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Polímero
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Os polímeros são compostos químicos de elevada massa molecular, resultantes de reações químicas
de polimerização.

Trata-se de macromoléculas formadas a partir de unidades estruturais menores (os monómeros). O


número de unidades estruturais repetidas numa macromolécula é chamado grau de polimerização.
Em geral, os polímeros contêm os mesmos elementos nas mesmas proporções relativas que seus
monômeros, mas em maior quantidade absoluta.

Índice
 1 Nomenclatura
 2 História
 3 Reações de polimerização
 4 Características
 4.1 Termoplásticos
 4.2 Termorrígidos (Termofixos)
 4.3 Elastômeros (Borrachas)
 4.4 Exemplos
 4.5 Polímeros termoendureciveis (termofixos, ou de condensaçao)
 4.6 Elastômeros (borrachas)
 5 Reciclagem
 6 Referências
 7 Ver também
 8 Ligações externas

Nomenclatura
As normas internacionais publicadas pela IUPAC indicam que o princípio geral para nomear os
polímeros é utilizando-se o prefixo poli-, seguido da unidade estrutural repetitiva que define ao
polímero, escrita entre parênteses. [1]. Por exemplo: Poli (tio-1,4-fenileno)

As normas da IUPAC são geralmente usadas para nomear os polímeros de estrutura complexa, uma
vez que permitem identificá-los sem produzir ambiguidades nas bases de dados de artigos
científicos.[2] Porém, não costumam ser usadas para polímeros de estrutura mais simples e de uso
comum, principalmente porque esses polímeros foram inventados antes que se publicassem as
primeiras normas da IUPAC, em 1952, e por isso seus nomes tradicionais já haviam sido
popularizados.

Na prática, os polímeros de uso comum costumam ser denominados das seguintes maneiras:

 Prefixo poli- seguido do monômero de onde se obtém o polímero. Esta convenção é distinta da
convenção da IUPAC porque o monômero nem sempre coincide com a UER, e utiliza uma
denominação sem uso de parêntese e, em muitos casos, seguindo uma nomenclatura
"tradicional". Exemplo: polietileno em vez de "poli (metileno)"; poliestireno em vez de "poli
(1-feniletileno)".

 Para copolímeros, costumam-se listar simplesmente os monômeros que os formam, precedidos


da palavra "goma", se é um elastômero, ou "resina", se é um plástico. Exemplos: acrilonitrilo
butadieno estireno; goma estireno-butadieno; resina fenol-formaldeído.

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 É frequente também o uso indevido de marcas comerciais como sinônimos de polímeros,


independentemente da empresa que o fabrique. Exemplos: Nylon para poliamida, Teflon para
politetrafluoeretileno, Neopreno para policloropreno, Isopor para poliestireno.

A IUPAC reconhece que os nomes tradicionais estão firmemente fixados por seu uso e não pretende
aboli-los, apenas reduzindo-os gradativamente em suas utilizações nas publicações científicas.

História
Até a primeira metade do século XIX acreditava-se na chamada Teoria da Força Vital enunciada por
Berzelius. Até o século XIX somente era possível utilizar polímeros produzidos naturalmente, pois
não havia tecnologia disponível para promover reações entre os compostos de carbono. .

Posteriormente, Friedrich Wöhler, discípulo de Berzelius, derruba a teoria da Força Vital. Com essa
derrubada as pesquisas sobre química orgânica se multiplicam. Em 1883 Charles Goodyear descobre
a vulcanização da borracha natural. Por volta de 1860 já havia a moldagem industrial de plásticos
naturais reforçados com fibras, como a goma-laca e a gutta-percha. Em 1910 começa a funcionar a
primeira fábrica de rayon nos EUA e em 1924 surgem as fibras de acetato de celulose.

