Biologia geral desenvolvimento e ordem (é

uma partícula/estrutura
Componente teórica: molecular.
1. Teoria celular e conceito de ser Níveis de organização biológica
vivo;
Átomos Moléculas Organelos
2. Biodiversidade de seres vivos
Células Tecidos Órgãos
3. Célula procariota e eucariota
Sistema de órgãos Organismo
-Diversidade
População Comunidade
-estrutura
Ecossistema Biosfera
-função das estruturas celulares
4. A célula animal e células Os organismos interagem mutuamente
humanas (fibras musculares, através das seguintes relações
neurónio, gâmetas)
 Competição
5. A célula vegetal
 Parasitismo
-Parede celular
 Mutualismo
-Principais tipos de plastos e
respetivas funções
6. Mitose, ciclo celular, regulação
do ciclo celular e apoptose
7. Estudos aplicados à
biotecnologia

 Propriedades da vida
(Características dos seres vivos)
 Ordem (organização celular)
 Evolução (adaptação a variação
no habita)
 Reprodução
 Crescimento e desenvolvimento
 Processamento de energia
 Regulação

Um vírus é um ser vivo?

 Os vírus não se satisfazem todas
as condições para serem
condições para serem
considerados seres vivos.
 Os vírus estão dependentes de
um hospedeiro, pelo que não são
autónomos. No entanto,
apresentam características como
a adaptação, crescimento,
 Biodiversidade
Diversidade de todos os organismos
considerando diferentes níveis:
-Genético;
-Espécies
-Ecossistemas
Nota:
 Equidade de espécies- cada
espécie esta representada com
igual número de indivíduos
 Dominância-número de espécies bio
diferentes, número de indivíduos div
de cada espécie
Diversidade genética
Diversidade dentro da espécie e refere-
se a qualquer variação dos genes,
cromossomas ou genoma dos
organismos.
Pode expressar-se nas diferenças
morfológicas(=fenotípicas)
A diversidade genética baseia-se na
informação hereditária codificada no
DNA.
Diversidade de espécies
Número de espécies e de indivíduos
numa determinada área.
Estima-se que o número de espécies
descritas esteja entre 1700000 e
2500000 espécies.
Estima-se que 80% das espécies não
estejam descritas.
Diversidade de ecossistemas
Número de habitats numa determinada
área.
Inclui dois processos principais:
o Ciclo dos nutrientes-matéria
orgânica é devolvida ao solo.
o O fluxo de energia dos
produtores aos consumidores
Nos ecossistemas há transferência e
transformação de energia
A energia pode ser:
-Luminosa
-Química
Índi
ces -Cinética
de -Térmica
A transferência de energia entre
ersi organismos e o seu ambiente
dad geralmente envolve transformação.
A energia flui através do ecossistema,
normalmente entra como luz e sai na
forma de calor.
 Prestação de serviços
O bem-estar humano depende de vários
benefícios prestados pela
biodiversidade. Como por exemplo:
o Produção de madeira, cortiça e
alimentos;
o Polinização;
o Luta contra pragas;
o Regulação da erosão;
o Formação do solo, ciclo dos
nutrientes (carbono, azoto) e
ciclo da água;
o Benefícios culturais e de lazer;
o Obtenção de compostos que dão
bem-estar ao Homem-
biotecnologia
Crise de biodiversidade
Impacto humano nos ecossistemas e
desafios para a biotecnologia. Como por
exemplo:
Perda dos habitats
Desequilíbrio ecológico
Ocupação desordenada
Poluição
Uso intensivo de aquíferos
Introdução de espécies exóticas
Pressão turística
Espécie
Um grupo de indivíduos
morfologicamente semelhantes que se
cruzam para produzir descendentes
férteis e são “reprodutivamente
isolados”
No entanto esta definição apresenta
alguns problemas tais como:
sementes, ovos ou propágulos dessa
espécie, bem como quaisquer híbridos,
variedades ou raças, que possam
sobreviver e posteriormente reproduzir-
se.
Espécie invasora
Espécie exótica cuja introdução na
natureza ou propagação num dado
território ameaça ou tem um impacto
adverso na diversidade biológica e nos
serviços dos ecossistemas a ela
associados, ou tem outros impactos
adversos.
 A árvore da vida
As espécies estão relacionadas entre si
pela filogenia

