

SAIBA MAIS:
❑ Patente: Nanoemulsão fotoprotetora e processo de produção de nanoemulsão
fotoprotetora, 2014. Disponível em https://pantheon.ufrj.br/handle/11422/3295
❑ Hybrid vesicular nanosystems containing lipids and polymers for drug release, 2020.
DOI: 10.1615/CritRevTherDrugCarrierSyst.2020030671.
❑ Nanovesicle-based formulations for photoprotection: a safety and efficacy approach,
2019. DOI: 10.1088/1361-6528/ab177c.
❑ Formulation characterization and in vitro drug release of hydrogel-thickened
nanoemulsions for topical delivery of 8-methoxypsoralen, 2018. DOI:
10.1016/j.msec.2018.06.049.

Liberação modificada de fármacos


Prof. Dr. EMERSON OLIVEIRA DA SILVA

Nesta linha, são desenvolvidas nanopartículas, poliméricas ou não, com


propriedades inovadoras visando aplicação em liberação modificada de fármacos. O objetivo
é criar sistemas de entrega de fármacos mais precisos, seletivos e seguros.

30
A motivação para o desenvolvimento de trabalhos nessa linha de pesquisa se dá
pelo fato de os polímeros serem usados como veículo para administração de fármacos e por
isso, estes podem desempenhar um papel muito importante e ativo em sistemas de
liberação de fármacos (CUNHA, TAVARES, DA SILVA, 2016). Para isso, os polímeros
podem ser usados para direcionar, modular e aumentar a biodisponibilidade de um fármaco,
diminuindo custos e efeitos colaterais.

SAIBA MAIS:
❑ The use of clays for chlorhexidine controlled release as a new perspective for longer
durability of dentin adhesion, 2019. DOI: 10.1007/s10856-019-6344-5.
❑ Application of NMR Relaxometry to Study Nanostructured Poly(vinyl
alcohol)/MMT/Cephalexin Materials for Use in Drug Delivery Systems, 2016. DOI:
10.4236/msa.2016.77034.
❑ Nanoradiopharmaceuticals for breast cancer imaging: development, characterization,
and imaging in inducted animals, 2016. DOI: 10.2147/OTT.S110787.

Nanoestruturação de polímeros e biopolímeros


Prof. Dr. MARCOS LOPES DIAS

O uso de biopolímeros em aplicações relacionados à confecção de dispositivos de


liberação de fármacos para uso na medicina tem sido intensificada na última década. Os
polímeros utilizados para desenvolvimento de sistemas para liberação controlada de
fármacos são normalmente materiais biodegradáveis e alguns já são inclusive empregados
comercialmente nessas aplicações, mas existe grande demanda por novos materiais, para
suprir as deficiências de propriedades existentes para algumas aplicações.
Esta linha de pesquisa aborda a nanofabricação, envolvendo polímeros
biodegradáveis, como os poliésteres alifáticos. Esses materiais têm enorme potencial para
aplicações biomédicas. As pesquisas envolvem principalmente a técnica de eletrofiação
como ferramenta para nanofabricação, envolvendo esses biopolímeros (CHOR et al., 2020).
Estes apresentam biodegradabilidade e biocompatibilidade, podendo ser aplicados em
engenharia de tecidos, como membranas fibrosas e porosas para uso odontológico,
dispositivos de liberação controlada e sustentada de fármacos, além de estruturas tubulares
nanofibrilares para a recuperação guiada de nervo e regeneração arterial (BRAGHIROLLI et
al., 2019).

31
A linha de pesquisa investiga ainda, a obtenção de novos polímeros biodegradáveis
a partir de monômeros cíclicos, como lactídeos e outras lactonas e carbonatos, por meio de
polimerização por abertura de anel, catalisada por compostos biocompatíveis e/ou assistida
por micro-ondas e sua utilização em sistemas poliméricos nanoestruturados, como por
exemplo, nanocompósitos e arcabouços de nanofibras, à base dos poliésteres e
copoliésteres.

SAIBA MAIS:
❑ Poly (trimethylene carbonate-co-L-lactide) electrospun scaffolds for use as vascular
grafts, 2019. DOI: 10.1590/1414-431x20198318.
❑ Effect of three different amines on the surface properties of electrospun
polycaprolactone mats, 2020. DOI: 10.1080/00914037.2020.1785463.
❑ In Vitro Degradation of Electrospun Poly(Lactic-Co-Glycolic Acid) (PLGA) for Oral
Mucosa Regeneration, 2020. DOI: 10.3390/polym12081853.

Dispositivos teranósticos
Prof. Dr. PAULO HENRIQUE DE SOUZA PICCIANI

Os dispositivos teranósticos, também chamados de dispositivos multifuncionais,


combinam funções terapêuticas e de diagnóstico que podem ter diversas aplicações como o
diagnóstico e tratamento de células tumorais sendo de grande interesse para a área
biomédica (ZANETTI et al., 2019). Os nanossistemas estudados têm a capacidade de
liberar drogas de forma precisamente regulada e transmitir informações sobre o
microambiente local.
Nesse contexto, este grupo realiza o estudo de sistemas nanoestruturados para o
desenvolvimento de nanoplataformas multifuncionais, como por exemplo, a entrega e
liberação de fármacos, terapia fotodinâmica e diagnóstico por imagem de células e tecidos.