Henri Victor Regnault polimeriza o cloreto de vinila com auxílio da luz do sol, EINHORN &
BISCHOFF descobrem o policarbonato. Esse material só voltou a ser desenvolvido em 1950 e
finalmente em [1970], Bakeland sintetiza resinas de fenol-formaldeído. É o primeiro plástico
totalmente sintético que surge em escala comercial.

O período entre 1920 e 1950 foi decisivo para o surgimento dos polímeros modernos. Durante a
década de 1960 surgem os plásticos de engenharia. Na década de 1980 observa-se um certo
amadurecimento da Tecnologia dos Polímeros: o ritmo dos desenvolvimentos diminui, enquanto se
procura aumentar a escala comercial dos avanços conseguidos.

Finalmente na década de 1990 os catalisadores de metaloceno, reciclagem em grande escala de


garrafas de PE e PET, biopolímeros, uso em larga escala dos elastômeros termoplásticos e plásticos
de engenharia. A preocupação com a reciclagem torna-se quase uma obsessão, pois dela depende a
viabilização comercial dos polímeros.

A partir do final da década de 1990, novas técnicas de polimerização começam a ser investigadas,
onde se consegue ter um grande controle da massa molecular e do índice de polidispersividade do
polímero. Assim, começam a ser conhecidas as técnicas de polimerização radicalar controlada, como
a RAFT, a NMP e a ATRP.

Reações de polimerização
A polimerização é uma reação em que as moléculas menores (monómeros) se combinam
quimicamente (por valências principais) para formar moléculas longas, mais ou menos ramificadas
com a mesma composição centesimal. Estes podem formar-se por reação em cadeia ou por meio de
reações de poliadição ou policondensação. A polimerização pode ser reversível ou não e pode ser
espontânea ou provocada (por calor ou reagentes).[3]

Exemplo: O etileno é um gás que pode polimerizar-se por reação em cadeia, a temperatura e pressão
elevadas e em presença de pequenas quantidades de oxigênio gasoso resultando uma substância
sólida, o polietileno. A polimerização do etileno e outros monómeros pode efetuar-se à pressão
normal e baixa temperatura mediante catalisadores. Assim, é possível obter polímeros com cadeias
moleculares de estrutura muito uniforme.

Na indústria química, muitos polímeros são produzidos através de reações em cadeia. Nestas reações

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de polimerização, os radicais livres necessários para iniciar a reação são produzidos por um iniciador
que é uma molécula capaz de formar radicais livres a temperaturas relativamente baixas. Um
exemplo de um iniciador é o peróxido de benzoíla que se decompõe com facilidade em radicais
fenilo. Os radicais assim formados vão atacar as moléculas do monómero dando origem à reação de
polimerização..

Características
Uma das principais e mais importantes características dos polímeros são as mecânicas. Segundo ela
os polímeros podem ser divididos em termoplásticos, termoendurecíveis (termofixos) e elastômeros
(borrachas).

Termoplásticos

Termoplástico é um dos tipos de plásticos mais encontrados no mercado. Pode ser fundido diversas
vezes, alguns podem até dissolver-se em vários solventes. Logo, sua reciclagem é possível,
característica bastante desejável atualmente.

Termorrígidos (Termofixos)

São rígidos e frágeis, sendo muito estáveis a variações de temperatura. Uma vez prontos, não mais se
fundem. O aquecimento do polímero acabado promove decomposição do material antes de sua fusão,
tornando sua reciclagem complicada.

Elastômeros (Borrachas)

Classe intermediária entre os termoplásticos e os termorrígidos: não são fusíveis, mas apresentam
alta elasticidade, não sendo rígidos como os termofixos. Reciclagem complicada pela incapacidade
de fusão.

Exemplos

Polímeros termoplásticos (Polímeros de adiçao)

 PC - Policarbonato

Aplicações: Cd´s, garrafas, recipientes para filtros, componentes de interiores de aviões, coberturas
translúcidas, divisórias, vitrines, etc.

 PU – Poliuretano

Aplicações: Esquadrias, chapas, revestimentos, molduras, filmes, estofamento de automóveis, em


móveis, isolamento térmico em roupas impermeáveis, isolamento em refrigeradores industriais e
domésticos, polias e correias.