 Organismos extintos;  DNA semelhante

 Organismos que se reproduzem;  Proteínas semelhantes
 Assexuadamente;  Bioquímica semelhante
 Organismos que não podem ser  Embriologia semelhante
testados por questões éticas (Ex:
Homem e chimpanzé)  Sistema de três domínios:
Bacteria, Archaea e
Espécie indígena vs. espécie
Eukarya-Woesw 1977
exótica
É apoiado por dados de muitos genomas
 Espécie indígena (=autóctone
sequenciados.
ou nativa)
A árvore da vida sugere que os Eucarya
Qualquer espécie originaria de um
e Archae estão mais relacionados um
determinado território ou tendo área
com o outro do que com as bactérias.
natural de distribuição, passada ou
presente, excluindo os seus híbridos A arvore da vida é baseada em grande
com espécies exóticas. medida em genes de rRNA, pois estes
têm evoluído lentamente.
 Espécie exótica (=introduzidas
ou alóctones)
Qualquer espécime vivo de uma
espécie, subespécie ou categoria
taxonómica inferior de animais, plantas,
fungos ou microrganismos, introduzido
fora da sua área de distribuição naturais,
incluindo quaisquer partes, gâmetas,
Filogenia e classificação Nomenclatura binomial para as
espécies
 É a história evolutiva dos
organismos Para evitar ambiguidade com nomes
 Árvore filogenética comuns (ex: cão. Gatp, macaco) é
-mostra relações evolutivas utilizado o latim para designar o nome
-inicia-se no organismo mais científico dos organismos)
ancestral
 Para inferir filogenias, os
sistematas reúnem informação
sobre morfologias, genes e
bioquímica de organismos
Quando escrito a mão deve sublinhar-se
Classificação hierárquica das
espécies
o Sistema que agrupa espécies em
categorias ordenadas e cada vez
mais amplas-taxonomia-
fundada por Linnaeus;
o Atualmente, os grupos
taxonómicos designam-se por
domínio, reino, filo, classe,
ordem, família, género e
espécie.
o Uma unidade taxonómica a
qualquer nível de hierarquia
chama-se um táxon (plural: taxa)
 A célula: unidade
básica dos organismos
Teoria celular:
 Todos os organismos são
formados por células
(unicelulares e pluricelulares)
 A célula é a unidade estrutural,
funcional e reprodutora dos
seres vivos- é a unidade de vida
independente mais elementar.
 Qualquer célula teve origem
noutra célula pré-existente
Organismos unicelulares vs
organismos pluricelulares
Organismos unicelulares
As formas mais simples de vida são os
organismos unicelulares.
Cada organismo unicelular tem de ter
todas as estruturas que lhe permitam ter
vida autónoma.
Ex:
Organismos pluricelulares
Os organismos pluricelulares são
constituídos por vários tipos de células.
Possuem vários tipos de células
especializadas que não sobrevivem
isoladamente.
Embora as células possam diferir muito
um dos outros, elas partilham
características comuns.
 Célula procariótica

Nome
da estrutura/Função
Cromossoma- Contém a informação
genética das células e contribuem para o
seu funcionamento.
Ribossomas- são responsáveis pela
leitura da informação genética.
- Produção de aminoácidos/proteínas
Citoplasma- Fornece a estrutura interna
à célula, sustenta o organismo sendo
que o citosol apresenta estrutura
gelatinosa que permite o movimento
celular.
Membrana citoplasmática- Estabelece
uma barreira entre o meio extracelular e
permite a troca de matéria com o
exterior.
Fimbrias ou Pili- são apêndices que se
estendem da membrana plasmática
passando pela parede celular e pela
cápsula emergindo para o meio exterior.
Cápsulas- Ajuda a prevenir a
dessecação da célula e na ligação dos
procariontes entre si e diversas A-Núcleo
superfícies no ambiente.
Contem a informação genética e é
 Células eucarióticas responsável pela adequada produção de
 Animal ribossomas
B-Reticulo endoplasmática rugoso
Responsável pela síntese proteica e
produção de lípidos serve como fonte de
armazenamento.
C- Complexo de golgi
Modificar as proteínas e lípidos
proveninentes do reticulo
endoplasmático, transportar, selecionar
e enviar substâncias.
D-Lissomas
Responsável pela digestão celular.
E- Vacúolo
 Vegetal
É responsável pelo armazenamento de
substâncias, controle osmótico,
manutenção do ph.
F- Mitocôndrias
Responsável pelo processo de
respiração celular
G- Peroxissoma
Armazenar enzimas
Estrut Célul Célul Célul
ura as as a
celular proca eucar eucar
riótic iótica iótica
as anim -
al veget
al
Parede x x x
celular
Memb x x
rana
citopla
smátic
a
Involu x x
cro
ssoma
s
Flagel x(sim x(co x(co
o ples) mple mple
xo) xo)
Cílios x
Citopl x x x
asma
Cloro x
plasto
s