SAIBA MAIS:
❑ Improving in vitro biocompatibility of gold nanorods with thiol-terminated triblock
copolymer, 2019. DOI: 10.1007/s00396-019-04553-y.
❑ Influence of levofloxacin and clarithromycin on the structure of DPPC monolayers, 2019.
DOI: 10.1016/j.bbamem.2019.05.016.
❑ Understanding drug release data through thermodynamic analysis, 2017. DOI:
10.3390/ma10060651.

32
CONEXÃO INSTAGRAM
@semanadepolimeros

Criado por: Thaís Guerra

Polímeros são amplamente estudados na área de cosméticos. Avanços na ciência de


polímeros e na nanociência impulsionam a criação de produtos inovadores, sendo os
polímeros a segunda maior classe de ingredientes presentes em cosméticos e produtos de
higiene pessoal. No segmento cosmético, polímeros podem ser usados como: formadores de
filme em fixadores de cabelo, rímel, esmaltes para as unhas; espessantes e estabilizadores
em emulsões, géis e relaxantes para cabelos; emulsificantes em loções, protetores solares e
colorações capilares, entre outros. São exemplos de polímeros utilizados em formulações
de condicionadores capilares: a poli(acrilamida), o polyquaternium-10, o poliquaternium-6 e
7. Devido a natureza catiônica, esses polímeros atuam na carga eletroestática dos fios e
facilitam o pentear. Géis para modelagem dos cabelos geralmente consistem em
formulações aquosas espessadas com um poli (ácido acrílico) reticulado: a
polidimetilsiloxona (dimeticona) que confere maciez e desembaraço aos fios.

Fonte: Morgan et al.; O papel dos polímeros em cosméticos: tendências recentes, 2007; American Chemical
Society.

Por Sabrina Bento

33
2.4. Embalagens funcionais

Os polímeros se destacam como material para produção de embalagens devido


suas propriedades mecânicas como peso, flexibilidade e resistência, o que agrega maior
processabilidade para esses materiais tendo redução do custo de fabricação das
embalagens. O estudo de embalagens ativas vem se destacando, no campo de embalagens
alimentícias, com o intuito de aumentar a validade comercial dos produtos pela inserção de
sensores que detectam microrganismos patogênicos ou proteínas específicas.
Além disso, esta tecnologia permite a incorporação e liberação de vitaminas,
agentes antimicrobianos, antioxidantes, aromatizantes, conservantes, entre outros, com a
finalidade de contribuir para a preservação dos alimentos e diminuir desperdícios (ALMEIDA
et al., 2015).

Embalagens ativas
Prof.ª Dr.ª CRISTINA TRISTÃO DE ANDRADE

Nesta linha de pesquisa são realizados estudos envolvendo as respostas das


embalagens ativas, como a mudança de pH, atividade antimicrobiana e atividade
antioxidante. Um desses estudos foi a formulação de filmes sensíveis ao pH à base de
curcumina, dispersa em uma matriz de quitosana. A quitosana é um polímero
biodegradável, biocompatível e com aplicações biomédicas e farmacêuticas.
O grupo também realizou pesquisas sobre filmes antimicrobianos com híbridos de
poli(3-hidroxibutirato-co-3-hidroxivalerato) (PHBV) e um compósito de óxido de grafeno
reduzido e óxido de zinco (GOUVÊA et al., 2018). O grupo de pesquisa também realizou a
avaliação da capacidade antioxidante de microcápsulas de óleo de polpa de E. oleracea,
conhecido como açaí, encapsulado em PECs de quitosana/alginato (TEIXEIRA-COSTA et
al., 2020). Não é novidade que os polímeros dominam o mercado de embalagens. Com o
avanço tecnológico e o desenvolvimento dos nanocompósitos poliméricos, pode-se obter
novos materiais para melhoria da segurança alimentar, com o desenvolvimento de
embalagens ativas.
Logo, este grupo de pesquisa se dedica ao desenvolvimento de embalagens que
possam interagir com o alimento e a sua vizinhança, com o objetivo de manter a qualidade
do produto durante o transporte e armazenamento.

34
SAIBA MAIS:
❑ Optimized pH-responsive film based on a eutectic mixture-plasticized chitosan.
Carbohydrate polymers, 2017. DOI: 10.1016/j.carbpol.2017.02.047.
❑ Assessing the stabilizing effect of xanthan gum on vitamin D-enriched pecan oil in oil-in-
water emulsions, 2018. DOI: 10.1016/j.colsurfa.2018.07.052.
❑ Extruded hybrids based on poly (3-hydroxybutyrate-co-3-hydroxyvalerate) and reduced
graphene oxide composite for active food packaging, 2018. DOI:
10.1016/j.fpsl.2018.02.002.
❑ Encapsulation and antioxidant activity of assai pulp oil (Euterpe oleracea) in
chitosan/alginate polyelectrolyte complexes, 2020. DOI:.1016/j.foodhyd.2020.106097.

Nanocompósitos poliméricos em embalagens


Prof.ª Dr.ª LÍVIA RODRIGUES DE MENEZES

A linha de nanocompósitos poliméricos visa o desenvolvimento e avaliação de


sistemas para diversas áreas de aplicação, incluindo o desenvolvimento de novos materiais
para embalagens (ROCHA et al., 2020). Esta linha de pesquisa visa avaliar os impactos
mecânicos, térmicos, biológicos e ópticos da adição de nanopartículas em matrizes
poliméricas.
A motivação para o desenvolvimento de trabalhos nessa linha de pesquisa se deu
através de estudos sobre nanomateriais durante seu mestrado, por apresentar uma gama
de aplicações altamente promissoras. Nessa linha, foram desenvolvidos trabalhos e
parcerias importantes para o desenvolvimento e caracterização mais completa desses
materiais.

