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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

IMA - ESCOLA DE QUÍMICA


EQW-112: INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS QUÍMICOS E
BIOQUÍMICOS

PROCESSOS INDUSTRIAIS EM
polímeros

Renato Melo, Químico Industrial, M.Sc.


E-mail: renatomelo81@gmail.com
INTRODUÇão
CIÊNCIA DOS MATERIAIS

Metálicos Poliméricos

Cerâmicos

Materiais metálicos: normalmente compostos por ligas metálicas. Ótimos


condutores de calor e eletricidade. Aplicações estruturais;

Materiais cerâmicos: contém elementos metálicos e não-metálicos (ex:


Al2O3 , MgO). Fracos condutores de calor e eletricidade, porém mais
resistentes a altas temperaturas que os metais e os polímeros.

PROCESSOS INDUSTRIAIS eM polímeros – EQW112


POLÍMEROS

Do grego poli (muitas) + meros (partes);

Repetição de unidades de um mesmo composto químico (mero);

Polimerização: processo em que várias unidades de repetição
(monômeros) reagem para a geração de uma cadeia polimérica.

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PROCESSOS INDUSTRIAIS eM polímeros – EQW112
Tecnologia de Polímeros

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Tecnologia de Polímeros
Artefatos Poliméricos

Vantagens Desvantagens

Facilidade de fabricação e manutenção Baixa resistência


de equipamentos
Economia em peso Instabilidade dimensional

Resistência à corrosão Termicamente instáveis

Isolamento elétrico e térmico Sujeitos à deterioração/degradação

Transparência Odores (monômeros/degradação)

Amortecimento / maleabilidade Dificuldade de reparação

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Tecnologia de Polímeros

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Tecnologia de Polímeros

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Tecnologia de Polímeros
Aditivos

Aditivos que modificam as propriedades mecânicas:


ü
Cargas
ü
Plastificantes
ü
Modificadores de impacto
ü
Agentes de reticulação
Retardantes de chama e supressores de fumaça;
Aditivos que modificam as propriedades elétricas;
Aditivos de procesamento:
ü
Lubrificantes
ü
Auxiliares de Processamento

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Tecnologia de Polímeros
Aditivos

Aditivos de proteção:
ü
Antioxidantes
ü
Estabilizantes contra radiação
Modificadores de propriedades de superfície:
ü
Compatibilizantes
ü
Promotores de adesão
ü
Agentes antiestáticos
Modificadores de propriedades óticas:
ü
Corantes e pigmentos
ü
Promotores de brilho
Agentes de expansão

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Tecnologia de Polímeros
Cargas

Materiais sólidos, insolúveis, que são adicionados aos polímeros durante o


processamento em quantidades suficientes para diminuir o custo final ou
aumentar de forma controlada alguma de suas propriedades físicas

Tipos de Cargas
Cargas de Enchimento Apenas reduzem o custo do produto, ex:
carbonatos (CaCO3), argilas, talco, etc.
Cargas de Reforço Alteram as propriedades mecânicas do produto,
ex: fibras de vidro, fibras vegetais, fibras
poliméricas, etc.
Cargas Funcionais Alteram propriedades específicas do produto,
como condutividade elétrica ou térmica, ex: fibra
de carbono, fibras metálicas

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Moldagem por extrusão
Moldagem por Extrusão

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Moldagem por Extrusão
Extrusão = “ex” + “trudere” (Latim)

“ex” – movimento para fora

“trudere” - empurrar

Extrusão = movimento de empurrar para fora

Em termos técnicos, para polímeros no estado fundido, extrusão é o processo


no qual o polímero é, geralmente, plastificado, homogeneizado, pressurizado e
bombeado, com auxílio de barril aquecido e rosca com movimento rotacional,
em direção a uma matriz que poderá dar ou não a forma do produto final.

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Moldagem por Extrusão
Aplicações da Extrusão

Formulação

ü
Aditivação de polímeros e granulação (“pelletização”);
ü
Preparação de misturas, compósitos e nanocompósitos;
ü
Modificação de polímeros: funcionalização, degradação controlada,
reticulação, copolimerização, ramificação, etc.

Conformação de Polímeros

ü
Fabricação de placas, perfis, tubos, filmes planos, filmes tubulares,
espumas, etc.

