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Diversidade e Organização

BIODIVERSIDADE Interações intraespecíficas – ocorrem entre

biológica indivíduos da mesma espécie

Interações interespecíficas – ocorrem entre seres de


Biodiversidade
espécies diferentes
Diversidade ou variedade de seres vivos que
existem na Terra e as suas interações

 Diversidade genética – Variações entre


indivíduos a mesma espécie, inscritas no seu
material genético e transmissíveis aos
descendentes
 Diversidade de espécies – Variedade de
espécies num determinado local ou habitat
 Diversidade ecológica – Diversidade de
Níveis de hierarquia biológica
interações entre seres vivos e entre estes e o
Biosfera
meio

Biosfera - inclui todas as formas de vida e respetivos


Ecossistema
ambientes.

HIERARQUIA BIOLÓGICA Comunidades


Espécie - Conjunto de indivíduos, em regra
morfologicamente semelhantes, que podem cruzar-se Populações
entre si originando descendência fértil.
Indivíduos
Especialmente em relação a bactérias e a plantas, há
várias exceções a esta definição de espécie
Sistema de órgãos

Ecossistema
Órgãos
Formado por
Tecidos

Células
Componentes Componentes
abióticos bióticos
Organelos

Luz Seres vivos Moléculas


Temperatura
Solo
INTERESPECIFICAS

Predação – o predador alimenta-se de outro se de


uma espécie diferente(presa) conduzindo à morte da
O conjunto de seres vivos de um ecossistema e as presa.
relações que estabelecem entre si constituem uma
comunidade biótica.
Comensalismo – um dos indivíduos é beneficiado e
o outro não é beneficiado nem prejudicado

Parasitismo – um individuo (parasita) vive á custa


de outro (hospedeiro) prejudicando-o, mas sem lhe
causar a morte imediata.

Mutualismo – ambos os seres vivos intervenientes


são beneficiados
Cadeia alimentar – transferências de matéria e de
Simbiose – ambas as espécies intervenientes são energia entre produtores e consumidores de forma
beneficiadas, os indivíduos mantêm uma relação linear, num fluxo unidirecional através de relações
permanente, sendo impossível que cada um viva em o alimentares
outro.
Nos ecossistemas a energia não é transferida de
Competição – os seres vivos disputa por um recurso, forma linear e as transferências são representadas por
todos os seres são prejudicados, uma vez que perdem várias cadeias alimentares intercaladas constituindo
o recurso disputado, ou ganhando-o, gastaram uma teia alimentar
energia para o conseguirem
Pode referir-se que, quanto mais pequena é uma
INTRAESPECIFICAS cadeia alimentar, menores são as perdas que se
verificam, do que resulta uma maior economia do
Cooperação – relações de entreajuda estabelecidas
alimento.
entre indivíduos da mesma espécie (colónias)

EXTINÇÃO E CONSERVAÇÃO DAS


FUNCIONAMENTO DOS ECOSSISTEMAS
ESPÉCIES

O ser humano é considerado o principal responsável


Produtores (1º nível trófico) pelo cenário preocupante da extinção de espécies
Seres vivos capazes de elabora matéria
orgânica a partir de matéria inorgânica,
utilizando, para isso, uma fonte de energia
externa – seres autotróficos (algas e plantas)

Consumidores
Seres vivos incapazes de produzir compostos
orgânicos a partir de compostos inorgânicos –
seres heterotróficos (animais e fungos) – e por
isso, alimentam-se direta ou indiretamente da
matéria elaborada pelos produtores

Decompositores (bactérias e fungos)


Seres vivos que obtêm a matéria orgânica a
partir de outros seres vivos, decompondo
O desaparecimento de um elo de uma cadeia trófica
pode interferir na dinâmica do ecossistema e colocar
em perigo outras espécies.

Consideram-se "invasoras" as espécies introduzidas


em meios onde são desconhecidas e onde não têm
predadores nem concorrentes sérios. Estas espécies
proliferam e eliminam numerosas outras espécies.

CÉLULAS

Nas formas de vida mais simples as células também

Células e biomoléculas
TEORIA CELULAR
são mais simples – é o caso das bactérias cujas
células são procarióticas
 todos os seres vivos são constituídos por Nas formas mais complexas as células também são
células e a célula é a unidade estrutural mais complexas – células eucarióticas
básica da vida.
 todas as células se formam de células
preexistentes
 a célula é a unidade de reprodução, de
desenvolvimento e de hereditariedade dos TIPOS DE CÉLULAS
seres vivos

procarióticas

Não possuem núcleo organizado e o


Existem espécies-chave que cumprem certas funções material genético é constituído por uma
ecológicas importantes e se uma desaparece o molécula circular.
ecossistema pode entrar em desequilíbrio. As bactérias possuem esta organização
celular.
Principais causas de extinção O DNA constitui o nucleoide
Exteriormente à membrana plasmática a
 Perda de habitats
maioria das células procarióticas tem
 Espécies invasoras
uma complexa parede celular
 Sobre-exploração dos recursos naturais Em alguns procariontes, a rodear a
 Poluição parede celular, existe uma outra
 Alterações climáticas estrutura, chamada cápsula (camada que
reveste externamente a célula)
MEDIDAS PARA PROTEGER A
BIODIVERSIDADE

Algumas medidas que podem ser tomadas para a eucarióticas


proteção das espécies incluem: criação e manutenção
de áreas protegidas, divulgação de informação,
envolvimento das populações locais e Resultam da evolução de células
desenvolvimento de projeto de conservação. procarióticas.
Constituintes dos protozoários, algas,
fungos, plantas e animais
Têm núcleo organizado.
Possuem estruturas endomembranares
citoplasma é constituído pelo citosol,
Todas as células possuem membrana celular, Organelo
citoplasma, ribossomas e matéria genético Núcleo Local delimitado pela membrana nucl
DNA, sendo o centro de controlo da a
IMPORTÂNCIA DAS BACTÉRIAS Retículo Tem ribossomas
Endoplasmático Envolvido na síntese e transporte de p
Decomposição: atuam na reciclagem da matéria, rugoso
devolvendo ao ambiente moléculas e elementos Ribossomas Estrutura onde se efetua a síntese prot
químicos reutilizáveis por outros seres vivos. genético
Retículo Não tem ribossomas
Fermentação: algumas bactérias são utilizadas nas Endoplasmático Envolvido na síntese e transporte de lí
Liso
indústrias para produzir iogurte, queijo, etc
Complexo de Golgi Intervém em fenómenos de secreção e
Indústria farmacêutica: na fabricação de Lisossomas Acumulam enzimas digestivas, intervê
intervêm na decomposição de molécul
antibióticos e vitaminas
Vacúolos Controlam a entrada e saída de água, a
Indústria química: na produção de álcoois, como intracelular e excretam e reciclam resí
Mitocôndrias Estruturas envolvidas nos processos d
metanol, etanol, etc;
respiração celular
Genética: com a alteração de seu DNA, pode-se Cloroplastos Contêm pigmentos fotossintético, loca
Centríolos Formados por microtúbulos, intervêm
fazer produtos de interesse dos seres humanos, como
Citoesqueleto Dá suporte mecânico a algumas estrut
insulina Em algumas células te cílios e flagelos
Parede celular Constituinte presente exteriormente á
CÉLULAS EUCARIÓTICAS proteção
Membrana celular Estrutura fina que regula o fluxo de m
citoplasma Apresenta uma massa semifluida, apar
qual se encontram dispersos os restant
COMPOSTOS ORGÂNICOS /
INORGÂNICOS