SAIBA MAIS:
❑ Synergistic effect of carbon nanoparticles on the mechanical and thermal properties of
poly (lactic acid) as promising systems for packaging, 2020. DOI:
10.1177/0021998320927779.
❑ Evaluation of thermal properties of zirconium–PHB composites, 2019. DOI:
10.1007/s10973-019-09106-7.
❑ The applicability of organomodified nanoclays as new fillers for mechanical
reinforcement of dental composites, 2018. DOI: 10.1177/0021998317718055.

35
REFERÊNCIAS
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ZANETTI, M. R.; PERCEBOM, A. M.; RIBEIRO, T. A.; DIAS, M. L.; OLIVEIRA, A. P.; JÚNIOR, E. R.; ROSSI, A.
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019-04553-y.

38
CAPÍTULO 3

Polímeros e
Meio Ambiente
3. POLÍMEROS E MEIO AMBIENTE

Os polímeros são materiais versáteis como pudemos verificar ao longo dos capítulos
deste e-book, e da mesma forma que podem ser empregados na confecção de artefatos
e/ou formulações para as mais diversas indústrias, estes podem ter um papel importante na
recuperação do meio ambiente.
É comum ver nas notícias, os plásticos sendo tratados como vilões, revelando o
impacto do descarte errôneo do material plástico e o seu efeito negativo na vida marinha.
Segundo a National Geographic Brasil (PARKER, 2020), a quantidade de lixo plástico
despejada nos oceanos pode chegar a 29 milhões de toneladas métricas até 2040.
Entretanto, este é um material de excelentes propriedades que são empregados nos setores
de embalagem, transporte, saúde, eletrônica, construção e entre outros (CASTRO, 2020). A
grande problemática do uso de plástico é a destinação dele, dado que, uma pequena fração
do material é reciclado e reintroduzido na cadeia produtiva. Assim, um grande volume de
plástico não tem um destino e tratamento apropriado, prejudicando a vida dos animais que
habitam no ecossistema.
Dessa forma, estudos quanto ao ciclo de vida, bem como, a gestão do resíduo
plásticos são desenvolvidos com o intuito de formular estratégias e políticas de gestão de
resíduos. Uma vez que, o tratamento final do resíduo plástico pós consumo, usualmente
incluem técnicas como reciclagem mecânica, incineração, com objetivo de recuperação de
energia, ou a destinação em aterros sanitários. Nesse sentido, opções mais ambientalmente
amigáveis devem ser consideradas, como a incorporação de frações de resíduos plásticos
reciclados na matriz polimérica virgem (LAZAREVIC et al., 2010; NIELSEN et al., 2020).
Embora os polímeros sejam tidos como lixo e poluição, estes podem ser agentes de
remediação ambiental, exercendo a função de minimizar ou extrair danos, como por exemplo
no tratamento de águas e solos contaminados por resíduos produzidos pelas atividades
humanas. Estas atividades vêm causando progressivamente a poluição da água e do solo
por metais pesados, pelo despejo, acidental ou não, de óleo, dentre outros, causando sérios
danos para o meio ambiente e para a saúde humana. Dessa forma, tecnologias de
remediação são necessárias, e formulações poliméricas têm sido empregadas para esse fim
(FIORATI et al., 2020; TUMMINO et al., 2020).

39
No setor de petróleo, acidentes operacionais podem ocorrer durante a perfuração de
poços e na etapa de transporte do petróleo, ocorrendo derramamentos de óleo em lençóis
freáticos e no solo. Estima-se que cerca de 3,2 milhões de toneladas de petróleo sejam
lançados acidentalmente nos oceanos de todo o planeta a cada ano, acarretando um grave
problema ambiental.

A água contaminada por petróleo deve ser tratada para reduzir ou até eliminar a
quantidade de contaminantes no ambiente marinho, tornando o meio inofensivo para a fauna
e flora. O limite diário estabelecido pelo CONAMA 393/2007 é de até 29 ppm de teor total de
óleos e graxas (TOG) (PETROBRAS, 2020) presentes em águas residuais oleosas. Para
isso, vem sendo desenvolvidos nanopartículas magnéticas revestidas por polímeros, tais
como o poliestireno, onde estes formam superfícies hidrofóbicas capazes de absorver o óleo

derramado.

MAPA MENTAL

Ciclo de vida

Recuperação
ambiental

MEIO
AMBIENTE
Reciclagem Aproveitamento
de resíduos

40
3.1. Recuperação Ambiental

Devido a extensa industrialização, substâncias como zinco, cromo, fósforo, cobre,


mercúrio, níquel, arsênio, cádmio e chumbo (ABBAS et al., 2016) são lançados pelas
indústrias químicas como rejeitos em leitos de rios e mares, acarretando um grande volume
de água contaminada (NAJE et al., 2017). Desse modo, ações e propostas de remediação e
recuperação ambiental são desenvolvidas.
De acordo com Aronson e colaboradores (2011) a recuperação ambiental envolve
todas as atividades que visam melhorar as condições ambientais de um ecossistema
degradado. Dentre as ações comumente encontradas para descontaminação da água, estão
tecnologias de adsorção (MUKHOPADHYAY et al., 2020), uma vez, que são consideradas,
simples, eficazes, econômicas e sustentáveis. Os polímeros, portanto, tem sido empregado
em composições para este fim (XU et al., 2018), como também para remediação de águas
contaminadas por derramamento de óleo. A água contaminada por petróleo pode
comprometer a qualidade de recursos hídricos, pois o petróleo é constituído de
hidrocarbonetos aromáticos (benzeno, tolueno e xileno) altamente tóxicos (TIBURTIUS,
ZAMORA, LEAL, 2004). Desse modo, técnicas de remediação de recursos hídricos vêm
sendo amplamente desenvolvidos, a fim de garantir a remoção do óleo na água (BETTAHAR
et al., 1999).

