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PARÁBOLAS QUE TRANSFORMAM VIDAS

Pe. MARCELO ROSSI

Introdução

Este livro responde a um apelo que muitas pessoas fizeram ao Pe.


Marcelo M. Rossi, insistindo que escrevesse as histórias utilizadas
por ele em suas instruções e na formação religiosa dos fiéis que
freqüentam o Santuário do Terço Bizantino. Quero manifestar a
alegria em ver tantas pessoas chegarem a um sentido mais
profundo da vida, através destas histórias tão simples e cativantes.
As histórias, contadas em vista de uma realidade concreta, nos
ajudam a compreender a mensagem que se deseja transmitir, ou
melhor, nos predispõem a abrirmos o coração para as verdades
comunicadas pelo Senhor e a traduzi-las em nosso cotidiano. São
como símbolos que apontam para algo maior e atestam a vontade
de conhecer sempre mais e de modo mais amplo a Palavra de
Deus. Por isso mesmo parabenizo o fato de se ter colocado, na
abertura de cada uma destas histórias, uma passagem bíblica, que
constitui uma referência iluminadora e fundamental, para a qual elas
nos desejam orientar. Rogo as bênçãos de Deus sobre o autor e os
leitores desta obra, para que possam, através dela, buscar viver
sempre mais perto de Deus reconhecendo sua bondade e seu amor
para conosco.

D. Fernando A. Figueiredo Bispo de Santo Amaro-SP.

Prefácio

Desde o ano passado no programa “Momento de fé”, transmitido


pela Rádio Globo, eu pedi às pessoas que me enviassem
historinhas que tinham tocado suas vidas. Recebi centenas e
centenas de breves e belíssimas histórias. Li muitas delas em
nossos programas e selecionei outras que compuseram este livro.
São histórias que se contam por aí, creio mesmo que muitas podem
ser encontradas na “internei”. Algumas me impressionaram, por
trazerem uma mensagem de vida, e que nos levam a uma atitude de
vida em relação a Deus e aos nossos semelhantes. Histórias que
não só nos emocionam, mas nos interrogam e nos levam a crescer
num sentido mais profundo da vida. Eis a razão pela qual escolhi
dar como título desta obra: Parábolas, pois me vinha à mente as
histórias que Jesus contava ao povo para levá-lo a uma nova vida
em Deus. “Parábolas que transformam vidas”, é o título deste livro
para o qual rogo as bênçãos do Senhor. Que ele possa ser um
instrumento digno de evangelização e, na graça Divina, uma força
interior de transformação. Por esta razão, no início de cada história,
há sempre uma passagem bíblica inspiradora que deve iluminar
toda nossa leitura. No final há um pensamento de um santo da
Igreja, ajudando-nos a seguir sempre mais os passos do Divino
Mestre. Quero agradecer minha irmã Marta, pela ajuda na escolha
das histórias e o apoio do meu bispo D. Fernando Antônio
Figueiredo, para cujas obras diocesanas destino parte do resultado
da venda desta obra. A outra parte é destinada às obras do
Santuário. Que este livro seja uma ajuda em sua oração diária e
você experimente, em cada história, o quanto Deus ama você.

Pe. Marcelo M. Rossi

Disse Jesus: “Não julgueis e não sereis julgados. Pois com o juízo
com que julgardes, sereis também vós julgados; e com a medida
com que tiverdes medido, também vós sereis medidos”. (Mt 7,1-2)

1 • O PEDREIRO

Antônio era um funcionário dedicado, que estava prestes a se


aposentar. Ele foi um dos primeiros a trabalhar na maior construtora
da região. O dono dessa construtora muito famosa, era justo e
bondoso, e quis fazer uma surpresa a seu funcionário. Ele chamou
Antônio em sua sala e lhe disse: “Antônio, eu tenho uma missão
muito especial para você. Eu quero que seja construída uma casa
com muito capricho, usando o melhor material. Não se preocupe
com o custo. Que nada falte a esta casa, pois é um presente
especial que quero dar a uma pessoa muito querida… Ah, e faço
questão de lhe pagar à parte por esta construção”. Antônio ficou
aborrecido, e disse consigo mesmo: “Justo agora que vou me
aposentar, serei obrigado a construir esta casa. E logo uma casa tão
especial, que o próprio dono pediu para ser a melhor que eu já fiz”.
Muito irritado, começou a construir a casa, mas sem cuidado
nenhum, usando até material de segunda. A raiva que ele estava do
patrão era tão grande, que em pouco tempo, terminou a pior casa
que já havia feito em sua vida. Antônio foi falar com o dono da
construtora, para receber o seu dinheiro e ficou surpreso, quando foi
convidado para, na semana seguinte, entregar a chave ao novo
proprietário. Era um domingo, vários funcionários lá estavam
quando Antônio chegou. Havia um palanque montado e uma
multidão o aguardava. Convidado a subir no palanque ao lado do
dono da construtora, Antônio ouviu as primeiras palavras que ele
disse: “Esta casa foi construída pelo meu melhor funcionário e com
o melhor material já utilizado. Apesar de ter se aposentado na
semana passada, mesmo assim, ele a construiu com amor como
sempre o fez”. Quando Antônio olhou para trás, viu que lá estavam
sua esposa, filhos e netos. O dono da construtora prosseguiu
dizendo: “Como. presente de aposentadoria eu quero lhe dar a
melhor casa já construída por você”. Antônio recebeu a chave e
começou a chorar! Quantas vezes, com Deus e com os irmãos, nós
agimos da mesma maneira…

“Vamos diariamente oferecer o melhor de nós, avançando em


direção a Deus, libertando-nos da posse dos frágeis valores deste
mundo.” (S. Agostinho)

“Dá esmola dos teus bens, e não te desvies de nenhum pobre, pois,
assim fazendo, Deus tampouco se desviará de ti. Sê misericordioso
segundo as tuas posses. Se tiveres muito, dá abundantemente; se
tiveres pouco, dá desse pouco de bom coração. Assim acumularás
uma boa recompensa para o dia da necessidade: porque a esmola
livra do pecado e da morte.” (Tobias 4, 7-11)
2 • MUNDO PEQUENO

Esta história se passou na Inglaterra, no início do século XX. Um


homem muito rico vivia em sua mansão, cercada de um jardim
florido, e um grande lago que se podia avistar de dentro da casa.
Em uma manhã, apreciando a paisagem da sacada de seu quarto,
viu seu filho atravessando a ponte sobre o lago, e no momento
seguinte presenciou a pior cena de sua vida. Seu filho, ainda
pequeno, caiu dentro do lago. O pai desesperado saiu correndo,
gritava por socorro, mas nada podia fazer. Ao se aproximar, ele viu o
seu filho nos braços do jardineiro, que acabara de tirá-lo de dentro
da água e tentava reanimá-lo. Após voltar a si, o menino chorou
muito assustado. O pai, emocionado ao ver o seu filho a salvo, diz
ao jardineiro: ” Meu amigo, o que você acaba de fazer não tem
preço. Portanto, o que me pedir, eu lhe darei. Até mesmo, metade
da minha fortuna, se assim você quiser”. O jardineiro, vendo a
alegria do pai disse: “Senhor, eu não fiz nada que outra pessoa não
o faria. Estava por perto, e tenho certeza, se fosse o meu filho o
senhor faria o mesmo.” O patrão insistiu com ele: “Por favor, peça
alguma coisa, eu quero retribuir seu ato heróico. Você salvou a vida
do meu único filho.” Tanto insistiu, que o jardineiro, um pouco
envergonhado, disse: “O senhor sabe que tenho um filho que gosta
muito de estudar, e eu não tenho condições de pagar o seu estudo.
Se for possível, ajude meu filho nos estudos”. Feliz por saber que
poderia retribuir de alguma forma, providenciou as melhores escolas
para o filho do jardineiro. Muitos anos depois, o patrão já estava
com bastante idade, e ficou doente. Sua enfermidade não tinha
cura. Sendo ele, um homem muito rico, ofereceu metade de tudo o
que tinha para quem conseguisse curá-lo. Muitos médicos, entre
eles, grandes especialistas se apresentaram a ele, mas ninguém
conseguia conter a sua febre. Durante uma das visitas que recebeu,
um famoso professor lhe falou sobre um jovem cientista médico, que
estava fazendo uma pesquisa avançada a respeito daquela doença.
O jovem cientista foi localizado, e dois dias depois se apresentou ao
homem enfermo. Ao vê-lo, o homem já desenganado, fez o apelo
por sua cura, oferecendo-lhe metade de seus bens. O jovem
respondeu-lhe: “Eu estive na guerra pesquisando esta enfermidade,
e descobri que através do mofo podemos chegar à cura. Ainda não
testei os resultados em um ser humano, somente em cobaias de
laboratório. Ainda faltam alguns testes, para podermos assegurar
que terá efeito”. O homem, em total desespero, sabendo que seu
fim estava próximo, se apresentou como cobaia, assumindo todos
os riscos. O jovem cientista começou uma série de aplicações, e um
mês depois, o homem já estava curado. Cheio de saúde, o rico
homem deu uma grande festa, para comemorar o seu
reestabelecimento. Quando a maioria dos convidados já estava
presente, o homem pediu um minuto de atenção, tomou a palavra e
disse: “Hoje, é um dia muito importante para mim. Este jovem
cientista, desenvolveu a cura para a minha infecção. O prêmio que
vou lhe dar, não é nada perto das vidas que serão salvas”. “O
senhor não me deve nada. Eu já tenho tudo o que quero. Não fiz
isto pelo dinheiro e sim pela humanidade”, respondeu-lhe o jovem.
“Mas eu insisto que aceite esta fortuna, você a merece”. Nesse
momento, o jovem cientista olha nos seus olhos, e pergunta: “O
senhor não está me reconhecendo? Eu sou Alexander, o filho do
seu jardineiro. Foi a mim que o senhor pagou os estudos. O grande
prêmio pela sua cura, o senhor já me deu há muitos anos.”

Jesus disse: “Para os que têm, será dado”. Deus dará mais para
aqueles que repartem o que têm, do que para os que só têm
recebido. Ele ainda acrescentará muito ao que já deu. (S.
Agostinho)

” Se porém, o teu coração se afastar, se não obedeceres e te


deixares seduzir para te prostrares diante de outros deuses e adorá-
los, perecerás seguramente.” (Dt 30,

17-18)

3 • 0 ALPINISTA
Um homem tinha um grande sonho, e durante anos treinava para
realizá-lo. Escalar a montanha KX, a segunda maior do mundo,
onde muitos haviam morrido na ânsia de chegar. Este era o seu
grande sonho! Ele sabia da dificuldade que enfrentaria, mas por ser
orgulhoso, queria as glórias de alcançar o topo da montanha
sozinho, feito inédito até então. Chegado o grande dia, o alpinista
começou sua escalada rumo ao pico, e escolheu o lado mais difícil e
perigoso. Apesar do seu preparo físico, o cansaço o venceu quando
estava quase atingindo o pico da montanha. Escorregando,
começou a cair muitos metros pela encosta, até que um dos
ganchos que ele havia colocado para sua segurança o sustentou.
Alí , ele ficou pendurado, bastante machucado, por horas seguidas,
à espera de uma equipe de salvamento. Já era noite, e uma neblina
intensa encobria a montanha. No desespero de salvar-se e sem
saber em que altitude se encontrava, ele gritou aos céus pedindo
socorro: “Deus, se você existe, me ajude agora”! Não obteve
nenhuma resposta, e mais uma vez ele clamou: “Deus, para quem
minha mãe tanto rezou, se você existe, me socorra”! Nesse instante,
uma voz forte respondeu: “Você me chamou meu filho?” O alpinista
desconfiado, porém muito assustado, perguntou: “Quem está
falando?” “Você não me chamou? Eu existo sim, e estou aqui para
ajudá-lo”, respondeu a voz em tom acolhedor. “Então Deus, me
ajude a sair desta situação, caso contrário morrerei” – o desespero
já tinha tomado conta do alpinista, tão confiante das suas
habilidades. “Você lembra daquele presente que sua mãe lhe deu no
seu último aniversário? – perguntou Deus a ele. “Aquele canivete
todo especial? Sim, está aqui comigo!” “Pois bem, disse Deus,
pegue-o agora e corte esta corda que lhe segura. Pode confiar em
mim”! Fez-se um grande silêncio, o alpinista pensou, pensou… No
dia seguinte o encontraram morto, agarrado à corda a exatamente
um metro, isso mesmo, a um metro de distância do chão. Ele não
confiou em Deus, e você?

“Compreendi que, acima de minha parca e mutável sabedoria, havia


uma verdade eterna, imutável. Atentei, então, para o fato de que tal
verdade é Deus.” (S. Agostinho)
“Meu filho, se aceitares minhas palavras, e guardares para ti meus
preceitos, prestando ouvidos à sabedoria e inclinando o coração à
prudência; se invocares a inteligência e clamares pela prudência; se
a procurares como o dinheiro e a desenterrares como um tesouro;
então compreenderás o temor do Senhor e alcançarás o
conhecimento de Deus.” (Pv 2, 1-5)

4 • A RESPOSTA

Numa viagem para sua terra natal, um homem de muita fé e oração,


dirigia seu carro quando foi surpreendido por uma enchente. A
barragem de uma grande represa havia rompido e o local estava
todo alagado. A situação era séria, e ele dirigindo seu carro, subiu
num lugar alto. A água continuou subindo, e o lugar onde ele estava
abrigado, não seria seguro por muito mais tempo. Então apareceu
um rapaz num caminhão, e o alertou para o perigo de estar ali,
oferecendo-se para tirá-lo do local. Para sua surpresa, o homem lhe
respondeu: “Muito obrigado, mas eu tenho fé e o meu Deus vai me
salvar. Não se preocupe comigo”. Passado algum tempo, já com o
local totalmente alagado, passou uma lancha que acenava para que
ele saísse do carro, para salvar-se. Outra vez, ele disse não
necessitar de ajuda, pois era um homem de muita fé, e Deus não
iria desampará-lo. A água subiu tão rapidamente, que ele teve que
refugiar-se no teto do carro, que já começava a ser carregado pela
correnteza. Um helicóptero de resgate sobrevoando o lugar, jogou
uma bóia amarrada a uma corda, mas ele gritou bem alto: “Eu não
preciso, eu tenho fé, Deus vai me salvar”! Em pouco tempo, a
enxurrada levou o carro, e o homem de tanta fé morreu afogado. Já
no céu, muito triste ele pergunta a Deus porque não foi salvo.
“Senhor eu tinha tanta fé, por que me deixou morrer afogado?”.
“Meu filho, eu não queria que você morresse afogado. Tanto, que
tentei salvá-lo três vezes”. – Respondeu Deus para ele. “Três vezes
Senhor, como?” – ele perguntou. “Eu enviei um rapaz para alertá-lo,
mas você não o ouviu. Depois mandei uma lancha, e você não
aceitou ajuda. Por fim mandei um helicóptero de resgate, mas você
também recusou a ajuda”. Quantos de nós estamos surdos e cegos
para os sinais de Deus, e não somos capazes de reconhecer
quando Deus age através de um irmão!

