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Instituto Federal Fluminense- Campus: Campos-Centro

Polímeros
-Conceitos
-Classificações
-Aplicações

Autores: Jade Aquino, Matheus Brasil, Bruno Barreto, Aline Oliveira, Bernardo
de Souza, Lincoln Rangel e Wagner Monteiro.
Curso: Curso Superior de Tecnologia em Manutenção Industrial
Disciplina: Materiais aplicados à manutenção
Data: 26 de Setembro de 2016
INTRODUÇÃO
Os materiais orgânicos estão entre as três categorias mais importantes de materiais.
Estes têm sido desde sempre utilizados na construção civil, tendo, por conseguinte, que
acompanhar a evolução do tempo e da tecnologia.
A exigência crescente por materiais de melhor desempenho, mais resistentes a
temperatura elevadas, grande poder de isolamento entre outras características faz com que
os materiais polímeros ganhem mais espaço na corrida tecnológica, se vulgarizem e se
desenvolvam constantemente.
No cotidiano, percebe-se que os polímeros invadiram todos os diferentes domínios
da nossa criatividade. Eles influenciaram, influenciam e continuarão a influenciar
decisivamente a vida das sociedades. Na medida em que, cada vez mais assistimos a
substituição das matérias-primas tradicionais por mais aplicações poliméricas.
Para demonstrar a importância do estudo dos polímeros, basta mencionarmos que
a variedade de objetos a que temos acesso hoje se deve à existência de polímeros sintéticos,
como por exemplo: sacolas plásticas, para-choques de automóveis, canos para água,
panelas antiaderentes, mantas, colas, tintas, entre tantos outros.
Desde as civilizações primitivas há utilização de polímeros naturais (couro, lã,
madeira, algodão). Em 1849, se deu o desenvolvimento do processo de vulcanização da
borracha natural por Charles Goodyear. Início do século XX, desenvolvimento da celulose
modificada, poliestireno, baquelite (resina fenólica). Em 1920, conceito de macromoléculas
proposto por Staudinger (prêmio Nobel de química, 1953).
Graças às suas propriedades diferenciadas, os polímeros conseguem substituir com
vantagem o metal, a cerâmica e outros materiais, permitindo projetar peças de maior
complexidade e menor peso e melhorar a aparência, reduzindo significativamente os custos.
Hoje em dia, 90% dos químicos e bioquímicos trabalham com polímeros naturais
ou artificiais. Em que os polímeros naturais são o suporte dos processos biológicos. E os
polímeros sintéticos dominam a indústria química.
O presente trabalho pretende aproximar os leitores dos conhecimentos relativos
aos materiais polímeros partindo dos principais conceitos, logo, apresentando as
classificações e, por fim, identificando as mais diversas aplicações de cada tipo desse
material.
CONCEITOS DE MATERIAIS POLIMÉRICOS
Polímeros são macromoléculas em que existe uma unidade que se repete, chamada
monómero. O nome vem do grego: poli = muitos + meros = partes, ou seja, muitas partes.
A reação que forma os polímeros é chamada de polimerização.
Os polímeros podem ser naturais ou sintéticos. Os naturais, tais como algodão,
madeira, cabelos, chifre de boi, látex, entre outros, são comuns em plantas e animais. Os
sintéticos, tais como os plásticos, são obtidos pelo homem através de reações químicas. O
tamanho e estrutura da molécula do polímero determinam as propriedades do material
plástico.
A elasticidade em metais e cerâmicas está baseada no distanciamento entre os
átomos, quando sujeitos a tensões. Nos polímeros isto também se verifica. A cadeia
polimérica em zigue-zague tende a se endireitar, sendo que as cadeias não são retilíneas,
apresentando curvaturas, que devem ser eliminadas. Somente assim, os átomos da cadeia
serão obrigados a se alinharem, modificando o gráfico tensão x deformação.
Inicialmente o modulo de elasticidade é muito baixo, devido ao desdobramento da
molécula, e quando os átomos da cadeia começam a se alinhar, o módulo aumenta.
Polímeros são materiais que apresentam em sua estrutura molecular unidades
relativamente simples que se repetem, ligadas entre si por ligações covalentes do tipo sp3 (
13C-12C; 13C-13C; 14C-12C;...). Este tipo de ligação favorece uma grande estabilidade
físicoquímica, formando longas cadeias e, portanto, resultando em compostos de alta massa
molecular (Figura 1). Essas unidades que se repetem são conhecidas como meros ou
unidades monoméricas. No entanto, existem polímeros que não possuem massa molecular
muito elevada. Esses polímeros são chamados oligômeros. Para os polímeros que realmente
possuem alta massa molecular (da ordem de 103 a 106 g/mol), usa-se a expressão alto
polímero (high polymer).
O termo polímero vem do grego e quer dizer muitas partes, já o termo oligômero,
também do grego, significa poucas partes.