Membrana citoplasmática
(ir ver aos apontamentos do secundário-
página- pág 83)
Membrana
citoplasmática
(Composição química)
Estrutura e função da membrana
citoplasmática
Modelo do mosaico fluido
 Fosfolípidos
São moléculas anfipáticas-
possuem uma parte hidrofílica e
uma parte hidrofóbica (virada para o
interior membranar).
O interior membranar será uma
barreira para a passagem de
moléculas polares.
Possuem uma permeabilidade
seletiva
 Fluidez membranar
As membranas celulares não são
estáticas. Os fosfolípidos e as proteínas
podem movimentar-se no mesmo plano
membranar ou apresentar movimentos
de flip-flop.
Fatores que afetam a fluidez
membranar
 A temperaturas baixas, as
membranas alteram o seu estado
fluido para um estado
viscoso/sólido.
 A temperatura à qual a
membrana solidifica depende do
tipo de lípidos que a constituem.
 Uma membrana rica em ácidos
gordos insaturados é mais fluida
do que uma membrana rica em
ácidos gordos saturados.
 As membranas devem manter a
sua fluidez para funcionarem
adequadamente.
 O colesterol tem efeitos na
fluidez membranar a diferentes
temperaturas. A 37ºC, o
colesterol limita os movimentos
 dos fosfolípidos. A temperaturas
baixas, o colesterol mantém a
fluidez membranar e previne a
rigidez membranar
 Proteínas membranares e suas
funções
As proteínas
Ligadas de forma não covalente
Determinam várias funções especificas
da membrana.
 Proteínas periféricas
 Proteínas integrais
 Glícidos membranares e as
suas funções
Funções:
o Reconhecimento celular
o Os glícidos na parte exterior da
célula variam de espécie para
espécie, indivíduos e tipo de
células
Exemplo:
Grupos sanguíneos A, B, AB e O-
variação no glícido das
glicoproteínas dos eritrócitos.
Importantes na compatibilidade
celular em transplantes de órgãos.
Osmose- É a passagem da água do
meio hipotónico para o meio
hipertónico, no sentido de equilibrar
os meios
Proteínas transportadoras
 Difusão facilitada
As partículas do soluto
deslocam-se a favor do gradiente
de concentração, mas a uma
velocidade superior à esquerda,
devido à intervenção de
proteínas da membrana chamada
permeases.
(a) Canais
proteicos
Têm um canal
usado, como
túnel, por certas moléculas
hidrofílicas ou iões.
A difusão ocorre de acordo com
o gradiente estabelecido entre o
exterior e o interior da célula.
Ex: aquaporinas- permitem a
passagem de 3x 10(9) moléculas
de água por segundo.
(b)Proteínas transportadas-uniporte
A difusão facilitada de solutos
através da membranar
citoplasmática pode realizar.se
por transporte
Uniporte – Transporte de
moléculas num sentido, a favor
do gradiente de concentração
dessa molécula.
Simporte – transporte de duas
moléculas em simultâneo e no
mesmo sentido – 1 molécula é
transportada a favor do seu
gradiente de concentração; a
outra é transportada contra o seu
gradiente de concentração.
Antiporte - transporte de duas
moléculas em simultâneo e em
sentidos opostos – 1 molécula é
transportada a favor do seu
gradiente de concentração; a
outra é transportada contra o seu
gradiente de concentração.
 Alteram a
conformação
para realizar o
transporte de
solutos.
 São específicos para a
substância que transportam
 O transporte depende do
número de transportadores
na membrana-há um valor
máximo de capacidade de
transporte.
 Exemplo(importante):
Transporte de glicose através
dos transportadores GLUT
Consiste numa proteína
transportadora especifica dos
glóbulos vermelhos transporta
glicose 10000x mais rápido do
que a glicose a passar sem
transportador.
 Transporte ativo
Movimento de substâncias mediado por
proteínas de membrana
• Realizado contra o gradiente de
concentração da substância
transportada.
pelos sistemas de transporte
primário
Transporte ativo primário
• Gradiente eletroquímico –
gradiente de iões gerado por
duas forças: força
química (gradiente de
concentração) e força elétrica
(potencial de membrana).
• O potencial de membrana,
diferença de voltagem através da
membrana, varia entre -50 a -
200 mV e tem origem no
gradiente de iões.

• Ocorre com dispêndio de energia.

