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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

COMPONENTE CURRICULAR: BIOLOGIA


ANO DE ESCOLARIDADE: 2º ANO – EM
PET VOLUME: 04/2021
NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA: TURNO:
BIMESTRE: 4º TOTAL DE SEMANAS:
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: NÚMERO DE AULAS POR MÊS:

SEMANA 1

EIXO TEMÁTICO:
Biodiversidade.

TEMA/TÓPICO(S):
2. História da Vida na Terra.
13. Ciclo de vida dos seres vivos e suas adaptações em diferentes ambientes.
14. Características fisiológicas e adaptações dos seres vivos nos diferentes ambientes da Terra.

HABILIDADE(S):
13.1. Reconhecer a diversidade das adaptações que propiciam a vida nos diferentes ambientes.
13.1.1. Identificar em situações-problema que a diversidade das adaptações propiciam a vida em diferentes
ambientes.
14.5. Reconhecer a importância de alguns representantes do grupo Monera no ambiente e na saúde.
14.5.1. Reconhecer a importância das bactérias como organismos decompositores de matéria orgânica e seu
papel na indústria e saúde.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Classificação dos Seres Vivos; Seres procariontes.

TEMA: Os grandes grupos dos seres vivos


Caro(a) estudante, nesta semana de estudo você vai conhecer e aplicar os sistemas de classificação
dos seres vivos adotados pela ciência, contextualizando criticamente as diferenças e semelhanças en-
tre os reinos dos seres vivos e conhecer sobre a diversidade dos seres procariontes.
OS GRANDES GRUPOS DOS SERES VIVOS
Até o fim do século XIX, os seres vivos eram classificados no reino Plantae (que englobava plantas e fun-
gos) ou no reino Animalia (dos animais), ambos propostos pelo botânico e zoólogo alemão Carlos Lineu
(1707-1778) com base no sistema de classificação aristotélico. Em 1866, o biólogo alemão Ernst Haeckel
(1834-1919) propôs a criação do reino Protista para acomodar as inúmeras espécies microscópicas, que,
até então, eram classificadas como animais ou plantas. Contudo, com o surgimento do microscópio
eletrônico em 1932, ficou claro que as bactérias eram microrganismos bastante diferentes dos demais
protistas, o que levou o biólogo estadunidense Herbert Copeland (1902-1968) a incluí-las em um reino
à parte, o reino Monera, em 1936. Em 1969, os fungos também deixaram de fazer parte do grupo das
plantas e passaram a ser incluídos em um novo reino, o reino Fungi, criado pelo biólogo estadunidense
Robert Whittaker (1920-1980). Na década de 1980, a cientista estadunidense Lynn Margulis (1938-2011)
propôs que o reino Protista incluísse não apenas os protozoários, mas também as algas, antes classifi-
cadas como plantas (veja quadro abaixo).

QUADROS COMPARATIVOS DOS CINCO REINOS DOS SERES VIVOS


Núcleo
Reino Parede celular Nutrição Número de células Tecidos
celular
Autótrofos ou heteró-
Monera Não Sim Unicelulares Não
trofos
Presente em algas e
Autótrofos ou heteró-
Protoctista Sim ausente em proto- Uni ou multicelulares Não
trofos
zoários
Fungi Sim Sim Heterótrofos Uni ou multicelulares Não
Plantae Sim Sim Autótrofos Multicelulares Sim
Animalia Sim Não Heterótrofos Multicelulares Sim*
(*) Exceção dos poríferos (esponjas)

Análises moleculares mostraram, contudo, que o reino Protista não podia ser considerado um grupo
monofilético, pois seus integrantes não compartilham um ancestral comum exclusivo. Assim, foram
propostas novas maneiras de classificar os seres vivos em grandes grupos.
Após comparar a sequência de nucleotídios do RNA ribossômico de muitos representantes de cada um
dos cinco reinos, o biólogo estadunidense Carl Woese (1928-2012) propôs, em 1990, uma nova maneira
de classificar os seres vivos conhecidos. Seu sistema de classificação, que é bem aceito atualmente,
organiza os seres vivos em três domínios: Bacteria, Eukarya e Archaea.
O domínio Bactéria, como sugere o próprio nome, agrupa todas as bactérias – microrganismos uni-
celulares e procarióticos (sem núcleo celular). Já o domínio Eukarya agrupa todos os organismos
eucarióticos (com núcleo celular), uni ou multicelulares, o que inclui os animais, as plantas, os fungos
e os protistas.
O domínio Archaea, por sua vez, compreende os procariontes que não podem ser considerados bac-
térias. Inicialmente, pensava-se que as arqueas fossem microrganismos antigos que viviam restritos a
ambientes de condições extremas (salinidade ou temperaturas elevadas, acidez excessiva, etc.), como
aquelas provavelmente dominantes na Terra primitiva. Contudo, hoje se sabe que as arqueas são muito
mais recentes e comuns do que se supunha, podendo ser encontradas em ambientes não extremos.
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE OS TRÊS DOMÍNIOS BIOLÓGICOS
Características Bactéria Archaea Eukarya
Célula procarionte procarionte eucarionte
Envoltório nuclear ausente ausente presente
Número de cromossomos um um mais de um
Configuração cromossômica circular circular linear
Organelas membranosas ausente ausente presente
Citoesqueleto ausente ausente presente
Fotossíntese com uso de clorofila presente ausente presente

SERES PROCARIONTES
As bactérias têm sido a forma de vida mais abundante em nosso planeta nesses últimos 2,5 bilhões de
anos. Bactérias e arqueas provavelmente foram os primeiros organismos a habitar a Terra. Ao longo do
tempo, esses seres primitivos foram transformando ambientes inóspitos, como o entorno de vulcões
submarinos, em locais favoráveis ao aparecimento e à evolução de outras espécies de seres vivos.
Bactérias e arqueas são organismos constituídos por uma única célula procariótica, que se caracteriza
por não ter núcleo nem organelas membranosas no citoplasma. A maioria das bactérias apresenta um
envoltório externo rígido, a parede bacteriana, responsável pela forma da célula e por sua proteção.
Internamente à parede bacteriana e aderida a ela situa-se a membrana plasmática, que delimita o ci-
toplasma, no qual se situam o cromossomo bacteriano e milhares de pequenos grânulos denominados
ribossomos, responsáveis pela produção das proteínas.

Fonte: LINHARES, Sérgio. GEWANDSZNAJDER, Fernando. PACCA, Helena. Biologia Hoje - volume 2. 3ª Edição. Editora Ática, São Paulo, 2017.

O cromossomo das bactérias é constituído por uma longa molécula de DNA cujas extremidades estão
unidas. Essa molécula “circular” de DNA contém alguns milhares de genes necessários ao crescimen-
to e à reprodução da bactéria. O cromossomo bacteriano geralmente fica na região central da célula,
formando um emaranhado chamado de nucleotídio. Não há membrana envoltória no nucleoide, como
ocorre no núcleo de células eucarióticas.
Além do cromossomo, a célula bacteriana pode conter moléculas de DNA circulares denominadas plas-
mídios. Os plasmídios são menores que o cromossomo bacteriano e sua presença não é essencial à
vida da bactéria. Possuir plasmídios, entretanto, pode ser vantajoso, pois neles geralmente há genes
responsáveis pela resistência a substâncias prejudiciais à bactéria. Na superfície de muitas bactérias,
há filamentos proteicos móveis, os flagelos bacterianos, que atuam na movimentação da célula.
As bactérias reproduzem-se assexuadamente por divisão binária, processo em que a célula bacteriana
duplica o cromossomo e em seguida divide-se ao meio, formando duas novas bactérias. Certas espécies
bacterianas, em condições ideais, dividem-se a cada 20 minutos. Assim, em poucas horas, uma única
bactéria pode originar uma população bacteriana composta de milhões de células geneticamente idên-
ticas. Esses indivíduos constituem o que os cientistas denominam clone, ou seja, um conjunto de células
ou indivíduos geneticamente idênticos que resulta da propagação assexuada de um indivíduo original.

Fonte: LINHARES, Sérgio. GEWANDSZNAJDER, Fernando. PACCA, Helena. Biologia Hoje - volume 2. 3ª Edição. Editora Ática, São Paulo, 2017.

As arqueas são seres procarióticos bastante semelhantes às bactérias em tamanho e aparência; por
isso elas só foram identificadas como um grupo distinto há poucas décadas, graças ao emprego de
técnicas de análise molecular. Uma diferença marcante entre bactérias e arqueas está na organização
e no funcionamento dos genes.
Muitas arqueas vivem em ambientes impróprios à maioria dos outros seres vivos. Um grupo de ar-
queas é o das termoacidófilas, que suportam condições extremas de acidez e temperatura, vivendo
em fontes termais ácidas, onde a temperatura oscila entre 60 °C e 80 °C, ou em fendas vulcânicas nas
profundezas oceânicas.
Estudos mostram que as arqueas são evolutivamente mais próximas dos organismos eucarióticos do que
das bactérias. Isso é interpretado pelos cientistas da seguinte maneira: nos primórdios da vida na Terra,
um grupo de organismos unicelulares primitivos separou-se em duas linhagens, uma que deu origem às
bactérias atuais e outra que diversificou-se em duas, originando as arqueas e os seres eucarióticos.

