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BIOSSEGURANÇA

INTRUTOR: PÉRICLES FELIPE


TÉCNICO EM ENFERMAGEM
INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO
ENFERMEIRO
INSTRUTOR
PÓS-GRADUANDO EM SAÚDE PÚBLICA COM ÊNFASE EM SAÚDE DA FAMÍLIA – SANITARISTA
PÓS-GRADUANDO EM URGÊNCIA, EMERGÊNCIA E UTI
MAPAS DE RISCO
O QUE É UM MAPA DE RISCO?
O Mapa de Risco foi
criado através da Portaria
n° 05 em 17/08/92
tratando da
obrigatoriedade, por parte
de todas as empresas, da
"representação gráfica
dos riscos existentes nos
diversos locais de
trabalho", e faz parte da
NR-09.
De acordo com Hirata et al. (2011), os mapas de risco são
representações gráficas do mapeamento de riscos ambientais.
Trata-se de um levantamento dos locais de trabalho
apontando os riscos que são sentidos e observados pelos
próprios trabalhadores de acordo com a sua sensibilidade. Os
mapas de risco são representados graficamente por meio de
círculos de cores e tamanhos proporcionalmente diferentes
(riscos pequeno médio e grande), sobre o layout da empresa
e deve ficar afixado em local visível a todos os trabalhadores.
• É um levantamento
dos pontos de risco de
um determinado setor
de uma empresa.

• Identifica situações e
locais potencialmente
perigosos com o intuito
de alertar os
trabalhadores que
venham a trabalhar no
local.
CIPA
• É de responsabilidade na CIPA
elaborar os mapas com auxilio
dos trabalhadores do local.

• Após discutido e aprovado


pela CIPA, o Mapa de Riscos,
completo ou setorial, deverá
ser afixado em cada local
analisado, de forma
claramente visível e de fácil
acesso para os trabalhadores.
ELABORANDO UM MAPA DE RISCO

1º) PASSO: Conhecer os setores/seções da empresa: O que é e como


produz. Para quem e quanto produz (direito de saber);

2º) PASSO: Fazer o fluxograma (desenho de todos os setores da


empresa e das etapas de produção);

3º) PASSO: Listar todas as matérias-primas e os demais insumos


(equipamentos, tipo de alimentação das máquinas etc.) envolvidos no
processo produtivo.
4º) PASSO: Listar todos os riscos existentes, setor por setor,
etapa por etapa (se forem muitos, priorize aqueles que os
trabalhadores mais se queixam, aqueles que geram até doenças
ocupacionais ou do trabalho comprovadas ou não, ou que haja
suspeitas). Julgar importante qualquer informação do trabalhador.

• A partir de uma planta baixa de cada seção são levantados todos


os tipos de riscos, classificando-os por grau de perigo:

PEQUENO,
MÉDIO E
GRANDE.
Estes tipos são separados em cinco grupos classificados pelas
CORES
VERMELHO, VERDE, MARROM, AMARELO E AZUL.

Cada grupo corresponde a um tipo de agente:


QUÍMICO, FÍSICO, BIOLÓGICO, ERGONÔMICO E
MECÂNICO.

Os riscos serão simbolizados por círculos de três tamanhos


distintos:

PEQUENO, com diâmetro de 2,5 cm;


MÉDIO, com diâmetro de 5 cm;
GRANDE, com diâmetro de 10 cm.
TIPOS DE RISCOS
❑ Riscos Físicos: Ruídos, calores, vibrações, pressões
anormais, radiações, umidade, etc.

❑ Riscos Químicos: Poeiras, fumos, gases, vapores, névoas,


neblinas, etc.

❑ Riscos Biológicos: Fungos, vírus, parasitas, bactérias,


protozoários, insetos, etc.
❑ Riscos Mecânicos: Arranjo físico inadequado, iluminação
inadequada, incêndio e explosão, eletricidade, máquinas e
equipamentos sem proteção, quedas e animais peçonhentos.

