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Fotometria da Chama – Relação Sinal vs.

Emissão Atómica Concentração


 I =k ×C
 É usada a câmara de combustão
 A variável k depende:
com chaminé pois é um aparelho
 Do caudal de
muito mais simples para medir a
aspiração;
emissão atómica
 Da matriz da
 No entanto, é uma técnica
amostra;
bastante antiga e tem vindo a ser
substituída pela absorção  Da espécie;
atómica (que é mais rigorosa e  Do c.d.o selecionado;
sensível).  Temperatura
(MUITO
SENSÍVEL!)
 Algumas condições da
chama que devem ser
otimizadas são a
Temperatura, a
Composição e a altura do
queimador.
 Uma chama estável
apresenta uma cor azul
 No atomizador, o que pálida e cones interiores
basicamente acontece é uma bem definidos.
excitação térmica (para  Uma chama ótima está
elementos que se excitem à sempre a temperatura
temperatura da chama como constante, definida
os metais). Acontecem estes experimentalmente pela
três passos ordenados: maior intensidade do sinal.
 Redução do
tamanho das Filtro vs. Monocromador
gotas  Um monocromador
 Evaporação do separa a radiação em
solvente feixes de diferentes
 Atomização comprimentos de onda
(elemento em e seleciona o de
forma de átomos). interesse.
 Um filtro impede certos
Proporção de átomos
comprimentos de onda
excitados/não excitados: mas permite a
 Distribuição de Boltzman: passagem de uma gama
de comprimentos de
N i g i −Δ E
onda.
= e KT
N 0 g0
usa-se árgon).

Interferências na fotometria de
chama
 Auto-absorção – com o
aumento da concentração,
aumenta a probabilidade da O plasma chega a atingir o dobro da
radiação emitida ser reabsorvida temperatura atingida com as chamas
por outro átomo do mesmo convencionais.
elemento. Interferências nos ICP’s
 Inteferências físicas – As
mesmas que na absorção  Auto-absorção – constante
atómica (tem a ver com a matriz porque a temperatura do
e eliminam-se pelo método de plasma é mais estável que a
adição de padrão). da chama. (corrigido com a
 Interferências químicas – As curva de calibração)
mesmas que na absorção  Int. Físicas – semelhantes
atómica (formação de espécies na absorção atómica,
pouco voláteis) emissão da chama e ICP
 Interferências de ionização – (corrigido com o método da
As mesmas que na absorção adição de padrão)
atómica (eliminam-se com um  Int. Químicas – São
supressor de ionização) menores no ICP devido à
 Interferências de fundo – temperatura e ao facto da
emissão de riscas ou bandas atomização ocorrer em
próximas da do elemento devido ambiente inerte.
à chama ou à matriz (eliminam-  Int. de Ionização – são
se com métodos como método menores no ICP porque os
de uma risca ou o corretor de eletrões do plasma
deutério). funcionam como supressores
de ionização.
Emissão atómica de plasma –  Int. de Fundo – Causadas
ICP pela chama: menores no
ICP. Causadas pela matriz:
 O plasma é uma mistura
maiores com ICP
gasosa condutora contendo
(temperatura mais elevada,
uma elevada concentração de
