Você está na página 1de 47

Prof.

Thais Sydenstricker Flores-Sahagun


1 – Compósitos poliméricos
Compósitos são materiais heterogêneos onde
o componente estrutural, descontínuo,
fornece a principal resistência ao esforço e o
componente matricial, contínuo, é o meio de
transferência desse esforço.

Matriz polimérica:conceitos importantes e


comportamento de polímeros.
Hidrocarbonetos
Polímeros ou macromoléculas
Polímeros
Mero: unidade que se repete na cadeia
polimérica.
Grau de polimerização: número de vezes que o
mero se repete na cadeia polimérica.
Polímeros
 Poli(tetraflúor
etileno) - PTFE.

Poli(cloreto de vinila)
– PVC

Polipropileno - PP
Polímeros
Termoplásticos: materiais fusíveis e
solúveis(PP, PVC, PTFE)
Termorrígidos ou termofixos: materiais
infusíveis e insolúveis (resina epóxi,
melamínica, poliésteres insaturados)
A temperatura de degradação dos
termorrígidos é menor que a temperatura
de fusão.
Estrutura dos polímeros
Homopolímeros: possuem
apenas um tipo de mero
Estrutura dos polímeros
Polímero linear: possue
a cadeia principal sem
ramificações .

Ex: polietileno de alta


densidade - PEAD
Estrutura dos polímeros
Polímero ramificado:
possue ramificações ;

Ex: polietileno de baixa


densidade - PEBD
Estrutura dos polímeros
Polímero reticulado: as
cadeias são ligadas por
ligações cruzadas.

Ex: Quando o PEAD fica


exposto ao sol tende a
ficar reticulado, ou seja,
seu peso molecular
aumenta.
Estrutura dos polímeros
Meros trifuncionais
podem formar
reticulações
tridimensionais, ou seja,
um polímero em rede,
termorrígido, insolúvel e
infusível.
EX: resina fenol-
formaldeído (baquelite)
Isomerismo
São possíveis configurações atômicas
diferentes para uma mesma composição.

estereoisomerismo (isotático/sindiotático)

Isomerismo geométrico (cis/trans)


Estereoisomerismo
No polímero isotático
todos os grupos R
estão localizados no
mesmo lado da cadeia
polimérica.

EX: polipropileno - PP
isotático
Estereoisomerismo
Em uma configuração
sindiotática, os grupos
R encontram-se em
lados alternados da
cadeia.

Ex: poliestireno
sindiotático que possue
propriedades
mecânicas≈ PET
Isotático, sindiotático x atático
No caso de um
posicionamento
aleatório, usa-se o
termo configuração
atática.
Polímeros isotáticos
e sindiotáticos são
semi-cristalinos
enquanto os atáticos
são amorfos.
Copolímeros: possuem mais de
um tipo de mero
ABS, HIPS, SAN  SBR,EPDM
Propriedades físicas
Propriedades mecânicas
Propriedades térmicas
Propriedades óticas
Propriedades elétricas

→ dependem do PM
Propriedades de
polímeros(macromoléculas)
As propriedades físicas de polímeros
dependem do peso molecular das
macromoléculas.
PM↑
 possibilidade de entrelaçamentos entre
cadeias↑
 interações C-C entre diferentes cadeias↑
Propriedades mecânicas de polímeros

Dependem do peso molecular


e da polidispersão
Polidispersão↑, processamento mais fácil
Polidispersão↓, melhores propriedades
mecânicas
Polidispersão
Curvas tensão x deformação típicas de polímeros e
efeito da temperatura no perfil tensão x deformação do
poli(metacrilato de metila) - PMMA
A – Poliestireno(PS); B – Polipropileno(PP); C - borracha
Desempenho mecâncio de polímeros
A temperatura e a velocidade de ensaio
(tempo) afetam muito o desempenho
mecânico de polímeros.
Propriedades químicas de polímeros
Inflamabilidade
Resistência à oxidação
Resistência à água, ácidos, bases e solventes
Resistência às radiações