❑ Riscos Ergonômicos: Levantamento e transporte manual de


peso, monotonia, repetitividade, ritmo excessivo, posturas
inadequadas de trabalho, etc.
FALHAS DO SISTEMA NO BRASIL

Poucas são as empresas e serviços públicos com aparelhos e com


pessoal tecnicamente habilitado para efetuar avaliações ambientais
confiáveis ;
Há necessidades de uma melhoria no sistema de avaliação e
construção do mapa de risco no Brasil.

Os mapas de riscos são importantes para alertar os trabalhadores


sobres os riscos no seu ambiente de trabalho, porém não
necessariamente evitam que um possível acidente ocorra, além de
ser feito um mapa de risco, seria prudente, com a medidas cabíveis,
realizar feitos que amenizem ou erradiquem os riscos de acidentes.
Atividade
1. Cite e descreva os tipos de riscos ambientais.
2. Cite e descreva cada grupo do mapa de risco.
3. Quais os passos para criar um mapa d risco?
4. Qual a portaria regulamentadora dos mapas
de riscos?
5. O que é CIPA?
RESÍDUOS DO SERVIÇO DE SAÚDE
INTRODUÇÃO

A preocupação com a geração de Resíduos de Serviços de Saúde


(RSS) nunca esteve tanto em evidência como no dias de hoje.

A expressão “Lixo Hospitalar” deu lugar à “Resíduos de Saúde”.

As resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária


(ANVISA) e do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)
dispõem sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de
resíduos de serviços de saúde.
De acordo com a RDC ANVISA no 306/04 e a Resolução
Conama no 358/2005 (BRASI, 2006), são definidos como
Geradores de Resíduos do Serviço de Saúde (RSS) todos os serviços
relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive
aqueles de assistência domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios
analíticos de produtos para a saúde; necrotérios, funerárias e serviços
onde se realizem atividades de embalsamamento, serviços de medicina
legal, drogarias e farmácias inclusive as de manipulação;
estabelecimentos de ensino e pesquisa na área da saúde, centro de
controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos,
importadores, distribuidores produtores de materiais e controles para
diagnóstico in vitro, unidades móveis de atendimento à saúde; serviços
de acupuntura, serviços de tatuagem, dentre outros similares.
De acordo com o Manual da Anvisa (BRASIL, 2006), observa-se
que resíduos sólidos e lixo são termos utilizados de forma distinta por
autores diversos, mas na linguagem cotidiana o termo resíduo é pouco
utilizado.
Na linguagem cotidiana, utiliza-se o termo lixo para designar tudo
aquilo que não tem mais utilidade, enquanto resíduo designa sobra
(refugo) do beneficiamento de produtos industrializados.

“De acordo com o dicionário da língua portuguesa, lixo é aquilo que se


varre de casa, do jardim, da rua, e se joga fora. Coisas inúteis, velhas,
sem valor. Resíduo é aquilo que resta de qualquer substância, resto”
(FERREIRA, 1988 apud BRASIL, 2006).
• OBJETIVOS
- Identificar os RSS.
- Analisar a disposição dos RSS em
instalação hospitalar.
- Implantar ferramentas de gestão
ambiental em conformidades com as
normas e resoluções ambientais
obrigatórias.
O QUE SÃO OS RSS?
São os chamados Resíduos do Serviço de Saúde, que
constituem os resíduos sépticos, ou seja, que contêm ou
potencialmente podem conter germes patogênicos.
São produzidos em
serviços de saúde, como:

hospitais, clínicas,
laboratórios,
farmácias, clínicas
veterinárias,
postos de saúde, etc
QUEM SÃO OS GERADORES?
São os estabelecimentos de assistência a saúde humana ou animal.
(RDC ANVISA nº 306/04 e a Resolução CONAMA nº 358/2005)

Os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos em campo;