Os polímeros, diferentemente das substâncias químicas de baixa massa molecular,
são produtos heterogêneos, pois podem possuir uma mistura de moléculas de diferentes
massas moleculares, apresentando, portanto, polimolecularidade.
O número de meros na cadeia polimérica é chamado grau de polimerização. Por
via de regra, é simbolizado pela letra n. O produto do grau de polimerização n e da massa
molecular da unidade monomérica Mu, é a massa molecular do polímero.
Quando existem tipos diferentes de meros na composição do polímero, este é
designado copolímero. Se no entanto existirem três meros formando o polímero, pode-se
chamá-lo de terpolímero. Já os polímeros que possuem somente um tipo de mero, podem
ser chamados de homopolímeros.
Polímeros são materiais que apresentam em sua estrutura molecular unidades
relativamente simples que se repetem, ligadas entre si por ligações covalentes do tipo sp3,
formando longas cadeias e, portanto, resultando em compostos de alta massa molecular.
Quando na cadeia do copolímero houver alternância de segmentos formados pela
repetição de cada um dos meros, tem-se um copolímero em bloco. Quando os blocos forem
ramificações poliméricas introduzidas em um polímero anteriormente linear, tem-se um
copolímero graftizado.
Dependendo das características físicas desejadas para formar materiais a partir de
polímeros, faz-se necessária o controle da porcentagem de cada mero.
Em contraposição a expressão copolímero, usa-se o termo homopolímero para
ressaltar a existência de apenas um tipo de mero. Quando à taticidade, ou seja, à orientação
dos substituintes em relação ao plano formado pela cadeia principal (em ziguezague,
devido a ligação sp3 ) de um polímero supostamente linear, tem-se:
a) polímeros isotáticos, em que as ramificações estão todas voltadas para um
mesmo lado do plano.
Alguns polímeros comerciais, tais como polipropileno isotático que tem uma
estrutura regular, são denominadas cristalinos, embora eles sejam na realidade
semicristalinos. Nesses polímeros são distinguidas duas regiões uma amorfa e outra
cristalina na mesma macromolécula.
b) polímeros sindiotáticos, este é um polímero que apresenta uma alternância de
orientação do substituinte em relação ao plano da cadeia.
c) polímeros atáticos, são polímeros que não possuem qualquer regularidade de
orientação.
Um exemplo é o polipropileno atático, empregado para fazer borrachas escolares.
Quanto aos tipos de encadeamento entre os monômeros, tem-se: encadeamento cabeça-
cauda, cabeça-cabeça e cauda-cauda, predominando o primeiro, por razões estéricas.
CLASSIFICAÇÕES DOS POLÍMEROS:
1- CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO PROCESSO DE PREPARAÇÃO
 Polímeros de adição ou de cadeia:
São polímeros cujos monómeros são idênticos, resultado da polimerização por
adição a ser explicada posteriormente.
Exemplo: Polietileno
 Copolímeros:
São polímeros cujos monómeros são diferentes.
Exemplo: Boa-S
Os copolímeros são polímeros constituídos de diferentes unidades de repetição.
Polímeros que apresentam apenas uma unidade de repetição podem ser chamados de
homopolímeros. A produção de copolímeros é geralmente motivada pelo objetivo de se
alterar propriedades e comportamento dos polímeros. Assim, o comportamento de certos
polímeros frente a temperatura (temperatura de amolecimento, por exemplo) ou à presença
de solventes (grau de solubilização) pode ser radicalmente alterada com a introdução de
determinadas unidades de repetição em homopolímeros.
Os copolímeros são divididos em uma série de classes dependendo da forma em
que as diferentes unidades de repetição são distribuídas nas cadeias poliméricas.
Copolímeros estatísticos apresentam uma distribuição de unidades de repetição reguladas
pelas quantidades relativas de cada monómero usadas na síntese assim como a reatividade
de cada um deles em relação a si mesmos e ao outro. Um exemplo de copolímero estatístico
é o poli (metil metacrilato-co-hidroxi etil metacrilato) que é formado por unidades de
repetição características do poli(metacrilato de metila) e do poli(hidroxi etil metacrilato).
Dentre os copolímeros estatísticos pode-se distinguir dois subtipos: (a) copolímero
aleatório, onde os diferentes meros se dispõe sem padrão definido, e (b) copolímero
alternando, onde os diferentes meros se alternam ao longo da cadeia polimérica.
Copolímeros em bloco são aqueles formados pela reunião de grandes sequencias
contínuas de homopolímeros.
Copolímeros graftizados apresentam grandes sequencias de homopolímeros
inseridas (ou graftizadas) na cadeia básica de um outro homopolímero. Percebe-se que
nesse caso, o copolímero produzido pode ser considerado um tipo especial de polímero
ramificado.