PARA SABER MAIS:


Se você quer aprofundar os seus conhecimentos no assunto confira abaixo algumas sugestões:
Biologia - Seres Procariontes. Aula exibida para o 2º Ano do Ensino Médio no dia 06/08/2020 com o
professor Vinícius Braz no programa Se Liga na Educação. Disponível em: https://drive.google.com/
file/d/1j0LnpJ63w4Rw42Sax29LBtgFw32-ib58/view>. Acesso em: 08 ago. 2021.
ATIVIDADES
1 - (UCS 2019

como vidro, plástico, metal, papel, entre outros, podem ser reciclados, visando à redução do consumo
de matérias-primas. Além disso, a reciclagem minimiza a quantidade de lixo acumulado em aterros
sanitários e lixões e contribui para a limpeza das cidades. Esse processo é igualmente importante do
ponto de vista socioeconômico, uma vez que gera empregos em cooperativas e colabora diretamente
para o aumento da renda de diversas pessoas.
Disponível em: http://www.blogmodainfantil.com.br/dia-mundial-da-reciclagem-ensinar-os-pequenos-desde-cedo-e-pensar-no-
futuro-do-planeta/ infografico-2/. Acesso em: 27 nov. 2018. (Parcial e adaptado.)

Nesse sentido, a questão aborda o eixo temático “Reciclagem”.


A compostagem é uma técnica que vem sendo utilizada pelo homem há séculos: trata-se de um proces-
so biológico de reciclagem da matéria orgânica, de origem urbana, doméstica, industrial, agrícola ou
florestal, mediada por fungos e bactérias. Com a popularização da técnica, as composteiras ganharam
mais espaço nas casas das pessoas e, para os mais animados, a internet conta com inúmeros tutoriais
de como fazê-las.
Disponível em: ttps://cienciainformativa.com.br/pt_BR/compostagem-uma-ideia-inteligente/;https://cienciainformativa.com.br/
en_US/compostagemuma-ideia-inteligente/;https://www.ecycle.com.br/2368-compostagem.html. Acesso em: 21 nov. 2018.
(Parcial e adaptado.)

A partir das informações apresentadas acima e de seus conhecimentos em Biologia sobre fungos e
bactérias, assinale a alternativa correta.
a) Os fungos, pertencentes ao reino Fungi, são procariontes, pluricelulares e apresentam nutrição
heterotrófica.
b) As bactérias, pertencentes ao reino Monera, distinguem-se dos demais seres vivos porque suas
células possuem carioteca envolvendo o material nuclear, isto é, são eucariontes.
c) A principal forma de reprodução das bactérias é a gemiparidade, processo de reprodução asse-
xuada simples e rápido, que consiste na divisão de uma célula, por meiose, em outras duas iguais.
d) Os fungos são organismos aclorofilados que, em associação mutualística com clorofíceas, for-
mam as chamadas micorrizas.
e) A reprodução assexuada em certas espécies de fungos filamentosos pode ocorrer por fragmen-
tação do micélio que, por mitose, dá origem a novos indivíduos idênticos ao seu precursor.

2 - (UCS 2013) As bactérias são organismos que atualmente auxiliam o desenvolvimento científico
e tecnológico. Elas são utilizadas diretamente em biotecnologia, principalmente como vetores de
manipulação do DNA, bem como fornecedores de diversas enzimas. A utilização das bactérias na
biotecnologia se deve à:
a) sua simplicidade procariótica e à manipulação dos plasmídeos.
b) sua simplicidade quimiossintetizante e aos micoplasmas.
c) complexidade da parede celular e ao seu RNA.
d) simplicidade das ficobilinas e ao seu DNA.
e) sua alta capacidade de multiplicação e por serem revestidas por um capsídeo.
3 - (UFRGS 2016) Observe a tira abaixo, que ilustra o processo reprodutivo das bactérias.

A alternativa que apresenta a afirmação correta sobre o processo reprodutivo, ilustrado na tira.
a) A reprodução depende da quitina, presente na parede celular.
b) Os cloroplastídios distribuem-se em igual número para as células filhas.
c) O processo denomina-se esporogênese, que ocorre também nos fungos.
d) O processo resulta em duas novas bactérias geneticamente idênticas.
e) Uma das novas células forma um endosperma, estrutura resistente ao calor.

4 - (PUC-SP 2010) Leia com atenção o trecho a seguir:


HISTÓRIA DE DUAS BACTÉRIAS
A bactéria Zi e a bactéria Wu encontram-se em um meio de cultura contendo um antibiótico A.
Zi comenta com Wu: - “Esse antibiótico me deixa muito mal. Estou com dificuldade de sintetizar molé-
culas de RNA”.
Responde Wu: - “Puxa, eu continuo produzindo normalmente proteínas e sinto-me muito bem. Zi, farei
imediatamente uma ponte citoplasmática com você e vou lhe transferir um plasmídio especial”.
Um pouco depois, Zi comenta: - “Wu, muito obrigada, meu processo de síntese de proteínas se norma-
lizou. Sou uma nova bactéria! “

a) a bactéria Zi, inicialmente, teve dificuldade de sintetizar moléculas de RNA e isso interferiu na
síntese de proteínas.
b) a bactéria Wu tem constituição genética que permite sobreviver em meio contendo o antibiótico A.
c) ocorreu conjugação entre as bactérias Wu e Zi.
d) a bactéria Zi recebeu molécula de RNA mensageiro presente no plasmídio, o que lhe garantiu
resistência ao antibiótico A.
e) a bactéria Wu transferiu DNA para a bactéria Zi.
5 - (UEPA 2011) Artefato bélico desenvolvido para espalhar agentes vivos, capazes de infectar um
grande número de pessoas, é chamado de arma biológica, contendo vírus e bactérias modificados
geneticamente em laboratórios, para se tornarem resistentes, matando ou incapacitando humanos,
animais e plantas de uma nação adversária. Potencialmente, para este fim, destacam-se os bacilos
Bacillus anthracis e Clostridium botulinum, os vírus da varíola e o ebola.
A respeito dos micro-organismos destacados, afirma-se que:
a) pertencem ao mesmo reino por não apresentar material genético envolvido pela carioteca.
b) as bactérias pertencem ao mesmo gênero porque possuem forma esférica.
c) são autótrofos e só se reproduzem no interior de outras células.
d) formam esporos que são as estruturas de resistência no ambiente externo.
e) as bactérias possuem mesma forma e pertencem a gêneros e espécies diferentes.
SEMANA 2

EIXO TEMÁTICO:
Biodiversidade.

TEMA/TÓPICO(S):
2. História da Vida na Terra.
13. Ciclo de vida dos seres vivos e suas adaptações em diferentes ambientes.
14. Características fisiológicas e adaptações dos seres vivos nos diferentes ambientes da Terra.

HABILIDADE(S):
13.1. Reconhecer a diversidade das adaptações que propiciam a vida nos diferentes ambientes.
13.1.1. Identificar em situações-problema que a diversidade das adaptações propiciam a vida em diferentes
ambientes.
14.4. Reconhecer a importância de alguns representantes do grupo Fungi no ambiente e na saúde.
14.4.1. Reconhecer a importância dos fungos como organismos decompositores de matéria orgânica nos
ecossistemas e seu papel na indústria e saúde.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Reino dos fungos.

TEMA: Reino dos fungos


Caro(a) estudante, nesta semana de estudo, você vai reconhecer a diversidade do Reino Fungi.
REINO FUNGI
Os fungos atualmente são classificados em um reino próprio – Fungi. Eles são organismos eucarióticos
e heterotróficos cuja parede celular contém quitina, substância também presente no esqueleto dos
artrópodes (crustáceos, insetos, aranhas, entre outros). Fungos vivem no solo, na água ou no corpo
de outros seres vivos, como parasitas. Seus principais representantes são os bolores, os cogumelos,
as orelhas-de-pau e as leveduras, estas últimas também chamadas levedos ou fermentos.
Com poucas exceções, os fungos são seres multicelulares constituídos por longos filamentos micros-
cópicos, ramificados e com parede quitinosa, as hifas, nas quais se encontra o conteúdo celular do
fungo. O conjunto de hifas constitui o micélio, equivalente ao “corpo” do fungo.
Fonte: CAMPBELL, N.A.; REECE, J.B.; URRY, L.A.; CAIN, M.L.; WASSERMAN, S.A.; MINORSKY, P.V. & Jackson, R.B. 2010. Biologia.10ª ed.
Artmed, Porto Alegre, 1488 p.

O emaranhado de hifas que formam o micélio pode crescer indefinidamente, enquanto houver alimen-
to disponível e condições favoráveis. O crescimento das hifas ocorre apenas nas extremidades; nas
regiões mais afastadas das pontas, o conteúdo citoplasmático pode desaparecer, restando apenas as
paredes das hifas.
Os fungos produzem esporos, os quais podem surgir de modo assexuado ou sexuado, após a fusão de
núcleos celulares e a formação do zigoto. Quando encontra condições apropriadas, o esporo germi-
na e origina uma hifa, que cresce e se ramifica, produzindo um novo micélio. Durante o crescimento,
as hifas do micélio liberam enzimas digestivas que atuam extracelularmente, degradando substâncias
orgânicas presentes no substrato. Em seguida, as hifas absorvem os produtos da digestão, utilizan-
do-os como fonte de energia e de matéria-prima para viver e crescer. Esse modo de vida dos fungos é
responsável pelo apodrecimento de diversos materiais, como frutas, verduras, cereais e uma gama de
substratos orgânicos (madeira, couro etc.).
Muitos fungos têm reprodução assexuada por fragmentação do micélio. Os fragmentos crescem e ori-
ginam novos micélios. Certos fungos, como bolores do grupo dos zigomicetos, reproduzem-se assexua-
damente por esporulação, processo em que o fungo forma hifas especiais, em cujas extremidades se di-
ferenciam esporângios, onde se formam esporos haploides (esporos assexuados). Ao cair em local com
condições adequadas, o esporo germina e origina um novo micélio. Leveduras como Saccharomyces
cerevisiae reproduzem-se por brotamento, ou gemulação. Os brotos (gêmulas) geralmente se separam
da célula original, embora eventualmente possam permanecer unidos, formando cadeias de células.
De tempos em tempos, a maioria dos fungos passa por um estágio sexuado, em que se formam zigotos
diploides. O zigoto sofre meiose e origina células haploides, que se diferenciam em esporos haploides
(esporos sexuados).
Nos fungos, a reprodução sexuada inicia-se pela conjugação de duas hifas sexualmente maduras e
compatíveis que se aproximam e se fundem. A hifa resultante da fusão é dicariótica, ou seja, tem dois
núcleos haploides por célula, um de cada hifa parental. Durante o crescimento e a ramificação dessa
hifa, os núcleos se multiplicam diversas vezes no citoplasma, mantendo-se emparelhados, mas sem se
fundir. Em certas espécies, as hifas dicarióticas originam um micélio que pode formar corpos de fruti-
ficação chamados de cogumelos.
Nas hifas que formam as lamelas sob o “chapéu” dos cogumelos, pares de núcleos procedentes das hifas
parentais finalmente se unem, originando núcleos zigóticos diploides. Por meiose, esses núcleos produ-
zem esporos sexuados. Em cogumelos do grupo dos basidiomicetos, os esporos são denominados basi-
diósporos, e o cogumelo, basidiocarpo. Os basidiósporos são liberados do cogumelo e levados pelo ven-
to. Ao cair em local com condições adequadas, os basidiósporos germinam e originam novos micélios.

