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Amor de Perdição- Camilo Castelo Branco

!! Introdução
A estrutura de Amor de Perdição é resumida pelo narrador na Introdução da obra da seguinte forma: “amou, perdeu-se e
morreu amando”.

A introdução dá-nos:
 referencias a dados biográficos de Camilo;
 uma apresentação global do infortúnio (sorte desgraçada) de Simão Botelho:
 Reflexões/ comentários do narrador;
 Diálogo com o leitor.

Análise
P13- cadeias de relação do Porto- Camilo Castelo esteve preso nessa cadeia;
P13- 1803 a 1805- datas verídicas;
Simão António Botelho é filho de Domingos José Correia Botelho e D. Rita Preciosa Caldeirão Castelo Branco.
P13- Simão (…) Filipe Moreira Dias- o percurso de Simão é idêntico ao de Camilo Castelo Branco; transcrição do livro onde se
identifica Simão Botelho; esta transição confirma a veracidade do que se é dito.
P13- Foi para a índia em 17 de março de 1807- foi condenado ao exílio.
P13- Não seria ficar (…) – O narrador/ autor está presente
Verifica-se que as frases são todas afirmativas devido à presença do ponto de exclamação.
P14- É triste- sentimento de pena em relação ao seu familiar.
P14- Amou, perdeu-se e morreu amando- Dá origem à história de Simão e Teresa.

Capítulo I:
Resumo:

Domingos Botelho casou com D. Rita Preciosa que era uma formusura que mesmo aos 50 anos continuava nova.
Deste casal nasceu 5 filhos, 2 meninos e 3 meninas: D. Manuel, Simão, Maria, Ana e Rita. O filho mais novo era Manuel e a
mais nova tinha o nome da mãe, Rita.
Em 1784 nasceu Simão, o penúltimo filho.
Domingos botelho via-se feio e sentia ciúmes da sua amada D. Rita, associava o seu relacionamento como o de Vénus e
Vulcano (P21-último paragrafo)
D. Rita não gostava da terra e ameaçava o marido de ir com os seus filhos para lisboa.
Em 1801 domingos botelho foi nomeado corregedor em Viseu
O seu filho mais velho, Manuel tem 22 anos e frequenta o 2° ano jurídico, Simão tem 15 anos e estuda humanidades em
Coimbra e as 3 meninas são o prazer e a vida todos do coração de sua mãe.
Manuel não quer viver com simão e queixa-se ao seu pai (domingos) pois não se identifica com ele.
Simão gasta o seu dinheiro a comprar pistolas em vez de gastar em livros, convive com os mais perturbadores da academia e a
noite corre as ruas insultando os habitantes e provocando-os à luta com assuadas.
Domingos botelho aprecia a bravura do seu filho Simão, poste este lembra-lhe a figura de seu bisavô Paulo Botelho Correia, o
mais valente fidalgo de Trás-os-Montes.
Manuel passado com as atitudes de Simão, sai de Coimbra antes das férias e vai para Viseu queixar-se e pedir que o seu pai lhe
de outro destino.
Simão vai para Viseu já com todos os seus exames feitos e o pai orgulha-se dele e pede-lhe explicações do seu mau viver com
Manuel e Simão responde-lhe dizendo que Manuel quer o obrigar a viver monasticamente.
Simão com 15 anos é de forte compleição, com feições da mãe e com a corpulência dela mas de todo o avesso em génio.
D. Rita não gostava das atitudes de Simão e Domingos Botelho influenciado por sua mulher D.Rita tomou parte do desgosto
dela e na aversão ao filho.
O corregedor (Domingues Botelho) teve um grande dissabor no final das férias.
Um dos criados quebrou algumas vasilhas que estavam no parapeito do chafariz. Os donos conjuraram conta o criado e
espancaram-no. Simão passa por perto e revoltado luta “armado dum fueiro que descravou dum carro, partiu muitas cabeças,
e rematou o trágico espetáculo pela farsa de quebrar todos os cântaros”.
Domingos Botelho ordena ao meirinho-geral que prendessem Simão. D. Rita, não menos irritada, mandou dinheiro ao filho
para que este fugisse para Coimbra e esperasse la o perdão do pai.

Análise
Este capítulo funciona como introdução: dá-nos elementos importantes para a compreensão da obra, como as personagens e
dos pais de Simão.

Simão é uma personagem real, é o tio de Camilo Castelo Branco.

P17- Domingos José Correia Botelho de Mesquita e Meneses- as pessoas de alta sociedade possuíam um nome enorme;

P17-fidalgo- Domingues Botelho era fidalgo.

P19- Domingues Botelho casou com D. Rita.

Rita era uma formosura e já tinha 50 anos.

Apontamentos

D. Rita viveu na corte.


Domingos Botelho e D. Rita saem de Lisboa e vão para Vila Real, pois Domingues tinha lá família.
Quando chegam a Lisboa, vão para uma casa de família, D. Rita não gosta de Vila Real pois era um meio muito atrasado e as
pessoas eram antipáticas para ela por causa de ela se achar superior.
Domingues José fica com ciúmes de D. Rita pois ele era feio e ela era bonita.
As pessoas olhavam muito para D. Rita então Domingues José vê a sua relação como a relação de Vénus e Vulcano.
 Vénus como sendo D. Rita- bela;
 Vulcano como sendo ele- feio. Vulcano preparava redes para todos os que eram pretendentes de Vénus.

6 anos depois Domingues José é nomeado promotor da justiça.


D. Rita não gosta de estar em Lamego nem Vila Real e começa a pensar e ameaça que vai para Lisboa.

Capítulo II:
Resumo:

Simão Botelho levou de Viseu para Coimbra arrogantes convicções da sua valentia. Tornou-se odioso aos condiscípulos que
para se salvarem pela infâmia, o declaram ao bispo-conde, reitor da universidade.
(P27 1º Parágrafo)
Passado 3 meses há uma mudança nos costumes de Simão, desprezou as companhias do ralé, deixou de sair de casa tantas
vezes, começou a procurar o isolamento “o campo, as arvores, e os sítios mais sombrios e ermos eram o seu recreio” “em casa
encerrava-se no seu quarto, e saia quando o chamavam para a mesa”.
D. Rita e Domingos ficaram admirados.
A mudança de atitudes de Simão devia-se ao facto de ele amar uma vizinha (Teresa).
A vizinha tinha 15 anos, era rica herdeira, bonita e bem-nascida.
Ele vira-a pela primeira vez da janela do seu quarto e esta amou-o também e com seriedade.
Os poetas cansaram os a falarem do amor da mulher aos 15 anos, como paixão perigosa, única e inflexível, diziam que o amor
aos 15 anos era uma brincadeira.
O pai de Teresa odiava a família de Simão por motivos de litígios em que Domingos lhes deu sentenças contra.
Este amor era singularmente discreto e cauteloso, viram-se 3 meses sem dar suspeitas a ninguém.
Sonhavam juntos com o futuro.
Quando Simão estava para ir para Coimbra ia se despedir de Teresa quando subitamente ela foi arrancada da janela.
Teve ideias de se se matar na impotência de socorrê-la, e as restantes horas da noite ficou cheio de raiva e a querer-se vingar.
Com o amanhecer quando o chamavam para Coimbra, a sua mãe sabendo do seu estado, foi ao quarto interrogá-lo e
despersuadi-lo de ir enquanto assim estivesse febril.
Simão decide ir para Coimbra e esperar lá noticias de Teresa.
Quando estava já pronto a embarcar viu ao seu lado uma velha mendiga que lhe estendeu a mão aberta, como quem pede
esmola, e, na palma da mão trazia um papel.
Simão leu a carta.
A carta era de Teresa e dizia que o seu pai a ia encerrar num convento por sua causa. Teresa diz para Simão não a esquecer e
para partir par Coimbra pois ela vai mandar cartas para lá.
Simão e Teresa começaram a trocar cartas e Simão tornou-se um dos melhores alunos da sua universidade. O mais
empenhado, pois, queria formar-se para sustentar a sua esposa. Fora premiado até!
O seu irmão, Manuel Botelho destacado no Porto licenciou-se para estudar na universidade de matemáticas e animou-o saber
desta reviravolta do seu irmão.