“Os que ainda são novos e sem experiência no caminho do Senhor,


facilmente podem enganar-se e perder-se, se não se deixarem reger
por aqueles que têm luz e experiência.” (Imitação de Cristo)

“Disse-lhe Jesus: Deixai vir a mim estas criancinhas e não as


impeçais, porque o Reino dos céus é para aqueles que se lhes
assemelham.” (Mt 19,14)

5 • 0 DESCONHECIDO

Um homem sem fé conheceu uma mulher numa boate. Começaram


a namorar, e saiam muito à noite buscando diversão, assim
começou este relacionamento. Muitas festas, boates, restaurantes.
Desfrutavam de todos os prazeres da carne, mas se descuidavam
do espírito. A mãe deste homem era uma mulher de muita fé, e não
concordava com a vida que ele levava. Ela sempre rezava pelo seu
filho, mas infelizmente não conseguia fazê-lo se aproximar de Deus.
Depois de algum tempo, os namorados que se diziam ateus,
passaram a viver juntos e tiveram uma filha. A menina foi crescendo
sem jamais ouvir falar em Deus. Sua avó faleceu e, dessa forma,
mais distante ficou a possibilidade dela ter uma inicação religiosa.
Quando a menina tinha cinco anos de idade, estavam todos em
casa jantando, e ela presenciou uma briga entre seus pais. Depois
de muitas agressões e palavrões, o pai sacou uma arma e atirou na
mãe, suicidando-se em seguida. Sem ter mais ninguém que
pudesse ser responsável por ela, a menina foi enviada a um lar
adotivo. Ela viveu neste lar, até que uma família decidiu adotá-la.
Eles eram pessoas muito religiosas e freqüentavam a Igreja
semanalmente. Sua nova mãe, resolveu então levá-la à igreja para
que ela começasse a conviver e aprender sobre as coisas de Deus.
Nesse dia a mãe explicou à catequista que a menina jamais havia
escutado falar de Jesus, e que por essa razão, tivesse paciência
com ela. A catequista pegou uma imagem de Jesus e perguntou a
todos: “Alguém sabe quem é Ele?”. A menininha muito rapidamente
respondeu: “Eu sei, eu sei, esse é o homem que eu estava
segurando em minha mão, na noite em que meus pais morreram…”
Mesmo sendo desconhecido para ela, Jesus a estava protegendo.
Aqueles que têm olhos para ver e ouvidos para ouvir, compreendem
o que o Senhor nos mostra…

“Quem acha a Jesus, acha um tesouro precioso, ou antes, um bem


acima de todo o bem.” (Imitação de Cristo)

“Seja este o objeto de tuas prescrições e dos teus ensinamentos.


Ninguém te despreze por seres jovem. Ao contrário, torna-te modelo
para os fiéis, no modo de falar e de viver.” (1 Tm 4, 11-12)

6 • CONSERTANDO O MUNDO

Um cientista que trabalhava para solucionar vários problemas no


mundo, recebeu em seu escritório, a visita do filho. A criança não
parava quieta um minuto, mexia aqui e lá, e como o pai não
conseguia contê-lo, teve uma idéia. Deparou-se com uma revista
onde tinha o mapa do mundo e disse ao seu filho: “Você gosta de
quebra-cabeça? Então vou lhe dar o mundo para consertar. Aqui
está ele todo quebrado. Veja se consegue consertá-lo bem
direitinho! Mas faça tudo sozinho!” Pelos seus cálculos, o menino
levaria o dia inteiro para recompor o mapa do mundo, que ele havia
recortado da revista. Depois de uma hora, o filho o chama
calmamente. “Papai, já terminei tudinho!”, disse ele. A principio, o
pai não deu crédito às palavras do filho. Seria impossível na sua
idade, conseguir recompor um mapa que jamais havia visto.
Relutante, o cientista foi ver, e para sua surpresa, todos os pedaços
(e não eram poucos) foram colocados nos devidos lugares. Como
seria possível? Um menino de apenas 7 anos seria capaz de tal
feito? Curioso e intrigado com sua atitude, o pai perguntou: “Filho,
se você não sabia como era o mundo, como conseguiu montá-lo?”.
“Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o
papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado havia uma
figura de um homem. Quando você me deu o mundo para consertar,
eu tentei, tentei mas não consegui. Foi aí que eu me lembrei do
homem, virei os recortes e consegui consertar o homem que eu
sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha
e vi que havia consertado o mundo.

“Quando o homem começa a vencer-se e a andar com valor no


caminho de Deus, logo tem por ligeiras as coisas que antes lhe
pareciam pesadas.” (Imitação de Cristo)

“Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus!” (Mt


5, 8)

7. ORAÇÃO DO ZÉ

No interior de Minas Gerais, vivia um homem que se chamava José.


Todos os dias antes de trabalhar na lavoura ele passava na igreja
local, entrava, ia ao sacrário e se ajoelhava. Depois saía para
trabalhar. Todos os dias lá estava ele, fazendo o mesmo ritual,
entrava se ajoelhava e ia embora. O padre que observava sua
atitude, foi perguntar porque rezava tão rápido, e a resposta foi
imediata: “Eu não sei ler nem escrever. Não conheço as orações
que vocês conhecem e muito menos sei falar as palavras bonitas
que falam. Eu somente chego aqui em frente, olho para Ele e digo:
Jesus, aqui é o Zé”. E assim se passaram anos e anos até que um
dia Zé não apareceu. Depois de uma semana, o padre preocupado
procurando saber noticias do Zé, descobriu que ele havia sido
atropelado e estava internado no hospital. O padre foi então visitá-
lo, mas antes procurou uma enfermeira para saber como ele estava.
“O Zé está muito bem! O impressionante é que desde que ele
chegou aqui todos estão muito felizes e se recuperando mais !”. O
padre entrou em seu quarto e perguntou: “Zé, o que você fez para
motivar todos aqui?”. “Eu não fiz nada, é a visita que eu recebo
todos os dias”, respondeu. O padre sabia que ele não tinha família,
amigos ou pessoas que se preocupassem com ele, mas ainda
assim perguntou: “Que visita tão maravilhosa é essa?” Com um
grande sorriso no rosto ele respondeu: “Todos os dias exatamente
no horário em que eu ia à igreja, Jesus chega bem perto da minha
cama e diz: Zé, aqui é Jesus.”

“O homem tem duas asas com que se levanta acima das coisas
terrenas, que são simplicidade e pureza.” (Imitação de Cristo)

“Tu que habitas sob a proteção do Altíssimo, que moras à sombra


do Onipotente, dize ao Senhor: Sois meu refúgio e minha cidadela,
meu Deus, em que eu confio. Ele te cobrirá com Suas plumas, sob
Suas asas encontrarás refúgio.” (Sl 90,1-2.4)

8 • A CONFIANÇA

Os professores de um famoso colégio alugaram um barco para levar


todos os alunos para um passeio pela costa carioca.Todos estavam
muito felizes e mal podiam esperar por aquela grande aventura.
Logo pela manhã de um sábado ensolarado, o barco zarpou do
porto. As crianças estavam se divertindo, os adolescentes brincando
muito, os professores tendo muito trabalho. Por volta das 17
horas,quando já retornavam para o porto, um forte cheiro de
queimado deixou preocupada a diretora do colégio. Meia hora
depois ouviu-se um forte ruído seguido de uma explosão. O motor
do barco havia explodido. Foi um pânico geral, gritaria, busca de
botes salva-vidas, bóias, etc… Os professores acalmavam e
reuniam os alunos que estavam desesperados para sair do barco.
Uma das professoras observou, nesse momento, uma menina de 7
anos, olhando para o horizonte, tranqüila, apreciando o bonito
pôrdo-sol. Ela foi até à criança pedindo para que se juntasse aos
outros alunos e perguntou se ela não estava com medo. Sorrindo
calmamente a menina respondeu “O meu pai está no leme, ele é o
capitão”. Ela sabia que se houvesse um perigo seu pai estaria lá
para salvá-la. E você sabe, no meio da tempestade, quem é o
capitão da sua vida…
“Em Deus colocamos nossa esperança e refúgio. Em Suas mãos
deixamos todas as nossas tribulações e angústias, pois longe de
Deus tudo é fraqueza e inconstância.” (Imitação de Cristo)

“Considerai que é suma alegria, meus irmãos, quando passais por


diversas provações, sabendo que a prova da vossa fé produz a
paciência. Mas é preciso que a paciência efetue a sua obra, a fim de
serdes perfeitos e íntegros, sem fraqueza alguma.” (Tg 1,

2-4)

9 • 0 PARTO DA GIRAFA

Um certo dia, assistindo a um programa na TV, vi, no princípio,


assustado, o parto de uma girafa. É impressionante esse
nascimento. Primeiro ela escolhe um lugar para parir e, de pé, tem
seu filhotinho. Ele cai mais de 2 metros, e com muita dificuldade se
levanta. Em seguida, sua mãe lhe dá um chute e ele cai, e essa
cena se repete por várias vezes. O filhote se levanta e a mãe o
derruba, até à hora em que ela percebe o cansaço do filhote e pára
de derrubá-lo. Enquanto isto acontecia, o narrador do programa
explicava que não era intenção da girafa machucar seu filhote, mas
sim, protegê-lo. São diversos os predadores que atacam a girafa, e
desde o nascimento ela deve aprender que, em suas pernas e no
saber se erguer quando está caída, é que está o segredo da
sobrevivência. E nós? Quantas vezes somos derrubados pelo
pecado, o maligno. Não somos filhos da girafa, mas sim, filhos
AMADOS de Deus. Se você está no chão, derrubado pelas
dificuldades da vida, levante e saiba que o amor de Jesus erguerá
sua vida.

“Muito perto está de cair, aquele que não põe em Deus todo o seu
cuidado.” (Imitação de Cristo)

“Amai-vos mutuamente com afeição terna e fraternal. Socorrei as


necessidades dos fiéis. Abençoai os que vos perseguem, abençoai-
os e não os amaldiçoeis. Alegrai-vos com os que se alegram. Vivei
em boa harmonia uns com os outros”. (Rm 12, 10.14-16)

10 • ECO

Uma família resolve aproveitar o final de semana para passear. Pai,


mãe e filho vão acampar. Durante o trajeto, o menino que estava
aprendendo a ler, seguia lendo todas as placas de sinalização. De
repente, em uma das placas ele viu escrito ECO e perguntou ao pai
o que aquilo significava. O pai lhe responde: “Filho, eco é... melhor,
vamos até lá e você vai entender”. Desviando um pouco do
caminho, chegam numa grande cordilheira, param o carro e
descendo com seu filho o pai lhe diz: ” Filho aqui está o eco, fale o
que você quiser”. O menino então grita : ” Burrrrro”, e passado
algum tempo ele escuta: ” Burrrro, Burrrro, Ele não gosta do que
ouviu e diz: “Feiiiii000″ e de novo escuta: ” Feeeeeiiooo, feiiiooo,
feiiiiiiooo….”. Imediatamente ele começa a gritar palavrões que
voltam para ele multiplicados. Num certo momento, ele olha para o
pai e lhe diz: “Pai, eu não gostei do eco pois ele é muito mal-
educado”. Seu pai sorri e grita: “Eu teee aaaamooo” e o eco
responde:” Eu teee aaammoo, euuu ttee aammoo, eu tttee
aammmo… Você é importante para mim….Voocccê é importante
para mim” e muitas outras palavras. Abaixando-se, ele olha para
seu filho e diz: “Eco, meu filho, é isso! Eu sei que você ainda é
pequeno mas acho que já pode entender que tudo aquilo que você
deseja e faz para os outros retorna para você multiplicado”. O que
estamos desejando e fazendo para os outros?????

“Cultive em você a planta do amor, pois dela só poderá vir o que é


verdadeiramente bom.” (S. Agostinho)

“Vivei sempre contentes. Orai sem cessar. Em todas as


circunstâncias, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em
Jesus Cristo”. (1Ts 5, 16 -18)

11 • O DOM QUE RECEBEMOS


Armando era um homem revoltado, reclamava de sua vida e não
parava de queixar-se de sua sorte. Seu principal problema era a sua
casa que, segundo ele, mal comportava a sua família. Ele era muito
infeliz. Um dia chegou um novo sacerdote na cidade, assumindo a
direção da paróquia. Era considerado uma pessoa muito sábia e
tinha a fama de ser um santo homem. Armando desesperado foi
aconselhar-se com o padre e contou toda a sua “penúria”. Ao ouvi-
lo, o sacerdote disse que tinha a solução para os seus problemas,
mas ele teria que ser obediente para alcançar a felicidade. Armando
prometeu obediência, e disse que concordaria com tudo o que o
padre lhe pedisse. O sacerdote falou: ” Eu sei que você tem um boi,
coloque-o dentro de sua casa.” Armando reclamou: “Mas, minha
casa mal acomoda a minha família!” Lembrando-se de que
prometera obediência, colocou o boi dentro da casa. Depois de uma
semana de tormentos, não agüentando mais, foi falar com o padre.
“Minha vida está mais insuportável ainda” disse Armando. “Você
também tem um bode, certo? Coloque-o junto com o boi em sua
casa”. Não entendendo o objetivo de tudo isto, mas confiando no
padre, Armando obedeceu. Sua família estava em crise, foram
outros dias terríveis e, já não agüentando mais, de joelhos implorou
ao padre: “Pelo amor de Deus, está insuportável esta situação!
Minha casa parece um inferno!

