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Biologia 10º ano

Betty Fernandes
2020/2021
A Biosfera Relações bióticas/ interações bióticas- relações que
se estabelecem entre os seres vivos e que têm por base a
forma de obtenção do alimento que funciona como fonte de
Biosfera —é constituída por todos os organismos vivos que energia e matéria para os seres vivos:
habitam o planeta Terra e pela matéria orgânica não
decomposta (biomassa).  Relações Interespecíficas- estabelecidas entre seres de
-Caracteriza-se pela elevada diversidade biológica. espécies diferentes (predação, competição, parasitismo,
-Regiões do globo que possuem uma elevada comensalismo, cooperação);
biodiversidade: oceanos, florestas tropicais, rios,  Relações Intraespecíficas- estabelecidas entre seres da
estuários. mesma espécie (cooperação e competição);

Diversidade biológica/biodiversidade — número e


variedade de organismos de um determinado ambiente a
nível da organização biológica e das suas interações:
 Variação interespecífica- (diversidade de espécies)
entre as diferentes espécies;
 Variação intraespecífica- (diversidade genética)
Canibalismo-tem características semelhantes à predação, mas
dentro da mesma espécie.
é uma relação intraespecífica. Um indivíduo come outro da
o A existência de diversidade genética refere-se
mesma espécie. É o caso de fêmeas de algumas espécies de
às variações entre indivíduos da mesma espécie, louva-a-deus e de aranhas, que devoram o macho após o
inscritas no seu material genético e acasalamento.
transmissíveis aos descendentes; essencial na
defesa contra doenças pois os organismos
podem contribuir com novos compostos com
potencial farmacológico para o tratamento de
doenças.

Baixa Diversidade- ambientes adversos aos organismos, mas


essenciais ao equilíbrio do planeta (desertos e regiões As plantas e outros seres vivos também podem ser comensais. Por
polares- caracterizados por extremos de temperatura exemplo, os líquenes e algumas plantas desenvolvem-se sobre as
árvores, beneficiando de uma posição favorável para a captação de
(baixos/altos) e reduzida disponibilidade de água).
luz, sem prejudicar nem beneficiar as árvores.

As nascentes termais devido à presença de água a elevadas


temperaturas possuem reduzida probabilidade de albergar formas
de vida, porém há espécies capazes de resistir a esses ambientes
extremos por exemplo as anémonas.

Os microrganismos são os seres mais resistentes e capazes


de habitar em áreas inóspitas.
A adaptação a ambientes extremos é um dos indícios da
Ectoparasitas- parasitas como as carraças ou as pulgas, que vivem
capacidade dos organismos se modificarem para responder sobre o corpo do hospedeiro.
aos estímulos ambientais contribuindo assim para o Endoparasitas- parasitas como as ténias ou algumas bactérias, que
aumento da biodiversidade. vivem no interior do corpo do hospedeiro.

Nem todos os parasitas são animais. Por exemplo, há muitas espécies


de plantas e de fungos parasitas.
Interações Bióticas (entre os seres vivos)

Diversidade ecológica- refere-se à diversidade de interações


entre seres vivos e entre estes e o meio.
Fatores abióticos- limitam a distribuição dos seres vivos, a
abundância das populações, o seu estado de saúde, etc.
Fator limitante- fator cujo valor (alto ou baixo) influencia
o desenvolvimento da espécie ou do indivíduo.

Competição intraespecífica- ocorre entre indivíduos da


mesma espécie, no caso dos animais, a competição
intraespecífica pode ocorrer pela fêmea ou pelo alimento,
por exemplo.

Principais fatores abióticos:


 Temperatura- quando a temperatura não é favorável os
animais e plantas possuem estratégias de sobrevivência.
 Animais homeotérmicos/endotérmicos- As aves e os
mamíferos são animais cuja temperatura corporal se mantém
constante, independentemente da temperatura exterior;
conseguem regular a temperatura corporal produzindo calor
As relações bióticas, para além de vitais para os indivíduos que metabólico e/ou adotando mecanismos
participam nelas, têm uma grande importância ecológica: de perda de calor.
 Predação- o número de presas determina o tamanho da  Animais poiquilotérmicos/ ectotérmicos- a temperatura
população de predadores e vice-versa. Os morcegos corporal varia com a temperatura do ambiente; dependem de
comem numa única noite o equivalente a metade do seu peso fontes externas de calor para manter a temperatura corporal.
em insetos, contribuindo assim para controlar as pragas. Estes animais protegem-se do calor ou do frio excessivos em
refúgios com condições favoráveis, por exemplo.
A predação contribui para o controle de doenças da
população das presas, uma vez que os indivíduos doentes Luminosidade - condiciona a fotossíntese nas plantas e
tendem a ser mais facilmente caçados. noutros seres produtores e condiciona também os
 Competição- tal como a predação, favorece os indivíduos animais.
mais aptos e elimina os mais fracos, contribuindo assim  O tamanho, a forma e a posição das folhas das plantas
para a regulação do tamanho das populações e para a relacionam-se com a intensidade e com a incidência da luz.
evolução das espécies  Plantas heliófilas – necessitam de grande quantidade de luz.
 Plantas umbrófilas – desenvolvem-se bem em ambientes
mais sombrios.
Interações Abióticas

