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A palavra polímero tem origem grega de poli (muitos) e mero (unidade de repetição).
Dessa forma, um polímero é uma macromolécula construída por dezenas de milhares de
unidades de repetição unidas por ligações intramoleculares e fortes. Essas unidades de
repetição originam-se de moléculas chamadas de monômeros, as quais irão definir muitas das
características dos polímeros que elas formam. Para isso, cada monômero deve ser capaz de se
combinar com outros dois monômeros, para ocorrer a reação de polimerização. Nesse sentido,
o monômero precisa ter ao menos dois pontos reativos que definem a sua funcionalidade.
Logo, os monômeros devem ter funcionalidade maior ou igual a 2. Além disso, a
bifuncionalidade pode ser obtida pela presença de grupos reativos ou duplas ligações, os quais
podem reagir em condições propícias ou se instabilizarem e formarem ligações simples
respectivamente.
A partir disso, tem-se os diversos fatores que compõem a estrutura dos polímeros. O
primeiro deles é o tipo de cadeia que se refere à sua arquitetura que pode ser linear,
ramificada ou com ligações cruzadas. As cadeias lineares são constituídas apenas de uma
cadeia principal, já as cadeias ramificadas possuem prolongamentos que podem ser longos,
curtos, volumosos ou não, ligados à cadeia principal. Essas ramificações dão origem à três
possíveis arquiteturas para a CP; aleatória, radial e de pente.
Nesse panorama, pode-se dizer que todas essas variáveis podem influenciar as
propriedades como cristalinidade, térmicas e mecânicas dos polímeros. No entanto, vale
ressaltar brevemente os conceitos por trás dessas propriedades, para melhor entendimento
dos efeitos causados nelas pelos fatores estruturais das cadeias poliméricas. Em relação ao
grau de cristalinidade, que é promovido pelo empacotamento regular das cadeias poliméricas
em algumas regiões formando os cristalitos como são chamados. Essa característica é
influenciada por diversos fatores, sobretudo os estruturais como linearidade da cadeia, as
quais quando lineares facilitam o empacotamento e favorecem a cristalinidade.
Analogamente, polímeros estereoregulares apresentam uma ordem na disposição do grupo
lateral e, portanto, apresentam cristalinidade. Já polímeros atáticos normalmente são amorfos
(não apresentam cristalinidade). Por outro lado, a presença de grupos laterais na cadeia
principal dificulta o empacotamento, o que reduz a capacidade de cristalização dos polímeros.
Para copolímeros, e blendas poliméricas miscíveis, em que existe uma forçada mistura
íntima a nível molecular das unidades monoméricas, o nível de energia exigido para que a
molécula adquira mobilidade será o resultado da contribuição ponderada de cada constituinte
(comonômeros). Por outro lado, para copolímeros imiscíveis, ou polifásicos, os vários
componentes não se misturam. Dessa forma, cada fase se comporta de maneira independente
das demais, apresentando suas temperaturas de transição próprias.
Por fim, mas não menos importante, vale ressaltar que quanto mais estável e
resistente às mudanças for a estrutura química do polímero, mais resistente ele é a
degradação. A degradação é o conjunto de reações que envolvem quebra de ligações primárias
e da cadeia principal do polímero e formação de outras. Por exemplo, a presença de
heteroátomos na CP pode enfraquece-la nesses pontos e favorecer o rompimento a partir da
temperatura e/ou ataque por moléculas de baixa massa molecular como a água. Isso diminui a
massa molecular do polímero e consequentemente, suas propriedades. Semelhantemente, a
presença de grupos laterais fracamente ligados podem ser retirados e deixar duplas ligações
em seus lugares. Dessa forma, ocorre uma mudança na estrutura química e, portanto, nas suas
propriedades. Um caso como esse ocorre no PVC que tem um grupo lateral com o átomo de
cloro, e que com baixos níveis de energia é retirado da CP e deixa ligações duplas alternadas na
cadeia principal. Isso gera além da perda de propriedades mecânicas, o amarelamento do
polímero.