Apontamentos:

Faz-se sentir as lutas liberais.

Estamos eprante um período monárquico e com influências das invasões francesas.

Encontra-se a explicação da mudança de atitudes de simão, deixa de ser um rapaz conflituoso e passa a ser dedicado aos
estudos. - Explicação na paixão que sente por Teresa.

Neste capítulo nada nos é dito sobre a personalidade de Teresa.

Análise:

P27: jacobino- individuo com ideais liberais que ficou preso durante 6 meses.

Características de Simão: são características românticas, luta pela liberdade e procura a solidão/ isolamento.

P27, penúltimo paragrafo: Motivos indicadores sociais de Teresa.

P28: começa todo o ódio.

P29: 1º carta de Teresa para Simão: ameaça/ deixa de falar a Tadeu Albuquerque. Teresa promete que vai ser sempre fiel e que
mesmo que ela morra vai continuar a amá-lo no céu.

Capítulo III:
Resumo:

Rita, a irmã mais nova de Simão, entretanto, vai ao seu quarto, olha pela janela e vê Teresa.
Teresa acena com mão e sorri, Rita também sorri, mas foge logo da janela pois a sua mãe tinha proibido às filhas de trocarem
vistas com pessoas daquela casa.
No dia seguinte Rita voltou à janela e lá estava lá Teresa, como se a esperando.
Começaram a falar e Teresa pergunta se ela era sua amiga.
Rita responde que sim e foge da janela.
Começaram a encontrar se mais a janela e o medo foi posto de parte. Teresa falava de Simão e falava-lhe sobre o segredo do
seu amor.
Numa dessas conversas, Rita foi apanhada por uma irmã que foi contar ao pai e este forcara-a a contar tudo.
O corregedor (Domingos) vai à janela e diz a Teresa para não voltar a olhar para ninguém da sua casa e para ela casar com um
sapateiro que é digno genro do seu pai. Teresa fugiu e nem ouviu.
Tadeu Albuquerque (pai de Teresa) diz para ela não voltar aquela janela pois tenciona casar a filha com o primo Baltasar
Coutinho, de Castro Daire, igualmente nobre. Tadeu acreditava que se a filha se enamorasse com Baltasar ela esqueceria o
amor que tinha por Simão.
Tadeu chamou Baltasar a Viseu para ele fazer com que Teresa se apaixonasse por ele e fizessem prometer um futuro
casamento.
Foi um terror para Teresa.
Num certo dia Baltasar diz “os nossos corações penso eu que estão unidos; agora é preciso que as nossas casas de unam”,
Teresa fica pálida e diz-lhe que está enganado que não sente mais que apenas uma amizade.
Teresa diz a Baltasar que o seu coração é mais forte que a submissa vontade do pai e Baltasar revela saber do segredo de
Teresa amar Simão. É denunciado o facto do tio (Tadeu, pai de Teresa) lhe ter comunicado a criancice da prima. “Eu lhe
provarei que sou seu amigo, se alguma vez a vir casada com algum miserável indigno de si” “casada com algum famoso ébrio
ou jogador de pau, valentão de aguadeiros, distinto cavaleiro, que passa os anos letivos encarcerado nas cadeias de
Coimbra…”.
Após Baltasar ter conversado com a prima vai contar tudo a Tadeu (pai de Teresa) e este corre ao quarto disposta a espancá-la,
porém Baltasar impede-o pois a violência só ia prejudicar e faria com que Teresa fugisse de casa.
Horas depois Tadeu tem uma conversa com Teresa e diz-lhe que tinha a intenção de a casar com o primo e que já sabia que ela
não o queria. Acrescentou que não consentia que ela se desse de coração ao seu maior inimigo (Simão), consideraria como
morta.
Teresa promete julgar-se morta para todos os homens, menos para seu pai.
“Tadeu ouviu-a, e não lhe replicou”.

Apontamentos:

Capitulo III- Inicio do desenvolvimento.

Amizade entre Teresa e Rita.

P32: Ultimo parágrafo- Tadeu Albuquerque acha que é preferível não provocar Teresa e para acabar com aquele amor bastará
casá-la.

P 32: Esta mansidão.

P33: Ultimo paragrafo- Baltasar apaixona-se pela prima e Teresa sente terror e repugnância e recusa o casamento.

P35: Baltasar Coutinho sabia que que Teresa gostava de Simão. Baltasar conhece Simão pois tivera com ele 2 anos em Coimbra.
Faz uma promessa a Teresa.

Baltasar conta a conversa que teve com Teresa a Tadeu.

Teresa prometeu que ia estar morta para todos os homens.

Capítulo IV:

Resumo:

Teresa mente para seu pai quando diz estar morta para todos os homens, para não aumentar a ira do seu pai.

No capítulo anterior podemos definir Teresa: “mulher varonil, tem força de caracter, orgulho fortalecido pelo amor, despego
das vulgares apreensões”.

Teresa acredita que os melhores fins se atingem por atalhos e não há espaço para fraqueza e sinceridade.

Teresa escreve uma carta a Simão onde descreve tudo oque se passa e onde diz que não ousa desobedecer a seu pai. Na
narrativa que faz para o académico omite as ameaças do primo Baltasar, pois caso soubessem este era expulso de Coimbra.

Num domingo de Junho de 1803 Teresa foi mandada por seu pai para ir à 1ª missa da igreja paroquial: “Vais hoje dar a mão de
esposa a teu primo Baltasar” onde este decide pela filha o casamento dela com o primo, ignorando os sentimentos de
Teresa.

“Logo que deres este passo difícil, conhecerás que a tua felicidade é daquelas que precisam ser impostas pela violência. Mas
repara, minha filha, que a violência de um pai é sempre amor”.
Tadeu questiona a filha se lhe vai dar essa felicidade com ele ainda vivo e Teresa “e será o pai feliz com o meu sacrifício?”,
Tadeu não denomina sacrifício e caracteriza Baltasar como sendo o homem perfeito para ela.

Teresa pede antes para que o pai a mate do que ela casar com o primo, porque isso ela não o vai fazer, Tadeu fica enraivecido
e grita com a filha a dizer que ela não tinha opção e se caso não o fizesse seria amaldiçoada e morreria num convento.

Baltasar opõem-se a Tadeu colá-la no convento e diz para esperar que Simão venha de Coimbra. Teresa estranha o pai ficar
calmo do nada e escreve a Simão sem omitir nada e dizendo que suspeita de um plano de violência.

Simão primeiramente ao ler a carta pensa em matar Baltasar, pois Simão era muito violento e impulsivo, mas após reler e reler
decide ir a Viseu de noite, esconder-se e ver Teresa. Esconder-se-ia na casa de um ferrador.

Teresa recebe a carta de Simão e disse que naquela noite estaria a festejar o seu aniversário na casa de parentes (em casa de
Tadeu) mas que ás 23h iria ao quintal e abriria a porta.

As 23h estava Simão com o seu cavalo lá, onde surpreendentemente conseguia ouvir música na casa de Tadeu, nunca antes
tinha ouvido, a casa parecia um mortório.

Análise:

P39: “O coração de Teresa estava mentindo” - para não aumentar a ira de seu pai.
P39: “Vão lá pedir sinceridade ao coração!” - não há obstáculos ao amor.

