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WBA0290_v1.

Gerenciamento dos
serviços de emergência
Biossegurança e controle de
infecções em serviços de
emergência
Bloco 1
Fabiane Gorni Borsato
Biossegurança em saúde
Biossegurança:
• Vida livre de perigos.
• Grupo de ações que contribuem para a segurança dos indivíduos.
• Objetivo controlar e minimizar os riscos nos ambientes laborais.
Identificação, análise e prevenção de possíveis efeitos adversos das
tecnologias em saúde.
• Maiores possibilidades de segurança aos profissionais, à sua qualidade de
vida e à do meio ambiente.
Biossegurança em saúde

Riscos ocupacionais:
• Impacto varia de acordo com a sua natureza, intensidade e tempo de exposição.
• Tipos:
• Risco físico.
• Risco químico.
• Risco ergonômicos e psicossociais.
• Riscos de acidentes.
• Risco biológico: atividades assistenciais diretas, onde a manipulação de objetos
perfurocortantes como agulhas.
Biossegurança em saúde
Tabela 1 – Classificação dos riscos biológicos

Classe de Nenhum ou baixo risco individual e comunitário.


Risco I Pouca probabilidade de causar agravos à saúde humana.
Classe de Risco individual moderado e risco comunitário limitado.
Risco II Pode provocar doença /Dispõe de medidas eficazes de
tratamento e prevenção/Risco de propagação limitado.
Classe de Risco individual elevado e risco comunitário limitado.
Risco III Pode causar doenças graves/Transmissão de entre pessoas, mas
com profilaxia e/ou tratamento.
Classe de Elevado risco individual e comunitário/Grande ameaça para as
Risco IV pessoas/Fácil transmissão e inexistência de profilaxia e
tratamentos.
Classe de Elevado risco de causar doença animal e disseminação no meio
Risco V ambiente.
Fonte: elaborada pela autora.
Biossegurança em saúde

Normas regulamentadoras.
Orientações para os empregadores no sentido de identificar as condições de
risco para a saúde nos ambientes de trabalho, caracterizar a exposição
quantificar as condições de risco, definir maneiras de eliminação e/ou
controle das condições de risco, bem como avaliar as medidas a serem
adotadas para controle dos riscos.
Biossegurança em saúde
• Norma Regulamentadora 6 – Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

O empregador deve:
• Adquirir, fornecer e exigir o uso do EPI adequado a cada tipo de risco.
• Orientar e treinar os profissionais quanto ao uso correto do EPI.
• Manter os EPI e substituí-los quando necessário.
• Comunicar irregularidades dos EPI ao MTE.
• Registrar a entrega dos EPI aos profissionais.
O empregado deve:
• Utilizar o EPI conforme orientações fornecidas.
• Responsabilizar-se pela guarda e conservação dos EPI.
• Comunicar alterações na funcionalidade do EPI.
• Cumprir as normas de utilização dos EPI.
Biossegurança em saúde

NR-7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) -


acompanhamento do trabalhador desde a sua entrada na organização, com a
realização de exames admissionais; durante a sua permanência na
organização sendo submetido a exames periódicos; no momento do retorno
ao trabalho ou mudança de função; e no período demissional.

NR-9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) - antecipação,


reconhecimento, avaliação e controle dos riscos.
NR-17 – Ergonomia.
Biossegurança e controle de
infecções em serviços de
emergência
Bloco 2
Fabiane Gorni Borsato
Norma Regulamentadora 32
• Finalidade de estabelecer ações que visam a proteção
à segurança e saúde do trabalhador em serviços de
saúde, bem como para aqueles que exercem outras
atividades de assistência à saúde.
• Análise de riscos na área da saúde: PPRA – existência
dos riscos no ambiente; fontes de exposição e seus
reservatórios, transmissão, dados epidemiológicos.
• Avaliação do local de trabalho: descrição do local de
trabalho, organização e processos de trabalho,
potencial de exposição, descrição das atividades e
funções nos locais de trabalho, medidas preventivas a
serem aplicadas e formas de acompanhamento.
Norma Regulamentadora 32

PCMSO (NR 7) na área de assistência à saúde:


• Reconhecimento e a avaliação dos riscos.
• Localização das áreas de risco.
• Listagem com a identificação nominal dos trabalhadores, sua função, o local de
trabalho e o risco a que estão expostos.
• Vigilância médica periódica dos trabalhadores potencialmente expostos.
• Programa de vacinação.
• Comunicação ao responsável pelo PCMSO em casos de transferência de um
trabalhador para outro posto de trabalho, em que ocorra mudança de risco.
Biossegurança e controle de
infecções em serviços de
emergência
Bloco 3
Fabiane Gorni Borsato
Limpeza e desinfecção como ações de biossegurança
• Superfícies contaminadas podem se constituir como um
reservatório de agentes biológicos e com variados graus de
patogenicidade.