!”

Então o sacerdote lhe disse: ” Pois bem, esta noite você pode retirar
os animais, limpar bem a casa, e o seu problema estará resolvido”.
Depois de tirar os animais, limpar a casa e colocar tudo em ordem,
Armando se surpreendeu como sua casa era confortável e
espaçosa. Agradeceu a Deus pelo lugar abençoado que tinha para
viver. Quantas e quantas vezes reclamamos pelo que não temos, e
não agradecemos pelo que possuímos.

“Seja grato ao Senhor pelo pouco que tens e serás digno de receber
coisas maiores.” (Imitação de Cristo)
“Porque a sabedoria abriu a boca aos mudos, e tornou eloqüente a
língua das crianças.” (Sb 10, 21)

12 • FAZER A DIFERENÇA

Um famoso escritor se refugiou numa ilha de pescadores na


intenção de escrever um livro. Todas as manhãs, ele caminhava
pela praia para relaxar e buscar a inspiração e ao entardecer
começava a escrever. Numa certa manhã, algo lhe chamou a
atenção. Um vulto ao longe parecia bailar e, curioso, ele se
aproximou para ver de perto. Chegando bem perto, ele viu um
menino devolvendo as estrelas-do-mar de volta para a água. Esta
cena se repetiu por vários dias, até que um dia, intrigado, ele se
aproximou da criança e lhe perguntou porque todos os dias ele as
devolvia para o mar. O menino lhe respondeu que ele estava
salvando as estrelas-do-mar, devolvendo-as ao oceano, pois o sol
do meio-dia as destruiria. O escritor riu, com um ar de descaso, e
disse-lhe: “Menino, veja só esta praia! Que diferença isso pode
fazer? Nela há milhares de estrelas-do-mar, e agora, no mundo
todo, há milhares de milhares que você não conseguirá salvar”. A
criança olhando para a estrela que ainda estava em sua mão,
respondeu: “Moço, para esta aqui eu fiz a diferença”. Com essa
resposta, o escritor voltou para sua casa, e não conseguiu mais
escrever nesse dia. Tão pouco conseguiu dormir quando a noite
chegou. Logo pela manhã ele voltou à praia e junto com a criança
devolveu várias estrelas para o mar… E você, quer fazer a
diferença?

“Tudo o que se faz com caridade, por pouco ou desprezível que


seja, produz abundantes frutos, porque Deus olha mais para a
intenção do que para a ação.” (Imitação de Cristo)

“A boca do justo produz sabedoria, mas a língua perversa será


arrancada. Os lábios do justo sabem dizer o que é agradável; a
boca dos maus, o que é mal.” (Pr 10, 31-32)
13 • A MANEIRA DE FALAR

Um soberano tem durante várias noites um mesmo e repetido


sonho. Ele sonha que todos os seus dentes vão caindo um a um.
Incomodado por este sonho, chama um conselheiro de confiança
que lhe aconselha a chamar um adivinho capaz de interpretar o seu
sonho. Estando o adivinho perto do soberano, ele conta, com
detalhes, o sonho que o tem atormentado. “Meu soberano, que
tragédia, isto significa que cada dente caído é a perda de um ente
querido”. O Soberano irado com a resposta do adivinho diz ao
conselheiro que aquilo é um absurdo, e, por ousar dizer isso a ele,
manda prendê-lo na masmorra mais fétida do castelo. Noite após
noite o sonho se repetia e, já desesperado com a situação, o
soberano pede ao conselheiro que encontre alguém que possa
interpretá-lo. Ele encontra um profeta famoso, pede a sua ajuda
para interpretar o sonho do soberano. O profeta então, na presença
do soberano o escuta narrar detalhadamente o seu sonho e lhe
responde: “Meu soberano, que benção o senhor recebeu, isso
significa que o senhor vai viver mais que seus entes queridos”. Feliz
com a resposta , diz ao conselheiro que o profeta fosse
recompensado e fizesse parte de seu conselho. Ao sair, o
conselheiro disse ao profeta: “O que você revelou foi a mesma coisa
que o adivinho, e hoje ele está na masmorra”. O profeta olhando
para o conselheiro diz: “O segredo está aqui, tudo depende da
maneira de falar”.

“Não se deve dar crédito a qualquer palavra, nem obedecer a todo o


movimento interior; mas com prudência e vagar se deve, segundo
Deus, examinar as coisas.” (Imitação de Cristo)

“Pode uma mulher esquecer-se daquele que amamenta? Não ter


ternura pelo fruto de suas entranhas? E mesmo que ela o
esquecesse, eu não te esqueceria nunca. Eis que estás gravada na
palma de minhas mãos, tenho sempre sob os olhos tuas muralhas.”
(Is
49, 15-16)

14 • A FÉ CONFIANTE

Um grande incêndio destruiu um edifício no México, em 1986.


Várias viaturas dos bombeiros foram ao local e tiveram muito
trabalho para desocupar todo o edifício. Quando acreditavam já não
ter mais ninguém dentro do prédio, escutaram um pedido de
socorro. Era uma menina de 5 anos que estava na janela do nono
andar, desesperada com o fogo e a fumaça. O chefe dos bombeiros,
com o megafone, dizia à menina para pular que eles a segurariam.
Mas a menina não obedecia ao seu comando. Por mais que
insistisse no pedido, a menina não pulava. Os bombeiros não
podiam mais passar do sétimo andar devido às chamas do incêndio
que se propagavam rapidamente. As pessoas se aglomeravam
próximo ao edifício, gritando, no esforço de fazer a menina pular.
Nesta hora, chega uma mulher com um bebezinho no colo e grita:
“Aninha é a mamãe, não tenha medo de pular, eu vou segurar
você”. Na mesma hora a menina, sem pensar duas vezes, pula do
nono andar e é salva pelos bombeiros. Quando confiamos e de fato
nos lançamos em Deus, fogo, tempestade, dificuldade nenhuma
pode nos destruir. Como Aninha, confie, pule nos braços amorosos
de Jesus!!!

“Lembre-se todas as manhãs das verdades de sua crença e mire-se


no espelho de sua fé. De outro modo, sua alma estará tomada pelo
esquecimento.” (S. Agostinho)

” Oxalá a bondade e a fidelidade não se afastem de ti! Ata-as ao teu


pescoço, grava-as em teu coração! Assim obterás graça e
reputação aos olhos de Deus e dos homens. Que teu coração
deposite toda a sua confiança no Senhor! Não te firmes em tua
própria sabedoria!” (Pv 3, 3-5)

15 • O VERDADEIRO SENTIDO DO CONHECIMENTO


Um professor, muito culto e preparado, com vários doutorados,
resolveu um certo dia, passear. Alugou um pequeno barco para
conhecer a paisagem em volta da cidade. Durante o caminho
estabeleceu uma orgulhosa conversa com o pescador: “Você sabe
ler e escrever?” “Não senhor, eu não sei”.- respondeu com
simplicidade o pescador. Com ar de superioridade, o professor
disse: “Você perdeu metade de sua vida por não saber ler e
escrever”. Cabisbaixo, um pouco humilhado, o pescador continuou o
percurso. Mas o professor não parava de perguntar: “Você entende
de negócios, política?” E o pobre pescador respondia: “Não senhor,
só entendo de peixe”. Ironicamente o professor diz: “Você perdeu
mais uma parte de sua vida”. Nesse momento, no meio do rio, uma
pedra atinge o barco e o pescador perguntou: “Você sabe nadar?”
“Não”, respondeu o professor. “Pois então o senhor perdeu a vida
toda, o barco está afundando”. Quantas vezes nos preocupamos em
fazer cursos, ter conhecimentos, falar diversas línguas, estar
sempre bem informados, mas…esquecemos do essencial. Não
adianta sabermos tanto e não sermos nada!!!

“Não te orgulhes da tua habilidade e do teu talento, para que não


desagrades a Deus, de quem procede tudo o que, naturalmente,
tiveres de bom.” (Imitação de Cristo)

“Não julgueis, e não sereis julgados. Porque do mesmo modo que


julgardes, sereis também vós julgados e, com a medida com que
tiverdes medido, também vós sereis medidos. Por que olhas a palha
que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu?
Como ousas dizer a teu irmão: deixa-me tirar a palha do teu olho,
quando tens uma trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave de
teu olho e assim verás para tirar a palha do olho do teu irmão.” (Mt
7, 1-5)

16 • CISCO NO OLHO

Um jovem casal se mudou para Curitiba. Chegando na cidade,


começaram a arrumar a nova casa. A vizinha comentou com seu
marido, olhando pela janela: “Essas jovens esposas não sabem
lavar roupa. Que toalha encardida, coitado do marido!”. E todos os
dias, durante o café da manhã, ela tinha uma crítica. Olhando pela
janela, dizia: “Meu bem, que porca é nossa vizinha. Os lençóis, no
varal, estão sujos; as calças do marido dá dó de ver, aquela camisa
que deveria ser branca nem tem mais cor…”. Dia-a-dia ela fazia
críticas, até que num sábado, ela levou um susto e falou para o
marido: “Meu bem, que milagre! Ela aprendeu a lavar roupa. Nossa,
que brancura! Venha ver. Qual sabão será que ela está usando? Ah,
eu tenho que descobrir!” O marido então, sorrindo, respondeu:
“Minha querida, não é um novo sabão. Simplesmente lavei a nossa
janela”. Já dizia Jesus, quantas vezes olhamos o cisco no olho do
outro e não vemos a trave que está no nosso olho…

“Muita paz teríamos se não nos importássemos com o que os outros


fazem, e que não nos diz respeito.” (Imitação de Cristo)

“Um amigo fiel é uma poderosa proteção, quem o achou, descobriu


um tesouro. Um amigo fiel é um remédio de vida e imortalidade,
quem teme ao Senhor, achará esse amigo.” (Eclo 6, 14.16)

17 • A VERDADEIRA AMIZADE

Na guerra do Vietnã, durante uma emboscada, vários homens


morreram em combate. Um dos soldados pede ao capitão para
voltar ao local da emboscada pois o seu melhor amigo estava lá. O
capitão lhe respondeu que não, pois já deveria estar morto,e ele não
queria perder mais soldados. O soldado pensou muito e tomou uma
decisão de ir sozinho resgatar o amigo. Ao executar o resgate o
soldado foi ferido , mas carregando seu amigo morto, ambos
chegam ao acampamento. Quando o capitão vê o soldado com o
cadáver, ele fica furioso: “Eu não falei para você não ir, agora não
apenas perdi um soldado, mas dois… Valeu a pena me
desobedecer e trazer um cadáver?” Porém, o soldado já falecendo,
disse suas últimas palavras: “Eu faria novamente, pois quando eu
cheguei lá, ele estava ainda vivo e me disse: “Eu sabia que você
não me abandonaria”. O verdadeiro amigo é aquele que está
presente quando, nas tribulações todos vão embora!!!

“Ó Senhor, abençoai aqueles que Vos amam, que amam aos


amigos em Vós e os inimigos por Vossa causa.” (S. Agostinho)

“Quem odeia a tagarelice, destrói sua malícia. Não repitas uma


palavra dura e maldosa, e não serás prejudicado. Ouviste uma
palavra contra o teu próximo? Abafa- a dentro de ti, fica seguro de
que ela não te fará morrer. Por causa de uma palavra (irrefletida) o
tolo entorce-se de dores, como uma mulher que geme para dar à
luz.” (Eclo 19, 5b.7.10-11)

18 • O PRECONCEITO

Um fazendeiro encontra um filhote de onça perdido na floresta, e


com pena leva-o para sua fazenda. Com muito carinho ele cuida da
onça, e os dois se tornam grandes amigos. Todos os dias ele sai
para fazer compras e deixa a onça tomando conta da casa e de seu
filhinho de 2 anos. Seus amigos dizem: “Você é louco em deixar
uma onça cuidando do seu filho, um dia ela ainda vai devorá-lo”. Ele
responde sorrindo: “não vai não, ela é minha amiga e eu a criei com
todo o carinho…”. Um dia, voltando da cidade, seu carro quebrou, e
ele passou a noite fora, só chegando em sua fazenda no dia
seguinte pela manhã. Ele vê a onça na porta da casa o esperando
como sempre fazia, com a sua boca cheia de sangue.
Imediatamente pensa consigo mesmo: ela viu que não voltei, teve
fome e, como diziam meus amigos, devorou o meu filho. Ele saca
sua arma da caminhonete, mira a cabeça da onça e atira matando-
a. Corre para dentro de sua casa e encontra seu filhinho brincando
com uma bolinha e ao seu lado muito sangue de uma enorme cobra.
A onça tinha salvado a vida do seu filhinho… Quantas amizades são
rompidas, quantos lares destruídos, por palavras que ouvimos e
aceitamos, muitas vezes, desses ditos “amigos”...
“Ordinariamente julgamos as coisas segundo a inclinação do nosso
coração, alterando facilmente em nós o verdadeiro juízo delas.”
(Imitação de Cristo)

” Não vos enganeis, de Deus não se zomba. O que o homem


semeia, isso mesmo colherá. Quem semeia na carne, na carne
colherá ,quem semeia no Espírito, no Espírito colherá.” (Gl 6, 7-8)

19 • COLHEMOS O QUE PLANTAMOS

Um carpinteiro analfabeto, com muito sacrifício, enviou seu filho


para a capital para estudar medicina. O rapaz se formou, e como
era muito competente, abriu uma clínica de cirurgia plástica e se
tornou muito famoso. Ele se casou com uma mulher da sociedade, e
teve um lindo filho. Um dia sua mãe morreu e ele trouxe seu pai
para sua casa. Ele começou a sentir vergonha de seu pai, pois este
não sabia falar direito, não sabia como lidar com a etiqueta no
almoço e jantar imposta por sua esposa. Um dia ele decidiu que o
pai deveria morar na casa dos empregados, pois ele recebia muitas
visitas e hospedava muitas pessoas importantes. Conferindo os
pratos especiais que tinham, percebeu que alguns tinham sido
quebrados, e viu que seu pai não sabia lidar com a fina louça
importada de sua esposa. Resolveu fazer uma tigela de barro para
seu pai comer e, assim, não usar mais a louça da casa. O neto que
era apaixonado pelo avô, vendo tudo isso, no dia seguinte pela
manhã, foi ao mesmo lugar que o pai preparou a tigela de barro e
começou a modelar uma outra tigela. O pai lhe perguntou o que ele
estava fazendo e o menino respondeu: “Estou treinando para que
quando o senhor ficar velho, eu possa preparar uma tigela igual a
esta que o senhor preparou para o vovô”. O que você está
plantando, não esqueça, você colherá...