Capítulo V:
Resumo:

Na casa de Tadeu, Teresa estava estafegada pois todos lhes diziam para ela se reconciliar com o primo e dar a felicidade ao pai.
Teresa diz que não quer o mal do primo e continuará sempre a ser sua amiga enquanto ele lhe deixasse livre o coração.
Após dar as 22h Teresa começa a ficar ansiosa e Baltasar nota o dessossego dela e começa a pensar que se ofendera com da
indiferença dele enquanto ao casamento. Baltasar dirige-se à prima e pede desculpas pela frieza e ela diz nem ter notado e sai
da sala.
Teresa corre ao quintar ver se via alguém, como não viu volta para a sala. Baltasar estava a espia-la e quando ela sai pela
segunda vez leva vestido um xaile como se para se esconder e ouve-se o estrépito dum cavalo.
Teresa vira a um vulto a retirar-se, temerosa volta para a sala, quando volta Tadeu pergunta o que se passa e ela diz que está
com dores e que precisa de ir respirar as vezes lá fora.
Tadeu avisou todos menos o sobrinho porque não o encontrou e Teresa diz que o ia procurar, mentiu, e Tadeu adorou essa
ação.
Teresa sai e vai ao quintar onde se ia encontrar com Simão e diz para ele ir embora e que se viam amanha à mesma hora.
Entretanto Simão encontra-se com Baltasar (fidalgo), mas não o conhecera.
Teresa escreve a Simão contando a ansiedade que sentiu naquela noite e não desmarcou o encontro do dia seguinte.
Teresa passa o dia seguinte ansiosa: “Passou o aquele dia contando as longas horas.
O ferrador ( João da Cruz) que dera casa, em Viseu, a Simão tinha uma filha, Mariana: “24 anos , formas bonitas, um rosto belo
e triste”.
Maria contemplava Simão e este pergunta-lhe o porquê, e Mariana “Não sei o que me adivinha o coração a respeito de Vossa
Senhoria. Alguma desgraça está para lhe suceder…”.
Para Mariana dizer isso, algo sabia da vida de Simão.
João, entretanto, entra e diz, “Pois, senhor, eu devo um favor a seu pai, e um favor daquela casta” e começa a contar as razões
que o levaram a ajuda-lo: tinha havido um conflito onde ele estava a ferrar (colocar a ferradura) uma égua e esta tinha na pata
uma fraturada, o macho ficou bravo e, como João tinha na mão um martelo, pregou com ele na cabeça do macho para se
defender. O dono do macho manda-lhe um tiro. João vai para a prisão e todos ficaram contra ele até que, entretanto, o
corregedor vem a Viseu e quando estava para ir para a missa, João pede-lhe para ir na sua presença para explicar a sua culpa.
Domingos Botelho, chama o “meirinho-geral” (juiz), e mandou tomar o seu nome e diz para ele se ir embora que ele faria o que
pudesse. E João sai absolvido, quando muita gente dizia que havia de ser enforcado à sua porta.
Seguidamente conta que antes de ser ferrador, foi criado de farda em casa do fidalgo de Castro Daire (Baltasar) e que este lhe
dera 10 moedas de ouro para ele se estabelecer. Seis meses atrás Baltasar chamara-o a Viseu para lhe fazer um serviço e
depois dar-lhe-ia uma recompensa. “E vai ele disse-me que queria que eu tirasse a vida a um homem”, esse homem era Simão.
O ferrador não aceitou e contou a Domingos (corregedor, pai de Simão) o que Baltasar lhe pedia. Domingos disse “Eu sei o que
é isso. Se aquele brejeiro de meu filho Simão tivesse honra, não olharia para a prima desse assassino”.
Por isso é que o ferrador e Mariana já sabiam do que se passava e mandou o cunhado segui-lo e este contara-lhe de um
encontro que Simão tivera com Teresa.
João avisa Simão que caso torne lá “vá preparado para alguma coisa de maior” e aconselha-o a não voltar lá, que caso queira
casar com Teresa que peça licença a seu pai. Simão agradece os conselhos e o apoio e diz que vai voltar lá amanhã.
Mariana entra de novo e pergunta se sempre vai. Após receber uma resposta afirmativa sai a esconder as lágrimas.

Análise:

P47: “Simão Botelho não se moveu do local , e Baltasar Coutinho”- encontro entre os 2.

Teresa escreve a Simão, as suas cartas são muito importante pois são uma economia de discurso.

P48: “filha”- Mariana- vitima de amor.

!! P48:“Não sei o que me adivinha o coração a respeito de Vossa Senhoria. Alguma desgraça está para lhe suceder…”- presença
de fatalismo. O Fatalismo também está presente em Frei Luís de Sousa. Há um destino marcado do qual Simão não pode fugir;
dá a ideia de que algo vai acontecer. Apesar dos românticos não acreditarem no destino o romântico vai buscar muito à Idade
Média e ao Classicismo.

P49: João apresenta as razões que o levam a ajudar Simão.

P51: 1º razão- Domingos Botelho, pai de Simão livra João da forca.

P51: A 2º Razão que levou João a ajudar Simão foi pelo facto de Baltasar ter ajudado o ferrador e aproveitando-se disso lhe
pedira para matar Simão.

P52: “vá preparado para alguma coisa de maior”- João alerta Simão do que pode vir a acontecer.
P52: “esconder as lágrimas”- Mariana teme por Simão- sofrimento por amor.

Capítulo VI:
Resumo:

As 22h30 encontravam-se no local de encontro de Simão e Teresa 3 vultos, um deles era Baltasar. Baltasar manda os 2 homens
se afastarem um do outro e estarem atentos às cavalgadas de um cavalo para que os tiros sejam dados longe de modo a que
tio não ouça.
Os homens de Baltasar veem João e começam a questionar-se do porque de ele estar ali e se o deviam matar também.
Entretanto aparece Simão no seu cavalo e João diz-lhe que veio primeiro que ele e avisa-o que atrás da igreja se encontram 2
criados de Baltasar.
O cunhado de João e João propuseram-se a montar uma armadilha para Baltasar e desta vez não aceitavam que Simão recusa-
se. Simão era muito valente, nada temia e sentiu-se um pouco humilhado por estar protegido por 2 homens, mas aceitou.
Baltasar manda parar o criado de Simão e João e um dos criados de Baltasar descobre que um deles era João.
João retira-se a correr e vai ter com Simão e avisa-o do perigo, “Simão entendeu o perigo, apertou convulsivamente a mão de
Teresa, e retirou-se.”
João da Cruz, cunhado e Simão fogem, até que João diz “-Já não vamos a tempo” “, os homens vão atirar-lhe”.
O ferrador (João) atira num dos criados de Baltasar matando-o. Simão fica ferido.
O outro criado que havia acertado em Simão foge e após se sentir perseguido, “lançou-se de joelhos e mãos erguidas, pedindo
perdão, e dizendo que o amo o obrigara àquela desgraça”.
Simão vira-se para ele e diz, com a sua nobreza, “-Não se bate assim num homem ajoelhado” “levanta-te, rapaz!”. Chega João
vê que o outro criado ainda se encontra vivo e tenciona matá-lo pois se este ficar vivo vai contar que João matou um criado de
Baltasar e João ficará em males lençóis.
Simão implora para que não o mate, mesmo que este seja o criado que lhe mandara um tiro e lhe fez ficar ferido “- Não o
mate, senhor João; peço-lhe que eu o deixe ir. Uma testemunha não nos pode fazer mal.” “Deixe-o ficar, João da Cruz…
vamos embora…”.
João acaba por matar também o outro criado, desobedecendo a Simão.
Simão arrepende-se de se ter ligado a João.

Análise:

Simão prepara-se para se encontrar com Teresa.


Baltasar prepara uma emboscada a Simão com 2 homens.
Ao longo da obra aparece muito a morte.
O tempo psicológico: cada minuto parece que demora mais que 60 segundos.
P62: “- Não o mate, senhor João; peço-lhe que eu o deixe ir. Uma testemunha não nos pode fazer mal.” “Deixe-o ficar, João da
Cruz… vamos embora…”- Nobreza de caracter. Simão é justo pois este homem só está a cumprir as ordem de Baltasar.

Capítulo VII:
Resumo:

Simão estava ferido e a bala atravessara-lhe um vaso sanguíneo.


