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Departamento de Química
4º ano
Trabalho de Investigação no 01
Discentes:
Índice
1. Introdução ........................................................................................................................................... 1
1.1. Objectivos ..................................................................................................................................... 2
1.1.1. Objectivo geral ....................................................................................................................... 2
1.1.2. Objectivos específicos ............................................................................................................ 2
2. Revisão bibliográfica ............................................................................................................................ 2
3. Polímeros ............................................................................................................................................ 2
4. Classificação dos Polímeros.............................................................................................................. 3
5. Conclusão .......................................................................................................................................... 13
Referências Bibliográficas ...................................................................................................................... 14
1. Introdução
Desde os tempos mais remotos o homem tem usado polímeros naturais como amido, celulose e
seda, entre outros. Além disso, cerca de 18% do nosso organismo é constituído por proteínas, que
são polímeros naturais. A partir da primeira metade do século XX, quando o Químico alemão
Hermann Staudinger (1881-1965, pioneiro no estudo da química dos polímeros, galardoado com
o Prémio Nobel da Química em 1953) descobriu o processo de polimerização, a síntese de
polímeros deixou de ser apenas um fenómeno natural (Canevarolo,2006).
Desde então, o estudo dos polímeros naturais e principalmente dos sintéticos desenvolveu-se
rapidamente. Actualmente, é difícil imaginar a vida humana sem a utilização de polímeros. Assim,
a indústria de polímeros constitui um dos pilares do estilo de vida contemporâneo.
É comum observar que peças inicialmente produzidas com outros materiais, particularmente metal,
vidro ou madeira, têm sido substituídos por estes. Esta expansão se deve, principalmente, pelas
suas principais características, que são: baixo custo, peso reduzido, elevada resistência, variação
de formas e cores, além de apresentar, muitas vezes, um desempenho superior ao do material antes
utilizado.
É enorme a quantidade de bens que nos cercam, produzidos a partir de materiais poliméricos, uma
vez que eles são utilizados em quase todas as áreas das actividades humanas, principalmente para
sectores como os da produção de produtos domésticos, brinquedos, produtos para a área da
construção civil, produtos para a área da saúde, produtos para a área de informática, electrónica,
automóvel, militar e aviação, entre outros, os polímeros vieram dinamizar e aumentar níveis de
produção dos produtos. E incorporam-se de forma permanente ao quotidiano das nossas vidas.
submetidos a uma carga, deformam-se significativamente. Esta deformação é reversível, dado que
o material retoma as suas dimensões originais ao ser removida a carga (Lyman et al, 1989).
1.1. Objectivos
2. Revisão bibliográfica
Consistiu na pesquisa de fundamentos teóricos nas bibliotecas físicas e virtuais como forma de
efectuar um enquadramento teórico adequado à elaboração deste trabalho.
3. Polímeros
3.1.Definição
Polímero é qualquer material orgânico ou inorgânico, sintético ou natural, que tenha um alto peso
molecular e com variedades estruturais repetitivas, sendo que normalmente esta unidade que se
repete é de baixo peso molecular (Manrich, 2005).
A palavra polimero origina-se do grego poli (muitos) e mero (unidade de repetição). Assim, um
pohero é uma macromolécula composta por muitas (dezenas de rmlhares) de unidades de repetição
denominadas meros, ligadas por ligação covalente. A matériaprima para a produção de um pohero
é o monômero, isto é, uma molécula com uma (mono) unidade de repetição.
A matéria-prima para a produção de um polímero é o monômero, isto é, uma molécula com uma
(mono) unidade de repetição. Dependendo do tipo de monômero (estrutura química), do número
médio de meros por cadeia e do tipo de ligação covalente, pode-se dividir os polímeros em três
grandes classes: Plásticos, Borrachas e Fibras.
Polímeros Naturais:
A borracha natural é obtida das árvores através de incisão feita em seu caule, obtendo-se um
líquido branco de aspecto leitoso, conhecido por látex. As cadeias que constituem a borracha
natural apresentam um arranjo desordenado e, quando submetidas a uma tensão, podem ser
estiradas, formando estruturas com comprimento maior que o original.