“Em todas as coisas olha o fim, e como te encontrarás diante


dAquele retíssimo juiz para quem nada há oculto e julgará segundo
a justiça.” (Imitação de Cristo)
“Portanto, prefiro glorificar-me das minhas fraquezas, para que
habite em mim a força de Cristo. Eis por que sinto alegria nas
fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, no
profundo desgosto sofrido por amor de Cristo. Porque quando me
sinto fraco, então é que sou forte”. (2Cor12, 9-10)

20 • O LUGAR DE UMA VASSOURA

A vidente de Lourdes, Bernadette Soubirous, freqüentou a escola


como aluna externa. As alunas estavam divididas em três andares:
um deles, o térreo, era para as meninas pobres, no qual Bernadette
se encontrava. Os peregrinos vinham, beijavam as suas mãos,
abraçavam-na, tentavam arrancar-lhe as roupas e lhe faziam perder
horas e horas. Para pôr fim a esses encontros e indiscrições, o
pároco de Lourdes por conta própria, pediu que a menina
freqüentasse o terceiro andar, reservado para as meninas das
famílias abastadas. Ali, Bernadette aprendeu a escrever e a viver.
Mas para ela foi um ginásio de sacrifícios e de mortificações pois, a
invejavam muito e a achavam orgulhosa. Certo dia, enquanto a
menina estava entre as irmãs, uma co-irmã lhe mostrou uma foto do
sucesso das aparições em Lourdes, manifestando admiração pela
sorte da vidente. Então Bernadette perguntou a irmã: “Para que
serve uma vassoura?” “Que pergunta!- disse a irmã ...Serve para
varrer” “E depois?” – perguntou Bernadette. “Depois é posta no seu
lugar, atrás da porta”. – respondeu a irmã. Diante da resposta,
Bernadette concluiu: “Pois bem, esta é a minha história. Nossa
Senhora se serviu de mim e depois me repôs no meu lugar. Eu sou
feliz e me sinto muito bem assim”.

“Feliz aquele que encontrou um amigo verdadeiro, e que fala da


justiça a um ouvido atento.” (Sabedoria 25, 12)

“A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém


dizia que eram suas as coisas que possuía, mas tudo entre eles era
comum. Nem havia entre eles nenhum necessitado, porque todos os
que possuíam terras ou casas vendiam-nas, e traziam o preço do
que tinham vendido e depositavam-no aos pés dos apóstolos.
Repartia-se então a cada um deles conforme a sua necessidade”.
(At 4, 32.34-35)

21 • LENDA JUDAICA

Deus convidou um Rabino para conhecer o céu e o inferno. Ao


abrirem a porta do inferno viram uma sala. No centro dela havia um
caldeirão onde se cozinhava uma sopa suculenta. Em volta,
estavam sentadas pessoas famintas e desesperadas. Cada uma
delas segurava uma colher de cabo tão comprido, que lhes permitia
alcançar o caldeirão, mas não suas próprias bocas. O sofrimento
era imenso. Em seguida, Deus levou o Rabino para conhecer o céu.
Entraram em uma sala idêntica à primeira: havia o mesmo caldeirão,
as pessoas em volta, as colheres de cabo comprido. A diferença é
que todos estavam saciados. Disse o Rabino: “Eu não compreendo,
por que aqui as pessoas estão felizes, enquanto na outra sala
morrem de aflição, se tudo é igual?”. Deus sorriu e respondeu:
“Você não percebeu? É por que aqui eles aprenderam a dar comida
uns aos outros”.

“Aqueles que têm amor nasceram de Deus; os que não têm não
nasceram. Essa é a diferença fundamental.” (S. Agostinho)

“Ou dizeis que a árvore é boa e seu fruto bom, ou dizeis que é má e
seu fruto, mau; porque é pelo fruto que se conhece a árvore. Porque
a boca fala do que lhe transborda o coração. O homem de bem tira
boas coisas de seu bom tesouro.” (Mt12, 33-35a)

22 • O BOM TESOURO DO CORAÇÃO

Ana e Teresa estudavam juntas e eram amigas de verdade,


confidentes e sinceras. Um dia Ana foi colocada numa situação
muito complicada. Ela foi acusada pela professora de estar colando.
Teresa defendeu Ana na frente de todos os colegas dizendo ser
mentira, e mesmo com o perigo de ser suspensa, defendeu sua
amiga na presença do diretor. Depois de sofrerem uma advertência,
elas sobreviveram ao conflito, pois de fato, Ana não tinha colado na
prova. Ao saírem da escola, Ana levou Teresa a um lugar especial
para ela e numa árvore enorme escreveu: “Hoje, minha amiga
Teresa, contra tudo e todos me defendeu e me salvou de uma
situação muito embaraçosa”. E disse para Teresa: “Está registrado
aqui para que eu nunca esqueça”. Um mês depois, Teresa brigou e
humilhou Ana na frente de todas as amigas por um motivo muito
bobo, fazendo-a chorar muito. Ela se abaixou e, com um pedaço de
pau, começou escrever na terra: “Hoje minha querida amiga Teresa
me humilhou em público, me deixando muito triste”. Teresa
percebeu o que Ana estava escrevendo e imediatamente perguntou:
por que na vez anterior você tinha escrito na árvore e agora está
escrevendo na terra? Ana respondeu: “Teresa, aquilo que você fez
no mês passado eu não quero esquecer nunca, o que hoje você me
fez eu quero que desapareça da minha memória o mais rápido
possível”. Emocionada, Teresa abraça sua amiga e pediu desculpas.
Será que guardamos as coisas boas, e esquecemos as ruins????

“Quando estou abatido pelos distúrbios do mundo, entrego-me sem


reservas ao amor daqueles que me são especialmente caros.” (S.
Agostinho)

” Pais, deixai de irritar vossos filhos, para que não se tornem


desanimados”. (C13,

21)

23. 0 TEMPO PRECIOSO

No final de um dia muito cansativo, Pedro chega em casa, e depois


do jantar senta no sofá para ver o noticiário. Sua filhinha de 5 anos,
Patrícia, pergunta o quanto ele ganha por hora. Indignado com a
pergunta e de modo grosseiro ele responde: “Que isso tem a ver
com você menina, se nem sua mãe sabe quanto eu ganho?”. Triste,
ela sai de perto de seu pai, que arrependido lhe chama de volta e
responde: “Papai está cansado hoje, me desculpe querida, eu devo
receber uns dez reais por hora”. Em seguida, a menina pede:
“Papai, o senhor me empresta um real?”. Pedro fica muito bravo
com o pedido: “Trabalhei o dia todo, estou cansado, e agora você
vem me pedir um real? Por isso queria saber o quanto eu ganho por
hora. Vá para sua cama agora, você está de castigo”. Chorando,
Patricia vai para seu quarto. Pedro fica com a consciência pesada, e
antes de dormir passa no quarto de Patricia para ver se ela está
dormindo. Como ela ainda estava acordada, Pedro pede desculpas
e tirando cinco reais do bolso,dá para a menina. Patrícia contente,
pega uma caixa que contém nove reais e diz para o papai: ” Aqui
estão nove reais e mais cinco, o senhor pode me vender uma hora
do seu tempo? Eu pago mais.” Pais, a que ponto chegamos, não é
verdade?

“A simplicidade há de estar na intenção, e a pureza no afeto.” (S.


Agostinho)

“Tudo o que fizerdes, fazei-o de bom coração, como para o Senhor


e n para os homens, certos de que recebereis, como recompensa, a
heran das mãos do Senhor. Servi a Cristo, Senhor”. (C13, 23-24)

24 • NÃO QUEIRA AGRADAR AOS HOMENS Vovô Antônio e seu


neto Francisco faziam uma longa travessia a cavalo. O idoso ia
puxando o cavalo que carregava a criança. Ao entrar numa cidade,
ele escuta dos moradores. “Que vergonha esse homem idoso a pé e
aquela criança tão forte em cima do cavalo”. Pensando na situação,
ele sobe no cavalo, e seu neto prossegue a pé. Ao chegar numa
outra cidade, escuta os moradores dizerem: “Que vergonha, uma
pobre criança caminhando a pé, que exploração”. Preocupado com
o cansaço do seu neto e querendo agradar às pessoas, ele decide
que os dois iriam juntos em cima do cavalo, assim ninguém poderia
falar nada. Ao passar por uma outra cidade, escuta atônito dos
moradores: “Pobre animal carregando duas pessoas. Como existem
pessoas que maltratam os animais!” Moral da história: não queira
agradar aos homens, você vai sempre se decepcionar, mas procure
sempre agradar a Deus e a felicidade você encontrará.
“Aquele que avalia as coisas pelo que elas são, e não conforme os
outros dizem, é mais ensinado por Deus que pelos homens.”
(Imitação de Cristo)

“Aliás, sabemos que todas as coisas concorrem para o bem


daqueles que amam a Deus, daqueles que são os eleitos, segundo
os Seus desígnios”. (Rm 8, 28)

25 • MUDANDO DE PERGUNTA

Uma jovem de muita fé, participante de um grupo de jovens, chega


na igreja e diz ao padre: “Eu quero morrer. Meu noivo me
abandonou depois de tantos anos de namoro. É a pior coisa que
podia acontecer na minha vida. Por que Deus permitiu isso?”.
“Minha filha, você deve rezar e agradecer a Deus. Ele sabe o que
faz… A resposta a deixa com mais raiva. Ela vai embora e não volta
mais à igreja. Um ano depois ela descobre que o ex-noivo era
estelionatário e foi preso por desviar uma grande quantia em
dinheiro. Se estivesse com ele, também estaria presa, pois ele tinha
envolvido a atual namorada como cúmplice no desfalque. A jovem
volta para a igreja e conta ao padre o acontecido, e ali ela aprende a
mais importante lição de sua vida. “Minha filha, aprenda esta lição e
você será sempre feliz em sua vida. No sofrimento, acredite na
misericórdia de Deus e substitua a pergunta “por quê” pela pergunta
“para que”. Só assim, você entenderá o propósito das coisas que
acontecem à sua volta.” Você também pode mudar de pergunta, e
irá perceber que muita coisa em sua vida vai se transformar para
melhor. Experimente…

“Não julgue o modo de Deus agir, a não ser que você queira cair no
erro. Aceite e entenda.” (S. Agostinho)

“Não só isso, mas nos gloriamos até das tribulações. Pois sabemos
que a tribulação produz a paciência, a paciência prova a fidelidade e
a fidelidade, comprovada, produz a esperança. E a esperança não
engana. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações
pelo Espírito Santo que nos foi dado.” (Rm 5, 3-5)

26 • CUIDADO COM O ÓCIO!

Um jovem eremita se dirige ao abade e lhe segreda suas penas:


apesar de rezar, meditar, trabalhar e fazer penitência, sente-se
assaltado por maus pensamentos. O abade aconselha: “Mude de
trabalho, invente uma esteira diferente daquela sobre a qual você
repousa”. “Que conselho estranho”, pensou o monge. Todavia
começa a trabalhar, gasta o dia inteiro, e cheio de alegria, mostra a
esteira ao abade. Mas no dia seguinte voltam os maus
pensamentos, e o jovem volta ao abade: “Padre, o demônio
continua a me atormentar. O que posso fazer?” “Ah! É verdade?
Invente outro modelo de esteira.” As coisas continuaram assim por
algum tempo: esteiras sempre mais bonitas e elaboradas saíam das
mãos do jovem eremita. Mas a ação perturbadora do mal não
cessava, e o monge sofria. Todavia, o conselho do abade era
sempre o mesmo: “Coragem, faça outra esteira diferente.” A
Tebaida, região do Egito, foi invadida por tecidos de junco originais.
Nesse momento, animado pelo sucesso de suas esteiras, o monge
se dedicou ao trabalho e o diabo se cansou: “Não há mais nada a
ser feito com esse monge: sua mente está ocupada com
pensamentos alegres e à noite está tão cansado que logo
adormece. Quando as pessoas pensam em Deus, rezam e
trabalham dessa forma, elas são felizes e não há nada que eu
possa fazer”.

“Onde há o torpor da preguiça, depressa aí crescem os pungentes


espinhos dos maus pensamentos.” (S. Antônio)

“Intimamo-vos, irmãos, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo,


que eviteis a convivência de todo irmão que leve vida ociosa e
contrária à tradição que de nós tendes recebido. Sabeis
perfeitamente o que deveis fazer para nos imitar. Não temos vivido
entre vós desregradamente, nem temos comido de graça o pão de
ninguém. Mas, com trabalho e fadiga, labutamos noite e dia, para
não sermos pesados a nenhum de vós.” (2Ts3, 6-7)

27 • A CHAVE DO PARAÍSO

Um frade, que gastara toda a sua vida costurando hábitos e


remendando as pobres roupas do convento, estava morrendo.
Durante sua serena agonia dirigiu-se aos confrades: “Tragam-me,
por favor, a chave do Paraíso!” “Coitado, está delirando. Quem é
capaz de entender o que ele diz? Será que está querendo a Regra?
Será que está pedindo o Rosário? Melhor ainda, vamos dar-lhe uma
cruz”. Mas a todas estas afirmações, ele negava com a cabeça. Não
era nada disso o que ele pedia. Por fim, o prior entendeu-o. Correu
à lavanderia, tirou uma agulha do estojo e a levou ao moribundo. Ele
pegou o minúsculo objeto e, dirigindo-se a ela como a um ser
animado, murmurou: “Trabalhamos tanto, nós dois, não é mesmo? E
juntos procuramos cumprir sempre a vontade de Deus. Agora você
me abrirá a porta do céu. Estou certo disso.” E o frade morreu feliz.
Aquela agulha fora o instrumento que o ajudara, dia após dia, a
ganhar o Paraíso.