Fonte: CAMPBELL, N.A.; REECE, J.B.; URRY, L.A.; CAIN, M.L.; WASSERMAN, S.A.; MINORSKY, P.V. & Jackson, R.B. 2010. Biologia.10ª ed.
Artmed, Porto Alegre, 1488 p.

PARA SABER MAIS:


Se você quer aprofundar os seus conhecimentos no assunto confira abaixo algumas sugestões:
Biologia - Reino Fungi. Aula exibida para o 2º Ano do Ensino Médio no dia 27/08/2020 com o profes-
sor Vinícius Braz no programa Se Liga na Educação. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1_
iKkjHEoL_0CKZw2zBcIR1HZvVWgsimf/view>. Acesso em: 08 ago. 2021.

ATIVIDADES
1 - (UEG 2019)
O ser vivo apresentado como a moradia dos “smurfs” tem diferentes espécies. Popularmente, esta “ca-
sinha de cogumelo” pode se referir também às espécies conhecidas como “orelhas-de-pau”, que apre-
sentam um corpo frutífero, e, às vezes, com a forma de chapéu, apresentando hifas, que são “mofos”.
Esses seres vivos possuem sofisticado conjunto de enzimas, muitas vezes, de interesse da indústria de
biorremediação de solos contaminados e no tratamento de efluentes. Considerando-se a taxonomia

a) zigomycota.
b) ascomicota.
c) ascomicetos.
d) basidiomicetos.
e) deuteromicetos.

2 - (UCS 2018) Os líquens são encontrados em locais com as mais diversas condições, inclusive em
ambientes desérticos, frios ou de calor intenso. São os seres predominantes na vegetação de regiões
polares (Tundra), servindo como alimento para renas e caribus.
Sobre líquens, é correto afirmar que:
a) são associações entre fungos e algas ou fungos e cianobactérias e reproduzem-se apenas asse-
xuadamente através de sorédios.
b) são um exemplo de associação harmônica, tipo protocooperação.
c) liberam pequenos fragmentos através dos sorédios denominados “esporos”.
d) podem associar-se às plantas parasitando-as, formando o que popularmente se denomina de
barba de velho.
e) podem desenvolver-se separadamente em certas condições, formando um píleo e abaixo dele
um substrato verde ou azulado.

3 - (MACKENZIE 2014) Os fungos constituem um grupo de organismos com características que lembram
um vegetal, mas com outras que lembram um animal. Foram, no passado, considerados como vegetais
e, atualmente, são colocados em um reino próprio, o Reino Fungi. A respeito deles é correto afirmar que
são seres:
a) procariontes, uni ou pluricelulares, sempre autótrofos.
b) procariontes, uni ou pluricelulares, autótrofos e heterótrofos.
c) eucariontes, uni ou pluricelulares, sempre heterótrofos.
d) eucariontes, pluricelulares, autótrofos e heterótrofos.
e) eucariontes, pluricelulares, sempre autótrofos.

4 - (UNESP 2018) Em uma aula de campo, os alunos encontraram, crescendo sobre um tronco caído na
mata, organismos conhecidos como orelhas-de-pau. O fato que chamou a atenção dos alunos foi que
alguns desses organismos eram de cor verde, como mostra a figura.
Paula afirmou que o organismo observado era um fungo fotossintetizante e, portanto, autótrofo. Gil-
berto concordou que seria um fungo fotossintetizante, mas, por estar crescendo em um tronco em
decomposição, seria heterótrofo necessariamente.
Ricardo sugeriu que o organismo observado, na verdade, eram dois organismos, um autótrofo e outro
heterótrofo.
Tiago complementou a ideia de Ricardo, afirmando tratar-se de um musgo, que é uma associação entre
um fungo e uma alga.
Fernanda discordou de Tiago, afirmando tratar-se de um líquen, no qual o fungo fornece os carboidra-
tos necessários para o crescimento da alga.
A explicação correta para o fato foi dada por:
a) Fernanda.
b) Gilberto.
c) Ricardo.
d) Paula.
e) Tiago.

5 - (PUCPR 2017) Observe o cartoon.

Publicado <http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/cartum/cartunsdiarios/?cmpid=menupe#25/2/2017. Acesso em: 25/02/2017.

Sobre o cartoon, analise as afirmativas a seguir.


I. Estão representados três reinos, entre citados e desenhados.
II. O termo colônia usado pelo autor está corretamente empregado para bactérias e fungos.
III. Apenas um dos grupos citados é procarionte.
IV. Apenas um dos grupos citados é decompositor.
V. Existem exemplares comestíveis e exemplares prejudiciais à saúde entre fungos e bactérias.
Estão CORRETAS apenas:
a) I, III, e V.
b) III, IV e V.
c) II, III e V.
d) I, II, III, e V.
e) II, III e IV.
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO:
Biodiversidade.
TEMA/TÓPICO(S):
2. História da Vida na Terra.
13. Ciclo de vida dos seres vivos e suas adaptações em diferentes ambientes.
14. Características fisiológicas e adaptações dos seres vivos nos diferentes ambientes da Terra.
HABILIDADE(S):
13.1. Reconhecer a diversidade das adaptações que propiciam a vida nos diferentes ambientes.
13.1.1. Identificar em situações-problema que a diversidade das adaptações propiciam a vida em diferentes
ambientes.
14.3. Reconhecer a importância de alguns representantes do grupo Protista no ambiente e na saúde.
14.3.1. Reconhecer a importância das algas como organismos produtores de matéria orgânica e oxigênio nos
ecossistemas aquáticos e da utilização das algas na indústria alimentícia e cosmética. Reconhecer a impor-
tância dos protozoários no funcionamento dos ambientes aquáticos e como indicadores de poluição e as con-
dições ambientais que favorecem as principais protozooses humanas brasileiras e formas de contaminação.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Reino Protoctista.

TEMA: Reino Protoctista


Caro(a) estudante, nesta semana de estudo, você vai reconhecer a diversidade do Reino Protoctista.

REINO PROTOCTISTA
O termo protozoário (do grego protos, primitivo, primeiro, e zoon, animal) designa organismos unicelu-
lares heterotróficos, atualmente distribuídos em diversos filos.
A maioria dos protozoários vive em água doce ou salgada, em regiões lodosas e em terra úmida, alimen-
tando-se tanto da matéria orgânica de cadáveres (hábito saprofágico) como de microrganismos vivos,
que podem ser bactérias, algas e outros protozoários (hábito predatório). Há espécies de protozoários
de hábito parasita, que vivem no interior do corpo de animais invertebrados e vertebrados, incluindo a
espécie humana; em muitos casos essas infestações causam doenças. Há também protozoários que
trocam benefícios com outros seres vivos em uma relação de mutualismo, isto é, uma relação em que
ambas as espécies participantes se beneficiam, como é o caso de espécies do gênero Trichonympha,
protozoários que vivem no intestino dos cupins.
-
primento. A organização celular dos protozoários é complexa e há organelas bem desenvolvidas, como
o vacúolo digestivo, no qual ocorre a digestão intracelular das partículas de alimento ingeridas por fa-
gocitose. Em espécies de água doce, há vacúolos contráteis bem desenvolvidos e ativos, que atuam na
eliminação do excesso de água que penetra na célula por osmose.
Fonte: CAMPBELL, N.A.; REECE, J.B.; URRY, L.A.; CAIN, M.L.; WASSERMAN, S.A.; MINORSKY, P.V. & Jackson, R.B. 2010. Biologia.10ª ed.
Artmed, Porto Alegre, 1488 p.

As amebas movimentam-se por meio de pseudópodes, enquanto outros protozoários movimentam-se


por ação de flagelos ou de cílios; há também espécies sem estruturas locomotoras. O tipo de estrutura
locomotora é um dos critérios utilizados para dividir os protozoários em diversos grupos.
A maioria dos protozoários de vida livre reproduz-se assexuadamente por divisão binária. A célula cres-
ce até determinado tamanho e divide-se ao meio, originando dois novos indivíduos.
Alguns grupos podem se reproduzir assexuadamente por meio de divisão múltipla. Nesse caso, a célula
multiplica o núcleo diversas vezes por mitose, antes de se fragmentar em inúmeras pequenas células.
A maioria dos protozoários apresenta processos sexuais. No tipo mais comum de reprodução sexuada,
dois protozoários de sexos diferentes originam um zigoto, que posteriormente passa por meiose e ori-
gina indivíduos geneticamente recombinados.

