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CASO PRÁTICO I

Por escritura pública de 31 de Outubro de 2010, Vítor emprestou a Teresa 10.000€, obrigando-
se Teresa a devolver esse dinheiro, com um certo juro, em 1 de Novembro de 2012. Em
Fevereiro de 2013, Teresa foi para o Governo, ficando responsável pelo controlo da execução
orçamental. Nessa altura, Teresa e Vítor combinaram expressamente que Vítor não transmitiria
o crédito sobre Teresa, aceitando Vítor que Teresa regularizasse a situação até o final do mês de
fevereiro.
Teresa não consegue pagar a Vítor. A 1 de Abril de 2013, Vítor precisa de dinheiro e, sem
informar Xavier acerca da combinação com Teresa, transmite-lhe o crédito sobre Teresa,
mediante o pagamento, por Xavier, de 10.000€. Logo no dia 2, Xavier apresenta-se a Teresa
reclamando o pagamento dos 10.000€ acrescidos de juros remuneratórios e moratórios, sob
pena de propor uma ação judicial.
Quid Iuris?

CASO PRÁTICO II
António fez a Baptista um fato escuro por 500€ e combinaram que Baptista pagaria no final de
junho. No dia 30 de junho, Baptista não dispunha dos 500€. Dirigiu-se, então ao seu amigo
César, a quem o seu Pai havia oferecido as propinas do curso de Medicina, e pediu-lhe ajuda.
César, entendeu que era chegada a hora de se mostrar agradecido para com o seu benfeitor e
celebrou com Baptista um contrato nos termos do qual aceitava pagar a dívida a António no dia
7 de Julho, data em que regressaria de uma viagem de trabalho e procuraria António, a quem
pagaria.
Quid Iuris?

CASO PRÁTICO III


Daniel é possuidor de um documento assinado por Elsa em que esta se reconhece devedora a
Daniel de 15.000€, a pagar em 21 de Julho de 2014. No início de Julho, Daniel recebeu uma
oferta aliciante de trabalho na Arábia Saudita e resolve emigrar. De modo a resolver todos os
seus negócios, Daniel chama Francisco e Gabriel, seus credores, em 900 e em 14.000 euros,
respetivamente, e combina com cada um deles que iriam reclamar os montantes em dívida a
Elsa, a 21 de Julho.
Daniel escreve dois documentos, que Elsa assina, nos quais se declara que Elsa deve pagar a
Francisco 900€ e a Gabriel 14.000€, com fundamento na dívida de 15.000€.
No dia 21 de Julho Francisco reclama o pagamento de Elsa e esta, ainda que contrariada, paga-
lhe, dizendo apenas uma frase enigmática para Francisco “mais vale isto que mais problemas
com aquele pulha”. Alguns dias depois, Gabriel reclama o pagamento de 14.000€ a Elsa e esta
recusa-se, com o fundamento em que o reconhecimento de dívida por si subscrito foi extorquido
por Daniel com coação moral.
Quid iuris?

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