“Quem tem a verdadeira e perfeita caridade em nenhuma coisa


busca a si mesmo, mas deseja que em todas Deus seja glorificado.”
(Imitação de Cristo)

“Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os


discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam, por
medo dos judeus. Jesus veio e pôs- se no meio deles e disse-lhes:
A paz esteja convosco!”. (Jo 20,19)

28 • A PAZ

Certa vez, houve um concurso de pintura e o primeiro lugar seria


dado ao quadro que melhor representasse a paz. Ficaram, entre
muitos, três finalistas igualmente empatados. O primeiro retratava
uma imensa pastagem com lindas flores e borboletas que bailavam
no ar, acariciadas por uma brisa suave. O segundo mostrava
pássaros a voar sob nuvens brancas como a neve, em meio ao azul
anil do céu. O terceiro mostrava um grande rochedo sendo açoitado
pela violência das ondas do mar, em meio a uma tempestade
estrondosa e cheia de relâmpagos. Mas, para surpresa e espanto
dos finalistas, o escolhido foi o terceiro quadro, o que retratava a
violência das ondas contra o rochedo. Indignados, os dois pintores
que não foram escolhidos, questionaram o juiz que deu o voto de
desempate: Como este quadro tão violento pode representar a paz,
Sr. juiz? E o juiz, com uma serenidade muito grande no olhar, disse:
Vocês repararam que em meio à violência das ondas e à
tempestade há, numa das fendas do rochedo, um passarinho com
seus filhotes, dormindo tranqüilamente? E os pintores sem entender
responderam: sim, mas… Antes que eles concluíssem a frase, o juiz
ponderou: Caros amigos, a verdadeira paz é aquela que mesmo nos
momentos mais difíceis nos permite repousar tranqüilos.

“Busca a paz dentro de ti, em ti mesmo; se a encontrares, terás paz


com Deus e com o próximo.” (S. Antônio)

“Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela


virtude dAquele que nos amou”. (Rm 8,37)

29 • SEJA POSITIVO, E VITÓRIAS VOCÊ ALCANÇARÁ

Um famoso dono de uma fábrica de sapatos estava para contratar


um vendedor. Eram vários candidatos para uma única vaga e ele
gostou de dois deles. Resolveu então, fazer um teste para poder
decidir quem ficaria com a vaga. Chamou o primeiro rapaz e
mandou-o vender sapatos numa certa cidade. Depois de uma
semana ele retornou desanimado, e disse ao dono da fábrica: “O
senhor me mandou para o lugar errado, pois lá ninguém usa
sapatos, assim não pude vendê-los”. Enviou para o mesmo local o
outro rapaz que, dois dias depois, retornou feliz dizendo: “o lugar é
maravilhoso, o senhor acertou. Cheguei e percebi que ninguém
tinha sapato, fui mostrando o bom que era estar calçado. Vendi tudo
e eles querem mais”. Numa mesma situação, dependendo da forma
como encaramos os problemas e as dificuldades, podemos vencer
ou sermos derrotados.

“Muitos se deixam levar pela impaciência e pelo desalento, logo que


as coisas não correm como desejam.” (Imitação de Cristo)

“A ciência do sábio espalha-se como a água que transborda, e o


conselho que ele dá permanece como fonte de vida”. (Eclo 21,16)

30 • PARA PREGADORES (SACERDOTES E LEIGOS)

Recém ordenado sacerdote, Felipe, foi enviado para uma paróquia


no interior. Todo feliz, ele conhece a Igreja que fica na praça da
pequena cidade e, depois de instalado, foi dormir cedo para celebrar
sua primeira missa no dia seguinte. Às seis da manhã, abre as
portas da igreja, e toca o sino para anunciar que teria missa. Ele
havia preparado a sua primeira homilia com tanto carinho, que não
via a hora de começar a missa. Faltando dez minutos para o início
ele, da sacristia, olha para ver quantos fiéis estão na igreja. Um
pouco decepcionado, ele vê apenas um senhor sentado no ultimo
banco. Seis e meia em ponto, olha de novo, agora já paramentado,
e vê somente aquele homem. Espera mais dez minutos e desiste de
celebrar. Quando o senhor percebe que o jovem padre não vai
celebrar, cumprimenta o sacerdote e lhe diz: “Sabe padre, eu tenho
uma fazenda com muitas vacas,mas eu comecei com apenas uma e
com o tempo fui conseguindo mais e mais. Hoje eu tenho uma
grande manada.” Vestindo novamente os paramentos, o padre
respondeu: o senhor está certo! Entendi a mensagem e agradeço,
vamos celebrar a missa. Com toda a alegria ele começa a missa.
Eram quase sete horas da manhã e, mesmo estando apenas aquele
senhor participando, o padre celebra com entusiasmo e faz uma
homilia toda especial. Só para se ter uma idéia, ele terminou a
missa DUAS horas depois. Todo feliz, terminada a missa, ele vai
para a sacristia. O senhor se aproxima e diz: “Quando eu vou
alimentar as minhas vacas, eu preparo a comida para todas, mas
quando só uma vem comer, eu não a entupo com toda a comida.
“Sê vigilante e diligente no serviço de Deus, e pensa amiúde para
que vieste e porque deixaste o inundo.” (Imitação de Cristo)

“Junto à cruz de Jesus estava, de pé, sua mãe. Quando Jesus viu
sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe:
“Mulher, eis aí teu filho.” Depois disse ao discípulo: “Eis aí tua mãe”.
E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa”. (Jo
19,25-27)

31 • PELOS FUNDOS

Jesus no céu, estava preocupado e foi até a entrada falar com São
Pedro: “Pedro, minha paz esteja com você. Como está a entrada
das pessoas aqui no Paraíso?” Pedro responde olhando num
grande livro: aqui está tudo tranqüilo, por que Senhor? “Você não
quer a ajuda de Paulo ou de outro apóstolo? Eu tenho percebido
que cada vez mais o céu está cheio. O que está acontecendo?” Diz
Pedro: “Ah, já sei, Mestre. Vamos lá nos fundos e o Senhor vai
entender. Chegando nos fundos, Jesus vê Sua Mãe, sobre uma
escada encostada no muro, com uma corda em forma de rosário.
Todos os que rezavam diariamente o terço, seguravam na corda de
Nossa Senhora e eram puxados por ela, para dentro do céu.
Sorrindo, Jesus foi ao lado dela dar todo o Seu AMOR e toda a Sua
Força, para puxar a corda.

“Torre fortíssima é o nome da Senhora. Refugie-se nela o pecador e


salvar-se-á.” (S. Antônio)

“Este é o oráculo do Senhor a respeito de Zorobabel: não pelo


poder, nem pela violência, mas sim pelo meu Espírito que ele
cumprirá sua missão. Ele porá a pedra de remate em meio de
aclamações: Graças, graças a ela! Alegrar-se-ão quando virem o fio
de prumo ( terço) na mão de Zorobabel!” (Zc 4,6.7b.10b)

32 • A ORAÇÃO DA MÃE
Numa pequena cidade do interior da Itália, todos os domingos, uma
mãe ia a missa, com seus filhos. Começa a Segunda Guerra
Mundial e os jovens são convocados a defender o país. O filho mais
velho é chamado, deixando-a muito aflita. Como fosse devota de
Nossa Senhora e todos os dias rezasse o terço, entrega ao filho, o
seu rosário. Ele retrucou:“Eu não vou usar isso. Nem sei rezar o
terço!” ” Não se preocupe meu filho, a partir de hoje eu vou rezar o
rosário todos os dias por você, tenha-o sempre por perto e ele será
sua verdadeira arma.” Para não deixar sua mãe mais preocupada,
ele guardou o terço. No fronte, começando a batalha, ele é ferido e
é constatada a sua morte. Ao termino da sangrenta batalha com os
alemães, os corpos são recolhidos e enterrados em valas. Ao ser
jogado na vala, cai de seu bolso o terço dado por sua mãe e, por ser
católico, resolvem enterrá-lo numa cova separada. Quando o
separaram dos outros cadáveres, percebem que ainda está vivo e o
levam para a enfermaria. Já a salvo, um soldado que recolhia os
corpos e os enterrava, entrega o terço em suas mãos e conta para
ele que se não fosse por isso ele estaria enterrado na vala.
Emocionado ele diz: “A primeira coisa que vou fazer ao voltar, é
aprender a rezar o terço e este aqui ficará sempre comigo”. A fé
daquela mãe e a intercessão da Mãe das mães salvaram fisica e
espiritualmente aquele jovem.

“A fé se compara à videira: enraíza depressa, estende os ramos da


caridade, entrelaça outros a si e produz o cacho das boas obras.”
(S. Antônio)

“Vós que temeis ao Senhor, amai-O, e vossos corações se encherão


de luz.” (Eclo

2,10)

33 • JESUS SENHOR

Um sacerdote foi pregar um retiro numa paróquia vizinha.


Hospedou-se na residência de um rico casal muito religioso. Era o
casal que organizava o retiro,e com grande alegria recepcionava a
todos. À noite, após o jantar, o casal levou o sacerdote para tomar
um chá numa sala luxuosa e ele viu um quadro maravilhoso do
Sagrado Coração de Jesus, que causaria admiração a quem
entrasse naquela sala. Voltando-se para o sacerdote, o marido
disse: “Este quadro pertenceu a minha avó, depois a minha mãe e
com o seu falecimento, há dez anos, eu o trouxe para cá. Dom
Henrique, nosso bispo, o entronizou para nós”. Sua esposa
interfere, dizendo: “Mas foi apenas há um ano que Jesus, de fato,
entrou em nossas vidas”. Surpreso com a sinceridade da mulher, o
sacerdote disse: Suas palavras serão o tema de minha palestra
amanhã, pois muitos possuem Jesus, mas não o experimentam de
fato. Que Jesus seja Senhor de nossa vida e de nossa casa, não
apenas na imagem mas, profundamente, em nossos corações.

“Cristo é o caminho pelo qual você segue e o ancoradouro para o


qual você se dirige.” (S. Agostinho)

“Meu filho, aceita a instrução desde teus jovens anos, ganharás uma
sabedoria que durará até a velhice. Permanece na companhia dos
doutos anciãos, une-te de coração à sua sabedoria, a fim de que
possas ouvir o que dizem de Deus, e não te escapem suas
louváveis máximas. Se vires um homem sensato, madruga para ir
ter com ele, desgaste o teu pé o limiar de sua porta.” (Eclo 6,18.35-
36)

34 • LIÇÃO DO MONGE

Vivia num mosteiro um monge muito santo, todos o admiravam pelo


seu modo de agir e rezar. Um jovem noviço entrou para o mosteiro
motivado pelas atitudes e exemplos desse monge. Um certo dia, o
monge faz um convite ao noviço: “Você quer sair comigo para
evangelizar?” O jovem fica muito feliz com o convite, afinal, sair e
evangelizar com o monge era tudo o que ele sempre sonhara. No
dia seguinte saíram bem cedinho, em direção à cidade cruzando-a
de ponta a ponta sem dizer uma só palavra. Quando retornaram ao
mosteiro, o jovem, triste, por não ter evangelizado, diz ao monge:
“Meu pai, pensei que íamos evangelizar. Não ajudamos ninguém,
não levamos a Palavra de Deus para nenhuma pessoa sequer. O
monge sorrindo lhe responde: “Hoje você aprendeu uma grande
lição. Nós evangelizamos mais do que com palavras. Quando os
jovens que bebiam e zombavam de uma donzela, na taberna, nos
viram, pararam de atormentar a moça e mudaram o seu
procedimento. A menina para quem acenamos, correu sorrindo para
contar à sua mãe que passamos por ali. Aquela pobre senhora que
ao nos ver, fez o sinal da cruz, hoje foi seu último suspiro aqui nesta
terra. Meu jovem, aprenda esta lição: as palavras movem, mas os
testemunhos arrastam. Passados alguns anos, o jovem se tornou o
prior do mosteiro, e o que aprendeu do velho amigo monge
ensinava aos noviços.

“Em nossa jornada, devemos representar a Cristo onde e quando for


preciso.” (S. Agostinho)

“Mais vale procurar refúgio no Senhor do que confiar no homem”.


(SI 117,8)

35 • A QUEM ESTOU ESCUTANDO

Numa cidade do interior de São Paulo, a cada ano, realiza-se uma


corrida que nunca teve vencedor. Todos os anos, o prefeito lança o
seguinte desafio: sem preparação, sem pausa para descanso, sem
água, aquele que subir e descer a colina, e chegar até o palanque
da praça principal, será o vencedor. O prêmio já se acumula por dez
anos e, até hoje, ninguém conseguiu ganhar. Este ano, por causa do
prêmio, várias pessoas se inscreveram para competir. Os
moradores da cidade estavam todos presentes e, indiretamente,
eles eram os responsáveis pelo fracasso das corridas. Antes mesmo
da largada, já começavam a comentar sobre os participantes: “Olha
aquele, como é gordo!”, “Nossa! Aquele é muito magro!” Muitos já
desistiam antes de iniciar a prova.. Começa a corrida e os
comentários continuam: “Não vão agüentar!”, “Esse aí vai morrer de
infarto !”, “Nossa! Como está vermelho!” Cada vez, mais
participantes iam desistindo da prova. “Que pena ele é muito velho
para correr!”, “Olhe lá, como corre mal…”. Quase no final, faltando
menos de um quilômetro, sobram apenas dois corredores, e pela
expressão de ambos, estão muito cansados. O povo continua
gritando: “Não vai dar! Desista! É melhor que morrer!” Nesse
momento, um deles cai de cansaço enquanto o outro não desiste e,
para surpresa de todos, cruza a linha de chegada. Depois de dez
anos, enfim tinha um vencedor. O prefeito feliz, com o cheque e o
prêmio nas mãos, começa a falar com o vencedor que nem lhe dá
atenção. No microfone pergunta a todos: “Alguém conhece este
cidadão?” Lá do fundo, uma voz responde: “Ele é meu primo,
chegou aqui na semana passada. Ah!...Ele é surdo”. Se dermos
mais atenção ao que o mundo fala, e não escutarmos a Deus,
estamos perdidos. A quem estamos escutando?