Os compostos podem ser de dois tipos: orgânicos ou


inorgânicos.

Compostos inorgânicos – substâncias que existem


em todos os subsistemas terrestres. Ex: água, CO2,
sais minerais

Compostos orgânicos – sintetizados pelos seres


vivos.

São macromoléculas, constituídos por vários


monómeros que ao se unirem entre si por reações de
condensação originam polímeros. Por cada ligação de
dois monómeros que se estabelece é removida uma
molécula de água. Por outro lado, através de reações
de hidrólise, os monómeros podem separar-se uns
dos outros.

ÁGUA – IMPORTÂNCIA BIOLÓGICA

 Molécula polar
 É o meio onde ocorrem a maioria das reações
metabólicas
 Modera a temperatura dos seres vivos
 Intervém nas reações de hidrólise
 Faz a manutenção do equilíbrio osmótico nas
células

BIOMOLÉCULAS

Os grupos de átomos das moléculas orgânicas que


participam nas reações chamam-se grupos funcionais.

As funções das macromoléculas estão diretamente


relacionadas com a estrutura e propriedades que
apresentam.

GLÍCIDOS (HIDRATOS DE CARBONO)

Compostos ternários: C, O, H
Monómeros: monossacarídeos
Entre estes estabelecem-se ligações glicosídicas
formando dissacarídeos formando posteriormente os Simples Complexos
polissacarídeos.
Função energética – podem ser utilizados em
transferências ou reservas de energia Triglicerídeos Fosfolípidos
Função estrutural – alguns glícidos são elementos
estruturais e de suporte em seres vivos Compostos ternários: C, H, O
Grupo funcional – hidroxilo (OH)
Moléculas heterogénicas e não formam polímeros
Monossacarídeos (oses): unidades básicas dos
glícidos Principais funções dos lípidos são reserva,
energética, estrutural e hormonal.
Oligossacarídeos: 2 a 10 monossacarídeos
Polissacarídeos: mais de 10 monossacarídeos Triglicerídeos
glicogénio Formados por ácidos gordos e glicerol, ligados por
Constitui uma forma de reserva nos animais e uma ligação éster, têm funções de reserva
em muitos fungos
Substância de reserva dos músculos
Função energética

Celulose
Componente estrutural da parede celular dos
vegetais
Função estrutural

Cada ligação éster resulta


Amido de uma desidratação
Constitui um importante material de reserva nas
plantas
Função energética
Podem ser:
Saturados – ligações
simples
Quitina Insaturados – Ligações
Constituinte do exosqueleto de invertebrados duplas e triplas
Função estrutural

LÍPIDOS (GORDURAS)

Fraca solubilidade na água, mas solúveis em


solventes orgânicos. Fosfolípidos
São constituídos por glicerol e dois ácidos gordos
Lípidos
Constituintes mais abundantes da membrana celular
Macromoléculas anfipáticas:

 Apresenta região apolar – Hidrofóbica –


repele a água
 Apresenta região polar – Hidrofílica – com
afinidade para a água Cabeça polar

Caudas apolares

Os agentes desnaturantes podem romper a estrutura


da proteína, destruindo as suas funções biológicas

Ceras e esteroides
A desnaturação pode ser irreversível, mas em alguns
As ceras são moléculas complexas. São compostos casos, na ausência do agente desnaturante, a proteína
hidrofóbicos que geralmente constituem barreiras que pode restabelecer a estrutura inicial
impedem a perda de água.
As enzimas são proteínas produzidas por células
PRÓTIDOS (PROTEÍNAS) vivas, que aceleram reações químicas sem se
consumirem nelas - biocatalizadores
Compostos quaternários: C, H, O, N

Monómeros: aminoácidos
Esta estrutura tridimensional é estável dentro de
Polímeros: Proteínas (peptídeos)
certos limites de temperatura ou pH.
Grupos funcionais: amina e carboxilo Variações nesses valores podem levar à
desnaturação das proteínas.
Ligações: peptídicas entre um grupo carboxilo e uma
amina

Funções: Enzimática, armazenamento, estrutural,


motora, recetora, defesa, transporte e reguladora
INGESTÃO, DIGESTÃO E ABSORÇÃO

Ingestão – Introdução dos alimentos no organismo

Digestão – processos físicos e químicos que


transformam os alimentos em micromoléculas,
através de reações de hidrólise catalisadas por
enzimas

 Digestão mecânica: favorece a digestão


química ao aumentar a superfície do alimento
em contacto com os agentes químicos.
 Digestão química: através da ação
enzimática, macromoléculas são
transformadas em micromoléculas.