 Polímeros de condensação:
São polímeros cuja formação dá-se com a retirada de moléculas de pequena massa
molecular, resultados da polimerização por condensação a ser explicada posteriormente.
Exemplo: Baquelite
2- CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ESTRUTURA
De acordo com a estrutura os polímeros podem ser:
 Polímeros Termoplásticos
Polímeros denominados termoplásticos podem ser amolecidos, o que permite a
deformação desses a partir da aplicação de pressão. Quando resfriados, tais polímeros
retomam a sua rigidez inicial. O comportamento desse tipo de polímero viabiliza a
produção em larga escala de artefatos através de meios como a extrusão e a moldagem por
injeção. Outro importante aspecto desses polímeros é que eles podem ser reciclados a partir
de rejeitos e refugos, já que são facilmente remodelados através da aplicação combinada de
pressão e temperatura e a reciclagem é necessária, pois a decomposição no meio ambiente é
muito lenta. Exemplos desse tipo de polímero são o polietileno, polipropileno,
politetrafluoretileno e etc.
Polímeros termoplásticos são caracterizados por possuir ligação química fracas
entre as cadeias, que assim podem ser facilmente rompidas com a introdução de energia.
Dessa forma, quando tais materiais são aquecidos, as ligações de van der Waals são
quebradas, permitindo que haja uma maior facilidade para a movimentação de cadeias
poliméricas umas em relação às outras. A capacidade das cadeias de fluir com a aplicação
de temperatura garante a esses materiais suas características fundamentais de fácil re-
processabilidade.
 Polímeros Termofixos
Os polímeros termorrígidos são aqueles que não amolecem com o aumento da
temperatura e por isso, uma vez produzidos, não podem ser re-deformados ou re-
processados. Para esse tipo de polímero, uma elevação contínua da temperatura leva à
degradação do material (queima) antes que qualquer alteração mais dramática nas
propriedades mecânicas ocorra. Sendo assim, tais materiais são de difícil reciclagem e após
terem adquirido sua forma final, apenas etapas de processamento via usinagem são
possíveis. Exemplos desse tipo de material englobam as borrachas vulcanizadas, os
hidrogéis, as resinas epoxidícas e fenólicas, entre outras.
Os polímeros termorrígidos, as ligações entre cadeias são primárias, de alta
energia e que não são passíveis de rompimento pela ação de solventes. Assim, polímeros
termorrígidos são normalmente insolúveis. A introdução de fluidos quimicamente
compatíveis com polímeros termorrígidos levam ao chamado “inchamento” desses, já que o
fluido se insere entre as cadeias poliméricas sem, no entanto, romper qualquer ligação
cruzada. O grau de inchamento do polímero termorrígido é consequência do nível de
afinidade química entre reticulado e fluido e também da densidade de ligações cruzadas no
polímero. Polímeros com alta densidade de ligações cruzadas apresentam inchamento em
menor intensidade.
-Para a reciclagem dos plásticos é necessário separa-lós por categorias, os números
ou siglas inscritos no produto indicam o material empregado na confecção da embalagem
como a seguir:
1- PET-Poli (tereflato de etileno)
2- PEAD- Polietileno de alta intensidade
3- PVC- Poli ( Cloreto de vinila)
4 - PEBD - Polietileno de baixa intensidade
5- PP - Polipropileno
6- PS - Poliestireno
7- Outros plásticos.
3- CLASSIFICAÇÃO QUANTO À OCORRÊNCIA
De acordo com a ocorrência os polímeros podem ser:
 Polímeros Naturais
-São aqueles que existem na natureza.
Exemplos:
-Celulose;
-Algodão;
-Lã de carneiro;
-Seda do bicho-da-seda.
EXEMPLOS:
BORRACHAS NATURAIS
A borracha natural é resultado da polimerização do isopreno, feita na própria
planta, a seringueira Hevea brasiliensis. Este produto é mole e não apresenta resistência
mecânica.
Para que possa ser utilizada comercialmente ela é submetida ao processo de
vulcanização (adição de enxofre às duas ligações), fazendo com que a borracha natural se
transforme na borracha vulcanizada tridimensional.
Na vulcanização a borracha é aquecida na presença de enxofre e agentes
aceleradores e ativadores. A vulcanização consiste na formação de ligações cruzadas nas
moléculas do polímero individual, responsáveis pelo desenvolvimento de uma estrutura
tridimensional rígida com resistência proporcional à quantidade destas ligações.
A vulcanização também pode ser feita a frio, tratando-se a borracha com dissulfeto
de carbono (CS 2 ) e cloreto de enxofre (SCl2). Quando a vulcanização é feita com
quantidade maior de enxofre, obtém-se um plástico denominado ebonite ou vulcanite.