João estava com medo que alguém soubesse do assino pois todos na cidade comentavam da morte de 2 criados de Castro
Daire (Baltasar).
Nessa tarde, Simão receber uma carta de Teresa onde esta se encontra preocupada porque só se houve falar da morte de 2
criados de seu primo “Ó meu querido Simão, que será feito de ti?... Estarás tu ferido? Serei eu a causa da tua morte?”.
Teresa diz para Simão ir para Coimbra pois não o quer morto.
Simão promete ir para Coimbra e Baltasar é chamado às autoridades judiciárias onde diz que os homens eram seus criados,
mas não se lembrava de haver qualquer inimigo.
Tadeu Albuquerque e Baltasar só esperavam que Simão se encontrasse ferido e que estivesse a caminho de Coimbra, quanto a
Teresa, Tadeu encerrou-a temporariamente num convento de Viseu.
“Acabara Teresa de ler e esconder no seio a resposta de Simão Botelho, que a mendiga lhe passara ao escurecer, pendente de
uma linha, quando o pai entrou no seu quarto, e a mandou vestir-se.”.
Teresa deixa ciente o pai que prefere morrer a casar com o seu primo e Tadeu diz que nem o Baltasar a quer, ela é indigna
para ele, “um homem do meu sangue não aceita para esposa uma mulher que fala de noite aos amantes nos quintais.”
Teresa olha para a imagem da Virgem que tinha no quarto e chora pedindo que a protegesse e desse forças a Simão, depois
leva consigo o tinteiro e o papel para escrever as cartas.
Após entrar no convento vira-se para o pai e diz: “Estou mais livre que nunca. A liberdade do coração é tudo.”.
Teresa conversa com as freiras e estas dão-lhe a perceber que ela vai ser tornar como elas e Teresa nega.
No convento há várias conversas entre as freiras, onde falam mal uma das outras e têm atitudes improprias de um convento.
Teresa: “Um convento, meu Deu! Isto é que é um convento?!”.
Entretanto ela pede para ficar sozinha mas uma das freiras diz que fica com ela e diz que caso ela queira escrever cartas para
alguém ela ajuda-a e para que ninguém saiba que vai em nome de Teresa, pode assinar com o seu nome “Dionísia da
Imaculada Conceição”.
Teresa estava desiludida, ouvira falar tão bem das pessoas do convento, só virtudes, e agora está perplexa e com nojo de estar
com aquelas pessoas, onde são todas falsas umas com as outras, bêbedas e falam mal uma das outras, não dá para confiar em
ninguém.
Antes de dormir, Teresa escreve uma carta triste a Simão.

Análise:

Outra carta de Teresa. Esta diz que já sabe de ele ter morto os criados de Baltasar.
P66: “Ó meu querido Simão, que será feito de ti?... Estarás tu ferido? Serei eu a causa da tua morte?” - Indício que Simão vai
morrer por causa do amor que sente por Teresa.
P67: “Acabara Teresa de ler”- Oração coordenada.
P69: “Estou mais livre que nunca. A liberdade do coração é tudo.”- frase romântica; conquista da liberdade.
Há uma corrupção no convento: Reforça que Teresa é mulher.
O convento que seria a casa da bondade, entrega total a cristo, é a casa onde se tem as piores atitudes e as pessoas não tem
valor moral.
P75: Carta de Teresa: mesmo que ela esteja fechada no convento o amor vai prevalecer; sofrimento está a aumentar-
alimentação do sofrimento- característica romântica.
Capítulo VIII:
Resumo:

Em casa do ferrador ainda estão a tentar curar Simão.


O ferrador pede a Mariana para cuidar dele e virar enfermeira e diz que Simão não pode escrever cartas porque está muito
ferido, porém quando este vai embora Simão pede a Mariana as cartas e esta dá-lhe.
Entretanto diz-lhe que sabe do que acontecera, e que se devia ao encontro com Teresa e diz-lhe que espera que não volte a
acontecer “Tanto tenho pedido ao Senhor do Passos que lhe dê remédio a essa paixão!...”. Simão diz para ela sossegar que ele
vai para Coimbra quando estiver bom e a menina da cidade fica em casa.
Simão agradece a preocupação dela. Mariana diz “-Basta ver o que o sue paizinho fez pelo meu”, se o seu pai fosse
condenado à morte ela atirava-se ao poço, e Domingos salvou-o. “Se o degredassem, então ia com ele, ia morrer onde ele
fosse morrer”.
Mariana é muito agradecida à família de Simão e disse que o via em Viseu mas deixara-o de ver quando fora para Coimbra
“mas já sabia que vinha para esta desgraça, porque tinha tido um sonho, em que via muito sangue, e eu estava a chorar
porque via uma pessoa muito minha amiga a cair numa cova muito funda” “ eu nunca sonhei nada que não acontecesse”
Simão recebe uma carta de Mariana onde dizia que ela se encontrava no convento e este coloca-se logo a escrever uma
resposta: “É necessário arrancar-te daí!” “há-de ter uma evasiva. Procura-a, diz-me a noite e a hora em que devo esperar-te”
“se daí te mandarem para outro convento mais longe, avisa-me, que eu irei (…) roubar-te ao caminho.” “És minha” Não sei de
que me serve a vida, se a não sacrificar a salvar-te. Creio em ti, Teresa, creio. Ser-me-ás fiel na vida e na morte.”
Mariana repara que Simão não tem dinheiro e conversa com o seu pai para lhe darem dinheiro.

Análise:

P80: “Se o degredassem” - ir para fora da pátria.

P80: “eu nunca sonhei nada que não acontecesse” – fatalismo través dos sonhos de Mariana, ela prevê sempre que algo fatal
vai acontecer.

As cartas são importantes para a economia do discurso, são a coisa mais importante do capitulo.

P81: “És minha” Não sei de que me serve a vida” – Simão apela à felicidade do amor e a uma possível fuga.

P81: “Creio em ti, Teresa, creio. Ser-me-ás fiel na vida e na morte.”- a repetição do creio serve para que Teresa não tivesse
duvidas do seu amor por ela; Simão revela a força do seu amor a Teresa.

Credo- infinitivo.

Credere (sincope do d) - creer (crase do e) - crer

Credo (d passa a i- vocalização) - creio

Decretum (apocope do m) - decretu (sonorização do t- d e do c-g) - degredo

Capítulo IX:
Resumo:

João já tinha saído faz tempo e não voltara o que fez Simão perguntar a Mariana o que o seu coração dizia, será que tinha sido
preso? Mariana diz que não e que o seu coração nunca a engana. Então Simão aproveita a pergunta o que o seu coração diz
dos seus trabalhos, ficarão lá? E Mariana diz que apenas estão no começo.
Chega João e diz que foi sua mãe, D. Rita que o chamara e lhe dera dinheiro. Simão fica desconfiado, e questiona o facto da
mãe nada lhe ter escrito, João refere que não tinha escrevaninha para escrever e se Domingos, seu pai, a visse chateava-se,
disse também para não Simão não lhe mandar nenhuma carta.
Era tudo mentira, fora Mariana que inventara a história para dar o seu dinheiro a Simão de modo a ajudá-lo.
Simão disse para eles ficarem com uma parte do dinheiro como forma de agradecer pela amizade, mas eles não aceitaram.
Nos 5 subsequentes dias Simão recebeu muitas cartas de Teresa.
Numa carta Teresa diz que o seu pai deve saber que Simão está cá e decerto não a tira do convento. Teresa pede a Simão para
ir para Coimbra e denuncia a corrupção existente no convento, diz ser um inferno.
Noutra carta, denotava-se o sofrimento das saudades que tinha de Simão, onde Teresa pede a Simão para não ir para Coimbra.
“Eu receio que meu pai me queira mudar deste convento para outro mais rigoroso. Uma freira me disse que eu não ficara
aqui; outra positivamente me afirmou que o pai diligencia a minha ida para um mosteiro do Porto.” “o intento do meu pai é
fazer-me professar”.
Teresa diz na carta que há uma porta onde entram carrinhas cheias de lenha, mas que provavelmente só se abre no próximo
inverno, então diz que se não conseguir antes que vai fugir nesse tempo.
Entretanto num dia, a freira que sabia que Teresa escrevia a Simão e entregava as cartas a uma mendiga desbobinou tudo
quando estava bêbada. “Algumas religiosas tinham visto a mendiga no pátio do convento esperando a esmola de Teresa”. A
mendiga recebeu ordem de sair da portaria e Teresa angustiada correu a uma janela, e chamou-a e lançou um bilhete que dizia
que ia ser retirada do convento e para Simão esperar noticias dela em Coimbra.
Isso rapidamente chegou à prioresa e um hortelão espancou a mendiga e entregou o bilhete a Tadeu. A mendiga não
retrocedeu e caminhou a casa do ferrador contar a Simão o que aconteceu.
Simão encontra-se pronto para partir para Viseu com o seu amigo ferrador e Mariana para ajudar diz que conhece uma freira
de lá que consegue entregar uma carta a Teresa, então Simão escreve.
Simão diz a Teresa para fugir ao meio dia quando as portas se abriam ou violentasse a portaria a abri-la.
Partem para Viseu.