Interações/relações abióticas são relações que se


estabelecem entre os seres vivos e os fatores não vivos do
ambiente, como a temperatura, a luz, a água, o solo ou o
vento.

 Animais lucífilos-mariposas, são atraídos pela luz.


 Animais lucífugos-bichos-de-conta, evitam a luz.
 Água - desempenha funções essenciais aos organismos;  Extinção em massa- morte de um grande número de
 Quando a água é escassa, as plantas adotam estratégias de espécies como resultado de catástrofes naturais vulcões,
sobrevivência: As plantas podem passar os períodos mais furacões, meteoritos) cujos impactes podem fazer-se sentir
quentes e secos sob a forma de sementes; Folhas pequenas a nível local ou global.
e, por vezes, transformadas em espinhos ou cobertas por
 Extinções antropogénicas- idênticas às extinções em
pelos ou ceras são adaptações que diminuem as perdas de
massa no número de seres vivos afetados, porém é
água; algumas plantas do deserto possuem raízes que se
estendem por uma vasta área, captando assim o máximo de causada pelo Homem.
água quando chove.
 Quando a água é escassa, os animais adotam estratégias de
sobrevivência: Alguns animais, como os sapos, recorrem à
estivação como forma de se protegerem dos períodos mais
secos; as escamas que revestem o corpo dos répteis e o
exosqueleto dos insetos reduzem a perda de água por
transpiração; muitos animais passam as horas de maior calor
nas tocas ou têm hábitos noturnos, evitando deste modo a
perda de água por transpiração; os camelos e os dromedários
conseguem obter água a partir da gordura acumulada nas
bossas.
 Solo-as características do solo dependem da proporção dos
vários componentes e das respetivas propriedades: matéria
orgânica, matéria mineral, água e ar e seres vivos; Causas naturais da extinção dos seres vivos:
 Vento- O vento facilita a polinização, dispersa sementes e  Modificações/alterações climáticas;
ajuda as aves nas suas migrações.  Queda de meteoritos gigantes;
 Consanguinidade- reduz o potencial genético, resultante
Perturbação nos ecossistemas do aumento do cruzamento entre indivíduos
“geneticamente próximos”, pois as populações ficam
Os ecossistemas em equilíbrio não estão sempre iguais. isoladas reduzindo-se assim as trocas genéticas entre as
O equilíbrio dos ecossistemas é dinâmico. diferentes populações.
Contudo, alguns fatores naturais ou antrópicos podem
quebrar este equilíbrio dinâmico, conduzindo a uma perda Costuma calhar em testes para explicar o porquê de a
irreversível de biodiversidade. atividade vulcânica ser um impacto nos ecossistemas!

Os organismos tendem a adaptar-se às condições


ambientais. Mas, devido à perturbação provocado pelo
Homem, esta dinâmica é afetada: aumenta o ritmo de
modificação dos fatores ambientais e diminui a
capacidade de adaptação dos organismos.
Logo, qualquer alteração do meio pode afetar as
diferentes espécies, diminuindo o número de
indivíduos de uma população ou provocando mesmo
a extinção local (normalmente provocado pela
destruição de habitat).