CARBOIDRATOS
São compostos de função mista, poliálcool-aldeído ou poliálcool-cetona ou
qualquer outro composto que sofra hidrólise e forme compostos com essas funções mistas.
Incluem compostos conhecidos como açúcares simples, que são os monossacarídeos,
moléculas que se unem e formam os polissacarídeos, que são os carboidratos classificados
como polímeros naturais. Os monômeros incluem a glicose e a frutose, que se unem de
formas diferentes para formar os polissacarídeos como o amido e a celulose.
LIPÍDIOS
São ésteres que sofrem hidrólise e formam um ácido graxo superior e um
monoálcool graxo superior ou um poliálcool (glicerina), além de, em alguns casos, outros
compostos. Incluem os glicerídeos, que são os óleos e as gorduras (triésteres formados pela
reação entre três ácidos graxos (ácidos carboxílicos de cadeia longa) e uma
glicerina). Alguns lipídios mais complexos são os esteroides, que incluem o colesterol, a
testosterona (hormônio masculino) e o estradiol (hormônio feminino).
PROTEÍNAS
São macromoléculas resultantes da combinação de α-aminoácidos (compostos
com asfunções amina e ácido carboxílico) por meio de ligação peptídica. Alguns exemplos
de proteínas são: colágeno, queratina, hemoglobina, algumas enzimas como as proteases,
alguns hormônios como a insulina, entre outros.
 Polímeros Sintéticos
-São os obtidos artificialmente;
-Exemplos:
-Acrílico;
-Isopor;
-Teflon;
-PVC;
-E outros.
EXEMPLOS:
POLIETILENO
O polietileno é um dos polímeros mais comuns, de uso diário devido ao seu baixo
custo. É o polímero de maior aplicação comercial e é obtido pela reação entre as moléculas
do eteno (etileno).
Suas características são:
-Grande resistência a agentes químicos;
-Boa flexibilidade.
POLIETILENO DE CADEIA RETA
Essas cadeias lineares agrupam-se paralelamente, o que possibilita uma grande
interação intermolecular, originando um material rígido de alta densidade, utilizado na
fabricação de garrafas, brinquedos e outros objetos.
Sua sigla técnica é PEAD ou HDPE e sua identificação em processos de
reciclagem é dada pelo número 2.
POLIETILENO DE CADEIA RAMIFICADA
As ramificações das cadeias dificultam as interações, originando um material
macio e flexível, conhecido por polietileno de baixa densidade. Sua sigla é PEBD ou LDPE
e sua identificação em processos de reciclagem é dada pelo número 4.
É utilizado para produzir sacos plásticos, revestimento de fios e embalagens
maleáveis.
Os dois tipos de polietileno apresentam estruturas, propriedades e uso distintos,
mas a representação de ambos é feita da mesma maneira.
Os outros polímeros de adição são obtidos de maneira semelhante.
POLIPROPILENO
O polipropileno é obtido pela polimerização do propeno (propileno), sua sigla é PP
e, para efeitos de reciclagem, seu número é 5.
Suas características são:
-Alta dureza;
-Resistente à tração.
É utilizado para produzir objetos moldados, fibras para roupas, cordas, tapetes,
materiais solantes, bandejas, prateleiras e para-choques de automóveis, dentre outros.
POLIESTIRENO
Esse polímero é obtido pela adição sucessiva de vinil-benzeno (estireno).
O poliestireno é usado na produção de objetos moldados, como pratos, copos,
xícaras, seringas, material de laboratório e outros materiais rígidos transparentes.
Quando sofre expansão provocada por gases, origina um material conhecido por
isopor, que é utilizado como isolante térmico, acústico e elétrico.
Possui elevado índice de refração podendo ser utilizado em iluminação, sua sigla é
PS e seu número é 6.
POLICLORETO DE VINILA ( PVC)
Esse polímero é obtido a partir de sucessivas adições do cloreto e vinila
(cloroeteno).
A massa molar do policloreto de vinila pode atingir 1500 000 g/mol, e costuma-se
utiliza-lo para produzir tubulações, discos fonográficos, pisos e capas de chuva.
O couro sintético, que imita e substitui o couro de origem animal, é o policloreto
de vinila misturado com corantes e outras substâncias que aumentam sua elasticidade.
Uma de suas principais características é o fato de que ele evita a propagação de
chamas, sendo usado como isolante elétrico. Sua sigla é PVC e seu número é 3.
O PVC possui características semelhantes as dos metais, podendo ser serrado ou
moldado.
Com isso, pode ser utilizado na produção de tubos, filmes plásticos, bolsas,
toalhas, couros artificiais, cortinas entre outros.

