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Módulo D
Prof. Rodrigo Costa – rodrigoscosta@tecnico.ulisboa.pt
Conteúdo programático
➢ Evolução da biosfera e a origem dos eucariotas
➢ Darwin, Mendel e a Síntese Evolutiva Moderna
➢ Níveis de organização biológica: organismos, populações, comunidades e ecossistemas
➢ Respiração, fotossíntese e o ciclo do carbono em um ambiente em mudança
➢ Comunidades biológicas organizam-se em teias de interações
➢ Ecossistemas são abastecidos por fluxos de energia e transformações de energia e matéria
Breve reflexão
texto
The Palaeozoic, Mesozoic and Cenozoic are eras of
the Phanerozoic eon.
As células eucarióticas por terem uma razão área/volume menor necessitam de pelo
menos 2-3% de oxigénio, quando comparado com os 1% das células procarióticas
“Big 5” mass extinctions
Acompanham extremos de mudanças
climáticas ao longo do tempo geológico
Lei da conservação da matéria / das massas (Lavoisier, 1785) – “Num recipiente fechado, a soma das massas dos
reagentes é igual à soma das massas dos produtos” (A matéria não se constrói ou destrói, mas pode transformar-
se)
Lei da conservação da energia (1ª lei da termodinámica) – Como a matéria, a energia não pode ser criada ou
destruída, mas cambiar de uma forma para outra
Do resultado da governância de ambas as leis nos sistemas naturais, sistemas biológicos / ecológicos “maduros”
encontram-se em estado de equilíbrio dinámico (“dynamic steady state”)
Para além dos ecossistemas, o estado de equilíbrio dinámico (“tudo flui” – Heráclito!) dá-se em todos os níveis
de organização biológica, desde que estes encontrem-se em estado plenamente funcional
Evolução – Mudança na composição genética de uma população através das gerações – Organismos adaptam-
se às componentes biótica e abiótica dos ecossistemas. Estas últimas variam no tempo e no espaço.
Níveis de organização
biológica numa perspectiva
evolutiva, em que indivíduos
estão sujeitos à seleção
natural, e holística em que o
tráfego de matéria entre as
componentes biótica e
Produtividade, razão abiótica dos ecossitemas rege
produtividade/biomassa os processos globais
Diversidade de espécies,
estrutura trófica
Mortalidade, natalidade,
i/emigração, diversidade genética
Metabolismo, tecidos,
Propriedades órgãos, sistemas
Transferência de energia e matéria em diferentes níveis organizacionais
Nível Entra Sai
Indivíduo Alimento Energia dispendida (calor)
Objeto da Rejeitos metabólicos
seleção natural
Árvore filogenética
➢ A evolução é um processo que ocorre em populações. Os indivíduos não evoluem; sobrevivem mais
ou menos tempo e deixam mais ou menos descendentes Variabilidade genética de uma população consoante a taxa de reprodução de cada indivíduo
grandes
Evolução e seleção natural
➢ Radiação adaptativa em tentilhões
(“finch”) das ilhas galápagos
pequenas
Como?
e suas sementes
Resultou em adaptação de
subpopulações a diferentes recursos
Quando duas animais não se conseguem reproduzir de forma fértil,
➢ Ancestral são de duas espécies diferentes- incompatibilidade reprodutiva- Especiação
comum folhas e ramos E incompatibilidade reprodutiva
continental (ausência de fluxo génico) entre as
populações
Insetos Madeira em decomposição migração contribui para a homogeneidade da genética
O isolamento geogáfico contribui para a especiação
Superfície
de plantas
Especiação
Entre 1856 e 1863: Mendel sugere que “factores invisíveis” controlam a hereditariedade
dicreto- oposto de contínuo, sin. binário- raro em genética (i.e. cor dos olhos)
fenótepo vs genótopo
100% roxas
Credits: simply.science
Variação genética em populações – algumas definições
Induz variabilidade fenotípica
➢Porque a evolução é um processo de mudança na estrutura genética duma população no tempo
(gerações), medir variação genética é importante
➢ A população é a unidade para a definição e medição da variação genética
➢ O genótipo de um organismo é a unidade genética que governa um traço hereditário
➢ Uma população evolui quando indivíduos com diferentes genótipos sobrevivem e
reproduzem em taxas diferentes
➢Um indivíduo tem apenas alguns dos
alelos presentes numa população
➢Em sexuados diplóides: dois alelos dum
Heterozigota mesmo gene. Alelo: forma alternativa do Variações do mesmo gene
mesmo gene; gene que ocupa o mesmo
Homozigota
locus no cromossoma homólogo
As proporções alélicas nesta “pool” genética são 0.2 para X1, 0.5 para X2, e 0.3 para X3
Como medir a variação genética? É possível?
➢ A pool genética total: todos os alelos de todos os loci (ou genes) de todos os
indivíduos de uma população – Virtualmente impossível!
