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Biologia 10º ano

BIOLOGIA – CIÊNCIA QUE ESTUDA A VIDA E FENÓMENOS COM ELA


RELACIONADOS.
2ª ÁRVORE MAIS ANTIGA DE PORTUGAL - OLIVEIRA (2850 anos)
ÁRVORE MAIS ALTA DO MUNDO - SEQUÓIA (115,55
m) - PARQUE NACIONAL DE REDWOOD (CALIFÓRNIA)

ÁRVORE MAIS ALTA DA EUROPA - EUCALIPTO


(75 m de altura)
Mata Nacional de Vale de Canas (Coimbra)
ÁRVORE MAIS ANTIGA DO MUNDO - Pinus longaeva - (CALIFÓRNIA)
Com 5067 anos de idade, esta é a árvore mais antiga viva no mundo (White Mountains,
Califórnia). A sua localização exata não foi publicada para evitar vandalismo.
Os Tubarões-da-Groenlândia são os animais vertebrados mais velhos do mundo. Eles
crescem cerca de 1 cm por ano, e só atingem a maturidade sexual aos 150 anos. Os
pesquisadores só conseguiram identificar isso através da datação por radiocarbono,
determinando as idades de 28 desses animais. Eles conseguiram estimar que uma fêmea
morta recentemente tivesse cerca de 400 anos.
A baleia-azul é um mamífero pertencente à ordem Cetacea de nome
científico Balaenoptera musculus. É o maior animal do planeta, atinge cerca de 30
metros de comprimento e possui cerca de 120 toneladas de massa. As fêmeas são
maiores que os machos e podem pesar até 130 toneladas. Um bebé baleia-azul é capaz
de beber mais de 600 litros de leite por dia, o que o faz ganhar nada menos que 90 kg
por dia no primeiro ano de vida. Ao chegar à idade adulta, um indivíduo come mais de
duas toneladas de krill (zooplâncton) em cada dia.
O Musaranho-de-dentes-brancos-anão (Suncus etruscus), é um mamífero insectívoro
minúsculo, que não cresce mais do que 36-52 mm de comprimento e pesa 1,6-2,4 g.

Esta espécie típica do Sul da Europa, incluindo a Península Ibérica, é invulgarmente peluda
comparativamente com os musaranhos maiores, especialmente na cauda.

Encontra refúgio e alimentação em paredes de pedra, pilhas de pedra, debaixo dos toros,
ruínas e habitações tradicionais do Homem. Entre as pedras encontra um microclima (com a
temperatura a rondar os 20 ºC) que lhe permite resistir aos invernos do Mediterrâneo.
Apesar do seu pequeno tamanho, este musaranho é um predador voraz de invertebrados,
alguns comparativamente muito grandes, como gafanhotos. Proporcionalmente ao seu
tamanho, é o animal que consome mais energia, sendo também o recordista no ritmo
cardíaco, que varia entre 835 (em repouso) e 1093 pulsações por minuto (em atividade),
consumindo cerca de 67 vezes mais oxigénio por unidade de biomassa do que o Homem.
Os efemerópteros são também poucos conhecidos e não é para menos, os adultos vivem
apenas poucas horas, o bastante para se reproduzirem cumprindo assim o seu ciclo de
vida. Por causa disso, os adultos possuem um aparelho bucal e trato intestinal totalmente
atrofiado.
São conhecidas com o nome de “efémera”, o que está relacionado com o facto do adulto
viver apenas poucas horas, sem se alimentar, dedicadas apenas à reprodução e à postura
dos ovos da geração seguinte. 
Que níveis de organização biológica
encontramos na Natureza?
Ecossistema
Conjunto da comunidade instalada num determinado local (designada
componente biótica), o meio físico – Biótopo - onde a mesma está
instalada (designada componente abiótica) e as interações entre eles.

Componentes Ecossistema Componentes


bióticos abióticos
Que níveis de organização biológica
encontramos na Natureza?