• Há acumulação da substância
transportada.
• Permite que a célula Bombas eletrogéneas (geram
mantenha as
concentrações voltagem através das membranas):
internas de pequenos • Bomba de sódio-potássio
solutos, diferentes
das concentrações (animais)- ver sobre
exteriores.
• Bomba de protões
• As proteínas
(plantas, fungos e bactérias)
transportadoras são
específicas para um
substrato ou grupo de moléculas.
Pode dividir-se em:
o Transporte ativo primário – catalisa
uma reação química e um processo
de transporte de um ou mais
substratos contra o seu gradiente
de concentração.
o Transporte ativo secundário – Transporte ativo secundário
catalisa o movimento de um
substrato contra o seu gradiente CO- Transporte
de concentração, utilizando a
Movimento de substâncias
energia acumulada num gradiente
mediado por proteínas que
elétrico ou eletroquímico gerados
 utilizam a energia acumulada na
forma de gradiente
eletroquímico.
Exemplos:
As plantas usam o gradiente de H+
gerado pela bomba de protões para
transportar a.a., açúcares e outros
nutrientes para a célula.
Acidez estomacal gerada por bombas de
protões – efeito de fármaco
Absorção de glicose a nível intestinal
 Transporte por
Endo/exocitose
Transporte de grandes moléculas (ex:
polissacáridos e proteínas), que
atravessam a membrana em conjunto
através de vesiculas.
Requer energia
Endocitose:
Fagocitose
Formam-se pseudópodes que envolvem
a partícula
Pinocitose
Entrada de substâncias através da
formação de pequenas vesículas.
Endocitose mediada por recetores
permite a entrada na célula de maiores
quantidades de uma substância
específica
Ex: Transporte de colesterol – LDL e
triglicéridos
IMPORTANTE
Caso de estudo para compreender os
vários tipos de transportes celulares:
o Mecanismo de secreção de HCL
no estômago.
o Fármacos que reduzem a acidez
estomacal e o refluxo.
o Efeitos secundários dos
fármacos
O ácido estomacal é produzido por um
tipo particular de células que fazem
parte da parede interna do estômago –
as células parietais.
Estas células têm uma membrana
tubovesicular que leva ao aumento da
superfície secretora
Mecanismo de secreção de HCL no
estômago – estudo dos tipos de
transporte membranar associado à
secreção de HCL para o lúmen
estomacal
A atividade das bombas protónicas é
estimulada por moléculas que têm
recetores na membrana basolateral:
-Histamina
-Gastrina
-Acetilcolina

Secreção de H+ pela célula parietal

A H2O entra na célula parietal através
de aquaporinas CO2 difunde através da
membrana e, na célula, combina-se com
H2O (reação catalisada pela anidrase
carbónica) produzindo ácido carbónico
– H2CO3
H2CO3 dissocia-se e liberta H+ e
H+ é transportado para o lúmen
intestinal em troca de K+ - transporte
ativo primário realizado pela ATPase de
K+/H+, ou bomba de protões.
Diferenciação e
HCO3, é transportado em antiporte,
através da membrana basal, para o organização em
sangue, em troca por Cl- tecidos- células
Secreção de Cl animais especializadas
Na membrana basolateral, a bomba de Histologia- área da biologia que
Na+-K+ origina um gradiente de se dedica ao estudo microscópio
concentração de K+ que é transportado
para o lúmen.
de tecidos e células.

Os canais de Cl- na membrana apical são

ativados por cAMP

Os iões de K+ difundem através da

membrana apical
 Os quatro tipos de tecidos em o Mucosa;
animais vertebrados são: o Rins;
o Bexiga;
 Tecido epitelial o Canais do aparelho reprodutor;
Recobre superfícies expostas, canais o Útero;
e compartimentos internos que se o Artérias, veias;
podem encontrar na forma de o Ouvido;
glândulas. o Alvéolos, traqueia-(pulmões)

 Tecido conjuntivo Principais características

Preenche espaços internos, acabando
por conferir: suporte estrutural a outras
tecidos, para além disso transporta os
materiais no interior do organismo e
armazena energia.
 Tecido muscular
É um tecido especializado na contração.
Inclui músculos esqueléticos, cardíaco e
liso.
 Tecido nervoso
Transporta informação de uma parte do
organismo para outra parte na forma de
impulso elétrico.
Tecido epitelial
 Este tipo de tecido contem uma
camada de células intimamente
ligadas entre si que cobrem ou
revestem superfícies do
organismo (camada
superficial da pele,
revestimento interno dos
aparelhos digestivos,
respiratório, reprodutor e
urinário, dos vasos
sanguíneos e das câmaras
do coração).
 As células estão ancoradas à
membrana ou a lâmina basal.
 Praticamente não existem
substâncias intercelulares entre
células epiteliais.
 A maioria das células renova-se
continuamente.
 Avascular (não possui vasos
condutores)

No corpo humano, este tipo de tecido Funções deste tipo de células

pode ser encontrado:
 Proteção
o Na pele-epiderme;  Trocas gasosas
o Canais glandulares e  Absorção
revestimento interno  Filtração
das glândulas;  Secreção
o Língua;
o Esófago;
o Lúmen do intestino
(grosso, delgado)
o Ânus;
 Junta as células entre si com moléculas
de adesão celular e complexos de
junção.
o Basal
Associado à membrana basal, separa o
epitélio do tecido conjunto abaixo
(ambiente interno).