 PVC - Policloreto de vinila ou cloreto de polivinila

Aplicações: Telhas translúcidas, portas sanfonadas, divisórias, persianas, perfis, tubos e conexões
para água, esgoto e ventilação, esquadrias, molduras para teto e parede.

 PS - Poliestireno

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Aplicações: Grades de ar condicionado, gaiútas de barcos (imitação de vidro), peças de máquinas e


de automóveis, fabricação de gavetas de geladeira, brinquedos, isolante térmico, matéria prima do
isopor.

 PP - Polipropileno

Aplicações: brinquedos, recipientes para alimentos, remédios, produtos químicos, carcaças para
eletrodomésticos, fibras, sacarias (ráfia), filmes orientados, tubos para cargas de canetas
esferográficas, carpetes, seringas de injeção, material hospitalar esterilizável, autopeças (pára-
choques, pedais, carcaças de baterias, lanternas, ventoinhas, ventiladores, peças diversas no
habitáculo), peças para máquinas de lavar.

 Polietileno Tereftalato (PET)

Aplicações: Embalagens para bebidas, refrigerantes, água mineral, alimentos, produtos de limpeza,
condimentos; reciclado, presta-se a inúmeras finalidades: tecidos, fios, sacarias, vassouras.

 Plexiglas - é conhecido como vidro plástico.

Polímeros termoendureciveis (termofixos, ou de condensaçao)

 Baquelite: usada em tomadas, telefones antigos e no embutimento de amostras metalográficas.

 Poliéster: usado em carrocerias, caixas d'água, piscinas, dentre outros, na forma de plástico
reforçado (fiberglass).

Elastômeros (borrachas)

 Poliisopreno - borracha semelhante à natural


 Buna S

Aplicações: pneus, câmaras de ar, vedações, mangueiras de borracha.

 Buna N ou perbunan
 Neopreno ou policloropreno

Reciclagem
Alguns polímeros, como termofixos e borrachas, não podem ser reciclados de forma direta, pois não
existe uma forma de refundí-los ou depolimerizá-los.

Na maioria das vezes a reciclagem de termoplásticos não é economicamente viável devido ao seu
baixo preço e baixa densidade. Somente plásticos consumidos em massa, como o PE e PET,
apresentam bom potencial econômico. Outro problema é o fato de os plásticos reciclados serem
encarados como material de segunda classe.

Quando a reciclagem não é possível a alternativa é queimar os plásticos, transformando-os em


energia. Porém os que apresentam halogênio, como o PVC e o PTFE, geram gases tóxicos na
queima. Para que isso não ocorra esse material deve ser encaminhado para dehalogenação antes da
queima.

Referências

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADmero 14/4/2011
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1. ↑ IUPAC (2002). «Nomenclature of Regular Single-Strand Organic Polymers (IUPAC


Recommendations 2002)». Pure Appl. Chem. (74). págs. 1921-1956.
http://www.chem.qmul.ac.uk/iupac/rssop. (em inglês)
2. ↑ Macossay, J.y Wilks, E. S.. «Nota de Nomenclatura Macromolecular No. 18: SRUs: Usando as regras».
Division of Polymer Chemistry de la American Chemical Society.
http://www.polyacs.org/nomcl/mnn18sp.pdf.
3. ↑ A polimerização é um tipo particular de reação química. Quando são utilizados monômeros
difuncionais obtêm-se uma estrutura linear. No caso de pelo menos um monômero ter mais de dois
grupos funcionais é obtido um polímero contendo ligações cruzadas e uma estrutura ramificada.

Ver também
 Engenharia Química
 Engenharia de produção
 Engenharia dos materiais
 PET
 Design de produto

Ligações externas
 Introdução aos Polímeros mais informação básica sobre polímeros

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Categorias: Polímeros | Engenharia | Design de produto

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