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1- António, por negócio efetuado com Berto, ficou a dever 500€. Como garantia
de pagamento da dívida, António indicou Manuel como garante pessoal
(fiador). Devido a problemas de liquidez, António, à data do pagamento,
propôs a Berto pagar a dívida com a transferência da propriedade de um piano
que valia 700€. Berto aceitou, mas verificou, quando recebeu o piano, que este
estava bastante estragado. Berto quer agora devolver o piano e pedir o
pagamento dos 500€ com o acréscimo de uma indemnização.
Quid Juris?
Pode devolver o piano e exigir o pagamento dos 500€ e a indeminização?
Ver a dação em cumprimento.
Resposta à questão: Artg. 838º. Se o piano estava estragado o credor tem uma de duas opções:
Temos a fiança, o prof Antunes varela que neste caso, o artg. 839º se aplica aos casos de dação
declarada nula ou anulável, mas o que temos aqui é que a coisa entregue tem defeito.
O prof Antunes varela entende que se aplica o artg. 839º, renascendo a fiança.
Só não renasce a fiança se o estrago do piano for imputável ao credor, artg. 839º.
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Resolução de Casos de CNCO – 2017/2018 |Anne Fernandes
2- Maria, por contrato de compra e venda de uma joia, ficou de pagar 400€ a José.
Com o acordo deste, Maria veio a pagar, cedendo a José um crédito de 500€
sobre César, a vencer daí a dois meses. Na data do vencimento, José apenas
conseguiu que César lhe pagasse 300€. Maria entende nada dever a José por
considerar que a sua dívida terá ficado extinta no momento da cessão do
crédito.
a) Quid júris?
Maria é devedora do preço de 400€ e, portanto, José é o credor de 400€.
A obrigação é de pagar o preço.
Se formos pela dação em cumprimento a resposta é uma, se formos pela dação em função do
cumprimento a resposta é outra.
A maria era credora de césar e cede o crédito a José, e cedendo este crédito é como se o José
ocupasse o lugar de maria. Temos uma cessão de crédito, artg. 840º/nº2.
Temos duas hipóteses- a maria está efetivamente a realizar prestação diferente com o
consentimento do devedor:
1) quer extinguir de imediato a obrigação e se assim for temos uma dação em
cumprimento, artg. 837º;
2) quer facilitar o cumprimento e aqui temos uma dação em função do cumprimento.
Se ela quer extinguir de imediato a obrigação, temos (1) uma dação em cumprimento.
Se quis facilitar o cumprimento temos uma (2) dação em função do cumprimento.
Temos de interpretar a vontade das partes e a lei ajuda no artg. 849º/nº2 que tem duas
presunções iuris tantum.
E a que nos interessa aqui é a cessão de crédito que configura uma dação em função do
cumprimento.
E se esta presunção não for afastada, temos efetivamente (2) uma dação em função do
cumprimento.
Se for afastada, as partes dizem expressamente, temos (1) uma dação em cumprimento.
(2) DEFC: quando houve a cessão de crédito, a obrigação de pagar o crédito, a obrigação de
pagar os 400 euros não se extingue, apenas se extingue no momento em que o José cobrar a
César e, se e na medida em que, o César pagar a José.
No nosso enunciado, efetivamente, César só pagou 300€.
Quanto deve a maria? A maria deve 100€. A sua divida era de 400€ e, só vai ficar extinta na
medida em que o credor consiga cobrar o credito, e este só cobrou 300€, faltando 100€.
Se o credor, José, eventualmente, cobrasse os 500€, tinha de entregar à maria os 100€, devido
ao enriquecimento sem causa.
• Há quem entenda que temos um mandato no interesse de ambos, na dação em função
do cumprimento. É um mandato no interesse de ambos, quer do mandante, que é a
Maria, quer do mandatário, que é o José. O José está encarregado de entregar o preço.
O José vai ter de restituir, enriquecimento sem causa.
A obrigação só fica extinta em 300€, faltam ainda 100€. E é a maria que tem de pagar 100€ ao
José.
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Quem suporta o risco de o césar não pagar? Quem suporta o risco da insolvência de César é a
Maria, artg. 587º (o artg. 840º diz “se e na medida em que” remissão para o artg. 587º).
Suponhamos: o José não conseguiu cobrar nada a césar. A maria devia os 400€.
Abel é o devedor de uma entrega de uma antiguidade. Bernardo é o credor. Bernardo veio ao
processo declarar que aceitava – há uma declaração de aceitação da consignação.
Abel quer revogar a consignação e no fundo quer exigir ao depositário que lhe restitua a
antiguidade. Pode revogar a consignação?
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• o credor vier ao processo declarar que aceita, o direito de revogação extingue-se, mas;
• também se extingue através do reconhecimento da validade da consignação por
sentença transitada em julgado.
E basta uma das hipóteses do artg. 845º para se extinguir o direito de revogação.
Por isso, Abel não pode revogar porque o seu direito já se extinguiu artg. 845/nº2.
Transferência do risco?
Tem que ver com o momento do depósito, que é o momento da extinção da obrigação.
Abel ficou em maio de 2016 hospedado num hotel de luís. Ficou devedor de 200€ (Abel devedor
e Luís credor) – 1ª obrigação.
Abel vendeu a Luís um quadro, no preço de 300€ (Abel credor, Luís devedor).
O preço seria pago até 30 de agosto de 2016 – 2ª obrigação.