Podem classificar-se, quanto ao número

em camada, em:
-Epitélio simples
-Epitélio estratificado
Polaridade -Epitélio de transição
O tecido epitelial apresenta polaridade  Epitélio simples
(tanto estrutural como funcional)
Consiste numa só camada de células,
- é essencial para o bom desempenho e
que toca tanto a membrana basal e o
funcionamento de atividades
lúmen.
especificas.
 Esta presente em órgãos onde
- a polaridade é determinada pela
ocorre a filtração ou difusão de
distribuição de proteínas e lípidos
substâncias
- é determinada também pelo rearranjo
Ex: nefrónios do rim para filtração do
do citoesqueleto
sangue/alvéolos pulmonares para
difusão de gases/intestino para absorção
de nutrientes.
 Oferece pouca resistência à
Domínios geométricos transferência de moléculas de
um lado para o outro.
A maioria das células de epitélios têm 3
domínios geométricos: Com base na forma das células, o
epitélio simples pode diferenciar-se em:
o Apical
Exposto ao lúmen (ambiente externo),
com diferenciação apical
Ex: cílios, microvilosidades e
estereocílios
o Lateral
 Epitélio estratificado
Múltiplas camadas de células.
  A camada superficial pode ser
queratinizada e desidratada para
proteger do calor,
microrganismos, desgaste e
químicos.
Sendo por exemplo o caso da pele.
Ex: Urotélio- epitélio da bexiga
 Epitélio de transição
 Tem capacidade para distender e
voltar ao estado normal sem
ficar danificado.
 As células alteram a forma de
cuboides ou colunares quando
em estado de relaxamento e
achatadas quando há distensão.

Figura 1-Tecido epitelial escamoso:

diferença entre a estrutura simples e a
estrutura ramificada

Figura 5 -Tecido epitelial de transição

(link:
https://www.youtube.com/watch?
v=P3714_a3l0w )

Figura
Figura 2-Tecido
4-Tecido epitelial
epitelial cuboide:
colunar- diferenças
estrutura entre a
estratificada
estrutura simples e a estrutura ramificada
 No que diz respeito à
função, existem dois tipos
de epitélios
1. De revestimento
Epiderme-camada mais externa da
pele. Contém queratina e melanina.
Epitélios vasculares
Mucosas- membranas que revestem o
interior de órgãos (ocos-mucosas
gástricas/mucosa bucal/mucosa
nasal/mucosa intestinal.
Seroso- membranas que revestem
externamente alguns órgãos
Pleura- envolve os pulmões
Peritoneu- Envolve os órgãos
abdominais
Pericárdio- Envolve o coração
2. Glandular
As células secretam um produto em
particular
 Exócrino- os canais abrem para
a superfície do epitélio.
 Endócrino- não tem canais e
produzem hormonas
Tipo de secreção:
o Serosa
Pouco viscoso, rica em proteínas e
enzimas.
o Mucosa:
Viscosa e com glicoproteínas e algumas
enzimas.
Tecido conjuntivo ou
conectivo
-Tem várias funções e nunca ocorre à
superfícies do corpo.
-Ocorre em todo o corpo humano.
-Serve de ligação a estruturas
completamente diferentes.
-Tecido permeado por vasos
sanguíneos, linfáticos e nervos-contém
recetores sensoriais de dor, pressão,
temperatura e outros estímulos.
Funções específicas:
o Define a estrutura do organismo.
o Transporta e dissolve
substâncias.
o Protege órgãos delicados.
o Suporta, rodeia e faz conexão
entre outros tipos de tecidos.
o Serve de reserva de energia,
especialmente na forma de
triglicéridos.
o Defende o organismo de
microrganismos patogénicos.
O tecido conjuntivo classifica-se de
acordo com as suas propriedades
físicas:
 Tecido conjuntivo propriamente
dito
Inclui células de vários tipos e fibras espaços entre as células e rodeia
extracelulares numa substância as fibras
fundamental (tecido conjuntivo laxo e
denso, tecido adiposo e tendões)
 Tecido conjuntivo fluido
Células suspensas numa matriz aquosa
que contém proteínas- sangue e linfa
 Tecido conjuntivo de suporte
Protege os tecidos moles e suporta todo
ou parte do peso corporal- cartilagem e
osso (a matriz das células dos ossos
contém depósitos de materiais tais como Principais células:
cálcio, que confere rigidez).
 Fibroblastos: Células que
produzem colagénios,
hialuronano, fibras elásticas e
matriz extracelular.
Outras células da MEC, equivalentes
aos fibroblastos, que também sintetizam
colagénios.
 Osteoblastos: nos ossos
 Condroblastos: nas cartilagens
 Odontoblastos: nos dentes
O tecido conjuntivo propiamente dito é
composto por:
Células:
 Residentes com função de
manutenção, reparação e
armazenamento de energia
Ex:
-Fibroblastos (produzem fibras e matriz
extracelular)
-Adipócitos e células do mesenquima;
Fibras:
 Colagénio, elastina, reticulares
(fibras pré-colagéneas)
Substância fundamental:
 Componentes da matriz
extracelular (MEC), preenche os
 Células animais especializadas
Tecido conjuntivo adiposo- formado
por adipócitos localizados abaixo da
pele
Gordura branca:
Figura 6- Tecido conjuntivo laxo e
tecido adiposo -Reserva principal de energia de longo
prazo.
Tradução:
-Isolamento térmico
(Laxo)
-Amortecimento de choques
Funções:
Gordura castanha:
Amortece os órgãos, fornece suporte, mas
permite movimentos independentes, as Encontra-se em recém-nascidos e
células que fazem fagocitose fornecem animais hibernantes.
defesa contra seres patogénicos.
-Participa na termogénese por ter muitas
Localização: mitocôndrias
Derme, coberto pelo revestimento epitelial
dos tratos digestivo, urinário e respiratório,
entre os músculos, à volta das articulações,
vasos sanguíneos e nervos.