• Área crítica: área onde existe o risco aumentado para


desenvolvimento de infecções relacionadas à assistência à
saúde.
• Área semicrítica: nesta área existe um risco de moderado a
baixo para o desenvolvimento de infecções.
• Área não-crítica: áreas com baixo ou nenhum risco de
desenvolvimento de infeções e nelas estão englobadas as
atividades administrativas.
Limpeza e desinfecção como ações de biossegurança

Analisar:
• Natureza do item a ser desinfetado.
• Número de micro-organismos presentes.
• Resistência do micro-organismo aos efeitos do germicida.
• Quantidade de matéria orgânica presente.
• Tipo e concentração do germicida usado.
• Duração e temperatura do contato com o germicida.
• Especificações e indicações de uso do produto.
Biossegurança no gerenciamento, coleta e transporte de resíduos
de saúde
• Resíduos grupo A: resíduos com possível presença de agentes
biológicos.
• Resíduos grupo B: resíduos contendo produtos químicos com
possibilidade de apresentar características como
inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.
• Resíduos grupo C: rejeitos radioativos.
• Resíduos grupo D: resíduos que não apresentam risco
biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio
ambiente, sendo assemelhados aos resíduos domiciliares.
• Resíduos de serviços de saúde do grupo E: resíduos
perfurocortantes ou escarificantes como lâminas de barbear,
agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, lâminas de
bisturi, lancetas, dentre outros.
Biossegurança no gerenciamento, coleta e transporte de resíduos
de saúde

Geração e segregação.

Acondicionamento.

Transporte interno.

Armazenamento.

Coleta e transporte externos.

Tratamento.

Disposição final ambientalmente adequada.

Devem compor o PGRSS – Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde.


Teoria em Prática
Bloco 4
Fabiane Gorni Borsato
Reflita sobre a seguinte situação
Carina é a gerente de enfermagem de um hospital de alta complexidade cujo serviço de
emergência se configura como referência para trauma. Mediante estudos que a gestão vem
fazendo quanto a saúde do trabalhador, Carina ficou responsável por realizar o levantamento
dos riscos presentes em sua unidade para compor o PPRA. Especificamente da sua sala de
emergência, enfrentou dificuldade, uma vez que ali consiste em um ambiente de assistência
a pacientes agudos e de diagnósticos desconhecidos. Ela possui como informações:
mobiliários inadequados à estrutura física de seus profissionais, ambiente pequeno, porém
organizado; alta demanda de atendimento de traumas derivados de acidentes de trânsito;
equipamentos que há tempos não passam por manutenção; rede de gases apropriada.
Possui como EPI neste ambiente: luvas e aventais. Quais os riscos que Carina pode levantar
nesta realidade que ela vive? O que é necessário para que Carina possa qualificar o ambiente
de trabalho?
Norte para a resolução...
Quais os riscos que Carina pode levantar nesta realidade que ela vive?
• BIOLÓGICOS.
• ERGONÔMICOS.
• DE ACIDENTES.

O que é necessário para que Carina possa qualificar o ambiente de trabalho?

• Otimização do espaço físico e da funcionalidade dos equipamentos.


• Capacitações para o uso adequado de EPI e adequações a rotina acelerada
dos trabalho.
• Aquisição de EPI: óculos de proteção.
Dica da Professora
Bloco 5
Fabiane Gorni Borsato
Dica da professora
Adesão às medidas de biossegurança por profissionais de saúde em
situações de urgência e emergência.
LEAL, R. M. P. et al. Adesão às medidas de biossegurança por profissionais de
saúde em situações de urgência e emergência. Revista Interdisciplinar
NOVAFAPI, Teresina, v. 4, n. 3, p. 66-70, jul./set. 2011.

Para realizar a leitura utilize um site de pesquisa digitando no campo de


buscas o título da obra acima citado.
Referências
ANVISA. Precaução padrão. Disponível em:
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/precaucoes_a3.pdf. Acesso em: 12 fev. 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. OPAS. Biossegurança em saúde: prioridades e estratégias de ação. Brasília:
Ministério da Saúde, 2010. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/biosseguranca_saude_prioridades_estrategicas_acao_p1.pdf.
Acesso em: 12 fev. 2015.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego Riscos biológicos: guia técnico: os riscos biológicos no âmbito da
norma regulamentadora n° 32. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2008. Disponível em:
http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BCB2790012BD509161913AB/guia_tecnico_cs3.pdf. Acesso em:
12 fev. 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. ANVISA. Resolução da Diretoria Colegiada nº 35, de 16 de agosto de 2010.
Dispõe sobre o Regulamento Técnico para produtos com ação antimicrobiana [...]. Brasília: D.O.U., 2010.
Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0035_16_08_2010.html. Acesso em:
14 dez. 2020.
Bons estudos!

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