Em 15 setembro, o Abel escreveu a Luís a dizer que a divida de 15 de maio estava extinta e que
Luís apenas lhe devia apenas 100€ (aqui está a fazer uma declaração de compensação – como
há uma reciprocidade de créditos e dividas, qualquer um deles pode lançar mão da
compensação, e pode ser compensante).
O enunciado diz-nos que é o Abel que lança mão da compensação, logo vamos classificar a
divida de Abel:
O Abel quer extinguir a 1ª obrigação, lançando mão do credito.
A 2ª obrigação, são o contracréditos ou credito ativa.
A 1º obrigação corresponde à obrigação que vai ser extinta, é o credito passivo ou principal.
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Desde logo pressupomos que há uma declaração de compensação de uma parte à outra, porque
a compensação não funciona automaticamente. E a necessidade de haver essa declaração está
no artg. 848º.
Depois temos os pressupostos positivos e negativos.
Pressupostos positivos:
Pressupostos negativos:
Miguel é credor de Luís. E o Miguel em junho de 2016 penhorou o crédito principal, e, portanto,
este credito foi objeto de penhora, incide uma penhora feita por Miguel.
Se aceitarmos a compensação, este credito extingue-se e a penhora fica sem efeito porque o
seu objeto desaparece. E para proteger o Miguel, não podemos aceitar a compensação, mas
desde que o artg. 853/nº2, 1ª parte.
O direito de Miguel nasceu em junho de 2016, mas também temos de ver a data em que os
créditos se tornaram compensáveis (data em que se preenchem os pressupostos da declaração).
No caso, o Abel pode lançar mão da compensação a partir do momento em que o contra crédito
se vence, para extinguir uma obrigação.
Junho de 2016 foi antes de 30 de agosto, então quem merece proteção é o Miguel em
detrimento do Abel.
O Abel não pode lançar mão da compensação porque temos de proteger o Miguel.
Tem um credito sobre uma outra pessoa, tem um credito sobre um terceiro. Dizer que tem um
credito sobre o filho do luís, é só para confundir.
Significa que, tem um credito com outra pessoa (é um terceiro), que não é sua credora.
Abel ficou em maio de 2016 hospedado num hotel de Luís. Ficou devedor de 200€ (Abel devedor
e Luís credor) - 1ª obrigação.
Abel vendeu a João, filho de Luís um quadro, no preço de 300€ (Abel credor, Luís devedor), o
preço seria pago até 30 de agosto de 2016 – 2ª obrigação.
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artg. 851/nº2, 1ª parte, a não ser que se trate de uma hipótese do artigo 585º (remissão), que
é uma exceção a esse pressuposto, o qual pode usar um credito seu contra um terceiro.
• Falta a reciprocidade dos créditos artg. 847/nº1 proemio - O artg. 851º/nº2, 2ª parte,
concretiza este requisito da reciprocidade. “Créditos seus contra o seu credor”, logo,
não é possível.
A não ser na hipótese do artg. 585º, ele pode usar um credito seu contra terceiro.
Já não estava na 1ª obrigação, não é credor, mas já foi credor, e como já foi credor a lei
permite ao Abel invocar a compensação.
Aqui o João não é credor, mas já foi credor, e por isso a lei permite ao Abel de invocar a
compensação.
Embora seja uma situação em que não haja reciprocidade, ela já existiu anteriormente.
Não estamos perante uma novação objetiva, artg. 857º, porque há uma mera modificação da
obrigação.
Desde que verificados estes pressupostos teremos uma novação objetiva que é causa de
extinção da obrigação.
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c) O que acontecerá a este acordo no caso de vir a ser declarada nula a dívida
que foi extinta?
A obrigação primitiva de entregar os 25 mil euros é declarada nula.
E depois temos a nova obrigação que é o projeto.
Se a obrigação que esteve na origem na constituição de uma nova obrigação, temos o artg.
860º/nº1 que se refere à primeira obrigação.
Se a obrigação que estava na origem da nova obrigação é nula, esta ultima fica sem efeito.
Hipótese 1: já realizou o projeto - pode o Abel exigir de César a restituição do projeto nos termos
do enriquecimento sem causa.
Hipótese 2: se não realizou o projeto - pode o Abel recusar a realizá-lo legitimamente sem que
daí decorram consequências jurídicas para si.
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7- Miguel ficou a dever ao seu pai 600€. À morte do pai, Miguel, único herdeiro,
sucedeu na herança do pai.
Credito (do pai a favor de Miguel) serviu de garantia de uma divida que Artur tinha perante
Samuel. O pai de Miguel vai garantir (penhor) um divida de terceiro (Artur).
Se o crédito se extinguir por confusão, o que acontece à garantia que Samuel beneficia?
Se Artur não pagar, S executa esta garantia, vai exigir do Miguel o cumprimento da obrigação.
Se a obrigação ficou extinta, o Samuel, se o Artur não pagar, não pode exercer esta garantia
contra Miguel. Mas a confusão não pode prejudicar terceiro, artg. 871/nº1.
Artg. 871/nº2: se houver a favor de Samuel, porque ele tem penhor sob o credito, o crédito
subsiste, não obstante da confusão.
Vamos supor que a divida de Artur e Samuel é de 100€, e a garantia era de 600€. A obrigação
extingue-se na medida de 500€, para sobrar 100€ para o Samuel.
c) Quid júris no caso de Miguel ter adquirido o crédito por testamento e este
vir a ser declarado nulo?