(Adiposo)
Funções:
Fornece acolchoamento e amortece, isola
(reduz a perda de calor) e armazenar
energia.
Localização:
Pele das laterais, nádegas e seios,
preenchimento ao redor das olhos e rins.

Figura 7-Tecido conjuntivo reticular
Funções:
Fornece estrutura de suporte.
Localização: Fígado, rins, baço,
gânglios linfáticos e medula óssea.
Cartilagem:
o Células imersas em MEC e
rodeadas por tecido conjuntivo
denso(pericôndrio)
o Tecido não vascularizado, as
células recebem nutrientes por
difusão através da MEC
Três tipos de cartilagem:
-Hialina
É o tipo de cartilagem mais comum
(fossas nasais, brônquios, costelas,
traqueia, superfícies articulares dos
ossos longos), condrócitos abundantes
É caracterizada pelo seu movimento,
flexibilidade, sustenção.
-Elástica
Possui uma cor amarelada, condrócitos
entre fibras elásticas (epiglote, ouvido,
externo e canal auditivo e laringe.)
É caracterizada pela sustenção e forma.
-Fibrosa
Sem pericôndrio, condrócitos
espalhados entre fibras de colagénio
(discos, invertebrais, sínfise púbica).
É caracterizado pela sustentação, rigidez
e grande força tênsil.
Osso:
 Esponjoso: nas extremidades
dos ossos;
 Compacto(denso): no espaço
intermédio dos ossos
No exterior, o osso é coberto pelo
periósteo, enquanto a cavidade
medular é revestida pelo endósteo.
o Os osteócitos (células ósseas)
estão rodeados por uma MEC
dura e resistente com muitas
fibras de colagénio, carbonato e
fosfato de cálcio.
São compostos por dois tipos de
osteoclastos, que vão reabsorvendo
o osso, e os osteoblastos, que
sintetizam nova matriz óssea-
renovação óssea
Funções
-Confere suporte, proteção, ligação
aos músculos, formação das células
sanguíneas e possui ainda a função
de reserva de cálcio e de fósforo.
 Tecido hematopoiético
 o As células musculares têm
organelos e propriedades
distintas umas das outras.
Existem três tipos de tecidos
musculares:
-Músculo liso
-Músculo estriado
-Músculo cardíaco

 Músculo liso
Origina movimento involuntário, no
A célula estaminal hematopoética tubo digestivo e vasos sanguíneos.
encontra-se no interior dos ossos,
onde são responsáveis pela Possuem a capacidade de regenerar após
produção de sangue (glóbulos um dano.
vermelhos-têm hemoglobina e Mitocôndrias no espaço perinuclear.
transportam oxigénio e dióxido de
carbono, glóbulos brancos- Filamentos de actina e miosina em
produzem anticorpos ou fagocitam e estrutura desordenada, ligados entre si e
plaquetas-participam na coagulação a filamentos intermédios.
do sangue)
Funções
 Faz o transporte de
substâncias;
 Reações imunológicas
 Equilíbrio ácido básico
 Equilíbrio osmótico
Matriz extracelular- Plasma (7%
proteínas, 0.9% de sais orgânicos, 92%
compostos orgânicos diversos-
hormonas, vitaminas e lipoproteínas)

Tecido muscular Tradução:

Thick (filamentos espessos)
Thin (filamentos finos)
Células animais especializadas-células
musculares
o Algumas funções vitais  Células em forma de fuso, com
envolvem movimento. O tecido um comprimento de 800 um,
muscular produz movimento afuniladas e com um núcleo
através da contração. central.
 Tradução:
As células são curtas, fusiformes e não
estriadas com um único núcleo central.
As células são longas, cilíndricas, estriadas
e multinucleadas.
Localização:
Combinado com tecidos conjuntivos e
tecido neuronais nos músculos esqueléticos.
Funções:
Move ou estabiliza a posição do esqueleto;
protege as entradas e saídas dos tratos
digestivo, respiratório e urinário; gera calor;
protege os órgãos internos.