Fonte: CAMPBELL, N.A.; REECE, J.B.; URRY, L.A.; CAIN, M.L.; WASSERMAN, S.A.; MINORSKY, P.V. & Jackson, R.B. 2010. Biologia.10ª ed.
Artmed, Porto Alegre, 1488 p.
As algas são organismos eucarióticos e fotossintetizantes, unicelulares ou multicelulares; o corpo das
algas multicelulares é chamado de talo. O grupo das algas é bastante diversificado e atualmente com-
preende diversos filos.
As algas unicelulares podem viver no mar, em água doce e em superfícies úmidas. Elas são parte im-
portante dos ecossistemas aquáticos, produzindo gás oxigênio e substâncias orgânicas que servem de
alimento para diversos outros seres.
Dependendo da espécie de alga, suas células podem conter um ou vários cloroplastos, organelas
citoplasmáticas responsáveis pela fotossíntese. Na maioria das algas, as células são revestidas por
uma parede celular composta de celulose geralmente combinada a outras substâncias, como o ágar,
a carragenina, o carbonato de cálcio (CaCO3), entre outras. Algumas dessas substâncias têm impor-
tância econômica.
Algas microscópicas vivem na parte superficial da água de mares e grandes lagos. Nesses locais, em
conjunto com bactérias, protozoários, larvas de diversos animais, microcrustáceos etc., formam a co-
munidade aquática denominado plâncton (do grego plankton, errante). Algas e outros seres planctôni-
cos fotossintetizantes constituem o fitoplâncton.
Um dos critérios para dividir as algas em grupos é quanto aos tipos de pigmentos apresentados além da
clorofila. Assim, há o grupo das algas verdes (clorófitas), das algas marrons (feófitas), das algas verme-
lhas (rodófitas), das algas douradas (crisófitas), além de outros grupos, como o das diatomáceas, dos
euglenoides e dos dinoflagelados.
Algas unicelulares reproduzem-se assexuadamente por divisão binária. Algas multicelulares filamento-
sas podem se reproduzir por fragmentação, processo em que o talo simplesmente se fragmenta e ori-
gina novos indivíduos. Diversas espécies se reproduzem por esporulação, processo em que se formam
assexuadamente células reprodutivas denominadas esporos.
O processo sexuado de reprodução das algas envolve fusão de dois gametas haploides com formação
de um haploides (n) e diploides (2n), fenômeno denominado alternância de gerações.
As algas verdes do gênero Ulva, por exemplo, apresentam dois tipos de talo de aparência muito seme-
lhante, mas constituídos por células diploides ou por células haploides. Indivíduos de talos diploides,
chamados esporófitos, apresentam células que, na maturidade, passam por meiose e originam espo-
ros haploides; por isso, fala-se em meiose espórica. Os esporos libertam -se do talo que os formou e
germinam, originando talos haploides.
Os indivíduos de talos haploides, denominados gametófitos, apresentam células que se multiplicam
por mitose e, na maturidade, se diferenciam em gametas haploides flagelados. Estes se libertam do
gametófito e fundem-se dois a dois, produzindo zigotos diploides. O desenvolvimento de um zigoto
origina um novo talo diploide (esporófito), que, na maturidade, repetirá o ciclo.
Fonte: CAMPBELL, N.A.; REECE, J.B.; URRY, L.A.; CAIN, M.L.; WASSERMAN, S.A.; MINORSKY, P.V. & Jackson, R.B. 2010. Biologia.10ª ed.
Artmed, Porto Alegre, 1488 p.

PARA SABER MAIS:


Se você quer aprofundar os seus conhecimentos no assunto confira abaixo algumas sugestões:
Biologia - Reino Protoctista. Aula exibida para o 2º Ano do Ensino Médio no dia 17/09/2020 com o pro-
fessor Vinícius Braz no programa Se Liga na Educação. Disponível em: <https://drive.google.com/file/
d/17iPhYx3R62b_I-lwMFUwlRDeYjASIvIp/view>.

ATIVIDADES
1 - O reino Protista atualmente é conhecido como Protoctista, englobando uma diversidade de seres
vivos que não apresentam ancestralidade em comum (polifiléticos). Os organismos presentes neste
reino são eucariontes, uni ou pluricelulares e podem ou não realizar fotossíntese. Os principais grupos
presentes neste reino são:
a) Moneras e Protozoários.
b) Protozoários e Fungos.
c) Algas e Moneras.
d) Fungos e Algas.
e) Protozoários e Algas.
2 - Os protozoários são organismos que em sua maioria habitam o ambiente aquático, entretanto,
não apresentam parede celular. Eles apresentam como mecanismo para eliminar o excesso de água
absorvido, em ambiente dulcícola, uma estrutura que permite a osmorregulação. Essa estrutura é
conhecida como:
a) Vacúolos contráteis.
b) Pseudópodes.
c) Membrana Plasmática.
d) Flagelos.
e) Cílios.

3 - (PUC-SP) O filo Protozoa é subdividido em quatro classes: Sarcodínea, Mastigophora, Sporozoa e


Ciliophora.
A característica considerada para tal classificação é:
a) o modo de reprodução.
b) a presença ou ausência de carioteca.
c) a composição química do pigmento fotossintetizante.
d) a estrutura de locomoção.
e) a composição química do citoplasma.

4-
a) Os protozoários de água doce possuem vacúolos pulsáteis ou contráteis, que permitem a diges-

b)
c) Os protozoários são unicelulares, eucariontes e heterotróficos. Vivem na água ou no solo, livres

d) A reprodução assexuada das amebas ocorre por esquizogonia, originando duas células filhas.
e) Os paramécios são protozoários do filo Mastigophora e se locomovem por meio de cílios.

5 - (Mack- SP) A respeito dos protozoários, são feitas as afirmações a seguir:


I. Todos eles apresentam vacúolos contráteis em suas células.
II. Todos eles são heterótrofos e de respiração aeróbia.
III. Alguns podem se reproduzir sexuadamente.
Assinale:
a) se todas estiverem corretas.
b) se todas estiverem erradas.
c) se apenas I e II estiverem corretas.
d) se apenas I e III estiverem corretas.
e) se apenas III estiver correta.
SEMANA 4

EIXO TEMÁTICO:
Biodiversidade.

TEMA/TÓPICO:
2. História da Vida na Terra.
14. Características fisiológicas e adaptações dos seres vivos nos diferentes ambientes da Terra.

HABILIDADE(S):
14.3. Reconhecer a importância de alguns representantes do grupo Protista no ambiente e na saúde.
14.3.1. Reconhecer a importância das algas como organismos produtores de matéria orgânica e oxigênio nos
ecossistemas aquáticos e da utilização das algas na indústria alimentícia e cosmética. Reconhecer a impor-
tância dos protozoários no funcionamento dos ambientes aquáticos e como indicadores de poluição e as con-
dições ambientais que favorecem as principais protozooses humanas brasileiras e formas de contaminação.
14.5. Reconhecer a importância de alguns representantes do grupo Monera no ambiente e na saúde.
14.5.1. Reconhecer a importância das bactérias como organismos decompositores de matéria orgânica e seu
papel na indústria e saúde.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Doenças causadas por bactérias e protozoários.

TEMA: Doenças causadas por bactérias e protozoários


Caro(a) estudante, nesta semana de estudo, você vai reconhecer a importância médica de algumas bac-
térias e protozoários causadores de doenças nos seres humanos.