Nanocompósitos poliméricos obtidos a partir de recursos


renováveis aplicados na recuperação ambiental
Prof. Dr. FERNANDO GOMES DE SOUZA JÚNIOR

O grupo de pesquisa desenvolve nanocompósitos poliméricos obtidos a partir de


recursos renováveis. A motivação de tal estudo advém da ampliação do uso e exploração do
petróleo ao longo dos anos. Proporcionalmente, os acidentes relacionados a esse tipo de
exploração também têm aumentado, como o derramamento de petróleo, o que propicia
sérios danos aos ecossistemas aquáticos devido a liberação de substâncias tóxicas. Por
outro lado, as técnicas convencionais para a limpeza não são tão eficazes, podendo ainda
prejudicar de forma severa o ecossistema afetado.

41
Os polímeros por sua vez, são amplamente estudados para esse fim, o professor em
questão, por exemplo, realiza estudos com nanocompósitos à base de biopolímeros com o
intuito de melhorar o processo de limpeza, uma vez que, pesquisas relatam que estes
compostos podem retirar as impurezas em uma proporção de 1:25 gramas do material/óleo.

SAIBA MAIS:
❑ Extrinsically magnetic poly(butylene succinate): An up-and-coming petroleum cleanup tool,
2018. DOI: https://doi.org/10.1016/j.scitotenv.2018.07.421

Nanocompósitos poliméricos para remoção de óleo de


água contaminada
Prof.ª Dr.ª LUCIANA SPINELLI FERREIRA

O grupo de pesquisa realiza estudos quanto a remoção de óleo de água contaminada,


empregando nanocompósitos contendo argilomineral com alta capacidade adsortiva e
presença de material magnético para uso na remoção de óleo da água, com a finalidade de
reduzir, a níveis aceitáveis, a quantidade de contaminantes nas águas.

SAIBA MAIS:
❑ Polymers in the Production of Crude Oil: Ii. Experimental Procedure to Prepare Polymeric
Magnetic Nanocomposites. 2019.
❑ Magnetic polystyrene-palygorskite nanocomposite obtained by heterogeneous phase
polymerization to apply in the treatment of oily waters. 2018. DOI:
https://doi.org/10.1002/app.46162.
❑ Preparation and characterization of an organo-palygorskite-Fe3O4 nanomaterial for
removal of anionic dyes from wastewater. 2017. DOI:
https://doi.org/10.1016/j.clay.2017.01.017.
❑ Synthesis and characterization of magnetic palygorskite nanoparticles and their
application on methylene blue remotion from water. 2015. DOI:
https://doi.org/10.1016/j.apsusc.2015.03.080.
❑ Evaluation of Fe(III) Adsorption onto Palygorskite Surfaces. 2013. DOI:
https://doi.org/10.1016/j.apsusc.2013.05.113.

42
3.2. Ciclo da Vida

De acordo com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia


(INMETRO), o ciclo de vida de um produto é resultado de um conjunto de etapas que este
material passa durante a cadeia produtiva. Sendo estes, os processos de extração,
transformação e produção de matéria-prima, transporte, distribuição, uso, reuso,
manutenção, reciclagem e descarte final (LAR PLÁSTICOS, 2020).
O ciclo de vida pode seguir um modelo linear de produção e consumo, ou circular. No
modelo circular, as decisões tomadas durante o desenvolvimento impactam toda cadeia pós
consumo. O material pode ser remanufaturado e voltar ao processo produtivo, reutilizado ou
ter um destino mais estruturado, não sendo descartado em aterros sanitários (ABIPLAST,
2019).

Avaliação do ciclo de vida de produtos poliméricos pós-


consumo
Prof.ª Dr.ª ELEN BEATRIZ ACORDI VASQUES PACHECO

A avaliação do ciclo de vida de um material ou produto polimérico visa o


conhecimento do seu impacto ambiental, desde a aquisição da matéria-prima, passando pela
produção e uso, até a sua disposição final (do berço ao túmulo). É uma avaliação do balanço
de massa, energia e emissões, na qual são quantificados os fluxos de entrada e de saída do
seu ciclo de vida. Esta metodologia permite avaliar a destinação mais adequada para
produtos pós-consumo e os pontos críticos de seu processo de reciclagem. A avaliação do
ciclo de vida de um material é uma importante ferramenta científica que avalia os impactos e
compara desempenhos ambientais. Nesse sentido, o grupo de pesquisa da professora visa
avaliar o ciclo de vida de produtos poliméricos, permitindo o apoio à tomada de decisões.