Dependem muito da estrutura química
das macromoléculas.
Comportamento mecânico de polímeros
 O comportamento mecânico de polímeros
depende da sua mobilidade molecular, ou
seja, da sua estrutura química ( que dita a
sua Tg), da velocidade de ensaio (tempo
de solicitação) e da temperatura do
ensaio.
Durante o processamento diferentes conformações da
cadeia polimérica podem ocorrer.
Temperatura de transição vítrea (Tg)
A Tg está associada às regiões amorfas
dos polímeros.
A Tg é uma propriedade térmica
característica do polímero, se à
temperatura ambiente o polímero estiver
acima da Tg, o material é flexível.
Temperatura de transição vítrea (Tg)
É uma transição de segunda ordem( não
absorve nem libera calor) e representa a
temperatura em que a mobilidade das cadeias
moleculares devido à rotação de grupos laterais
em torno de ligações prímárias se torna restrita
devido à coesão intermolecular.
Na Tg ocorrem mudanças de propriedades
físicas tais como volume, densidade,
propriedades mecânicas e elétricas.
Temperatura de transição vítrea (Tg)
Tanto no estado líquido quanto no estado sólido,
parte do volume do material é ocupado por moléculas
e parte consiste de espaços vazios não ocupados. É
por meio desse volume não ocupado que as moléculas
se movem a fim de realizar mudanças
conformacionais. Esse volume livre é essencial para os
movimentos rotacionais e translacionais. Na Tg o
volume livre atinge um valor crítico, abaixo do qual
não há espaço livre suficiente para a mobilidade
molecular.
Temperatura de transição vítrea (Tg)
Tg↑
 Presença de polaridade
Rigidez da cadeia principal
Cadeias laterais volumosas e rígidas
Estrutura x Tg:PS (100°C), PMMA (105°C),
nylon6,6 (50°C), PET (70°C), PC (150°C)
Temperatura de transição vítrea (Tg)
Tg↓
Flexibilidade da cadeia principal
Presença de simetria
Presença de cadeias laterais flexíveis
Presença de plastificante
Tg:PEAD (- 120°C), PP (-18°C), PVC (82°C),
PTFE (127°C), PVDF (-40°C), PVDC ( - 20°C)
Temperatura de fusão cristalina Tm
A Tm está associada às regiões
cristalinas do polímero semi-cristalino.
Representa a temperatura onde cristalitos
e esferulitos, estruturas cristalinas, se
desagregam e fundem.
Grau de cristalinidade
Taxa de resfriamento
Configuração da cadeia: (isotático/sindiotático);
..............................................cis/trans
Lineares > ramificados
Copolímeros em bloco/alternado > copolímeros
ao acaso ou graftizados
Polímeros semi-cristalinos x amorfos
 Polímeros cristalinos têm maior densidade.
São mais resistentes a solventes.
Apresentam menor fluência (creep)
Exibem propriedades mecânicas superiores.
São materiais opacos.

Polímeros amorfos são transparentes.


Orientação durante o estiramento do PP → cristalinidade↑
Polopropileno é um polímero semi-cristalino
Processamento → estrutura→
propriedades →desempenho
A estrutura química do polímero dita as
propriedades do material.

No entanto, a estrutura é afetada pelo


processamento a que foi submetido o
material.
Fatores que afetam a viscosidade de polímeros
fundidos→ afetam o processamento
Temperatura
Pressão
Peso molecular
Polidispersão
Estrutura química
Presença de plastificante, solvente ou lubrificante.
Processamento de termoplásticos
1) Extrusão (extrusão-sopro; produção de filmes; co-extrusão)

2) Injeção (injeção-sopro; co-injeção)

3) Termoformação

4) Rotomoldagem

5) Fiação (via seca, úmida ou por fusão)

6) Compressão

7) Imersão
Polímeros: materiais viscoelásticos
Polímeros são materiais viscoelásticos
cujo comportamento é a combinação de
um cisalhamento irreversível e uma
deformação elástica reversível, causada
pela deformação angular das moléculas e
que depende também de tempo para se
recuperar.
Polímeros: materiais viscoelásticos
A resposta de polímeros a tensões
externas tem natureza parcialmente
elástica e parcialmente viscosa.
Durante o processamento, o material é
submetido a diferentes tipos de tensão e
campos de deformação.
Em tempos muito curtos os processos de
relaxação são imperceptíveis e em tempos
muito longos o equilíbrio já foi alcançado.
Polímeros: materiais viscoelásticos
Fenômenos de relaxação são os
fenômenos que surgem no
reestabelecimento do equilíbrio em um
sistema que foi levado a um estado de
não-equilíbrio pela ação de forças
externas.
Processos de relaxação
Injeção, extrusão, compressão, calandragem etc
podem ser consideradas ações de forças externas,
ou seja, processos de relaxação podem ocorrer.
A elevada viscosidade dos polímeros
fundidos retarda todos os processos de
relaxação. Assim, por exemplo,
deformações elásticas são responsáveis
pelas tensões internas observadas em peças
injetadas.
Elasticidade no estado fundido
Die swell ( inchamento do extrusado) – observado
na saída de polímeros na matriz de extrusoras.
Die swell = diâmetro do extrusado/diâmetro da
matriz.
Die swell ↑ quando a polidispersão ↑
com a presença de ramificações longas
quando o peso molecular ↑
é reduzido com a presença de cargas
Elasticidade no estado fundido
Uma outra consequência da elasticidade no estado
fundido é a possibilidade de ser mantada a orientação do
material por meio de um resfriamento rápido, de forma
que t < r relaxamento.
À medida que a taxa de cisalhamento aumenta, a resposta
elástica do material fundido torna-se mais pronunciada
em relação à resposta viscosa. As deformações elásticas
aumentam de tal forma que ocorre a fratura do material
fundido. Fenômenos de superfície tais como pouco brilho
e transparência, aparência não uniforme tipo “casca de
laranja” são observadas antes da fratura.

Você também pode gostar