“Que são as palavras dos homens senão palavras? Ferem o ar, mas
não ofendem a quem está firme e forte como o rochedo.” (Imitação
de Cristo)

“Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus,


criou o “Ó meu Deus, criai em mim um coração puro, e renovai-me o
espírito de homem e a mulher”. (Gn 1,27) firmeza”. (Sl 50,12)

36 • PARÁBOLA DA ROSA

Um homem plantou uma roseira e passou a regá-la todos os dias. A


roseira cresceu e já se podia perceber o primeiro botão de rosa
quando, analisando o caule cheio de espinhos, o homem pensou:
“Como pode uma flor tão bela vir de uma planta rodeada de
espinhos tão afiados!” Entristecido com sua descoberta, ele
recusou-se a regar a roseira e, antes mesmo de desabrochar a
primeira rosa, ela morreu. Assim acontece com muitas pessoas.
Dentro de cada alma há uma rosa – as qualidades dadas por Deus,
e também os espinhos – as nossas faltas. Muitos de nós olhamos
para nós mesmos e vemos apenas os espinhos, os defeitos. Nós
nos desesperamos, achando que nada de bom pode vir do nosso
interior. Nós nos recusamos a regar o bem dentro de nós, e como
conseqüência, ele morre. Nem sempre percebemos o nosso
potencial. Algumas pessoas não vêem a rosa dentro delas mesmas.
Portanto, um outro alguém deve mostrar a elas. Um dos maiores
dons que se pode possuir é a capacidade de passar pelos espinhos
e encontrar a rosa dentro de outras pessoas. Olhar uma pessoa e
conhecer suas verdadeiras qualidades. Aceitar aquela pessoa em
sua vida, enquanto reconhece a beleza de sua alma e ajudá-la a
perceber que ela pode superar suas aparentes imperfeições. Esta é
a característica do amor. Se mostramos a essas pessoas a rosa,
elas superam seus próprios espinhos. Só assim elas podem
desabrochar muitas e muitas vezes. Portanto, sorria, e descubra a
rosa que existe dentro de você e também dentro das pessoas que
você ama…

“Meu coração está seguro e firme em Jesus Cristo.” (Santa Ágata)

37 • A INOCÊNCIA

Uma menininha, diariamente, vai e volta andando até a escola.


Apesar do mau tempo daquela manhã e de nuvens pesadas
estarem se formando, ela fez seu caminho como de costume.
Conforme a tempestade ia se aproximando, os ventos aumentaram
e junto vieram os raios e trovões. A mãe em casa, pensou que sua
filhinha poderia ter muito medo no caminho de volta e resolveu ir
buscá-la. Preocupada, a mãe rapidamente entrou em seu carro e
dirigiu pelo caminho em direção à escola. Logo ela avistou sua
filhinha andando, mas, a cada relâmpago, ela parava, olhava para
cima e sorria. Outro, outro, e mais outro relâmpago e, após cada
um, ela parava, olhava para cima e sorria. Finalmente, quando
entrou no carro, a mãe curiosa foi logo perguntando: – O que você
estava fazendo? A garotinha respondeu: – Sorrindo! Deus não pára
de me fotografar!! Deixemos que toda inocência floresça em nossos
corações, para podermos ver a bela e real felicidade que existe nos
momentos de simplicidade…
“A simplicidade busca a Deus; a pureza O abraça e nEle se
compraz.” (Imitação de Cristo)

“Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é


o Reino dos Céus! (Mt 5,3)

38 • UM HOMEM FELIZ

Narra a antiga lenda, que certa vez um rei adoeceu gravemente, e à


medida que o tempo passava, seu estado de saúde piorava. Os
médicos tentavam de tudo para recuperá-lo, mas nada parecia
funcionar. Todos já se encontravam sem esperança quando a velha
criada falou: – Eu sei como salvar o rei. Se vocês puderem
encontrar um homem feliz, tirarem- lhe a camisa e a vestirem no rei,
ele se recuperará. Ao ouvir tal afirmativa, o rei enviou seus
mensageiros a todos os cantos do reino à procura de um homem
feliz. Eles cavalgaram por todos os lugares e não encontraram um
homem feliz. Ninguém estava satisfeito. Todos tinham uma queixa:
Aquele alfaiate estúpido fez as calças muito curtas! – Ouviram um
homem dizer. A comida está péssima, este cozinheiro não consegue
fazer nada direito! Reclamava o outro. O que há de errado com os
nossos filhos! – Resmungava um pai insatisfeito. O teto está
vazando! A situação financeira está péssima. Será que o rei não
pode dar um jeito nessa situação? Essas e outras tantas queixas
era o que os mensageiros do rei ouviam por onde passavam. Se um
homem era rico, não tinha o bastante; se não era rico, era culpa de
alguém. Se era saudável, havia uma sogra indesejável em sua vida.
Se tinha uma boa sogra, a gripe o estava infelicitando. Enfim,
naquele reino todos tinham algo a reclamar. O rei já tinha perdido a
esperança de se curar quando, numa noite, seu filho cavalgava
pelos campos e, ao passar perto de uma cabana, ouviu alguém
dizer: – Obrigado Senhor! Concluí meu trabalho diário e ajudei meu
semelhante. Comi meu alimento, e agora posso deitar-me e dormir
em paz. O que mais poderia desejar, Senhor? O príncipe exultou de
felicidade por ter, finalmente, encontrado um homem feliz. Mandou
que seus homens fossem até lá, pagassem o quanto ele pedisse, e
levassem a camisa do homem ao rei. Mas quando os mensageiros
do rei entraram na cabana para despir a camisa do homem feliz,
descobriram que ele era tão pobre que sequer possuía uma camisa.

“A pobreza reveste a alma de virtudes, as riquezas temporais a


desnudam.” (S. Antônio)

“Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa manchar; mas


o que sai do homem, isso é que mancha o homem.” (Mc 7, 15)

39 • O VENDEDOR DE BALÕES

Era uma vez um velho homem que vendia balões numa quermesse.
Evidentemente o homem era um bom vendedor, pois deixou um
balão vermelho soltar-se e elevar- se aos ares, atraindo, desse
modo, uma multidão de jovens compradores. Havia ali perto um
menino negro. Estava observando o vendedor e, é claro, apreciando
os balões. Depois de ter soltado o balão vermelho, o homem soltou
um azul, depois um amarelo e finalmente um branco. Todos foram
subindo até desaparecerem no céu. O menino, de olhar atento,
seguia a cada um. Ficava imaginando mil coisas… Mas uma coisa o
aborrecia, o homem não soltava o balão preto. Então aproximou- se
do vendedor e lhe perguntou: Moço, se o senhor soltasse o balão
preto, subiria ele tanto quanto os outros? O vendedor de balões
sorriu compreensivamente para o menino, arrebentou a linha que
prendia o balão preto e enquanto ele se elevava nos ares disse: Não
é a cor filho, é o que está dentro dele que o faz subir.

“Quem ama, corre, voa; vive alegre, é livre e nada o embaraça.”


(Imitação de Cristo)

“Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, descobriu


um tesouro”. (Eclo 6,14)

40 • A TRANSFUSÃO
Numa aldeia vietnamita, um orfanato dirigido por um grupo de
missionários foi atingido durante um bombardeio. Os missionários e
duas crianças tiveram morte imediata e as pessoas restantes,
ficaram gravemente feridas. Entre elas, uma menina de oito anos,
em estado crítico. Era necessário chamar ajuda por um rádio e, ao
fim de algum tempo, um médico e uma enfermeira da Marinha dos
EUA chegaram ao local. Teriam que agir rapidamente, para que a
menina não morresse, pelos traumatismos e a perda de sangue. Era
necessário fazer uma transfusão e, entre gestos, e palavras soltas
no idioma, tentavam explicar que precisavam de um voluntário para
doar o sangue. Depois de um silêncio sepulcral, viu-se um braço
magrinho levantar-se timidamente. Era um menino chamado Heng.
Ele foi preparado às pressas, ao lado da menina agonizante, e
começaram a transfusão. Ele se mantinha quietinho e com o olhar
fixo no teto. Passado um momento, ele deixou escapar um soluço e
tapou o rosto com a mão que estava livre. O médico lhe perguntou
se estava doendo, e ele negou. Mas não demorou muito a soluçar
de novo, contendo as lágrimas. O médico ficou preocupado e voltou
a lhe perguntar, e novamente ele negou. Os soluços ocasionais
deram lugar a um choro silencioso, mas ininterrupto. Era evidente
que alguma coisa estava errada. Foi então que apareceu uma
enfermeira vietnamita vinda de outra aldeia. O médico pediu então
que ela procurasse saber o que estava acontecendo com o menino.
Com a voz meiga e doce, a enfermeira foi conversando com ele e
explicando algumas coisas. A expressão no rosto do menino foi se
tornando suave. Minutos depois ele já estava tranqüilo novamente.
A enfermeira então explicou aos americanos: Ele pensou que ia
morrer, não tinha entendido o que vocês disseram e estava achando
que ia dar todo o seu sangue para a menina não morrer. O médico
aproximou-se dele e, com a ajuda da enfermeira, perguntou: Mas,
se era assim, porque então que você se ofereceu para doar o
sangue? E o menino respondeu, com o olhar terno: ELA É MINHA
AMIGA...

“Ame seu próximo e verá dentro de você a fonte desse amor. Lá


você verá Deus tão puramente quanto for capaz.” (S. Agostinho)
“Meu filho, se me ouvires com atenção, serás instruído; se
submeteres o teu espírito, tornar-te-ás sábio. Se me deres ouvido,
receberás a doutrina. Se gostares de ouvir, adquirirás a sabedoria.”
(Eclo 6,33-34)

41 • O BARBEIRO

Um senhor estava no barbeiro cortando os cabelos e fazendo a


barba. Conversava com o barbeiro e falava da vida e de Deus.
Depois de algum tempo de conversa, o barbeiro incrédulo não
agüentou e falou: Deixa disso, meu caro, Deus não existe !!! Por
quê?- perguntou Ora, se Deus existisse não haveria tantos
miseráveis passando fome! Olhe em volta e veja quanta tristeza. É
só andar pelas ruas e reparar! – Bem, esta é a sua maneira de
pensar, não é? – Sim, claro! – respondeu o barbeiro. O freguês
pagou o corte e foi saindo, quando avistou um maltrapilho imundo,
com longos e feios cabelos, barba comprida, suja, abaixo do
pescoço, não agüentou, deu meia volta e interpelou o barbeiro:
Sabe de uma coisa, não acredito em barbeiros! Como? – perguntou
o barbeiro. – Sim, se existissem barbeiros, não haveria pessoas de
cabelos e barbas compridas! Ora, eles estão assim porque querem.
Se desejassem mudar, viriam até mim !!! Entendeu agora?

“Aprende a desprezar as coisas exteriores e dar-te às interiores, e


verás como vem a ti o Reino de Deus.” (Imitação de Cristo)

Isaías 44, 1-2: “Agora, escuta Jacó, meu servo, Israel, a quem
escolhi. Eis o que diz o Senhor que te criou, que te formou desde o
seio materno e te socorreu.: nada temas, Jacó, meu servo, meu
Israel, a quem escolhi!” (Is 44, 1-2)

42 • PEGADAS NA AREIA

Uma noite eu tive um sonho… Sonhei que estava andando na praia


com o Senhor, E olhando para o céu, eu via cenas da minha vida.
Para cada cena que passava, percebi pegadas na areia; uma era
minha e a outra do Senhor. Quando a última cena de minha vida
passou diante de nós, olhei para as pegadas na areia, e notei que
muitas vezes no caminho da minha vida havia apenas um par de
pegadas na areia. Notei também que isso aconteceu nos momentos
mais difíceis da minha vida. Isso aborreceu-me deveras e perguntei
então ao Senhor: Senhor, Tu me disseste que, uma vez que eu
resolvesse Te seguir, Tu andarias sempre comigo, durante todo o
caminho. Mas notei que nos momentos das maiores atribulações do
meu viver havia na areia dos caminhos da vida, apenas um par de
pegadas. Não compreendo por que nas horas em que eu mais
necessitava, Tu me deixaste. O Senhor respondeu: Meu precioso
filho, Eu te amo e jamais te deixaria nas horas da tua prova e do teu
sofrimento. Quando viste na areia apenas um par de pegadas, foi
exatamente aí que EU TE CARREGUEI EM MEUS BRAÇOS!!!
“Ama e tem por amigo aquele que não te faltará quando todos te
desampararem.” (Imitação de Cristo)

“Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto.