DOENÇAS PARASITÁRIAS
Em todos os ecossistemas, há populações de diferentes espécies que vivem em relação de interde-
pendência – seja ela direta ou indireta. Tais relações podem estar baseadas na alimentação, na repro-
dução, na proteção, na ocupação do espaço, e podem implicar benefício ou prejuízo para os indivíduos
associados. Genericamente, essas associações são chamadas de simbioses e incluem o parasitismo
– que, se não é a relação mais difundida entre as espécies, pelo menos é a mais estudada. De fato, pra-
ticamente não existem seres vivos que não tenham parasitas. Até as bactérias podem ser atacadas por
vírus, os bacteriófagos.
O parasitismo é uma associação entre seres de espécies diferentes, na qual há benefício unilateral: um
dos seres, o parasita, abriga-se e alimenta-se à custa de outro, o hospedeiro. Parasitas e hospedeiros
se adaptam um ao outro, processo que pode ocorrer até em curto período, quando determinado parasi-
ta se torna resistente a uma nova defesa desenvolvida pelo hospedeiro. Esse é o caso dos vírus, como
o da gripe, que sofrem mutações genéticas relativamente rápidas e originam linhagens mutantes resis-
tentes a anticorpos específicos produzidos pelos hospedeiros.
Além dos microrganismos parasitas, pertencentes a diferentes grupos (vírus, bactérias, protozoários e
fungos), há muitos vermes e artrópodes parasitas.
O corpo dos hospedeiros sofre inúmeros efeitos prejudiciais em função da infestação e do desenvolvi-
mento do ciclo vital dos parasitas. Esses efeitos podem ser desde um simples incômodo a problemas
mais graves que podem ser até letais.
Os parasitas podem provocar: obstruções intestinais (lombriga) e linfáticas (filárias); perfurações na
pele e em órgãos internos (esquistossomo e ancilóstomo); ulcerações (ameba e leishmania); necrose
de tecidos por ação enzimática; irritação de mucosas; prurido na região perianal (larvas da lombriga e
do oxiúro); ação tóxica (lombriga e bactérias); espoliação, com enfraquecimento e anemia (ancilósto-
mo e plasmódio, causador da malária); febre (bactérias, vírus e plasmódio); e infecções locais ou gene-
ralizadas (bactérias e fungos).
Os parasitas são organismos adaptados anatômica, fisiológica e bioquimicamente para obter alimen-
tos e ser capaz de se reproduzir em seu respectivo hospedeiro. Não à toa, é possível observar que, em
geral, estabelece-se uma grande especificidade entre o parasita e o hospedeiro.
Muitas bactérias constituem a flora normal do nosso organismo, vivendo na pele e em órgãos internos
de vários sistemas, principalmente nas mucosas gastrointestinal, respiratória, urinária e genital. Entre-
tanto, outras espécies parasitam o ser humano, provocando doenças (bactérias patogênicas). Ao invadir
o organismo, as bactérias patogênicas causam várias manifestações locais resultantes da reação dos
tecidos, como dor, calor e edema. Multiplicando-se ativamente, elas podem migrar para outros órgãos
através da pele ou do sangue. Algumas bactérias provocam a formação de pus, o que indica a ação dos
leucócitos fagocitários. A esses microrganismos dá-se o nome de bactérias piogênicas.
Várias enzimas podem ser liberadas pelas bactérias patogênicas. Um exemplo é a colagenase, que ata-
ca o colágeno da derme, facilitando a disseminação subcutânea da infecção.
Outras importantes substâncias bacterianas responsáveis por efeitos prejudiciais ao organismo são
as toxinas. As endotoxinas são componentes das paredes celulares e normalmente provocam febre.
Já as exotoxinas são secreções da célula bacteriana. As mais importantes são a diftérica, a botulínica
e a tetânica. Esta última tem efeito mortal em doses de apenas frações de miligramas. Por outro lado,
quando a exotoxina tetânica é alterada pela ação de calor e de formaldeído, constitui o toxoide, que não
apresenta toxicidade. No entanto, o toxoide mantém a capacidade de funcionar como antígeno e, por
isso, é usado como vacina, induzindo a formação de anticorpos específicos no hospedeiro.
O organismo apresenta importantes defesas contra a ação de bactérias patogênicas. Podemos citar
como exemplos as secreções sebáceas da pele; o pH ácido de algumas mucosas, como a vaginal (ácido
lático) e a gástrica (ácido clorídrico); a lisozima das lágrimas; as substâncias produzidas pelo sistema
imunitário, como as imunoglobulinas e os interferons; e a fagocitose.
Substâncias como as sulfas e os antibióticos são importantes drogas que auxiliam no tratamento de
doenças bacterianas. Elas podem agir de duas maneiras: como bactericidas, matando as bactérias, ou
como bacteriostáticas, inibindo a síntese da parede celular, impedindo assim o crescimento e a repro-
dução desses parasitas.
A tabela a seguir fornece algumas informações das principais doenças provocadas por bactérias no ser
humano.
PRINCIPAIS DOENÇAS BACTERIANAS DO SER HUMANO
Doença Bactéria Transmissão Sintomas
Saliva e secreções da laringe e dos
Haemophilus pertussis Acessos de tosse forte e prolonga-
Coqueluche brônquios. Bactéria penetra nas mu-
(bacilo) da. Há vacina.
cosas das vias respiratórias.
Uretrite, com corrimento, que se
Neisseria gonorrhoeae Infeccção sexualmente transmissí-
Gonorreia propaga para outros órgãos do sis-
(gonococo) veis (IST).
tema genital.
Meningite menin- Neisseria meningitidis Febre alta, vômito em jato e rigidez
Secreções nasobucais.
gocócica (meningococo) da nuca. Há vacina.
PRINCIPAIS DOENÇAS BACTERIANAS DO SER HUMANO
Doença Bactéria Transmissão Sintomas
Diplococcus pneumo- Febre alta e fortes dores pulmona-
Peneumonia Secreções nasobucais.
niae (diplococo) res na região dorsal.
Evolução lenta. Início: lesão primá-
Treponema pallidum Infecção sexualmente transmissível ria (cancro duro) e disseminação
Sífilis
(espiroqueta) (IST) pelo sangue. Tardiamente: graves
lesões no sistema nervoso central.
Clostridium tetani Ferimentos profundos provocados Intoxicação aguda com enrijecimen-
Tétano
(bacilo) por objetos contaminados. to muscular. Há vacina.
Tosse, expectoração, inapetência,
Mycibacterium tubercu-
Tuberculose Saliva e catarro. cansaço e sudorese noturna. Há va-
losis (bacilo de Koch)
cina.
Mycobacterium leprae Secreções em contato com narinas, Lesões cutâneas, perda da sensibili-
Hanseníase
(bacilo de Hansen) boca e pele. dade e manchas na pele.
Sensação de haver um corpo estra-
Contato pessoal (secreções) ou atra-
nho (“areia”) alojado nas pálpebras.
Tracoma Chlamydia trachomatis vés de objetos contaminados (len-
A inflamação afeta a córnea e a con-
ços, toalhas).
jutiva, podendo levar à cegueira.
Picada do carrapto-estrela (Amblyo-
ma cajennense), que é também o re-
servatório natural do patógeno. Esse
carrapato tem como hospedeiros Manchas (máculas) vermelhas na
Febre maculosa Rickettsia rickettsii preferenciais os equinos, os bovi- pele do indivíduo, devido a hemorra-
nos, os cães, as capivaras e outros gias subcutâneas.
animais, e, incidentalmente ataca
também o ser humano, transmitin-
do-lhe a doença.
Contaminação fecal de água e ali- Forte diarreia, com desidratação e
Cólera Vibrio cholerae (vibrião)
mentos. prostração. Há vacina.
Ferimentos e mucosas em contato
Leptospira ssp. Febre, dores musculares e lesão he-
Leptospirose com água contaminada por urina de
(espiroqueta) pática.
rato.

As protozooses são as doenças causadas por protozoários, das quais merecem destaque a amebíase,
a leishmaniose, a doença de Chagas e a malária. As duas últimas são as maiores e mais graves ende-
mias brasileiras causadas por protozoários. A malária, em particular, representa um grave problema
de saúde pública em muitos locais do mundo. No Brasil, o maior número de casos registrados está na
região Norte.
Observe a tabela a seguir, que fornece as principais informações referentes a algumas protozooses que
atingem o ser humano no Brasil.

PRINCIPAIS PROTOZOOSES HUMANAS NO BRASIL


Espécie Grupo Doença Sintomas Transmissão
Entamoeba his- Ulcerações intestinais, diarreia Ingestão de cistos eliminados
Rizópode Amebíase
tolytica e enfraquecimento. com as fezes humanas.
Miocardite e lesões na muscu- Fezes do inseto Triatoma sp.
Trypanosoma Doença de Cha-
Flagelado latura do tubo digestório (esô- (barbeiro) por meio de lesões na
cruzi gas
fago). pele.
Leishmaniose Te- Ulcerações no rosto, nos bra- Picada do mosquito-palha ou
Leishmania brazi-
Flagelado gumentar Ameri- ços e nas pernas e necrose de brigui (Luttzomyia ou Pheboto-
liensis
cana tecidos conjuntivos. mus).
PRINCIPAIS PROTOZOOSES HUMANAS NO BRASIL
Espécie Grupo Doença Sintomas Transmissão
Picada do mosquito-palha ou
Leishmania L e i s h m a n i o s e Hipertrofia do braço e do fíga-
Flagelado brigui (Luttzomyia ou Pheboto-
chagasi Visceral do, febre e enfraquecimento.
mus).
Trichomonas Relação sexual ou toalhas e ob-
Flagelado Tricomoníase Vaginite, uretrite e corrimento.
vaginalis jetos úmidos contaminados.
Colite, com dores intestinais e Ingestão de cistos eliminados
Giardia lamblia Flagelado Giardíase
diarreia. com fezes humanas.
Febre, anemia e lesões no baço, Picada da fêmea do mosquito-
Plasmodium vivax Apicomplexo Malária
no fígado e na medula óssea. -prego (gênero Anopheles).
Ingestão de cistos expelidos
Toxoplasma Cegueira, aborto e problemas com as fezes de gatos, que fi-
Apicomplexo Toxoplasmose
gondii neurológicos. cam em caixas de areia e no
lixo.

PARA SABER MAIS:


Se você quer aprofundar os seus conhecimentos no assunto confira abaixo algumas sugestões:
https://drive.google.com/file/d/1lskhfg9pP3Wf2DE5VkEpzO6t7ck9CZhT/view - Biologia - Parasitoses I.
Aula exibida para os alunos do Ensino Médio (ENEM) no dia 18/09/2020 com o professor Vinícius Braz no
programa Se Liga na Educação.
https://drive.google.com/file/d/1txKO7PIdzJ8-RDAq4Lz90rsozxhacE0T/view - Biologia - Parasitoses II.
Aula exibida para os alunos do Ensino Médio (ENEM) no dia 25/09/2020 com o professor Vinícius Braz no
programa Se Liga na Educação.

ATIVIDADES
1 - (UNESP 2020) No romance O amor nos tempos do cólera, Gabriel García Márquez relata os primeiros
contatos do jovem médico Juvenal Urbino, um dos três protagonistas do romance, com o cólera.
O cólera se transformou em obsessão. Não sabia a respeito mais do que aprendera na rotina de algum
curso marginal, e lhe parecera inverossímil que há apenas trinta anos tivesse causado na França, in-
clusive em Paris, mais de cento e quarenta mil mortes. Mas depois da morte do pai aprendeu tudo que
se podia aprender sobre as diversas formas do cólera, quase como uma penitência para dar descanso
à sua memória, e foi aluno do epidemiólogo mais destacado do seu tempo […], o professor Adrien
Proust, pai do grande romancista. De modo que quando voltou à sua terra e sentiu vinda do mar a pes-
tilência do mercado, e viu os ratos nos esgotos expostos e os meninos se revolvendo nus nas poças
das ruas, não só compreendeu que a desgraça tivesse acontecido como teve a certeza de que se re-
petiria a qualquer momento.
(O amor nos tempos do cólera, 1985.)
A partir desse trecho, pode-se inferir que Juvenal Urbino:
a) se preocupou em combater, no século XX, o retorno da epidemia de cólera na França, principal-
mente em Paris, constatando que a doença era transmitida pela urina de ratos.
b) tivera seu pai morto pelo cólera ainda no século XIX, o que o motivou a investigar as causas des-
sa doença, no caso, microrganismos eucariotos transmitidos por ratos que se proliferam nos
esgotos.
c) viveu na Europa da Idade Média, quando ocorria a grande epidemia de cólera e quando ainda se
acreditava que a doença era transmitida por vapores pestilentos dos esgotos.
d) temia uma epidemia de cólera em sua cidade natal e, ainda no século XVIII, aprendeu com seu
professor que a falta de saneamento básico favorece os surtos dessa virose.
e) se interessou pela doença entre o final do século XIX e o início do século XX, percebendo que
as pessoas que entravam em contato com fezes contaminadas contraíam cólera, uma doença
transmitida por bactérias.