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A divida relativa as rendas de janeiro e fevereiro, esta prescrita? Temos de saber o prazo,
quando se começa a contar, e quando se suspense ou interrompe o prazo.
Quando foi citado A? Maio 2017. Seria em janeiro e fevereiro de 2017. Já estão prescritas?
Sim, porque o prazo ordinário é de 5 anos, e somando, a citação interrompe a prescrição, mas
no nosso caso aconteceu tarde de mais. Porque interrompe? Porque é o que diz o 323º/nº1.
Artg. 306º/nº2: o prazo de prescrição começa a decorrer quando o credor (…) vencimento
pode exigir.
Artg. 326/nº1: recomeçar a contagem do prazo no ponto zero, 12/2012+ 5 anos. No momento
da citação a divida ainda não estava prescrita. Quando ele é citado em maio de 2017, a divida
ainda não estava prescrita. Aqui temos um novo facto interruptivo.
c) Quid júris no caso de Artur ter pago em março de 2017 depois de ter
invocado a prescrição, mas sem saber que podia não ter pago?
Questão da divida natural, artg. 327º - só recomeça a contar quando há decisão transitada em
julgado, pois se o processo demorar em 20 anos, “foi-se”.
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1- Abel, devedor capaz, cumpriu uma obrigação existente para com Raul,
entregando-lhe um móvel pertencente a Serafim. Quer Abel, quer Raul
desconheciam que o objeto pertencia a Serafim. Pode haver impugnação do
cumprimento?
Situação de entrega (e não venda) de bem alheio.
Abel Esta a cumprir com a sua obrigação. Aplicamos o artg. 765º/nº1?
Qual dos números – pode haver impugnação do cumprimento?
Nº1, o credor pode impugnar porque esta de boa fé. Até pode cumular essa impugnação com
a indemnização pelos danos sofridos.
Resposta: sim, pode impugnar, desde que ele entregue o móvel que foi efetivamente objeto
do C/V, móvel pertence dele, a Abel. Pois aqui está a cumprir com a coisa “sua”, coisa devida.
Está a cumprir com a sua obrigação.
Isto é um caso em que não há venda alheia.
2- Supondo que Abel devia uma coisa fungível, a obrigação foi, contra a sua
vontade, cumprida por César, que conhecia a dívida de Abel, não tendo ele
qualquer interesse no cumprimento. Poderia Raul recusar recebê-la sem entrar
em mora do credor?
O Raúl será que pode recusar? Pode recusar. Aqui, o que esta em causa é quem é que pode
recusar a prestação (legitimidade passiva do cumprimento)
Pp geral, - a prestação pode ser realizada tanto pelo devedor, como por terceiro, artgs.
767/nº1 + 768º.
O credor não pode recusar, nos termos do artg. 768º/nº1, sob pena de incorrer em mora do
credor, artg. 813º.
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Parece estar a dizer que não é uma hipótese do artg. 592º- então, pode recusar? Porque o
devedor se opõe, e o terceiro não pode ficar legalmente sub-rogado nos termos do artg. 592º -
sem incorrer em mora do credor.
Resposta: sim, pode recusar, sem incorrer em mora do credor.
3- Suponha que Raul estava ausente, tendo o objeto sido entregue a Pedro, seu
vizinho e não tendo este quaisquer poderes para o receber. Terá Abel de
cumprir novamente?
Não era representante voluntario.
Legitimidade ativa para o cumprimento, perante quem deve ser prestada a prestação?
Artg. 769º: a prestação só pode ser realizada ao credor ou ao seu representante.
Não tem representante, artg. 770º proemio – cumprimento feita ao terceiro não extingue a
obrigação.
Abel vai ter de cumprir novamente, agora perante o credor ou seu representante.
Exceção ao artg. 770º - al b) + 464º (gestão de negócios, artg. 368/nº2): necessidade da
ratificação do credor ou; quando paga mal, ao pedro, poderá pedir a restituição daquilo foi
prestado.
Resposta da aula:
Artg. 885/nº1 – deveria ser pago no lugar da entrega dos sapatos.
• Nomra supletiva especial: se é na fabrica, o comprador tem que se deslocar à fabrica
- divida de deslocaçao.
Especiais: ir às normas supletivas especiais, por exemplo, (remissoes), C/V, artg. 885º, locaçao
artg. 1039/nº1; deposito artg. 1195º; empreitada, artg. 1211/nº2; Sucessão, artg. 2270º
(cumprimento de um legado, sucessao testamentaria).
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Normas Gerais: entrega de coisa movel, artg. 773º ; obrigações pecuniarias, artg. 774º (ao
tempo do que? do cumprimento).
Artg. 775º (credor) e artg. 772º/nº2 (devedor) - deveres laterais de aviso, de boa fé, em
qualquer um deles.
Resposta:
Norma especial: c/v, artg. 885º/nº1 – o artg. fala da obrigação de pagar o preço, e o caso fala
da obrigação da entregar dos sapatos, nao podemos recorrer a esta norma especial.
Norma Geral: entrega de coisa movel, artg. 773º/nº1 – deve ter lugar onde a coisa se
encontrava ao tempo da conclusão do negócio. Nao faz sentido aplicar este artigo, pois os
sapatos ainda nao tinham sido fabricados, quando foram encomendados.
Mas temos o artg. 773/nº2 “coisa generica que deva ser escolhida num conjunto
determinado ou de coisa que deva ser produzida em certo lugar.