Ecossistema
Componente biótica Componente abiótica

Seres vivos e as interações entre


Água | Luz | pH | Vento |
eles e entres eles e a
Temperatura | Solo | etc.
componente abiótica
Que interações se estabelecem entre os
seres vivos de uma comunidade?
Interações entre os seres vivos podem ser divididas em dois
tipos:
•Intraespecíficas: Ocorrem entre seres vivos da mesma espécie.
•Interespecíficas: Ocorrem entre seres vivos de espécies diferentes.

Inter
Inter ações
ções espe
ra s cífica
Inte pecífica s
tra es
In
Quais as relações intraespecíficas que os
seres vivos estabelecem entre si?
Relações intraespecíficas
Quais as relações interespecíficas que os
seres vivos estabelecem entre si?
Relações interespecíficas
O que é a biodiversidade?

Biodiversidade
Enorme variedade de espécies encontradas
em diferentes ambientes.

A biodiversidade é indispensável para que processos


como os ciclos de matéria, o fluxo de energia ou o
equilíbrios dos ecossistemas.
Como está distribuída a biodiversidade na
Terra?

Sistema de
classificação
de Whittaker
Como está distribuída a biodiversidade na
Terra?
É difícil estimar quantas espécies existem atualmente no nosso planeta. Cerca de
1,5 milhões foram efetivamente identificadas. Cálculos matemáticos complexos
falam de mil milhões a seis mil milhões de espécies.

Estimativas da Biodiversidade (riqueza relativa


em percentagem) dos diferentes grupos de seres
vivos existentes na Terra

7,3
7.4 0.02
Animais
7.3
Fungos

Plantas

Protistas
Bactérias

78
PROTOZOÁRIOS

Ameba

Paramécia

Glóbulos vermelhos infetados com o Plasmodium,


causador da malária (nas setas)
FUNGOS

Líquenes

Leveduras
ESPONGIÁRIOS

CELENTERADOS
Esponjas

Medusas Anémonas

Hidra
PLATELMINTES

Planária

Ténia
Nemátodes

Equinodermes

Lombrigas

Ouriço do mar
Estrela do mar
Que níveis de organização biológica
encontramos na Natureza?
Espécie – conjunto de organismos, normalmente semelhantes, que, quando cruzados
entre si, originam descendência fértil.

A mula é o resultado do cruzamento de um burro com uma égua. Como são


indivíduos de espécies diferentes, possuem um número de cromossomas
diferentes (a égua tem 64 e os burros 62), logo os animais resultantes deste
cruzamento têm 63 cromossomas e são estéreis.

Égua
Que níveis de organização biológica
encontramos na Natureza?
O Ligre, também conhecido pelo seu nome em inglês, liger, é um híbrido entre um leão
e um tigre fêmea. Daí vem o seu nome: ligre =leão + tigre (liger= lion + tiger).
Os machos deste animal são híbridos estéreis, mas as fêmeas são férteis.
Que níveis de organização biológica
encontramos na Natureza?

Organelo
Que níveis de organização biológica
encontramos na Natureza?
Comunidade – conjunto de
Ecossistema
populações que vive no
mesmo local (Biótopo).

População – conjunto de Espécie


indivíduos da mesma espécie População
que habitam um dado local
(habitat), durante um
determinado período de tempo.
Comunidade
Que níveis de organização biológica
encontramos na Natureza?
Átomo – átomo de oxigénio
Molécula – Biomolécula (por exemplo DNA)
Organelo – Núcleo, mitocôndria, cloroplasto
Célula – célula do músculo cardíaco
Tecido – tecido do músculo cardíaco
Órgão – coração
Sistema de órgãos – Sistema Circulatório
Organismo – Hiena
População – população de Hienas (seres vivos pertencentes à mesma espécie e que habitam
numa determinada área, num determinado momento)
Comunidade biótica ou biocenose – Por exemplo, a comunidade de uma savana inclui
elefantes, girafas, zebras, arbustos, entre outros seres vivos (indivíduos de espécies
diferentes que habitam uma mesma área e estabelecem relações entre si)
Ecossistema – Comunidade + Meio (Biótopo) + relações que se estabelecem entre eles
Biosfera – Sistema que engloba todos os ecossistemas terrestres, ou seja, inclui todos os
seres vivos, os ambientes que habitam e as relações que se estabelecem entre si.
Fluxos de energia e ciclos de matéria nos
ecossistemas
QUALQUER SER VIVO NECESSITA DE MATÉRIA PARA:

 FORMAÇÃO DO CORPO
 CRESCIMENTO DO CORPO
 OBTENÇÃO DE ENERGIA

MATÉRIA ORGÂNICA – MATÉRIA PRODUZIDA PELOS SERES VIVOS E QUE FAZ PARTE DA
SUA CONSTITUIÇÃO – Hidratos de carbono, lípidos, prótidos, por exemplo.

MATÉRIA INORGÂNICA – MATÉRIA QUE NÃO É PRODUZIDA PELOS SERES VIVOS – Sais
minerais e água.
Seres autotróficos e heterotróficos

Ervas Marmota Urso


Autotróficos Heterotróficos
Seres autotróficos e heterotróficos

Produzem, maioritariamente, o seu


próprio alimento através da realização
da fotossíntese ou da quimiossíntese.
Utilizam carbono inorgânico.

Ervas
Autotróficos
Seres autotróficos e heterotróficos

Seres vivos que obtêm


o seu alimento a partir
de outros organismos.
Utilizam carbono
orgânico.
Marmota Urso
Heterotróficos
Cadeias tróficas e teias alimentares

Cadeia alimentar
Cadeia alimentar: Sequência de organismos, em que um serve de alimento ao
outro.
É nas cadeias alimentares que ocorre a transferência de matéria orgânica de ser
vivo para ser vivo. Numa cadeia alimentar, cada ser vivo ocupa uma determinada
posição chamada nível trófico (do grego trophos=alimento), de acordo com a
principal fonte de alimento.
Funções desempenhadas pelos seres vivos
numa cadeia alimentar

Consumidor
Transformam a
Decompositor Produtor
matéria orgânica em
Transformam a matéria matéria orgânica. Transformam a
orgânica contida nos matéria mineral
cadáveres, excrementos, disponível no solo em
restos vegetais e animais matéria orgânica.
em matéria mineral.
Cadeias tróficas e teias alimentares

Cadeia alimentar
Os produtores são também designados autotróficos. Ocupam o 1º nível trófico.

Os consumidores são seres vivos heterotróficos


• Consumidores primários ou consumidores de 1ª ordem – são herbívoros e
alimentam-se exclusivamente dos produtores. Ocupam o 2º nível trófico.

• Consumidores secundários ou de segunda ordem – são carnívoros e subsistem


à custa dos herbívoros. Ocupam o 3º nível trófico.

Existem ainda consumidores de 3ª ordem, de 4ª ordem e assim sucessivamente.


Contudo, as cadeias alimentares são, de uma maneira geral, curtas, não contendo
mais do que cinco ou seis níveis tróficos.
Cadeias tróficas e teias alimentares

Cadeia alimentar

3º nível
trófico
2º nível
1º nível trófico
trófico

Ervas Marmota Urso

A interação entre produtores,


Produtor consumidores e decompositoresConsumidor
Consumidor leva a que
a matéria circule de forma cíclica nos ecossistemas.
primário secundário
Cadeias tróficas e teias alimentares
Os decompositores são seres vivos heterotróficos que transformam a matéria
orgânica, de que se alimentam (cadáveres e produtos de excreção, como as fezes
e urina), em matéria mineral, que é devolvida ao solo. Os fungos e as bactérias
são os principais decompositores.

Normalmente, os decompositores contam ainda com o auxílio de outras espécies animais, como
insetos, aranhas, minhocas, bichos-de-conta, centopeias e tantos outros, que vão contribuindo
para a decomposição dos detritos, alterando-os e fragmentando-os cada vez mais. Os
decompositores desempenham um papel fundamental nos ecossistemas, visto que a matéria
mineral (inorgânica), que fica disponível no solo, pode ser reutilizada pelos seres autotróficos no
processo de produção de matéria orgânica. Fazem assim a reciclagem das substâncias simples
inorgânicas que os produtores retiram do meio.
Cadeias tróficas e teias alimentares

Teia alimentar
Conjunto de cadeias
alimentares,
relacionadas entre
si.