Polímeros Sintéticos:
Dentro desta classificação, analisa-se o poiímero através da estrutura química do seu mero. Duas
subdivisões são possíveis em princípio: polimeros de cadeia carbônica e poiímeros de cadeia
heterogênea.
Poliolefinas
Polimeros de dienos
Poiímeros derivados de monômeros com dienos, isto é, duas duplas ligações carbono-carbono
reativas geram cadeias poiiméricas flexíveis com uma dupla ligação residual passível de reação
posterior. Estes poiímeros são borrachas que podem ser volcanizadas com enxofre, fazendo-se
uso da dupla ligação residual presente no mero. Ex. Polibutadieno, Policloropreno, Borracha
Natural (Poli-cis-iqreno, NR).
Poiímeros estirênicos
Polimeros clorados
Monômeros clorados (com um ou mais átomos de cloro) definem uma outra importante classe de
poiímeros, com boas propriedades mecânicas geradas pelas altas forças intermoleculares devido a
polaridade do átomo de cloro. O mais importante poiímero desta classe é o policloreto de vida
(PVC), provavelmente o poiímero de maior produção e consumo no mundo. O aumento de um
para dois átomos de cloro no mero, caso do policloreto de vinilideno (PVDC), desenvolve ainda
mais as forças intermoleculares, tornando-se uma excelente barreira para gases e vapores.
Polímeros fluorados
Poiímeros acrílicos
Nesta classe, os polímeros são derivados do ácido acrílico CH2 = CH-CO-OH e metacrrlico
CH,=C(CH3)-CO-OH. O principal deles, devido à sua alta transparência, é o polimetilmetacrilato
(PAMMA), conhecido por acrilico, e a poliacrilonitrila (PAN -utilizada na fiação). Dos
copolimeros, o mais importante é a borracha nitrilica, um copoiímero butadteno-acrilonitrila que
possui alta resistência a combustíveis e solventes orgânicos.
Polivinil esteres
Poliacetato de vinila (PVA) pertence a esta classe, e é muito utilizado na forma de emidsões
aquosas para a confecção de tintas. A partir da desacetilação do PVA, obtém-se o poliálcool
vinílico (PVN), que é um dos poucos polímeros solúveis em água.
Nesta classe de polímeros, a cadeia principal possui, além do carbono, um outt-o átomo,
conhecido por heteroatomo, cujos exemplos são o oxigênio, nitrogênio, enxofre, silício, etc.
Poliéteres
Esta classe de heteropolimeros se caracteriza pela presença da ligação éter -C-OC- na cadeia
principal. O poliéter de estrutura química mais simples é o poliacetal (ou poliformaldeído),
considerado um termoplástico de engenharia por suas boas propriedades físico-mecânicas.
Poliesteres
Nesta classe, a ligação caracteristica é a ligação éster -CO-O- podendo gerar cadeias sahiradas
(formando termoplásticos de engenharia) ou insaturadas (gerando termofilos), dependendo do tipo
de material inicial empregado (saturado ou não).
Policarbonato
A ligação característica neste caso é a ligação -O-CO-O- sendo normalmente aromáticos com
cadeias lineares.
Poliamidas
A ligação arnida -NH-CO- define esta classe, subdividindo-se em produtos naturais (proteínas,
seda, lã) e os sintéticos. Estes materiais são ditos termoplásticos de engenharia TE, devido à alta
resistência mecânica e estabilidade dimensional. A alta resistência mecânica que estes materiais
possuem se deve às ligações do tipo pontes de hidrogênio, formadas entre as carbonilas de uma
cadeia e o hidrogênio da ligação amida da outra cadeia. Por outro lado, a presença desta ligação
facilita a permeação de moléculas de água, difundindo entre as cadeias e se posicionando na ponte
de hidrogênio.
Poliuretanos
Uma classe razoavelmente versául é a dos poliuretanos caracterizados pela ligação -NH-CO-O-.
Estes polímeros podem se apresentar tanto na forma de um termoplástico, termofilicos, elastômero
Aminoplásticos
São poheros derivados de materiais iniciais do tipo arninas -C-NH,. Como exemplos, temos as
resinas termofixas de uréia - formaldeído e a melamina - formaldeído (fórmica).