TEFLON
É o produto da polimerização do tetrafluoreteno ou tetrafluoretileno.
O teflon é um polímero excepcionalmente inerte, não combustível e bastante
resistente. É usado para produzir fitas de vedação, para evitar vazamentos de água,
revestimentos antiaderentes de panelas e frigideiras, isolante elétrico, canos e equipamentos
para a indústria química (válvulas e registros), dentre outros. Sua sigla é PTFE, seu número
7 também é usado para outros polímeros.
O Teflon possui várias utilidades e aplicações dentre as quais se destacam:
-Baixo coeficiente de atrito, podendo ser utilizado em mancais;
-É resistente a solventes e ao calor, utilizado em revestimento de panelas;
-É também um isolante elétrico, por isso é utilizado também em peças
eletroeletrônicas.
POLIACRILONITRILA
É o produto obtido pela polimerização do acrilonitrila ou cianeto de vinila. Esse é
um dos poucos polímeros que podem ser obtidos em solução aquosa.
Se o poliacrilonitrila for adicionado a um solvente apropriado, ele pode ser
estirado facilmente, permitindo a obtenção de fibras de Lã sintética, comercializadas com
os nomes de orlon ou acrilon, Acrilã e Dralon.
Essas fibras podem sofrer processos de fiação com algodão, lã ou seda, originando
vários produtos, como cobertores, mantas, tapetes, carpetes e tecidos para roupas de
inverno.
Não é utilizado em processos de reciclagem.
POLIACETATO DE VINILA (PVA)
É o produto obtido pela polimerização do acetato de vinila.
Grande parte do PVA produzido atualmente é utilizada para a produção de tintas,
adesivos e goma de mascar.
Sua sigla é PVA e seu número é 7.
POLIMETA-ACRILATO DE METILA (PLEXIGLASS OU ACRÍLICO®)
É o produto da polimerização do meta-acrilato de metila.
Na produção desse polímero, faz-se com que a reação ocorra até que se forme uma
massa pastosa, a qual é derramada em um molde ou entre duas lâminas verticais de vidro,
onde ocorre o fim da polimerização. As peças assim obtidas são incolores, apresentando
grande transparência.
Sua sigla é PMMA, e seu número é 7.
Esse polímero é utilizado para produzir lentes de contato, óculos, painéis
transparentes, lanternas de carro, painéis de propaganda, lustres, semáforos e objetos
transparentes. É, também, utilizado em tintas a base de látex, com a função de
impermeabilizar e dar brilho à superfície pintada.
POLIACETILENO
O poliacetileno é o primeiro polímero condutor de corrente elétrica. Esse polímero
tem baixa densidade, "não enferruja" e pode formar lâminas finas.
A capacidade de condução elétrica se deve à presença de duplas ligações
alternadas em sua estrutura, o que permite que os elétrons fiquem deslocalizados ao longo
da cadeia.
BORRACHAS SINTÉTICAS
As borrachas sintéticas, quando comparadas às naturais, são mais resistentes às
variações de temperatura e ao ataque de produtos químicos, sendo utilizadas para a
produção de mangueiras, correias e artigos para vedação.
Existem outros tipos de borrachas sintéticas formadas pela adição de dois tipos
diferentes de monómeros. Essas borrachas são classificadas como copolímeros.
Copolímeros são polímeros formados por mais de um tipo de monómero.
A mais importante dessas borrachas é formada pela copolimerização do eritreno
com o estireno, que é conhecida pelas siglas GRS (government rubber styrene) ou SBR
(styrene butadiene rubber), cuja principal aplicação é a fabricação de pneus.
BORRACHAS SINTÉTICAS - BUNA-S
As tintas do tipo látex são misturas parcialmente polimerizadas de estireno e
dienos em água. Essa mistura também contém agentes emulsificantes, como sabão, que
mantêm as partículas dos monómeros dispersas na água. Após a aplicação desse tipo de
tinta, a água evapora, permitindo a copolimerização e revestindo a superfície pintada com
uma película.
Foi muito utilizada na 2ª Guerra Mundial para substituir a borracha natural, sendo
utilizada atualmente nas bandas de rodagem dos pneus.
Conhecida por GRS (Government Rubber Styrene) e SBR (Styrene Butadiene
Rubber).
Outro tipo de borracha sintética, conhecida pelos nomes Perbunan e Chemipol.
POLIAMIDA (NYLON®)
-Apresenta elevada dureza, é utilizado na fabricação de engrenagens e em outras
peças de maquinaria;
-Possui baixo coeficiente de atrito podendo ser utilizado em rolamentos não
lubrificados;
-Pode ser transformado em finos filamentos, empregados principalmente na
confecção de roupas e até pára-quedas.
-O polímero obtido por essas sucessivas combinações, conhecido por nylon, tem
grande aplicação na indústria têxtil e foi primeiramente obtido em 1938 pelo químico
Wallace Hume Carothers.
O POLIURETANO
Utilizado como isolante termo-acústico. Pode ser expandido por gases, formando
uma espuma utilizada na fabricação de colchões e travesseiros.
POLIÉSTERES (PET)
Obtidos pela reação entre um carboxilácido e um diálcool.
Mais importante é o dacron, conhecido pelo nome Tergal.
É utilizado em capas de chuva, garrafas de refrigerantes, como fibra têxtil,
fabricação de engrenagens, varas e linhas de pesca.
BAQUELITE
Se for filiforme, é conhecido como Novolac, usado como verniz.
Se for tridimensional, recebe o nome de baquelite e é usado em materiais elétricos
(baixa condutividade elétrica) e em cabos de panelas (baixa condutividade térmica).
SILICONES
Como o carbono, o silício(Fam. 4A) forma compostos de cadeia, estes compostos
podem sofrer polimerização e então são usados em borrachas de silicone, resinas, graxas,
colas, implantes dentários e cirurgias plásticas.
Para facilitar os estudos, os polímeros podem ser classificados de outras diferentes
formas. Cada um do critério utilizado para essa classificação enfoca um determinado
aspecto dos polímeros. São elas:
• Na origem do polímero;
• Na fusibilidade e/ou solubilidade do polímero;
• No comportamento mecânico do polímero;
• No número de monômeros;
• No método de preparação dos polímeros;
• Na estrutura química da cadeia polimérica;
• Na configuração dos átomos da cadeia polimérica;
• No encadeamento da cadeia polimérica
• Na taticidade da cadeia polimérica;
REAÇÕES DE POLIMERIZAÇÃO
O processo de polimerização atualmente é considerado um dos tipos mais
importantes de composição de macromoléculas, tende a ocorrer em compostos químicos
com ligação dupla, pois os dois sítios ativos permitem o crescimento da cadeia polimérica.
Do ponto de visa econômico e prático, os polímeros mais importantes atualmente
são os sintéticos, mas eles não se encontram prontos na natureza para o uso, diferente dos
polímeros naturais. Os polímeros sintéticos, como o próprio nome diz, devem ser
sintetizados.
“Os polímeros são produzidos sinteticamente através da reação de polimerização
dos seus monómeros. A polimerização é a reação na qual pequenas moléculas de uma
substância se combinam entre si formando um composto de peso molecular elevado com ou
sem formação de subprodutos de baixo peso molecular. A formação do plástico polietileno,
a partir do etileno é um exemplo de reação de polimerização.” (Russel; 2000)
Resumindo polimerização é o processo que transforma quimicamente o monómero
em polímero. Por exemplo, o polietileno é formado por sucessivas adições de unidades
CH2=CH2 (monómero) à cadeia polimérica em crescimento.