Porque todo aquele que pede, recebe. Quem busca, acha. A quem
bate, abrir-se-á.” (Mt 7,7-8)

43. 0 QUADRO

Um homem havia pintado um lindo quadro. No dia de apresentá-lo


ao público, convidou todo mundo para vê-lo. Compareceram as
autoridades do local, fotógrafos, jornalistas, e muita gente, pois o
pintor era muito famoso e um grande artista. Chegado o momento,
tirou-se o pano que velava o quadro. Houve caloroso aplauso. Era
uma impressionante figura de Jesus, batendo suavemente à porta
de uma casa. A imagem de Cristo parecia real. Com o ouvido junto
à porta, Ele mostrava querer ouvir se lá dentro alguém respondia.
Houve discursos e elogios. Todos admiravam aquela obra de arte.
Um observador curioso porém, achou uma falha no quadro, a porta
não tinha fechadura.Foi perguntar ao artista: Sua porta não tem
fechadura! Como é que ela será aberta? É assim mesmo –
respondeu o pintor. – Esta é a porta do coração humano. Só se abre
do lado de dentro.
“O que mais podemos oferecer a Deus senão sermos Seu templo?
(S. Agostinho)

“Aquele que possui uma mulher virtuosa tem com que tornar-se rico;
é uma ajuda que lhe é semelhante, e uma coluna de apoio.” (Eclo
36,26)

44 . AS DUAS JÓIAS

Uma antiga lenda árabe conta, que um rabino, religioso e dedicado,


vivia muito feliz com sua família, esposa admirável e dois filhos
queridos. Certa vez, por imperativos da religião, o rabino
empreendeu longa viagem ausentando-se do lar por vários dias. No
período em que estava ausente, um grave acidente provocou a
morte dos dois filhos amados. A mãe sentiu o coração dilacerado de
dor. No entanto, por ser uma mulher forte, sustentada pela fé e pela
confiança em Deus, suportou o choque com bravura. Mas uma
preocupação lhe vinha à mente: como dar ao esposo a triste
notícia? Sabendo-o portador de insuficiência cardíaca, temia que
não suportasse tamanha comoção. Lembrou-se de fazer uma prece.
Rogou a Deus auxilio para resolver a difícil questão. Alguns dias
depois, num final de tarde, o rabino retornou ao lar. Abraçou
demoradamente a esposa e perguntou pelos filhos. Ela pediu para
que não se preocupasse. Que tomasse o seu banho, e logo depois
ela lhe falaria dos moços. Alguns minutos depois estavam ambos
sentados à mesa. Ela lhe perguntou sobre a viagem, e logo ele
perguntou novamente pelos filhos. A esposa, numa atitude um tanto
embaraçada, respondeu ao marido: – Deixe os filhos. Primeiro
quero que me ajude a resolver um problema que considero grave. O
marido, já um pouco preocupado perguntou: O que aconteceu?
Notei que você está abatida! Fale, resolveremos juntos, com a ajuda
de Deus. – Enquanto você esteve ausente, um amigo nosso visitou-
me e deixou duas jóias de valor incalculável, para que as
guardasse. São jóias muito preciosas! Jamais vi algo tão belo! O
problema é esse! Ele vem buscá-las e eu não estou disposta a
devolvê-las, pois já me afeiçoei a elas. O que você me diz? – Ora
mulher! Não estou entendendo o seu comportamento! Você nunca
cultivou vaidades!... Por que isso agora? – É que nunca havia visto
jóias assim! São maravilhosas! – Podem até ser, mas não lhe
pertencem! Terá que devolvê-las. – Mas eu não consigo aceitar a
idéia de perdê-las! E o rabino respondeu com firmeza: Ninguém
perde o que não possui. Retê-las equivaleria a roubo! Vamos
devolvê-las, eu a ajudarei. Faremos isso juntos, hoje mesmo. Pois
bem, meu querido, seja feita a sua vontade. O tesouro será
devolvido. Na verdade isso já foi feito. As jóias preciosas eram
nossos filhos. Deus os confiou à nossa guarda, e durante a sua
viagem veio buscá-los. Eles se foram… O rabino compreendeu a
mensagem. Abraçou a esposa, e juntos derramaram muitas
lágrimas.

“A vida dos homens passa tão ligeira como a sombra.” (Imitação de


Cristo)

“Aquele que teme ao Senhor não tremerá; de nada terá medo, pois
o próprio Senhor é sua esperança.” (Eclo 34,16)

45 • HÁ PODER EM SUAS PALAVRAS

Nunca diga: “Eu não posso, pois tudo posso naquele que me
fortalece” (F14,13). Nunca diga: “Eu não tenho, pois o meu Deus,
segundo a Sua riqueza em glória, há de suprir em Cristo Jesus,
cada uma de minhas necessidades” (F14.19). Nunca diga: “Eu
tenho medo, pois Deus não nos tem dado um espírito de temor, mas
de poder, de amor e de moderação” (2Tm 1,7). Nunca diga: “Eu
tenho falta de fé, pois eu tenho a medida da fé que Deus repartiu a
cada um” (Rm 12,3). Nunca diga: “Eu sou fraco, pois o Senhor é a
fortaleza da minha vida” (S127,1). Nunca diga: “Eu estou derrotado,
pois Deus em Cristo sempre me conduz ao triunfo” (2Cor 2,14).
Nunca diga: “Eu não tenho sabedoria, pois em Cristo Jesus fostes
cumulado de todos os dons” (1Cor 1,5). Nunca diga: “Eu estou
enfermo, pois pelas Suas chagas fomos curados” (Is 53,5). Nunca
diga: “Eu estou ansioso, frustrado, pois estou lançando sobre Ele
toda a minha ansiedade, porque Ele tem cuidado de mim” (1 Pd
5,7). Nunca diga: “Eu estou preso, pois onde está o Espírito do
Senhor aí há liberdade” (2Cor 3,17). Nunca diga: “Eu estou
condenado, pois nenhuma condenação há para os que estão em
Cristo Jesus” (Rm 8,1).

“Só Deus, eterno, imenso e que tudo enche, é a consolação da


alma, e a verdadeira alegria do coração.” (Imitação de Cristo)

“Todos os atletas impõem a si muitas privações; e o fazem para


alcançar uma coroa corruptível. Nós o fazemos por uma coroa
incorruptível. Assim, eu corro, mas não sem rumo certo.” (I Cor 9,
25-26a)

46 • ELE NÃO DESISTIU

Aconteceu no Indoor Games Meet in Los Angeles (Jogos em


Recintos Fechados) de 1964 . Na corrida de jarda, Bill Crothers, um
farmacêutico canadense de 23 anos, esborrachou-se no chão
quando tropeçou em um dos corredores do grupo a seu lado,
faltando duas voltas e meia para o final. Um corredor após o outro
saltava por cima do infeliz corredor. Os demais corredores se
distanciaram dele quase meia volta da pista. Ninguém teria criticado
o jovem Bill por ter caído; nenhum treinador o teria chamado de
molenga. Mas apesar de um joelho contundido, Bill se levantou e
começou a correr depois dos outros corredores. Continuando ele
buscou ocupar o vazio entre ele e os outros. Então ele passou um,
dois, três, que iam para a reta final, perdendo apenas por uma
polegada para o vencedor que cruzou a fita em primeiro lugar. Ele
recebeu os aplausos da multidão dividindo as honras com o
vencedor, pois chegou apenas alguns segundos após o vencedor.
As tentações para deixar Cristo são muitas. Nós caímos e a
multidão passa por nós. Devemos aprender a lição que nos deu Bill
Crothers. Não deve o povo de Deus abandonar a luta. Não pode
haver nenhuma outra preocupação senão a de correr rumo à glória
de Deus.
“O Reino de Deus é o sumo bem e, por isso, deve ser procurado.
Procura-se pela fé, pela esperança e pela caridade.” (S. Antônio)

“Em verdade, em verdade vos digo: todas as vezes que fizestes isto
a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o
fizestes” (Mt 25,40)

47 • PASTEL, GUARANÁ E DEUS...

Havia um pequeno menino que queria se encontrar com Deus. Ele


sabia que tinha um longo caminho pela frente. Encheu então, sua
mochila com pastéis e guaraná, e começou sua caminhada. Quando
ele andou umas três quadras, encontrou um velhinho sentado em
um banco da praça olhando os pássaros. O menino sentou-se junto
a ele, abriu sua mochila, e antes de tomar um gole de guaraná, viu
ao lado o velhinho, que estava com “cara” de fome, e lhe ofereceu
um pastel. O velhinho muito agradecido aceitou, e sorriu ao menino.
Seu sorriso era tão incrível que o menino quis ver de novo, então ele
ofereceu-lhe seu guaraná. Mais uma vez o velhinho sorriu ao
menino. O menino estava tão feliz ! Ficaram sentados ali sorrindo,
comendo pastel e bebendo guaraná pelo resto da tarde sem falarem
um ao outro. Quando começou a escurecer, o menino sentiu-se
cansado, e resolveu voltar para casa, mas antes de sair ele se
voltou e deu um grande abraço no velhinho. O velhinho deu-lhe o
maior sorriso que o menino já havia recebido. Quando o menino
entrou em casa, sua mãe surpresa, ao ver a felicidade estampada
em sua face, perguntou: “O que você fez hoje que o deixou tão
feliz? Ele respondeu. “Passei a tarde com Deus”, e acrescentou:
“Você sabe? Ele tem o mais lindo sorriso que eu jamais vi”.
Enquanto isso, o velhinho chegou em casa com o mais radiante
sorriso na face, e seu filho perguntou: “Por onde você esteve, que
esta tão feliz?” Ele respondeu: “Comi pastéis e tomei guaraná no
parque com Deus.” Antes que seu filho pudesse dizer algo, ele
falou: “Você sabe que Ele é bem mais jovem do que eu pensava?”
Nunca subestime a força de um sorriso, o poder de uma palavra, de
um ouvido para ouvir, de um honesto elogio, ou até do menor ato de
carinho! Tudo isso tem o potencial de transformar uma vida.

“Quem acha a Deus acha um tesouro precioso, ou antes, um bem


acima de todo o bem.” (Imitação de Cristo)

“Não vos preocupeis com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as


suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado”. (Mt
6,34)

48 • O TEMPO

Imagine que você tenha uma conta bancária e a cada manhã você
receba um saldo de R$ 86.400,00. Só que não é permitido transferir
o saldo para o dia seguinte. Todas as noites o saldo é zerado,
mesmo que você não tenha gasto tudo. O que você faria?
Certamente você gastaria cada centavo. Pois isso não é
imaginação. Você é um cliente desse banco. Ele se chama “tempo”.
Todas as manhãs é creditado 86.400 segundos na sua vida. Todas
as noites o saldo é zerado. Não é permitido acumular saldo para o
dia seguinte. Todas as manhãs a sua conta é reiniciada e todas as
noites as sobras se evaporam. E nisso não há volta. Como você
anda gastando esse saldo que Deus credita em sua vida todas as
manhãs? Para você perceber o valor de um ano, pergunte a um
estudante que repetiu o ano na escola. Para você perceber o valor
de um mês, pergunte a uma mãe que teve o seu bebê
prematuramente. Para você perceber o valor de uma semana,
pergunte ao diretor de um jornal semanal. Para você perceber o
valor de uma hora, pergunte aos namorados que estão ansiosos por
se encontrar. Para você perceber o valor de um minuto, pergunte a
uma pessoa que perdeu o ônibus. Para você perceber o valor de um
segundo, pergunte a uma pessoa que conseguiu evitar um acidente.
Para você perceber o valor de um milésimo de segundo, pergunte a
alguém que venceu a medalha de ouro numa olimpíada. Valorize
cada momento que você tem. Ontem é história, Amanhã é mistério.
Hoje é dádiva, por isso é chamado de PRESENTE!
“O século compara-se à ponte: passa! Não te demores nela!” (S.
Agostinho)

“Não negligencieis a beneficência e a liberalidade. Estes são


sacrifícios que agradam a Deus”. (Hb 13,16)

49 • AS BÊNÇÃOS QUE POSSUÍMOS

“Tomara que o ano que vem seja melhor. Neste ano não me
aconteceu nada de bom”. Olhei para ver quem acabara de dizer
estas palavras e vi uma moça. Era muito bonita. Vinha com mais
duas colegas, abraçando seus livros e cadernos. Saíam do portão
de um colégio conhecido como um dos melhores, em nível de
ensino. A moça que disse aquela frase, que me chamou a atenção,
olhou para o seu relógio de pulso e exclamou: – Puxa! Tenho que
me apressar! Hoje é o aniversário de meu irmãozinho e vamos ter
uma festinha lá em casa. Eu prometi acompanhar minha mãe nas
compras do supermercado. Fez um sinal para o ônibus e despediu-
se alegre das amigas. Fiquei pensando: ela tinha dito que nada de
bom lhe acontecera. No entanto, era jovem, tinha saúde, beleza e
um lar onde, pelo menos um irmãozinho e a mãe a esperavam.
Estudava num bom colégio, tinha amigas e uma alegria de viver que
transparecia em todos os seus gestos. Quantas bençãos do céu ela
possuía, sem notar. Que pena que isso seja tão comum nas
pessoas.

“Deus faz bem ao homem, dando-lhe a graça da consolação; o


homem faz mal não atribuindo tudo a Deus, e não lhe dando
graças.” (Imitação de Cristo)

Salmo 23, 4°. 6°:“Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada


temerei, pois estais comigo. A vossa bonde e misericórdia hão de
seguir-me por todos os dias da minha vida”(Sl

23, 4.6)

50 • O AMIGO DE DEUS
Um certo mestre tinha à sua volta seus discípulos. Todos eram
muito dedicados e fiéis a ele, que os tratava com atenção e carinho.
Apesar de tratar todos de forma terna, esse mestre dedicava
atenção especial a um deles. Não demorou muito para que essa
diferença se mostrasse de alguma forma e os demais discípulos se
sentissem enciumados. Certo dia, o rabi entregou uma pomba
branca a cada um deles e ordenou: “Dispersem-se pelo bosque. No
momento em que se sentirem sozinhos, degolem a pomba. Depois
tragam aqui o corpo dela.” Todos os discípulos fizeram exatamente
como ele ordenara; exceto um, exatamente o preferido do mestre,
que voltou com a pomba viva. O mestre o inquiriu: “porque não a
mataste, descumprindo minha ordem?” Ao que ele respondeu:
“Mestre, em momento nenhum descumpri a sua ordem. Se não
degolei a pomba é porque não consegui me sentir sozinho. Tentei
em diversas situações, escondendo-me atrás das árvores, entrando
numa caverna, pulando num poço e tudo mais que pude imaginar.
Mas em todos os lugares que fui, sempre estive acompanhado de
DEUS. Não fiquei a sós em nenhum instante. Por isso não degolei a
pomba.” Então, voltando-se para os demais discípulos, o mestre
falou: “Vocês todos são muito fiéis e dedicados e eu os amo com
igualdade. Mas dou tratamento diferenciado a esse, porque ele é
AMIGO DE DEUS, de quem nunca se separa.”