Absorção – Corresponde á captação de


micromoléculas pelas células

Egestão – Eliminação de material não digerido e


resíduos do processo digestivo

DNA – armazena e transmite a informação genética

RNA – participa na conversão dessa informação em


proteínas

São formados por três constituintes, uma pentose


ÁCIDO NUCLEICOS (desoxirribose no caso do DNA, ou ribose no caso do
RNA), um grupo fosfato e uma ase azotada
Monómeros: nucleótidos, sendo o DNA e o RNA os
polímeros Ligação: fosfodiéster e de hidrogénio

Bases azotadas:

Anel duplo (púricas) – (A)adenina, (G) guanina

Anel simples (pirimídicas) – (T)timina, (C)citosina,


(U) uracilo

Bases complementares:

(A – (T) – 2 pontes de hidrogénio

(G) – (C) – 3 pontes de hidrogénio

Obtenção de matéria pelos seres Nutrição – processo que permite a aquisição de


energia e de compostos químicos que garantam a

vivos heterotróficos
manutenção, reparação, crescimento e reprodução  Secção anterior: zona onde ocorre a
dos seres vivos. ingestão e se inicia a digestão.
 Secção média: onde há acumulação e
Microconsumidores: possuem nutrição por
digestão, química e mecânica, dos
absorção. Libertam enzimas para o meio – digestão
alimentos.
extracorporal – de modo a que os alimentos se
 Secção posterior: porção onde ocorre a
transformem em partículas mais pequenas que
absorção dos nutrientes e a eliminação dos
possam ser absorvidas
resíduos.
Exemplo: procariontes, alguns protozoários e fungos
A progressão dos alimentos é assegurada pelos
Macroconsumidores: possuem nutrição por ingestão movimentos peristálticos.
pois o alimento é conduzido para o interior do
Esfíncteres - permitem o controlo do tempo de
organismo – digestão intracorporal.
permanência dos alimentos em algumas secções do
Exemplo: alguns unicelulares eucariontes e todos os tubo digestivo.
animais

VANTAGENS DO TUBO DIGESTIVO


EVOLUÇÃO DOS SITEMAS DIGESTIVOS COMPLETO

 Maior tempo de digestão o que permite


Tubo digestivo incompleto
aproveitar melhor todos os nutrientes
Os animais com cavidade gastrovascular (hidra,  Maior eficácia e rapidez no processamento
esponja e planária) possuem apenas uma única dos alimentos
abertura na cavidade digestiva, que funciona  Regiões especializadas e adaptadas a cada
simultaneamente de boca e ânus. etapa do processo digestivo
 Maior disponibilidade de energia para várias
No interior da cavidade o alimento é parcialmente atividades como nadar, correr ou voar
digerido por ação enzimática – digestão
extracelular. Animais carnívoros possuem sistemas digestivos
mais curtos do que os animais herbívoros.
Posteriormente, as partículas semidigeridas
completam o processo digestivo no interior das
células do epitélio da cavidade digestiva – digestão
intracelular. Digestão

Tubo digestivo completo


Extracelular Intracelular
A maioria das espécies animais apresenta tubo
digestivo completo, ou seja, com duas aberturas –
boca e ânus. Organismos
Intracorporal unicelulares
Nestes organismos a digestão ocorre exclusivamente (processa-se em (protozoários)
na cavidade digestiva – digestão extracelular. compartimentos
especializados no
O tubo digestivo completo possui as diferentes etapas interior do corpo)

do processo digestivo: Extracorporal


(fungos e
decompositores)
DIGESTÃO INTRACELULAR secreções são lançadas no intestino, onde se
misturam com os alimentos.
Os organelos complexo de Golgi, lisossomas e
retículo endoplasmático estão diretamente envolvidos
na digestão intracelular.

Esta ocorre após partículas alimentares serem


interiorizadas na célula, pelo processo de endocitose,
formando-se vesiculas endocíticas. A nível do
retículo endoplasmático, formam-se proteínas
enzimáticas que são incorporadas em vesículas como
os lisossomas, que as transportam até ao complexo de
Golgi. Aqui estas fundem-se com as vesículas
endocíticas, formando um vacúolo digestivo, onde
ocorre a digestão intracelular. Os resíduos que se
formam neste processo são expulsos da célula por
exocitose.

DIGESTÃO EXTRACELULAR

Extracorporal
No caso dos cogumelos, estes, através das suas hifas,
libertam enzimas digestivas sobre o substrato no qual
ocorre a digestão de moléculas complexas, seguida
de absorção de substâncias mais simples, através da
membrana das hifas

Intracorporal
Ocorre em tubos digestivos, mais ou menos
complexos, apresentando diferentes órgãos
especializados.

Exemplo de digestão intracelular e extracelular

Na Hidra, as moléculas resultantes da digestão são


absorvidas por todas as células do corpo e os resíduos
não digeridos passam por exocitose para a cavidade
gastrovascular, saindo com a água para o exterior
pela única abertura, devido à contração da parede do
corpo.

Na planária, a cavidade gastrovascular é ramificada,


o que aumenta a área de digestão e de absorção. A
digestão inicia-se na cavidade gastrovascular e
completa-se no interior de células da parede do
corpo.

Todos os Vertebrados possuem no sistema digestivo


dois órgãos anexos, o fígado e o pâncreas, cujas
Membrana celular
FUNÇÕES DA MEMBRANA Glícidos – em quantidades muito menores e
associadas às proteínas e aos lípidos, constituindo
 Limita a célula. glicoproteínas e glicolípidos
 Processos de secreção e fagocitose.
 Processos de reconhecimento imunológico e
inter-relação celular.
 Processos de transporte, seleção
semipermeável.
 Receção e envio de mensagens químicas.
 A bicamada fosfolipídica constitui a estrutura
básica da membrana: serve de barreira e
controla a passagem de certas substâncias.;
 O colesterol, nas células animais, controla a
A organização dos fosfolípidos na membrana deve-se
fluidez da membrana;
à presença de água em torno da célula e dentro da
 Os glícidos constituem o glicocálix que célula pois estes são moléculas anfipáticas.
funcionam de marcadores de reconhecimento
celular. As duas faces da membrana são diferentes química e
eletricamente, por isto a membrana é assimétrica.
MODELO DO MOSAICO FLUIDO
A face externa tem glícidos, ausentes na face interna.
Na membrana movimentos das moléculas que a
constituem, dotando-a, assim, de grande fluidez. A face interna é negativa em relação à face externa.