2 - (MACKENZIE 2019) O quadro abaixo apresenta três parasitoses, seus causadores, principais sintomas
e formas de contágio.

As letras X, Y e Z correspondem, respectivamente, a


a) X - Confusão mental, convulsões.
Y – Meningite.
Z - Protozoário
b) X - Contração involuntária da musculatura, inclusive do diafragma.
Y – Raiva.
Trypanosoma cruzi.
c) X - Lesões nos pulmões, coração e fígado.
Y – Tuberculose.
Yersinia pestis.
d) X - Espasmos musculares, convulsões.
Y - Peste bubônica.
Leptospira interrogans.
e) X - Parada cardiorrespiratória.
Y – leptospirose.
Leishmania brasiliensis.
3 - (ENEM 2010) A tabela apresenta dados comparados de respostas de brasileiros, norte-americanos
e europeus a perguntas relacionadas à compreensão de fatos científicos pelo público leigo. Após cada
afirmativa, entre parênteses, aparece se a afirmativa é Falsa ou Verdadeira. Nas três colunas da direita
aparecem os respectivos percentuais de acertos dos três grupos sobre essas afirmativas.

De acordo com os dados apresentados na tabela, os norte-americanos, em relação aos europeus e aos
brasileiros, demonstram melhor compreender o fato científico sobre:
a) a ação dos antibióticos.
b) a origem do ser humano.
c) os períodos da pré-história.
d) o deslocamento dos continentes.
e) o tamanho das partículas atômicas.

4 - (ENEM 2016) A sombra do cedro vem se encostar no cocho. Primo Ribeiro levantou os ombros;
começa a tremer. Com muito atraso. Mas ele tem no baço duas colmeias de bichinhos maldosos, que
não se misturam, soltando enxames no sangue em dias alternados. E assim nunca precisa de passar um
dia sem tremer.
ROSA, J. G. Sagarana. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.

O texto de João Guimarães Rosa descreve as manifestações das crises paroxísticas da malária em seu
personagem. Essas se caracterizam por febre alta, calafrios, sudorese intensa e tremores, com inter-
valos de 48 h ou 72 h, dependendo da espécie de Plasmodium. Essas crises periódicas ocorrem em
razão da
a) lise das hemácias, liberando merozoítos e substâncias denominadas hemozoínas.
b) invasão das hemácias por merozoítos com maturação até a forma esquizonte.
c) reprodução assexuada dos esporozoítos no fígado do indivíduo infectado.
d) liberação de merozoítos dos hepatócitos para a corrente sanguínea.
e) formação de gametócitos dentro das hemácias.
5 - (PUC-SP 2017) As imagens a seguir mostram dois vetores de doenças que afetam milhares de pessoas
no Brasil.

Os agentes etiológicos transmitidos pelos vetores A e B acima são, respectivamente, classificados


como:
a) vírus e nematelminto.
b) bactéria e vírus.
c) vírus e protozoário.
d) bactéria e nematelminto.
e) N.D.A.
SEMANAS 5 E 6

EIXO TEMÁTICO:
Biodiversidade.

TEMA/TÓPICO(S):
2. História da Vida na Terra.
13. Ciclo de vida dos seres vivos e suas adaptações em diferentes ambientes.
14. Características fisiológicas e adaptações dos seres vivos nos diferentes ambientes da Terra.

HABILIDADE(S):
13.1. Reconhecer a diversidade das adaptações que propiciam a vida nos diferentes ambientes.
13.1.1. Identificar em situações-problema que a diversidade das adaptações propiciam a vida em diferentes
ambientes.
14.2. Reconhecer características adaptativas das plantas em diferentes ambientes.
14.2.1. Identificar características morfológicas e fisiológicas das plantas relacionadas a: sustentação, econo-
mia de água, reprodução, transporte e trocas gasosas, relacionando-as com o habitat.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Reino Plantae.

TEMA: Reino Plantae


Caro(a) estudante, nesta semana de estudo, você vai reconhecer a diversidade do Reino Plantae.

DIVERSIDADE DAS PLANTAS


As plantas foram os primeiros seres vivos a conquistar a terra firme. Ancestrais das plantas atuais co-
meçaram a ocupar as regiões litorâneas há mais de 500 milhões de anos, abrindo caminho para a che-
gada dos animais. A Botânica, ramo da Biologia que estuda as plantas, e outras áreas biológicas têm
-
vas, entre outras características. Um dos grandes desafios atuais é compreender melhor esses orga-
nismos, para que possamos atuar em sua preservação.
Graças ao estudo das plantas e de sua fisiologia, podemos conhecer as incríveis soluções e estraté-
gias adaptativas desses seres vivos. Uma delas, talvez a principal, é o fato de elas serem autotróficas,
ou seja, capazes de produzir seu próprio alimento; elas certamente sobreviveriam sem nós, mas nós
dificilmente sobreviveríamos sem elas. Além disso, as plantas se utilizam de processos relacionados
às propriedades da água, como a evaporação, a capilaridade e a tensão superficial, entre outros, para
realizar com alta eficiência seus processos metabólicos.
Há evidências de que as primeiras plantas que conquistaram a terra firme eram semelhantes aos mus-
gos e às hepáticas de hoje. Essas plantas não apresentavam vasos condutores de seiva. Plantas sem
vasos condutores são denominadas pelos botânicos plantas avasculares (do grego a, prefixo de nega-
ção, e do latim vasculum, pequeno vaso, túbulo).
Fonte: CAMPBELL, N.A.; REECE, J.B.; URRY, L.A.; CAIN, M.L.; WASSERMAN, S.A.; MINORSKY, P.V. & Jackson, R.B. 2010. Biologia.10ª ed.
Artmed, Porto Alegre, 1488 p.

Com a evolução das plantas pioneiras surgiram novidades, como o desenvolvimento de estruturas es-
pecializadas na absorção de água e sais minerais do solo – raízes – e o aparecimento de estruturas tu-
bulares internas – vasos condutores – que agilizam o transporte de soluções nutritivas por todo o corpo
da planta. Plantas dotadas de tecidos condutores de seiva são denominadas plantas vasculares, ou
traqueófitas. As primeiras plantas vasculares aparecem no documentário fóssil cerca de 40 milhões de
anos após a conquista da terra firme pelas primeiras plantas.
Com exceção das briófitas (musgos, hepáticas e antóceros atuais), todos os outros grupos vegetais
são traqueófitas, assim chamadas por causa da presença de reforços nas paredes dos vasos condu-
tores de seiva que lembram as traqueias dos insetos. As plantas vasculares também desenvolveram
sistemas eficientes de proteção contra a perda de água, como epidermes impermeáveis e estômatos
de abertura regulável, características que possibilitaram sua adaptação a regiões relativamente secas,
distantes das bordas de rios e lagos onde viveram suas ancestrais. Acredita-se que tenha sido nessa
etapa do processo evolutivo que as plantas assumiram uma organização corporal típica, com raízes,
caule e folhas. As novidades evolutivas possibilitaram às plantas vasculares atingir grandes tamanhos
e constituir vastas comunidades florestais. Esses novos ambientes ofereceram condições propícias à
colonização por animais, que encontraram na vegetação abrigo e alimento.
Outra novidade importante ocorrida na evolução das plantas foi o surgimento da semente, estrutura re-

possibilitou às plantas espermatófitas


mais diversos ambientes da Terra.
No sistema de classificação, que iremos utilizar, as plantas são classificadas em 10 filos e agrupadas
em 4 grupos, conforme tabela abaixo.
CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇÃO DOS COMPONENTES ATUAIS DO REINO PLANTAE
CARACTERÍSTICAS
TECIDOS FILOS GRUPO
SEMENTE FRUTO
CONDUTORES
Bryophyta (musgos)
Ausentes Hepatophyta (hepáticas) Briófitas
Ausente Anthocerophytas (antóceros)
Pteridophyta (samambaias)
Pteridófitas
Ausente Lycopodiophyta (licopódios)
Coniferophyta (coníferas)
Presentes Cycadophyta (cicadófita)
Gimnospermas
Presente Gnetophyta (gnetófitas)
Ginkgophyta (gincófitas)
Presente Anthophyta (angiospermas) Angiospermas