TIPOS DE POLIRREAÇÕES
Podemos dividir os polímeros em dois grandes grupos:
 Polimerização por adição
Também conhecido como polimerização em cadeia, consiste por meio de ligações
insaturadas adicionando uma molécula a outra, estas moléculas são constituídas de apenas
um monómero. (Andrade; 1995)
O desenvolvimento da cadeia pode ser iniciado pela introdução de um radical livre
ou íon que, adicionado a uma molécula de monómero insaturado, gera uma espécie ativa,
que por reações sucessivas com outras moléculas dos monómeros da origem à cadeia
polimérica. Estas reações dão-se através de compostos insaturados, os quais contêm
ligações duplas e triplas. (Clark; 1971)
Segundo Salvador, 2000. Um exemplo disso na polimerização por adição é o do
cloreto de vinila (PVC), que as ligações formadas anteriormente dão origem a ligações
simples.
Os polímeros vinílicos são derivados de monômeros vinílicos, cuja estrutura está
mostrada abaixo. Tais polímeros formam uma subclasse muito importante dentro de
materiais poliméricos e são empregados em um grande número de aplicações. O tipo de
grupamento vinílico determina as características específicas de cada polímero.

R = radical vinílico
A maneira com que os grupamentos vinílicos são dispostos nas cadeias também é
muito importante na determinação de características fundamentais dos polímeros e gera
polímeros estereo-isômeros. Assim, a polimerização de um mesmo monômero pode dar
origem a polímeros com configurações diferentes, onde grupamentos periféricos às cadeias
principais são distribuídos de forma diferentes. A forma de distribuição de grupamentos
químicos ao longo de uma cadeia define a taticidade do polímero. Polímeros atáticos
apresentam os grupamentos periféricos (por exemplo, grupos vinílicos) distribuídos
aleatoriamente pelas cadeias, enquanto em polímeros sindiotáticos, os grupamentos
periféricos se dispõem alternadamente de um lado e do outro da cadeia. Já, polímeros
isotáticos apresentam grupamentos periféricos situados em apenas um lado da cadeia
polimérica.
A polimerização por adição gera polímeros termoplásticos, que podem ser
repetidamente aquecidos e resfriados. O polímero formado é mais puro, restrito e
concordante com a etimologia. (Andrade; 1995)
Caso duas diferentes espécies de monómeros sejam utilizadas como materiais de
partida, pode ocorrer copolimerização, com possibilidade de formação de uma imensa
variedade, dependendo das proporções dos monómeros no produto. (Andrade; 1995)
Nesse caso, como não existe diferença de reatividade em relação aos monómeros
dos grupos terminais da cadeia, em qualquer fase do seu crescimento, podemos obter uma
evolução uniforme, sem as etapas distintas que caracterizam as poliadições. Os mesmos
efeitos observados, quando da adição de um ácido mineral, na velocidade de substituição
nucleofílica da hidroxila de um ácido por um grupo alcóxido, serão sentidos na velocidade
de formação de um polímero que envolva essa mesma reação sucessivamente.
 Polimerização por condensação
É a produção de uma macromolécula, que através de uma polirreação elimina a
menor molécula e forma uma ligação entre dois monómeros.
Os polímeros de condensação são aqueles obtidos por meio de reações entre
monómeros (iguais ou diferentes), onde há a saída de uma molécula de uma substância, que
é geralmente a água.
“Por exemplo, um álcool como o etilenoglicol condensa-se com um ácido, como o
ácido tereftálico, formando uma resina de poliéster. O Glicerol condensa-se com o ácido
ortoftálico, formando uma resina alquílica.” (Salvador; 2000 e russel;1981).
A resina fenólica, também conhecida como baquelite foi obtido através dos
primeiros plásticos que foram produzidos condensando-se formaldeído com fenol. (Clark;
1971)

TÉCNICAS DE POLIMERIZAÇÃO
A necessidade da obtenção de polímeros com melhor composição (ou seja, isentos
de impurezas) no menor tempo possível, impulsionou o desenvolvimento das técnicas de
polimerização. E hoje nos temos quatro técnicas de polimerização. Duas passam em
sistema heterogênio e as outras duas no homogêneo.
 Polimerização em massa
A polimerização em massa é vastamente utilizada em policondensações industriais
onde há reações exotérmicas o aumento da viscosidade é um pouco lento, o que permite a
agitação, transferindo calor e eliminando bolhas. É pouco utilizada em monómeros
vinílicos, pois sua aplicação é mais complicada. Sua desvantagem é a qualidade da pureza
do polímero.
 Polimerização em solução
Utiliza-se solvente para os monómeros, podendo dissolver também o polímero. A
vantagem é a uniformidade da temperatura, devido a facilidade de transferência de calor. As
limitações são o retardamento da reação do solvente e a difícil remoção do polímero,
podendo provocar bolhas.
 Polimerização em emulsão
Nesta técnica utiliza-se sabão com a finalidade de emulsificar os monómeros
geralmente em água. Devido ao seu fácil controle de temperatura, rápida e alta conversão
com fácil agitação, a polimerização e emulsão é vastamente empregada para poliadições.
Sua desvantagem é a dificuldade de total remoção do emulsificador.
 Polimerização em suspensão
Tem sua aplicação na indústria, sendo o meio reacional constituído de monómeros,
um iniciador neles solúvel em água. A agitação forma gotículas do monómero, onde ocorre
a polimerização. É comumente utilizado na preparação do poliestireno.
E por fim, um esquema da reação de polimerização por adição e por condensação:
APLICAÇÕES
Os milhões de toneladas de polímeros sintéticos não chegam nem perto da
quantidade de polímeros naturais existentes na Terra. Afinal, o principal componente que
compõe a parede celular de plantas e árvores é a celulose, ou seja, um polímero que contém
carbono, hidrogênio e oxigênio. Outra forma de encontrar polímero natural são as
proteínas, encontradas tanto na vida vegetal quanto animal, são produzidas pela
condensação de α aminoácidos. Além desses, existem outros polímeros que são menos
abundantes, por exemplo, a borracha.
Contudo a indústria de plástico é recente, e veio para revolucionar o nosso dia a
dia, apesar desse modo ter criado problemas ambientais, principalmente por resíduos
plásticos e lixo que produzem gás tóxico quando incinerados. Sobretudo, as vantagens
sobrepõem a este inconveniente.