 As moléculas fosfolipídicas têm grande A membrana plasmática seleciona as moléculas que


mobilidade lateral, trocando de posição com podem atravessá-la sendo que as moléculas menores
outras que se encontrem na mesma camada atravessam-na com mais facilidade.
(movimentos laterais)
 Ocasionalmente podem ocorrer movimentos
transversais de fosfolípidos de uma camada TRANSPORTES TRANSMEMBRANARES
para outra (movimentos flip-flop).
 Algumas proteínas também apresentam A membrana celular possui permeabilidade seletiva,
uma vez que tem pouca permeabilidade para iões e
mobilidade enquanto outras estão fixas.
moléculas polares, mas apresentam elevada
Os movimentos são dependentes da temperatura (a permeabilidade para substâncias apolares e pequenas.
fluidez aumenta com o aumento da temperatura)

a presença de lípidos insaturados e de cadeia curta


Movimentos
favorece o aumento da fluidez transmembranares
A presença de colesterol endurece as membranas,
reduzindo a sua fluidez e permeabilidade.
Não mediados Mediados
A membrana plástica é formada principalmente por:

Lípidos – que atuam garantindo a estrutura da


membrana (fosfolípidos e colesterol)
Intervenção
Difusão
osmose de proteínas
Proteínas – que estão relacionadas com as principais simples
específicas
funções desempenhadas por essa estrutura celular
DIFUSÃO SIMPLES Solução hipertónica – maior concentração

De acordo com o gradiente de concentração Solução hipotónica – menor concentração

As partículas deslocam-se de zonas onde a sua Meio isotónico – meios com igual concentração
concentração é maior para zonas onde esta é menor
Uma solução com elevada concentração de soluto e,
até se atingir uma distribuição uniforme dessas
portanto, com baixa quantidade de moléculas de
partículas.
água, tem uma elevada pressão osmótica.
É a agitação térmica das partículas que desencadeia a
sua movimentação.

Difusão de iões: O seu movimento não depende Meio com menor


pressão osmótica Meio com maior
somente do gradiente de concentração, mas das pressão osmótica
Solução hipotónica
cargas presentes num e noutro lado da membrana. Solução
hipertónica
Se o interior da célula possui uma carga positiva
conduzirá a uma entrada de iões com carga negativa e
vice-versa.

Por não haver gasto de energia designa-se por


transporte passivo.

Fatores que afetam a difusão:

 Agitação do meio
 Temperatura
 Pressão
 Concentração

OSMOSE

As reduzidas dimensões da molécula da água


permitem que atravesse diretamente a dupla camada
lipídica, que é parcialmente permeável à água.

No entanto, os rápidos movimentos de água implicam


a existência de canais proteicos para o seu transporte
DIFUSÃO FACILITADA
– aquaporinas.
Os iões e as moléculas polares como a glicose são
Depende da concentração de solutos de duas soluções transportadas através de proteínas intrínsecas sem
separadas por uma membrana seletivamente gastos de energia.
permeável.
As substâncias atravessam a membrana a favor do
Pressão osmótica de uma solução: pressão gradiente de concentração, ou seja, da região onde
necessária aplicar para impedir a tendência da água se encontra a maior concentração de soluto para a
para se mover. região de menor concentração.
Pressão hidrostática de uma solução: pressão igual O transporte é mediado por permeases ás quais as
e contrária à pressão osmótica substâncias a transportar se ligam, sendo o processo
constituído por três fases:
 Combinação da molécula ou substância a  Gasto de energia
transportar com a permease, na face externa  Utilização de proteínas
da membrana  Contra o gradiente de concentração
 Alteração da conformação da permease, na
face externa da membrana A bomba de sódio-potássio (Na⁺/K⁺) é um exemplo
 Retoma da forma inicial da permease deste tipo de transporte.

Na difusão simples, enquanto maior for a diferença,


maior a velocidade de transporte.

Esta bomba é um complexo enzimático membranar


que se pode encontrar em praticamente todas as
células animais. Esta enzima (ATPase) requer
energia, sob a forma de ATP, e movimenta em
sentidos opostos iões sódio (Na+) e iões potássio (K+),
permitindo a saída de 3 iões sódio e a entrada de 2
iões de potássio.

Na difusão facilitada, a partir de um determinado


valor, a velocidade de transporte passa a ser
constante, devido à saturação das proteínas
transportadoras.

TRANSPORTE ATIVO
A digestão intracelular divide-se em:

Heterofagia – processo através do qual substâncias TRANSMISSÃO DO IMPULSO NERVOSO


provenientes do exterior são digeridas.
Neurónios – células responsáveis pela transmissão
de informação no sistema nervoso

Permite também eliminar substâncias mesmo quando Dendrites – Prolongamentos celulares muito
se encontram em concentração muito inferior à do ramificados que recebem informações nervosas do
meio e ainda captar do meio substâncias mesmo que ambiente ou de outro neurónio
a sua concentração seja baixa.
Esta informação, impulso nervoso, transmite-se ao
longo do neurónio sob a forma de uma corrente
elétrica.

Num estado de repouso, a superfície interna da


membrana celular do neurónio encontra-se carregada
negativamente em relação à superfície externa da
membrana, que se encontra carregada positivamente.

Quando um neurónio recebe um estímulo ocorrem


alterações nas proteínas localizadas nas membranas,
os canais de Na+ abrem e há entrada de Na+ no
neurónio

Isso faz com que ocorra uma mudança de potencial


da membrana (despolarização)

Após a passagem do estímulo, os canais de Na+


fecham-se e abrem-se os de K+, ocasionando uma
rápida saída desse ião (repolarização)

Obtenção de matéria
autotróf
FOTOSSÍNTESE

Seres autotróficos – são capazes de sintetizar


matéria orgânica a partir de matéria inorgânica. Seres
foto autotróficos utilizam a fotossíntese para o fazer

Luz
6 C O2 +6 H 2 OC 6 H 12 O6 +6 O2+ 6 H 2 O
Pigmentos fotossintéticos

Autofagia – processo de digestão de produtos da


Essa saída faz com que a membrana volte ao seu
própria célula. Tem como finalidade, por exemplo, a
estado de repouso e volte a realizar a bomba de sódio
eliminação de organelos celulares danificados.
e potássio
A bomba de sódio e potássio mantém o potencial de Pigmentos fotossintéticos
repouso. -70mV
Clorofilas – pigmento de cor
Se a entrada de iões Na + levar o potencial de
verde, fundamental para a
membrana até -55mV, atinge-se o limiar de captação de energia luminosa
excitabilidade e desencadeia-se a abertura repentina
de mais canais de sódio. Esta abertura gera um
potencial de ação Carotenoides

Um potencial de ação desencadeia um impulso


nervoso que irá percorrer o neurónio, em direção à
arborização terminal do axónio, numa onda de
despolarização / repolarização

A passagem do impulso nervoso entre neurónios


consecutivos faz-se através de sinapses. Nas sinapses
química, a propagação do impulso nervoso é feita por
mensageiros químicos - neurotransmissores