Esses grupos apresentam em comum: parede celular formada por celulose; embriões protegidos por
tecidos originados do corpo materno; cloroplastos contendo as clorofilas a e b, carotenos e xantofilas;
reserva constituída por amido e reprodução por alternância de gerações (metagênese), na qual a meio-
se é espórica (intermediária).
Pelo fato de produzirem embriões, são classificados como embriófitos.
Os embriófitos podem ou não desenvolver tecido condutor (vascular), daí a classificação:
• Embriófitos avasculares: representados pelas briófitas.
• Embriófitos vasculares ou traqueófitas: são incluídas as pteridófitas, gimnospermas e angios-
permas.
Produzem sementes apenas as gimnospermas e angiospermas, por isso recebem o nome de espermá-
fitas ou espermatófitas.
As únicas plantas que produzem flores e frutos são as angiospermas.
As gimnospermas produzem estróbilos (pinhas) e sementes. Não formam verdadeiras flores.
O ciclo de vida das plantas apresenta meiose intermediária ou espórica. Nesse ciclo de vida, surgem dois
organismos adultos: um diploide (2n), chamado esporófito e outro haploide (n), chamado gametófito.
O esporófito, através da meiose, produz células assexuadas: esporos.
O gametófito, através de mitoses, produz células sexuadas, os gametas.
Podem-se reconhecer, neste ciclo (haplodiplobionte), duas fases bem distintas: uma haploide (n), pro-
dutora de gametas, chamada geração gametofítica e outra diploide(2n), produtora de esporos, chama-
da geração esporofítica. Essas fases alternam-se entre si para completar o ciclo de vida, constituindo
a alternância de gerações ou metagênese. Quando se analisa a metagênese, nos diversos grupos ve-
getais, reconhecerem-se diferenças quanto à duração das fases esporofítica e gametofítica e quanto à
complexidade do esporófito e gametófito.
Nas briófitas, o gametófito é desenvolvido e duradouro, e o esporófito é reduzido e dependente do game-
tófito. Nas pteridófitas, o gametófito é reduzido e transitório, enquanto o esporófito passa a ser vegetal
desenvolvido, complexo e duradouro. Nestas plantas, ambos, gametófito e esporófito, são verdes e in-
dependentes. Nas fanerógamas (gimnospermas e angiospermas), o esporófito é a planta verde, com-
plexo, duradouro e visível, enquanto o gametófito é muito reduzido e dependente do esporófito.
Fonte: CAMPBELL, N.A.; REECE, J.B.; URRY, L.A.; CAIN, M.L.; WASSERMAN, S.A.; MINORSKY, P.V. & Jackson, R.B. 2010. Biologia.10ª ed.
Artmed, Porto Alegre, 1488 p.

As briófitas mais conhecidas são os musgos e as hepáticas. São plantas muito primitivas, vivendo, na
maioria das vezes, em ambientes terrestres úmidos e sombreados (plantas umbrófilas). Poucas espé-
cies vivem em água doce e nenhuma é marinha.
Não possuem, evidentemente, flores, frutos e sementes. O corpo primitivo é desprovido de tecidos
vasculares, e isso representa o fator responsável pelo tamanho reduzido que caracteriza essas plantas.
Nessas plantas, encontra-se uma nítida alternância de gerações (metagênese), em que o gametófito
representa a planta verde, complexo e duradouro (permanente), enquanto o esporófito é uma planta
reduzida (transitório) e dependente (parasita) do gametófito.
Ciclo de Vida de um musgo

Fonte: CAMPBELL, N.A.; REECE, J.B.; URRY, L.A.; CAIN, M.L.; WASSERMAN, S.A.; MINORSKY, P.V. & Jackson, R.B. 2010. Biologia.10ª ed.
Artmed, Porto Alegre, 1488 p.
Ao contrário das plantas avasculares, as primeiras plantas vasculares tinham esporófitos ramificados,
independentes dos gametófitos para a nutrição. À medida que os corpos das plantas tornaram-se pro-
gressivamente complexos, a competição por espaço e por luz solar provavelmente foi aumentando.
Como veremos, essa competição pode ter estimulado ainda mais a evolução nas plantas vasculares,
levando, por fim, à formação das primeiras florestas.
As pteridófitas são plantas pluricelulares, autótrofas, que vivem em ambientes terrestres úmidos e
sombreados, sendo a Mata Atlântica o hábitat da maioria das espécies.
São plantas vasculares (traqueófitas), isto é, desenvolvem tecidos especializados para o transporte de
seiva bruta (lenho ou xilema) e de seiva elaborada (líber ou floema). Apresentam meiose intermediária
ou espórica e uma alternância de gerações (metagênese) muito nítida, ou seja, possuem gametófito e
esporófito macroscópicos e verdes. O esporófito é o vegetal complexo, com vida duradoura (permanen-
te); é autótrofo e, na maioria das vezes, possui raízes, caules e folhas.
Não forma flor, fruto nem semente.

Ciclo de Vida de uma samambaia

Fonte: CAMPBELL, N.A.; REECE, J.B.; URRY, L.A.; CAIN, M.L.; WASSERMAN, S.A.; MINORSKY, P.V. & Jackson, R.B. 2010. Biologia.10ª ed.
Artmed, Porto Alegre, 1488 p.

As gimnospermas são plantas terrestres de grande porte (árvores e arbustos), vasculares, que vivem de
preferência em climas frios. Apresentam metagênese pouco nítida.
O esporófito é a planta verde, complexo e duradouro, organizado em raiz, caule, folha, estróbilos e se-
mentes. Os gametófitos são dioicos, reduzidos em tamanho, tempo de vida e complexidade, e depen-
dentes do esporófito.
O gametófito chama-se tubo polínico ou microprótalo. Em algumas gimnospermas primitivas, os ga-
metas ainda são os anterozoides; nas mais evoluídas, como os pinheiros, os gametas são as células
espermáticas ou núcleos espermáticos. O gametófito chama-se saco embrionário ou megaprótalo e
forma-se no interior do óvulo. O megaprótalo produz arquegônios bastante rudimentares, no interior
dos quais se encontram os gametas femininos chamados oosferas. Cada arquegônio produz apenas
uma oosfera.
As gimnospermas produzem estróbilos e sementes, mas nunca produzem frutos.

Ciclo de Vida de um pinheiro

Fonte: CAMPBELL, N.A.; REECE, J.B.; URRY, L.A.; CAIN, M.L.; WASSERMAN, S.A.; MINORSKY, P.V. & Jackson, R.B. 2010. Biologia.10ª ed.
Artmed, Porto Alegre, 1488 p.

As angiospermas são as plantas mais adaptadas aos ambientes terrestres. São encontradas nos mais
variados lugares: desde os muito úmidos até os desérticos. Poucas são as espécies que vivem em
água doce.
Existem raríssimas espécies marinhas. Podem ser ervas, arbustos ou árvores.
A maioria apresenta nutrição autótrofa fotossintetizante, mas existem algumas espécies holoparasi-
tas, como o cipó-chumbo, que não possuem clorofila e não realizam fotossíntese. Estes vegetais reti-
ram a seiva elaborada de outro vegetal hospedeiro.
Muitas espécies são epífitas, isto é, vivem apoiadas sobre ramos de outros vegetais, com a única finali-
dade de obter maior luminosidade. Existem muitas espécies de orquídeas e bromélias epífitas.
Quanto ao ciclo reprodutor, as angiospermas apresentam meiose intermediária ou espórica e uma al-
ternância de gerações pouco nítida. A planta que vemos crescer na natureza é o esporófito, organiza
do em raiz, caule e folhas e produtor de flores, frutos e sementes. Estes vegetais são os únicos que
formam frutos.
Os gametófitos são dioicos, extrema mente reduzidos e dependentes do esporófito. Na verdade, cres-
cem no interior da flor.
O gametófito feminino é o saco embrionário (megaprótalo) contido no óvulo. Não forma arquegônio e
possui uma única oosfera (gameta).
O gametófito masculino é o tubo polínico (microprótalo), no interior do qual se formam dois núcleos
espermáticos (gaméticos), que representam os gametas. Não dependem de água para a fecundação.

Ciclo de Vida de uma angiosperma

Fonte: CAMPBELL, N.A.; REECE, J.B.; URRY, L.A.; CAIN, M.L.; WASSERMAN, S.A.; MINORSKY, P.V. & Jackson, R.B. 2010. Biologia.10ª ed.
Artmed, Porto Alegre, 1488 p.

PARA SABER MAIS:


Se você quer aprofundar os seus conhecimentos no assunto confira abaixo algumas sugestões:
https://drive.google.com/file/d/1oFSK9pbRS9PxPLjkpqXzS-6XhebGxX71/view - Biologia - Origem e
Evolução das Plantas. Aula exibida para o 2º Ano do Ensino Médio no dia 01/10/2020 com o professor Viní-
cius Braz no programa Se Liga na Educação.
https://drive.google.com/file/d/1otaL0UAXtI-jzWiWmgoP9klCuI9vfpgn/view - Biologia - Plantas Avas-
culares. Aula exibida para o 2º Ano do Ensino Médio no dia 22/10/2020 com o professor Vinícius Braz no
programa Se Liga na Educação.
https://drive.google.com/file/d/1rsr33eNipZjeRLAEqNfw9BQlTvyuEwNt/view - Biologia - Diversidade
das Plantas I. Aula exibida para os alunos do Ensino Médio (ENEM) no dia 23/10/2020 com o professor
Vinícius Braz no programa Se Liga na Educação.
https://drive.google.com/file/d/1sMMSWk7XYk57umpVyC6br631Se8qF40N/view - Biologia - Diversida-
de das plantas II. Aula exibida para os alunos do Ensino Médio (ENEM) no dia 12/11/2020 com o professor
Vinícius Braz no programa Se Liga na Educação.
https://drive.google.com/file/d/13EpCwt-Ypu_7GsdfiW0F-N8CPa48njwB/view - Biologia - Diversidade
das Plantas III. Aula exibida para os alunos do Ensino Médio (ENEM) no dia 13/11/2020 com o professor
Vinícius Braz no programa Se Liga na Educação.

ATIVIDADES
1 - (FUVEST 2021) Considere três espécies de plantas (X, Y e Z) e suas características:
• A planta X não possui flores, mas é polinizada pelo vento. Além disso, não possui frutos, mas suas
sementes são dispersas por aves.
• A planta Y não possui flores, nem sementes, nem frutos.
• A planta Z possui flores e é polinizada por aves. Além disso, possui frutos e suas sementes são
dispersas por aves.
A que grupos pertencem as plantas X, Y e Z, respectivamente?
a) Pteridófitas, angiospermas e gimnospermas.
b) Gimnospermas, pteridófitas e angiospermas.
c) Pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.
d) Angiospermas, gimnospermas e pteridófitas.
e) Gimnospermas, angiospermas e pteridófitas.

