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OBJETIVO
1.1 Desenvolver rotina de avaliação de validade dos produtos da Macofren;
1.2 Customizar certos tópicos dos guias ICH sobre estudo de estabilidade e avaliar
todas as adaptações verificadas.
2. INTRODUÇÃO
Por volta dos anos 60 a indústria estava em um momento de constante expansão
para mercados globais, e as divergências de requisitos técnicos de país para país
acabavam gerando duplicidade em vários procedimentos de teste demorados e caros
para comercializar produtos internacionalmente. Nessa época, houve então um rápido
aumento na elaboração de regulamentos e diretrizes para avaliar dados de segurança,
qualidade e eficácia de medicamentos.
A Europa, nos anos 1980, foi a pioneira na harmonização dos requisitos
regulamentares no intuito de desenvolvimento de um mercado único para produtos
farmacêuticos. Foi em 1989 na Conferência de Autoridades Reguladoras de Drogas
(Conference of Drug Regulatory Authorities, ICDRA) contando com representantes de
países da Europa, Japão e Estados Unidos que planos específicos de ação começaram a
se materializar. Logo depois, as autoridades se aproximaram da Federação Internacional
de Fabricantes e Associações Farmacêuticas (IFPMA) para discutir uma iniciativa
conjunta do setor regulador sobre harmonização internacional, e a ICH foi concebida.
ICH - International Conference on Harmonization of Technical Requirements for
Registration of Pharmaceuticals for Human Use
ÓRGÃO DIRETAMENTE ENVOLVIDOS: OBSERVADORES:
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3. DISCUSSÃO
3.1 Estabilidade Química
Estabilidade, de acordo com a Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da
Saúde (SVS/MS), é a capacidade de um produto em manter suas características originais
conforme suas especificações de pureza, qualidade e potência. Portanto, torna-se
extremamente importante determinar com clareza, o período de validade de um
produto a fim de garantir seu pleno funcionamento além de atender às normas vigentes
de rotulagem. Nesse sentido, os esforços se concentram em determinar uma
metodologia consolidada e validada.
Segunto estipulado no ICH, “o propósito do teste de estabilidade é fornecer
evidências de como a qualidade de um produto varia com o tempo sob influência de
uma variedade de fatores ambientais, como temperatura, umidade e luz, e estabelecer
um prazo de validade para os produtos, além de recomendar condições de
armazenamento adequadas”.
A estabilidade química é apenas um dos muitos fatores envolvidos na definição da
data de vencimento e prazo de validade. A validade em si, é dependente de três fatores:
Estabilidade química do produto, perdas de transpiração do produto e o fator humano
ao utilizá-lo.
Assim, validade é a quantidade de tempo que um produto adequadamente
embalado e armazenado irá durar sem sofrer alterações químicas ou físicas,
permanecendo dentro da incerteza especificada. Um modelo matemático pode ser
utilizado para determinar as condições de temperatura e armazenamento.
Considerando que a taxa de degradação de um produto cresce exponencialmente
com o aumento de temperatura, a temperatura cinética média (TCM) é utilizada para a
definição de condições de armazenamento. A TCM é uma temperatura fixa calculada,
que simula o efeito das variações de temperatura em um determinado período de
tempo. Pode ser definida também como uma única temperatura calculada em que a
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entretanto, diversos outros fatores de risco que podem influenciar a estabilidade dos
produtos:
4. Plano de Validade
Como não há um Guia de Estudos de Estabilidade específico para o segmento, a
indústria química se baseia nos guias e nas legislações vigentes para o segmento
farmacêutico e de cosméticos. Devido às peculiaridades características de cada área é
relevante que se tenha um guia específico para produtos químicos.