Análise:

P89/90: “Eu receio que meu pai me queira mudar deste convento para outro mais rigoroso. Uma freira me disse que eu não
ficara aqui; outra positivamente me afirmou que o pai diligencia a minha ida para um mosteiro do Porto.”
– Teresa quer fugir mas não consegue. Ela quer fugir porque há uma corrupção no convento.
P90: “o intento do meu pai é fazer-me professar”- assunção de que tudo o que está fora da vidsa religiosa não faz mais parte da
vida dela.

Capítulo X:
Resumo:

Mariana vai ao convento entregar a carta e o padre pergunta-lhe de onde ela vem e Maria nada lhe diz, somente que quer falar
com a Joaquina.
Joaquina aproxima-se e Mariana vê todas as janelas do convento para verificar que ninguém a via a entregar a carta. Numa das
janelas estava uma senhora e Mariana questionava-se se seria aquela Teresa “se eu fosse amada como ela!...”.
E não se enganara, Joaquina confirma-lhe que era Teresa. Mariana pede para Joaquina a deixar falar com Teresa e esta diz-lhe
que não sabe pode ser porque as freiras estão com sete olhos em Teresa e diz-lhe que esta vai para amanhã para outro
convento de Lisboa ou Porto.
Joaquina chama Teresa e esta vem ter com Mariana. Mariana entrega-lhe a carta e Teresa diz que não consegue escrevr
porque lhe tiraram os tinteiros e pede para Mariana dizer a Simão que vai de madrugada para o convento de Monchique, no
Porto e que não venha cá porque vai ser inútil e perigoso, ela vai arranjar modo de lhe falar.
Mariana diz tal e qual a mensagem a Simão e João diz que para Simão a deixei ir então para o convento do porto porque “DE
hora a hora Deus melhora”.
Simão diz que vai ver uma vez mais Teresa, antes de esta ir para o Porto, não vai ser o facto de ir acompanhada do primo e de
outros homens o que vão impedir.
Simão escreve a Teresa uma carta de despedida por ele esta a ir para o abismo.
Mariana põem a mesa e diz a Simão que esta é a ultima vez que lhe coloca a mesa em sua casa, porque o coração lho diz.
Mariana começa a chorar e diz a Simão “-Choro, porque me parece que o não tornarei a ver; ou, se o vir, será de modo que
oxalá que eu morresse antes de o ver.” e volta a pedir a Simão para não sair hoje à nem amanhã.
Simão diz que isso é impossível e que se não o fizesse matar-se-ia.
Simão diz que afinal vai seguir Teresa até ao Porto e não vai direto a Viseu, Mariana estranha a mudança e pede a seu pai
(João) para o seguir.
Simão segue a carruagem que levava Teresa.
Tadeu fica com pena de colocar a filha no convento e pergunta-lhe se ela não quer ser boa filha e a resposta de Teresa é “Não,
meu pai. O meu destino é o convento. Esquecê-lo nem por morte. Serei filha desobediente, mas mentirosa é que nunca.”.
Baltasar pensa que Teresa vai mudar no convento e depois casará com ela e Teresa diz “Nem aqui!”.
Teresa vê Simão e logo de seguida Baltasar e Tadeu também.
Baltasar aperta o pescoço a Simão e Simão baleia Baltasar na cabeça, Tadeu de Albuquerque grita.
Chega o ferrador e diz a Simão para fugir, mas este diz que não o fará e pede a ele para o fazer.
Tadeu diz ao meirinho-geral (juiz) para prender Simão e este diz que o deixa fugir, porém Simão diz “Eu não fujo” “ Estou preso.
Aqui tem as minhas armas.”
Tadeu faz transportar a filha a uma das liteiras, e ordenou que 2 criados a acompanhassem ao Porto.
As irmãs de Baltasar seguiram o cadáver de seu irmão para casa do tio.

Capítulo XI:
Resumo:

Domingos Botelho (corregedor) acorda com o grande rebuliço que ia na casa, berra aterrado com a hipótese de incendio na
casa.
As filhas estão a chorar porque Simão matou um homem, Baltasar Coutinho. Tadeu muda de aspeto ao saber.
Tadeu manda chamar o meirinho (juiz) para lhe explicar a situação e o porque de Simão o ter feito e este diz-lhe “ o amor à
filha de Albuquerque fora causa daquele desastre”.
Domingos diz para ele ser rigoroso com Simão e D. Rita pergunta o porque de falar assim de um filho, ele responde que é
corregedor e que não defende “assassinos por ciúmes, e ciúmes da filha de um homem que eu detesto”. Domingos diz que
queria a morte de Simão caso o visse com a filha do seu inimigo e disse que nãos e vai sacrificar por “um filho rebelde, e
demais a mais homicida.”.
D. Rita sentiu-se frágil ao lado dele então retira-se.
O juiz diz que perguntou a Simão se matou Baltasar por defesa com a esperança que este disse-se que sim, mas Simão diz que
“não; que, a defender-se, o faria com a ponta da bota, e não com um tiro”.
Domingos que castigar o filho mesmo que o juiz não o queira prender.
O juiz teme por Simão pois este pode vir a parar numa forca mas Simão não teme nada e diz que não se importa.
Simão: “ o meu coração é indiferente ao destino da minha cabeça”.
Pouco depois “um criado do seu pai conduziu-lhe o almoço, dizendo que sua mãe lho mandava a ocultas, e entregando-lhe
uma carta dela”. Simão leu a carta antes de almoçar.
Na carta Rita diz que o pai esta inexorável e que “Morto me disseram que tinhas nascido; mas o teu fatal destino não quis
largar a vítima”. Rita acrescenta que já sabe que estava a viver fora de Coimbra há quinze dias e nunca deu uma palavra a ela.
Simão fica confuso porque supostamente tinha sido ela a dar o dinheiro a João da Cruz e logo percebe que o dinheiro era de
João.
Teresa diz que o pai está enraivecido e já espancou a Ritinha por querer ir à cadeia ver Simão.
Simão chora e diz que não tem família. Entretanto entra Mariana a chorar a abraça Simão, e este logo lhe diz “Não quero ver
lágrimas, Mariana” “Aqui, se alguém deve chorar sou eu” “lágrimas de gratidão aos favores que tenho recebido de si e de seu
pai”.
Simão pergunta por João e pede a Mariana para o ir apoiar e pede também que lhe compre tinteiros e papel. Simão pergunta
por Teresa e Mariana diz que foi para o Porto.
Mariana apoia Simão e dá-lhe algumas bolachas e logo sai apressada.

Análise:

P113: “mas o teu fatal destino não quis largar a vítima” - Fatalismo. Simão foi marcado à nascença pelo destino.

Capítulo XII:
Resumo:

Carta de Ritinha descreve tudo o que acontecera:


O corregedor ordena que façam malas para saírem já de Viseu e irem para Vila Real e passado alguns dias após chegar a Vila
Real devido á desordens instaladas na família por causa de Simão, Domingos abandona a família e vai para a quinta de
Montezelos. A mãe também pensara em abandonar a família e ir para Lisboa mas Domingos ameaça-a.
A mãe escrevia a Simão mas não obtinha resposta, e entretanto as viram que o pai tirava as cartas do correio antes de
chegarem a Simão.
Uma senhora de Viseu lisonjeia numa carta D. Rita por ajudar Simão mas esta diz que não o ajudou porque ele não aceitava e
logo a senhora diz que todos diziam que Mariana era mandada por D. Rita, ela cuidava de Simão na cadeia.
D. Rita tenta ir a Viseu, mas Domingos impede-a.
Passado 7 anos souberam que Simão foi condenado a morrer na forca, levantada no local onde fizera a morte.
D. Rita fica doente.
Quando se soube em Vila Real, todas as pessoas ilustres da terra foram a Montezelos, a fim de obrigarem Domingos a salvar o
seu filho.
Tinham eles um tio-avô e foi esse que fez o milagre, vai até Domingos Botelho e diz “ou tu me prometes aqui de salvar teu filho
da forca, ou eu na tua presença me mato” e aponta uma navalha no pescoço.
Domingos deteve-o e disse que Simão não seria enforcado.
Domingos vai para Lisboa.
Em março de 1805 D. Rita soube que Simão fora removido das cadeias do Porto.