Derivados da celulose
Partindo-se do produto natural celulose é possível, por meio de várias reações químicas diferentes,
obter-se derivados da celulose com características de um material plástico convencional (e com
isto permitindo seu processamento). Assim, com a acetilação obtém-se o acetato de celulose.
Outros exemplos são: acetato-butirato de celulose, carboxi-metil-celulose, celulose regenerada.
Siliconas
Esta classe de heteropolímeros apresenta a ligação -Si-O- formando a cadeia principal. As duas
outras ligações do átomo de silício podem ser ocupadas por radicais diferentes produzindo vários
tipos de siliconas. Destes, o mais comum é o polidimetil silicona (mais conhecido simplesmente
por silicone) nos quais os dois substituintes são radicais metis (-CH3).
Polimeros de adição
Os polímeros de adição são formados por monômeros iguais que apresentam pelo menos uma
dupla ligação a qual é rompida para que ocorra a reação de adição. Como exemplo temos a
formação de um polímero muito empregado em tubulações de água, o policloreto de vinila - PVC:
As substâncias usadas na geração de polímeros manifestam de forma obrigatória uma ligação dupla
entre os carbonos. Ao momento que ocorre a polimerização, acontece a quebra da ligação π e
também a geração de duas novas ligações simples.
Polímeros de condensação
Os polímeros de condensação são formados geralmente pela reação entre dois monômeros iguais
ou diferentes, com eliminação de moléculas pequenas, geralmente de água, um álcool ou ácido.
Nessa modalidade de polimerização, os monômeros não necessitam demonstrar ligações duplas
por meio dos carbonos, no entanto, é extremamente necessária a presença de dois tipos de grupos
funcionais distintos.
Nesta reação ocorre a quebra da ligação C–OH no ácido e N–H na amina, levando a formação de
água (H2O) e da ligação C–N que “une” os monômeros. O polímero obtido por essas sucessivas
combinações, conhecido por nylon, tem grande aplicação na indústria têxtil e foi primeiramente
obtido em 1938 pelo químico Wallace Hume Carothers.
De acordo com seu comportamento mecânico, os polímeros são divididos em três grandes grupos:
elastômeros ou borrachas, plásticos e fibras.
Elástomeros
Apresentam moléculas grandes e flexíveis, que tendem a se enrolar de maneira caótica. Quando
submetidos a uma tensão, as moléculas desses polímeros se desenrolam e deslizam umas sobre as
outras. Quando a tensão cessa, suas moléculas voltam à estrutura inicial. Exemplos: borracha
natural e artificial.
Plásticos
Quando submetidos a aquecimento e pressão, amolecem e podem ser moldados. Quando essas
condições são retiradas, o plástico endurece e conserva a forma do molde.
Fibras
Termoplástico orientado (com um sentido longitudinal dito eixo principal da fibra) satisfazendo a
condição geométrica de L/D > 100. A orientação das cadeias e dos cristais, feita de modo forçado
durante a fiação, aumenta a resistência mecânica desta classe de materiais, tornando-os possíveis
de serem usados na forma de fios finos. Como exemplos, têm-se as fibras de poliacrilonitrila
(PAN), os náilons, o poliéster (PET), etc
Polimeros organicos
Polímeros inorgânicos
Plásticos termoplásticos
São os polímeros lineares ou ramificados, que permitem fusão por aquecimento e solidificação por
resfriamento. Os termoplásticos são menos rígidos do que os termorrígidos, e podem ficar
amaciados com o aquecimento, voltando à sua forma original. São facilmente maleáveis para
produzir filmes, fibras e embalagens. Alguns exemplos são: polietileno (PE), polipropileno (PP) e
cloreto de polivinila (PVC). De acordo com seu comportamento mecânico, os polímeros são
divididos em três grandes grupos: elastômeros ou borrachas, plásticos e fibras. Em sua aplicação,
estes termos envolvem a expressão resina. Resina é uma substância amorfa ou uma mistura, de
peso molecular intermediário ou alto, insolúvel em água, mas solúvel em alguns solventes
orgânicos, e que, a temperatura ordinária, é sólida ou um liquido muito viscoso, que amolece
gradualmente por aquecimentos. Todas as resinas naturais são solúveis e fusíveis, e todos os
polímeros sintéticos que obedecem as condições acima apontadas são também chamados de
resinas sintéticas.