 Extinção- eliminação de uma espécie (corre


quando o último indivíduo que a representa morre).
Acontece devido ao facto de a mortalidade exceder a
natalidade e a emigração exceder a imigração e deve-
se a causas naturais ou à atividade humana. As espécies alteram-se de forma lenta e gradual, evoluindo
 Extinção de fundo- extinção natural, causada por para formas mais aptas ao ambiente em mudança.
modificações naturais do meio ambiente, em que ocorre o
desaparecimento de 1 ou mais espécies por não se
encontrarem adaptaras (pode, entretanto, ocorrer a
substituição por outras espécies); Exemplos de ações humanas que provocam desequilíbrios
nos ecossistemas:
 Fogos:

 Doenças respiratórias nas pessoas


 Introdução de espécies exóticas, que podem
adquirir comportamento invasor- passam a
competir com as espécies autóctones;
 têm crescimento rápido e/ou grande
capacidade
de dispersão;
 competem mais eficientemente pelos
recursos disponíveis do que as espécies
nativas;
 produzem muitos descendentes em pouco
tempo;
 no local onde são invasoras, não têm
inimigos
naturais uma vez que que estão deslocadas
do seu local de origem
 Desflorestação:
 Sobre-exploração de recursos biológicos (caça e
 diminuir a fixação de carbono pelas plantas; pesca excessivas, por exemplo).
 aumentar o risco de erosão do solo;
 interferir com os ciclos de nutrientes;
 interferir com o ciclo da água; Seca e a desertificação- podem ter causas naturais ou
 alterar localmente o clima. origem antrópica. Implicam severos desequilíbrios nos
 Destruição e fragmentação de habitats- para usar o solo na ecossistemas.
agricultura ou na construção de infraestruturas; Seca:
 Poluição da água e do solo- contaminação ambiental  Período prolongado de baixa precipitação;
através do uso de produtos químicos (herbicidas,  Temperaturas anormalmente elevadas;
fungicidas);  Ventos secos e quentes mais frequentes.
 Poluição do ar, que leva às alterações climáticas, seca e Desertificação:
desertificação- consequências:  Seca prolongada;
 Chuvas ácidas- Morte de seres vivos, sobretudo os  Excesso de gado e de exploração agrícola no solo;
menos tolerantes à acidez; Solos ácidos são menos
 Cada vez menos vegetação e mais solo nu;
produtivos; destruição de florestas e de outros
 Solo exposto à erosão e menos permeável.
habitats.
 Destruição da camada de ozono
Estas intervenções alteram as interações bióticas e
 Efeito de estufa- O efeito de estufa é muito importante
para manter uma temperatura amena à superfície da abióticas nos ecossistemas.
Terra e impedir amplitudes térmicas extremas entre o
dia e a noite. Contudo, o aumento do efeito de estufa Em Portugal, as regiões litorais e as regiões montanhosas
tem consequências graves: albergam a maior diversidade devido ao facto de se
encontrarem abrangidas por áreas protegidas, visando
salvaguardar o património natural.

Conservação de Habitats
Ecologia- parte da Biologia que tem como objetivo o
estudo das relações dos seres vivos com o seu meio
natural;
Ecológico- que respeita os princípios ambientais (verde)
gestão e proteção de habitats, controlo de perdas populacionais e de
espécies exóticas, criação de áreas protegidas.

Biodiversidade: Hierarquia Biológica


 fornece-nos benefícios diretos- produção de alimento,
Nos ecossistemas verifica-se um fluxo de energia, desde os
valor económico; produtores até aos consumidores e decompositores:
 garante-nos suporte de vida, assegurando a reciclagem  Produtores- (plantas, algas, algumas bactérias
dos elementos essenciais: C, O, e azoto. fotossintéticas) organismos que sintetizam o seu próprio
alimento (matéria orgânica) através de matéria
A fragmentação de habitats leva a que a distribuição das mineral/inorgânica, usando a energia radiante do sol.
espécies se reduza a pequenos núcleos populacionais
isolados, aumentando a sua fragilidade e reduzindo a sua  Consumidores/ Macroconsumidores- (animais e
capacidade de resistir às condições ambientais. protozoários) utilizam outros organismos na sua
Para que isso não aconteça devemos manter corredores alimentação como fonte de matéria orgânica uma vez
ecológicos que permitam a comunicação entre os que são incapazes de a produzir a partir de compostos
diferentes núcleos populacionais (pontes, túneis), inorgânicos:
minimizando assim os efeitos ao nível da biodiversidade  Consumidores primários- 2° nível trófico,
herbívoros;
Conservação- estudo e proteção da biodiversidade de modo
a evitar a extinção das espécies e o desaparecimento dos
 Consumidores Secundários- 3° nível trófico,
carnívoros;
habitats naturais.