Ervas Marmota Urso


Transferências de energia entre os
diferentes níveis tróficos
Deste modo, numa cadeia alimentar, à medida que se
passa de nível trófico para nível trófico, a quantidade de
energia disponível diminui, devido à energia que é
dissipada. Calcula-se que apenas 10% da energia contida
num nível trófico passe para o nível trófico seguinte.
(sob a forma de
compostos orgânicos)
Cadeias tróficas e teias alimentares

Cadeia alimentar

3º nível
trófico
2º nível
1º nível trófico
trófico

Ervas Marmota Urso

A energia apresenta um fluxo unidirecional pois os organismos perdem


energia que não volta ao ecossistema.
Características da dinâmica dos
ecossistemas

Interação no
Tipo de nutrição Exemplos
ecossistema
Plantas, algas,
Produtor Autotrófico fitoplâncton e
cianobactérias
Consumidor Heterotrófico por Amiba, paramécia, hidra,
(macroconsumidor) ingestão rã, pato, ser humano
Decompositor Heterotrófico por Fungos e bactérias
(microconsumidor) absorção
Extinção e conservação

A extinção de uma dada espécie corresponde ao decréscimo gradual do número de


exemplares até ao seu completo desaparecimento.

FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A EXTINÇÃO DE ESPÉCIES

- ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS (por exemplo Glaciações ou Desertificações)


NATURAIS - ATIVIDADE VULCÂNICA
- METEORITOS, ASTERÓIDES E COMETAS

- DESTRUIÇÃO DE HABITATS (poluição, agricultura intensiva e desflorestação)


ANTRÓPICAS* - INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS (Alóctones)
- SOBREEXPLORAÇÃO DE ESPÉCIES (Caça e Pesca excessivas)

* Ou NÃO NATURAIS
Extinção e conservação

As causas antrópicas também podem incluir alterações climáticas devido aos níveis elevados
de gases com efeito de estufa que estão na origem:

 Do aumento global da temperatura média à superfície da Terra;


 Da elevação do nível dos oceanos;
 Da acidificação da água dos oceanos;
 Do aumento da frequência e intensidade de tempestades e fenómenos extremos, como
secas e cheias.
Extinção e conservação

COMO RESULTADO DA ATUAÇÃO


DESTES FATORES

ESPÉCIE ESPÉCIE ESPÉCIE EM ESPÉCIE


VULNERÁVEL AMEAÇADA PERIGO EXTINTA
Extinção e conservação

Uma espécie EXÓTICA ou NÃO INDÍGENA é a que ocorre num território que não corresponde à sua área
de distribuição natural. As exóticas que, por si só, podem ocupar o território de forma excessiva, em área
ou número de indivíduos, provocando modificações significativas nos ecossistemas e usando os recursos
necessários à sobrevivência das espécies locais, são chamadas INVASORAS.
Extinção e conservação
Extinção e conservação

ESPÉCIES EM VIAS DE EXTINÇÃO/EM PERIGO

LINCE IBÉRICO LOBO IBÉRICO


Extinção e conservação

FREIRA DA MADEIRA

CEGONHA NEGRA

FOCA MONGE
Extinção e conservação

ROLA BRAVA

SARAMUGO
Extinção e conservação

COMO CONSERVAR O MEIO NATURAL?

 ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
 EDUCAÇÃO AMBIENTAL (Campanhas de sensibilização)
 ÁREAS PROTEGIDAS (Parques Nacionais, Parques Naturais, Reservas Naturais e
Paisagens Protegidas)
 INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA EM TORNO DA CONSERVAÇÃO DA NATUREZA

1ª ÁREA PROTEGIDA A NÍVEL MUNDIAL: Parque Nacional de Yellowstone (1872)


1ª ÁREA PROTEGIDA EM PORTUGAL: Parque Nacional da Peneda-Gerês (1971)

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