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Gerenciamento de

Resíduos
O que é o tão falado PGRSS?
Um Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGRS) é um documento
que declara métodos e condutas a serem executadas na gestão de
resíduos sólidos. No caso de estabelecimentos de saúde e estética, o
plano usado é o PGRSS: Plano de Gerenciamento de Resíduos do
Serviço de Saúde.

Essa distinção ocorre porquê esses estabelecimentos geram resíduos


especiais, que diferem dos resíduos sólidos comuns. Existe a geração
contínua de resíduos biológicos, substâncias químicas, rejeitos
radioativos e materiais cortantes. Por isso, o plano deve conter a
descrição de todas as etapas que o resíduo percorre: desde a sua
geração até a disposição final.
PRINCIPAIS
OBJETIVOS
Assim, essa descrição engloba a quantidade e a classificação dos resíduos, localização do
despejo, cronograma de implantação e a viabilidade de minimizar a geração. Além disso,
adverte quanto a métodos de coleta, armazenamento, tratamento e destinação final.

Por ser um procedimento que exige certa cautela, uma vez que estamos lidando com
resíduos especiais, alguns mitos são agregados ao PGRSS. Confira os principais mitos sobre o
PGRSS.
Como lidar com cada tipo de resíduo?
Como dito anteriormente, os resíduos do serviço de saúde merece uma atenção especial. Pensa na
seguinte situação: um dentista acabou de aplicar uma anestesia em seu paciente para extrair um dente. A
seringa utilizada possui uma agulha na ponta e está com resíduos anestésicos. Além disso, por ter entrado
em contato com o paciente, essa agulha esta suja de sangue. Este estabelecimento não possui um PGRSS,
então o profissional descarta esse resíduo no lixo comum. Posteriormente, o serviço de coleta público
recolhe esse material e um dos coletores acaba se acidentando com a seringa, perfurando sua mão.

Agora imagine só, essa seringa tem um perigo associado por ser um material cortante, tem risco químico
devido à presença de anestésico e ainda representa um potencial de contaminação biológica, por causa do
sangue do paciente.

Nas disso teria acontecido se o estabelecimento tivesse um PGRSS em vigor. Abaixo, acompanhe como
deve ser conduzido à gestão de cada resíduo do serviço de saúde:
Por que obter um PGRSS para o seu estabelecimento?
Agora que você sabe como deve descartar está tudo pronto, né? NÃO!!!
O PGRSS é obrigatório para a regularização dos estabelecimentos de saúde e estética. Isso é, todos os empreendimentos que prestam
serviço à saúde humana ou animal: clínicas médicas, clínicas odontológicas, veterinárias, drogarias, farmácias, necrotérios, funerárias,
estúdios de tatuagem, etc.

Ou seja, mesmo descartando adequadamente, é necessário ter a documentação regulamentada junto ao órgâo ambiental do município.
Dessa forma, caso o local não esteja em dia com a documentação, ele estará sujeito a receber multas e/ou perder o alvará de
funcionamento.

Elaboração do Plano no estabelecimento


A elaboração do plano garante uma maior organização do empreendimento, já que prevê a redução de resíduos. Desse modo, reduz o
mal cheiro, as dificuldades com a logística de limpeza e a necessidade de capacitações constantes aos funcionários.

Essa melhoria dos processos traz benefícios financeiros, uma vez que mapeia as áreas de consumo e a condução do material disponível
para reuso. Assim, com o cumprimento das ações estipuladas, o empreendimento atinge a sua responsabilidade socioambiental, além de
ficar em dia com a legislação.

Desse modo, a solução se mostra importante para garantir a regularização diante os órgãos públicos e a integridade ambiental do
empreendimento.
A exposição a material biológico é muito perigosa por ser potencialmente capaz de transmitir mais de 50 tipos de patógenos
diferentes (além do HIV , Hepatite B e C).

Tipos de exposição envolvendo material biológico consideradas de risco:

Exposições percutâneas: lesões provocadas por instrumentos perfurantes ou cortantes (ex.: agulhas, lâminas de bisturi, vidrarias,
etc.);
Exposições de mucosas: ocorrência de respingos na face envolvendo olho, nariz ou boca; ou exposição de mucosa genital;
Exposição de pele não íntegra: contato com locais onde a pele apresenta dermatites ou feridas abertas;
Arranhaduras e/ou mordeduras: são consideradas de risco quando envolvem a presença de sangue.
PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTE DE TRABALHO COM
EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO ENDOVENOSA; INTRAMUSCULAR; SUBCUTÂNEA;