 Decompositores/ Microconsumidores- degradam a matéria


Exemplos de medidas para a conservação de espécies e
orgânica libertando para o meio as substâncias minerais
habitats:
resultantes da sua transformação, podendo esta ser
 Fazer o ordenamento do território (planos e
novamente incorporada pelos produtores na reutilização de
programas que visam
matéria, mantendo assim, o equilíbrio pois permite a
usar o melhor possível o território e os seus recursos.
reciclagem de compostos inorgânicos.
 Criar áreas protegidas, terrestres e marinhas.
 Fazer leis para regular a caça, a pesca e outras formas

de exploração de recursos naturais.


 Fazer uma gestão adequada das florestas.
 Promover o povoamento das regiões do interior.
 Aumentar o conhecimento dos processos ecológicos.
 Diminuir a emissão de gases com efeito de estufa.
 Diminuir a produção de resíduos. .

Estratégias de conservação e recuperação de espécies em risco:


 1° etapa- identificação de espécies em vias de extinção: a
UICN classificou as espécies em: Níveis de organização biológica: Célula- Tecido- Órgãos-
-Criticamente em perigo; Sistema de Órgãos- População- Comunidade.
- Em perigo;  Célula- unidade básica e fundamental dos seres vivos,
-Vulneráveis. formada por um conjunto de biomoléculas.
Baseando-se em: Taxa de declínio, dimensão da área de  Tecido- conjunto de células com a mesma função;
distribuição e tamanho atual da população;
 Espécie- conjunto de indivíduos semelhantes capazes de se
 2° etapa-identificação de causas de declínio, para assim
cruzarem (reproduzir) entre si originando descendentes
conhecer os fatores que estão a provocar a extinção de uma
espécie (alteração de habitat, introdução de espécies
férteis;
exóticas, sobre-exploração...);  População- conjunto de organismos da mesma espécie que
 3° etapa- inverter a tendência do declínio, promovendo a habitam uma determinada área, num determinado período
de tempo;
neutralização e/ou remoção dos agentes causadores de extinção:
 Comunidade Biótica- conjunto de populações que vive
numa determina área e que estabelece relações entre si;
 Ecossistema- conjunto de todas as comunidades que
vivem no mesmo local, juntamente com o ambiente
físico-químico com o qual interagem (biótopo).

Os organismos podem ser:


 Seres unicelulares- constituídos por 1 célula;
 Seres multicelulares- constituídos por mais que 1 célula.

Habitat- local onde o ser vivo desenvolve a sua atividade.


Biótopo- espaço físico ocupado pela comunidade.
Bioma- comunidade ecológica espalhada por uma grande
área geográfica, caracterizada por um tipo dominante de
vegetação. É condicionado pelas condições geográficas e
pelo clima da região que se mantém estável, refletindo o
clima e a fauna da região.
Nicho ecológico- utilização que cada espécie faz do seu
habitat

Autóctones- naturais do território onde vivem


 Células sem núcleo organizado e sem organitos
delimitados por membrana. Contém ribossomas
(organitos não membranares).
 Nucleoide-região do citoplasma onde se encontra o
A célula
material genético.
Princípios da Teoria Celular:  São as células constituintes das bactérias e têm, em
 A célula é a unidade estrutural e funcional de todos os média, dimensão muito inferior à das células
organismos; eucarióticas.
 É da atividade interdependente das células que resultam todos os  Seres unicelulares formados por 1 única célula
processos que ocorrem no organismo; procarióticas, simples.
 As novas células formam-se a partir de células  Seres primitivos;
preexistentes;  Evoluíram dando origem às células eucarióticas que são
 A célula é a unidade de reprodução e de hereditariedade estruturalmente e funcionalmente mais complexas.
dos seres vivos, uma vez que toda a informação genética
se encontra nas células, sendo transmitida à descendência Seres eucariontes
quando originam novas células.

Células eucarióticas: possuem estruturas


Não pode ser observado material biológico vivo, pois a preparação das endomembranares muito organizadas e individualizadas.
amostras provoca a morte das células.
Cada organelo possui uma estrutura típica e funções
Os diferentes organismos são diferentes entre si (diversidade) características.
devido à forma como as células estão organizadas.
 organelos delimitados por membrana (organelos ou
organitos membranares).
 Núcleo- individualizado e limitado por um involucro
nuclear membranar, onde se situa o material genético;
 São as células constituintes dos protozoários, algas,
fungos, plantas e animais.
 Apresentam dimensões superiores aos seres
procariontes.

Multicelulares/Pluricelulares- (animais e plantas)


Células/ Organismos procariontes (bactérias)
formados por várias células;
Unicelulares- (protistas) apresentam apenas 1 célula
eucariótica.