SAIBA MAIS:
❑ Life Cycle Assessment of Polyethylene Terephthalate Packaging: An overview. 2019. DOI:
https://doi.org/10.1007/s10924-019-01375-5.
❑ Comparative lifecycle assessment of mango packaging made from a polyethylene/natural
fiber-composite and from cardboard material. 2016. DOI:
https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2016.08.135.

43
3.3. Reciclagem

O material plástico se tornou algo essencial para muitas atividades, como é o caso
atual do uso de polímeros em produtos de proteção durante a pandemia de Covid 19, na
produção de face shields, máscaras e macacões de proteção, luvas, dentre outros produtos.
Contudo, os polímeros, muita das vezes são associados à poluição. Em manchetes e
reportagens vemos constantemente o impacto que o plástico ocasiona no meio ambiente,
entretanto, vale ressaltar que o mal que ele ocasiona está relacionado ao descarte errôneo
(THOMAS, 2020). Dados de reciclagem provenientes do Plano de Incentivo à Cadeia
Produtiva do Plástico Pic Plast (iniciativa entre Abiplast e Braskem), informam que no ano de
2018 o volume de resina plástica pós consumo produzido no país foi de 757,6 mil toneladas,
que corresponde a um índice de reciclagem de 22,1% (ABIPLAST, 2019). Desse modo,
podemos verificar que um grande volume de material plástico não é reciclado e tem
destinação imprópria.

Desenvolvimento de tecnologias de reciclagem de polímeros


Prof.ª Dr.ª ELEN BEATRIZ ACORDI VASQUES PACHECO

Os polímeros são empregados em diversos setores, tais como em embalagens,


fibras, filmes, construção civil, entre outros. Com o crescente uso desses materiais, gera-se
um acúmulo de resíduos. Para isso, são desenvolvidas tecnologias de reciclagem desses
materiais poliméricos, a fim de que esses materiais possam ser recuperados para outros fins.
Essa linha de pesquisa é desenvolvida no Laboratório Núcleo de Excelência em Reciclagem
e Desenvolvimento Sustentável (NERDES) do Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa
Mano da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde buscam-se desenvolver processos
inovadores e que atendam ao conceito de Economia Circular, que incluem as embalagens
multicamadas, resíduos de equipamentos eletroeletrônicos, de portos e da agricultura. Nessa
linha de pesquisa, o desenvolvimento de estudos no tema reciclagem de produtos e
processos com menor impacto ambiental é um desafio em um planeta onde se busca o ciclo
de vida de produtos com menor impacto negativo.

SAIBA MAIS:
❑ Rotomolding and polyethylene composites with rotomolded lignocellulosic materials: A
review. Journal of Reinforced. 2020. DOI: https://doi.org/10.1177/0731684420916529.
❑ Management of cruise ship-generated solid waste: A review. 2020. DOI:
https://doi.org/10.1016/j.marpolbul.2019.110785.
❑ Efficiency in the environmental management of plastic wastes at Brazilian ports based on
data envelopment analysis. 2019. DOI: https://doi.org/10.1016/j.marpolbul.2019.03.061.
44
Vitrímeros baseados em epóxi e ácidos renováveis
Prof. Dr. MARCOS LOPES DIAS

Materiais termorrígidos são empregados para diversas aplicações, uma vez que
apresentam elevada estabilidade dimensional, propriedades mecânicas interessantes e
resistência à fluência/química. Entretanto, devido à sua arquitetura molecular permanente
devido às ligações cruzadas, estes não podem ser reprocessados ou reciclados. Nesse
sentido, surge uma nova classe de materiais, os vitrímeros (DENSEN, WINNE, PREZ, 2016),
que apresentam uma estratégia química ao introduzir plasticidade a cadeia polimérica por
meio de ligações químicas tidas como dinâmicas. Desse modo, tais materiais combinam
qualidades dos termorrígidos, como excelentes propriedades mecânicas em temperaturas de
serviço e de termoplásticos, bem como, a maleabilidade em temperaturas elevadas,
alcançadas por meio reticulações que sofrem reações de troca associativa, em vez de
dissociativa (FORTMAN et al., 2015).
Nesta linha de pesquisa, promove-se a obtenção de vitrímeros baseados em
poli(hidróxi ésteres) a partir de diepóxidos e diácidos renováveis. Neste tipo de vitrímero a
relaxação que permite sua reprocessabilidade é altamente influenciada por catalisadores.
Desta forma, investiga-se a influência do tipo e concentração de catalisador, a cinética de
formação das redes tridimensionais e o da natureza da estrutura e da estequiometria entre
os monômeros nas propriedades térmicas, mecânicas, reológicas e superficiais desses
materiais.

SAIBA MAIS:
❑ Síntese e caraterização de materiais poliméricos epóxi-ácido com características vitriméricas.
Dissertação de Mestrado, IMA-UFRJ, 2018.
❑ Poli(hidroxiésteres) vitriméricos a partir de diepóxidos e dianidridos: estudo e síntese. Dissertação
de Mestrado, IMA-UFRJ, 2019.
❑ Reaction and thermal behavior of vitrimer-like polyhydroxy esters based on polyethylene glycol
diglycidyl ether. 2020. DOI: https://doi.org/10.1002/app.49329

45
CONEXÃO INSTAGRAM
@semanadepolimeros

Criado por: Thaís Guerra

A reciclagem de polímeros pode ser classificada em quatro categorias:.