NADH E ATP

Redução
+ ¿ NADPH ¿
−¿+ H ¿
+¿+2 e ¿
NAD H Oxidação

Fosforilação
ADP+ Pi+ Energia ATP+ H 2 O
Hidrólise

NADH é o transportador de eletrões

MECANISMO GERAL

A planta vai pegar em matéria inorgânica para


transformar em matéria orgânica. Para isso vai
utilizar água, que a planta absorve pela raiz, que vai
ascender até as folhas através de um tecido vascular
que faz pare da constituição da planta. Depois utilizar
a luz e o dióxido de carbono e vai produzir O 2 e
compostos orgânicos (glicose), a maior parte
glícidos, que são armazenados na maior parte das
vezes sobre a forma de alimento.
cedido ao fotossistema I, que recebe um fotão e o
processo repete-se, entra em excitação, o eletrão sai,
Á transporte de duas substâncias da fase 1 para a fase
passa por uma cadeia transportadora de eletrões e vai
2 (ADP e um transportador de eletrões)
ser aceite no final pelo NADP+
Estes produtos vão entrar na fase 2, onde vai entrar o
CO2, e vai produzir-se os açucares e vai ser utilizado
AP e os eletrões transportados FASE QUÍMICA

Depende da luz Entrada de ATP, do transportador de eletrões com os


eletrões, o NADPH, vai entrar o CO 2 e o objetivo é
Conversão de energia luminosa
em energia química produzir compostos orgânicos como a glicose

Fase Utilização da molécula de água


fotoquímica Ocorre nas membranas dos
tilacoides Fixação de CO2
Vai ter de ser fixdo a um composto
Não depende da luz para depois poder reagir e dar

Etapas
origem aos compostos orgânicos
Incorporação do dióxido de
Fase química carbono
Formação de compostos Redução e produção
de açucares
orgânicos
Ocorre no estroma do cloroplasto Regeneração da
ribose bifosfato
FASE FOTOQUÍMICA

Fotossistema – unidade estrutural da membrana dos


tilacoides

Existem dois fotossistemas (I e II) onde o


fotossistema II é energeticamente mais elevado que o
fotossistema I.

H2O + 2e- + 2H+


Fotólise
Fotão + 1/2 O2

Como o fotossistema II tem falta de eletrões e o


fotossistema I tem falta de protões, os eletrões vão
repor os eletrões que tinham saído do fotossistema I e
O fotossistema II recebe o fotão pelos pigmentos os hidrogénios produzidos pela fotólise vão ser
fotossintéticos. A clorofila vai entrar em excitação e recebidos pelo NADP+, que recebe o eletrão da
vai ser perdido um eletrão, que depois vai ser aceite cadeia e os protões da água que depois dão origem ao
por uma cadeia transportadora de eletrões que ao NADPH
passar por alguns elementos da cadeia vai perdendo
energia. Essa energia vai ser acumulada nos ATP O oxigénio produzido é libertado diretamente para a
(ADP ao qual se junta um grupo fosfato ao qual se atmosfera
junta energia libertada) no final da cadeia o eletrão é
ESTOMAS

Depois dá-se a oxidação do NADPH transformando o


composto em 12G3P que vai dar origem por
Etapa I associação a uma molécula de glicose

A ribose bifosfato através de uma enzima rubisco Etapa III


fixa o CO2. O composto produzido é muito instável e
então vai-se dividir e dar origem a um composto com O que sobra vai ser utilizado para regenerar a ribose
3 carbonos. que começa por ser uma ribose monofosfato, que vai
receber um grupo fosfato vindo da fosforilação do
Etapa II ATP dando origem á ribose bifosfato.

Através da fosforilação do ATP, vi ser libertada


energia e um grupo fosfato que se vai ligar ao
composto.

A água e os sais minerais utilizados na síntese de

Distribuição de matéria nas matéria orgânica, entram na planta por absorção,


através da raiz.

plantas
Por outro lado, o dióxido de carbono utilizado
TRANSPORTE NAS PLANTAS
durante a fotossíntese entra na planta através dos
estomas.
Xilema ou lenho Alterações na pressão de turgescência abrem e
transporte da seiva xilémica
ou bruta (água e sais fecham os estomas.
minerais)
Estas alterações resultam principalmente da captação
Vasculares
Floema ou líber reversível e perda de iões potássio pelas células de
Transporte da seiva floémica guarda.
(compostos orgânicos
produzidos nas folhas)  Células guarda túrgidas/Estoma aberto
Plantas

Sem tecidos condutores


Existem em haitats húmidos e
sombrios
 Células guarda flácidas/Estoma fechado As células especializadas no transporte de
substâncias do xilema são células mortas com parede
Geralmente, os estomas abrem durante o dia e lenhificadas e podem ser de dois tipos:
fecham à noite para minimizar a perda de água.
Traqueídos: células alongadas e pontiagudas nos
extremos

Vasos xilémicos: células largas, curtas e com paredes


finas. Os topos das células estão destruídos
permitindo a circulação da seiva xilémica

Ambos os tipos de células possuem pontuações


laterais na parede celular que permite a migração da
Abertura dos estomas
água para células vizinhas.

Hidrólise do Aumenta a Parênquima lenhoso: são as únicas células vivas do


Luz solar amido nas concentração
células-guarda de glicose tecido xilémico e exercem atividades metabólicas
como a fotossíntese, funções de reserva e secreção de
substâncias
Ativa a água entra por
Fotossíntese osmose aumento
fosforilase da turgescência TECIDOS VASCULARES – FLOEMA

O floema circula nos tubos crivosos que possuem


Diminui CO2 Aumenta o pH
Abertura dos paredes transversais com poros – placas crivosas –
estomas que permitem a passagem da seiva floémica.

As células de companhia estão ligadas aos tubos


Fecho dos estomas crivosos e permitem a passagem de substâncias de e
para os tubos crivosos.
Glicose
Sem luz polimeriza em
Diminui a Formam-se a partir de uma célula do câmbio que se
concentração
amido divide de forma desigual – a célula maior origina
uma célula crivosa e a mais pequena uma célula de
água sai por
companhia
Inativa a
sem fotossíntese osmose diminui
fosforilase
a turgescência Fibras liberinas: desempenham funções de suporte

Parênquima: Formado por células vivas, pouco


Aumenta CO2 Baixa o pH
Fecho dos diferenciadas, tem funções de reserva
estomas
Feixes condutores duplos e colaterais no caule e nas
folhas
SEIVAS Feixes condutores simples e alternos na raiz
Xilema  - Transporta água e sais minerais (seiva
TRANSPORTE DA ÁGUA
brua ou xilémica9 absorvidos na raiz até aos locais
onde se realiza a fotossíntese. O movimento de água e de solutos no interior da
planta através destes tecidos condutores denomina-se
Floema   - Distribui água e composto orgânicos translocação.
(seiva elaborada ou floémica) produzidos na
fotossíntese por todas as células das plantas

TECIDOS VASCULARES – XILEMA


Plantas fazem a absorção da água e sais minerais Via simplástica: de célula em célula através de
necessários ao seu desenvolvimento através do plasmodesmos;
sistema radicular, que possui como características:
Via transmembranar: com entrada e saída de cada
 Ser permeável célula, atravessando a membrana plasmática.
 Ser muito ramificado
 Possuir uma área aumentada através da
presença de pelos absorventes

A absorção de água na raiz ocorre por osmose.

raiz tem de se apresentar hipertónica em relação ao


meio que a envolve.
TRANSPORTE NO XILEMA
Os sais minerais, na sua maioria, entram na raiz por
transporte ativo, garantindo a manutenção do A água e os iões minerais, uma vez chegados ao
gradiente osmótico. xilema, constituem a seiva bruta, ou seiva xilémica,
que pode agora ser distribuída pela planta,
transportadas de forma passiva.