Laboratórios analíticos de produtos para a saúde;
Necrotério, funerárias e onde se realizam atividades de embalsamamento;
Serviços de medicina legal;
Drogaria e farmácias inclusive as de manipulação;
Ensino e pesquisa na área de saúde;
Centro de controle de zoonoses;
Distribuidores e importadores de produtos farmacêuticos, materiais e controles
para diagnóstico;
Unidades móveis para atendimento à saúde;
Serviços de acupuntura, e Serviços de tatuagem, dentre outros similares.
DE QUEM É A RESPONSABILIDADE?
Os estabelecimentos prestadores de serviços de saúde, são
responsáveis civil, administrativa e criminalmente pelos seus resíduos.
Sendo responsáveis pela:
→Geração
→Acondicionamento
→Coleta Interna
→Abrigo
→Coleta Externa
→Transporte
→Tratamento
→Destinação Final
IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
DOS RESÍDUOS

Riscos potenciais existentes


nos RSS

• Biológicos
• Químicos
• Radioativos
De acordo com a definição acima, salienta-se que, quando se
fala em resíduo sólido, nem sempre se refere ao
seu estado sólido.
Neste sentido, observa-se a seguir a classificação de resíduos sólidos.
Os resíduos sólidos classificam-se de acordo com a sua
natureza física (seco ou molhado),
por sua composição química (matéria orgânica e inorgânica, de acordo
com os riscos potenciais ao meio ambiente, e, ainda, quanto à origem.

No entanto, as normas e resoluções existentes nos órgãos


competentes classificam os resíduos sólidos de acordo com os riscos
potenciais ao meio ambiente e à saúde, como também, em função da
natureza e origem. Com relação aos riscos potenciais ao meio
ambiente e à saúde pública a NBR 10.004/2004 classifica os resíduos
sólidos em
classe I e classe II,
Resíduos sólidos classe I: Os resíduos classe I, denominados
como perigosos, são aqueles que, em função de suas propriedades
físicas, químicas ou biológicas, podem apresentar riscos à saúde e ao
meio ambiente. São caracterizados por possuírem uma ou mais das
seguintes propriedades: inflamabilidade, corrosividade, reatividade,
toxicidade e patogenecidade.

Resíduos classe II: Os resíduos classe II denominados não perigosos


são subdivididos em duas classes: classe II-A e classe II-B. Os de
classe II-A (não inertes) podem ter como propriedades a
biodegradabilidade, a combustibilidade ou a solubilidade em água. Os
resíduos classe II-B (inertes) não apresentam nenhum de seus
constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de
potabilidade de água, com exceção dos aspectos cor, turbidez, dureza e
sabor.
CLASSIFICAÇÃO DOS RSS:

Classificam-se os RSS de acordo com suas características e


consequentes riscos que podem acarretar ao meio ambiente e à saúde.
De acordo com a RDC ANVISA no 306/04 e Resolução Conama no
358/05, os RSS são classificados em
cinco grupos: A, B, C, D e E,
Resíduos que apresentam risco à saúde
pública e ao meio ambiente devido à
Grupo “A”: presença de agentes biológicos
Infectantes (bactérias, fungos, vírus, clamídias,
riquétsias, microplasmas, prions,
parasitas, linhagens celulares, outros
organismos e toxinas)
Resíduos que contém substâncias
químicas que podem apresentar
Grupo “B” risco à saúde pública e ao meio
Químicos ambiente devido as suas
características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade e
toxidade.
Resíduos que apresentam risco à
saúde pública e ao meio ambiente
devido as suas características de
Grupo “C” radiações Ionizantes, radiação cósmica;
Radioativos radiação natural dos materiais;
Enquadram-se neste grupo os resíduos
radioativos ou contaminados com
radionuclídeos, provenientes de
laboratórios de análises clínicas, serviços
de medicina nuclear e radioterapia,
segundo a Resolução
São todos os resíduos que não oferecem
qualquer tipo de perigo à saúde ou ao meio
Grupo “D” ambiente, equivalem-se ao lixo doméstico ou os
Comuns Resíduo Sólido Urbanos RSU.
NOTA: É nesse grupo que se encontram os resíduos recicláveis.
Atenção: Qualquer resíduo comum se for contaminado com resíduos
perigoso, torna-se igualmente perigoso.
GRUPO “E”
PERFUROCORTANTES
Materiais perfurocortantes ou
escarificantes tais como:
lâminas de barbear, agulhas,
escalpes, ampolas de vidro, brocas,
limas endodônticas, pontas
diamantadas, lamina de bisturi... etc
ACONDICIONAMENTO DOS RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE
SAÚDE
Os resíduos devem ser acondicionados e armazenados da
seguinte forma, de acordo com as Resoluções RDC – ANVISA nº
306/2004, CONAMA nº 358/2005 e normas pertinentes a ABNT e
do município sede do estabelecimento (BRASIL, 2006).
A – Resíduos infectantes
São acondicionados em sacos plásticos, impermeáveis e resistentes, de
cor branca leitosa, com simbologia de resíduo infectante. Deve-se
observar a necessidade de utilização de sacos vermelhos – RDC 306/04
– ANVISA. São armazenados em recipientes estanques, metálicos ou
de plástico, com tampa, de fácil higienização e manuseio.