2 - (UCS 2019) Os grupos vegetais desenvolveram, ao longo do processo evolutivo, diferentes


características anatômicas, funcionais e reprodutivas, que garantiram às plantas a colonização dos
mais distintos ambientes dentro dos ecossistemas. Observe o quadro abaixo e assinale a alternativa
em que essas características estão corretamente relacionadas.

a) a
b) b
c) c
d) d
e) e
3 - (PUCPR 2019) Leia o texto a seguir.
Chá de cavalinha
De nome científico Equisetum arvense, a cavalinha é uma herbácea de rizoma horizontal de onde saem
dois caules aéreos: os férteis e os estéreis. Ambos chegam, em média, até 30 cm de altura e são de cor
amarelada na base e avermelhada na ponta, de onde sai a “espiga”. A cavalinha possui folhas pequenas
em formato de agulha, sendo uma planta que não possui flores nem sementes.
Um dos seres vivos mais antigos da Terra, a cavalinha é datada do período Paleozoico, quando havia
espécimes de até 10 metros de altura por 2 de diâmetro.
[...]
Atualmente, a planta vem sendo utilizada, principalmente, com finalidades terapêuticas, sendo o seu
consumo em forma de chá um dos mais populares. Ela pode ser plantada em pequenos vasos e guarda-
das em residências, já que vive bem em meia sombra.
Para que serve
A cavalinha é uma planta muito eficiente para o tratamento de problemas ósseos, para o tratamento
de disfunções renais, de disfunções de vias urinárias e de problemas na próstata. O chá também pode
ser utilizado para tratar hemorragias nasais, perda excessiva de sangue na menstruação, inflamação
da próstata e casos de inchaço. O chá de cavalinha estimula a cicatrização e atua como profundo hi-
dratante da pele e do organismo como um todo. Além disso, ele é muito eficiente na recuperação de
ferimentos na pele e no tratamento de frieiras, de aftas e de úlceras. Outro benefício do consumo do
chá de cavalinha é a boa aparência das unhas e da pele.
[...]
Disponível em <http://www.saudemedicina.com/cha-de-cavalinha/>. Acesso em: 13/06/17.

Com base nas descrições do texto, é CORRETO afirmar que a cavalinha pertence ao grupo das

a) briófitas. b) angiospermas. c) pteridófitas. d) gimnospermas. e) espermatófitas.

4 - (UFRGS 2018) Considere as estruturas esquematizadas abaixo, coletadas no Parque Farroupilha, em

Assinale a alternativa correta sobre essas estruturas.


a) 1 e 3 são estruturas reprodutivas.
b) 2 e 3 são estruturas de angiospermas.
c) 3 é uma estrutura com função de absorção de nutrientes.
d) 2 é uma estrutura que corresponde ao fruto.
e) 1, 2 e 3 são estruturas de plantas vasculares.
5 - (MACKENZIE 2012)
A respeito das plantas representadas acima, são feitas
as seguintes afirmações:
I. B e D representam as fases esporofíticas, formadas
por células diploides (2n).
II. A e C representam as fases gametofíticas, formadas
por células haploides (n).
III. B e C são originadas a partir do zigoto.
IV. Anterozoide e oosfera são produzidos por meiose.
Estão corretas, apenas,

a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) I e IV. e) III e IV.

6 - (MACKENZIE 2011) Durante o processo evolutivo das plantas, ficou marcada a transição do meio
aquático para o terrestre. Algumas adaptações surgiram, tais como vasos condutores, flor, tubo

Considerando a sequência evolutiva representada acima, é correto afirmar que o surgimento


a) de sementes ocorreu em B.
b) de vasos condutores ocorreu em A.
c) de tubo polínico ocorreu em C.
d) de frutos ocorreu em C.
e) de flores ocorreu em D.

7 - (UNICAMP 2020) Relatório publicado em 2019 alertou que um número crescente de espécies de
animais polinizadores está ameaçado de extinção em todo o mundo em decorrência de fatores como
desmatamento, uso indiscriminado de agrotóxicos e alterações climáticas. Importantes medidas
devem ser adotadas para prevenir as consequências econômicas, a redução na produção de alimentos
e o desequilíbrio dos ecossistemas. Entre as espécies cultivadas no Brasil que dependem de polinização
animal, destacam-se o maracujá, a maçã, a acerola e a castanha-do-brasil.
(Fonte: Marina Wolowski e outros, Relatório temático sobre polinização, polinizadores e produção de alimentos no Brasil. BPBES e
REBIPP, 2019. Acessado em 23/05/2019.)

Considerando as informações fornecidas no texto e os conhecimentos sobre botânica e ecologia, é


correto afirmar que a polinização pode ser beneficiada
a) por insetos que transportam o pólen da antera para o estigma nas eudicotiledôneas mencionadas.
b) por pequenos vertebrados que transferem pólen do estigma para o estame nas monocotiledô-
neas mencionadas.
c) por insetos que transferem pólen do estigma para o estame nas eudicotiledôneas mencionadas.
d) por pequenos mamíferos que transportam o pólen da antera para o estigma nas monocotiledô-
neas mencionadas.
8 - (ENEM 2019) Durante sua evolução, as plantas apresentaram grande diversidade de características, as
quais permitiram sua sobrevivência em diferentes ambientes. Na imagem, cinco dessas características
estão indicadas por números.

A aquisição evolutiva que permitiu a conquista definitiva do ambiente terrestre pelas plantas está indi-
cada pelo número

a) 1. b) 2. c) 3. d) 4. e) 5.

9 - (PUCPR 2020) Leia o trecho a seguir.


Trigo, arroz, milho: toda a família dos cereais tem sementes muito resistentes. Podem perder 95% da
água em suas células e sobreviver. Cereais adultos, infelizmente, são bem menos durões. Não precisava
ser assim: o DNA de qualquer planta ainda guarda as propriedades que ela possuía como “recém-nas-
cida”, só que dormentes. Há exceções (precisamente 135 plantas) que nunca abandonam sua criança
interior. Elas resistem à desidratação intensa por meses – até anos. Ao menor sinal de água, revivem
em questão de horas. Por esse feito, recebem o nome de Ressuscitadoras. ”Elas usam exatamente os
mesmos genes que uma semente, só que nas folhas, no caule, em tudo”, diz Jill Farrant, da Universidade
da Cidade do Cabo. Ela acredita que essas plantas guardam a chave para religar os mesmos genes em
outras espécies e torná-las mais duronas. Mais dia, menos dia, pode ser que a inteligência das plantas
esteja salvando economias mundo afora. Afinal, 9 em cada 10 calorias que você come vêm do trigo, do
arroz e do milho.
Disponível em: <https://super.abril.com.br/ciencia/a-inteligencia-secreta-das-plantas/>. Acesso em: 07/08/2019.

Com base nas características apresentadas no texto, é possível afirmar que as plantas citadas são
a) angiospermas, pois apresentam sementes protegidas por fruto.
b) gimnospermas, pois apresentam raiz, caule, folha e semente.
c) pteridófitas, pois dependem da água para a reprodução.
d) briófitas, pois são plantas de tamanho reduzido que vivem em ambientes úmidos.
e) fanerógamas, pois apresentam a semente como novidade evolutiva.
10 - (UPF 2018)

(Foto: Daniel Castellano. Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/vida-ecidadania/ritmo-de-regeneracao-das-araucarias-


e-preocupante-0216q6xu4dor9. Acesso em 3 set. 2017)

“A araucária (Araucaria mportância) é a mais bela e imponente árvore do Sul do Brasil. É uma planta
muito antiga que chegou a constituir mais de 40% das árvores existentes na Floresta Ombrófila Mista,
por isso mesmo conhecida como Mata de Araucárias. É uma espécie pioneira, cuja proteção permite
o crescimento das demais espécies ao seu redor. Os animais e mesmo parte da cultura brasileira de-
pendem da araucária. Um dos pratos típicos, o pinhão, também está no cardápio obrigatório da fauna
desse ecossistema.”
(Disponível em: http://vamossalvarnossoplaneta.blogspot.com.br/2008/08/mportância-daaraucria-e-tentativa-de.html. Adaptado.
Acesso em 3 set. 2017)

Em relação às características botânicas da araucária, assinale a alternativa correta.


a) Seus gametófitos são microscópicos e nutricionalmente dependentes do esporófito.
b) É uma gimnosperma monoica, pertencente ao grupo das coníferas.
c) As sementes, os pinhões, são produzidas nos frutos denominados pinhas.
d) É uma espécie caducifólia, com folhas simples e lanceoladas.
e) Apresenta xilema constituído por traqueídeos e elementos de vaso, que funcionam como células
condutoras de água e de sustentação.

REFERÊNCIAS:
AMABIS, JOSÉ MARIANO; MARTHO, GILBERTO RODRIGUES. Volume 2: Biologia dos organismos –
3. Ed. – São Paulo: Moderna, 2010.
CAMPBELL, N.A.; REECE, J.B.; URRY, L.A.; CAIN, M.L.; WASSERMAN, S.A.; MINORSKY, P.V. & Jack-
son, R.B. Biologia. 10 ed. Artmed, Porto Alegre, 2010.
FAVARETTO, José Arnaldo. BIOLOGIA: Unidade e Diversidade. v3. São Paulo: FTD, 2017.
LINHARES, Sérgio. GEWANDSZNAJDER, Fernando. PACCA, Helena. Biologia Hoje - volume 2. 3 ed.
São Paulo: Ática, 2017.
LOPES, Sônia.; ROSSO, Sérgio. BIO – Volume 2. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2016.

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