Elementos Comuns entre as Células eucarióticas vegetais e


animais:
núcleo contendo DNA;
citoplasma constituído por um fluido (hialoplasma);
diversos organelos celulares, a maior parte deles
Células procarióticas: não possuem organelos membranares,
delimitados por membranas.
mas podem apresentar flagelos que facilitam a locomoção;
Mitocôndrias;
Retículo endoplasmático liso e rugoso;
 Complexo de Golgi;
 Membrana celular;
 Vacúolos; Núcleo

Só as células vegetais: Contém o material genético (DNA)/informação genética


que comanda toda a atividade celular.
 cloroplastos;
Encontra-se separado do citoplasma pelo
 vacúolo hídrico; involucro nuclear (dupla membrana).
 parede celular.

Só as células eucariótica Animais: Cloroplastos:


 Centríolos;
 Lisossomas; Permitem à planta realizar a fotossíntese e assim obter as
substâncias necessárias ao seu desenvolvimento.
Os pigmentos fotossintéticos (conferem cor às folhas)
localizam-se nos cloroplastos.

Presente em algumas células


eucarióticas vegetais e ausente
nas células eucarióticas animais.
Nem todas as células vegetais
possuem cloroplastos uma vez
que estes se encontram apenas
em alguns tecidos aéreos
(folhas, ausente nas raízes)
Funções dos constituintes das células
Parede Celular
Tanto as células eucarióticas como células procarióticas
possuem material genético (DNA) e ribossomas, e por isso
Composta por celulose.
ocorre síntese de proteínas.
Confere forma/rigidez à célula vegetal, protegendo-a das
agressões do meio externo e concedendo suporte
Membrana Celular
estrutural.
Estrutura seletiva e permeável que delimita o meio interno  Plantas-formada por celulose;
celular e controla as trocas com o meio externo.  Fungos- formada por quitina.
Funciona como um filtro seletivo das trocas de componentes
e informação entre o meio interno e externo.

Meio interno: citoplasma e constituintes celulares.

Centríolos
Meio externo:
 Seres unicelulares- corresponde ao ambiente. Associados à divisão celular.
 Seres multicelulares- corresponde ao espaço entre as
células e o meio ambiente.

Mitocôndrias

Organitos responsáveis pela respiração celular produzindo


energia (ATP) para as diferentes atividades celulares, em
condições aeróbias (presença de O2).
São muito numerosas em células muito ativas e com elevada
necessidade energéticas.
na célula e pela destruição dos
organelos de modo a que os seus
componentes, possam ser libertados e reciclados na produção
de novos organelos.
Importantes na manutenção celular.
Reticulo endoplasmático

Reticulo endoplasmático e ribossomas- organitos Hialoplasma


associado à síntese proteica e transporte de proteinas nas Fluido rico em água e substâncias dissolvidas
células eucarióticas .

Reticulo endoplasmático:
Estruturas
endomembranares Constituintes básicos que formam as células
interligadas e em
contacto, formando uma Existem diferenças na estrutura e funcionamento das células que se
rede de “sacos” internos devem à atividade destas e dos organismos em função da
onde são sintetizadas as especialização e resposta aos estímulos externos e ambientais.
proteínas (síntese
proteica). Todos os seres vivos possuem uma composição química semelhante.
Verifica-se a predominância de 4 elementos químicos: O,C,H,N
– que constituem as principais moléculas orgânicas e
Complexo de Golgi compostos inorgânicos.

Intimamente conectado com o


reticulo, participando na secreção
de proteínas.
Modifica, armazena e processa as
proteínas e outros compostos.
É nos sacos membranares onde
ocorre a modificação e secreção de
compostos.

Vacúolo

Armazenamento de água, sais minerais e resíduos tóxicos


(podem ser usados na defesa). Hidratos
De
Compostos inorgânicos: não são formados por cadeias
Carbono
moleculares resultantes da ligação entre o carbono e o
hidrogénio
Nas células vegetais são em reduzido número e de elevadas
dimensões. Água- possui hidrogénio, mas não possui carbono.
Sais minerais.