B – Resíduos químicos
São acondicionados em duplo saco plástico de cor branca leitosa, com
identificação do resíduo e dos riscos; ou acondicionados em recipiente
rígido e estanque, compatível com as características físico-químicas do
resíduo ou produto a ser descartado, identificando de forma visível com
o nome do conteúdo e suas principais características.
D – Resíduos comuns
São acondicionados em sacos pretos resistentes de modo a evitar
derramamento durante o manuseio. Os resíduos comuns recicláveis
(papel, papelão, plástico e vidro) podem ser separados e destinados à
reciclagem.

E – Resíduos Perfurantes ou escarificantes


Os resíduos perfurantes e cortantes do Grupo A são acondicionados e
armazenados em recipientes rígidos, resistentes ao rompimento e
vazamento, com tampa, devidamente identificados com a simbologia de
resíduo infectante e perfurocortante.
COLETA INTERNA DOS RESÍDUOS DOS SERVIÇOS
DE SAÚDE

Os resíduos deverão seguir os seguintes procedimentos ao serem


transportados dentro do estabelecimento, de acordo com as Resoluções
RDC – ANVISA nº 306/2004, CONAMA nº 358/2005 e normas pertinentes
da ABNT e do município sede do estabelecimento (BRASIL, 2006).
Observam-se os seguintes cuidados:

1) O transporte dos recipientes deve ser realizado sem esforço excessivo


ou risco de acidente para o funcionário.
2) Os procedimentos devem ser realizados de forma a não permitir o
rompimento dos recipientes. No caso de acidente ou derramamento, deve-
se imediatamente realizar a limpeza e desinfecção simultânea do local, e
notificar a chefia da unidade.
ABRIGO DOS RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

Quanto ao abrigo dos resíduos dos serviços de saúde, de acordo


com as Resoluções RDC – ANVISA nº 306/2004, CONAMA nº
358/2004 e normas pertinentes da ABNT e do município sede do
estabelecimento, deve ser observados os seguintes procedimentos:

1) O abrigo de resíduos deve ser constituído de um local fechado,


ser exclusivo para guarda temporária de resíduos de serviços de
saúde, devidamente acondicionados em recipientes.
2) As dimensões do abrigo devem ser suficientes para armazenar a
produção de resíduos de até três dias, sem empilhamento dos
recipientes acima de 1,20 m.

3)O piso, paredes, porta e teto devem ser de material liso,


impermeável, lavável e de cor branca.

4) A porta deve ostentar o símbolo de substância infectante. 5) O


abrigo de resíduo deve ser higienizado após a coleta externa ou
sempre que ocorrer derramamento.
Agora é só praticar.
Descrimine os pontos no mapa de risco.
1) Mapa de risco da Sala 007.
2)Mapa de Risco da Sala 009.
2)Mapa de Risco da Sala 011.

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