❑ Reciclagem primária: conversão dos resíduos poliméricos industriais por métodos de
processamento padrão em produtos com características equivalentes as dos produtos
originais produzidos com polímeros virgens; por exemplo, resíduos que são novamente
introduzidas no processamento.
❑ Reciclagem secundária: conversão dos resíduos poliméricos provenientes dos resíduos
sólidos urbanos por um processo ou uma combinação de processos em produtos que
tenham menor exigência do que o produto obtido com polímero virgem, por exemplo,
reciclagem de embalagens de PP para obtenção de sacos de lixo.
❑ Reciclagem terciária: processo tecnológico de produção de insumos químicos ou
combustíveis a partir de resíduos poliméricos.
❑ Reciclagem quaternária: processo tecnológico de recuperação de energia de resíduos
poliméricos por incineração controlada.
O PET, PE e o PP são os polímeros reciclados pelas empresas recicladoras, e cerca da
metade destas empresas reciclam de 20 até 50 t/mês. Entre as principais aplicações dos
polímeros reciclados estão as utilidades domésticas. Já o PET reciclado é utilizado como
fibra têxtil (41%), mantas de não tecido (16%), cordas (15%), resinas insaturadas (10%),
embalagens (9%), cerdas de vassouras e escovas (5%) e de outros produtos (4%).

Por Sabrina Bento

46
3.4. COMPÓSITOS POLIMÉRICOS CONTENDO
RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS

A agroindústria no Brasil é responsável por um volume muito grande de rejeitos,


entretanto, como o material é composto grande parte por fibras naturais, estes têm
despertado interesse no emprego em matrizes poliméricas, uma vez que, são amplamente
disponíveis, apresentarem baixo custo e diminuir o impacto ambiental, dado que, usualmente
esse material é queimado ou descartado como lixo nas propriedades rurais (AGOPYAN et
al., 2005; SILVA, JERÔNIMO, 2012).
A utilização de fibras naturais em matrizes poliméricas vem ganhando destaque nas
pesquisas científicas, pois atualmente há uma incessante busca por desenvolvimento de
materiais que tenham menor impacto ao ambiente, porém, que apresentem melhores
propriedades (PEREIRA et al., 2015).. Além disso, as fibras naturais possuem muitas
vantagens face às fibras sintéticas, dentre elas destacam-se seu baixo custo, a
biodegradabilidade, baixa densidade, atoxicidade e não abrasividade aos equipamentos de
processamento (PEREIRA et al., 2015; KOMURAIAH, KUMAR, PRASAD, 2014;
SATYANARAYANA, GREGORIO, ARIZAGA, 2009).

Materiais de fontes renováveis em composições


poliméricas
Prof.ª Dr.ª LEILA LEA YUAN VISCONTE

Atualmente há um crescente interesse econômico em reaproveitar os resíduos


provenientes da agroindústria, uma vez que, estes subprodutos são descartados em grande
quantidade. Dessa forma, são destinados à produção de rações, fertilizantes ou até mesmo
são incinerados para obtenção de energia térmica. Entretanto, tais subprodutos possuem um
grande potencial lignocelulósico e apresentam baixo custo, biodegradabilidade, baixa
densidade, atoxicidade e não abrasividade aos equipamentos de processamento. Sendo
assim, busca-se desenvolver materiais que tenham menor impacto ao ambiente, mas, que
possuam propriedades promissoras. Tal linha de pesquisa, objetiva principalmente o
aproveitamento de resíduos oriundos de atividades industriais, em especial o agronegócio, a
fim de valorizá-lo com desenvolvimento de materiais amigáveis ao meio ambiente.

SAIBA MAIS:
❑ The Use of Cashew Nut Shell Liquid (CNSL) in PP/HIPS Blends: Morphological, Thermal,
Mechanical and Rheological Properties. 2019 DOI: 10.3390/ma12121904.
❑ Comparative lifecycle assessment of mango packaging made from a polyethylene/natural
fiber-composite and from cardboard material. 2016. DOI:
https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2016.08.135.

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CONEXÃO INSTAGRAM
@semanadepolimeros

Criado por: Thaís Guerra

Biopolímeros são produzidos a partir de matérias-primas de fontes renováveis (milho,


cana-de-açúcar, celulose, quitina, entre outras) que possuem um ciclo de vida mais curto
quando comparado a fontes fósseis como o petróleo, além de não contribuirem para a
poluição do meio ambiente.
Os polímeros biodegradáveis são aqueles que podem ser degradados pela ação de
microorganismos (bactérias, fungos e algas), sendo consumidos em semanas ou meses sob
condições favoráveis. Obtidos por fontes naturais renováveis tais como: milho, celulose,
batata, cana-de-açúcar ou sintetizados por bactérias dando origem a polímeros como o
polihidroxibutirato. Além disso, podem ser provenientes de fontes animais (quitina, quitosana
ou proteínas). Outros polímeros biodegradáveis podem ser obtidos através de fontes fósseis
(petróleo), ou da mistura entre biomassa e petróleo. Os polímeros biodegradáveis
provenientes do petróleo mais c,onhecidos são as policaprolactonas, poliesteramidas, os
copoliésteres alifáticos e aromáticos.
Já o termo polímero verde é atribuído a polímeros que outrora eram sintetizados a
partir de matérias-primas de origem fóssil, mas que, devido a avanços tecnológicos
passaram a ser sintetizados a partir de matérias-primas proveniente de fontes renováveis
sem perder as características antes observadas (Ex: polietileno - PE verde e o policloreto de
vinila - PVC verde).