Compostos inorgânicos

Lisossomas

Pequenas vesiculas contendo A água é o constituinte mais abundante nos organismos vivos.
enzimas digestivas que se
encontram dispersas pelo Na molécula de água, o átomo do oxigénio (O) tem um núcleo muito
citoplasma da célula. mais pesado do que os do hidrogénio (H), pelo que os eletrões são mais
Responsáveis pela degradação de atraídos para o lado do oxigénio.
diversas substâncias que entram
Assim a molécula de água, apesar de ser uma molécula neutra, é A composição das moléculas orgânicas inclui dois átomos
polar. predominantes – carbono e hidrogénio (quando têm apenas
estes, chamam-se hidrocarbonetos).
Isto confere à molécula da água as seguintes características:
 elevada coesão molecular; Muitos compostos de carbono possuem grupos funcionais
 elevado ponto de ebulição; característicos de certas classes de moléculas orgânicas. Esses grupos
 elevado calor específico; funcionais incluem sempre átomos que não são carbono nem
hidrogénio. Os mais comuns são o oxigénio, o azoto e o fósforo.
 elevada condutibilidade térmica

Principais características da água:


 intervém em todas as reações químicas da vida;
 Entre as moléculas de água existem pontes de
hidrogénio (ligações fracas que se estabelecem entre as
moléculas pela existência de cargas positivas e negativas) que As moléculas orgânicas apresentam grande diversidade
fazem com que a molécula fique mais coesa; relativamente ao seu tamanho e constituição.
 Reguladora térmica- a água ajuda a manter a  Macromoléculas- (proteínas) molécula orgânica de
temperatura estável, permitindo aos organismos elevadas dimensões.
protegerem-se de variações bruscas de temperatura.  A maioria das macromoléculas são polímeros- ou
Quando suamos, estamos a libertar elevadas quantidades de
seja, moléculas resultantes da ligação química
calor que poderia tornar-se excessivos para o organismo;
entre pequenas moléculas (monómeros).
 No estado sólido (gelo), a densidade é menor que no
estado liquido- responsável pela flutuação do gelo podendo
formar icebergs; permite a manutenção das condições para a
sobrevivência dos seres vivos. ============Polímeros===================
 é o solvente da maior parte das substâncias que compõem as
células;
Polímeros-molécula formada pela ligação repetida de um
 participa no transporte de substâncias.
elevado número de subunidades iguais (pequenos compostos
orgânicos).- Monómeros.
Sais Minerais
Reações de síntese levam à:
As células possuem uma grande diversidade de iões dissolvidos nos Reação de condensação/polimerização- ocorre a formação
fluidos celulares, resultantes da dissolução dos sais minerais na água:
de ligações entre monómeros, com libertação de 1
sódio, potássio, cálcio, ferro, flúor...
molécula de água; a molécula vai crescendo
progressivamente.
Cálcio, Fluor, ferro, magnésio, potássio, sódio, iodo.

As reduzidas quantidades em que se encontram nos seres vivos não


refletem a sua importância estrutural.

Funções desempenhadas pelos sais minerais:


 Função estrutural: Intervêm na formação e esqueletos
dos dentes (cálcio);
 Função reguladora:
-Funcionam como ativadores de moléculas;
-Intervém na atividade dos músculos e das células
Reações de Hidrólise- são quebradas as ligações entre os
nervosas. monómeros, com consumo de 1 molécula de água por
ligação; (ex. digestão de alimentos)

Moléculas orgânicas/ compostos de carbono

Macromoléculas orgânicas/ compostos de carbono-os


átomos de carbono que constituem a estrutura das moléculas
Os aminoácidos ligam-se uns aos outros por ligações
peptídicas (reação de polimerização) . Estas são ligações
covalentes entre o grupo amina de um aminoácido e o grupo
carboxilo de outro aminoácido.
Forma-se um dipéptido.

A formação de uma cadeia longa origina um polipéptido-


macromoléculas, como as proteínas.

Polímeros que resultam da ligação de monómeros iguais:


amido, constituído por centenas de moléculas de glicose.

Polímeros que resultam da ligação de monómeros


diferentes: proteínas, formadas por diferentes
aminoácidos.

Existem 20 aminoácidos diferentes que se podem combinar


de maneiras distintas para formar todo o tipo de proteínas.

Níveis estruturais/de organização das proteínas:


 Estrutura primaria- (insulina- proteína utilizada no
tratamento de diabetes) cadeia formada pela
sequência dos aminoácidos unidos por ligações
peptídicas;
 Estrutura secundaria- resulta do estabelecimento
================================================= de pontes de hidrogénio entre aminoácidos
localizados ao longo de uma cadeia, obrigando a
uma modificação estrutural (=hélice);
 Estrutura terciária- enrolamento da cadeia
polipeptídica sobre si mesma devido a uma série de
atrações químicas entre os aminoácidos e o meio
em que a proteína se encontra;

Prótidos- Proteínas Estrutura quaternária- (hemoglobina- proteína responsável pelo


transporte do O2 ao sangue humano;
das por 4 cadeias) proteínas compostas por várias cadeias
Aminoácidos -unidade fundamental (monómeros)formada
proteínas. polipeptídicas unidas e com arranjo tridimensional específico.
 Possuem dois grupos funcionais
– amina e ácido (ou carboxilo).
A função das proteínas encontra-se relacionada com a sequência de
aminoácidos e com a sua estrutura.