Localização:
Encontrados nas paredes dos vasos
sanguíneos e nos órgãos digestivos,
respiratórios, urinários e reprodutivos
Funções:
Move alimentos, urina e trato reprodutivo,
secreções
 Células do tecido
Controla o diâmetro das vias respiratórias
muscular estriado
Regula o diâmetro dos vasos sanguíneos
Grande parte da fibra muscular é
constituída por miofibrilas, intercaladas
 Músculo estriado por mitocôndrias.
As miofibrilas contêm sarcómeros, com
Origina movimentos voluntários do
filamentos de actina paralelos a filamentos
organismo, faz parte dos músculos de miosina, que deslizam entre si.
esqueléticos.
Um músculo esquelético recebe um
 Constituído por células longas estímulo nervoso que origina contração.
(até 30 cm), com várias centenas
de núcleos.
 As fibras musculares não se
dividem. Pode haver produção
de novas fibras através da
divisão de células satélite
(células estaminais que
persistem no tecido muscular do
adulto e que dão possibilidade
de reparação parcial após um
dano causado nas fibras  Um músculo esquelético recebe
musculares). um estimulo nervoso que origina
contração.
Tradução:
 Localização:
Coração

 Músculo cardíaco Funções:

Circula o sangue; mantém a pressão arterial
Origina movimento involuntário de
contração cardíaca que faz circular o
sangue.
 Constituído por células Tecido nervoso
cilíndricas ramificadas, com O tecido nervoso é especializado na
comprimento de 80 μm a 100 propagação do impulso elétrico de uma
μm, com núcleo central. região para outra do organismo.
 Organização estrutural interna
90% do tecido nervoso está localizado
semelhante à do músculo
no cérebro e na espinal medula, que são
estriado esquelético, mas com
os centros de controlo do sistema
sarcómeros mais curtos. nervoso.
 Mitocôndrias mais abundantes
do que no tecido muscular O tecido nervoso contém dois tipos
estriado. celulares básicos:
 O tecido muscular cardíaco tem -Células nervosas(neurónios)
uma capacidade muito limitada
-Células da glia (neuróglias, células
de reparação – algumas células
especiais do tecido nervoso)
dividem-se após um dano, mas
a reparação é incompleta e as
funções cardíacas perdem-se.
 As células do músculo cardíaco
não dependem da atividade
nervosa para contraírem. Há
células pacemaker que regulam
a contração do coração.

Tradução:
As células são curtas, ramificadas e
estriadas, geralmente com um único núcleo;
as células são interconectadas por discos
intercalados.
 Células animais
especializadas- neurónios
Os neurónios são as células mais longas
no organismo – várias atingem 1 m.
Um neurónio tem um corpo celular
grande, com o núcleo e um nucléolo
proeminente e contêm dendrites, que
recebem sinais vindos de outro
neurónio, um axónio, que propaga o
impulso nervoso e sinapses, que
transmitem o sinal recebido.
Muitos neurónios não de dividem em
condições normais e têm capacidade
limitada para reparação após sofrerem
dano.

 Células da neuróglia
Servem de suporte ao tecido nervoso.

Ajudam a manter o equilíbrio iónico.

Participam na nutrição dos neurónios.

Participam na defesa do tecido nervoso.

 Neuroglia no sistema nervoso

central:
Astrócitos: envolvem vasos sanguíneos
e constituem a barreira sangue-nervos
Oligodendrócitos: produzem mielina
que envolve os neurónios do sistema
nervoso central
Células ependimárias: monitoriza e
ajuda na produção de líquido
cefalorraquidiano.
Microglia: macrófagos especializados
em proteger os neurónios