Acaba a carta.
Simão foi julgado sem nunca nomear o nome de Teresa.
O povo só fala da forca e Simão pergunta por Mariana “e o carcereiro lhe disse que a mandava chamar. Veio João da Cruz, e a
chorar se lastimou de perder a filha, porque a via delirante a falar em forca, e a pedir que a matassem primeiro.”.
Maria amava-o até ao extremo de morrer. Simão via Mariana como o símbolo de ternura a morrer a pedaços.

Análise:

P117: “Já lá vão cinquenta e sete anos, e ainda me lembro, como se fossem ontem passados, os tristes acontecimentos da
minha mocidade”- Carta de Simão recorda a família 57 anos depois; excerto de uma carta de uma senhora de Botelho.

A carta é uma economia do discurso.

P122: “e o carcereiro lhe disse que a mandava chamar. Veio João da Cruz, e a chorar se lastimou de perder a filha,
porque a via delirante a falar em forca, e a pedir que a matassem primeiro.”- Mariana reage à prisão de Simão e
entra num sofrimento muito grande.

Capítulo XIII:
Resumo:

Teresa acorda e está a ser transportada para o Porto com uma criada (Constança), pergunta-se a si mesma se se aquela
horrorosa situação seria um sonho.

Constança a conta-lhe tudo o que tinha acontecido quando Teresa desfaleceu, Simão matara o seu primo Baltasar e Teresa
perguntara se ele tinha fugido e Constança diz que ele se deu à prisão.

Teresa percebe que Simão está preso e chora soluçando pedindo a Constança para juntas montarem um plano para ela
conseguir fugir e ir a Viseu dar um ultimo adeus a Simão. Constança tenta ao máximo tirar-lhe essa ideia da cabeça pois só ia
prejudicar o seu amante.

Passados 5 dias Teresa é recebida com bravura pela sua tia. Sua tia ouve toda a historia e vê uma a uma as cartas de Simão
Botelho..

Teresa sorri para o anjo da morte e pensa em escrever para Simão, mas a religiosa logo lhe diz que só irá piorar a ira de seu pai
e que as cartas nem chegariam a Simão.
Alguns dias mais tarde uma freira diz-lhe que Simão fora condenado à morte e Teresa pede a ela para enviar uma carta a
Simão.

Simão recebe a carta e lê-a 15 dias depois do seu julgamento: “está connosco a morte” “aqui está o nosso fim” “Porque não
merecemos nós o que tanta gente tem?” “A eternidade apresenta-se-me tenebrosa porque a esperança era a luza que me
guiava de ti para a fé” “Ver-mo-emos num ouro mundo, Simão?”.

Teresa não acaba de escrever a carta porque a pena lhe caíra da mão, Teresa tremia ao pensar na forca e o correio ia partir,
então entregara assim.

Teresa só pensava na morte e seu pai pensa tira-la do convento para a salvar, e uma forte razão acrescia àquela: era a
mudança do condenado para os cárceres do Porto.

É entregue a Teresa, que se encontrava doente, uma carta de Simão onde ele lhe pede para Teresa não fugir já e nem pensar
na morte, ainda havia salvação, e diz-lhe “ontem, vi as nossas estrelas, aquelas dos nossos segredos nas noites da ausência”.

Teresa levanta-se e com a ajuda da criada, veste-se a vai para a janela observar as estrelas e diz “Quero viver! Deixa-me viver, ó
Senhor!”. Vira-se para a criada e diz que Simão amanha vinha para o porto e queria que ela vivesse.

Teresa reza por Simão.

Análise:

Simão é preso.

P125: “Perguntam a tempo, minhas senhoras, e não me hei-de queixar se me arguirem”…- uso do vocativo, lembra-nos que
Camilo Castelo Branco ao escrever esta obra quer tocar mais o coração das senhoras.

P128: 8º Carta de Teresa, menciona muito a morte

P129: “A eternidade apresenta-se-me tenebrosa porque a esperança era a luza que me guiava de ti para a fé”- possibilidade de
se encontrarem no céu depois da morte.

Capítulo XIV:
Resumo:

A prima de Tadeu Albuquerque diz-lhe que Teresa melhorou e está como nova, talvez sobreviva.
Tadeu diz que a vai levar amanhã para Viseu e sua prima aconselha-o a deixar cá no Porto mais alguns meses para ela
recuperar e Tadeu diz “Maior imprudência” “é conservá-la no Porto, onde, a estas horas, deve estar o malvado matador de
meu sobrinho”.
Domingos defendeu Simão e conseguiu que o tribunal da Relação lhe aceitasse a apelação da sentença e passo o prazo do leio
fez com que o filho fosse removido para as cadeias do Porto.
A tia avisa Teresa que seu pai está a chamá-la e esta muda logo de ares fazendo com que a tia ficasse do seu lado e não
quisesse que ela saísse do quarto.
Teresa diz que tem mesmo que ir a o pai pergunta-lhe como esta e se tem forças para ir com ele para Viseu e ela diz “Aqui
viverei e morrerei”.
Teresa diz que não vai com ele e Tadeu enraivecido coloca as mãos nas grades e diz que ela é menor e que a pode obrigar a sair
do convento, esta repete que não vai e caso ele pretenda obrigar encontrará o cadáver dela no convento.
Tadeu pergunta-lhe se já sabe de Simão estar no Porto e ela diz sem piedade que sim e despendesse do pai dizendo: “Meu pai
não posso continuar a ouvi-lo. Dê-me licença… e vingue-se como puder. A minha glória neste longo martírio seria uma forca
levantada ao lado da do assassino”.
Tadeu exige a sua prima que tire Teresa do convento e esta diz que não a pode obrigar, então Tadeu corre Porto inteiro há
procura de alguém que consiga tirar Teresa do convento, e todos diziam que ele não tinha tais direitos.
Dias seguintes, furioso e sem cabeça bate à porta de desembargadores para ver se estes o ajudavam e estes fizeram-o ficar
mais furioso pois contaram-lhe as verdades que ele não queria ouvir, entre elas que Baltasar ainda podia estar vivo se não
fosse por causa desta perseguição de Tadeu. Por fim dizem “Fique no que quiser; mas vá na certeza, se isso lhe serve de
alguma coisa, que Simão Botelho não vai à forca” e Tadeu responde “Veremos…”.

Capítulo XV:
Resumo:

13 dias depois do mês de Março De 1805 está Simão na cadeia a reler as cartas de Teresa.
Simão escreve a Teresa as suas meditações naquele dia tão belo onde lhe diz que se apaixonara realmente por ela e expõe
todo o seu amor.
Chega João da Cruz com uma carta de sua mãe onde diz autorizar o ferrador a socorrer o seu filho com as necessárias
despesas, ela pagaria.
Simão pede a João para entregar uma carta a Teresa e quando este se dirige ao convento depara-se com 2 médicos e Tadeu
Albuquerque a entrarem no pátio do convento e a serem negados. Entrega então a carta a Teresa.
João diz a Simão que a sua filha amanhã vem e vai cuidar dele e Simão diz para não a deixar cá porque está a magoa-la por não
a conseguir amar. João diz que não, eu “ela tem paixão d’alma por vossa senhoria”, Simão lança os braços ao ferrador e diz
“Pudesse eu se o marido de sua filha, meu nobre amigo!”.

Capítulo XVI:

Resumo:

Manuel visita o seu irmão à cadeia e dá-se um diálogo entre ele e o corregedor onde este diz que Teresa estava dada quase
como morta até que Simão veio para o Porto e voltou à vida, segundo dizem os médicos.
Manuel dissera que vinha acompanhado pela sua irmã Ana e o corregedor desconfiado escreve uma carta a Domingos Botelho
que fora um prazer conhecer o seu filho Manuel e sua filha Ana e que por eles lhe mandara um abraço.
Era uma açoriana, amante de Manuel, e logo o corregedor recebera uma carta de Domingos Botelho a explicar isso e que já a
mandara para Lisboa.