INTRADÉRMICA;
PUNÇÃO VENOSA/ARTERIAL PARA COLETA DE SANGUE;
DESCARTE INADEQUADO DE MATERIAL PERFUROCORTANTE EM SACO DE LIXO;
DESCARTE INADEQUADO DE PERFUROCORTANTE EM BANCADA, CAMA, CHÃO E ETC;
LAVANDERIA;
LAVAGEM DE MATERIAL (CME);
MANIPULAÇÃO DE CAIXA COM MATERIAL PERFUROCORTANTE;
PROCEDIMENTO CIRÚRGICO; ODONTOLÓGICO; LABORATORIAL;
DEXTRO (CONTROLE DE GLICEMIA CAPILAR);
REENCAPE DE AGULHA
GRUPO A – INFECTANTES
GRUPO A: RESÍDUOS PROVENIENTES DE MANIPULAÇÃO DE MICROORGANISMOS,
INOCULAÇÃO, MANIPULAÇÃO GENÉTICA, AMPOLAS E FRASCOS E TODO MATERIAL
CON
ENVOLVIDO EM VACINAÇÃO, MATERIAIS ENVOLVIDOS EM MANIPULAÇÃO LABORATORIAL,

CLUSÃO MATERIAL CONTENDO SANGUE, BOLSAS DE SANGUE OU CONTENDO


HEMOCOMPONENTES. ESTE RESÍDUO DEVE SER ACONDICIONADO PELO GERADOR EM
SACO BRANCO LEITOSO COM SÍMBOLO DE RISCO INFECTANTE.
EXEMPLOS: PLACAS E LÂMINAS DE LABORATÓRIO, CARCAÇAS, PEÇAS ANATÔMICAS (MEMBROS),
TECIDOS, BOLSAS TRANSFUSIONAIS CONTENDO SANGUE, DENTRE OUTRAS.
GRUPO B - QUÍMICOS
TRATA-SE DE MEDICAMENTOS, COSMÉTICOS, REAGENTES DE LABORATÓRIO, PRODUTOS
SANEANTES DOMISSANITÁRIOS, PRODUTOS USADOS EM REVELAÇÃO DE EXAMES E ETC. NO
CASO DOS REAGENTES DE LABORATÓRIO OU OUTROS MATERIAIS LÍQUIDOS, O GERADOR
DEVE EFETUAR A CORRETA SEGREGAÇÃO, IDENTIFICAÇÃO (NOME DO PRODUTO) E O
ACONDICIONAMENTO, QUE DEVERÁ SER FEITO LEVANDO EM CONTA A INCOMPATIBILIDADE
QUÍMICA DOS MATERIAIS, PARA EVITAR ACIDENTES.

EXEMPLOS: MEDICAMENTOS APREENDIDOS,


REAGENTES DE LABORATÓRIO, RESÍDUOS
CONTENDO METAIS PESADOS, DENTRE OUTROS
GRUPO C - RADIOATIVO
QUAISQUER MATERIAIS RESULTANTES DE ATIVIDADES HUMANAS
QUE CONTENHAM RADIONUCLÍDEOS EM QUANTIDADES SUPERIORES
AOS LIMITES DE ELIMINAÇÃO ESPECIFICADOS NAS NORMAS DA
COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR - CNEN,
EXEMPLOS: SERVIÇOS DE MEDICINA NUCLEAR E RADIOTERAPIA ETC.
GRUPO D - RESÍDUOS COMUNS
NÃO APRESENTAM RISCO BIOLÓGICO, QUÍMICO OU RADIOLÓGICO À
SAÚDE OU AO MEIO AMBIENTE, PODENDO SER EQUIPARADOS AOS
RESÍDUOS DOMICILIARES.

EXEMPLOS: SOBRAS DE ALIMENTOS E DO PREPARO DE ALIMENTOS,


RESÍDUOS DAS ÁREAS ADMINISTRATIVAS ETC.
GRUPO E - PERFURO CORTANTES
OS RESÍDUOS PERFURO CORTANTES COMO, AGULHAS, ESCALPES, BISTURIS E
OUTROS, DEVEM SER ACONDICIONADOS NO LOCAL DE SUA GERAÇÃO EM EMBALAGENS
ESTANQUES, RESISTENTES A PUNCTURA, RUPTURA, VAZAMENTO E DEVIDAMENTE
IDENTIFICADO ATRAVÉS DO SÍMBOLO DE RISCO CORRESPONDENTE. NUNCA DEVEM
SER COLOCADOS DIRETAMENTE EM SACOS PLÁSTICOS JUNTAMENTE COM OUTROS
RESÍDUOS INFECTANTES, POIS PODE PROVOCAR ACIDENTES.

EXEMPLOS: LÂMINAS DE BARBEAR, AGULHAS,


AMPOLAS DE VIDRO, PONTAS DIAMANTADAS,
LÂMINAS DE BISTURI, LANCETAS, ESPÁTULAS E
OUTROS SIMILARES.
Agradeço a Todos

BOA SORTE

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