➢ Mas: frequências alélicas de um gene de interesse podem ser estimadas em uma
amostra da população
Padrão de herança mendeliana – herança discreta de fatores hereditários
Homozigota Homozigota
recessivo dominante
Heterozigotas
“Hybrids”
➢ Couve selvagem
Brassica oleracea
Portanto: Independentemente dum gene ser raro ou frequente, a sua frequência permanecerá a mesma
em relação aos outros, através das gerações
Nos organismos diplóides reproduzindo-se sexualmente, a soma das frequências alélicas é igual a 1 e
dada por:
1=p2+2pq+q2
Em que p é a frequência de um alelo e q a frequência do outro
E as populações encontram-se em equilíbrio caso as frequências não se alterem ao longo das gerações
Deriva genética: refere-se a mudanças na pool genética duma população que resultam do acaso e não
de mutação – Populações muito pequenas mais sujeitas à deriva: efeitos “Bottleneck” e “fundador”
Migração: Imigração e emigração de indivíduos (seguida de reprodução) produz fluxo genético e pode
alterar as frequências alélicas
“Acasalamento” não aleatório – pode promover a frequência de homozigotas (e.g. “seleção sexual” em
aves monogâmicas, auto-fertilização em plantas)
Selecção natural: quando alguns dos organismos da população estão mais bem adaptados a um dado
meio ambiente, tenderão a deixar mais descendentes e a propagar seus alelos com mais frequência
Apesar das extinções em massa, a diversidade de organismos tetrápodes aumenta
4 membros
gradativamente com o tempo geológico
Why?
Global taxonomic diversity of monotypic tetrapod families and ecological diversity of modes used by tetrapod families.
Mass extinctions are 1) end-Permian extinction, 2) end-Triassic extinction and 3) end-Cretaceous extinction (solid line,
families; dashed line, modes). Biol. Lett. doi:10.1098/rsbl.2009.1024
Deriva genética
➢ Quando um número pequeno de indivíduos sobrevive a um evento aleatório (efeito gargalo) ou funda
uma nova população (efeito fundador), uma mudança na frequência alélica por efeito amostral é provável,
e usualmente leva à diminuição da variabilidade genética
Efeito gargalo
➢ Acasalamento não aleatório: igual acasala com igual ou a auto-fertilização aumenta a proporção de
indivíduos homozigóticos.
Síntese Evolutiva Moderna
➢Deriva genética aleatória: alteração da frequência genética que ocorre geralmente em populações
pequenas como resultado de erros de amostragem. Leva à perda de genes numa população resultando na
diminuição da variabilidade genética
➢Mutação: a ocorrência de mutações altera frequência a não ser que mutações reversas ocorram com igual
taxa Como surgem as mutações: http://learn.genetics.utah.edu/content/basics/mutation/
https://www.youtube.com/watch?v=efstlgoynlk
➢Seleção natural: a base da seleção natural é a alteração da frequência genética, pela manutenção de traços
hereditários que conferem maior fitness aos elementos de uma população. Tal ocorre pela contribuição
diferencial para a geração seguinte. A Lei de Hardy-Weinberg permite quantificar a selecção natural numa
base genética https://www.youtube.com/watch?v=efstlgoynlk
O que é herança? http://learn.genetics.utah.edu/content/basics/inheritance/
HGT in prokaryotes:
➢ Antibiotic / drugs biosynthesis
➢ Antibiotic resistance
➢ Resistance to heavy metals
➢ Resistance to pollutants (e.g.
polyaromatic hydrocarbons)
DNA present in the external Bacteria-specific viruses are Plasmids are usually
environment due to the lysis vectors of bacterial DNA transferred this way
of another bacterium fragments contacto célula a célula
Evolution of bacterial variants by acquisition and loss of genetic
information
An exercise in cladistics:
1. Which trait is common to
all animals? citosqueleto
2. Which feature
distinguishes all other
animals from the sponges
(the oldest known animal
group)? tecidos
3. Can you identify the
tetrapoda (“tetrápodes”)
4 membros
in the tree? Is this a
características comuns monophyletic group?
What characterizes
them?
4. Can you identify the
invertebrates in the tree?
Is this a “natural”,
monophyletic group of
organisms?
não existe- o que define os invertebrados é a
ausência de uma característica-
não há nenhuma característica comum
Metagenomic-based tree of life – Hug et al., 2016
< 100 micrómetros- microrganismos
Consumidores decompositores
Maioria heterotrófica
Muitos autotróficos (quimio ou fotossintéticos)
➢ Consumidores
produzem CO2 (respiração)
➢ Fotossintéticos
consomem CO2 (e também
produzem porque
respiram)
Dinámica respiração –
fotossíntese: fundamental
à manutenção do clima
global
➢ Branco: estoques de C
(ciclo lento – 100 a 200
milhões de anos)
Comunidades biológicas
organizam-se por teias de
interação e são abastecidas
por fluxos de energia
Produtividade primária bruta (GPP): energia total (fotossíntese) obtida pelos produtores
Fotossíntese Respiração
6H20 + 6CO2 → C6H12O6 + 6O2 ↔ C6H12O6 + 6O2 → 6H20 + 6CO2
Floresta tropical
Razão produtividade / respiração em vários ecossistemas
P=R
Autotróficos
Heterotróficos
Equilíbrio
Produtividade Primária Líquida (NPP) na biosfera
Factores que contribuem para uma produtividade elevada: humidade alta, temperatura
“morna”, nutrientes disponíveis durante grandes períodos de tempo (estação de
crescimento e reprodução longa)
No oceano
“aberto”, a
limitação são os
nutrientes
Áreas do oceano de alta produtividade: “upwelling” e aporte de nutrientes
O “estilo de vida” dos produtores varia nos ecossistemas
Vs.
Produção de milho
Kcal / acre