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Moldagem por Extrusão
Extrusão: vantagens e desvantagens

Vantagens Desvantagens

Processo contínuo

Elevado volume de produção

Valor de processo reduzido Peças com geometria pouco


complexa e seção uniforme
Vários tipos de matérias-primas constante

Capacidade de mistura

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Moldagem por Extrusão
Componentes de uma Extrusora

Funil

Barril

Rosca Matriz

Motor

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Moldagem por Extrusão
Componentes de uma Extrusora

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Moldagem por Extrusão

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Moldagem por Extrusão
Aplicações do Processo de Extrusão

Fabricação de produtos com perfil definido


ü
Tubos
ü
Laminas
ü
Filmes
Revestimento de fios metálicos (Nylon, PVC, PE, PP);
Formação de camadas sobrepostas para obtenção de laminados;
Produção de filmes planos ou inflados;
Preparação de pré-formas para moldagem por sopro, etc. (PET)

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Moldagem por extrusão - SOPRO
Moldagem por Extrusão-Sopro
Princípio da Técnica

1) Extrusora plastifica o polímero e o conforma, em uma matriz anelar,


na forma de um tubo de plástico amolecido, chamado de parison;
2) Molde com cavidade fecha-se sobre o parison; ar comprimido é
injetado para dentro do parison por uma de suas extremidades e este
é expandido (inflado) contra as paredes do molde;
3) O molde solidifica o polímero no formato do molde;
4) O artefato é extraído do molde.

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Moldagem por Extrusão-Sopro

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Moldagem por Extrusão-Sopro
Extrusora de Parison

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Moldagem por Extrusão-Sopro
Extrusora de Parison

Curso técnico de polímeros – Aula 3


Moldagem por Extrusão-Sopro

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Moldagem por INJEÇÃO
Moldagem por Injeção

Princípio da técnica: O material termoplástico granulado é forçado a altas


temperaturas, acima de sua fusão, e pressões para que o polímero fundido
possa fluir pelos canais do molde, preencher a cavidade do molde e assumir a
forma desejada do moldado.

Esta técnica é empregada quando a quantidade de peças termoplásticas a


serem produzidas é de grande quantidade e é necessária uma boa exatidão
dimensional

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Moldagem por Injeção

Vantagens Desvantagens
Peças podem ser produzidas com altas taxas Competição acirrada oferece baixa margem
de produtividade de lucro
Produção de peças de grandes volumes Os moldes são muito caros

Custo de mão-de-obra é relativamente baixo A qualidade das peças é difícil de ser


determinada
O processo é altamente susceptível à imediatamente
automação
Peças requerem pouco ou nenhum Falta de conhecimento dos fundamentos do
acabamento processo
As peças podem ser moldadas com insertos causa problemas
metálicos

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Moldagem por Injeção

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Moldagem por Injeção
Máquina Injetora

Unidade de Acionamento
Molde Unidade de Injeção
do Molde

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Moldagem por Injeção
Máquina Injetora

Unidade de Injeção


Barril, cilindro ou canhão com funil e mantas
de aquecimento;

Rosca recíproca posicionada no interior do
barril;

Motor elétrico para girar a rosca;

Sistema hidráulico que comanda o avanço e
recuo do barril;

Sistema hidráulico que comanda o avanço e
recuo da rosca.

Função  dosagem, plastificação e injeção do polímero.

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Moldagem por Injeção
Máquina Injetora

Molde


Placa fixa e placa móvel;

Molde com cavidade(s);

Pinos guias;

Pinos extratores;

Canais de refrigeração.

Função  conformar e resfriar o polímero.

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Moldagem por Injeção
Máquina Injetora

Unidade de Acionamento do Molde


Sistema hidráulico para movimentação da
placa móvel que contém o molde;


Sistema hidráulico para movimentação dos
pinos extratores;

Função  extrair a peça moldada.

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Moldagem por INJEÇão - SOPRO
Moldagem por Injeção-Sopro

Princípio da Técnica

1) Produção de uma peça moldada por


injeção (pré-forma);
2) Fechamento do molde sobre a peça oca;
3) Introdução de ar comprimido sobre a peça
oca até a forma final;
4) Resfriamento e extração da peça soprada.