Resposta da aula:
Nao haveno estipulação, aplicamos o artg. 773º/nº2: pois esta em causa entrega de coisas
genericas limitados/ determinados, pelo que, por força deste artg, esta prestaçao deveria
tambem ser realizada na fabrica de Francisco, artg. 773/nº1 e 2.
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d) De que modo deve cumprir Francisco, caso tenha que enviar (“dívida de
mero envio”) para Faro 100 pares de sandálias de certo modelo?
Lugar do transportador - (ou expedidor) obrigaçoes de remessa ou de envio simples.
Quando se convencionar que é no lugar do transportador, é remessa ou envio simples.
Artg. 797º - o risco transfere-se quando se entrega ao transportador.
Resposta: Francisco cumpre a sua obrigação, no momento que entregar os 100 pares de
sandálias no lugar transportador.
Segunda Questão:
Prazo essencial absolutamente fixo?
Entregar em certa data, não parece pela natureza da prestação ser um termo essencial
absoluto. É um termo certo, mas quanto a essencialidade parecer ser relativo, o que quer dizer
se ele não cumprir na data inicial, há ainda interesse no credor do cumprimento tardio, e
apenas incorrera em mora do devedor.
Terceira Questão:
No caso que faleça António sem cumprir – temos uma obrigação, “cum potuerit” artg.
778/nº1: o credor pode exigir o cumprimento dos seus herdeiros, sem ter de demonstrar que
é (…)
Si volerit – cumpre se quiser.
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Artur- a insolvência tem de ser atual e efetiva, não tem de ser judicialmente declarada, os
artgs. 780º e 781º não se aplicam.
Outra hipótese, seria o credor nada fizer e esperar que se vencesse a primeira prestação.
Aqui, se a primeira não é paga, nos termos do artg. 781º, podia exigir de imediato as restantes.
Ou seja, exigir de imediato os 800 euros. A doutrina dominante, entende que é uma
exigibilidade imediata.
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Preço vendidos a um comerciante a um não comerciantes – artg. 317º, b), 1000 euros.
2 anos.
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Quer extinguir a sua obrigação natural, e para isso usa um contracrédito de uma divida civil.
Ao contrario não dá. Quem decide se cumpre a obrigação natural é o devedor e não credor.
Quem toma a iniciativa deve ser o devedor natural, artg. 847º/nº1, al a).
Noção Obrigação natural – 402º
Segunda Questão:
Fazer uma dação em cumprimento?
Tem se entendido que sim, desde que seja espontânea, que preencha o pressuposto do artg.
403º. Porque exige a espontaneidade esse artigo. Livre de dolo, Antunes varela, livre de vicio.
O erro não tira a espontaneidade.
2- Ana, Luís e Clara vincularam-se a pagar 600€ a Dora no regime menos favorável
à credora. Ana, demandada para o pagamento da totalidade da dívida, foi
absolvida com fundamento em coação moral. Dora dirige-se a Luís pedindo o
pagamento dos 600€. Poderá fazê-lo? Tendo sido convencionado o regime
mais favorável para Dora, que direito poderá exercer o cumpridor Luís,
sabendo-se que Dora só podia pedir a Clara a sua parte na dívida e que Ana foi
absolvida? A resposta seria a mesma no caso de Ana estar apenas insolvente?
Primeira Questão:
Ana, Luís, Clara vincularam-se de pagar a quantia 600 euros ------------------- Dora (credor)
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Segunda Questão:
Regime da solidariedade.
Sabemos que o Luís cumpriu. Podia invocar o caso julgado? Não pode usar o argumento dos
200 euros. Não pode porque tem um argumento pessoal, artg. 522º.
Agora o Luís, em termos de direito de regresso, artg. 524º, será que pode acionar A e C, e em
quanto?
Clara- artg. 527º: cota de C, 200 + 100 (A) = pode acionar 300 euros, por força artg. 526º.
Ana – Coação moral: não vai conseguir exercer o seu direito de regresso. O artg. 526º diz que
a cota de A, de 200, vai ser dividida pelos restantes, por L e C, ou seja, 100 e 100 euros, por
força deste artg. 516º - cota dividida proporcionalmente.
Terceira Pergunta:
Luís - suporta a sua cota 200 + 100 (A)? Artg. 526? Sim, por força do artg. 526º vai suportar +
do que a sua cota.
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Acordo das partes: ou se entende que as partes convencionaram que bastava a separação
para haver concentração, ou será preciso cumprimento?
Artg. 541º (primeira causa da concentração) – não interessa o que foi acordado, porque no
dia 15 cobrou à disposição. No dia 15 já tinha havido concentração e o incendio foi dia 17 –
com a concentração, a obrigação passa de genérica a especifica, e há transferência do direito
real, artg. 796/nº1: quem suporta o risco é o credor, o devedor não tem de entregar o vinho,
artg. 408/nº2. Mas o credor tem de pagar o preço.
Artg. 813º temos mora do credor – também é uma causa de concentração, mas ocorre depois
de haver concentração.
Pp da integralidade, se o devedor quiser realizar a prestação na integra, o credor não pode
recusar, artg.763/nº2, sob pena de mora do devedor.
Codevedor – cognição em deposito.
Segunda Questão:
Artg. 540º: se o incendio furtuito, tivesse ocorrido antes da concentração
Obrigação de género ilimitado – uma vez que o incendio foi antes da concentração.