Capítulo XVII:
Resumo:

João da Cruz só pensava na sua filha e, entretanto, aparece-lhe na rua um passageiro que lhe diz que queria pagar a divida e
mata João. As últimas palavras deste fora: “Mataram-me!... Mariana, não te vejo mais!...”.
Josefa, cunhada se João da Cruz escrevera uma carta a Mariana a avisá-la da morte de seu pai.
Mariana encontrava-se a cuidar de Simão na prisão e logo ambos ficaram a saber da situação.
Simão apoiou Mariana enquanto choravam ambos.

Capítulo XVIII:
Resumo:

Mariana vai a Viseu recolher a herança paterna e vende todas as suas terras. Quando chega à prisão diz a Simão que vai para o
degredo, para India e que talvez a vida lhe corra melhor.
Simão diz que caso ele morra antes de ela chegar ao degredo se vai sentir culpabilizado do destino dela. Mariana diz que morre
também e logo a seguir Simão lhe diz que não se morre quando se quer.
Mariana: “Oh! Se morre!... e vive também quando quer… Não mo disse já a senhora Teresa”, Simão questiona-a sobre o que
Teresa tinha dito e Mariana responde “Estava a passar quando vossa senhoria chegou ao Porto, e que a sua chegada lhe dera
vida.”
Simão diz que a queria compensar por todo o apoio e Mariana diz que não faz por ter nada em troca, Simão diz “Sou infeliz por
não poder fazê-la a minha mulher.
Mariana amava Simão ao ponto de morrer por ele e sentia ciúmes de Teresa, porém nunca negava entregar as cartas de Simão
a ela.
Se os váticos das profetisas se realizassem, Simão sairia da cadeia, Tadeu Albuquerque morreria de velhice e de raiva, o
casamento de Simão e Teresa seria um ato indisputável, e o céu dos desgraçados principiaria neste mundo.
No termo de 7 meses o tribunal de segunda estância comutou a pena ultima em dez anos de degredo e Tadeu Albuquerque
acompanhando em Lisboa a apelação ofereceu a sua casa a quem mantivesse de pé a forca de Simão Botelho.
Domingos Botelho avisado disso vai a Lisboa lutar com o seu dinheiro e fazer com que Tadeu não conseguisse oferecer a casa.
O nome de Simão Botelho é inscrito no catálogo dos degredados para a India.

Capítulo XIX:
Resumo:

Teresa pede a Simão que aceite 10 anos de cadeia, e esperasse aí a sua redenção por ela, pois Tadeu já terá morrido nessa
altura e se Simão for para o degredo ela vai-o perder.
Simão diz não aceitar e que quer morrer mas fora da pátria, pede a Teresa para se esquecer dele e para se salvar e se não
conseguir “morre, Teresa, que a felicidade é a morte”.
Teresa em resposta à carta de Simão Teresa diz que vai morrer e caso ele puder que viva.
Passado 3 primaveras, em Março de 1807 Simão recebeu a intimação para sair na primeira embarcação que levantava âncora
do Douro para a índia e este só desejava a morte.

Capítulo XX:
Resumo:

Mosqueira, ex-corregedor de Viseu dá a Simão um cartucho de dinheiro em ouro dado por D. Rita, sua mãe. Simão na presença
deste pede ao comandante que fizesse distribuir o dinheiro pelos seus companheiros de degredo.
Mosqueira chama-o maluco e mesmo assim Simão o faz.
Simão pergunta a Mariana onde é Monchique e Mariana indica-lhe o mosteiro que se debruça sobre a margem do Douro, em
Miragaia.
Simão cruza os braços e viu atras do gradeamento de mirante um vulto, era Teresa.
Teresa acena com um lenço e mata-se. Constança, uma freira, entrega todas as cartas a Simão.

Conclusão:
Resumo:

Eram já 23h e Simão começa a ler a carta que se encontrava por cima: Teresa diz que quando ele estiver a ler a carta ela já
estará em espírito e despede-se “Adeus! Á luz da eternidade parece-me que já te vejo, Simão!”.
O capitão passeava com o ouvido fino pois Mariana comentara com ele que suspeitava que Simão se fosse suicidar.
Simão adoece e é lhe dito que tem uma febre maligna.
Mariana pergunta-lhe o que ela fara com as cartas quando ele morrer e Simão diz: “Se eu morrer no mar, Mariana, atire ao
mar todos os meus papeis, todos; e estas cartas que estão debaixo do meu travesseiro também”.
No sexto dia de navegação Simão delira pela ultima vez e coloca-se a recordar o que lera na carta de Teresa e em vez de dizer a
assinatura Teresa troca o nome e diz Mariana.
Simão morre e Mariana beija-o no rosto, era o 1º beijo.
Mariana tira o maço das cartas debaixo do travesseiro e vai buscar a uma caixa os papeis de Simão. Ata o rolo no avental e
coloca o embrulho à cintura.
O cadáver de Simão é atirado ao mar e sem conseguirem segurar, Mariana, atira-se também ao mar e abraça-se a Simão.
As cartas vêm acima da agua.
Da família de Simão Botelho vive ainda, em Vila Real de Trás-os-Montes, a senhora D. Rita Emília de Veiga Castelo Branco, a
irmã de Simão.
A ultima pessoa falecida, há 26 anos, foi Manuel Botelho pai do autor deste livro.
Análise:

É nos dada pelo autor “…amando”

AINDA ESTOU A AJUSTAR O QUE ESTÁ DAQUI PARA A FRENTE

Estrutura externa:
 Introdução- parte introdutória da obra;
 20 capítulos;
 Conclusão.
Estrutura interna: obriga-nos a ler a obra.
 Introdução;
 Capítulo 1- dá-nos os antecedentes de simão, a história de vida dele e da sua adolescência. Preparamo-nos para
conhecer a história;

 Desenvolvimento- Capítulo 2 ao capitulo 20;

Está presente a frase “amo e perdeu-se…”

 Conclusão: a conclusão é dada pelo próprio autor. Encontra-se presente a continuação da frase “amo e perdeu-
se…” acrescentando “… amando”.

Tempo da história- diegético (de 1901 a 1907)


 Diegético: o tempo é linear; há indicações cronológicas que se referem ao dia, hora e ano.

Tempo do discurso:
 Capítulo 1- resumo de rodapé;
 Analepse- saltos no tempo para trás, para que se consiga compreender melhor o porque de certas situações no
presente;
 Prolepse- avanço no tempo e previsão do mesmo.

Camilo Castelo Branco para não perder tanto tempo com os acontecimentos coloca-os em notas no rodapé.

Análise da obra

Obra em que se representa a mudança de valores sociais, através da atuação das personagens (relações entre personagens,
amor-paixão, herói e heroína(s) romântico(s)).

Relações das personagens

Simão e Teresa

Amor e paixão: sincero, puro, excessivo, oposto às convenções sociais e à ordem instituída.

Denúncia de uma sociedade repressiva que atua através de instituições:


 Instituição familiar (autoritarismo paterno, casamentos de conveniência, situação de inferioridade da mulher;
 Igreja (conventos);
 Justiça (prisão).

Simão e Teresa e respetivos pais

Capitulo IV

Caracterização da personagem Teresa.

Conhecemos quem vai ajudar nos encontros com Teresa, João da Cruz.

Simão começa a revelar características do herói romântico- move-se pelos sentimentos, principalmente o amor; muda a sua
postura.

Capitulo V
Era festa de ani9versairo de Teresa em casa dela e Baltasar estava presente e ve que Teresa esta sempre a sair de casa e
desconfia que se vai encontrar Simão.

1º toma uma atitude de indiferença

Depois começa a espiar e a determina altura Teresa ouve um cavalo a aproximar-se, Simão, e Baltasar tb ouve.

Ela nervosa volta para a sala e desculpa-se que estav com dores e precisava de ir la for para respirar

Capitulo IX

Eu receio que meu pai me queira mudar deste convento para outro mais rigoroso. Uma freira me disse que eu não ficava aqui;
outra positivamente me afirmou que o pai diligencia a minha ida para o mosteiro do Porto.