Movimento de água e solutos


no xilema

Hipóteses
explicativas

Pressão Tensão-coesão-
radicular adesão

Pressão radicular
Se os iões minerais, estão presentes no solo em
concentrações mais elevadas do que na raiz A contínua acumulação de iões nas células da raiz
tem como consequência a entrada de água para a
Os iões entram na raiz por difusão simples planta.

Se se verificar uma elevada concentração de iões no A acumulação de água nos tecidos provoca uma
maio intracelular pressão na raiz que força a água a subir no xilema.

Gutação: Em algumas ocasiões, quando a pressão


radicular é muito elevada, a água é forçada a subir até
Os iões entram para as células por transporte ativo às folhas, onde é libertada sob a forma líquida.
O movimento da água e sais minerais até ao xilema Exsudação: Nestas circunstâncias, verifica-se a saída
da raiz pode ocorrer de três formas diferentes: de água pela zona dos cortes efetuados
Via apoplástica: através das paredes e espaços Esta teoria apresenta, no entanto, alguns aspetos que
intercelulares; não consegue explicar:
 A pressão radicular medida em vários plantas
não é suficientemente grande para elevar a
água até ao ponto mais alto de uma árvore
grande A bomba de protões e o co-transporte de sacarose e
 A maioria das plantas não apresenta gutação H+ permitem que as células acumulem sacarose. Nas
nem exsudação Através
zonas de da fotossintese
armazenamento, as émoléculas de açúcar são
prodozida a glicose
transportadas do floema para os tecidos de
Tensão-coesão-adesão armazenamento e são seguidas pela água.
Na folha a glicose é convertida
em sacarose
1. A transpiração diminui o potencial hídrico nas
Modelo do fluxo de massa
folhas, e isso gera tensão que puxa a água através do
A sacarose passa para o floema
xilema. Baseia-se na existência de um
por transporte ativofluxo de massa que
ocorre de acordo com variações de pressão nos tubos
2. A transpiração obriga à saída de água das células
crivosos
do mesófilo

3. Como as células do mesófilo ficam com elevada


pressão osmótica devido á transpiração (ficam
hipertónica em relação ao xilema) a água do mesófilo
vai ser reposta por água do xilema através de osmose.
Devido a forças de coesão e adesão, as moléculas de
água mantêm-se unidas umas às outras (coesão) e
aderem às paredes dos vasos (adesão), formando
uma coluna contínua.

4. A ascensão de água cria um défice de água no


xilema da raiz, fazendo com que novas moléculas de
água passem para o xilema, o que determina a
absorção ao nível da raiz e, consequentemente, o
fluxo de água do solo para o interior da planta.

Quanto mais rápida for a transpiração, ao nível das


folhas, mais rápida se torna a ascensão da seiva.

A transpiração também resulta num resfriamento


evaporativo, que pode diminuir a temperatura de uma
folha e impedir a desnaturação de várias enzimas
envolvidas na fotossíntese e outros processos
metabólicos.

TRANSPORTE NO FLOEMA

A fotossíntese não ocorre em todas as células, pelo


que as substâncias orgânicas produzidas nos órgãos
fotossintéticos têm de ser transportadas pelo floema
Transporte no
para as restantes células da planta
TRANSPORTE NOS ANIMAIS

Nos animais mais simples e aquáticos, como as


hidras não existe um sistema de transporte
especializado.
Os nutrientes difundem-se do interior da cavidade
gastrovascular para as células e os produtos de
excreção, resultantes do metabolismo celular, são
lançados diretamente no meio.

Seres mais complexos – o líquido envolvente é,


fluido intersticial, ocupa os espaços entre as células

SISTEMAS DE TRANSPORTE

Nos animais mais complexos existem órgãos


especializados na absorção de nutrientes e oxigénio
na excreção de substâncias tóxicas

Fluido circulante: hemolinfa (insetos) ou sangue,


que gere a distribuição de substâncias

Coração: com função de bombear o fluído circulante

Conjunto de vasos: onde ocorre, em parte ou num


todo, a circulação do fluído

Funções do sistema de transporte

 Fornecer nutrientes a todas as células


 Transportar os produtos de excreção
 Permitir a comunicação entre células através
de hormonas
 Participar na defesa do organismo

Hemolinfa – constituído essencialmente por plasma


e leucócitos, não possui glóbulos vermelhos/
hemácias nem hemoglobina pois não transporta O2

SISTEMA ABERTO (INSETOS)

A condução destas substâncias é feita através de um


sistema circulatório

sistemas
circulatórios

Aberto Fechado

A hemolinfa sai
As trocas realizam-se entre o sangue dos capilares e a
linfa que envolve as células - linfa intersticial.
A hemolinfa é bombardeada pelo coração através de
vasos

Nos tecidos, a hemolinfa abandona os vasos Vantagem dos sistemas circulatórios fechados.