Artg. 540º: diz que a obrigação de Abel de entregar os 1000 litros não se extingue, logo ainda
esta obrigado a entrega-los. (pode ser sob)
Se for obrigação de género limitado- ele não esta interessado no vinho de mais nenhum
produtor, logo, extingue-se a obrigação e não tem de entregar os 1000 litros. (indivisível)
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5- Por contrato celebrado, em 2012, entre António e Berto, este ficou obrigado a
pagar ao primeiro 1.000€. O cumprimento ocorreria em meados de 2016.
Poderia António exigir uma atualização da obrigação, tendo em conta a
desvalorização da moeda ocorrida entre 2012 e 2016? Suponha que António
emprestou a Ricardo 4.000€, por cinco anos, com juros anuais de 8% e sem
prestação de qualquer garantia. Mutuante e mutuário acordaram que os juros
que não fossem pagos no termo de cada ano seriam imediatamente
capitalizados. É válida esta estipulação?
Primeira Questão:
Obrigação pecuniária – noção + de soma ou de qualidade – noção.
Pp nominalista, artg. 550º - a não ser que haja acordo de correção de moratória.
Segunda Questão:
Mutuo – coisa fungível: neste caso é oneroso – juros.
Comodato – coisa infungível
Juros de 8%
Capitalização.
Obrigação de juros, artg. 559º - A: não há garantia, logo o limite é de 5% + juros legais, artg.
559/nº1 – Portaria 291/2013 – 4%
Logo, 4% + 5% = 9%
A outra clausula tem que ver com o anatocismo: não pode haver concentração antecipada,
tem que ser clausula estipulada do vencimento.
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Grupo I
a)
João é devedor de Filipe de 100€ (mútuo) dação em função do cumprimento (não está a
extinguir a obrigação; só vai extinguir se e na medida em que o Filipe receba de Miguel pelo
menos os 100€). Noção de dação em função do cumprimento: necessidade de consentimento
e se a presunção fosse afastada tínhamos uma dação em cumprimento (a obrigação do
cumprimento seria extinta no momento em que fosse feita a cessão) – artg. 779º do Código
Civil
b)
Filipe está a tentar fazer uma compensação. A obrigação que ele quer extinguir é o pagamento
dos 30€, usando um contracrédito (100€). O contracrédito ainda não é exigível (é só em
dezembro de 2016 – dois meses depois das datas todas) – artg. 847º/1, a) do Código Civil.
Muito embora os créditos fossem homogéneos.
Grupo II
b) Prazo certo (termo certo). É essencial, subjetivo (foi estipulado) e absoluto. Tem um
termo resolutivo e não suspensivo (“cumpre ATÉ ao dia tal”). É preciso explicar os
conceitos
c) Prescrição presuntiva – artg. 885º do Código Civil (o momento deve ser pago na
entrega da coisa). É a partir deste momento que se começa a contar o prazo da
prescrição – artg. 306º/nº1. Começamos a contar desta data o prazo de 2 anos – artg.
317º/b) prescrição presuntiva assenta na presunção do cumprimento e só é afastada
por confissão expressa ou tácita
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Grupo III
Conclusão:
Teresa = 2.000 (João) + 666 (A) -> pode segundo o artg. 526º
= 666 -> C
= 2.000 (Joana) + 666 (A) -> Joana
J ----- a T ?
8.000 euros
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3- Berto não quer restituir ao seu vizinho Luís uma das suas vacas enquanto
Luís não lhe pagar os prejuízos causados pelo animal nas suas culturas.
Poderá fazê-lo?
Contrato promessa, da sua resolução, o promitente vendedor intenta uma ação contra o
promitente comprador, exigindo que seja exigido o pagamento de 100 euros desde a citação,
associado a obrigação de restituição o imóvel na resolução do contrato.
Será que pode forçar o promitente comprador? Sanção pecuniária compulsória, artg. 829, a).
Serve para forçar o cumprimento de obrigações de facto, infungíveis.
Entrega do imóvel é prestação de coisa, de facto, é perfeitamente fungível, pois é possível
intentar uma ação de condenação da entrega da coisa.
Sendo fungível falha o mecanismo da sanção pecuniária compulsória.
Caso de cirurgião, artista plástica, pintor, não dá por causa da natureza da coisa. Não para
obrigar a cumprir.
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Caso concreto – não se transferiu, pelo que só vai receber o preço de 10, uma vez que o
vendedor era ainda o proprietário das cadeiras, suporta o risco das 10 cadeiras que perdeu.
Caso contrario – artg. 796º, o que acontece o vendedor entrega 10 cadeiras e recebia o preço
de 20. Mas não é o caso. Uma vez que não houve transferência do direito real aplicamos o
artg. 793/nº1, e não o artg. 796º.
O caso ainda não terminou, porque isso é assim se o vendedor tenha interesse que seja assim.
e se comprador tiver interesse
Resolução tem eficácia retroativa, artg. 434º, repristinatória, artg. 433º +289?
Mais uma vez a doutrina entende que aqui é mais justo aplicar o artg. 795º/nº1, que é mais
justo aplicar o artg. 795/nº1, e, portanto, a restituição faz-se apenas nos termos do
enriquecimento sem causa.
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Véspera – superveniente.
No caso de impossibilidade de cumprimento, impossibilidade superveniente, absoluta, porque
esta sem voz, ou os médicos não deixaram sair de casa.