Firmou- verbo principal transitivo indireto e direto;


Positivamente- modificador;
me- complemento indireto;

o pai diligencia a minha ida para o mosteiro do Porto.

Sujeito: o pai;
C.D: a minha ida;
C. obliquo: para o mosteiro do Porto

Eu receio que meu pai me queira mudar deste convento para outro mais rigoroso.
Verbos: 2 (3)

“que meu pai me queira mudar deste convento para outro mais rigoroso- o. Subordinada substantiva completiva;
Complemento direto;
Eu receio- verbo principal transitivo direto.

“que meu pai me queira mudar deste convento para outro mais rigoroso”
Sujeito: meu pai;
Predicado: me queira mudar deste convento para outro mais rigoroso;
Me: Complemento direto;
me queira mudar deste convento: C. Obliquo;
para outro mais rigoroso: C. obliquo;
queira: transitivo direto
que- classe: conjunções;
meu- determinante possedivo
pai- nome
me- pronome
queira- verbo
deste- determinante
para- proposição
outro- pronome
mais- quantificador
mais rigoroso- grau superlativo de superioridade
rigoroso- adjetivo

Capitulo X
Conseguimos perceber que o amor de teresa e simao é algo que não pode ser contraiario, imseparavel.
Faz-nos pensar que este amor não vai ser possível a concretização desse amor.
Simão mata Baltasar
Simão era muito impulsivo, o amor com Teresa faz-lo sr uma pessoa mais responsável que não reage tanto ao impulso. –
Reforça o papel de Teresa como mulher anjo.

As mudanças de simao devem-se ao amor que tem, por teresa.


Essas metamorfoses devem-se então ao amor entre os 2.
Mulher anjo- consegue elevar as qualidades do outro contribuindo para a tranquilidade e transformação do outro no sentido
positivo.

A morte de Baltasar era algo espectável.


A carta que simao escreve a Teresa é uma despedida, ele prepara-se para a sua morte

Simão considera Mariana como seu anjo.


Há 2 mulheres anjo, porem apresentam diferenças:
Teresa- eleva as auqalidade sde siamo ao nivwel do amor influencia simao ao nível dos sentimentos;
Mariana- cuida de simao e perocuipa-se com a felicidade dele.

Mariana vê Teresa

O que liga mariana a simao é também o amor.


Mariana abdica da sua felicidde em pro da felicidade de simão

A prioresa é uma depravada.

Neste capitulo temos as relações entre as personagens.

O dialogo é importante porque são ocupados pelas personagens principais da historia.- muito dialogo neste capitulo

O dialogo entre mariana e a amiga do convento- dialogo bastante dramático pois é onde apercebemos que mariana ama simao
embora teresa não saiba disso.

Falas de João da cruz tem um estilo muito próprio de uma personagem do povo e por vezes utiliza provérbios.- embora
ninguém nos diga como é joão da cruz podemos fazer uma caracterização indireta: corajoso, amável, solidário, homem fiel,
justo, homem simples (do povo).

Predomina as reticências, ponto de exclamação o que transmite a este capitulo características dramáticas e que não se afasta
do drama romântico.- muita emotividade e falas.

L39/40

Mariana deu alguns passos- Oração coordenada.

Como não temos nenhum elemento de ligação, temos apenas a virgula, dizemos que é uma oração ordenada assindética

Triangulos:

Mariana ajuda o simão e faz a ponte entre simao e teresa

Peridção:

A perição de mariana só vemos no final.

Triangulo do amor- capitulo 10 e também neste capitulo esta presente triangulo da solidariedade/amizade.

Conclusão

Saimos da ação e apresentamos a situação a que as personagens se envontram apos a ação.

Assistimos à perição, “triangulo da peridção” as 3 personagens principais morrem, vao para a eternidade.
Texto autonomo- esta para elm da narrativa como a introdução.

Simao é conduzido a nau que o há-de levar, e teresa esta no convento.

Teresa consegue juntar as cartas se simao e levar consigo.

Carta faz alusões à morte, refere concretamente à morte.

Campo lexical: mts palavras rerlacionadfas com a morte.

Agonia e delírio de simao.

P230: incio da agonio e delírio de simao. Simao apos teresa ter morrido começa a sentir muita febre e delírios. Prevê que vai
morrer, pede a mariana (l123) cartas que trocou com teresa e que ela depois as devolveu quando ele partiu para o degredo. O
trinagulo da predição esta concretizda: teresa morreu, simao esta a morrer e mariana tb pretende morrer se simao morrer.

Enquanto simao esta no barco há muitas referencia ao tempo

P232: as cartas vieram acima- as cartas atestam o amor de perdição: o amor destas personagens levou ao amor de perdição.

As cartas acabam por ser recebidas; relatam os acontecimentos que vao decorrendo; dao nos informações dos estados
emocionais das personagens

Apontamentos da Obra
Ana abandona a casa do marido e vai ter com Camilo- crime de adultério.

Madalena sofre porque o homem que gosta só quer amizade.

A personagem Simão existiu, era familiar de Camilo Castelo Branco.

Teresa e Maria são personagens fictícias.

Relato histórico e familiar verídico pois há semelhanças do Amor de Perdição com a familia de Camilo Castelo Branco.

Capitulo 4

Caracterização da personagem Teresa: orgulhosa devido ao amor, varonil (forte), mulher de carácter; astuta (esperta) e
perspicaz (age antes das coisas acontecerem).

Teresa fingiu que concordou com o pai- perspicaz, pois ganhou tempo pois o pai não voltou a falar do casamento.

Eles vão a um amissa e o pai impõem-lhe o casamento com Baltasar e Teresa diz que prefere que a matem do que casar com o
primo.

Ele ameaça a filha e diz que a vai poder num convento “mal dita sejas”, amaldiçoa a filha.

Baltasar não concorda que ela entre no convento.

Sendo ela obrigada a casar com ele bastava o amor dela para as coisas rolarem.

Simão fica furioso e como é rapaz de sangue quente pensa em matar Baltasar (primo de Teresa) . Simão encontra-se em
Coimbra quando tem conhecimento que ela ia casar e vem logo para Viseu e manda um recado a Teresa “

Antes disso ele insta-se na casa do ferrador (poe as ferraduras nos animais- cavalos), João da Cruz.

João da Cruz funciona como coadjuvante para a realização do amor de teresa e simao
Os pais de teresa como oponentes e esse amor.

João da Cruz ajuda simão fazendo uma carta chegar a Teresa onde diz que simao esta em viseu e ia aproveitar o aniversário de
Teresa. Na confusão da festa encontrar-se-iam.

Este capitulo com a entrada de Joao da Cruz é uma forma de nos preparar par o triangulo amoroso que vai aparecer entre
teresa, Mariana e João.

Neste capitulo há muitas características do herói romântico pois ele atua consoente as suas emoções, move-se pelos
sentimento (amor) e é um individuo alvoresado.

O anti-heroi tem características opostas a simao e é Baltasar.- pois não permite que Teresa e simao não fiquem juntos; estraga
o amor de simao e teresa; enquanto o que move

simao é o amor e faz ele eser impulsivo e exaltado, baltasar quando pede teressa em casamento e ela diz que não, vai falar
com o pai de Teresa pois sabe que o pai é quem manda nos filhos em relação ao amor é ele. Baltsar é calculista e age nas
costas dela junto ao pai. O romântico não é calculista, ele usa o coração em vez da razão. Baltasar vai forçar o casamento que
não é desejado por teresa. Não vai pelo amor, a ele so lhe intresasa elçe estar apaixonado, não se importa com a reciprocidade
pois acha que esse amor virá, que poderá ser uma habituação. Ele não luta por conquistar Teresa, age junto ao pai dela. Logo
tem características opostas a simao Botelho.

O autor é heterodiegtico pios não pariticipa

É um narrador omnisciente pois sabe os sentimentos das personagens.

Durante a leitura da carta simao fica furioso e revoltado e depois apos a leitura da carta acaba por ficar mais calmo pois como
ele se aproxima de viseu lembra-se que vai estar com teresa e fica feliz por estar com o seu amor.

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