A facilidade de conversão de polímeros à forma que deseja faz com que tenha uma
vasta aplicação e permitiu que a população obter itens a baixo custo, a utilização vai de
frágeis válvulas cardíacas até substitutos do aço. Sendo assim, são empregados nos setores
de construção civil, indústria elétrica e eletrônica, indústria de automóvel, na medicina,
calçado, esporte, embalagens, etc.
EXEMPLOS DE MATERIAIS POLIMERIZADOS POR CONDENSAÇÃO:
a) Baquelite
O baquelite é usado para se fabricar cabos de panela, tomadas, interruptores,
telefones, máquinas fotográficas e bolas de bilhar.

b) Kevlar
É uma poliamida, sendo que sua reação de polimerização por condensação ocorre
entre o ácido tereftálico (ácido p-benzenodioico) e a diamida p-benzenodiamida:
O kevlar é um polímero muito resistente, que é usado em coletes à prova de balas,
chassis de carros de corrida, bicicletas e aviões.

c) Policarbonato
Ele é formado pelo fosgênio (COCl2) e pelo p-isopropilenodifenol (bisfenol A), e
a molécula que é liberada é a do gás cloreto (HCl):
O policarbonato é um plástico transparente, com alta resistência mecânica, usado
em janelas de aviões, visores de capacetes, coberturas transparentes e em capas de CDs.

d) Náilon
O náilon é um tecido sintético usado principalmente na confecção de meias finas
para mulheres, conhecidas como “meias-calças”.
e) PET
O PET também é conhecido por outros nomes, como dracon, terilene ou tergal.
Esse polímero de condensação é um poliéster, sendo que sua reação de formação ocorre
entre o álcool etilenodiol (etileno-glicol) e o ácido tereftálico (ácido p-benzenodioico):

O principal uso desse polímero é em garrafas plásticas, mas ele também é usado na
fabricação de tecidos, cordas, filmes fotográficos, fitas de áudio e vídeo, guarda-chuvas,
gabinetes de fornos e em embalagens.
POLÍMERO DO FUTURO
Para driblar os inconvenientes de implantes feitos com ligas metálicas,
pesquisadores exploram o potencial de polímeros biodegradáveis. O poliuretano-
caprolactona, por exemplo, demonstrou bons resultados em implantes temporários para
células nervosas e ósseas.

Amostra do polímero biodegradável poliuretano-caprolactona, que se mostrou eficiente como