Subjetiva, só ele que não pode atuar naquele lugar, em pp não extingue a obrigação, a não ser
que seja infungível, artg. 792º, isso significa que a impossibilidade temporária, o devedor não
responde pela mora no cumprimento.
Mas com o regime da objetiva, é total e definitiva, depende da data do espetáculo fixo ou
absoluto a partida. A obrigação, artg. 790/nº1, extingue-se.
Temos um contrato meramente obrigacional. Ora nos contratos bilaterais o que acontece a
contraprestação? Depende, temos aqui um contrato meramente obrigacional, artg. 795/nº1.
E não, não vamos aplicar o artg. 796º (contratos reais).
Porque o artg.795/nº1? Porque o credor não tem de realizar a contraprestação. Se já a
realizou, vai ter o direito de exigir do cantor a sua restituição, mas apenas nos termos do
enriquecimento sem causa.
• Imagine que na pergunta já tinha recebido a contraprestação, reservado hotel, ele vai
abater ao valor restituído, as despesas que ele teve. O valor da contraprestação + as
despesas que ele teve por causa do espetáculo.
Se o caso referir uma asseguradora, ou um terceiro que atropelou a cantora, temos de nos
lembrar sempre o comodo da apresentação? Quantia que é paga pela asseguradora, terá
sempre de pagar a quantia da contraprestação. Pode o credor exigir essa quantia que o
devedor receber e exigir a contraprestação. Nem em todos os casos pode lançar mão do artg.
794º, nos contratos reais o direito real já se transferiu.
De qualquer forma, o BP quando por força deste evento que impossibilita este evento o
incumprimento, artg. 483º ou 500º, responsabilidade extracontratual, o BP entende que não
que o devedor se substituir a esse direito. Artg. 794º, não faz sentido fazer funcionar o
comodo de representação. Contra o autor da lesão.
Esta obrigação de entregar o quadro, pressupõe que também, o quadro ainda não pertence ao
bernardo. Ainda não é dele, pertence ainda à herança. Herança jacente.
Esta obrigação de entrega o seu incumprimento é impossível. Porque? Há uma impossibilidade
superveniente (…) e é inimputável ao devedor, temos aqui um caso infrutuito de força maior
aplicamos os artg. 791º e ss. A obrigação de entregar o quadro extingue-se. Ainda que não se
coloca a questão de contraprestação, pode-se colocar a questão do comodo de apresentação,
e, portanto, terá o direito de receber da asseguradora a quantia, apenas, que corresponde ao
valor do quadro, e não a totalidade paga pela asseguradora.
E parece mais justo que ele receba apenas a quantia que corresponda ao valor do quadro, nos
termos do enriquecimento sem causa.
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8- Luís, antiquário, contratou Bento para lhe restaurar um Santo António. Luís, à
última hora, decidiu não cumprir o contrato com Bento, contratando, por melhor
preço, Bernardo. Bento quer que Luís lhe pague a contraprestação fixada. Terá
direito a essa pretensão?
9- Abel comprou a Bernardo, por 600€, uma mesa para a sua sala de jantar.
Ficou estipulado que o comprador iria buscar a mesa em certo dia e hora.
Abel, atarefado com os preparativos do casamento da filha, esqueceu-se
do acordo feito com Bernardo. Passados dois dias do prazo de entrega
estabelecido, Bernardo, por descuido grave, provoca um incêndio no local
onde estava a mesa, ficando esta completamente destruída. Terá Abel
direito a ser indemnizado?
Credor – entrega da mesa. Tem de se deslocar ao domicilio do devedor.
Em que o credor não colabora de alguma forma, mas o cumprimento ainda é possível. Aqui,
ele apenas retarda, atrasa o cumprimento.
Mora do credor, requisitos, quando o credor sem motivo justificado. Não há motivo
justificado, porque esqueceu-se. Uma divida de procura. Pertinência ao que diz respeito ao
lugar do cumprimento.
Artg. 813º - mora do credor.
Regime jurídico – o relevante é que temos aqui um incendio provado pelo devedor, e é
provocado com um descuido grave, quando o credor esta em mora, a mora do credor
efetivamente destina-se a proteger o devedor, mas quando este merece. Artg. 814/nº1 e
815/nº1.
Esta norma aligeira, mas atenua, a responsabilidade do devedor pelos danos causados na
coisa. E, portanto, vai aligeirar por culpa leve, apenas. A letra do preceito parece também
abranger a culpa grave. Mas a doutrina, equipara ao dolo a culpa grave, portanto, artg.
814/nº1, atuação com dolo, ou culpa grave, o devedor responde. Só não respondera se atuar
com culpa leve.
Caso – culpa grave. Temos um descuido grave, é uma negligencia grosseira ou culpa grave,
pelo que significa que que não vai ser excluída a responsabilidade, doutrina, não obstante a
responsabilidade da mora do credor.
Calcular o montante da indemnização – prof ensina mais tarde.
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Nota: se fosse, por exemplo, tópicos de resposta, doença, o prof Batista Machado há uma
dificuldade em o credor em cooperar. Mora do credor com motivo justificado, com regime
diferente que não é tao credor para o credor, que não seria justo. Mas não é o caso.
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Artg. 800º.
Abel é empreiteiro.
Para responsabilizar A nos termos do artg. 800º, é preciso demonstrar desde logo que o
Serafim, quer responsabilidade contratualmente e objetivamente A pelo comportamento de S
ao abrigo do artg. 800º.