maior número de transições
eletrões e catiões (em ICP
que podem ocorrer).
Vantagens do ICP: Lei de Moseley
 Os limites de deteção do ICP K
λ=
são muitíssimo baixos! ¿¿
 Não há formação de óxidos Onde Z é o número atómico, K e σ são
metálicos! constantes para uma dada risca
 O perfil da temperatura é espectral.
mais uniforme do que numa
chama convencional.  A intensidade das riscas depende
do rendimento de fluorescência.
Desvantagens:  A energia depende do seu
número atómico.
 MUITO CARO! (aparelho
muito caro, manutenção Análise Qualitativa (F. Raios X)
muito cara)
 Potente e rápida.
Fluorescência de Raios X:  Multielementar (identifica vários
elementos ao mesmo tempo).
 A radiação R-X é uma
 Não destrutiva
radiação extremamente
 Resultados de fácil interpretação
energética. As transições
 Aplicável a vários tipos de
envolvidas são dos eletrões
amostra.
das camadas internas e como
tal são independentes do Análise Quantitativa (Raios X)
estado físico ou químico do
elemento.  Boa sensibilidade
 Os Raios X são produzidos  Boa precisão
pela desaceleração de  Limites de deteção da ordem do
eletrões de alta energia ppm.
(espetro contínuo) ou por  Envolve 3 passos fundamentais:
transições eletrónicas  Preparação da amostra
envolvendo eletrões das (homogénea)
orbitais internas (espetro de  Excitação da risca de
riscas). emissão mais sensível do
elemento a dosear e
O rendimento da fluorescência medida da intensidade de
depende de: radiação emitida
 Probabilidade de retirar o  Conversão da radiação
eletrão da camada emitida, I, em
apropriada. concentração, C.
 Probabilidade de que a c=KMSI
lacuna seja preenchida por
um eletrão de uma dada Onde K depende da
camada exterior. geometria do aparelho, M
 Probabilidade do fotão que depende da matriz e S
deixa o átomo ser absorvido depende da preparação da
no percurso. amostra.
Características e aplicações Espetroscopia molecular no UV-
(F. de Raios X) Visível:
 Análise simultânea de  Trata da absorção e emissão de
elementos; radiação por eletrões das
 Amostras sólidas, líquidas e camadas externas (eletrões de
gasosas; ligação) de moléculas neutras e
 Método não destrutivo; carregadas.
 Espectros simples (boa  Força atrativa: Ep < 0
seletividade)  Força repulsiva: Ep > 0
 Análise Qualitativa e Semi-  À distância internuclear de
quantitativa rápida equilíbrio: Ep = mínima
 Gama de concentrações do
ppm à %
 Menos apropriada para
elementos com numero
atómico baixo
 Equipamento dispendioso
 Análise Quantitativa requer
métodos convenientes para
lidar com os efeitos da
matriz.
Os espectros de absorção de
Na fluorescência de raios-X, as moléculas são espectros
fontes de excitação primária CONTÍNUOS.
mais usadas são: Tubos de
Coolidge, radioisótopos, Todos os componentes orgânicos
sincrotões. são capazes de absorver radiação
eletromagnética no UV-Vis porque
Amostras sólidas, líquidas ou todos têm eletrões de valência n, σ
gasosas – camada muito fina ou π.
No caso do selecionador de
c.d.o.:

Detetores: Câmaras de
ionização, tubos de Geiger e
contadores proporcionais.
Espécies absorventes: compostos Aditividade de absorvâncias:
inorgânicos:
Se em solução existirem duas
 Iões complexos dos espécies a absorver ao c.d.o. de
elementos das 1ª e 2ª séries trabalho, a absorvância da mistura é
de transição a soma das absorvâncias de cada
 Iões das séries dos uma das espécies M e N.
lantanídeos e actinídeos
Esta propriedade permite que se
possa fazer determinações
simultâneas fazendo medições a
tantos comprimentos de onda
diferentes quanto o número de
espécies a determinar.

Limitações à aplicabilidade
da Lei de Beer-Lambert:
Espécies absorventes: compostos com  Lei Limite: desvio à
bandas de transferência de carga: linearidade para
concentrações maiores do
 A absorção de radiação conduz à
que 10-2 M.
transferência de um eletrão do
Em soluções com
ligando para o metal e do metal
concentração maior do que
para o ligando.
0,01 M, a distância entre as
Equação de Beer-Lambert: moléculas é menor,
permitindo a sua interação e
A=log ( )
I0
IT
=abc=εbc alteração do valor de
absortividade molar.
 Solução para esta Lei
 A: absorvância (adimensional)
Limite: Trabalhar com
 IT: radiação transmitida
concentrações mais diluídas.
 I0: radiação incidente
 Desvio instrumental devido
 b: percurso ótico
ao uso de radiação não
 c: concentração
monocromático
 a: absortividade
 Solução para esta limitação:
 ɛ: absortividade molar (mol-1 L
Escolher o c.d.o. ao qual a
cm-1) quando as unidades da
absorvância é máxima
concentração são mol/L.
(obtendo-se ainda a
Se forem cumpridas as condições de sensibilidade máxima)
aplicabilidade da lei de Beer-  Desvio instrumental devido
Lambert, a Absorvância variará à radiação dispersa no
linearmente com a concentração da sistema ótico: isto deve-se ao
espécie absorvente onde o declive é facto de haver diferentes
a absortividade da espécie (a ou ɛ). aberturas nas fendas óticas;
posição do porta amostras;
dispersão da radiação à
superfície de filtros; prismas;
não linearidade na resposta Instrumentação:
do detetor, do amplificador.
 Desvios Químicos: Reações
químicas da espécie em
solução que fazem variar a
concentração da espécie que
absorve:
 Reações Ácido-Base
 Formação de
complexos
 Formação de dímeros
Espetrofotómetro:
 Fonte:
 Os desvios químicos podem Lâmpada de tungsténio
ser negativos ou positivos: (visível)
Ácido-Base → negativo Lâmpada de deutério (UV)
 Sistema monocromador:
F. de complexos → positivo Primas
A linearidade de acordo com a lei de Redes de difração
Beer-Lambert está limitada por vários  Células:
fatores que dependem da aparelhagem e
da amostra:
 Lei Limite
 Desvio à linearidade dada a
variação de absortividade
molar com o índice de
refração da solução
 Desvio à linearidade dada a As células de quartzo podem
variação da absortividade ser usadas sempre (UV/VIS)
molar com o comprimento As células de vidro/plásticos só
de onda da radiação, quando podem ser usadas na região do
se usa radiação não visível.
monocromática.  Fotodetetor:
 Desvios devido à dispersão Fototubo
da luz causada pela presença Fotomultiplicador
de partículas na amostra
 Desvios devidos à radiação Espetrofotómetros de feixe
dispersa no sistema ótico da simples:
aparelhagem utilizada
 As leituras têm de ser feitas a
 Fluorescência ou
um único c.d.o. de cada vez.
fosforescência da amostra
 Amplifica transmitâncias
 Desvios devidos a
 Com acertos preliminares:
equilíbrios químicos das
0% (detetor no escuro, usando
espécies presentes na
shutter)
amostra.
100% (célula com o branco para Processos luminescentes:
cada c.d.o.)
Na fluorescência e fosforescência, a
Espetrofotómetro de feixe excitação deve-se à absorção de
duplo: radiação. Já na quimioluminescência, a
espécie excitada forma-se devido a uma
 Aparelho automático reação química.
 Amplifica absorvâncias
 Com calibração incial colocando
brancos em ambas as células.

Feixe simples vs. Feixe duplo


 Mais económico
 Menor ruído de fundo
 Maior sinal
 Não aconselhável para traçar
espectros
Fatores que afetam a
 Menor zona de absorvâncias
fluorescência:
Feixe duplo vs. Feixe simples
 Grau de insaturação: quanto
 Acerto mais eficaz de A=0 maior, maior a fluorescência
(T=100%) (formação de ligações duplas e
 Varrimento automático de triplas)
absorvância vs. Λ: desenha  Transições de baixa energia:
espectros diretamente π→π* (menor tempo de vida do
 Mais dispendioso estado excitado)

Análise Qualitativa
(Espetroscopia de absorção
molecular)
 Pouco usada
 Identificação de grupos
funcionais

Análise Quantitativa
 Das técnicas mais usadas em
análise química
 Aplicável a grande número de
compostos orgânicos e
inorgânicos
 Rigidez da molécula: quanto
 Fácil manuseamento
maior o grau de aromaticidade,
 Rápida
maior a rigidez, maior a
 Gama linear grande
fluorescência (estruturas ciclo)
 Boa exatidão
 Presença de átomos pesados
 Boa precisão
na estrutura: quanto maior o
peso molecular, menor a  Porta amostras: de vidro ou
fluorescência. quartzo.
 Polaridade do solvente:

 Características do solvente:

A presença de átomos de Cl, Br


e I favorece as alterações de spin
(cruzamento intersistemas)
pelo que se observa uma
diminuição da fluorescência.

 Temperatura: Quanto maior


for a temperatura, menor será a
fluorescência.
 O2 dissolvido: a presença de
espécies paramagnéticas, como
o oxigénio molecular, favorece
alterações de spin, aumentando a
probabilidade do mecanismo de
cruzamento intersistemas,
diminuindo assim a
fluorescência.

Esquema simplificado de um
espetrofluorímetro:

 Fonte: lâmpadas intensas – arco


de xénon, lasers.
 Monocromador: filtros ou
redes de difração. No caso de se
usares filtros, o equipamento é
designado fluorímetro.
 Detetor: Fotomultiplicadores.

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