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Moldagem por Injeção-Sopro

Produção de frascos e garrafas PET

1) PET é injetado a 280 ºC com temperatura


de molde de 5 ºC para produzir um
material amorfo e transparente;
2) Pré-forma de PET injetada é aquecida as
90 ºC (Tg = 70 ºC e Tc = 170ºC)
3) Pré-forma aquecida é transferida para um
molde frio (5ºC) e soprada com
consequente estiramento biaxial..

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Moldagem por Injeção-Sopro

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Moldagem por Injeção-Sopro

Injeção-Sopro Extrusão-Sopro
• Moldados sem rebarba; • Deformação lenta;
•Bom controle de
espessura do gargalo e da •Altas velocidades de
parede;
produção;
•Mais fácil de produzir
Vantagens objetos não-simétricos;
•Maior versatilidade com
•Não há necessidade de
respeito à produção.
acabamento.

• Processo lento; •Mais difícil de controlar  a


espessura da parede;
•Mais restrito no que
concerne à escolha dos
Desvantagens
moldados; •Necessária a operação de
•São necessários dois corte.
moldes para cada objeto.

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ROTOMOLDAGEM
Rotomoldagem
Processos industriais que transformam uma resina termoplástica (ex.:
polietileno) em uma peça plástica, pronta para utilização. Produtos
rotomoldados estão cada vez mais presentes em nossa vida:


caixas d água e de ferramentas,

brinquedos,

baús para motos,

tanques químicos e de combustíveis,

caçambas e lixeiras para saneamento,

vasos para jardinagem,

peças técnicas para industria agrícola e automobilística, etc.

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Rotomoldagem

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Rotomoldagem

A vasta aplicação se tornou possível porque o processo de rotomoldagem


apresenta diversas vantagens:


Capacidade de produzir grandes peças;


Ótimo acabamento;


Produtos com grande resistência a impactos e intempéries;


Produtos totalmente recicláveis.

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Rotomoldagem
A máquina de rotomoldagem

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Rotomoldagem
Processo

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TERMOFoRMagem
Termoformagem

Processo que se utiliza de calor e pressão para a moldagem de


produtos em sua forma final a partir de filmes, chapas ou placas.

ü
Filmes, chapas ou placas são produzidos por extrusão a partir de
polímeros termo plásticos;
ü
A pressão utilizada para a moldagem pode ser mecânica, a vácuo ou
por ar comprimido;
ü
Peças com grandes áreas superficiais podem ser produzidas de forma
econômica.

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Termoformagem

PROCESSOS INDUSTRIAIS eM polímeros – EQW112


Termoformagem

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Termoformagem

ü
Embalagens: copos descartáveis, caixa de ovos, bandejas para
carnes e frios, etc.;

ü
Acessórios para veículos (painéis, tanques de gasolina, etc.);

ü
Eletrodomésticos: caixa interna de geladeira;

ü
Produtos para construção civil (armários de banheiro, luminárias,
etc.)

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Termoformagem

ü
A termoformagem consiste em aquecer uma folha de termoplástico acima de
Tg (para os polímeros amorfos) ou perto da fusão (para os polímeros semi-
cristalinos), forçando-a depois de encontro às paredes de um molde. Em
contacto com o molde arrefecido pela circulação de um fluído (geralmente a
água), o material arrefece ficando com a forma que o molde lhe deu.
Finalmente, o molde abre e procede-se à extração da peça.

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Moldagem por COMPRESSÃO
Moldagem por Compressão


Um dos processos mais antigos de moldagem;


Aplicáveis a polímeros termorrígidos e termoplásticos;


Similar à técnica de forjamento (aplicado aos metálicos);


Geralmente realizado à quente;


A resina termo-endurecível, pré-aquecida, é introduzida num molde
contendo uma ou mais cavidades.

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Moldagem por Compressão

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Moldagem por IMERsão
Moldagem por Imersão

ü
Permite a obtenção de peças ocas por imersão do molde em solução
viscosa, seguida de remoção do solvente, ou em emulsão do polímero
seguida de coagulação;

ü
Espessura do artefato é determinada pelo nº de vezes que o procedimento
é repetido.

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Moldagem por Imersão

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CALANdRagem
Calandragem

ü
Composição moldável passa entre rolos superpostos, sucessivos,
interligados na forma de “L”, “T” ou “Z”;
ü
Permite a obtenção de lâminas e lençóis plásticos, cuja espessura deve ser
regular;
ü
Empregada na produção em larga escala de materiais termoplásticos.

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Calandragem

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