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Artg. 800º – só responder pela atuação de S, terceiros, se forem auxiliares. O credor vai
responder objetivamente sem culpa, mas não responde contratualmente.
Porque S teria de ser auxiliar de A.
Há apenas uma relação de auxilio, se aqui houvesse apenas uma C/V, se recorresse apenas ao
S para entregar, era diferente.
4- Luísa, dona de um quadro, que vale 1.500€, vendeu-o a Clara por 1.000€. A
vendedora, por negligência, não pode entregar o quadro. A que indemnização
compensatória tem direito Clara, supondo que comprou o quadro para
decoração? E se o quadro de Luísa tivesse sido trocado por um anel de Clara,
com o valor de 750€?
Primeira Questão:
Obrigação de entregar o quadro. A devedor de entregar, é a vendedora. E por negligencia não
pode entregar. Incumprimento imputável ao devedor, artg. 801º.
Indemnização compensatória, é que vai ter direito clara.
Supondo que comprou o quadro para decoração, e não revenda (apurar lucro cessante). Logo
dano emergente.
Contrato bilateral, o credor tem a possibilidade pequena indemnização ou indemnização
compensatória. Neste caso o enunciado que optou pela indemnização compensatória ou
grande indemnização. Calcular a indemnização, a contraprestação ela tem que realizar é uma
quantia em dinheiro, e não uma troca.
Indemnização, artg. 801º/nº1, 798º, e 566º/nº2, teoria da diferença.
Abrangem-se os danos emergentes e os lucros cessantes, 564º.
Na indemnização compensatório, critério do interesse contratual positivo, ou seja, vamos
calcular o credor na situação que hipoteticamente estaria se o contrato tivesse sido cumprido.
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E, portanto, calcular os danos que resultam do não cumprimento do contrato por parte da
Luísa.
Cabe quer danos emergentes positivos quer lucros cessantes positivos.
Ela sofreu danos emergentes positivos.
Valor do quadro – valor do preço. 1.500 euros – 1.000 euros = 500 euros.
Danos emergentes positivos de 500 euros.
Não temos elementos para mais nada.
Segunda Questão:
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Calculo da indemnização
Jurisprudência dominante e doutrina tradicional defendem a aplicação do critério do
interesse contratual negativo, ou seja, ao indemnizar, vamos colocar o credor na situação em
que ele hipoteticamente estaria se contrato não tivesse sido celebrado. Ou seja, vamos reparar
os danos que resultam da celebração do contrato.
Valores do caso:
60 euros, danos emergentes, diz a doutrina tanto positivo como negativo. As despesas para a
resolução? livro.
Lucro cessante negativo – 4.500 euros subtrair – valor da escultura, 3500 euros = 1000 euros.
Total da indemnização = 1060 euros.
Se pelo contrario, aplicarmos a tese aderida, com cada vez mais adeptos, Ana prata, Ana Paula
pinto, BP, não dizer que ele mudou de opinião. Interesse contratual positivo, ou seja, vamos
colocar o credor na situação que hipoteticamente estaria se o contrato tivesse sido cumprido.
Ou seja, vamos reparar os danos que resultam do não cumprimento do contrato.
Lucros e danos positivos.
Danos positivos – 60 euros com a resolução.
Lucros cessantes positivos – 4.700 euros – 3.500 = 1.200 de lucros cessantes positivos + 60
euros = 1.260 euros no total.
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Opção de resolver – esta resolução do artg. 802º é mais simples da solução do artg. 793º.
Porque aqui temos um incumprimento ao devedor, portanto mais fácil ao credor. A não ser
que o cumprimento tenha escassa importância, o que parece.
Não parece que fosse excessivo resolver o contrato. (se fosse cadeiras, ou 3 cubos de açúcar,
já era)
Tem direito a uma indemnização nos termos do artg. 801/n2 + 801/nº1 segunda parte.
Calculo da indemnização, havendo resolução – interesse contratual positivo ou negativo.
A mesma questão.
Danos emergentes (usar, se fosse para revender era lucros cessantes).
7- Abel mutuou a Joaquim 500€ por dois anos e a uma taxa de juro de 6%.
Joaquim só veio a restituir o dinheiro passados três anos. Abel quer ser
indemnizado, mas Joaquim alega que o mutuante não sofreu qualquer dano.
Quid júris? Poderia Abel resolver o contrato caso Joaquim não pagasse os juros
no fim do primeiro ano do empréstimo?
Primeira Questão:
Segunda Questão:
Em pp, o não pagamento dos juros não permite resolver o contrato, a não ser, artg. 1150º,
excecionalmente permite ao mutuamente a resolução por não pagamento dos juros
moratórios.
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Segunda Questão:
Para resolver temos de estar perante um incumprimento definitivo. Era preciso que a mora do
devedor tivesse sido transformada incumprimento definitivo (se essa interpolação
transformou ou não em incumprimento definitivo, artg. 808º, ou perda objetiva do interesse
no cumprimento da obrigação, ou porque uma interpelação comunitária:
1) Interpelação;
2) Fixação de um prazo razoável.
3) Cominação, ameaça, foi isso que faltou. Por isso estamos perante mora do devedor).
Logo não há incumprimento.
Falta a cominação, falta a ameaça, há apenas um mero atraso, não pode o credor resolver.
Este Artur entrega a C as pipas, é obrigado a aceita, tem sempre de comunicar.