matéria-prima para próteses de tecido nervoso e ósseo (foto: Gilson Oliveira/ PUCRS).
POLÍMEROS E MEDICINA
A associação, embora ainda pouco conhecida pelo grande público, já mostrou
grande potencial nos laboratórios: válvulas cardíacas, implantes odontológicos, regeneração
de nervos. As possibilidades são muitas e pesquisas recentes tratam de aumentar o leque de
benefícios e reduzir os riscos do uso cirúrgico de materiais tão maleáveis como os
polímeros sintéticos.
Os resultados muitas vezes são surpreendentes. É o caso da pesquisa desenvolvida
pela química industrial Vanusca Dalosto Jahno no Laboratório de Organometálicos e
Resinas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), durante a
realização de seu doutorado. O estudo apontou para o uso do polímero poliuretano-
caprolactona na regeneração de células nervosas e ósseas.
Em virtude de seu caráter biodegradável, o implante feito com esse polímero é
gradualmente absorvido pelo organismo. O tempo de degradação ainda está em análise,
mas já se sabe que o processo se dá em um período de no mínimo seis meses. No caso de
regeneração óssea, o tecido aos poucos assume o lugar do implante, que tem formato
semelhante ao do osso original.
O processo para regenerar células nervosas é semelhante. “Quando o nervo
apresenta um defeito”, explica a química, “coloca-se um tubo do polímero para conectar
suas extremidades. Assim, as células recebem uma orientação para onde devem crescer. O
polímero vai se degradando conforme o tecido nervoso é regenerado”.
BIOMATERIAL
O poliuretano-caprolactona foi escolhido entre diversos polímeros pelo fato de
apresentar bons resultados em testes feitos com ratos, além de ter boa maleabilidade. Outra
aplicação possível da substância é como auxiliar na regeneração de tecido cutâneo e em
implantes odontológicos. Contudo, por ser relativamente flexível, não é indicado para uso
em implantes e próteses que recebem alto impacto, como as feitas para quadril, coluna
vertebral e joelhos. “Existem outros biomateriais para essa finalidade”, ressalta Jahno.
Os testes com o material vão continuar até que se conheçam com precisão os
eventuais riscos de seu uso para a saúde. Até o momento, porém, o poliuretano-
caprolactona se mostra promissor, assim como outros polímeros biodegradáveis. E diversas
áreas do conhecimento, como a química, a biologia, a medicina e as engenharias, estão
tratando de descobrir todo o potencial desses materiais.
O grande potencial do novo biopolímero atraiu o interesse de empresa
brasileira AS Technology, sediada em São José dos Campos (SP). A empresa, que investe
na pesquisa de Jahno, já depositou um pedido de patente, juntamente com a PUCRS, no
escritório do Instituto Nacional de Proteção Industrial.
INOVAÇÕES DO PLÁSTICO NA COMUNICAÇÃO.
O universo dos eletroeletrônicos, da informática, da comunicação, da transmissão
de dados e do entretenimento não teria chegado aos dias de hoje com tantos avanços em
tecnologia sem as inovações do plástico. Graças à versatilidade dos plásticos, foi possível
desenvolver tecnologias cada vez mais avançadas, com menos peso e consumo de energia.
Hoje, temos eletrônicos mais eficientes, acessíveis e fáceis de serem reciclados. O setor de
eletroeletrônicos responde por 5,5% do consumo mundial de material plástico.
A eletricidade é essencial para o padrão de vida moderno, mas também é
potencialmente letal se não receber isolamento adequado.
Por não serem condutores de eletricidade, os plásticos são utilizados numa
variedade de aplicações. Pode-se afirmar que o setor de eletroeletrônicos não poderia
evoluir sem o desenvolvimento dos materiais poliméricos, já que não existem materiais
concorrentes com a mesma combinação de propriedades: resistência ao impacto,
flexibilidade, fácil processabilidade, moldabilidade, leveza e excelente isolamento elétrico.
Por exemplo: o PVC é amplamente utilizado para isolar a fiação elétrica, os
plásticos termofixos (que podem suportar altas temperaturas) são usados para interruptores,
luminárias e alças. E praticamente todas as carcaças de dispositivos eletrônicos (televisões,
geladeiras, computadores, ventiladores) são produzidas com materiais poliméricos como:
polipropileno, resinas estirênicas (ABS, SAN e HIPS) ou policarbonatos.
Além das propriedades de isolamento, a versatilidade do plástico permite
inovações sem limite às novas tecnologias.
Entre as tendências na área estão os dispositivos eletrônicos baseados em materiais
poliméricos para a confecção de condutores e semicondutores orgânicos. Esses novos
materiais (como as polianilinas), que vão além dos eletrônicos convencionais baseados em
silício, abrem perspectivas para o desenvolvimento de sistemas microeletrônicos, de
materiais poliméricos eletricamente ativos, capazes de suprir a demanda por equipamentos
eletrônicos finos, flexíveis, leves, de baixo custo e com diversas funcionalidades.
As principais vantagens da utilização de polímeros em aplicações eletroeletrônicas
são a simplicidade e a economia no desenvolvimento, como no processo de impressão em
circuitos em que os polímeros podem ser dissolvidos em solventes especiais para gerar uma
espécie de tinta eletrônica. Além disso, os polímeros favorecem a diminuição do consumo
de energia, a economia de espaço, a diminuição de peso e segurança. Quanto maior o
avanço do setor de tecnologia e comunicação, mais soluções o plástico pode proporcionar
para as inovações.
Eficiência: Os polímeros ajudam a armazenar energia por mais tempo. É por isso
que as telas de LCD (liquid crystal display) planas consomem menos energia do que as
telas comuns.
Design: A eficiência dos recursos proporciona a flexibilidade do design das peças
plásticas.
Leveza: A minimização dos aparelhos, como smartphones, só foi possível com a
utilização de diferentes tipos de polímero.
Resistência: A alta capacidade para isolar a corrente elétrica, combinada com sua
resistência a choques e tensões mecânicas, e a flexibilidade e durabilidade do material,
torna o plástico ideal em aplicações vitais garantindo fontes de alimentação de energia
seguras, confiáveis e eficientes.
Segurança: Para evitar incêndios em fontes de energia elétrica, o plástico
proporciona soluções que inibem a ignição e retardam a chama, atendendo a normas e
legislação de segurança exigida aos produtos.
CONCLUSÃO
Portanto, é interessante referir que o primeiro polímero puramente sintético de uso
comercial somente surgiu em 1907 (Baquelite). Desde então a indústria e a utilização de
polímeros não parou de se desenvolver e crescer. Os plásticos fazem parte do cotidiano da
humanidade. Grande parte das casas, dos utensílios domésticos, dos automóveis, das roupas
que as pessoas vestem e embalagens são feitos de materiais poliméricos.
Fazendo uma análise sucinta desses materiais, verificamos que se tratam, na
maioria, de produtos artificiais. Frutos da moderna e eficiente indústria petroquímica. Mas
se hoje é assim é porque os polímeros naturais existentes foram exaustivamente estudados
até que a relação entre sua arquitetura molecular e suas propriedades fosse compreendida.
Apesar de atualmente ser mais viável economicamente comercializar polímeros sintéticos,
os polímeros naturais ainda mantêm sua importância tanto prática quanto teórica. Ainda
hoje a borracha natural mantém seu uso e se hoje existem grandes variedade de elastômeros
(borrachas sintéticas) é devido ao entendimento que tiveram da arquitetura molecular da
borracha natural. Percebemos então que os responsáveis pela era dos polímeros são os
cientistas pesquisadores que se aventuraram pelo desconhecido universo das estruturas
moleculares desses materiais.
Os polímeros constituem matéria-prima para a confecção de artigos com a
finalidade de atender as mais diversas áreas de utilização.
No futuro, é provável que, os descendentes dessa geração se reportem a essa época
como sendo a era do plástico. No entanto, pode-se questionar: seria possível manter os
atuais padrões de conforto sem a existência dos plásticos?
Certamente, os polímeros e os plásticos serão os materiais determinantes para
vencer alguns desafios do desenvolvimento no presente século.

BIBLIOGRAFIA:

 http://www.colegioprotagoras.com.br/downloads/ProfXuxuPolimeros12062012.pdf
 http://homepage.ufp.pt/madinis/Trabalhos/CMAT/2003_2004/Pedro%20e%20Victor.
pdf
 http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea000223.pdf
 http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/polimeros-condensacao.htm
 Silva, A. J. (06 de abril de 2014). UENF. Fonte: http://aulas.e-
agps.info/cmateriais/cap6-parte3.pdf
 Alves, L. (08 de abril de 2014). Brasil Escola. Fonte:
http://www.brasilescola.com/quimica/polimeros.htm
 Dermaquete, N. (08 de abril de 2014). Introdução a ciência dos materiais para
engenharia. Fonte: USP: http://www.pmt.usp.br/pmt5783/Pol%C3%ADmeros.pdf
 http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/1337/n/polimero_do_futuro
 http://www.plasticotransforma.com.br/inovacao-do-plastico-na-comunicacao

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