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Classificação de Materiais

e mapa de risco

Componente Curricular: Biossegurança e Técnicas aplicadas a Estética


Orientadora: Mariana Andrade (Esteticista Cosmetóloga)
O que é Material de Uso em Saúde?

 Material de uso em saúde é produto para saúde não ativo,


isto é, seu funcionamento não depende de fonte de
energia elétrica ou qualquer outra fonte de potência
distinta da gerada pelo corpo humano ou gravidade e que
funciona pela conversão desta energia.
Qual a classificação (Classe + Regra),
definida pela Anvisa?
Os produtos para saúde são classificados em quatro classes
de risco, conforme o risco associado na utilização dos
mesmos:
 Classe I – baixo risco
 Classe II – médio risco
 Classe III – alto risco
 Classe IV – máximo risco.
Qual a classificação (Classe + Regra),
definida pela Anvisa?
Complementarmente à classificação de risco, existe o
enquadramento por regras, as quais totalizam 22. O enquadramento
da regra obedece à indicação e à finalidade de uso do produto. De
forma resumida, a classificação por regra obedece aos seguintes
critérios:
• Produtos não invasivos: Regras 1, 2, 3 e 4
• Produtos invasivos: Regras 5, 6, 7 e 8
• Produtos ativos: Regras 9, 10, 11, 12 e 13
• Regras Especiais: Regras 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21 e 22
 A descrição de todas as regras de classificação pode ser obtida no
Anexo I, da RDC nº 751/2022.
Valor: 1,0
PESQUISA:

1. Pesquisar quais são as 12 regras encontradas no Anexo I,


da RDC nº 751/2022.
2. Dar exemplos de 1 material por classe:
 CLASSE I
 CLASSE II
 CLASSE III
 CLASSE IV
 CLASSE V
O que deve ser considerado na
aplicação das regras de classificação?
Quanto à aplicação das regras de classificação, devem ser considerados que:
 É a finalidade indicada pelo fabricante (FUNÇÃO PRETENDIDA) que determina
a regra e classe de risco do produto e não a classe de risco atribuída a outros
produtos similares. É o uso indicado e não o uso acidental do produto que
determina seu enquadramento sanitário.
 Caso um produto médico realize funções que possam ser enquadradas em
classes de risco diferentes, então se deve adotar a classe de risco mais
crítica.
 Os acessórios dos materiais, quando registradas ou notificadas
separadamente, enquadram-se de forma independente considerando as suas
características e as suas finalidades de uso. Exceto no caso de serem
acessórios de equipamentos médicos ativos implantáveis.
O que deve ser considerado na
aplicação das regras de classificação?

 Se o produto não tiver indicação para ser utilizado em uma parte específica
do corpo, deve ser considerado e enquadrado com base no uso mais crítico.
 O enquadramento do produto terá que ser determinado com base nas
indicações contidas nas instruções de uso fornecidos com o produto.
 Para que um produto seja indicado, especificamente, para a finalidade
referenciada em uma regra particular de classificação, o fabricante deve
informar claramente nas instruções de uso que o produto é indicado para um
propósito específico.
Gerenciamento e descarte de resíduos

 Os resíduos de clínica de estética e beleza possuem risco de


transmissão de doenças e infecções, uma vez que, os materiais
utilizados para os tratamentos têm contato direto com secreções,
sangue, pelos, cabelos, unhas, cutículas, entre outros.
 Além dos resíduos biológicos e infectantes produzidos, esses
empreendimentos também podem gerar resíduos perigosos e
perfurocortantes.

Dessa forma, as clínicas de estética e beleza são caracterizadas


como geradores de Resíduos de Serviço da Saúde (RSS).
Plano de Gerenciamento de Resíduos de
Serviço da Saúde (PGRSS)
 De acordo com a legislação vigente, todo gerador de RSS precisa da
implementação do PGRSS, que é um documento com o objetivo de
minimizar a produção de resíduos e proporcionar o encaminhamento
seguro e eficiente, visando proteger o trabalhador, preservar a saúde
pública e os recursos naturais do meio ambiente.
 Esse documento deve ser assinado por um profissional responsável de
acordo com a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e estar em
consonância com a Política Nacional de Resíduos Sólidos Lei nº
12.305/2010 e pelas resoluções CONAMA nº 283/01, CONAMA n°
358/05, ANVISA RDC 306/04. O não cumprimento do Art. 29, da
Resolução Conama 358/05 sujeitará o responsável pelo
estabelecimento a penalidades enquadradas como Crimes Ambientais.
Descarte de resíduos
MAPA DE RISCO
 A realização de mapeamento de riscos tornou-se obrigatória para todas
as empresas do país que tenham Cipa, através da portaria nº 5 de
17/08/92 do Departamento Nacional de Segurança e Saúde do
Trabalhador do Ministério do Trabalho.
 Assim como qualquer método de prevenção, o Mapa de Risco tem o
objetivo de reduzir o número de acidentes de trabalho e danos à saúde
do trabalhador dentro da empresa.
 Com a identificação dos riscos, integração e conscientização dos
funcionários, o mapa se torna uma importante ferramenta de
benefícios para a equipe e para a imagem da instituição.
 Assegurar um ambiente de trabalho seguro e saudável garante
funcionários empenhados e participativos, numa certeza de
tranquilidade e produtividade para a empresa.
MAPA DE RISCO