Diferenciação celular
em células animais
Potencial de diferenciação de
células animais- Células
estaminais ou células-tronco
As células-tronco definem-se pela
existência de duas propriedades:
-Capacidade de realizarem cópias
idênticas de sim
mesmas(autorrenovação), através de
um processo de divisão assimétrico,
originando uma célula indiferenciada
(perpetuando o carácter estaminal) e
uma célula que se diferenciará num tipo
específico.
-Capacidade de originarem outros tipos
de células do organismo(diferenciação)
As células-tronco podem ser divididas
em dois grupos principais:
 Células-tronco
embrionárias
Responsável pelo desenvolvimento
embrionário, fetal e pelo crescimento.
 Células-tronco somáticas
ou do adulto
Responsáveis pelo crescimento,
manutenção dos tecidos e regeneração
ou reparação de tecidos lesionados.
Diferenciação:
Uma célula totipotente pode
diferenciar-se em qualquer tipo de
célula?
O número de tipos celulares em que
uma célula se pode diferenciar é
definido pelo seu estádio de potência.
Assim, temos:
 Células-tronco
totipotentes:
Têm capacidade de se
diferenciar em todos os tipos de
células e formar um organismo.
 Células-tronco
Pluripotentes (ou células
estaminais embrionárias)
Ocorrem no estádio de blástula no
desenvolvimento embrionário
diferenciam-se em todos os tipos de
células do embrião, mas não nos anexos
embrionários (Ex: placenta e cordão
umbilical)
 Célula-tronco
multipotentes
Diferenciam-se em múltiplos tipos de
células e ocorrem:
 No estádio de desenvolvimento
embrionário de gástrula
 Em células estaminais
mesenquimatosas identificadas
em:
-Tecido neonatais (Ex: saco amniótico,
placenta, sangue e cordão umbilical)
-Tecidos adultos (Ex: medula óssea,
fígado, cérebro, tecido muscular, pele e
sistema gastrointestinal).

 Células-tronco
oligopotentes
 Podem diferenciar-se em duas
ou mais linhagens
Por exemplo: as células-tronco
neuronais podem originar alguns tipos
de neurónios no cérebro ou as células da
linhagem linfoide.
 Unipotência
 Capacidade para formar células
de uma única linhagem.
Exemplo: células-tronco
espermatogónios só originam
espermatozoides.
 Diferenciação de células
tronco in vitro
A cultura laboratorial de células animais
apresenta vários desafios:
-Manter as células na sua forma
indiferenciada.
-Gerar a diferenciação das células no
tecido desejado.
-Diferenciar as células tronco
Pluripotentes ou multipotentes numa
população ou multipotentes numa
população homogénea de células.
o A diferenciação induzida de
células tronco in vitro numa
linhagem especifica
habitualmente envolve uma
mudança do meio de cultura,
adição de fatores de
crescimento, citocinas e outras
proteínas.
Todas as células diferenciadas são
originadas a partir da mesma célula
fecundada e contêm o mesmo material
genético.
Os fatores de crescimento podem
estimular as células tronco a
diferenciam-se numa linhagem
neuronal, mas não podem estimular a
diferenciação de células cardíacas em
neurónios. Durante a diferenciação
ocorre o silenciamento dos genes de
autorrenovação e só genes é coordenada
por mecanismo epigenéticos.
Esta alteração estável na expressão de
genes é coordenada por mecanismos
epigenéticos. A epigenética é o estudo
das alterações estáveis na expressão de
genes que ocorrem durante o
desenvolvimento/diferenciação e
proliferação de células, sem alteração da
sequência de DNA.
  Aplicações
biotecnológicas:
Engenharia de
tecidos/medicina
regenerativa
-Uso de células animais para formação
de novos tecidos e tratamento de
doenças através da reparação dos
tecidos lesionados.
-Área multidisciplinar que combina
conhecimentos de biologia molecular e
celular com os conhecimentos de
engenharia de biomateriais, birreatores,
biomecânica e libertação controlada de
compostos.
-O sucesso depende de vários factores:
obtenção de células com capacidade de
regeneração e ambiente propício para o
crescimento celular, diferenciação e
integração no tecido envolvente.
A engenharia de tecidos possibilita a
regeneração de tecidos ou órgãos que
tenham
sofrido danos ou perda das suas
funções.
- Esta técnica permite ultrapassar a falta
de dadores de órgãos e também
assegurar a
aceitação do órgão pelo sistema
imunitário do organismo receptor.
Ex: Utilização de impressoras 3D para
formação de órgãos:
Terapia Celular:
Uso de células tronco para o tratamento de
doenças que não podem ser tratadas da
forma tradicional.
- Células da medula óssea - leucemia.
- Regeração de doenças da pele ou
queimaduras.
- Enfarte do miocárdio
Terapias celulares utilizando células
estaminais
DISPONÍVEL PARA UTILIZAÇÃO
HOSPITALAR MEDICAMENTO
PORTUGUÊS CONSTITUÍDO POR
CÉLULAS ESTAMINAIS PARA
TRATAR DOENTES GRAVES COM
COVID-19
” A Crioestaminal, laboratório de
criopreservação líder em Portugal e um
dos maiores da Europa, anuncia a
conclusão do desenvolvimento do
medicamento experimental
(SLCTmsc02) à base de células
estaminais do cordão umbilical
expandidas para tratar doentes mais
graves com infeção por SARS-CoV-2.
A produção das primeiras doses deste
medicamento, abre caminho para sua
utilização como tratamento
experimental em contexto hospitalar