Por Sabrina Bento


48
REFERÊNCIAS
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Disponível em: https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2020/07/em-2040-lixo-plastico-nos-
oceanos-podera-ser-o-triplo-do-atual.

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https://eco.sapo.pt/2020/02/05/o-que-estamos-a-fazer-para-minimizar-o-impacto-do-plastico-no-planeta/

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https://doi.org/10.1016/j.progpolymsci.2008.12.002.

50
4. APRESENTAÇÃO DOS PROFESSORES DO IMA-UFRJ

Prof. Alexandre Carneiro Silvino

Doutor em Ciências em Ciência e Tecnologia de Polímeros pela


Cornell University e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
(2007) e Pós-Doutorado pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro (2009). Atualmente é professor adjunto da Universidade
Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Química,
com ênfase nas áreas de Química de Coordenação e Catálise
Aplicada à Obtenção de Polímeros.

Prof.ª Ana Lúcia Nazareth da Silva


Doutora em Ciências em Ciência e Tecnologia de Polímeros pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Desenvolveu projeto de
pós-doutorado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, no
Instituto Politécnico de Nova Friburgo e trabalhou como engenheira
química do Centro de Pesquisas Leopoldo A. Miguez de Mello.
Atualmente é Professora Associada no Instituto de Macromoléculas
Professora Eloisa Mano (IMA/UFRJ) e no programa de Engenharia
Ambiental (PEA-Poli/UFRJ).

Prof.ª Bluma Guenther Soares

Possui graduação em Química pela Universidade Federal do Rio


de Janeiro (1973), mestrado em Química Orgânica pela UFRJ
(1978), doutorado em Ciência e Tecnologia de Polímeros pela
UFRJ (1987) e pós-doutorado em compósitos condutores pela
Universidade de Liege- Bélgica (1993). Atualmente é pesquisador
do CNPq, nível IA e Bolsista do Nosso Estado da FAPERJ. Atua
como Professora Permanente dos Programas de Pós-Graduação
em Ciência e Tecnologia de Polímeros do IMA/UFRJ e do
Programa de Pós-Graduação em engenharia Metalúrgica e de
Materiais da COPPE/UFRJ.

52
Prof.ª Claudia Regina Elias Mansur

Possui Graduação em Engenharia Química e mestrado e doutorado em


Ciência e Tecnologia de Polímeros pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ). Atualmente é Professor Associado III do Instituto de
Macromoléculas (IMA/UFRJ), pesquisador 1D do CNPq e Cientista do
Estado pela Faperj.

Prof.ª Cristina Tristão de Andrade

Professora Titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na


qual atua no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de
Polímeros do IMA-UFRJ (desde 1985) e no Programa de Pós-
Graduação em Ciência de Alimentos do IQ-UFRJ (desde 2000). Possui
diploma de Mestre em Ciências, em Química Orgânica, pelo Instituto de
Química da UFRJ e de Doutora em Ciências, em Ciência e Tecnologia
de Polímeros pelo IMA-UFRJ, com período sanduíche na Rheinisch-
Westfälische Technische Hoch Schule Aachen (RWTH-Aachen).

Prof.ª Elen Beatriz Acordi Vasques Pacheco

Graduada em Engenharia Química pela Universidade Federal


Fluminense (1986) e em Química Industrial pela Universidade Federal
Fluminense (1989). Mestre e Doutora em Ciência e Tecnologia de
Polímeros pelo Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano
(1993, 1999 respectivamente). Pós-doutorado no Lawrence Berkeley
National Laboratory (2008) na área de Gerenciamento Ambiental.
Atualmente é Professora Adjunta do Instituto de Macromoléculas
Professora Eloisa Mano.

53
Prof.ª Elizabete Fernandes Lucas

Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade do Estado


do Rio de Janeiro (1986), mestrado em Ciência e Tecnologia de
Polímeros pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1990),
especialização em Polímeros pela University of Massachusetts (1992),
doutorado em Ciência e Tecnologia de Polímeros pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro (1994) e MBA Executivo pela COPPEAD/UFRJ
(2002). Atualmente é Professor Titular da Universidade Federal do Rio de
Janeiro.

Prof. Emerson Oliveira da Silva

Possui graduação em Licenciatura Plena Em Química pela Universidade


Federal de Mato Grosso (2002) e doutorado em Ciência e Tecnologia de
Polímeros pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2007).
Atualmente é Diretor substituto do Instituto de Macromoléculas
Professora Eloisa Mano da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(IMA/UFRJ).

Prof. Fernando Gomes de Souza Júnior

Possui graduação em Química-Licenciatura pela Universidade Federal do


Espírito Santo (1999), mestrado em Engenharia e Ciência dos Materiais
pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (2002),
doutorado em Ciência e Tecnologia de Polímeros pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro (2006) e Pós-Doutorado no Programa de
Engenharia Química da COPPE / UFRJ. Atualmente é Professor
Associado II do Instituto de Macromoléculas da UFRJ e Professor Pleno
do Programa de Engenharia de Nanotecnologia da COPPE/UFRJ desde
2019.

54
Prof.ª Leila Lea Yuan Visconte

Possui graduação em Química Industrial pela Pontifícia Universidade


Católica do Rio de Janeiro (1973), mestrado em Química pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (1977) e doutorado em
Ciência e Tecnologia de Polímeros pela Universidade Federal do Rio
de Janeiro (1991). Atualmente é professora titular da Universidade
Federal do Rio de Janeiro.