 O mapa deve ser refeito sempre que houver qualquer alteração no


ambiente ou processo de produção, uma vez que pode acarretar novos
riscos para o local e para a equipe. Portanto ele não possui uma
validade, deve ser sempre renovado de acordo com mudanças.
TIPOS DE RISCOS

 GRUPO 1: RISCOS FÍSICOS


Situações que colocam o trabalhador em situações de vulnerabilidade física: Piso
escorregadio, iluminação do ambiente, conforto térmico, radiação solar.
TIPOS DE RISCOS
 GRUPO 2: RISCOS QUÍMICOS
Risco associado às substâncias químicas que oferecem perigo a vida dos
trabalhadores, que podem estar trabalhando direta ou indiretamente com elas.
• Substâncias inflamáveis: álcool, gasolina, querosene.
• Substâncias explosivas: pólvora.
• Substâncias corrosivas: ácidos e bases fortes.
• Substâncias irritantes: fumaças, fuligem de escapamento de carro, borrachas.
TIPOS DE RISCOS
 GRUPO 3: RISCOS BIOLÓGICOS
Agente biológico, é um organismo que traz alguma ameaça (principalmente)
à saúde humana, com grande poder de transmissibilidade por via
respiratória ou de transmissão desconhecida. Nem sempre está disponível
um tratamento eficaz ou medidas de prevenção contra esses agentes.
Causam doenças humanas e animais de alta gravidade, com alta capacidade
de disseminação na comunidade e no meio ambiente.
Constituem risco biológico o lixo hospitalar, amostras de microrganismos,
vírus ou toxinas de origem biológica que causam impacto na saúde humana.
Pode incluir também substâncias danosas a animais. São considerados como
riscos biológicos os microrganismos patogênicos como os vírus, as bactérias,
os parasitas, os protozoários, fungos e bacilos.
TIPOS DE RISCOS
 GRUPO 4: RISCOS ERGONÔMICOS
Risco ergonômico é todo fator que possa interferir nas características
psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde.
Exemplos de risco ergonômicos:
Levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade,
postura inadequada de trabalho.
TIPOS DE RISCOS
 GRUPO 5: RISCOS DE ACIDENTES
Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação vulnerável e possa afetar
sua integridade, e seu bem-estar físico e psíquico, como por exemplo as
máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão,
armazenamento inadequado, etc.
Pasta Sanitária

 É a união de documentos para regularizar um Centro Estético.

 Algumas partes de uma Pasta Sanitária:


• Manuais de rotinas e boas práticas de procedimentos.
• Fichas de Anamnese
• Fichas de Tratamentos Corporais
• POP's de todos serviços
• Manuais de Biossegurança
• Termos de Consentimento
POP’s (Procedimento Operacional Padrão)
 é uma documentação obrigatória pela vigilância sanitária para
todos os profissionais da estética.
 Nos POP´s devem conter os procedimentos realizados pela
clínica, bem como quem realizará os procedimentos, materiais
utilizados e, ainda, como realizar o procedimento.
1. . POP é sinônimo de padronização e qualidade;
2. Todo profissional que atua em estética deve ter POP’s;
3. Cada serviço deve ter um POP;
4. Vigilância também exige POPs sobre a manutenção do espaço;
5. POPs ajudam no planejamento e organização;
6. POPs ajudam no planejamento e organização;
7. . Falta de POPs pesa na penalidade fiscal;
8. Há regras para construir os POPs “.
Regras para construir um POP.
 Cabeçalho com o nome do procedimento;
 Objetivo (exemplo: descrição da técnica para realizar o procedimento de
limpeza de pele);
 Explicação detalhada do processo, dizendo quem está apto a realizá-lo, quais
materiais são usados, os EPIs que o profissional e o cliente devem utilizar,
cuidados e atenções antes e depois do tratamento, como fazer fotos, ficha de
anamnese, orientação para homecare e solicitar assinatura no termo de
responsabilidade;
 Indicar as referências das informações descritas;
 Data e assinatura do responsável técnico do espaço;
 Observação dizendo que o POP será revisado dentro de um ou dois anos;
 Após esse período, mesmo que não seja feita nenhuma alteração, o
documento precisa ser reimpresso, datado e assinado.
Valor:
Próxima Aula... Aula prática 1,5
Construção do POP 1,5

 Faremos um procedimento ao vivo e os alunos


construirão um POP.

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