Funções das proteínas:

 Função enzimática: promoção de reações química no A atividade enzimática depende de fatores como a
metabolismo, ao atuarem como biocatalisadores- enzimas (ex: temperatura, o pH e a concentração do substrato.
sacarase);
 Função de defesa- ação dos anticorpos (no plasma); Cada enzima possui um valor ótimo de pH e temperatura,
 Função hormonal/Reguladora- regulação da atividade aos quais a sua atividade é máxima. Quando os valores se
metabólica (ex: ação de hormonas, como a insulina (no afastam progressivamente desse valor ótimo, a atividade
enzimática diminui até que a enzima deixa de funcionar
pancreas)
(quando são ultrapassados os valores máximo ou mínimo).
A baixas temperaturas, as enzimas ficam inativas. Contudo,
 Função enzimática- uma das funções mais portantes das se a temperatura voltar ao normal, elas voltam a atuar. A
proteínas. (Pepsinas- no suco gástrico) temperaturas muito elevadas, as enzimas desnaturam
(por quebra das ligações de hidrogénio, a sua estrutura
Enzimas-catalisadores das reações biológicas. Elas facilitam as tridimensional altera-se). Este processo é irreversível;
reações baixando a energia de ativação, ou seja, a anergia mesmo que a temperatura volte ao normal, as enzimas
necessária para desencadear a reação. não voltam a funcionar.
 As enzimas são específicas para uma determinada reação
ou conjunto de reações que catalisam. Por exemplo, a
amílase salivar apenas atua sobre o amido (substrato da
amílase).
Esta especificidade relaciona-se com a estrutura da
proteína.
 Atuação das enzimas:
1º A enzima e o substrato ligam-se no sítio ativo da
enzima;
2ºO sítio ativo tem a forma e a afinidade química que
facilitam o encaixe da molécula de substrato;
3º Dá-se a reação e o produto da reação desliga-seAsdaproteínas
enzima; podem ser desnaturadas:
4º A enzima fica disponível para catalisar uma nova reação
Por causa: do calor, pH e ácidos;
Ocorre quando a proteína perde a sua estrutura
secundária ou terciária.

Hidratos de Carbono/glícidos/ glúcidos

Açúcar, amido, celulose


Formados por C, H, O.  Glicogénio- forma de armazenamento de glicidos
São classificados de acordo com a sua estrutura química.
(glicose) nos tecidos animais; é armazenado
principalmente no fígado e músculos.
Classificação dos Hidratos de Carbono/ Glícidos quanto à sua  Celulose- constitui a maioria dos tecidos de suporte
estrutura química: das plantas, é abundante nas paredes celulares
vegetais.
No grupo dos glícidos, as moléculas mais simples  Quitina- principal constituinte do exosqueleto dos insetos
(monómeros- hidratos de carbono formados por apenas 1 e aracnídeos e ainda da parede celular das células dos
monómero;) designam-se monossacarídeos/ oses: fungos.
 Glicose (hexoses), ribose, desoxirribose, galactose e
frutose.
Funções dos Hidratos de Carbono/Glícidos:

 Função energética- glicose, frutose, sacarose, maltose;


 Açúcares – utilizados para a produção de energia,
através da respiração celular, que ocorre nas
Da ligação de dois monossacarídeos (ligações glicosídica-
mitocôndrias das células;
ligações covalentes) resultam dissacarídeos:
 Lactose- açúcar que ocorre naturalmente no leite dos  Função de reserva de energia- amido, glicogénio;
mamíferos, é composta por uma molécula de glicose  Amido- reserva energética nas plantas;
ligada a uma de galactose.  Glicogénio- reserva energética nos animais.
 Maltose- resulta da ligação entre duas moléculas de  Função estrutural- celulose.
glicose.  Celulose- constituintes das paredes celulares das
 Sacarose- ligação de 1 glicose com uma frutose (açúcar células vegetais;
de mesa);  Quitina- revestimento externo de artópodes.