Para contornar essa falha, a determinação da validade de produtos químicos
geralmente adota os mesmos limites sugeridos pelos guias do ICH, que foram definidos
através de pesquisas feitas pelos participantes da Conferência - entre eles o FDA, Food
and Drug Administration - e que tendem a ser mais rígidos do que seria necessário
efetivamente para a indústria química, justamente pelo segmento farmacêutico ser o
benchmark, referência, em estudos de estabilidade. Para a realização desse estudo
considera-se então a zona climática correspondente ao mercado alvo para o produto e
são conduzidos experimentos em condições pré-estabelecidas de temperatura e
umidade, que devem representar um modelo das condições climáticas no ambiente em
que os produtos serão transportados e armazenados durante seu prazo de validade.
4.1 Qualidade de nossos produtos
Devido à dificuldade em estabelecer claramente os parâmetros que definem a
qualidade de um produto e seus níveis mínimos aceitáveis, a qualidade é comumente
dividida em três grupos principais:
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4.1.1 Segurança
Os produtos não podem conter nenhum agente não seguro ao consumidor -
mesmo após seu uso -, como, por exemplo, o desenvolvimento de agentes nocivos
microbiológicos ou químicos. Impactos ambientais de produção, distribuição, uso e
descarte de produtos também devem ser considerados.
4.1.2 Aspectos primários ou funcionais
São necessários para que o produto possa cumprir sua função principal; portanto,
devem permanecer eficazes durante todo o prazo de validade do produto.
4.1.3 Aspectos secundários
Apesar de não serem responsáveis por nenhum aspecto funcional do produto,
existem geralmente para agregar valor e se tornarem fatores de diferenciação de
marcas, como, por exemplo, embalagens de fácil manuseio e abertura.
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4.4.1 Fotoestabilidade
Os testes de fotoestabilidade, que são parte integrante dos testes de estresse e
têm como objetivo determinar se o produto é sensível à luz. A exposição à radiação
luminosa pode, além de alterar cor e odor do produto, levar à degradação de
ingredientes da formulação.
Esses estudos podem ser feitos através da exposição do produto a uma fonte de
iluminação, que pode ser a luz solar captada através de vitrines especiais para esse fim
ou lâmpadas que apresentam espectro de emissão semelhante ao do sol, como, por
exemplo, as lâmpadas de xenônio ou fontes de luz ultravioleta. Os testes devem ser
conduzidos com exposição direta do produto à fonte de iluminação. Se não houver
alterações inaceitáveis, os testes se encerram nesse momento. Caso elas ocorram, são
necessários testes adicionais de fotoestabilidade do produto em sua embalagem
primária e possivelmente também na secundária.
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5. RESULTADOS
5.1 Reagente 2
De acordo com a Inorganic Ventures a integridade de uma solução depende
basicamente de:
• Garrafas de 500 mL fechadas, mas não lacradas, têm uma vida útil de 4 anos.
• Garrafas de 125mL fechadas, mas não lacradas, têm um prazo de validade de 21
meses;
• A perda de transpiração ocorre prin]cipalmente ao redor da circunferência da
boca do frasco e não através das paredes do contêiner;
• Não há diferença entre a perda por transpiração em soluções aquosas e soluções
de ácido clorídrico ou nítrico;
• O prazo de validade pode ser previsto com exatidão a partir da relação entre a
circunferência da boca do frasco e a área superficial da solução exposta logo
abaixo;
• A perda de transpiração é linear com o tempo.
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6. CONCLUSÃO
A partir desse estudo constatamos que será necessário estudar a estabilidade de nos
produtos de maneira acelerada e shelf life para determinação de seus prazos de
validade. A escolha do método deverá ser realizada de acordo com a ordem de reação
de degradação de cada produto uma vez que o teste em condições aceleradas funciona
apenas para substâncias que sofrem reações de primeira ordem. Deve-se também
considerar a variação mínima para a perda de princípio ativo do produto nessa
determinação.
Além disso, o estudo acelarado não pode ser aplicado para produtos armazenados
em baixas temperaturas, pois nessas condições a degradação não ocorre nas mesmas
proporções, a estrapolação pela progessão linear não se aplica. Deve-se, nesse caso,
estipular o prazo de validade por meio de teste de longa duração acompanhando os
parâmetros limitantes em intervalos de tempo pré-estabelecidos.
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7. REFERÊNCIAS
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