“Só Deus deve ser amado singularmente; porque só Ele é


verdadeiro e fidelíssimo, mais que todos amigos.” (Imitação de
Cristo)

“Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles.”
(Mt 7,12)

51 • A BOMBA D’AGUA

Contam que um certo homem estava perdido no deserto, prestes a


morrer de sede. Foi quando ele chegou a uma casinha velha – uma
cabana se desmoronando – sem janelas, sem teto, batida pelo
tempo. O homem perambulou por ali e encontrou uma pequena
sombra onde se acomodou, fugindo do calor do sol desértico.
Olhando ao redor, viu uma bomba d’água a alguns metros de
distância, bem velha e enferrujada. Ele se arrastou até ali, agarrou a
manivela, e começou a bombear sem parar. Nada aconteceu.
Desapontado, caiu prostrado para trás e notou que ao lado da
bomba havia uma garrafa. Olhou-a, limpou-a, removendo a sujeira e
o pó, e leu o seguinte recado: “Você precisa primeiro preparar a
bomba com toda a água desta garrafa, meu amigo. PS.: Faça o
favor de encher a garrafa outra vez antes de partir.” O homem
arrancou a rolha da garrafa e, de fato, lá estava a água. A garrafa
estava quase cheia de água! De repente, ele se viu em um dilema:
Se bebesse aquela água poderia sobreviver, mas se despejasse
toda a água na velha bomba enferrujada, talvez obtivesse água
fresca, bem fria, lá no fundo do poço, toda a água que quisesse e
poderia deixar a garrafa cheia para a próxima pessoa… mas talvez
isso não desse certo. Que deveria fazer? Despejar a água na velha
bomba e esperar a água fresca e fria ou beber a água velha e salvar
sua vida? Deveria perder toda a água que tinha, na esperança
daquelas instruções pouco confiáveis, escritas não se sabia
quando? Com relutância, o homem despejou toda a água na bomba.
Em seguida, agarrou a manivela e começou a bombear… e a
bomba começou a chiar. E, nada aconteceu! E a bomba foi
rangendo e chiando. Então surgiu um fiozinho de água; depois um
pequeno fluxo, e finalmente a água jorrou com abundância! A
bomba velha e enferrujada fez jorrar muita, mas muita água fresca e
cristalina. Ele encheu a garrafa e bebeu dela até se fartar. Encheu-a
outra vez para o próximo que por ali poderia passar, arrolhou-a e
acrescentou uma pequena nota ao bilhete preso nela: “Creia-me,
funciona! Você precisa dar toda a água antes de poder obtê- la de
volta!” Podemos aprender coisas importantes a partir dessa breve
história: Nenhum esforço que você faça será válido, se ele for feito
da forma errada. Você pode passar sua vida toda tentando bombear
algo, mas alguém já tem reservada a solução para você. Preste
atenção à sua volta! Deus está sempre pronto a suprir sua
necessidade! Ouça atentamente o que Deus tem a lhe dizer, através
da Bíblia e confie. Como esse homem, nós temos as instruções por
escrito à nossa disposição. Basta usar. Saiba olhar adiante e
compartilhar! Aquele homem poderia ter se fartado e ter esquecido,
de que outras pessoas que precisassem da água pudessem passar
por ali. Ele não se esqueceu de encher a garrafa e ainda soube dar
uma palavra de incentivo. Preocupe-se com quem está próximo a
você, lembre-se: você só poderá obter água, se a der antes. Cultive
seus relacionamentos, dê o melhor de si!

“Onde há caridade e amor, aí se encontra a assembléia dos santos.”


(S. Agostinho)

“Quem dentre vós dará uma pedra a seu filho, se este lhe pedir
pão? Se vós, pois, que sois maus sabei dar boas coisas a vossos
filhos, quanto mais vosso Pai celeste dará boas coisas aos que lhe
pedirem.” (Mt 7,9.11)

52 • ERRO DA LANTERNA

No princípio do século, certo guarda-linha devia cuidar do bom


funcionamento de uma seção da linha da ferrovia Paris – Hamburgo.
No final da tarde, ele tinha deixado sua mulher em casa, depois de
terem ambos pedido a proteção de Deus. Não foi em vão, como
veremos. O guarda -linha circulava ao longo dos trilhos para
certificar-se de seu bom estado. De repente, foi assaltado por dois
bandidos que lhe ataram as mãos e os pés, amordaçaram-no e
colocaram-no sobre os trilhos. O trem ia passar em alguns instantes
e o pobre homem estava incapacitado de mover-se e de gritar. Só
podia invocar a Deus silenciosamente. “Invoca-me no dia da
angústia, eu te livrarei, e tu me glorificarás (S150.15). Sem saber
porque, sua mulher sentiu-se muito inquieta. “Ele deve estar com
frio”, pensou ela.“Vou levar-lhe um pouco de café”. Desceu até a
casinha na qual o seu marido devia colocar as lanternas de caminho
livre, mas não o achou. Chamou-o em vão, enquanto o trem se
aproximava. Pegou, equivocadamente, a lanterna que se usa para
ordenar a parada do trem em lugar da que se utiliza para indicar
caminho livre, e, ao chegar a via, involuntariamente fez com que o
trem parasse.

A mulher explicou ao maquinista que não encontrava o marido.

Procuraram juntos e o encontraram sobre o trilho.

Rapidamente libertado, o guarda-linha voltou à casa são e salvo.


Não tiveram razão de se colocarem diante de Deus, pedindo a Sua
proteção? Quem se serviu do erro da mulher para salvar o seu
marido? Deus tem seus caminhos para livrar os seus filhos. Vemos
aqui o quão é importante a oração. Seja antes de sair, ou durante a
aflição. Ele sempre responde, não importa qual seja o problema.
Deus é maior que todo o problema do mundo.

“Quem rogou a Deus e Ele não concedeu? Quem acreditou em


Deus e Ele não escutou?” (S. Agostinho)

“Estrelas do céu, bendizei ao Senhor, louvai-O e exaltai-O


eternamente.” (Dn 3,63)

53 • EXISTÊNCIA DE DEUS

Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e


com tanto carinho, a cada noite, que certa vez, o rico chefe da
grande caravana chamou-o à sua presença e lhe perguntou: Por
que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem
ao menos sabes ler? O crente fiel respondeu: – Grande senhor,
conheço a existência do Nosso Pai Celeste pelos Seus sinais. Como
assim? – indagou o chefe, admirado. O servo humilde se explicou:
Quando o senhor recebe uma carta de uma pessoa ausente, como
reconhece quem a escreveu? Pela letra. Quando o senhor recebe
uma jóia, como é que se informa quanto ao seu autor? Pela marca
do ourives. O empregado sorriu e acrescentou: Quando ouve
passos de animais, ao redor da tenda, como sabe depois, se foi um
carneiro, um cavalo ou um boi? Pelos rastros – respondeu o chefe,
surpreendido. Então, o velho crente convidou-o para acompanhá-lo
fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a lua brilhava, cercada
por milhões de estrelas, exclamou, respeitoso: – Senhor, aqueles
sinais, lá em cima, não podem ser dos homens! Nesse momento, o
orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e
começou a orar também. “As emoções não se acendem facilmente
quando a alma está totalmente absorta em coisas materiais.” (S.
Agostinho)

“Em verdade vos digo: esta pobre viúva doou mais do que todos os
que lançaram no cofre, porque todos doaram do que tinham em
abundância; esta, porém, pôs, da sua indigência, tudo o que tinha
para o seu sustento”.(Mc12, 43b-44)

54 • A GRATIDÃO

O homem por detrás do balcão, de forma distraída, olhava a rua.


Uma garotinha se aproximou da loja e amassou o narizinho contra o
vidro da vitrine. Os olhos da cor do céu, brilhavam quando viu um
determinado objeto. Entrou na loja e pediu para ver o colar de
turquesa azul. É para minha irmã. Pode fazer um pacote bem
bonito? Diz ela. O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e
lhe perguntou: Quanto de dinheiro você tem? Sem hesitar, ela tirou
do bolso da saia um lenço todo amarradinho e desfez os nós.
Colocou-o sobre o balcão e feliz, disse: Isso dá? Eram apenas
algumas moedas que ela exibia orgulhosa. – Sabe, quero dar este
presente para minha irmã mais velha. Desde que morreu nossa mãe
ela cuida da gente e não tem tempo para ela. É aniversário dela e
tenho certeza que ficará feliz com o colar que é da cor dos seus
olhos. O homem foi para o interior da loja, colocou o colar em um
estojo, embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez um laço
caprichado com uma fita verde. Tome! – disse para a garota.- Leve
com cuidado! Ela saiu feliz, saltitando pela rua abaixo. Ainda não
acabara o dia quando uma linda jovem de cabelos loiros e olhos
azuis entrou na loja. Colocou sobre o balcão o já conhecido
embrulho desfeito e indagou: – Este colar foi comprado aqui? Sim
senhora. E quanto custou? – Ah!, falou o dono da loja. O preço de
qualquer produto da minha loja é sempre um assunto confidencial
entre o vendedor e o cliente. A moça continuou: Mas minha irmã
tinha somente algumas moedas! O colar é verdadeiro, não é? Ela
não teria dinheiro para pagá-lo! O homem tomou o estojo, refez o
embrulho com extremo carinho, colocou a fita e o devolveu a jovem.
Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar. ELA
DEU TUDO O QUE TINHA! O silêncio encheu a pequena loja e
duas lágrimas rolaram pela face da jovem emocionada, enquanto
suas mãos tomavam o pequeno embrulho.

“A verdadeira doação é dar-se por inteiro, sem restrições. A gratidão


de quem ama não coloca limites para os gestos de ternura. Seja
sempre grato, mas não espere pelo reconhecimento de ninguém. A
gratidão com amor não apenas aquece quem recebe, como
reconforta quem oferece.” (Imitação de Cristo)

“Feliz o homem que não procede conforme o conselho dos ímpios.


Ele é como a árvore plantada na margem das águas correntes: dá
fruto na época própria, sua folhagem não murchará jamais. Tudo o
que empreende, prospera.” (Si 1, I a.3)

55 • A JABUTICABEIRA

Um senhor de idade avançada estava cuidando de uma planta, com


todo o carinho, quando um jovem aproximou-se dele e perguntou:
Que planta é esta que o senhor está cuidando? É uma jabuticabeira
– respondeu o senhor. E ela demora quanto tempo para dar frutos?
Pelo menos uns quinze anos – informou o senhor. E o senhor
espera viver tanto tempo assim? Indagou, irônico, o rapaz. Não, não
creio que viva mais tanto tempo, pois já estou no fim da minha
jornada – disse o ancião. Então, que vantagem você leva com isso,
meu velho? Nenhuma, exceto a vantagem de saber que ninguém
colheria jabuticabas, se todos pensassem como você... Não importa
quanto tempo temos pela frente, quantos dias, meses e até anos.
Devemos pensar nos frutos que estes atos trarão, pois tanto faz se
veremos ou não o resultado, mas se não nos movermos em direção
ao futuro que teremos, com certeza nos perderemos no caminho.

“O que você fizer pelo próximo é o que Deus fará por você. Doe-se
ao seu próximo e então Deus estará com você.” (S. Agostinho)

“Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou.


Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também
vós”. (Jo 13,13.15)

56 • SER COMO O MESTRE

Um menino, numa pequena cidade da Itália, lascava madeira. Um


dia, ele e seus coleguinhas estavam na rua, pedindo dinheiro por
aquilo que faziam. Um menino tocava violino e seu irmão cantava,
enquanto Antônio fazia pequenos objetos de madeira. Parou um
homem, distinto, para ouvir o menino cantar; depois, colocou uma
moeda de ouro em suas mãos. O garoto gritou: “O grande Amati,
maior construtor de violinos da Itália, deu-nos uma moeda de ouro!”
Foi uma euforia! Antônio não se satisfez com aquele encontro; quis
conhecer mais de perto o construtor de violinos. Como era um
menino resoluto, Antônio venceu as barreiras que lhe eram
impostas, e chegou à presença de Amati. Disse-lhe: “Não sei tocar
ou cantar, mas gosto de música e imagino que seria capaz de
construir violinos”. Veja, aqui estão alguns objetos de madeira, que
fiz com a minha faca.” O grande homem passou o seu olhar atento,
dos objetos para a face ansiosa e os expressivos olhos castanhos
de Antônio, e disse: “Venha à minha oficina, moço, e lhe darei uma
oportunidade para aprender a se tornar um construtor de violinos”.
Qual é o seu nome?”” “Antônio Stradivárius”, respondeu
prontamente Antônio. Assim Antônio tornou-se aluno de Amati e
trabalhou dia após dia na sua oficina. Uma das primeiras coisas que
o seu professor lhe ensinou foi que a paciência para fazer, com
perfeição uma peça, ainda que pequenina, tinha mais valor do que a
construção de um violino todo em pouco tempo. Alguns anos se
passaram e Antônio, já sendo um construtor de violinos, aperfeiçoou
tanto o som e a beleza do violino que ele se tornou o melhor
construtor de violinos de todo o mundo. Ser como o Mestre exige
paciência, disciplina e dedicação total!

“Sem trabalho não se chega ao descanso, sem peleja não se


consegue a vitória.” (Imitação de Cristo)

(c) 2003 by Pe. Marcelo Rossi Todos os direitos reservados

FICHA TÉCNICA Supervisão Editorial: Orlando F. Braga Filho


Diagramação/Arte final: Mauricio Corrêa Capa: Mauricio Corrêa
Fotolitos: Newlaser Fotolitos Gráficos Ltda. Impressão Gráfica: Maxi
Gráfica e Editora Ltda.

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