Lípidos

São classificados pelo facto de serem insolúveis à água e


Da ligação glicosídica, uma reação de síntese, resulta uma solúveis em solventes orgânicos (ex: álcool).
molécula de água. Assim, quando duas oses se separam, é São menos densos do que a água.
gasta uma molécula de água – reação de hidrólise.
Utilizados como reservas energéticas e possuem uma
A polimerização das oses dá origem a dissacarídeos e importante função estrutural.
progressivamente a cadeias mais longas: oligossacarídeos (até dez
oses) e polissacarídeos (os polímeros maiores deste grupo As moléculas de lípidos são constituídas quase exclusivamente
de compostos orgânicos). por átomos de C e H (o oxigénio existe em baixa proporção).

 Polissacarídeos: (amido, glicogénio, celulose- No grupo dos lípidos, existe uma grande diversidade
polimerização de centenas de moléculas de glicose)de moléculas, tanto monómeros como polímeros.
resultantes da polimerização de um elevado número de
Lípidos:
monossacarídeos.
Colesterol- regula a flexibilidade das membranas das
 Amido- armazenado em grânulos nas célulascélulas;
e as
vezes em órgãos subterrâneos (batata)
Triglicerídeos- as células utilizam para produzir energia;
Usado pelos animais que ingerem as plantas como
fonte de glicose, com função energética.  ligação de 1 glicerol e 3 ácidos gordos (longas cadeias
formadas por H e C); constituem as principais
reservas de gorduras dos animais
 Ceras- revestem e impermeabilizam folhas de plantas, Constituição dos nucleótidos:
penas de aves;  1 Pentose (monossacarídeo/ açúcar com 5 carbonos):
 Ribose (no RNA);
Ácidos gordos- hidrocarbonetos  Desoxirribose (no DNA) - distingue-se da ribose por
lhe faltar 1 Oxigénio.
Funções dos lípidos:  1 Grupo fosfato- torna a molécula ácida;
 Função energética: triglicerídeos;  1 Base nitrogenada/azotada- guanina, adenina,
 Função Plástica/ estrutural: citocina, timina (DNA) ou uracilo (RNA).
 Fosfolípidos e colesterol – Constituintes das
membranas celulares.
 Ceras – revestimento de estruturas de alguns seres vivos
ou proteção de cavidades internas dos organismos.
 Algumas vitaminas incluem componentes lipídicos, assim
como algumas hormonas.

Fosfolípidos
Principais diferenças entre o DNA e o RNA:
Os fosfolípidos são constituídos por:  na pentose – desoxirribose no DNA, ribose no RNA.
 1 molécula de glicerol;  uma das bases azotadas é diferente – timina no DNA,
 2 moléculas de ácidos gordos; uracilo no RNA.
 1 grupo fosfato (ácido fosfórico).  o RNA é uma cadeia simples
polinucleotídica, o DNA é uma
Os fosfolípidos são moléculas anfipáticas, ou seja, dupla cadeia polinucleotídica
possuem: ligadas entre si por pontes de
 uma extremidade hidrofóbica (ou apolar, repele a hidrogénio. As 2 cadeias
água); nucleotídica do DNA
 uma extremidade hidrofílica (ou polar, como a água, encontram-se enroladas
pelo que atrai a água). representando uma estrutura
secundária em dupla hélice.
Esta característica provoca um efeito original quando os
fosfolípidos são colocados em água: formam gotículas em
que as moléculas se dispõem em camada dupla, com as Algumas funções dos ácidos nucleicos:
extremidades hidrofóbicas voltadas umas para as outras e  Controlar a atividade celular.
as extremidades hidrofílicas voltadas para o interior
 Transmitir as características hereditárias.
e o exterior da gotícula, onde se encontra a água.
 Assegurar a diversidade genética e a evolução dos
seres vivos.
 Sintetizar proteínas.

As sequências nucleotídica de DNA contêm a informação


genética armazenada nas células coordenando toda a sua
atividade.
Este processo requer a passagem da informação do DNA para
as proteínas (síntese proteica) que, posteriormente,
coordenam as atividades celulares.
O RNA é necessário no processo de passagem da informação
Ácidos Nucleicos do DNA (síntese proteica-transcrição), estabelecendo a
“ponte” entre este e as proteínas.
Ácidos nucleicos- polímeros formados pela ligação
de nucleótidos (monómeros), e responsáveis pela sequências nucleotídica da molécula de DNA
transmissão da informação genética: correspondem aos genes que definem as características
 DNA (ácido desoxirribonucleico); biológicas dos seres vivos, tornando assim o DNA no suporte
da informação genética.
 RNA (ácido ribonucleico).

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