Os materiais termoplásticos são substâncias caracterizadas por sua propriedade de mudar de forma
sob a ação do calor, o que permite seu tratamento e moldagem por meios mecânicos (Manrich,
2005). Com o resfriamento, esses materiais recuperam sua consistência inicial com pouca ou
nenhuma variação em suas propriedades básicas. Entre eles estão os derivados da celulose, os
polímeros de adição e os polímeros de condensação. Os derivados da celulose são obtidos mediante
a adição de substâncias ácidas ou alcalinas à celulose vegetal ou sintetizada. O polietileno, as
resinas acrílicas, o vinil, o poliestireno e os polímeros de formaldeído constituem as principais
variedades de polímeros de adição com propriedades termoplásticas.
Os materiais termofixos ou termoestáveis se amoldam por aquecimento, mas depois de certo tempo
adquirem uma estrutura peculiar (ligações cruzadas) na qual endurecem rapidamente e se
convertem em materiais rígidos que, se aquecidos em excesso, se carbonizam antes de recuperar a
maleabilidade (degradação de sua estrutura química). As poliuretanas, reduzidas a lâminas, são
usadas como isolantes térmicos e espumas de recheio em almofadas. Os aminoplásticos, como as
resinas de uréia, são transparentes e resistem a pressões externas. Já os plásticos fenólicos, dos
quais a baquelita é um dos tipos principais, derivam do fenol ou álcool de benzeno. Os poliésteres
são fabricados habitualmente a partir de ácidos e alcoóis não saturados e são usados na fabricação
de tintas, fibras têxteis e películas. Quanto aos silicones, cadeias moleculares que usam átomos de
silício em vez de carbono, são usados na fabricação de lâminas de alta resistência mecânica e de
substâncias dielétricas. Devido à inocuidade fisiológica, são muito usados em próteses, para
substituir elementos do corpo humano.
5. Conclusão
Pode se concluir que em geral os polímeros são materiais leves, resistentes, versáteis, duráveis e
relativamente baratos. Estes materiais são uma presença constante no nosso dia-a-dia, o que os
torna muito importantes na actual sociedade de consumo. Para sectores como os da produção de
produtos domésticos, brinquedos, produtos para a área da construção civil, produtos para a área da
saúde, produtos para a área de informática, electrónica, automóvel, militar e aviação, entre outros,
os polímeros vieram dinamizar e aumentar níveis de produção dos produtos. Um polímero não é
mais que uma substância constituída por moléculas de grandes dimensões (macromoléculas),
caracterizadas pela repetição de uma (homopolímeros) ou mais unidades (copolímeros) de
dimensões inferiores, ligadas entre si por ligações covalentes. As unidades repetitivas dos
polímeros criam estruturas lineares ou ramificadas, sendo que este facto influencia a sua densidade.
As macromoléculas podem ainda interligar-se e, deste modo, formar uma rede tridimensional
reticulada. Podem obter-se diferentes tipos de copolímeros em função da forma como as moléculas
de monómeros se unem entre si. Deste modo, as unidades podem ser distribuídas aleatoriamente,
alternadas, em blocos ou ramificadas, permitindo que estas combinações dêem origem a polímeros
com diferentes propriedades baseados nas estruturas obtidas.
Referências Bibliográficas
Canevarolo Jr, S. (2006). Ciencia dos polimeros. (2ª edição). São Paulo.Artliber Editora.
Manrich, S. (2005). Processamento de termoplásticos. (1ª edição), São Paulo: Artiliber
Editora.
Lyman, D., et al. (1989). Polymers: biomaterials and medical applications. In J.
Kroschwitz.
Mano; Mendes, E.; L. (2010). Introdução a Polímeros. 4 ed, São Paulo. Ed Bluncher.
Michaeli, et al. (2008).Tecnologia dos Plásticos. 3 ed, Ed Bluncher,