Passa para um sistema de cavidades  Fornecer, com maior rapidez, oxigénio e


(lacunas/hemocélio) nutrientes.
 Remover, com rapidez, os produtos tóxicos
No hemocélio, a hemolinfa entra em contacto com as
resultantes do metabolismo.
células
Desvantagens
A hemolinfa fornece nutrientes e recebe produtos da
excreção  Maior gasto energético para bombear o
sangue pela rede sanguínea
Quando o coração relaxa, a descompressão interna
faz entrar de novo fluído pelos ostíolos

Os ostíolos fecham, o coração contrai e o processo Sistemas


repete-se circulatórios
fechados
SISTEMA DE TRANSPORTE FECHADO

Circulação simples
Circulação dupla O sangue passa uma
circulação pulmunar e única vez no coração, o
sistémica, passando coração é percorrido
duas vezes pelo coração apenas por sangue
venoso (peixes)

Completa Incompleta
Não há mistura de Ocorre mistura parcial
sangue arterial e do sangue venoso com
venoso (aves e o sangue arterial
Peixesmamiferos
– coração com (anfibios)
uma aurícula e um ventrículo

Anfíbios – coração com duas aurículas e um


ventrículo

Aves e mamíferos – coração com duas aurículas e


dois ventrículos

SISTEMA CIRCULATÓRIO NOS PEIXES


O líquido circulante designa-se sangue e, em
condições normais, nunca abandona os vasos
sanguíneos. sangue
Válvulas – controlam o movimento do fluído

Devido à contração do coração, o sangue é


distribuído por todo o organismo, no interior de Venoso
Arterial
vasos, até aos capilares sanguíneos, que formam Pressão de O2 mais baixa
do que CO2
maior pressão de O2
uma rede em cada um dos órgãos, de forma a
atingirem praticamente todas as células.
Circulação pulmonar (pequena circulação) – o
sangue passa pelos pulmões onde se dá a hematose
pulmonar, o oxigénio passa para o sangue e o CO 2
passa para os pulmões – o sangue passa de venoso a
arterial

Circulação sistémica (grande circulação) –


Assegura a distribuição de nutrientes e de O2 por
todos as células do corpo e receber os produtos e
Depois de passar pelo coração, o sangue venoso vai excreção – o sangue passa de arterial a venoso
por uma artéria até ás branquias
SISTEMA DOS ANFÍBIOS

O sangue venoso, proveniente dos tecidos corporais,


Nas branquias ocorrem trocas gasosas, com entra pela aurícula direita, passa para o ventrículo,
libertação de CO2 e captação de O2 tornando o sangue onde é bombeado para os pulmões e para a pele pela
arterial artéria pulmonar

O sangue arterial regressa ao coração entrando pela


aurícula esquerda, sendo depois bombeado para todo
O sangue arterial é distribuído para todos os órgãos o organismo pelo ventrículo, passando pela aorta
do corpo do animal, por uma rede de capilares
O sangue venoso e o sangue arterial misturam-se no
ventrículo, uma vez que este constitui o ponto de
encontro dos dois
O sangue circula com pouca pressão, dado que só
passa uma vez pelo coração no decurso de uma
circulação completa

Metabolismo baixo
circuitos do sistema circulatório

No entanto, as duas aurículas não contraem ao


mesmo tempo e consequentemente, o ventrículo

Obtenção e
bombeia os dois tipos de sangue separadamente,
assim a mistura de sangues é apenas parcial

SISTEMA DAS AVES E DOS MAMIFEROS METABOLISMO CELULAR


O fluxo de sangue é condicionado pela pressão O conjunto de todas as reações celulares constitui o
gerada pelo coração, cuja comunicação é controlada metabolismo celular.
por válvulas

As válvulas determinam o sentido do fluxo sanguíneo Metabolismo celular

A metade direita do coração é atravessada


unicamente por sangue venoso, enquanto que a
metade esquerda é atravessada somente por sangue Catabolismo Anabolismo
arterial.

O facto de, nas aves e nos mamíferos, não haver


mistura de sangue venoso com sangue arterial, Reações de Reações de formação de
permite-lhes uma elevada eficácia de oxigenação dos degradação de biomoléculas com gasto
biomoléculas com de energia
tecidos e, por isso, uma maior capacidade energética. libertação de energia (endoenergéticas)
(exoenergéticas)

FLUIDOS CIRCULANTES

Os fluidos circulantes funcionam como meios de Na parte arterial do capilar, a pressão do sangue é
transporte, distribuindo de e para as células diversas maior do que a pressão osmótica, havendo
sustâncias. movimentos de substâncias para fora do capilar

Plasma: tem nutrientes e transporta resíduos do Na parte venosa do capilar, a pressão do sangue é
metabolismo menor do que a pressão osmótica, verificando-se
movimento de substâncias para dentro do capilar
Glóbulos vermelhos: células mais abundantes e
contêm hemoglobina Sangue – Formado por um líquido (plasma) no qual
circulam hemácias, leucócitos e plaquetas sanguíneas
Leucócitos: defesa do organismo e realizam
fagocitose para eliminar agentes infeciosos Dos vasos sanguíneos vai sair o plasma e os glóbulos
brancos que vão construir a linfa intersticial que vai
banhar as células que estão isoladas, depois de fazer
Intersticial
Fluido que vai esta localizado entre os
espçõs existentes entre as céluas fazend a
as trocas a linfa vai ser recolhida pelos vasos Anaeróbicos facultativos (leveduras) – na ausência
linfáticos que depois vão entrar no sistema de oxigénio, alguns seres podem usar a fermentação
circulatório. como via energética alternativa

RESPIRAÇÃO AERÓBICA

A glicose é o substrato mais comum da respiração


aeróbica. Por cada molécula de glicose obtêm-se 38
ATP

A degradação oxidativa da molécula de glicose


Quando a célula tem energia em excesso ela vai ocorre nas seguintes etapas
pegar num acumulador de energia (ADP) e vai
Glicólise
transformá-lo em ATP, associando um grupo fosfato
(citoplasma)
e energia-
Formação de acetil-
Quando a célula precisa de energia vai pegar no ATP CoA
e vai partir a ligação do grupo fosfato libertando Ciclo de krebs
energia. (matriz mitocondrial)

Fosforilação oxidativa
(Mitocôndria)
ADP ATP

GLICÓLISE

A glicólise é uma etapa comum à fermentação e à


respiração aeróbia.
Descarboxilação – reação em que um composto
perde um átomo de carbono, na forma de CO 2 que se Onde ocorre a ativação da molécula de glicose e se
liberta posteriormente para o meio. inicia a hidrolise

Oxidação – reação em que um composto perde Está dividida em três fases:


eletrões, que serão recebidos por aceitadores de
Fase de ativação – é fornecida energia da hidrólise
eletrões (NAD+/FAD)
de duas moléculas de ATP à glicose, para que se
torne quimicamente ativa e se dê início à sua
Respiração aeróbica
degradação.
o acetador final é o oxigénio
Fase de separação – há a separação em duas
moléculas de (G3P), uma triose (C3).
Respiração anaeróbica Fase de rendimento – as trioses sofrem fosforilação
Os aceitadores finais são (ligação a um grupo fosfato) e oxidação (perdem
outros compstos
Vias catabólicas inorgânicos eletrões para o NAD+, que passa a NADH). Algumas
destas reações são exoenergéticas, permitindo formar
quatro moléculas de ATP por cada molécula de
glicose inicial. O produto final são duas moléculas de
Fermentação
piruvato (C3).
O aceitador final de
eletrões é um composto
orgânico (piruvato)
Por cada molécula de glicose degradada, formam-se
no ciclo de Krebs:

 6 moléculas de NADH
 2 moléculas de FADH2
 2 moléculas de ATP
 4 moléculas de CO2

FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA
Uma molécula de glicose sofre oxidação no
citosol. Formam-se: Os eletrões do NADH e do FADH2 ricos em energia,
são transferidos para a cadeia transportadora de
 2 piruvatos eletrões. No final desta cadeia, os eletrões juntamente
 2 ATP com os protões reagem com o oxigénio e formam
 2 NADH água. Durante esta etapa, há síntese de ATP.

1. O NADH e o FADH2 são oxidados,


FORMAÇÃO DE ACETIL-COA
libertando eletrões para proteínas específicas da
Na presença de oxigénio, o piruvato formado no final cadeia respiratória.
da glicólise é transportado do citosol para a matriz 2. Ao fluírem pela cadeia, os eletrões vão
mitocondrial, onde sofre uma descarboxilação (perde perdendo energia, que é utilizada por alguns
uma molécula de CO2) e é oxidado (perde um transportadores para bombearem ativamente protões,
hidrogénio, que é usado para reduzir o NAD+, criando um gradiente de concentração de protões
formando NADH+ + H+). 3. O gradiente criado impulsiona a difusão dos
protões de regresso à matriz mitocondrial, através da
Nesta fase ATP sintase. Como essa difusão de protões reduz o
intermédia, por cada molécula de glicose libertam-se: gradiente de concentração é libertada energia usada
para a formação de ATP.
 2 CO2
 2 NADH BALANÇO ENERGÉTICO

CICLO DE KREBS
2
Conduz à oxidação completa da glicose
ATP
Cada molécula de glicose conduz à formação de duas
moléculas de ácido pirúvico, as quais originam duas
moléculas de acetil-CoA, que iniciam dois ciclos de
Krebs. 2 36 / 38
ATP ATP
O rendimento energético da fermentação é muito
inferior ao da respiração aeróbica, apenas 2 ATP

Fermentação láctica: O ácido pirúvico é reduzido,


FERMENTAÇÃO
com hidrogénio proveniente da glicólise, originando
Alguns organismos vivem frequentemente em ácido lático
ambientes sem oxigénio, como é o caso de muitos
A fermentação alcoólica, efetuada especialmente por
fungos e bactérias, possuem uma via metabólica
leveduras, e a fermentação láctica, por bactérias
alternativa para a produção de energia a partir da
lácticas, têm ocupado um lugar de destaque na
glicose
obtenção de novos alimentos.
 Glicólise – conjunto de reações que
A fermentação está também na base de muitos
degradam a glicose em piruvato
processos de conservação de alimentos
 Redução do piruvato – conjunto de reações
que conduzem à formação de produtos da
fermentação As células musculares humanas, por não receberem
oxigénio e quantidade suficiente

Glicose
Glicólise
2 piruvato
Podem realizar fermentação lática, além da
Redução do álcool ácido ácido respiração aeróbia
piruvato etílico lático acético

Tipo de Fermentaçã Fermenta Fermentação


fermentação o alcoólica ção lática acética Síntese de uma quatidade
suplementar de ATP

Fermentação alcoólica: Após a glicólise, o ácido


 Oxidação incompleta
pirúvico, composto com 3 carbonos, experimenta
uma descarboxilação, libertando-se CO2 e originando  Produtos finais: Compostos orgânicos e CO2
um composto que, por redução, origina etanol,
composto com 2 carbonos.

Trocas ga
TROCAS GASOSAS
Os seres unicelulares e nos seres multicelulares de corporal/tegumento. Em Animais maiores
dimensões reduzidas, as trocas gasosas animais terrestres, a superfície terrestres e têm
indispensáveis à respiração celular ocorrem tem de estar húmida para ser difusão indireta
diretamente com o meio. funcional (minhoca e rã)
Traqueias
Nos seres multicelulares, as trocas gasosas ocorrem Difusão direta
através de estruturas especializadas. Meio: ar
Características: Canais que
abrem para o exterior através Insetos e outros
TROCAS GASOSAS NAS PLANTAS de espiráculos. Permitem uma artrópodes, como
Durante a respiração, a planta capta oxigénio e excelente oxigenação dos os escorpiões.
tecidos e elevadas taxas
liberta dióxido de carbono;
metabólica. Eficazes apenas
em animais de pequenas
Durante a fotossíntese, a planta capta dióxido de
dimensões
carbono e liberta oxigénio;
Brânquias
Difusão indireta
Durante a transpiração, a planta liberta vapor de
Meio: água
água. Características: São Animais
evaginações irrigadas e aquáticos
As plantas possuem algumas estruturas, como os
suspensas na água. Podem ser (peixes,
estomas que permitem que estas trocas gasosas se externas ou internas. Nos moluscos,
processem com eficiência e que controlam a peixes são internas e o sangue crustáceos e
quantidade de gases absorvidos e libertados. circula em contracorrente outros
relativamente ao movimento invertebrados)
TROCAS GSOSAS NOS ANIMAIS da água. Este mecanismo
assegura a maximização das
Este intercâmbio de gases, tal como o que ocorre a trocas em meio aquático.
nível celular, realiza-se por fenómenos de difusão. Pulmões
Difusão indireta
Para que tal se verifique, os animais possuem Meio: ar Vertebrados
estruturas denominadas superfícies respiratórias, Características: superfícies terrestre
através das quais os gases entram e saem do invaginadas, vascularizadas (anfíbios, répteis,
organismo. em contacto com o ar. aves e
Existe uma variabilidade mamíferos)
Difusão direta – as trocas dão-se diretamente entre significativa
os tecidos e o meio

Difusão indireta – as trocas gasosas estabelecem-se Os vertebrados com elevadas taxas metabólicas têm
entre o meio e o fluido circulante - hematose circulação dupla e completa – aves e mamíferos

SUPERFÍCIES RESPIRATÓRIAS

Tegumento
Difusão direta e indireta Animais de
Meio: ar e água pequenas
Características: as trocas dimensões (hidra
ocorrem através da superfície e planária)

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