Não poderia resolver o contrato, porque ainda estava numa situação de mora do devedor. E é
obrigado a receber as pipas, sob pena da recusa resultar em mora do credor.
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Tem de lançar uma AEE, artg. 830º, uma ação declaração constitutiva em que o tribunal vai
suprir a declaração negocial faltoso, do promitente vendedor.
Em pp há lugar, por violação do CP/CV. Mas há caso que não é possível, um desses casos é a
convenção das partes, artg. 830º/nº1. E elas convencionaram isso. Mas nessa hipótese temos
um caso de uma AEE imperativa, artg. 830/nº3 + 410/nº3, as partes não podem afastar nem
tacita nem expressamente. A clausula expressa nesse contrato viola uma norma imperativa,
logo é nula.
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1ºquestão: resolução
2ºquestão: perda do beneficio do prazo.
Primeira Questão:
(por na matéria)
o contrato de C/V onde há transferência do direito real e entrega da coisa – artg. 886º - se o
comprador não pagar o preço, neste caso, não pode resolver o contrato.
Para que possa resolver com falta de pagamento do preço o vendedor reserva a propriedade.
Artg. 886º - se houver reserva de propriedade pode haver resolução, pode o vendedor
resolver o contrato com fundamento da falta de pagamento do preço quando há entrega da
coisa
Mas, artg. 934º – venda a prestação com reserva de propriedade e entrega da coisa, o
vendedor não pode resolver o contrato com fundamento na falta de uma prestação que não
exceda a 8º parte do preço.
Se faltasse uma prestação inferior á oitava parte do preço – faltava 1/10, o que é inferior a 1/8.
Logo, podia-se aplicar o artg. 934º, não podendo resolver o contrato.
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Ora, no caso ele não pagou duas. Logo, não se aplica o artg. 934º, logo, pode haver resolução.
Nem o artg. 934º, nem o artg. 886º proíbe.
Segunda Questão:
Para se aplicar o artg. 934º quanto á perda de beneficio do prazo é necessário existir uma
venda a prestações e entrega da coisa. A reserva de propriedade é irrelevante.
Faltam duas, logo aplica-se o artg. 781º.
Faltando um destes pressupostos, não se aplica o artg. 934º e, á partida, há resolução. A não
ser que se preencham os pressupostos do artg. 886º (transferência do direito real e entrega),
que também proíbe a resolução.
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a) Se não há nada para nos quando o garante fica arruinado – fiador artg. 633º perda do
beneficio do prazo;
Se ele não esta a cumprir e é o que deve cumprir em 1º lugar – artg. 429 causa de
exclusão de ilicitude. Artg. 804º: fundamento para invocar o artg. 429º, porque há
mora do devedor, incumprimento ilícito.
Há perda de beneficio do prazo quando há risco de insolvência, preciso que o devedor
reforce as garantias: só se não reforçar é que há perda do beneficio do prazo.
Artg. 429º - devedor que tem de cumprir em 1º lugar (é o caso), pode recusar cumprir
sem incorrer em mora do devedor, enquanto o credor não reforçar garantias ou
cumprir simultaneamente.
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Caso 2.
Contrato de promessa de compra e venda bilateral.
Cláusula penal. Tradição.
Recusa categórica.
a) Para sabermos se podemos lançar mão de uma ação de execução específica – mora do
devedor ou recusa categórica. Estamos perante um caso de recusa categórica.
Artg. 830º – não há lugar a ação de execução específica quando há convenção das
partes. Neste caso temos uma convenção tácita. Não obstante a cláusula penal, podia
por causa da tradição. Aqui não valia o afastamento tácito do artg. 830º.
Pode continuar dono do barco.
Caso 4.
Vendedor (devedor da entrega da coisa)
a) Temos uma impossibilidade da entrega da coisa inimputável ao devedor.
5 características + a obrigação extingue-se – artg. 790º/1.
O comprador tem que pagar o preço? Trata-se de um contrato real, artg. 796º/nº2.
O comprador não tem que pagar o preço.
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Caso 3.
a) Obrigação simultaneamente alternativa e genérica. Para ele é indiferente ser qualquer
um dos automóveis. Para ele é indiferente ser de décadas diferentes.
b) Através de uma ação de condenação; artg. 817º ação de execução específica, mas
neste caso não era possível porque a prestação é de facto; artg. 829º-A sanção
pecuniária compulsória era possível, porque estamos a falar de uma prestação de
facto infungível e positiva; exceção de não cumprimento do contrato, mas para isso
era preciso que o hotel tivesse que pagar a antes, mas não está, logo esta opção
também não dá; cláusula penal, mas para isso é preciso ter poder negocial (as
cláusulas têm que ser aceites)
c) Artur tem que realizar a contraprestação? Temos uma impossibilidade por facto
imputável ao devedor (Artur). Superveniente, objetiva, absoluta (...) artg. 790º/nº1.
Temos um contrato bilateral. Artur tem que pagar o preço das suas aulas
artg. 795º/nº2. No enunciado não fazia referência ao benefício da escola, mas
devemos falar sempre disto, portanto deve abater a quantia.
Resolução: tem eficácia retroativa e restitutiva e nem Artur nem Romeu não tem que
entregar o automóvel
Pequena indemnização: interesse contratual negativo (noção) não temos
elementos para fazer as contas; interesse contratual positivo (noção) temos apenas
dados para calcular os danos emergentes positivos (a diferença de valor entre os dois
automóveis que é de 2.000€.
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