Prof.ª Lívia Rodrigues de Menezes

Formada em Odontologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro


(UFRJ) em 2010. Mestre e Doutora em Ciência e Tecnologia de
Polímeros pelo Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano
(IMA-UFRJ) em 2012 e 2016, respectivamente. Pós-doutora no
Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano, em 2017.
Atualmente é Professora Adjunta do curso de Nanotecnologia da
Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Prof.ª Luciana Spinelli Ferreira

Professora adjunta da Universidade Federal do Rio de Janeiro atua no


curso de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Polímeros do
IMA/UFRJ e no curso de Pós-graduação de Engenharia da
Nanotecnologia da COPPE/UFRJ. Doutora em Ciências em Ciência e
Tecnologia de Polímeros pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
(2005).

55
Prof. Marcos Lopes Dias

Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal do


Rio de Janeiro (1983), doutorado em Ciência e Tecnologia de Polímeros
pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1990) e Pós-Doutorado no
Politécnico de Milão, Itália (1992). Atualmente é Professor Titular da
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Vice Coordenador do Curso de
Pós-Graduação Lato Sensu em Processamento de Plásticos e
Borrachas, Pesquisador nível 1C do CNPq e Cientista do Nosso Estado
FAPERJ (2003-2007; 2015-...).

Prof.ª Maria de Fátima Vieira Marques

Graduada em Engenharia Química pela Universidade do Estado do Rio


de Janeiro (1981), com Mestrado (1988) e Doutorado (1993) em Ciência
e Tecnologia de Polímeros pela Universidade Federal do Rio de Janeiro,
com estágio de 2,5 anos no Max-Planck-Institut für Kohlenforschung
(1988-1990). Pós-Doutorado em Síntese de Complexos
Organometálicos pela Universidade de Bayreuth, Alemanha (1998).
Atualmente é Professora Titular da Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Instituto de Macromoléculas, com bolsa de Produtividade em
Pesquisa do CNPq e Cientista do Nosso Estado, FAPERJ.

Prof. Paulo Henrique de Souza Picciani

Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal do


Paraná (2001), mestrado em Química Analítica pela Universidade Federal
do Paraná (2004) e doutorado no Instituto de Macromoléculas da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (2008). Atualmente é professor
adjunto no Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano, onde
atua na área de dispositivos e sensores poliméricos.

56
Prof.ª Regina Célia Reis Nunes

Possui graduação em Licenciatura Química pela Universidade do


Estado do Rio de Janeiro, Mestrado em Química Orgânica pelo
Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Doutorado em Ciência e Tecnologia de Polímeros pelo Instituto de
Macromoléculas da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Pós-
Doutorado pelo Consejo Superior de Investigaciones Científicas
(Madri – Espanha). É Professora aposentada pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro, e atualmente é Professora Colaboradora
Voluntário do Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano da
Universidade Federal do Rio de Janeiro.

57
AGRADECIMENTOS

Nós da equipe editorial desse E-book agradecemos aos professores participantes desse
projeto pela disponibilidade em fornecer as informações necessárias para a construção do
mesmo, bem como sua avaliação.
Ao coordenador de Extensão Prof. Alexandre Carneiro Silvino pelo suporte oferecido
durante a construção desse material.
Aos colegas e membros da comissão organizadora da 14ª Semana de Polímeros-
Professora Eloisa Mano pelo envolvimento com o evento e com as propostas apresentadas.
E a você, caro leitor por estar fazendo parte deste momento histórico para o nosso
evento do Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano.

Listamos abaixo todos os envolvidos nesse projeto

Professores participantes desse E-book

Alexandre Carneiro Silvino


Ana Lucia Nazareth
Bluma Guenther Soares
Cláudia Regina Elias Mansur
Cristina Tristão de Andrade
Elen Beatriz Acordi Vasques Pacheco
Elizabete Fernandes Lucas
Emerson Oliveira da Silva
Fernando Gomes de Souza Junior
Leila Lea Yuan Visconte
Livia Rodrigues de Menezes
Luciana Spinelli Ferreira
Marcos Lopes Dias
Maria de Fátima Vieira Marques
Paulo Henrique Picciani
Regina Célia Reis Nunes
Comissão Organizadora da 14ª Semana de Polímeros Professora Eloisa Mano

Alexandre Carneiro Silvino, Coordenador de Extensão do Instituto;


Marina da Silva Sacramento, Secretária de Extensão do Instituto;
Adriane da Silva Sena;
Alice Barbosa de Brito;
Ana Paula Torres Magalhães;
Andressa Nascimento Silva;
Anne Caroline da Silva Rocha;
Arianne Cunha dos Santos Vaucher;
Bianca Sanchez Lima;
Cintia Patricia Santos da Paixão;
Daniela Corrêa Santos;
Elisa Barbosa de Brito;
Fiammetta Nigro;
Francisco Pereira de Araújo Júnior;
Geilza Alves Porto;
João Gabriel Passos Rodrigues;
Lucas Galhardo Pimenta Tienne;
Luiz Guilherme Abreu de Paula;
Matheus Alves Coelho;
Matheus Silva de Oliveira;
Naiara Pirahi da Silva Chagas;
Ruan Roberto Henriques;
Sabrina dos Santos Bento;
Taihana Parente Paula;
Talita Gonzaga da Silva;
Thaís Guimarães Guerra.

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